O documento discute a imigração japonesa no Brasil no início do século 20, incluindo as razões que levaram os imigrantes japoneses a virem para a Amazônia, como a superpopulação e desemprego no Japão. Muitos se mudaram para Tomé-Açu no Pará, mas enfrentaram doenças como malária e falhas de safra que levaram muitos a migrarem para outras áreas. Alguns cultivos como a pimenta-do-reino tiveram sucesso.
3. Tese do Branqueamento
Tais teses defendiam a idéia de que o homem
branco europeu tinha o padrão da melhor
saúde, da maior beleza e da maior
competência civilizacional em comparação às
demais “raças”, como a “amarela” (asiáticos),
a “vermelha” (povos indígenas) e a negra
(africana).
5. Perigo Amarelo
O preconceito contra o recebimento de
imigrantes asiáticos era muito forte, pois os
asiáticos eram considerados raças inferiores e
que poderiam prejudicar o "branqueamento"
que ocorria no Brasil.
8. Os resultados revelaram que os condicionantes
que levaram os japoneses a se deslocarem para
Amazônia foram de ordens externas (como a
crise de superpopulação e tensão social que
passava o Japão) e internas (como a intensa
propaganda de riqueza sobre a Amazônia) a
passagem do regime feudal para o sistema
capitalista deixou muitos japoneses
desempregados.
10. Também contribuiu para isso as intensas
propagandas de prosperidade na Amazônia e,
por conta disso, a noção que os japoneses
imigrantes tinham da Amazônia era de
enriquecimento, até porque as áreas que
receberiam eram imensas em comparação
com as que estavam acostumados a cultivar
no Japão
13. As primeiras levas de japoneses chegaram ao
porto de Santos em 18 de junho 1908, através
do Navio Kasato Maru, onde desembarcaram
165 famílias para trabalharem nos cafezais em
São Paulo, constituídas por lavradores e por
soldados que voltaram da guerra russo-
japonesa
18. Um dos lugares para onde os japoneses se
dirigiram, segundo os relatos históricos, foi a
pequena vila de Tomé-Açú, no nordeste do
Estado. Um grupo de cientistas identificou
como produtivas para a agricultura áreas no
Estado do Amazonas e Pará.
20. MALARIA
A propagação da malária e
o fracasso do
empreendimento do
cultivo do cacau, para
qual as terras foram
propícias,provocando um
êxodo na região.
21. Muitos, no entanto, acabaram não resistindo à
malária e outras doenças, devido à
precariedade dos serviços e da pouca
mobilidade. Tomé-Açu passou a ser conhecida
como “o inferno da Amazônia”, e muitas
famílias mudaram-se para Belém e São Paulo
“simplesmente para escapar da morte”. Os
imigrantes sofriam mais do que os nativos
pois “sua dieta pobre em proteínas deixava-os
mais vulneráveis à doença”.
24. PIMENTA DO REINO
Entretanto, aqueles que foram à Amazônia
tiveram um papel importante não apenas na
história da emigração japonesa ao Brasil como
também no desenvolvimento da região. Eles
introduziram uma agricultura organizada e
foram bem-sucedidos no cultivo de produtos
como pimenta-do-reino e juta”
26. A Escola Nikkei de Tomé-Açu foi idealizada e
planejada pela colônia japonesa deste
município com o intuito de atender os filhos
de descendentes japoneses e da comunidade
tomeaçuense, para que não fosse necessário o
deslocamento dos mesmos à capital do
Estado.
30. O pesadelo da Segunda Guerra
Mundial
Durante a Segunda Guerra Mundial, Tomé-Açu
registra um dos mais terríveis episódios
ocorridos no Brasil: a vila foi transformada em
um campo de concentração para isolar
imigrantes do Japão, da Alemanha e da Itália,
países do Eixo que lutaram contra o Brasil.
31. CAMPO DE CONCENTRAÇÃO
A posição geográfica era ideal para a
finalidade de confinamento, visto que a
região, cercada por densa floresta, tinha na
via fluvial o único meio de acesso.