3. A ESCOLA DE FRANKFURT
A Escola de Frankfurt foi uma escola de análise e pensamento
filosófico e sociológico que surgiu na Universidade de
Frankfurt, situada na Alemanha. Tinha como objetivo
estabelecer um novo parâmetro de análise social com base
em uma releitura do marxismo.
A teoria estabelecida pelos intelectuais da Escola de Frankfurt
é chamada de teoria crítica
5. INDÚSTRIA CULTURAL E CULTURA DE MASSA
O surgimento e propagação dos meios de comunicação de massa e dos
produtos industriais provocaram rupturas em relação às formas culturais
anteriores, principalmente por conta do alastramento daquilo que era
produzido neste novo contexto.
Entretanto, foi somente após a II Guerra Mundial que os conceitos “Cultura de
Massa” e, sobretudo, “Indústria Cultural” ganharam contornos e força dentro
do meio intelectual. Na chamada Escola de Frankfurt, os teóricos
alemães Theodor Adorno e Max Horkheimer produziram inúmeras reflexões
sobre o advento da produção cultural para as massas.
6. Indústria Cultural foi o termo escolhido pelos autores para fazer
referência aos grandes centros de produção de comunicação em massa,
responsáveis pela criação, divulgação e propagação de informações,
serviços e produtos. O termo faz menção ao fato de que, como em qualquer
indústria, a produção de bens culturais estaria a favor do consumo em
massa,do lucro e, portanto, do capitalismo
7. CONCEITO DE INDÚSTRIA CULTURAL
O conceito de Indústria Cultural foi cunhado por Theodor
Adorno e Max Horkheimer, nos anos de 1940, a fim de
compreender o papel da arte em uma sociedade capitalista
industrial, já que as relações de produção de nossos bens
influenciam nas nossas relações sociais.
Sendo assim, os autores entendem que no capitalismo as
artes, tanto erudita quanto popular, se resumem a meras
mercadorias e às flutuações da lei de oferta e procura.
8. COMO OPERA A INDÚSTRIA CULTURAL
A fim de atrair consumidores para os seus produtos a INDÚSTRIA CULTURAL
promove o entretenimento e padroniza os bens culturais por meio de sua
fabricação em série.
Exemplo 1: Cópias de obras de arte reproduzidas e vendidas no mercado.
(Originalidade/trabalho artesanal – Reprodução/mercadoria)
Exemplo 2: Poderíamos afirmar dentro do contexto geral que “O estilo sertanejo” é
um empacotamento da “música caipira” para fins mercadológicos.
9. PARA ADORNO E HORKHEIMER...
O capitalismo não só utilizou a Indústria Cultural para criar um
movimento de consumismo, como utilizou a própria arte como
forma de produto para ser consumido. Dessa maneira, o
cinema, a música e até as artes plásticas passaram a ter uma
produção baseada em uma fórmula que agrada aos
espectadores pela facilidade de assimilar-se o conteúdo da
obra.
10. CONTEXTO HISTÓRICO
Para chegar a tais conclusões, os autores realizaram suas
pesquisas em dois contextos diferentes, a da sociedade
totalitária da Alemanha nazista e os EUA nos 1940. Na
sociedade nazista os mecanismos de dominação usados pela
indústria cultural carregava forte influência do estado para
propaganda ideológica, enquanto na norte-americana o livre
mercado realizava o papel de reprodutor ideológico.
11. CARACTERÍSTICAS
Padronização de formas culturais.
(diversidade x unificação)
Produção social do gosto.
(gostos produzidos previamente/ nossos gostos como construções
sociais)
Massificação cultural/ Ideologia.
Homogeneização cultural
12. A RAZÃO INSTRUMENTAL
Razão instrumental é um termo usado por Max Horkheimer no contexto de
sua teoria crítica, para designar o estado em que os processos racionais são
plenamente operacionalizados (Escola de Frankfurt). À razão instrumental,
Horkheimer opõe a razão crítica.
A razão instrumental nasce quando o sujeito do conhecimento toma a decisão de
que conhecer é dominar e controlar a Natureza e os seres humanos. A razão
ocidental, caracterizada pela sua elaboração dos meios para obtenção dos fins, se
hipertrofia em sua função de tratamentos dos meios, e não na reflexão objetiva dos
fins.
Na medida em que razão se torna instrumental, a ciência vai deixando de ser uma
forma de acesso aos conhecimentos verdadeiros para tornar-se um instrumento
de dominação, poder e exploração, sendo sustentada pela ideologia cientificista,
que, através da escola e dos meios de comunicação de massa, engendra
uma mitologia — a Religião da Ciência — contrária ao espírito iluminista e à
emancipação da Humanidade.
13. (Enem PPL 2020) Por força da industrialização da cultura, desde o começo do filme já se
sabe como ele termina, quem é recompensado e, ao escutar a música, o ouvido treinado é
perfeitamente capaz, desde os primeiros compassos, de adivinhar o desenvolvimento do
tema e sente-se feliz quando ele tem lugar como previsto.
ADORNO, T. W.; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009.
A crítica ao tipo de criação mencionada no texto teve como alvo, no campo da arte, a
a) burocratização do processo de difusão.
b) valorização da representação abstrata.
c) padronização das técnicas de composição.
d) sofisticação dos equipamentos disponíveis.
e) ampliação dos campos de experimentação.
15. (Enem 2016) Hoje, a indústria cultural assumiu a herança civilizatória da democracia de
pioneiros e empresários, que tampouco desenvolvera uma fineza de sentido para os
desvios espirituais. Todos são livres para dançar e para se divertir, do mesmo modo que,
desde a neutralização histórica da religião, são livres para entrar em qualquer uma das
inúmeras seitas. Mas a liberdade de escolha da ideologia, que reflete sempre a coerção
econômica, revela-se em todos os setores como a liberdade de escolher o que é sempre a
mesma coisa.
ADORNO, T HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Zahar, 1985.
A liberdade de escolha na civilização ocidental, de acordo com a análise do texto, é um(a)
a) legado social.
b) patrimônio político.
c) produto da moralidade.
d) conquista da humanidade.
e) ilusão da contemporaneidade.