O documento discute a crise econômica dos EUA em 2008, causada pelo aumento das hipotecas de alto risco incentivadas pelo governo americano desde 2001. Isso levou a uma crise financeira global quando os preços dos imóveis caíram e os bancos internacionais que detinham títulos lastreados em hipotecas enfrentaram grandes perdas. O documento também explica brevemente o sistema eleitoral indireto dos EUA.
2. O que é a divida?
• Assim como outros países, os EUA também emitem títulos do
Tesouro (Treasuries), para financiar as atividades do governo
federal.
• Os Treasuries são considerados os títulos mais seguros do mundo e,
por isso, atraem muitos investidores.
3. A crise
• Tudo começou em 2001, quando o presidente da Reserva Federal
Americana, Alan Greenspan, decidiu orientar investimentos para o
setor imobiliário, reduzindo os juros e as despesas financeiras,
principalmente através da Fannie Mae e da Freddie Mac.
• Logo os americanos começaram a pedir dinheiro aos bancos para
consumir mais, e até comprar mais de uma casa, já que era um
investimento de lucro.
• Como estes eram, geralmente, uma classe de mau-pagadores, os
bancos pediam juros mais altos.
4. A crise
• Então bancos de vários países, atraídos pelas garantias, acabaram
comprando Treasuries da Fannie Mae e da Freddie Mac, permitindo
que os EUA sugassem da poupança mundial muito mais do que
produzia.
• Porem a Reserva Federal Americana precisou aumentar os juros,
logo o consumo diminuiu, o que fez o preço dos imóveis começarem
a cair.
• Assim os bancos, que emprestavam dinheiro entre si, começaram a
negar esses empréstimos aos outros bancos, pois um não sabia se
5. A crise
ele conseguiria pagar, já que estava com aqueles títulos de mau-
pagadores. Com isso, o valor dos títulos em hipotecas despencou e o
juro no empréstimo interbancário aumentou.
• Com os bancos quase sem dinheiro, os Bancos Centrais entram
injetando dinheiro a juros baixos para garantir dinheiro no caixa
desses bancos.
• Diversos bancos tradicionais acabam sendo incorporados por outros
ainda maiores, numa tentativa de evitar uma quebradeira.
6. A crise
• Essa decisão de injetar dinheiro nos setores em risco endividou não
apenas os EUA, mas de outros países que hoje enfrentam problemas
com a dívida, por exemplo, Grécia, Irlanda e Itália.
• E em 2006 as quebras de instituições de crédito dos EUA,
principalmente do tradicional banco de investimento Lehman
Brothers, arrasaram vários bancos e repercutiram fortemente nas
bolsas de valores do mundo. A crise foi revelada ao público a partir
de fevereiro de 2007, começando a Crise econômica de 2008.
7. Pra quem os EUA devem?
• Brasil, Japão, Reino Unido, os países exportadores de petróleo, que
detêm 32% dos títulos da dívida pública; e a China, maior credor
dos EUA com US$ 1,1 trilhão em bônus.
8. Consequências
• Um eventual calote do país que é considerado o pagador mais
seguro do mundo teria grandes efeitos ao mundo.
• No Brasil, valorizaria o dólar e aumentaria o preço dos importados,
o que geraria inflação, consequentemente causando o aumento dos
juros para controlar os preços, encarecendo o custo de
financiamento para bancos e empresas brasileiras.
• Alem de que no Brasil, as empresas Sadia, Aracruz Celulose e
Votorantim anunciaram perdas bilionárias.
9. Consequências
• Pelo mundo, em 2008, a Alemanha, a Áustria, a França, os Países
Baixos e a Itália anunciaram pacotes, que somam 1,17 trilhões de
euros, em ajuda aos seus sistemas financeiros.
• O PIB da Zona do Euro teve uma queda de 1,5% no quarto trimestre
de 2008, em relação ao trimestre anterior, a maior contração da
história da economia do Euro.
• Mas como tudo tem um lado bom, as emissões de CO² na União
Européia foram reduzidas em 6% em decorrência da crise.
10. As eleições no EUA
• Nos EUA, a escolha do presidente e seu vice não dependem do voto
direto, mas sim de uma instituição chamada colégio eleitoral,
formado por delegados estaduais, estes sim escolhidos pelos
eleitores.
• São no total 538 delegados estaduais, cada estado elege um número
X de delegados para representá-los, o número de delegados eleitos é
proporcional ao número de habitantes do estado.
• Os delegados estaduais podem eleger o candidato que eles quiserem,
mas na prática votam no candidato escolhido pelo voto popular.
11. As eleições no EUA
• Na maior parte dos estados, o candidato que ganhar o maior
número de votos populares leva os votos de todos os delegados
desse estado.
• Tendo 51% dos votos o candidato se torna presidente. Se houver
empate a Câmara escolhe o presidente por voto de cédula
representando um por estado, caso a Câmara não resolva, a decisão
é repassada para o Senado.
12. Exceção eleitoral
• Só aconteceu duas vezes de o candidato a vencer no Colégio
Eleitoral mesmo perdendo no voto popular. A mais recente foi com
George W. Bush que em 2000 teve 47,9 % do voto popular,
enquanto que Al Gore obteve 48,4 %, mas se elegeu
conquistando 271 delegados contra 266 de Al Gore.