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Fotografia como
fonte histórica
Grupo 9: Igor Matias, Jeziel Vinícius, Lucas
Campos, Pedro Bernardo, Raquel Simões
Curso: Licenciatura em História
Disciplina: Metodologia da História
Universidade Católica de Pernambuco
Índice
I - Introdução
II - Fotografia como fonte histórica
III - Fotografia na ampliação das fontes de Ensino
IV - Exemplos de uso na aprendizagem
V - Conclusão
VI - Referências Bibliográficas
Rua do imperador, Santo Antônio, Recife - 1880
I - Introdução
Ter a fotografia como fonte
histórica nos dias de hoje parece
algo normal, porém nem sempre
foi assim. Desde sua invenção na
década de 1830, foi cercada de
mistério e desconfiança, por tanto
incluí-la como mais uma fonte
histórica foi um processo difícil.
Neste trabalho iremos fazer
uma breve passagem por essa
história, e como podemos trabalhar
nos dias de hoje com a fotografia
dentro da sala de aula, para
ampliarmos o conhecimento dos
alunos. 26 de Junho, 1968, Rio de Janeiro - Passeata dos Cem
Mil
II - Fotografia como fonte histórica
O uso de fotografias como fonte histórica surgiu
da necessidade de ampliar as fontes para além das
oficiais, das escritas. Essa necessidade veio a partir da
primeiro geração dos Annales que questiona a restrição
dessas fontes e documentos.
A fotografia é a captura de um determinado
momento, dá um enfoque em determinado ponto, numa
época específica. É uma maneira de algo passado fazer
parte do presente.
Depois da sua invenção as fotografias passaram
a fazer parte de todo entorno social: identidade,
passaporte, ficha criminal, fotos urbanísticas, redes
sociais, lembranças de família.
Foto da ponte da Boa Vista, Recife-
Autor não identificado
A fotografia, assim como toda fonte histórica, precisa ser investigada e questionada,
nenhuma fonte fala por si só, é preciso métodos.
- Algumas das perguntas que devem ser feitas a essas fontes são:
- De quando foi feita?
- Quem tirou?
- Qual o objetivo desse registro?
- O que essa fotografia tem como foco principal é o que não é destacado por ela?
- A imagem foi manipulada?
- O que a fotografia fala sobre o lugar, pessoas, cultura?
- Noções de espaço: geográfico, fotográfico, do objeto, da figuração, da vivência .
- Entender o investimento de sentido entre quem produz a imagem e quem olha.
- Entender o sentido social da foto.
- Interpretar a fonte e tudo que não está explícito nela é essencial
“É sempre importante lembrar que toda metodologia, longe de ser um receituário estrito,
aproxima-se mais a uma receita de bolo, na qual, cada mestre-cuca adiciona um ingrediente
a seu gosto “ (MAUAD, Ana Maria, Tempo, Rio de Janeiro, vol 1, nº 2, 1996, p 73-98
Um questionamento comum é se uma fotografia
manipulada, distorcida pode ser usada como fonte e ela
pode sim ser usada; o historiador vai buscar entender o
porque ela mentiu, como mentiu, qual o objetivo com
essa distorção.
“ Não importa se a imagem mente: o que importa é
como mentiu e porque mentiu”
( MAUAD, Ana Maria, Tempo, Rio de Janeiro , vol. 1, nº
2, 1996,p 73-98)
8 de Junho, 1972 - Trang Bang, Vietnã
III - A fotografia como ampliação das fontes de ensino
A fotografia tem papel importante como
fonte de pesquisa para o historiador, e para os
alunos ele representa uma forma muito
interessante de ver o passado, tentando sair um
pouco da visão centralizada dos livros didáticos,
que sim trazem imagens, porém de maneira
meramente ilustrativa.
Quando mostrada para os alunos, a
fotografia, tem o poder de mostrar uma outra
face da cidade por exemplo, ou mostrar com
clareza como as coisas aconteciam no passado,
tirando esse afastamento do passado com o
presente. Pois mostrando apenas textos para os
alunos, eles talvez não se sintam tão
interessados no assunto, pois o mesmo se
apresenta distante da realidade deles.
14 de Agosto, 1945 - Nova Iorque, EUA
Assim analisando uma fotografia, os
alunos além de adquirirem um maior senso de
dedução, os ajuda a olharem para o passado
com maior proximidade. Também os ajuda a
entender os anseios e esperanças do
passado, pois a imagem sempre carrega
algum sentimento.
É impossível olhar uma imagem de
algum acontecimento histórico e ficar imune a
ele, a história também pode ser contada a
partir de fotos. Uma guerra, uma revolução,
um protesto; mostrar as fotos para os alunos,
vai ajudá-los a ter uma visão clara de como
aconteceram essas coisas, especialmente no
século XX, que foi o século das revoluções.
Malcolm X, década de 60 - EUA
‘’Nunca ficamos passivos diante de uma fotografia: ela incita
nossa imaginação, nos faz pensar sobre o passado, a partir do
dado de materialidade que persiste na imagem.’’
( MAUAD, Ana Maria, Tempo, Rio de Janeiro , vol. 1, nº 2,
1996,p 73-98)
10 de Novembro, 1989 - Berlim, Alemanha
IV - Exemplos de uso na aprendizagem
Foto da comunidade de
canudos: Assunto trabalhado
tanto no fundamental II como
ensino médio
A partir da foto o aluno pode
ter uma dimensão maior da
adesão a essa comunidade, o
perfil das pessoas que lá viviam e
se questionar o motivo de
tamanha repressão do governo e
as condições em que essas
pessoas viviam.
Comunidade de canudos
A imagem de um cortiço faz os
alunos tentarem entender como as
pessoas viviam, quais dificuldades
enfrentavam.
Buscando entender a vivência em
bairros pobres e de periferia onde a
maioria dos moradores eram negros.
A partir da imagem eles pode
questionar o que faz com que tantas
pessoas tivessem que viver nos cortiços
e fazer uma ligação com a situação dos
bairros de periferias atuais.
Foto de um cortiço, século XIX.
Contra fatos não há argumentos, porém
contra fotos também não. Uma das maneiras
de se encontrar a verdade é sempre se
questionar, então ao trazer essa foto para se
educar sobre os horrores da ditadura civil-
militar é de suma importância.
Na foto vemos Vladimir Herzog, jornalista
judeu iugoslavo naturalizado brasileiro, que
ao se opor a censura e a repressão dos
militares, foi preso, torturado e morto. Na foto
vemos a tentativa de mostrar que Herzog se
suicidou em sua cela, porém olhando com
mais atenção vemos que o lugar onde ele
supostamente se enforcou é pequeno demais
para isso. Uma clara obstrução da verdade.
Essa morte foi um dos catalisadores para a
Redemocratização.
1975, São Paulo, Brasil
As imagens de guerras são
as que trazem maior emoção para
todos, pois é impossível ficar indiferente
a elas. Porém, por mais chocantes que
elas sejam, é importante mostrá-las,
pois uma das funções sociais do
historiador é lembrar a sociedade aquilo
que ela quer esquecer, então ao mostrar
os horrores da guerra, intencionamos
que as futuras gerações nunca a vejam
como solução para conflitos.
A primeira guerra a alcançar
dimensões mundiais serve de grande
exemplo para isso. Nas trincheiras da
primeira guerra mundial, se perderam
muitos sonhos e esperanças. Quantos
cientistas se perderam, quantos
médicos, poetas, maridos e filhos ?
Soldados alemães - Primeira Guerra Mundial
V - Conclusão
Concluímos com esse trabalho que a fotografia como
fonte histórica é importante, e também pode auxiliar
no ensino, para algo além de meramente ilustrativo,
porque em cada foto existe uma história, e como dito
antes, é impossível ficar neutro quando uma imagem
aparece em sua frente.
Com isso a fotografia também têm a capacidade de
compor os estudos de cada assunto e conseguir
despertar um interesse maior nos alunos com o que
está sendo abordado, fazendo assim com que a
fotografia se torne uma das mais importantes fontes.
VI - Referências Bibliográficas
Amorim, Gilson de. Fotografia e História: O uso da fotografia como fonte histórica
para pesquisa da História de Toledo no momento de sua colonização. NRE-
Toledo, Toledo, 2013.
MAUAD, Ana Maria. Através da Imagem: Fotografia e História Interface. Tempo,
Rio de Janeiro , vol. 1, nº 2, 1996,p 73-98.
Fotografias
Linten, Andreas Von. AFP. 10 de Novembro, 1989. Disponivél em: https://noticias.uol.com.br/blogs-
e-colunas/coluna/luiz-felipe-alencastro/2019/11/11/os-50-anos-da-queda-do-muro-de-berlim.htm.
Kim Puc: Ícone da Guerra do Vietnã. Revista Prosa Verso e Arte. Disponivél em:
https://www.revistaprosaversoearte.com/kim-phuc-icone-da-guerra-do-vietna/. Acesso em: 12 de
Junho, 2020.
Erogov, Oleg. Photoshop Soviético: Como desafetos eram apagados na Propaganda Stalinista.
Russia Beyond, 3 de Outubro, 2018. Disponivel em: https://br.rbth.com/historia/81289-photoshop-
sovietico-propaganda-stalinista. Acesso em: 12 de Junho, 2020.
Exposição mostra fotos originais e em cores da Primeira Guerra Mundial. Canal História, Disponível
em: https://br.historyplay.tv/noticias/exposicao-mostra-fotos-originais-e-em-cores-da-primeira-guerra-
mundial. Acesso: 12 de Junho, 2020.
Fotografias
Passeata dos Cem Mil. Wikipédia. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Passeata_dos_Cem_Mil. Acesso em: 12 de Junho, 2020. Acesso em: 12
de Junho, 2020.
O Cortiço na Atualidade. Fora do Livro. 14 de Junho, 2016. Disponível em:
https://foradolivro.wordpress.com/. Acesso em: 14 de Junho, 2020.
Galvão. Walnice Nogueira. Walnice Nogueira Galvão fala sobre a imprensa na Guerra de Canudos.
SP Review. Disponível em: http://saopauloreview.com.br/walnice-nogueira-galvao-fala-sobre-a-
imprensa-na-guerra-de-canudos/. Acesso em: 14 de Junho, 2020.
Fotos de Recife. Disponível em: http://brasilianafotografica.bn.br/brasiliana/. Acesso em: 12 de
Junho, 2020.
Vieira,Sivaldo Leung. Vladimir Herzog. Wikipédia. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vladimir_Herzog. Acesso em 15 de Junho, 2020.

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Fotografia como fonte histórica

  • 1. Fotografia como fonte histórica Grupo 9: Igor Matias, Jeziel Vinícius, Lucas Campos, Pedro Bernardo, Raquel Simões Curso: Licenciatura em História Disciplina: Metodologia da História Universidade Católica de Pernambuco
  • 2. Índice I - Introdução II - Fotografia como fonte histórica III - Fotografia na ampliação das fontes de Ensino IV - Exemplos de uso na aprendizagem V - Conclusão VI - Referências Bibliográficas
  • 3. Rua do imperador, Santo Antônio, Recife - 1880
  • 4. I - Introdução Ter a fotografia como fonte histórica nos dias de hoje parece algo normal, porém nem sempre foi assim. Desde sua invenção na década de 1830, foi cercada de mistério e desconfiança, por tanto incluí-la como mais uma fonte histórica foi um processo difícil. Neste trabalho iremos fazer uma breve passagem por essa história, e como podemos trabalhar nos dias de hoje com a fotografia dentro da sala de aula, para ampliarmos o conhecimento dos alunos. 26 de Junho, 1968, Rio de Janeiro - Passeata dos Cem Mil
  • 5. II - Fotografia como fonte histórica O uso de fotografias como fonte histórica surgiu da necessidade de ampliar as fontes para além das oficiais, das escritas. Essa necessidade veio a partir da primeiro geração dos Annales que questiona a restrição dessas fontes e documentos. A fotografia é a captura de um determinado momento, dá um enfoque em determinado ponto, numa época específica. É uma maneira de algo passado fazer parte do presente. Depois da sua invenção as fotografias passaram a fazer parte de todo entorno social: identidade, passaporte, ficha criminal, fotos urbanísticas, redes sociais, lembranças de família. Foto da ponte da Boa Vista, Recife- Autor não identificado
  • 6. A fotografia, assim como toda fonte histórica, precisa ser investigada e questionada, nenhuma fonte fala por si só, é preciso métodos. - Algumas das perguntas que devem ser feitas a essas fontes são: - De quando foi feita? - Quem tirou? - Qual o objetivo desse registro? - O que essa fotografia tem como foco principal é o que não é destacado por ela? - A imagem foi manipulada? - O que a fotografia fala sobre o lugar, pessoas, cultura? - Noções de espaço: geográfico, fotográfico, do objeto, da figuração, da vivência . - Entender o investimento de sentido entre quem produz a imagem e quem olha. - Entender o sentido social da foto. - Interpretar a fonte e tudo que não está explícito nela é essencial “É sempre importante lembrar que toda metodologia, longe de ser um receituário estrito, aproxima-se mais a uma receita de bolo, na qual, cada mestre-cuca adiciona um ingrediente a seu gosto “ (MAUAD, Ana Maria, Tempo, Rio de Janeiro, vol 1, nº 2, 1996, p 73-98
  • 7. Um questionamento comum é se uma fotografia manipulada, distorcida pode ser usada como fonte e ela pode sim ser usada; o historiador vai buscar entender o porque ela mentiu, como mentiu, qual o objetivo com essa distorção. “ Não importa se a imagem mente: o que importa é como mentiu e porque mentiu” ( MAUAD, Ana Maria, Tempo, Rio de Janeiro , vol. 1, nº 2, 1996,p 73-98)
  • 8. 8 de Junho, 1972 - Trang Bang, Vietnã
  • 9. III - A fotografia como ampliação das fontes de ensino A fotografia tem papel importante como fonte de pesquisa para o historiador, e para os alunos ele representa uma forma muito interessante de ver o passado, tentando sair um pouco da visão centralizada dos livros didáticos, que sim trazem imagens, porém de maneira meramente ilustrativa. Quando mostrada para os alunos, a fotografia, tem o poder de mostrar uma outra face da cidade por exemplo, ou mostrar com clareza como as coisas aconteciam no passado, tirando esse afastamento do passado com o presente. Pois mostrando apenas textos para os alunos, eles talvez não se sintam tão interessados no assunto, pois o mesmo se apresenta distante da realidade deles. 14 de Agosto, 1945 - Nova Iorque, EUA
  • 10. Assim analisando uma fotografia, os alunos além de adquirirem um maior senso de dedução, os ajuda a olharem para o passado com maior proximidade. Também os ajuda a entender os anseios e esperanças do passado, pois a imagem sempre carrega algum sentimento. É impossível olhar uma imagem de algum acontecimento histórico e ficar imune a ele, a história também pode ser contada a partir de fotos. Uma guerra, uma revolução, um protesto; mostrar as fotos para os alunos, vai ajudá-los a ter uma visão clara de como aconteceram essas coisas, especialmente no século XX, que foi o século das revoluções. Malcolm X, década de 60 - EUA
  • 11. ‘’Nunca ficamos passivos diante de uma fotografia: ela incita nossa imaginação, nos faz pensar sobre o passado, a partir do dado de materialidade que persiste na imagem.’’ ( MAUAD, Ana Maria, Tempo, Rio de Janeiro , vol. 1, nº 2, 1996,p 73-98)
  • 12. 10 de Novembro, 1989 - Berlim, Alemanha
  • 13. IV - Exemplos de uso na aprendizagem Foto da comunidade de canudos: Assunto trabalhado tanto no fundamental II como ensino médio A partir da foto o aluno pode ter uma dimensão maior da adesão a essa comunidade, o perfil das pessoas que lá viviam e se questionar o motivo de tamanha repressão do governo e as condições em que essas pessoas viviam. Comunidade de canudos
  • 14. A imagem de um cortiço faz os alunos tentarem entender como as pessoas viviam, quais dificuldades enfrentavam. Buscando entender a vivência em bairros pobres e de periferia onde a maioria dos moradores eram negros. A partir da imagem eles pode questionar o que faz com que tantas pessoas tivessem que viver nos cortiços e fazer uma ligação com a situação dos bairros de periferias atuais. Foto de um cortiço, século XIX.
  • 15. Contra fatos não há argumentos, porém contra fotos também não. Uma das maneiras de se encontrar a verdade é sempre se questionar, então ao trazer essa foto para se educar sobre os horrores da ditadura civil- militar é de suma importância. Na foto vemos Vladimir Herzog, jornalista judeu iugoslavo naturalizado brasileiro, que ao se opor a censura e a repressão dos militares, foi preso, torturado e morto. Na foto vemos a tentativa de mostrar que Herzog se suicidou em sua cela, porém olhando com mais atenção vemos que o lugar onde ele supostamente se enforcou é pequeno demais para isso. Uma clara obstrução da verdade. Essa morte foi um dos catalisadores para a Redemocratização. 1975, São Paulo, Brasil
  • 16. As imagens de guerras são as que trazem maior emoção para todos, pois é impossível ficar indiferente a elas. Porém, por mais chocantes que elas sejam, é importante mostrá-las, pois uma das funções sociais do historiador é lembrar a sociedade aquilo que ela quer esquecer, então ao mostrar os horrores da guerra, intencionamos que as futuras gerações nunca a vejam como solução para conflitos. A primeira guerra a alcançar dimensões mundiais serve de grande exemplo para isso. Nas trincheiras da primeira guerra mundial, se perderam muitos sonhos e esperanças. Quantos cientistas se perderam, quantos médicos, poetas, maridos e filhos ? Soldados alemães - Primeira Guerra Mundial
  • 17. V - Conclusão Concluímos com esse trabalho que a fotografia como fonte histórica é importante, e também pode auxiliar no ensino, para algo além de meramente ilustrativo, porque em cada foto existe uma história, e como dito antes, é impossível ficar neutro quando uma imagem aparece em sua frente. Com isso a fotografia também têm a capacidade de compor os estudos de cada assunto e conseguir despertar um interesse maior nos alunos com o que está sendo abordado, fazendo assim com que a fotografia se torne uma das mais importantes fontes.
  • 18. VI - Referências Bibliográficas Amorim, Gilson de. Fotografia e História: O uso da fotografia como fonte histórica para pesquisa da História de Toledo no momento de sua colonização. NRE- Toledo, Toledo, 2013. MAUAD, Ana Maria. Através da Imagem: Fotografia e História Interface. Tempo, Rio de Janeiro , vol. 1, nº 2, 1996,p 73-98.
  • 19. Fotografias Linten, Andreas Von. AFP. 10 de Novembro, 1989. Disponivél em: https://noticias.uol.com.br/blogs- e-colunas/coluna/luiz-felipe-alencastro/2019/11/11/os-50-anos-da-queda-do-muro-de-berlim.htm. Kim Puc: Ícone da Guerra do Vietnã. Revista Prosa Verso e Arte. Disponivél em: https://www.revistaprosaversoearte.com/kim-phuc-icone-da-guerra-do-vietna/. Acesso em: 12 de Junho, 2020. Erogov, Oleg. Photoshop Soviético: Como desafetos eram apagados na Propaganda Stalinista. Russia Beyond, 3 de Outubro, 2018. Disponivel em: https://br.rbth.com/historia/81289-photoshop- sovietico-propaganda-stalinista. Acesso em: 12 de Junho, 2020. Exposição mostra fotos originais e em cores da Primeira Guerra Mundial. Canal História, Disponível em: https://br.historyplay.tv/noticias/exposicao-mostra-fotos-originais-e-em-cores-da-primeira-guerra- mundial. Acesso: 12 de Junho, 2020.
  • 20. Fotografias Passeata dos Cem Mil. Wikipédia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Passeata_dos_Cem_Mil. Acesso em: 12 de Junho, 2020. Acesso em: 12 de Junho, 2020. O Cortiço na Atualidade. Fora do Livro. 14 de Junho, 2016. Disponível em: https://foradolivro.wordpress.com/. Acesso em: 14 de Junho, 2020. Galvão. Walnice Nogueira. Walnice Nogueira Galvão fala sobre a imprensa na Guerra de Canudos. SP Review. Disponível em: http://saopauloreview.com.br/walnice-nogueira-galvao-fala-sobre-a- imprensa-na-guerra-de-canudos/. Acesso em: 14 de Junho, 2020. Fotos de Recife. Disponível em: http://brasilianafotografica.bn.br/brasiliana/. Acesso em: 12 de Junho, 2020. Vieira,Sivaldo Leung. Vladimir Herzog. Wikipédia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Vladimir_Herzog. Acesso em 15 de Junho, 2020.