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Cadernos PDE
OSDESAFIOSDAESCOLAPÚBLICAPARANAENSE
NAPERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
ProduçõesDidático-Pedagógicas
1
PARANÁ
GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE
CADERNO PEDAGÓGICO:
ATIVIDADES CIRCENSES: POSSIBILIDADE DE SIGNIFICAÇÃO
E REPRESENTAÇÃO DO MOVIMENTO NAS AULAS DE
EDUCAÇÃO FÍSICA.
http://memove.com.br
JACKELINE MARIA SIMON
RIO AZUL- PR
2013
2
PARANÁ
GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE
CADERNO PEDAGÓGICO:
ATIVIDADES CIRCENSES: POSSIBILIDADE DE SIGNIFICAÇÃO E
REPRESENTAÇÃO DO MOVIMENTO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA.
Caderno Pedagógico apresentado por
Jackeline Maria Simon, a Secretaria e
Estado da Educação do Paraná, por meio
do Programa de Desenvolvimento
Educacional.
Orientadora: Profa
. Ms. Gláucia Andreza
Kronbauer
RIO AZUL- PR
2013
3
SUMÁRIO
1. IDENTIFICAÇÃO ........................................................................................ . 4
2. APRESENTAÇÃO ...................................................................................... . 5
3. UNIDADE 1: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO METODOLÓGICA............... . 6
3.1 CIRCO E ATIVIDADES CIRCENSES.......................................................... 6
3.2 EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA: ESTUDO DAS MANIFESTAÇÕES DA
CULTURA CORPORAL..................................................................................... 8
3.3 ATIVIDADES CIRCENSES NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA.......... 11
4. UNIDADE 2: PLANO DO CADERNO PEDAGÓGICO ................................ 15
5. UNIDADE 3: ATIVIDADES PROPOSTAS .................................................. 17
5.1 SENSIBILIZAÇÃO...................................................................................... 17
5.2 VIVÊNCIAS DAS ATIVIDADES CIRCENSES............................................ 18
5.3 OFICINAS DE SOCIALIZAÇÃO................................................................. 31
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS .............................................................. 33
REFERÊNCIAS
ANEXOS
4
1. IDENTIFICAÇÃO
Título: Atividades Circenses: possibilidade de significação e
representação do movimento nas aulas de Educação Física.
Autora: Jackeline Maria Simon
Disciplina/Área (ingresso no PDE): Educação Física
Escola de Implementação do Projeto e sua localização: Colégio Estadual “Dr.
Chafic Cury” – EFMN.
Município da escola: Rio Azul
Núcleo Regional de Educação: Irati
Professora Orientadora: Ms. Gláucia Andreza Kronbauer
Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual do Centro-Oeste
campus Irati.
Resumo:
A Educação Física atualmente busca desenvolver um trabalho que enriqueça o
modo de olhar, sentir, experimentar, tocar e de se relacionar com o corpo,
transformando as formas de convivências, de aprendizagens e de intercâmbio
cultural, através das práticas e manifestações corporais. Pensar o corpo a partir
de referências culturais e históricas nos faz observar o movimento das
atividades circenses ressignificado a cada tempo. Desde a prática corporal dos
saltimbancos, despertando risos e liberdade, até a arte do circo contemporâneo
transformado em mercado artístico e performático desse tempo, o corpo pode
ser considerado um dos principais produtos da Indústria Cultural. A partir da
necessidade de trabalhar nas aulas de Educação Física, diferentes formas de
representação da ginástica, presentes nas diversas manifestações da cultura
corporal, as atividades circenses poderão proporcionar uma gama de situações
criativas e importantes para o crescimento e desenvolvimento das crianças
através do conhecimento e vivências dessas atividades. Sendo assim este
trabalho tem o desafio de explorar novas possibilidades de movimento por meio
das Atividades Circenses nas aulas de Educação Física. Busca reconhecer de
que maneira esses conteúdos podem ser representados e reelaborados de
acordo com as peculiaridades da cultura escolar, por meio de conceitos,
vivências corporais e finalmente a socialização em forma de oficinas.
Palavras-chave: Educação Física, Cultura Corporal, Atividades Circenses,
Escola.
Formato do Material Didático: Caderno Pedagógico
Público Alvo: Alunos do 9º ano de uma escola pública da região urbana de
Rio Azul, Município do Centro-Sul do Paraná.
5
2. APRESENTAÇÃO
Na Educação Física, assim como na Educação em geral, as mudanças
vem acontecendo conforme as necessidades do mundo atual, a escola não
pode ficar alheia ao que a circula, nem deixar de aproveitar atividades que
envolvam a criança e despertem seu interesse.
Este trabalho vai permitir ao aluno vivenciar as Atividades Circenses
dentro das diferentes formas de representação da ginástica, que atualmente se
fazem presentes nas diversas manifestações da cultura corporal abordadas
nas aulas de Educação Física. Segundo as Diretrizes Curriculares do Paraná o
objeto de estudo/ensino da Educação Física é a Cultura Corporal (PARANÁ,
2008).
Da mesma forma, esta pesquisa objetiva estudar e organizar uma
metodologia específica para o ensino das Atividades Circenses, contribuindo
com o processo da inserção deste conteúdo proposto nas Diretrizes
Curriculares de Educação Física do Estado do Paraná (DCEs) pela
compreensão, a valorização e a apropriação destas atividades.
Por serem inovadores, os conteúdos sobre o “circo” não podem ser
trabalhados apenas para cumprir uma exigência das DCEs. É importante que o
professor busque informações para a inserção das Atividades Circenses na
Educação Física Escolar com êxito, a partir da resignificação das práticas
corporais e da compreensão do corpo como meio de relação, como
materialidade da existência.
Nesse sentido, o desafio proposto para este trabalho é explorar novas
possibilidades de movimento, por meio das atividades circenses nas aulas de
Educação Física, buscando reconhecer de que maneira esses conteúdos
podem ser repensados e reelaborados de acordo com as peculiaridades da
cultura escolar.
6
3. UNIDADE 1: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 Circo e Atividades Circenses
O circo faz parte do imaginário das pessoas. É cultura popular e por ter
características nômades, deixou vestígios por todos os lugares, chegando até
mesmo em locais de difícil acesso e ficando mundialmente conhecido. É uma
das manifestações artísticas mais antigas do mundo.
Historicamente existem indícios que as práticas circenses surgiram na
China, cerca de 5000 anos, onde pinturas revelavam acrobatas, contorcionistas
e equilibristas. Outras aparições na História nos mostram a presença do circo
na Índia onde contorcionistas participavam de rituais sagrados, na Grécia onde
o equilibrismo e os números de força eram modalidades olímpicas, em Roma, o
Coliseu, que foi construído no mesmo local do Circus Maximus de Roma, local
de jogos e entretenimento, serviu de palco para exibições excêntricas e
combates entre gladiadores, constituindo a conhecida expressão “política de
pão e circo” e logo depois, por toda a Europa, onde famílias viajavam com o
circo espalhando sua arte.
(TORRES, 1998).
O circo moderno como conhecemos hoje, originou-se no século XVIII,
onde um Cavaleiro inglês montou a primeira estrutura de circo picadeiro, em
forma circular, pois ficava mais fácil se equilibrar nos cavalos, como afirmam
Silva e Abreu (2009, p.46):
Para uma parte de pesquisadores e memorialistas circenses, o inglês
Philip Astley, suboficial reformado da cavalaria, que desde 1768
apresentava-se com sua companhia em provas equestres, foi o
responsável pela “criação” de uma pista circular e criador de um novo
espetáculo.
No início eram apenas apresentações equestres, mas Astley logo
percebeu que para animar o público, eram necessários outros números, então
chamou os saltimbancos, que eram pessoas que faziam malabarismos,
contorcionismos e acrobacias nas ruas, para sua companhia. Ainda nessa
época, um ex- artista de Astley, Charles Hughes, montou uma outra
7
companhia: Royal Circus, onde pela primeira vez se usou o termo “circo”.
(SILVA; ABREU, 2009).
No Brasil, as artes circenses chegaram através dos ciganos e
imigrantes exilados da Europa no fim do século XVIII e sofreram grandes
modificações a partir das características locais. Como citam Silva e Abreu
(2009, p.48):
O circo mantém a estrutura inicial com números acrobáticos,
equestres, dança, teatro e palhaços. Esta divisão é apenas formal,
pois os artistas não realizavam especificamente um ou outro, pois um
mesmo artista era ao mesmo tempo trapezista, equestre, palhaço,
além de se apresentar como músico, dançarino e ator nas
representações teatrais.
Nesta fase o circo passou a ser chamado de tradicional ou circo família,
onde as famílias circenses viviam um mundo a parte e os conhecimentos eram
passados entre eles. Segundo Silva e Abreu (2009, p.30):
A vida dos que vivem “debaixo da lona” possui uma característica
singular, pois é sempre um viver comunitário. Sua estrutura básica é
de agrupamento de famílias, que vivem e trabalham no mesmo local.
Nessa relação de vida e trabalho, as famílias “tradicionais”
transmitiam todo o aprendizado do ofício, através do que foi
aprendido, por sua vez, com seus antepassados.
Também Bolognesi (2003) justifica, que o circo brasileiro tinha a função
de amenizar a carência cultural, principalmente nos lugares mais distantes, nos
locais onde as políticas públicas não chegavam, tendo um caráter festivo para
todos.
Com o passar do tempo, houve a necessidade de suprir a demanda de
artistas, pois apenas a família não estava sendo suficiente, e surgiu então o
Circo Novo ou Circo Contemporâneo. Segundo Silva e Abreu (2009, p. 41)
“estava se consolidando um movimento que era o da construção de escolas de
circo para fora da lona ou para fora do grupo familiar circense”.
Para Bortoleto e Machado (2003, p. 50) esse surgimento “proporciona
um maior intercâmbio de conhecimentos, uma diversificação das modalidades,
dos estilos, e fundamentalmente concretiza um conhecimento mais sistemático,
organizado e talvez científico”.
8
A partir daí, com novas estratégias, qualquer pessoa passa a ter acesso
aos conhecimentos circenses, surgindo novas atividades fora do picadeiro,
realizadas como exemplo: estátuas vivas, que podem trabalhar até mesmo em
troca de refeição, ou malabaristas de semáforos.
Sendo assim, a evidência da cultura circense em diferentes espaços e
sob outros modelos de aprendizagem se torna importante e útil para o
crescimento e destaque dessa manifestação tão valiosa.
As atividades circenses na Educação Física permitem que o aluno crie
materiais, movimentos e coreografias sem se preocupar em executar um
espetáculo de circo, ele se vale do conhecimento do circo, para que com esse
conhecimento venha a executar seus movimentos de uma lúdica e significativa.
No circo, encontramos uma ferramenta lúdica e formativa possível de
ser organizada e ensinada nas aulas de Educação Física, que por isso tem
capacidade de propiciar aos alunos o pensar das possibilidades motoras,
ampliando seu repertório e melhorando ou refinando suas experiências
motoras e culturais. (VERENGUER apud DARIDO et AL,1999).
As modalidades circenses são parte do acervo cultural da humanidade e
como tal podem e devem ser incluídas nos conteúdos da escola. Conforme
relatos que têm aparecido há algum tempo em eventos sobre educação, artigos
científicos e fóruns de debate, estas manifestações estão lentamente
construindo seu espaço nas aulas de Educação Física.
3.2 Educação Física na Escola: estudo das Manifestações da Cultura
Corporal
Quando se fala em Educação Física, logo vem a cabeça jogos
desportivos, exercícios físicos, algumas vezes a dança, porém na forma de
apresentação artística em datas comemorativas. No entanto a Educação Física
escolar abrange mais que apenas esses conteúdos, pois participa da
construção cultural e social no contexto escolar.
Daólio (2003) afirma que a Educação Física escolar se apresenta numa
perspectiva cultural. A partir desse referencial, podemos considerá- la uma
parte da cultura corporal porque está inserida numa área de conhecimento que
9
trabalha e estuda sobre diversas práticas ligadas ao corpo e ao movimento,
que foram criadas e efetivadas historicamente pela humanidade.
Segundo as Diretrizes Curriculares (PARANÁ, 2008, p.72):
O objeto de ensino e estudo da Educação Física é a Cultura Corporal,
que através dos Conteúdos Estruturantes (esporte, dança, ginástica,
lutas, jogos e brincadeiras), tem a função social de contribuir para que
os alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo,
adquirir uma expressividade corporal consciente e refletir criticamente
sobre as práticas corporais.
A Educação Física no decorrer de sua história teve várias fases
envolvendo aspectos legais, teorias pedagógicas, processos didáticos,
conteúdos sistematizados, e hoje enquanto componente curricular obrigatório
da Educação Básica, propõe oportunizar aos alunos, nos diferentes níveis de
ensino, o conhecimento historicamente produzido e socialmente acumulado
pela humanidade através da cultura corporal, conforme afirmam as Diretrizes
Curriculares:
O papel da Educação Física é desmistificar formas arraigadas e não
refletidas em relação às diversas práticas e manifestações corporais
historicamente produzidas e acumuladas pelo ser humano.
(PARANÁ, 2008, p.75).
Da mesma forma Valter Bracht, um dos intelectuais de grande
importância na perspectiva crítica da Educação Física Escolar, afirma em
relação a cultura corporal e movimento, que:
A dimensão que a cultura corporal ou de movimento assume na vida
do cidadão atualmente é tão significativa que a escola é chamada
não a reproduzi-la simplesmente, mas a permitir que o indivíduo se
aproprie dela criticamente, para poder efetivamente exercer sua
cidadania. Introduzir os indivíduos no universo da cultura corporal ou
de movimento de forma crítica é tarefa da escola e especificamente
da Educação Física. (BRACHT, 1999, p.82)
Sabe-se que Educação Física, tem passado por um processo de
transformação na escola. Apesar dessas mudanças que transcendem a
reflexão acadêmica e alcançam algumas propostas curriculares, alguns
professores ainda enfatizam os esportes, provavelmente pela influência
histórica que a esportivização exerceu e exerce em relação aos conteúdos das
aulas. Não se trata de negligenciar, o esporte, que é tão importante quanto os
10
demais conteúdos, mas de adaptá- lo para a escola, tendo como objetivo dar
oportunidade de vivenciar e conhecer as especificidades de uma maneira
lúdica. Além disso, é importante oportunizar a mais variado gama possível de
vivências e conteúdos relacionados a cultura corporal, que não se restringem à
prática esportiva.
Ainda nas Diretrizes Curriculares (PARANÁ, 2008, p.72) quando são
abordados os fundamentos metodológicos de uma perspectiva crítica da
Educação Física, afirma-se que “essa concepção permite ao educando ampliar
sua visão de mundo por meio da Cultura Corporal, de modo que supere a
perspectiva pautada no tecnicismo e na desportivização das práticas
corporais”.
Conforme o art.26 da Lei das Diretrizes e Bases (BRASIL, 1996), a
Educação Física passou a ter obrigatoriedade na Educação Básica, porém não
existem critérios para o seu ensino. Com isso aparecem muitas formas de
efetivar esse trabalho como explica Silva apud SOUZA JUNIOR (2005, p.87):
Podemos dizer, então, que a Educação Física no âmbito escolar tem-
se caracterizado como uma intervenção social de caráter pedagógico,
organizada por professores e para professores, fundamentando-se
nos objetivos da instituição educacional. Desde há algum tempo,
norteia-se pela tematização ou pedagogização de fenômeno da
cultura, como os esportes, as danças, as ginásticas, as artes
marciais, os jogos, as acrobacias, etc. estes fenômenos da cultura
que se constituem como uma especificidade da contribuição da
Educação Física explicitam-se, prioritariamente, ao nível corporal.
Estes mesmos fenômenos são expressão da ludicidade,
sociabilização e comunicação, permitindo a efetivação de nossa
capacidade humana e eventualmente, a aferição da autossuperação
destas mesmas capacidades, como é o caso do esporte onde no qual
aparecem as diferentes formas de medição e controle quantitativo.
Pela capacidade que a Educação Física possui, pelo lúdico em suas
atividades, pela forma com que seus conteúdos são desenvolvidos e de como
os alunos tem facilidade de se expressarem, de se comunicarem durante as
aulas, pelo espaço das aulas favorecerem que se coloque a realidade do
mundo que os cerca, por poder levar os alunos a busca da superação, as
atividades circenses podem transformar as aulas, levar os alunos a um mundo
imaginário e neste imaginário buscar soluções para suas realidades, além de
apresentar essa manifestação artística para aqueles que não à conhecem.
11
3.3 Atividades Circenses nas Aulas de Educação Física
A Educação Física atualmente busca desenvolver um trabalho que
enriqueça o modo de olhar, sentir, experimentar, tocar e de relacionar-se com o
corpo, transformando as formas de convivências, de aprendizagens e de
intercâmbio cultural, através das práticas e manifestações corporais.
Segundo Duprat (2007), a atividade circense propicia diversas
possibilidades de movimento, alguns de formas mais simples, outros mais
complexos, individuais, coletivos, oportunizando ao aluno uma grande
diversidade de experiências motoras e vivências corporais únicas de
criatividade, encantamento, expressão, magia e perigo.
Entre as diversas expressões de práticas corporais que existem na
cultura brasileira, as atividades circenses podem ser vivenciadas corretamente
conforme condições e habilidades individuais de cada aluno, com algumas
adaptações, sendo elas de materiais, de espaço ou movimento, no ambiente
escolar.
Ampliando esse olhar, pode-se dizer que as atividades circenses têm
características artísticas nas quais o corpo é o personagem principal, pois
trabalham tanto elementos de representação teatral quanto de domínio
corporal. Porém, nas aulas de Educação Física, ao se oportunizar as atividades
circenses, deve-se transformá-las, procurando eliminar as exigências
vinculadas à prática profissional dos artistas de circo.
A partir da difusão dos conhecimentos circenses, principalmente com o
surgimento das escolas de circo, esta modalidade vem ganhando cada vez
mais destaque e presença em espaços diferenciados como academias, centro
de lazer e escolas, sendo realizada com várias finalidades, como a recreação,
a melhora do condicionamento físico, a socialização ente outras.
Igualmente como ocorrem adaptações para as academias, pode-se
adequá-las a escola, através de muito empenho, tanto na execução das
habilidades motoras solicitadas como na colaboração com ideias, tornando um
trabalho cooperativo entre professor e alunos, de acordo com suas
possibilidades, e as condições físicas e materiais da escola.
Através de um processo criativo, podem-se fazer adaptações e
experiências com algumas formas de ginástica aplicáveis às atividades
12
circenses, de modo que o envolvimento aconteça, desde o aluno mais
habilidoso até o mais esforçado, ou o mais criativo.
De acordo com Duprat, Calça e Bortoleto (2007), as atividades circenses
podem ser divididas, conforme o critério das ações motoras gerais envolvidas,
em acrobacias, manipulações, equilíbrios e encenações.
A partir dessa classificação, pretendo trabalhar com algumas atividades
circenses que considero importantes e acessíveis à minha realidade escolar:
• Acrobacias de solo: performance de destreza corporal, através de
exercícios que requerem agilidade, flexibilidade, força e equilíbrio,
associadas à técnicas gímnicas.
• Malabares: arte de manipular objetos, lançando e executando manobras e
truques (malabares de lançamento), ou equilibrando-os no corpo
(malabares de contato).
• Atividades de Equilíbrio: realização de movimentos corporais em situações
que, em geral, prejudicam o equilíbrio, como os equilíbrios sobre as mãos,
em superfícies irregulares, instáveis ou muito pequenas como a corda
bamba.
• Jogos cênicos e Expressão corporal: atividades que utilizam o corpo,
posturas, expressões faciais como forma de linguagem, de comunicação,
mímica.
Quadro 1 – Classificação e exemplos de atividades que serão realizadas pelos alunos
durante as aulas.
Atividades Circenses Exemplos
Acrobacias
de solo
Individuais
Rolamentos, saltos, estrelas, paradas de mão e cabeça, flic-flac,
mortais.
Coletivas Ícaros, modalidades mão-a-mão, pirâmides.
Malabares Bolinhas, bastão chinês, diabolo, swing, argolas.
Atividades de
Equilíbrio
Rola-rola (rolo americano), perna-de-pau, arame, corda bamba
Jogos cênicos e
Expressão corporal
Elementos das artes cênicas, dança, mímica, atividades
rítmicas, atividades musicais
Nas literaturas encontramos diversos relatos sobre experiências com
atividades oriundas do circo na Educação Física escolar. Oliveira Filho, Scorsin
e Kronbauer (2011) propuseram uma descrição e análise da prática
13
pedagógica sobre atividades circenses nas aulas de Educação Física.
Realizaram 10 aulas abrangendo a história do circo, o reconhecimento de
diversos materiais e as seguintes modalidades circenses: malabares,
acrobacias individuais, acrobacias coletivas e acrobacia aérea em tecido e
concluíram que:
As atividades circenses, além de serem uma produção cultural,
possibilitam a experimentação do movimento, a criatividade e a
expressividade por meio do corpo... propor atividades circenses nas
aulas de Educação Física desencadeou várias dúvidas e poucas
certezas. Adaptá-las e incorporá-las à uma cultura escolar
esportivizada foi certamente um grande desafio (s. p.).
Da mesma forma, Munhoz e Ramos (2007) elaboraram um relato com o
objetivo de auxiliar o professor de Educação Física que deseja trabalhar o circo
em suas aulas e quais os limites e as possibilidades de se trabalhar com este
conteúdo através de diários de aula. Os resultados apresentados apontaram
para alguns temas: Atenção, Materiais, Segurança e Interferências nas aulas e
concluíram que:
Apesar de “novos” e “diferentes”, esses conteúdos não podem ser
trabalhados de qualquer forma, é necessário que o professor de
Educação Física busque informações que envolvam o conteúdo
específico e o próprio processo pedagógico do que já foi
realizado.Esta pesquisa buscou explicitar esta necessidade e mostrar
algumas situações reais que o professor de Educação Física pode
enfrentar durante suas aulas, o que o aproxima da realidade vivida e
o auxilia num planejamento mais preciso (s. p.).
Costa, Tiaen e Sambugari (2008) também afirmam em seu artigo que:
As técnicas circenses podem ser utilizadas com eficácia no âmbito
escolar, contribuindo para a melhoria da qualidade de trabalho
educativo. Por meio de atividades que estimulam o desafio, essas
técnicas propiciam o rompimento com a estrutura de um ensino
conservador e evidenciam o forte fator cultural e inclusivo que tais
atividades possuem (p. 213).
Já Vendruscolo (2009) em seu artigo relata a experiência do projeto de
extensão “Alegria” da FCT/UNESP numa vivência com a arte circense no
ambiente escolar, no ensino fundamental. A proposta foi uma contribuição
adicional ao trabalho nas escolas, inserindo o universo circense como um
14
recurso pedagógico, visando os valores sociais da criança e a valorização da
atuação do profissional da educação, Sua conclusão:
Ministrar a oficina de circo acabou por esclarecer aos professores e
coordenadores da instituição, assim como para nós pesquisadores,
que; na verdade, o que permitiu o avanço das crianças participantes
do Projeto quanto ao rendimento escolar, a melhora no
comportamento afetivo e a retomada de uma auto-estima positiva não
foi a atividade circense em si. A felicidade deve compor o
aprendizado em todas as disciplinas... Seria um erro achar que só o
circo deve fazer isso... O essencial desse trabalho é esclarecer que o
que realmente precisamos é de situações prazerosas que
independem do conteúdo (p. 736).
Portanto, fica claro que as atividades circenses devem ser trabalhadas
na Educação Física, visto que diferentes autores defendem que a arte circense
dentro do ambiente escolar se justifica a partir do momento em que esta arte
faz parte da cultura humana, ou seja, o circo é uma manifestação cultural
elaborado pela humanidade ao longo de sua história, e que certamente merece
espaço entre os conteúdos abordados na Educação Básica.
http://truperisosolto.wix.com/piloto
15
4. UNIDADE 2: PLANO DO CADERNO PEDAGÓGICO
Primeiramente, apresentamos um quadro com a organização dos
conteúdos em três etapas: sensibilização, Vivências de atividades circenses e
socialização dos conteúdos. Na primeira etapa acontecerá uma familiarização
com o tema por meio de textos, filmes e discussão. Serão apresentadas
questões relativas à história do circo, o circo familiar e o circo empresa, o circo-
teatro no Brasil e as diversas modalidades que compõem os espetáculos
circenses. Na segunda etapa serão elaboradas atividades que proporcionem a
vivência de algumas atividades circenses. Para finalizar, serão realizadas
oficinas de socialização, nas quais os alunos que participaram da
implementação deste projeto organizarão atividades para outros alunos da
escola.
Para melhor compreensão e acompanhamento dos conteúdos, foi
elaborada uma cartilha que será distribuída aos alunos (ANEXO 1). Esta cartilha
contém textos de referência, atividades e materiais sugeridos.
http://escolaclasseruadomato.blogspot.com.br
16
Quadro 2 – Estrutura de organização das aulas sobre atividades circenses.
Primeira Etapa – Sensibilização
Aula 1
Apresentação do plano de unidade e leitura do texto sobre a História do Circo e
sobre o palhaço Banjamin de Oliveira (cartilha).
Aula 2 Filmes: O Circo – Charles Chaplin
La Nouba – Cirque du Soleil
Aula 3
Aula 4 Leitura do texto sobre as diferentes Modalidades Circenses (cartilha).
Aula 5 Discussão sobre a História do Circo, suas modalidades e os filmes.
Segunda Etapa – Vivência de algumas Atividades Circenses
Aula 6
Acrobacias de solo individuais de acordo com a cartilha: Rolamento para frente,
Rolamento para trás, Parada de mãos, Estrela e Ponte para trás
Aula 7
Aula 8
Aula 9
Acrobacias de solo coletivas de acordo com a cartilha: Torre, Torre com apoio na
lombar, Bandeira frontal, Avião, Pirâmides diversas
Aula 10
Aula 11
Aula 12
Acrobacias aéreas de acordo com a cartilha: Tecido acrobático
Aula 13
Aula 14 Confecção de materiais para malabares: bolinhas, bastão chinês, Swing de fita,
diabolô, claves
Aula 15
Aula 16
Malabarismos de lançamento, de equilíbrio dinâmico, de contato e giroscópicos
Aula 17
Aula 18
Aula 19
Confecção de materiais para equilíbrio: perna de pau, rola-rola
Aula 20
Aula 21
Atividades de Equilíbrio: rola-rola, perna de pau, corda bamba (arame)
Aula 22
Aula 23
Jogos Cênicos e Expressão corporal: dança e palhaço
Aula 24
Aula 25
Terceira Etapa – Oficinas de Socialização
Aula 26 Organização e planejamento de Oficinas para socializar atividades vivenciadas
com as demais turmas da escola
Aula 27
Aula 28
Oficinas de Socialização das atividades vivenciadas com as demais turmas da
escola
Aula 29
Aula 30
Aula 31
Aula 32
17
5. UNIDADE 3: ATIVIDADES PROPOSTAS
A seguir serão descritas as estratégias de ação adotadas e alguns
exemplos de atividades para trabalhar o conteúdo circense na escola. As
atividades apresentadas foram adaptadas das obras de Bortoleto (2008 e 2010),
que apresentam diferentes possibilidades de atividades circenses, das quais
algumas podem ser utilizadas em ambiente escolar, ou ainda elaboradas pela
autora deste material.
CADERNO PEDAGÓGICO – ATIVIDADES CIRCENSES
Primeira Etapa – Sensibilização
• Apresentar o plano de Unidade, possibilitando aos alunos a percepção do trabalho
que será realizado e num segundo momento:
• Compreender a história do circo e a diferença entre o circo tradicional (familiar) e o
circo empresarial;
• Conhecer as modalidades circenses;
• Discutir as experiências dos alunos com o circo e como eles percebem esta
manifestação artística como conteúdo escolar.
Sugestão de atividades:
1. Apresentação do projeto de intervenção pedagógica com atividades
circenses.
2. Leitura do texto sobre a “História do Circo” e a poesia “Benjamin de Oliveira”
(cartilha).
3. Assistir aos filmes “O Circo”, de Charles Chaplin e “La Nouba”, do Cirque du
Soleil
4. Apresentar as diversas modalidades circenses (cartilha). Refletir sobre as
práticas circenses que vemos nas ruas.
Quais as diferença entre circo família e circo empresa?
Faça uma pesquisa sobre o circo-teatro no Brasil
18
Para a discussão, os alunos serão organizados em grupos. Um membro de
cada grupo será escolhido como o relator, para apresentar as conclusões do
grupo para o restante da turma.
Segunda Etapa – Vivências das Atividades Circenses
Vivências de acrobacias individuais de solo e atividades pedagógicas.
Sugestão de Atividades:
1. Bolinha humana:
Posição: quadril e os joelhos flexionados, junto ao corpo, queixo tocando o
peito, as mãos segurando os joelhos na forma de uma bolinha;
Execução: os alunos devem se imaginar como uma bolinha e girar sobre
colchonetes, tentando manter o corpo na posição determinada.
2. Rolamento para frente:
Execução: realizar o movimento de rolamento partindo da posição de pé, e
realizando o movimento da Bolinha Humana.
Apoio: para oferecer apoio, o professor deve posicionar uma das mãos na parte
posterior da cabeça (evitar que o aluno estenda a cervical), e a outra mão na
parte posterior da coxa (evitar que o aluno estenda o quadril). Nesta posição,
acompanhar o corpo do aluno durante o movimento de rotação.
3. Rolamento com salto:
Execução: desafiar os alunos que aprenderam o movimento para realiza-lo
saltando sobre um obstáculo (um colchonete de referência, um colega deitado).
• Quais as vivências que você teve com o circo?
• Você acha que o circo é conteúdo da escola? Por quê?
• Qual a importância das atividades circenses no cotidiano escolar, bem como no
contexto social em que vocês estão inseridos?
• Que atividades circenses você gostaria de vivenciar?
MATERIAIS NECESSÁRIOS
colchões, colchonetes,
banco de madeira.
19
4. Rolamento para trás inclinado:
Posição: aluno deitado em um plano inclinado (banco, madeira), com as pernas
na posição mais alta e a cabeça na posição mais baixa.
Execução: com o tronco flexionado, as pernas sobre o corpo e a cabeça
flexionada lateralmente, fazer uma rotação sobre o ombro.
Apoio: o professor posiciona um braço entre o tronco e as pernas do aluno,
formando um eixo de rotação para o corpo.
5. Rolamento para trás
Execução: realizar o movimento do exercício anterior, partindo da
posição de pé, em uma superfície plana.
6. Tronco de árvore:
Posição: em duplas, um aluno senta em um
banco ou no chão, com os braços estendidos
ao lado da cabeça, tocando as orelhas. O outro
aluno fica de pé atrás do colega sentado.
Execução: o aluno que está de pé deve pressionar as mãos daquele que está
sentado, que deve manter as costas eretas e os braços estendidos, como se
fosse uma árvore.
7. Parada de mãos com apoio
Posição: o aluno se posiciona em quatro apoios, com as mãos em um colchão.
Execução: o aluno deverá tentar chutar as pernas para cima, para atingir uma
posição ereta, de cabeça para baixo.
Apoio: dois colegas devem
segurar cada um uma perna do
aluno que está executando o
movimento, carregando-o para
a posição e soltando, lenta e
cuidadosamente, o peso sobre
os braços do aluno.
Este exercício é
importante para que o
aluno compreenda a
necessidade de
manter os braços
estendidos durante a
parada de mãos, para
sustentar seu corpo.
Para este movimento,
a maior atenção deve estar em
evitar que o aluno executante
caia com a cabeça no chão,
o que pode machucar
tanto a cabeça quanto a cervical.
20
Evolução: conforme os alunos se adaptarem à posição, o apoio deve passar
das pernas para a cintura, fazendo com que o controle das pernas no ar fique
sob responsabilidade do aluno que está executando o movimento.
8. Reversão com apoio
Posição: idem exercício 7.
Execução: idem exercício 7. Após alcançar a parada de mãos, o aluno deve
deixar as pernas caírem para trás, em direção ao chão.
Apoio: dois colegas, um de cada lado do colega que executa o movimento, dão
as mãos e formam um apoio na região das escápulas, acompanhando o
movimento da reversão e auxiliando a erguer o tronco.
9. Estrela sobre o banco
Posição: em pé, de frente para um banco.
Execução: o aluno deverá posicionar braços sobre o banco e passar uma
perna de cada vez sobre o mesmo, conforme a sequência: mão esquerda, mão
direita, perna direita, perna esquerda (ou vice-versa).
Evolução: quando o aluno compreender o movimento, pode tentar passar as
pernas chutando-as para cima.
10. Estrela
Posição: em pé com os braços estendidos para cima e as pernas afastadas.
Execução: idem exercício 9, identificando algum ponto de referência no chão,
que substituirá o banco.
11. Ponte no chão
Posição: deitado de costas no chão.
Execução: apoia pés e mãos no chão e levanta o troco, realizando uma
hiperextensão. A palma da mão deve estar virada para baixo, com os dedos
apontados para o calcanhar.
Apoio: os colegas podem auxiliar erguendo o tronco do colega que executa o
movimento, com as mãos posicionadas nas costas, na região das escápulas.
Quando o aluno conseguir fazer sozinho pode variar iniciando na posição
ajoelhado, tentando descer e tocar o calcanhar com as mãos
21
12. Ponte com apoio
Posição: de pé.
Execução: o aluno fará uma hiperextensão do tronco, mantendo os pés no
chão e tentando alcançar o chão com as mãos (idem exercício 11).
Apoio: dois colegas, um de cada lado do colega que executa o movimento, dão
as mãos e formam um apoio na região das escápulas, acompanhando o
movimento da ponte em direção ao chão.
Segunda Etapa – Vivências das Atividades Circenses
Vivências de acrobacias coletivas de solo e atividades pedagógicas.
Sugestão de atividades
1. Torre
Posição: em duplas, um aluno
posicionado em quatro apoios (base).
Execução: o outro aluno vai fazer o papel de volante, se posicionando em
quatro apoios sobre a base.
Variação: em trios, dois alunos se posicionam de base, um de frente para o
outro e o terceiro aluno que vai ser volante se apoia com as mãos na base 1 e
as pernas na base 2.
Variação: dividir a turma em grupos e lançar o desafio para que cada grupo
invente uma torre.
2. Bandeira Frontal
Posição: a base fica de pé, com os pés paralelos e um pouco afastados,
joelhos levemente flexionados e o tronco estendido.
Execução: o aluno que vai ser volante apoia seus pés no joelho da base, pega
nas mãos do companheiro e sobe em seus joelhos, estendendo o corpo. Deve
tentar equilibrar a bandeira como uma balança, com apenas uma mão
segurando a mão da base.
Apenas para lembrar...
Base: sustenta o conjunto
Volante: é sustentado pelos
outros e não tem contato com o
solo.
22
Apoio: um colega se posiciona com as mãos na região da escápula da base,
impedindo que esta caia para trás. Outro colega apoia o volante na região
lombar, auxiliando-o a erguer o corpo, impedindo que este caia para trás.
3. Avião
Posição: o aluno base fica deitado de costas no chão, com pernas e braços
formando um ângulo de 90 graus com o corpo.
Execução: o volante apoia a barriga nos pés e as mãos nas mãos do base,
estendendo totalmente o corpo. Depois de equilibrados devem estender os
braços lateralmente, soltando as mãos.
4. Segunda altura
Posição: o aluno base está de pé, com os joelhos e
o quadril flexionado em aproximadamente 70°
.
Execução: o volante segura nas mãos do base, por
trás, e sobe com os pés posicionados nas coxas
deste. Com as pernas apoiadas nas costas do base,
a dupla deve encontrar equilíbrio e soltar as mãos
lentamente.
Evolução: de frente para uma parede, o volante pode tentar subir com os pés
nos ombros do base.
5. Pirâmides
Posição: aluno base deitado de costas, joelhos flexionados e pés apoiados no
chão, braços estendidos, formando 90 graus com o tronco.
Execução: volante apoia um pé nos joelhos e outro nas mãos do base, corpo
estendido e braços abertos.
Evolução: dois alunos bases, um de frente para o outro, joelhos flexionados e
pés apoiados no chão, um volante apoiando um pé nos joelhos do base 1 e
outro nos joelhos do base 2, corpo estendido e braços abertos.
Neste exercício é
importante perceber
o base como uma
escada, subindo
primeiro em uma
coxa, depois na
outra, primeiro em
um ombro, depois no
outro.
Se os alunos conseguirem executar com certa facilidade a segunda altura, pode-se
propor a execução coletiva, com os bases posicionados em círculos. Assim, os
volantes terão mais apoio para se posicionarem.
23
Evolução: dois alunos bases, um de frente para o outro, joelhos flexionados e
pés apoiados no chão. Dois volantes, de frente um para o outro, de mãos
dadas, um sobre os joelhos do base 1 e outro sobre os joelhos do base 2.
6. Jogo das Pirâmides
Posição: alunos organizados em grupos de cinco membros ou mais (variável).
Elaborar um sorteio com números de 1 à 15, e um sorteio com o número de
membros do grupo.
Execução: primeiramente serão sorteadas as bases e os volantes. Em seguida,
serão sorteados os números de apoios. A partir dessas determinações, o grupo
deve criar uma pirâmide que se sustente.
Segunda Etapa – Vivências das Atividades Circenses
Vivências de acrobacias aéreas em tecido e atividades pedagógicas.
Sugestão de Atividades:
1. Técnica de sustentação e subida
Posição: aluno de pé, de frente para o tecido.
Execução: o tecido deverá fazer uma volta de 360°
ao redor da perna direita, partindo da parte interna
da coxa, enrolando por trás do joelho, até chegar ao
dorso do pé. O pé esquerdo pisa sobre o pé direito,
prensando o tecido, conforme a figura ao lado,
formando uma “chave de subida”. As mãos seguram
no tecido, mantendo o corpo em sustentação.
Evolução: sustentando o corpo pelas mãos, presas ao tecido, o aluno desfaz a
chave de subida, flexiona o quadril e os joelhos, e faz novamente a “chave de
Relembrando:
Apoio são as partes do corpo
em contato com o solo
http://saude.terra.com.br/bem-estar
24
subida”. Ao estender joelhos e quadril, o corpo do aluno será automaticamente
projetado para cima.
2. Cristo
Posição: o aluno deve estar preso ao tecido pela “chave de subida”
Execução: mantendo o corpo ereto, passar os dois braços entre os tecidos,
fazendo com que o tecido fique atrás do tronco, mas na frente das pernas.
Evolução: é possível deslizar pelo tecido para descer, soltando lentamente a
“chave de subida”.
3. Tecido marinho
Posição: para o tecido marinho, dar um nó com os dois tecidos, formando um
balanço. Essa técnica evita que o aluno se canse para manter o corpo preso a
tecido.
Execução: balançar o corpo em diferentes posições, de pé, sentado, segurando
apenas com uma mão, segurando com as duas mãos, os pés firmes no tecido,
e deixando o corpo cair para trás.
4. Inversão
Posição: sentado no tecido marinho
Execução: deixar o corpo cair até que o nó do tecido chegue à coluna lombar,
girar o corpo, para que a cabeça fique para baixo e as pernas, afastadas por
fora do tecido, mantenham o corpo preso.
Apoio: é necessário oferecer apoio nos ombros e nas costas do aluno
executante, para que ele não tenha medo de ficar de cabeça para baixo.
5. Casulo
Posição: sentado no tecido marinho, com as pernas flexionadas, apoiadas em
uma das abas do tecido, e as costas em outra aba.
Professor, muita atenção!
Além dos riscos de quedas, o tecido
acrobático pode fazer com que o aluno
fique preso, enrolado no tecido.
25
Execução: abrir lentamente as duas abas do tecido,
uma atrás das costas, outra na frente, unindo as
pontas das abas até formar um casulo.
http://truperisosolto.wix.com/piloto
6. Borboleta
Posição: de pé, segurando apenas em uma das abas do tecido
Execução: realizar o movimento de “pernas cruzadas”, mantendo o tecido entre
as pernas. Descer lentamente o tronco para ficar de cabeça para baixo,
soltando o tecido. Neste elemento, o aluno ficará suspenso apenas pela força
das pernas cruzadas, que o seguram no tecido.
Apoio: idem inversão
Segunda Etapa – Vivências das Atividades Circenses
Confecção de materiais alternativos para malabares: bolinhas, bastão chinês, swing
de fita; diabolô, claves
Vivência de malabares: contato, lançamento, giroscópicos,
Os materiais
A confecção de materiais alternativos acontecerá no contra-turno, pois
demanda mais tempo e aulas mais longas. Os materiais serão confeccionados
a partir da opção de cada aluno, contudo, será necessário pelo menos um
exemplar de cada material.
Os materiais confeccionados serão utilizados para a realização das
atividades que seguem. Primeiramente faremos um momento de exposição e
As instruções para a confecção dos materiais
estão explicitadas na cartilha dos alunos.
Instruções extras, tanto para a confecção dos
materiais quanto para a execução das técnicas,
são facilmente encontradas no YouTube.
26
exploração das criações de cada aluno, bem como de equipamentos
comercializados. Os alunos terão a oportunidade de brincar individualmente
e/ou em grupos, e também executar atividades sugeridas pelo professor.
Atividades Sugeridas:
1. Malabarismos de lançamento
Posição: o aluno segura a bola com uma mão.
Execução: joga a bola para a outra mão na altura dos olhos, a trajetória deve
ser em forma de arco.
Evolução: com duas bolinhas, uma em cada mão, sendo que quando a bola da
mão direita for lançada e estiver na altura dos olhos já deve lançar a da mão
esquerda.
Evolução: com três bolinhas, segura duas na mão direita (A e C) e uma na
esquerda (B). Joga a bola A para a esquerda e a B para direita, pega a bola A
com a mão esquerda e quando a bola B estiver na altura dos olhos, joga a bola
C para a esquerda. Pega a bola 2 com a direita, quando a bola C estiver na
altura dos olhos, joga a bola A para a direita e assim sucessivamente.
2. Malabarismos de equilíbrio dinâmico
Posição: alunos espalhados na quadra, cada um com um bastão.
Execução: equilibrar o bastão na mão, sempre olhando na ponta de cima.
Evolução: fazer movimentos com a mão: para direita, esquerda, para cima.
Evolução: equilibrar o bastão em diferentes partes do corpo: cotovelo, ombro,
pé, queixo, cabeça, etc.
Evolução: dois bastões (um em cada mão).
Outra variação divertida pode ser utilizar lenços ao invés de
bolinhas, pois os lenços demoram mais tempo para cair.
Pode-se, inclusive, organizar os alunos em círculo, cada um
com seu lenço. Ao sinal do professor o aluno joga o lenço
para cima e deverá pegar o lenço do companheiro da direita,
depois da esquerda, em sentido horário ou anti-horário.
27
3. Malabarismos de contato
Material: bolas de borracha.
Posição: dispersos na quadra, cada aluno com uma bola.
Execução: Equilibrar a bola em cima da mão direita e deixá-la rolar pelo braço
direito, peito, braço esquerdo e chegar na mão esquerda (sem perder o
contato).
Variação: encontrar pontos de equilíbrio e preensão em diversas partes do
corpo.
4. Malabarismo giroscópico (diabolô)
Execução: cada aluno deverá fazer movimentos de balanceios e giros
suspensos com seu material, inicialmente colocando o diabolô no chão sob o
barbante e segurando um bastão em cada mão. Rolá-lo de um lado para o
outro e quando pegar embalo, levantar do chão.
Evolução: com uma das mãos dar puxadas rápidas para que gire apenas para
um lado e com a outra mão acompanhar o movimento (movimento do
baterista).
Sugestão de Movimentos:
# Toss: jogar o diabolô para cima e pegar de volta.
# Sun: movimento de um grande círculo com o diabolô.
# Elevador: para fazer essa manobra a corda
deve ser enrolada no eixo e o diabolô “escala” a
corda.
5. Bastão chinês
Execução: os alunos irão segurar os tacos menores (hand stick), um em cada
mão e tentar equilibrar e dominar o taco maior que está apoiado no chão,
jogando-o de um lado para outro.
Evolução: depois de ter o controle do Main Stick, o aluno pode tentar se
levantar, trazendo junto o bastão.
Algumas manobras conhecidas:
# Tic-Tac: um pra cá, um pra lá.
Dica importante:
Ficar sempre de frente
para uma das bocas do
diabolô.
Main Stick: bastão
maior
Hand Stick:
baquetas menores
que ficam na mão
28
# Giro externo: Um giro por fora do Hand Stick e volta ao tic-tac.
# Salto simples: Lança o Main Stick para cima e controla quando ele volta.
6. Swing
Execução: cada aluno gira seu swing formando movimentos circulares
(grandes e pequenos) com os punhos e braços.
Evolução: giros laterais, frontais, acima da cabeça, cruzando na frente e atrás.
Segunda Etapa – Vivências das Atividades Circenses
Confecção de materiais alternativos: rola-rola e perna de pau
Vivência de atividades de equilíbrio: rola-rola, perna de pau, corda de equilíbrio.
A confecção de materiais alternativos acontecerá no contra-turno, pois
demanda mais tempo e aulas mais longas. Os materiais serão confeccionados
a partir da opção de cada aluno, contudo, será necessário pelo menos um
exemplar de cada material.
Os materiais confeccionados serão utilizados para a realização das
atividades que seguem. Primeiramente faremos um momento de exposição e
exploração das criações de cada aluno, bem como de equipamentos
comercializados. Os alunos terão a oportunidade de brincar individualmente
e/ou em grupos, e também executar atividades sugeridas pelo professor.
Atividades Sugeridas:
1. Estátua bamba
Posição: alunos dispersos pela quadra.
Execução: variação do jogo infantil conhecido como estátua. Os alunos
deverão andar livremente pela quadra e ao parar a música deverão
permanecer em equilíbrio, mas em posições que dificultem o equilíbrio: sobre
um pé só, quatro apoios, em duplas com 3 apoios no chão, em trio, com 3
apoios, em trio com 4 apoios, etc.
29
2. Rola-bola
Posição: o aluno deverá apoiar um pé na tábua e com um movimento rápido,
apoiar o outro, de modo que a tábua passe da posição inclinada para
horizontal.
Execução: subir e descer do rola-rola, se equilibrar com apoio das mãos.
Apoio: colega ajuda a equilibrar, segurando no quadril ou nas mãos.
Evolução: agachar-se com e sem apoio, girar lateralmente, mover os pés
lateralmente sobre a prancha, forçar o desequilíbrio.
3. Perna de pau
Posição: um aluno com o material, dois alunos auxiliando.
Execução: equilibrar-se na perna de pau, andar para frente, para trás, subir e
descer obstáculos.
Apoio: inicialmente colegas apoiando na lateral, segurando na cintura.
Evolução: manusear o material sozinho.
4. Siga o mestre, mas não caia!
Posição: alunos dispersos na quadra.
Execução: para iniciar professor é o mestre, ele deverá caminhar pelo local,
passando por obstáculos, os alunos deverão segui-lo imitando seus passos,
porém todos deverão estar se equilibrando sobre pernas de pau. Num segundo
momento um aluno é escolhido para assumir a posição de mestre.
5. Corda de equilíbrio
Posição: alunos dispersos pelo espaço, em trios. Várias cordas esticadas entre
árvores do pátio, em diferentes alturas.
Execução: os alunos irão se familiarizar com o material: sentar e se equilibrar
na corda, com auxílio de um colega de cada lado andar sobre a corda, com
Bortoleto (2008) sugere começar com a prancha equilibrada sobre uma
garrafa pet de plástico vazia, porque a garrafa amassará um pouco e
facilitará o domínio do movimento.
Para perder o medo, podemos
utilizar bancos ou muros.
30
ttp://truperisosolto.wix.com/piloto
auxílio de apenas um colega andar sobre a corda, andar se equilibrando
sozinho.
Apoio: inicialmente um colega de cada lado, auxiliará o aluno a se equilibrar
sobre a corda. Em seguida, apenas um colega oferece apoio e, por fim, o aluno
se apoia em um cabo de vassoura, ou um bastão qualquer.
Evolução: equilíbrio apenas com um pé, aviãozinho, agachamento, meio giro,
giro completo.
Segunda Etapa – Vivências das Atividades Circenses
Vivência de atividades de expressão corporal. Técnicas cênicas e construção do
palhaço.
Atividades sugeridas:
1. Maquiagem
Material: tintas para maquiagem
Posição: alunos em duplas
Execução: cada aluno deverá usar a
criatividade e modificar os traços do rosto do
colega, buscando construir alguma expressão.
Exemplo: aumentar os olhos, fazer uma boca
grande.
2. Mímica para descobrir uma palavra
Posição: alunos divididos em grupos.
Execução: adaptação do jogo “imagem e ação”. Um representante de cada
receberá uma palavra ou frase secreta. Utilizando apenas gestos e expressões
corporais, deve fazer com que os colegas do seu grupo descubram o seu
segredo.
3. Meu Boneco
Posição: alunos em dupla, um será o boneco, o outro será o ventríloquo.
31
Execução: o ventríloquo fará movimentos como se estivesse puxando ou
empurrando partes do corpo do “boneco” (levantando as mãos, caminhando,
baixando a cabeça, abrindo a boca, erguendo uma perna, chutando, mexendo
os ombros).
4. Sou ridículo!
Posição: alunos em um círculo.
Execução: um aluno de cada vez será
desafiado a completar a frase: eu sou
ridículo porque ..., por meio de gestos e
expressões, sem utilizar palavras.
http://truperisosolto.wix.com/piloto
Terceira Etapa – Oficinas de Socialização
Organização e planejamento de atividades que serão realizadas com outras turmas
da escola
Atividades sugeridas:
A organização e planejamento de atividades acontecerá no contra-turno,
momento em que os alunos terão mais tempo e aulas mais longas
(conjugadas) para realizar essa tarefa.
A turma será dividida em cinco grupos. O professor irá sortear entre eles
uma das modalidades trabalhadas em aula: acrobacias de solo individuais,
acrobacias de solo coletivas, malabares, atividades de equilíbrio e técnicas
cênicas/construção de palhaço. Cada grupo será responsável por organizar
atividades sobre a referida modalidade, que serão socializadas com outras
turmas.
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32
Terceira Etapa – Oficinas de Socialização
Execução de oficinas de socialização dos conteúdos circenses com outras turmas da
escola.
Atividades sugeridas:
Depois de trabalhadas as diversas modalidades circenses, os alunos
organizarão oficinas de socialização para outras turmas da escola. Os grupos
irão aplicar as atividades planejadas. Cada um dos cinco grupos ficará
responsável por uma turma por aula. Cada turma fará um rodízio para
participar de todas as atividades. Para as oficinas de socialização serão
utilizados os materiais confeccionados pelos alunos.
Acreditamos que com esta atividade, os alunos serão capazes de
compreender que as atividades circenses podem fazer parte do seu cotidiano,
assim como as atividades esportivas.
http://www.recreio.com.br
33
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
As Atividades Circenses apresentados neste material são alguns
exemplos, dentre muitas outras que podem ser incluídas nos planos de
trabalho dos professores. São atividades fáceis de serem desenvolvidas, com
materiais simples, confeccionados pelos próprios alunos, passíveis de
aplicação nas salas de aula de nono ano da rede pública de ensino.
Algumas observações são necessárias ao se aplicar o material:
∗ A confecção dos materiais poderá ser feita no contra turno (aulas
conjugadas) facilitando a orientação na confecção.
∗ As atividades devem ser apresentadas para os alunos numa proposta, que
respeite e estimule suas experiências.
∗ As respostas e sugestões dadas pelos alunos devem ser sempre
respeitadas.
∗ As atividades devem oportunizar observação, imaginação, exploração,
improvisação, concentração, criação, fluência e flexibilidade.
∗ As atividades precisam ser realizadas com segurança, em um ambiente
que demonstre organização, confiança e tranquilidade.
∗ As atividades apresentadas neste material podem ser excessivas para o
tempo de aula, assim o professor poderá selecionar aquelas que melhor se
adequam a sua realidade.
∗ A utilização de vídeos da internet é sempre uma estratégia interessante
para que o aluno compreenda as possibilidades de execução de movimentos
que não fazem parte das suas vivências cotidianas.
Além disso, para que o trabalho seja produtivo é preciso aplicar
atividades que se adaptem com as peculiaridades de cada turma, facilitando o
cumprimento dos objetivos propostos.
Por fim, é preciso organizar e criar métodos e técnicas que possibilitem
aos alunos a compreensão de que as atividades propostas em aula podem ser
incluídas nas suas atividades cotidianas, pois utilizam materiais e espaços
variados e de fácil acesso.
34
REFERÊNCIAS
1. BOLOGNESI, M. F. Palhaços. São Paulo: UNESP, 2003.
2. BORTOLETO, M. A. C. Introdução à Pedagogia das Atividades
Circenses (vol. 1). Jundiaí, SP: Fontoura, 2008.
3. _____________. Introdução à Pedagogia das Atividades Circenses (vol.
2). Jundiaí, SP: Fontoura, 2010.
4. BORTOLETO, M. A.; MACHADO, G. Reflexões Sobre o Circo e a Educação
Física. Revista Corpoconsciência, Santo André, SP: n. 12, p. 41-69, jul/dez.
2003.
5. BRACHT, V. A constituição das teorias pedagógicas da Educação Física.
Caderno Cedes, ano XIX, 48: 69-88, 1999.
6. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Ministério da
Educação. MEC, 1996.
7. COSTA, A. C. P.; TIAEN, M. S. ; SAMBUGARI, R. N. Arte Circense na
escola: possibilidade de um enfoque curricular interdisciplinar. Olhar do
Professor, v. 11, n. 001, p. 197-217, 2008.
8. DAÓLIO, J. Cultura, Educação Física e Futebol. Campinas: Editora da
Unicamp, 2003.
9. DARIDO, S. C.; GALVÃO, Z.; FERREIRA, L. A.; FIORIN, G. Educação física
no ensino médio: reflexões e ações. Motriz, v. 5, n. 2, dez. 1999.
10. DUPRAT, R. M. Atividades circenses. Possibilidades e Perspectivas para
a Educação Física Escolar. 2007. Dissertação. (Mestrado em Educação
Física). Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação Física.
Campinas, 2007.
11. DUPRAT, R.M; CALÇA, D.H; BORTOLETO, M.A.C.; Educação Física:
Pedagogia e Didática das Atividades Circenses. Revista Brasileira de
Ciências do Esporte. 28(2): 171-190, 2007.
12. OLIVEIRA FILHO, I. J.; SCORSIN, D. M.; KRONBAUER, G. A. Atividades
Circenses: uma proposta pedagógica para a Educação Física Escolar. II Fórum
de Licenciaturas da UNICENTRO. Anais do ..., v. 2, n. 1, UNICENTRO, 2012.
35
13. MUNHOZ, J.F.; RAMOS, G.N.S. O circo nas aulas de educação física: sua
aplicação em uma escola pública no estado de São Paulo. In: II Seminário de
Estudos em Educação Física Escolar, 2008. Anais... São Carlos:
CEEFE/UFSCar, 2008, p.255-292.
14. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Secretaria de
Estado da Educação do Paraná. Departamento de Educação Básica. SEED,
2008.
15. SILVA, E. ; ABREU, L. A. Respeitável Público... O circo em cena. Rio de
Janeiro: Funarte, 2009.
16. SOUZA JUNIOR, M. (org.) Educação Física escolar. Recife: EDUPE,
2005
17. TORRES, A. O circo no Brasil. Rio de Janeiro: FUNARTE, 1998.
18. VENDRUSCOLO, C.R.P. O circo na escola. Motriz, Rio Claro, v. 15, n. 3,
p. 729-737, 2009.
19. www.circonteudo.com.br
36
ANEXO 1 – CARTILHA
37
38
39
40
41

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Atividades Circenses na Educação Física

  • 1. Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OSDESAFIOSDAESCOLAPÚBLICAPARANAENSE NAPERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE ProduçõesDidático-Pedagógicas
  • 2. 1 PARANÁ GOVERNO DO ESTADO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE CADERNO PEDAGÓGICO: ATIVIDADES CIRCENSES: POSSIBILIDADE DE SIGNIFICAÇÃO E REPRESENTAÇÃO DO MOVIMENTO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA. http://memove.com.br JACKELINE MARIA SIMON RIO AZUL- PR 2013
  • 3. 2 PARANÁ GOVERNO DO ESTADO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE CADERNO PEDAGÓGICO: ATIVIDADES CIRCENSES: POSSIBILIDADE DE SIGNIFICAÇÃO E REPRESENTAÇÃO DO MOVIMENTO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA. Caderno Pedagógico apresentado por Jackeline Maria Simon, a Secretaria e Estado da Educação do Paraná, por meio do Programa de Desenvolvimento Educacional. Orientadora: Profa . Ms. Gláucia Andreza Kronbauer RIO AZUL- PR 2013
  • 4. 3 SUMÁRIO 1. IDENTIFICAÇÃO ........................................................................................ . 4 2. APRESENTAÇÃO ...................................................................................... . 5 3. UNIDADE 1: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO METODOLÓGICA............... . 6 3.1 CIRCO E ATIVIDADES CIRCENSES.......................................................... 6 3.2 EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA: ESTUDO DAS MANIFESTAÇÕES DA CULTURA CORPORAL..................................................................................... 8 3.3 ATIVIDADES CIRCENSES NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA.......... 11 4. UNIDADE 2: PLANO DO CADERNO PEDAGÓGICO ................................ 15 5. UNIDADE 3: ATIVIDADES PROPOSTAS .................................................. 17 5.1 SENSIBILIZAÇÃO...................................................................................... 17 5.2 VIVÊNCIAS DAS ATIVIDADES CIRCENSES............................................ 18 5.3 OFICINAS DE SOCIALIZAÇÃO................................................................. 31 ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS .............................................................. 33 REFERÊNCIAS ANEXOS
  • 5. 4 1. IDENTIFICAÇÃO Título: Atividades Circenses: possibilidade de significação e representação do movimento nas aulas de Educação Física. Autora: Jackeline Maria Simon Disciplina/Área (ingresso no PDE): Educação Física Escola de Implementação do Projeto e sua localização: Colégio Estadual “Dr. Chafic Cury” – EFMN. Município da escola: Rio Azul Núcleo Regional de Educação: Irati Professora Orientadora: Ms. Gláucia Andreza Kronbauer Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual do Centro-Oeste campus Irati. Resumo: A Educação Física atualmente busca desenvolver um trabalho que enriqueça o modo de olhar, sentir, experimentar, tocar e de se relacionar com o corpo, transformando as formas de convivências, de aprendizagens e de intercâmbio cultural, através das práticas e manifestações corporais. Pensar o corpo a partir de referências culturais e históricas nos faz observar o movimento das atividades circenses ressignificado a cada tempo. Desde a prática corporal dos saltimbancos, despertando risos e liberdade, até a arte do circo contemporâneo transformado em mercado artístico e performático desse tempo, o corpo pode ser considerado um dos principais produtos da Indústria Cultural. A partir da necessidade de trabalhar nas aulas de Educação Física, diferentes formas de representação da ginástica, presentes nas diversas manifestações da cultura corporal, as atividades circenses poderão proporcionar uma gama de situações criativas e importantes para o crescimento e desenvolvimento das crianças através do conhecimento e vivências dessas atividades. Sendo assim este trabalho tem o desafio de explorar novas possibilidades de movimento por meio das Atividades Circenses nas aulas de Educação Física. Busca reconhecer de que maneira esses conteúdos podem ser representados e reelaborados de acordo com as peculiaridades da cultura escolar, por meio de conceitos, vivências corporais e finalmente a socialização em forma de oficinas. Palavras-chave: Educação Física, Cultura Corporal, Atividades Circenses, Escola. Formato do Material Didático: Caderno Pedagógico Público Alvo: Alunos do 9º ano de uma escola pública da região urbana de Rio Azul, Município do Centro-Sul do Paraná.
  • 6. 5 2. APRESENTAÇÃO Na Educação Física, assim como na Educação em geral, as mudanças vem acontecendo conforme as necessidades do mundo atual, a escola não pode ficar alheia ao que a circula, nem deixar de aproveitar atividades que envolvam a criança e despertem seu interesse. Este trabalho vai permitir ao aluno vivenciar as Atividades Circenses dentro das diferentes formas de representação da ginástica, que atualmente se fazem presentes nas diversas manifestações da cultura corporal abordadas nas aulas de Educação Física. Segundo as Diretrizes Curriculares do Paraná o objeto de estudo/ensino da Educação Física é a Cultura Corporal (PARANÁ, 2008). Da mesma forma, esta pesquisa objetiva estudar e organizar uma metodologia específica para o ensino das Atividades Circenses, contribuindo com o processo da inserção deste conteúdo proposto nas Diretrizes Curriculares de Educação Física do Estado do Paraná (DCEs) pela compreensão, a valorização e a apropriação destas atividades. Por serem inovadores, os conteúdos sobre o “circo” não podem ser trabalhados apenas para cumprir uma exigência das DCEs. É importante que o professor busque informações para a inserção das Atividades Circenses na Educação Física Escolar com êxito, a partir da resignificação das práticas corporais e da compreensão do corpo como meio de relação, como materialidade da existência. Nesse sentido, o desafio proposto para este trabalho é explorar novas possibilidades de movimento, por meio das atividades circenses nas aulas de Educação Física, buscando reconhecer de que maneira esses conteúdos podem ser repensados e reelaborados de acordo com as peculiaridades da cultura escolar.
  • 7. 6 3. UNIDADE 1: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3.1 Circo e Atividades Circenses O circo faz parte do imaginário das pessoas. É cultura popular e por ter características nômades, deixou vestígios por todos os lugares, chegando até mesmo em locais de difícil acesso e ficando mundialmente conhecido. É uma das manifestações artísticas mais antigas do mundo. Historicamente existem indícios que as práticas circenses surgiram na China, cerca de 5000 anos, onde pinturas revelavam acrobatas, contorcionistas e equilibristas. Outras aparições na História nos mostram a presença do circo na Índia onde contorcionistas participavam de rituais sagrados, na Grécia onde o equilibrismo e os números de força eram modalidades olímpicas, em Roma, o Coliseu, que foi construído no mesmo local do Circus Maximus de Roma, local de jogos e entretenimento, serviu de palco para exibições excêntricas e combates entre gladiadores, constituindo a conhecida expressão “política de pão e circo” e logo depois, por toda a Europa, onde famílias viajavam com o circo espalhando sua arte. (TORRES, 1998). O circo moderno como conhecemos hoje, originou-se no século XVIII, onde um Cavaleiro inglês montou a primeira estrutura de circo picadeiro, em forma circular, pois ficava mais fácil se equilibrar nos cavalos, como afirmam Silva e Abreu (2009, p.46): Para uma parte de pesquisadores e memorialistas circenses, o inglês Philip Astley, suboficial reformado da cavalaria, que desde 1768 apresentava-se com sua companhia em provas equestres, foi o responsável pela “criação” de uma pista circular e criador de um novo espetáculo. No início eram apenas apresentações equestres, mas Astley logo percebeu que para animar o público, eram necessários outros números, então chamou os saltimbancos, que eram pessoas que faziam malabarismos, contorcionismos e acrobacias nas ruas, para sua companhia. Ainda nessa época, um ex- artista de Astley, Charles Hughes, montou uma outra
  • 8. 7 companhia: Royal Circus, onde pela primeira vez se usou o termo “circo”. (SILVA; ABREU, 2009). No Brasil, as artes circenses chegaram através dos ciganos e imigrantes exilados da Europa no fim do século XVIII e sofreram grandes modificações a partir das características locais. Como citam Silva e Abreu (2009, p.48): O circo mantém a estrutura inicial com números acrobáticos, equestres, dança, teatro e palhaços. Esta divisão é apenas formal, pois os artistas não realizavam especificamente um ou outro, pois um mesmo artista era ao mesmo tempo trapezista, equestre, palhaço, além de se apresentar como músico, dançarino e ator nas representações teatrais. Nesta fase o circo passou a ser chamado de tradicional ou circo família, onde as famílias circenses viviam um mundo a parte e os conhecimentos eram passados entre eles. Segundo Silva e Abreu (2009, p.30): A vida dos que vivem “debaixo da lona” possui uma característica singular, pois é sempre um viver comunitário. Sua estrutura básica é de agrupamento de famílias, que vivem e trabalham no mesmo local. Nessa relação de vida e trabalho, as famílias “tradicionais” transmitiam todo o aprendizado do ofício, através do que foi aprendido, por sua vez, com seus antepassados. Também Bolognesi (2003) justifica, que o circo brasileiro tinha a função de amenizar a carência cultural, principalmente nos lugares mais distantes, nos locais onde as políticas públicas não chegavam, tendo um caráter festivo para todos. Com o passar do tempo, houve a necessidade de suprir a demanda de artistas, pois apenas a família não estava sendo suficiente, e surgiu então o Circo Novo ou Circo Contemporâneo. Segundo Silva e Abreu (2009, p. 41) “estava se consolidando um movimento que era o da construção de escolas de circo para fora da lona ou para fora do grupo familiar circense”. Para Bortoleto e Machado (2003, p. 50) esse surgimento “proporciona um maior intercâmbio de conhecimentos, uma diversificação das modalidades, dos estilos, e fundamentalmente concretiza um conhecimento mais sistemático, organizado e talvez científico”.
  • 9. 8 A partir daí, com novas estratégias, qualquer pessoa passa a ter acesso aos conhecimentos circenses, surgindo novas atividades fora do picadeiro, realizadas como exemplo: estátuas vivas, que podem trabalhar até mesmo em troca de refeição, ou malabaristas de semáforos. Sendo assim, a evidência da cultura circense em diferentes espaços e sob outros modelos de aprendizagem se torna importante e útil para o crescimento e destaque dessa manifestação tão valiosa. As atividades circenses na Educação Física permitem que o aluno crie materiais, movimentos e coreografias sem se preocupar em executar um espetáculo de circo, ele se vale do conhecimento do circo, para que com esse conhecimento venha a executar seus movimentos de uma lúdica e significativa. No circo, encontramos uma ferramenta lúdica e formativa possível de ser organizada e ensinada nas aulas de Educação Física, que por isso tem capacidade de propiciar aos alunos o pensar das possibilidades motoras, ampliando seu repertório e melhorando ou refinando suas experiências motoras e culturais. (VERENGUER apud DARIDO et AL,1999). As modalidades circenses são parte do acervo cultural da humanidade e como tal podem e devem ser incluídas nos conteúdos da escola. Conforme relatos que têm aparecido há algum tempo em eventos sobre educação, artigos científicos e fóruns de debate, estas manifestações estão lentamente construindo seu espaço nas aulas de Educação Física. 3.2 Educação Física na Escola: estudo das Manifestações da Cultura Corporal Quando se fala em Educação Física, logo vem a cabeça jogos desportivos, exercícios físicos, algumas vezes a dança, porém na forma de apresentação artística em datas comemorativas. No entanto a Educação Física escolar abrange mais que apenas esses conteúdos, pois participa da construção cultural e social no contexto escolar. Daólio (2003) afirma que a Educação Física escolar se apresenta numa perspectiva cultural. A partir desse referencial, podemos considerá- la uma parte da cultura corporal porque está inserida numa área de conhecimento que
  • 10. 9 trabalha e estuda sobre diversas práticas ligadas ao corpo e ao movimento, que foram criadas e efetivadas historicamente pela humanidade. Segundo as Diretrizes Curriculares (PARANÁ, 2008, p.72): O objeto de ensino e estudo da Educação Física é a Cultura Corporal, que através dos Conteúdos Estruturantes (esporte, dança, ginástica, lutas, jogos e brincadeiras), tem a função social de contribuir para que os alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais. A Educação Física no decorrer de sua história teve várias fases envolvendo aspectos legais, teorias pedagógicas, processos didáticos, conteúdos sistematizados, e hoje enquanto componente curricular obrigatório da Educação Básica, propõe oportunizar aos alunos, nos diferentes níveis de ensino, o conhecimento historicamente produzido e socialmente acumulado pela humanidade através da cultura corporal, conforme afirmam as Diretrizes Curriculares: O papel da Educação Física é desmistificar formas arraigadas e não refletidas em relação às diversas práticas e manifestações corporais historicamente produzidas e acumuladas pelo ser humano. (PARANÁ, 2008, p.75). Da mesma forma Valter Bracht, um dos intelectuais de grande importância na perspectiva crítica da Educação Física Escolar, afirma em relação a cultura corporal e movimento, que: A dimensão que a cultura corporal ou de movimento assume na vida do cidadão atualmente é tão significativa que a escola é chamada não a reproduzi-la simplesmente, mas a permitir que o indivíduo se aproprie dela criticamente, para poder efetivamente exercer sua cidadania. Introduzir os indivíduos no universo da cultura corporal ou de movimento de forma crítica é tarefa da escola e especificamente da Educação Física. (BRACHT, 1999, p.82) Sabe-se que Educação Física, tem passado por um processo de transformação na escola. Apesar dessas mudanças que transcendem a reflexão acadêmica e alcançam algumas propostas curriculares, alguns professores ainda enfatizam os esportes, provavelmente pela influência histórica que a esportivização exerceu e exerce em relação aos conteúdos das aulas. Não se trata de negligenciar, o esporte, que é tão importante quanto os
  • 11. 10 demais conteúdos, mas de adaptá- lo para a escola, tendo como objetivo dar oportunidade de vivenciar e conhecer as especificidades de uma maneira lúdica. Além disso, é importante oportunizar a mais variado gama possível de vivências e conteúdos relacionados a cultura corporal, que não se restringem à prática esportiva. Ainda nas Diretrizes Curriculares (PARANÁ, 2008, p.72) quando são abordados os fundamentos metodológicos de uma perspectiva crítica da Educação Física, afirma-se que “essa concepção permite ao educando ampliar sua visão de mundo por meio da Cultura Corporal, de modo que supere a perspectiva pautada no tecnicismo e na desportivização das práticas corporais”. Conforme o art.26 da Lei das Diretrizes e Bases (BRASIL, 1996), a Educação Física passou a ter obrigatoriedade na Educação Básica, porém não existem critérios para o seu ensino. Com isso aparecem muitas formas de efetivar esse trabalho como explica Silva apud SOUZA JUNIOR (2005, p.87): Podemos dizer, então, que a Educação Física no âmbito escolar tem- se caracterizado como uma intervenção social de caráter pedagógico, organizada por professores e para professores, fundamentando-se nos objetivos da instituição educacional. Desde há algum tempo, norteia-se pela tematização ou pedagogização de fenômeno da cultura, como os esportes, as danças, as ginásticas, as artes marciais, os jogos, as acrobacias, etc. estes fenômenos da cultura que se constituem como uma especificidade da contribuição da Educação Física explicitam-se, prioritariamente, ao nível corporal. Estes mesmos fenômenos são expressão da ludicidade, sociabilização e comunicação, permitindo a efetivação de nossa capacidade humana e eventualmente, a aferição da autossuperação destas mesmas capacidades, como é o caso do esporte onde no qual aparecem as diferentes formas de medição e controle quantitativo. Pela capacidade que a Educação Física possui, pelo lúdico em suas atividades, pela forma com que seus conteúdos são desenvolvidos e de como os alunos tem facilidade de se expressarem, de se comunicarem durante as aulas, pelo espaço das aulas favorecerem que se coloque a realidade do mundo que os cerca, por poder levar os alunos a busca da superação, as atividades circenses podem transformar as aulas, levar os alunos a um mundo imaginário e neste imaginário buscar soluções para suas realidades, além de apresentar essa manifestação artística para aqueles que não à conhecem.
  • 12. 11 3.3 Atividades Circenses nas Aulas de Educação Física A Educação Física atualmente busca desenvolver um trabalho que enriqueça o modo de olhar, sentir, experimentar, tocar e de relacionar-se com o corpo, transformando as formas de convivências, de aprendizagens e de intercâmbio cultural, através das práticas e manifestações corporais. Segundo Duprat (2007), a atividade circense propicia diversas possibilidades de movimento, alguns de formas mais simples, outros mais complexos, individuais, coletivos, oportunizando ao aluno uma grande diversidade de experiências motoras e vivências corporais únicas de criatividade, encantamento, expressão, magia e perigo. Entre as diversas expressões de práticas corporais que existem na cultura brasileira, as atividades circenses podem ser vivenciadas corretamente conforme condições e habilidades individuais de cada aluno, com algumas adaptações, sendo elas de materiais, de espaço ou movimento, no ambiente escolar. Ampliando esse olhar, pode-se dizer que as atividades circenses têm características artísticas nas quais o corpo é o personagem principal, pois trabalham tanto elementos de representação teatral quanto de domínio corporal. Porém, nas aulas de Educação Física, ao se oportunizar as atividades circenses, deve-se transformá-las, procurando eliminar as exigências vinculadas à prática profissional dos artistas de circo. A partir da difusão dos conhecimentos circenses, principalmente com o surgimento das escolas de circo, esta modalidade vem ganhando cada vez mais destaque e presença em espaços diferenciados como academias, centro de lazer e escolas, sendo realizada com várias finalidades, como a recreação, a melhora do condicionamento físico, a socialização ente outras. Igualmente como ocorrem adaptações para as academias, pode-se adequá-las a escola, através de muito empenho, tanto na execução das habilidades motoras solicitadas como na colaboração com ideias, tornando um trabalho cooperativo entre professor e alunos, de acordo com suas possibilidades, e as condições físicas e materiais da escola. Através de um processo criativo, podem-se fazer adaptações e experiências com algumas formas de ginástica aplicáveis às atividades
  • 13. 12 circenses, de modo que o envolvimento aconteça, desde o aluno mais habilidoso até o mais esforçado, ou o mais criativo. De acordo com Duprat, Calça e Bortoleto (2007), as atividades circenses podem ser divididas, conforme o critério das ações motoras gerais envolvidas, em acrobacias, manipulações, equilíbrios e encenações. A partir dessa classificação, pretendo trabalhar com algumas atividades circenses que considero importantes e acessíveis à minha realidade escolar: • Acrobacias de solo: performance de destreza corporal, através de exercícios que requerem agilidade, flexibilidade, força e equilíbrio, associadas à técnicas gímnicas. • Malabares: arte de manipular objetos, lançando e executando manobras e truques (malabares de lançamento), ou equilibrando-os no corpo (malabares de contato). • Atividades de Equilíbrio: realização de movimentos corporais em situações que, em geral, prejudicam o equilíbrio, como os equilíbrios sobre as mãos, em superfícies irregulares, instáveis ou muito pequenas como a corda bamba. • Jogos cênicos e Expressão corporal: atividades que utilizam o corpo, posturas, expressões faciais como forma de linguagem, de comunicação, mímica. Quadro 1 – Classificação e exemplos de atividades que serão realizadas pelos alunos durante as aulas. Atividades Circenses Exemplos Acrobacias de solo Individuais Rolamentos, saltos, estrelas, paradas de mão e cabeça, flic-flac, mortais. Coletivas Ícaros, modalidades mão-a-mão, pirâmides. Malabares Bolinhas, bastão chinês, diabolo, swing, argolas. Atividades de Equilíbrio Rola-rola (rolo americano), perna-de-pau, arame, corda bamba Jogos cênicos e Expressão corporal Elementos das artes cênicas, dança, mímica, atividades rítmicas, atividades musicais Nas literaturas encontramos diversos relatos sobre experiências com atividades oriundas do circo na Educação Física escolar. Oliveira Filho, Scorsin e Kronbauer (2011) propuseram uma descrição e análise da prática
  • 14. 13 pedagógica sobre atividades circenses nas aulas de Educação Física. Realizaram 10 aulas abrangendo a história do circo, o reconhecimento de diversos materiais e as seguintes modalidades circenses: malabares, acrobacias individuais, acrobacias coletivas e acrobacia aérea em tecido e concluíram que: As atividades circenses, além de serem uma produção cultural, possibilitam a experimentação do movimento, a criatividade e a expressividade por meio do corpo... propor atividades circenses nas aulas de Educação Física desencadeou várias dúvidas e poucas certezas. Adaptá-las e incorporá-las à uma cultura escolar esportivizada foi certamente um grande desafio (s. p.). Da mesma forma, Munhoz e Ramos (2007) elaboraram um relato com o objetivo de auxiliar o professor de Educação Física que deseja trabalhar o circo em suas aulas e quais os limites e as possibilidades de se trabalhar com este conteúdo através de diários de aula. Os resultados apresentados apontaram para alguns temas: Atenção, Materiais, Segurança e Interferências nas aulas e concluíram que: Apesar de “novos” e “diferentes”, esses conteúdos não podem ser trabalhados de qualquer forma, é necessário que o professor de Educação Física busque informações que envolvam o conteúdo específico e o próprio processo pedagógico do que já foi realizado.Esta pesquisa buscou explicitar esta necessidade e mostrar algumas situações reais que o professor de Educação Física pode enfrentar durante suas aulas, o que o aproxima da realidade vivida e o auxilia num planejamento mais preciso (s. p.). Costa, Tiaen e Sambugari (2008) também afirmam em seu artigo que: As técnicas circenses podem ser utilizadas com eficácia no âmbito escolar, contribuindo para a melhoria da qualidade de trabalho educativo. Por meio de atividades que estimulam o desafio, essas técnicas propiciam o rompimento com a estrutura de um ensino conservador e evidenciam o forte fator cultural e inclusivo que tais atividades possuem (p. 213). Já Vendruscolo (2009) em seu artigo relata a experiência do projeto de extensão “Alegria” da FCT/UNESP numa vivência com a arte circense no ambiente escolar, no ensino fundamental. A proposta foi uma contribuição adicional ao trabalho nas escolas, inserindo o universo circense como um
  • 15. 14 recurso pedagógico, visando os valores sociais da criança e a valorização da atuação do profissional da educação, Sua conclusão: Ministrar a oficina de circo acabou por esclarecer aos professores e coordenadores da instituição, assim como para nós pesquisadores, que; na verdade, o que permitiu o avanço das crianças participantes do Projeto quanto ao rendimento escolar, a melhora no comportamento afetivo e a retomada de uma auto-estima positiva não foi a atividade circense em si. A felicidade deve compor o aprendizado em todas as disciplinas... Seria um erro achar que só o circo deve fazer isso... O essencial desse trabalho é esclarecer que o que realmente precisamos é de situações prazerosas que independem do conteúdo (p. 736). Portanto, fica claro que as atividades circenses devem ser trabalhadas na Educação Física, visto que diferentes autores defendem que a arte circense dentro do ambiente escolar se justifica a partir do momento em que esta arte faz parte da cultura humana, ou seja, o circo é uma manifestação cultural elaborado pela humanidade ao longo de sua história, e que certamente merece espaço entre os conteúdos abordados na Educação Básica. http://truperisosolto.wix.com/piloto
  • 16. 15 4. UNIDADE 2: PLANO DO CADERNO PEDAGÓGICO Primeiramente, apresentamos um quadro com a organização dos conteúdos em três etapas: sensibilização, Vivências de atividades circenses e socialização dos conteúdos. Na primeira etapa acontecerá uma familiarização com o tema por meio de textos, filmes e discussão. Serão apresentadas questões relativas à história do circo, o circo familiar e o circo empresa, o circo- teatro no Brasil e as diversas modalidades que compõem os espetáculos circenses. Na segunda etapa serão elaboradas atividades que proporcionem a vivência de algumas atividades circenses. Para finalizar, serão realizadas oficinas de socialização, nas quais os alunos que participaram da implementação deste projeto organizarão atividades para outros alunos da escola. Para melhor compreensão e acompanhamento dos conteúdos, foi elaborada uma cartilha que será distribuída aos alunos (ANEXO 1). Esta cartilha contém textos de referência, atividades e materiais sugeridos. http://escolaclasseruadomato.blogspot.com.br
  • 17. 16 Quadro 2 – Estrutura de organização das aulas sobre atividades circenses. Primeira Etapa – Sensibilização Aula 1 Apresentação do plano de unidade e leitura do texto sobre a História do Circo e sobre o palhaço Banjamin de Oliveira (cartilha). Aula 2 Filmes: O Circo – Charles Chaplin La Nouba – Cirque du Soleil Aula 3 Aula 4 Leitura do texto sobre as diferentes Modalidades Circenses (cartilha). Aula 5 Discussão sobre a História do Circo, suas modalidades e os filmes. Segunda Etapa – Vivência de algumas Atividades Circenses Aula 6 Acrobacias de solo individuais de acordo com a cartilha: Rolamento para frente, Rolamento para trás, Parada de mãos, Estrela e Ponte para trás Aula 7 Aula 8 Aula 9 Acrobacias de solo coletivas de acordo com a cartilha: Torre, Torre com apoio na lombar, Bandeira frontal, Avião, Pirâmides diversas Aula 10 Aula 11 Aula 12 Acrobacias aéreas de acordo com a cartilha: Tecido acrobático Aula 13 Aula 14 Confecção de materiais para malabares: bolinhas, bastão chinês, Swing de fita, diabolô, claves Aula 15 Aula 16 Malabarismos de lançamento, de equilíbrio dinâmico, de contato e giroscópicos Aula 17 Aula 18 Aula 19 Confecção de materiais para equilíbrio: perna de pau, rola-rola Aula 20 Aula 21 Atividades de Equilíbrio: rola-rola, perna de pau, corda bamba (arame) Aula 22 Aula 23 Jogos Cênicos e Expressão corporal: dança e palhaço Aula 24 Aula 25 Terceira Etapa – Oficinas de Socialização Aula 26 Organização e planejamento de Oficinas para socializar atividades vivenciadas com as demais turmas da escola Aula 27 Aula 28 Oficinas de Socialização das atividades vivenciadas com as demais turmas da escola Aula 29 Aula 30 Aula 31 Aula 32
  • 18. 17 5. UNIDADE 3: ATIVIDADES PROPOSTAS A seguir serão descritas as estratégias de ação adotadas e alguns exemplos de atividades para trabalhar o conteúdo circense na escola. As atividades apresentadas foram adaptadas das obras de Bortoleto (2008 e 2010), que apresentam diferentes possibilidades de atividades circenses, das quais algumas podem ser utilizadas em ambiente escolar, ou ainda elaboradas pela autora deste material. CADERNO PEDAGÓGICO – ATIVIDADES CIRCENSES Primeira Etapa – Sensibilização • Apresentar o plano de Unidade, possibilitando aos alunos a percepção do trabalho que será realizado e num segundo momento: • Compreender a história do circo e a diferença entre o circo tradicional (familiar) e o circo empresarial; • Conhecer as modalidades circenses; • Discutir as experiências dos alunos com o circo e como eles percebem esta manifestação artística como conteúdo escolar. Sugestão de atividades: 1. Apresentação do projeto de intervenção pedagógica com atividades circenses. 2. Leitura do texto sobre a “História do Circo” e a poesia “Benjamin de Oliveira” (cartilha). 3. Assistir aos filmes “O Circo”, de Charles Chaplin e “La Nouba”, do Cirque du Soleil 4. Apresentar as diversas modalidades circenses (cartilha). Refletir sobre as práticas circenses que vemos nas ruas. Quais as diferença entre circo família e circo empresa? Faça uma pesquisa sobre o circo-teatro no Brasil
  • 19. 18 Para a discussão, os alunos serão organizados em grupos. Um membro de cada grupo será escolhido como o relator, para apresentar as conclusões do grupo para o restante da turma. Segunda Etapa – Vivências das Atividades Circenses Vivências de acrobacias individuais de solo e atividades pedagógicas. Sugestão de Atividades: 1. Bolinha humana: Posição: quadril e os joelhos flexionados, junto ao corpo, queixo tocando o peito, as mãos segurando os joelhos na forma de uma bolinha; Execução: os alunos devem se imaginar como uma bolinha e girar sobre colchonetes, tentando manter o corpo na posição determinada. 2. Rolamento para frente: Execução: realizar o movimento de rolamento partindo da posição de pé, e realizando o movimento da Bolinha Humana. Apoio: para oferecer apoio, o professor deve posicionar uma das mãos na parte posterior da cabeça (evitar que o aluno estenda a cervical), e a outra mão na parte posterior da coxa (evitar que o aluno estenda o quadril). Nesta posição, acompanhar o corpo do aluno durante o movimento de rotação. 3. Rolamento com salto: Execução: desafiar os alunos que aprenderam o movimento para realiza-lo saltando sobre um obstáculo (um colchonete de referência, um colega deitado). • Quais as vivências que você teve com o circo? • Você acha que o circo é conteúdo da escola? Por quê? • Qual a importância das atividades circenses no cotidiano escolar, bem como no contexto social em que vocês estão inseridos? • Que atividades circenses você gostaria de vivenciar? MATERIAIS NECESSÁRIOS colchões, colchonetes, banco de madeira.
  • 20. 19 4. Rolamento para trás inclinado: Posição: aluno deitado em um plano inclinado (banco, madeira), com as pernas na posição mais alta e a cabeça na posição mais baixa. Execução: com o tronco flexionado, as pernas sobre o corpo e a cabeça flexionada lateralmente, fazer uma rotação sobre o ombro. Apoio: o professor posiciona um braço entre o tronco e as pernas do aluno, formando um eixo de rotação para o corpo. 5. Rolamento para trás Execução: realizar o movimento do exercício anterior, partindo da posição de pé, em uma superfície plana. 6. Tronco de árvore: Posição: em duplas, um aluno senta em um banco ou no chão, com os braços estendidos ao lado da cabeça, tocando as orelhas. O outro aluno fica de pé atrás do colega sentado. Execução: o aluno que está de pé deve pressionar as mãos daquele que está sentado, que deve manter as costas eretas e os braços estendidos, como se fosse uma árvore. 7. Parada de mãos com apoio Posição: o aluno se posiciona em quatro apoios, com as mãos em um colchão. Execução: o aluno deverá tentar chutar as pernas para cima, para atingir uma posição ereta, de cabeça para baixo. Apoio: dois colegas devem segurar cada um uma perna do aluno que está executando o movimento, carregando-o para a posição e soltando, lenta e cuidadosamente, o peso sobre os braços do aluno. Este exercício é importante para que o aluno compreenda a necessidade de manter os braços estendidos durante a parada de mãos, para sustentar seu corpo. Para este movimento, a maior atenção deve estar em evitar que o aluno executante caia com a cabeça no chão, o que pode machucar tanto a cabeça quanto a cervical.
  • 21. 20 Evolução: conforme os alunos se adaptarem à posição, o apoio deve passar das pernas para a cintura, fazendo com que o controle das pernas no ar fique sob responsabilidade do aluno que está executando o movimento. 8. Reversão com apoio Posição: idem exercício 7. Execução: idem exercício 7. Após alcançar a parada de mãos, o aluno deve deixar as pernas caírem para trás, em direção ao chão. Apoio: dois colegas, um de cada lado do colega que executa o movimento, dão as mãos e formam um apoio na região das escápulas, acompanhando o movimento da reversão e auxiliando a erguer o tronco. 9. Estrela sobre o banco Posição: em pé, de frente para um banco. Execução: o aluno deverá posicionar braços sobre o banco e passar uma perna de cada vez sobre o mesmo, conforme a sequência: mão esquerda, mão direita, perna direita, perna esquerda (ou vice-versa). Evolução: quando o aluno compreender o movimento, pode tentar passar as pernas chutando-as para cima. 10. Estrela Posição: em pé com os braços estendidos para cima e as pernas afastadas. Execução: idem exercício 9, identificando algum ponto de referência no chão, que substituirá o banco. 11. Ponte no chão Posição: deitado de costas no chão. Execução: apoia pés e mãos no chão e levanta o troco, realizando uma hiperextensão. A palma da mão deve estar virada para baixo, com os dedos apontados para o calcanhar. Apoio: os colegas podem auxiliar erguendo o tronco do colega que executa o movimento, com as mãos posicionadas nas costas, na região das escápulas. Quando o aluno conseguir fazer sozinho pode variar iniciando na posição ajoelhado, tentando descer e tocar o calcanhar com as mãos
  • 22. 21 12. Ponte com apoio Posição: de pé. Execução: o aluno fará uma hiperextensão do tronco, mantendo os pés no chão e tentando alcançar o chão com as mãos (idem exercício 11). Apoio: dois colegas, um de cada lado do colega que executa o movimento, dão as mãos e formam um apoio na região das escápulas, acompanhando o movimento da ponte em direção ao chão. Segunda Etapa – Vivências das Atividades Circenses Vivências de acrobacias coletivas de solo e atividades pedagógicas. Sugestão de atividades 1. Torre Posição: em duplas, um aluno posicionado em quatro apoios (base). Execução: o outro aluno vai fazer o papel de volante, se posicionando em quatro apoios sobre a base. Variação: em trios, dois alunos se posicionam de base, um de frente para o outro e o terceiro aluno que vai ser volante se apoia com as mãos na base 1 e as pernas na base 2. Variação: dividir a turma em grupos e lançar o desafio para que cada grupo invente uma torre. 2. Bandeira Frontal Posição: a base fica de pé, com os pés paralelos e um pouco afastados, joelhos levemente flexionados e o tronco estendido. Execução: o aluno que vai ser volante apoia seus pés no joelho da base, pega nas mãos do companheiro e sobe em seus joelhos, estendendo o corpo. Deve tentar equilibrar a bandeira como uma balança, com apenas uma mão segurando a mão da base. Apenas para lembrar... Base: sustenta o conjunto Volante: é sustentado pelos outros e não tem contato com o solo.
  • 23. 22 Apoio: um colega se posiciona com as mãos na região da escápula da base, impedindo que esta caia para trás. Outro colega apoia o volante na região lombar, auxiliando-o a erguer o corpo, impedindo que este caia para trás. 3. Avião Posição: o aluno base fica deitado de costas no chão, com pernas e braços formando um ângulo de 90 graus com o corpo. Execução: o volante apoia a barriga nos pés e as mãos nas mãos do base, estendendo totalmente o corpo. Depois de equilibrados devem estender os braços lateralmente, soltando as mãos. 4. Segunda altura Posição: o aluno base está de pé, com os joelhos e o quadril flexionado em aproximadamente 70° . Execução: o volante segura nas mãos do base, por trás, e sobe com os pés posicionados nas coxas deste. Com as pernas apoiadas nas costas do base, a dupla deve encontrar equilíbrio e soltar as mãos lentamente. Evolução: de frente para uma parede, o volante pode tentar subir com os pés nos ombros do base. 5. Pirâmides Posição: aluno base deitado de costas, joelhos flexionados e pés apoiados no chão, braços estendidos, formando 90 graus com o tronco. Execução: volante apoia um pé nos joelhos e outro nas mãos do base, corpo estendido e braços abertos. Evolução: dois alunos bases, um de frente para o outro, joelhos flexionados e pés apoiados no chão, um volante apoiando um pé nos joelhos do base 1 e outro nos joelhos do base 2, corpo estendido e braços abertos. Neste exercício é importante perceber o base como uma escada, subindo primeiro em uma coxa, depois na outra, primeiro em um ombro, depois no outro. Se os alunos conseguirem executar com certa facilidade a segunda altura, pode-se propor a execução coletiva, com os bases posicionados em círculos. Assim, os volantes terão mais apoio para se posicionarem.
  • 24. 23 Evolução: dois alunos bases, um de frente para o outro, joelhos flexionados e pés apoiados no chão. Dois volantes, de frente um para o outro, de mãos dadas, um sobre os joelhos do base 1 e outro sobre os joelhos do base 2. 6. Jogo das Pirâmides Posição: alunos organizados em grupos de cinco membros ou mais (variável). Elaborar um sorteio com números de 1 à 15, e um sorteio com o número de membros do grupo. Execução: primeiramente serão sorteadas as bases e os volantes. Em seguida, serão sorteados os números de apoios. A partir dessas determinações, o grupo deve criar uma pirâmide que se sustente. Segunda Etapa – Vivências das Atividades Circenses Vivências de acrobacias aéreas em tecido e atividades pedagógicas. Sugestão de Atividades: 1. Técnica de sustentação e subida Posição: aluno de pé, de frente para o tecido. Execução: o tecido deverá fazer uma volta de 360° ao redor da perna direita, partindo da parte interna da coxa, enrolando por trás do joelho, até chegar ao dorso do pé. O pé esquerdo pisa sobre o pé direito, prensando o tecido, conforme a figura ao lado, formando uma “chave de subida”. As mãos seguram no tecido, mantendo o corpo em sustentação. Evolução: sustentando o corpo pelas mãos, presas ao tecido, o aluno desfaz a chave de subida, flexiona o quadril e os joelhos, e faz novamente a “chave de Relembrando: Apoio são as partes do corpo em contato com o solo http://saude.terra.com.br/bem-estar
  • 25. 24 subida”. Ao estender joelhos e quadril, o corpo do aluno será automaticamente projetado para cima. 2. Cristo Posição: o aluno deve estar preso ao tecido pela “chave de subida” Execução: mantendo o corpo ereto, passar os dois braços entre os tecidos, fazendo com que o tecido fique atrás do tronco, mas na frente das pernas. Evolução: é possível deslizar pelo tecido para descer, soltando lentamente a “chave de subida”. 3. Tecido marinho Posição: para o tecido marinho, dar um nó com os dois tecidos, formando um balanço. Essa técnica evita que o aluno se canse para manter o corpo preso a tecido. Execução: balançar o corpo em diferentes posições, de pé, sentado, segurando apenas com uma mão, segurando com as duas mãos, os pés firmes no tecido, e deixando o corpo cair para trás. 4. Inversão Posição: sentado no tecido marinho Execução: deixar o corpo cair até que o nó do tecido chegue à coluna lombar, girar o corpo, para que a cabeça fique para baixo e as pernas, afastadas por fora do tecido, mantenham o corpo preso. Apoio: é necessário oferecer apoio nos ombros e nas costas do aluno executante, para que ele não tenha medo de ficar de cabeça para baixo. 5. Casulo Posição: sentado no tecido marinho, com as pernas flexionadas, apoiadas em uma das abas do tecido, e as costas em outra aba. Professor, muita atenção! Além dos riscos de quedas, o tecido acrobático pode fazer com que o aluno fique preso, enrolado no tecido.
  • 26. 25 Execução: abrir lentamente as duas abas do tecido, uma atrás das costas, outra na frente, unindo as pontas das abas até formar um casulo. http://truperisosolto.wix.com/piloto 6. Borboleta Posição: de pé, segurando apenas em uma das abas do tecido Execução: realizar o movimento de “pernas cruzadas”, mantendo o tecido entre as pernas. Descer lentamente o tronco para ficar de cabeça para baixo, soltando o tecido. Neste elemento, o aluno ficará suspenso apenas pela força das pernas cruzadas, que o seguram no tecido. Apoio: idem inversão Segunda Etapa – Vivências das Atividades Circenses Confecção de materiais alternativos para malabares: bolinhas, bastão chinês, swing de fita; diabolô, claves Vivência de malabares: contato, lançamento, giroscópicos, Os materiais A confecção de materiais alternativos acontecerá no contra-turno, pois demanda mais tempo e aulas mais longas. Os materiais serão confeccionados a partir da opção de cada aluno, contudo, será necessário pelo menos um exemplar de cada material. Os materiais confeccionados serão utilizados para a realização das atividades que seguem. Primeiramente faremos um momento de exposição e As instruções para a confecção dos materiais estão explicitadas na cartilha dos alunos. Instruções extras, tanto para a confecção dos materiais quanto para a execução das técnicas, são facilmente encontradas no YouTube.
  • 27. 26 exploração das criações de cada aluno, bem como de equipamentos comercializados. Os alunos terão a oportunidade de brincar individualmente e/ou em grupos, e também executar atividades sugeridas pelo professor. Atividades Sugeridas: 1. Malabarismos de lançamento Posição: o aluno segura a bola com uma mão. Execução: joga a bola para a outra mão na altura dos olhos, a trajetória deve ser em forma de arco. Evolução: com duas bolinhas, uma em cada mão, sendo que quando a bola da mão direita for lançada e estiver na altura dos olhos já deve lançar a da mão esquerda. Evolução: com três bolinhas, segura duas na mão direita (A e C) e uma na esquerda (B). Joga a bola A para a esquerda e a B para direita, pega a bola A com a mão esquerda e quando a bola B estiver na altura dos olhos, joga a bola C para a esquerda. Pega a bola 2 com a direita, quando a bola C estiver na altura dos olhos, joga a bola A para a direita e assim sucessivamente. 2. Malabarismos de equilíbrio dinâmico Posição: alunos espalhados na quadra, cada um com um bastão. Execução: equilibrar o bastão na mão, sempre olhando na ponta de cima. Evolução: fazer movimentos com a mão: para direita, esquerda, para cima. Evolução: equilibrar o bastão em diferentes partes do corpo: cotovelo, ombro, pé, queixo, cabeça, etc. Evolução: dois bastões (um em cada mão). Outra variação divertida pode ser utilizar lenços ao invés de bolinhas, pois os lenços demoram mais tempo para cair. Pode-se, inclusive, organizar os alunos em círculo, cada um com seu lenço. Ao sinal do professor o aluno joga o lenço para cima e deverá pegar o lenço do companheiro da direita, depois da esquerda, em sentido horário ou anti-horário.
  • 28. 27 3. Malabarismos de contato Material: bolas de borracha. Posição: dispersos na quadra, cada aluno com uma bola. Execução: Equilibrar a bola em cima da mão direita e deixá-la rolar pelo braço direito, peito, braço esquerdo e chegar na mão esquerda (sem perder o contato). Variação: encontrar pontos de equilíbrio e preensão em diversas partes do corpo. 4. Malabarismo giroscópico (diabolô) Execução: cada aluno deverá fazer movimentos de balanceios e giros suspensos com seu material, inicialmente colocando o diabolô no chão sob o barbante e segurando um bastão em cada mão. Rolá-lo de um lado para o outro e quando pegar embalo, levantar do chão. Evolução: com uma das mãos dar puxadas rápidas para que gire apenas para um lado e com a outra mão acompanhar o movimento (movimento do baterista). Sugestão de Movimentos: # Toss: jogar o diabolô para cima e pegar de volta. # Sun: movimento de um grande círculo com o diabolô. # Elevador: para fazer essa manobra a corda deve ser enrolada no eixo e o diabolô “escala” a corda. 5. Bastão chinês Execução: os alunos irão segurar os tacos menores (hand stick), um em cada mão e tentar equilibrar e dominar o taco maior que está apoiado no chão, jogando-o de um lado para outro. Evolução: depois de ter o controle do Main Stick, o aluno pode tentar se levantar, trazendo junto o bastão. Algumas manobras conhecidas: # Tic-Tac: um pra cá, um pra lá. Dica importante: Ficar sempre de frente para uma das bocas do diabolô. Main Stick: bastão maior Hand Stick: baquetas menores que ficam na mão
  • 29. 28 # Giro externo: Um giro por fora do Hand Stick e volta ao tic-tac. # Salto simples: Lança o Main Stick para cima e controla quando ele volta. 6. Swing Execução: cada aluno gira seu swing formando movimentos circulares (grandes e pequenos) com os punhos e braços. Evolução: giros laterais, frontais, acima da cabeça, cruzando na frente e atrás. Segunda Etapa – Vivências das Atividades Circenses Confecção de materiais alternativos: rola-rola e perna de pau Vivência de atividades de equilíbrio: rola-rola, perna de pau, corda de equilíbrio. A confecção de materiais alternativos acontecerá no contra-turno, pois demanda mais tempo e aulas mais longas. Os materiais serão confeccionados a partir da opção de cada aluno, contudo, será necessário pelo menos um exemplar de cada material. Os materiais confeccionados serão utilizados para a realização das atividades que seguem. Primeiramente faremos um momento de exposição e exploração das criações de cada aluno, bem como de equipamentos comercializados. Os alunos terão a oportunidade de brincar individualmente e/ou em grupos, e também executar atividades sugeridas pelo professor. Atividades Sugeridas: 1. Estátua bamba Posição: alunos dispersos pela quadra. Execução: variação do jogo infantil conhecido como estátua. Os alunos deverão andar livremente pela quadra e ao parar a música deverão permanecer em equilíbrio, mas em posições que dificultem o equilíbrio: sobre um pé só, quatro apoios, em duplas com 3 apoios no chão, em trio, com 3 apoios, em trio com 4 apoios, etc.
  • 30. 29 2. Rola-bola Posição: o aluno deverá apoiar um pé na tábua e com um movimento rápido, apoiar o outro, de modo que a tábua passe da posição inclinada para horizontal. Execução: subir e descer do rola-rola, se equilibrar com apoio das mãos. Apoio: colega ajuda a equilibrar, segurando no quadril ou nas mãos. Evolução: agachar-se com e sem apoio, girar lateralmente, mover os pés lateralmente sobre a prancha, forçar o desequilíbrio. 3. Perna de pau Posição: um aluno com o material, dois alunos auxiliando. Execução: equilibrar-se na perna de pau, andar para frente, para trás, subir e descer obstáculos. Apoio: inicialmente colegas apoiando na lateral, segurando na cintura. Evolução: manusear o material sozinho. 4. Siga o mestre, mas não caia! Posição: alunos dispersos na quadra. Execução: para iniciar professor é o mestre, ele deverá caminhar pelo local, passando por obstáculos, os alunos deverão segui-lo imitando seus passos, porém todos deverão estar se equilibrando sobre pernas de pau. Num segundo momento um aluno é escolhido para assumir a posição de mestre. 5. Corda de equilíbrio Posição: alunos dispersos pelo espaço, em trios. Várias cordas esticadas entre árvores do pátio, em diferentes alturas. Execução: os alunos irão se familiarizar com o material: sentar e se equilibrar na corda, com auxílio de um colega de cada lado andar sobre a corda, com Bortoleto (2008) sugere começar com a prancha equilibrada sobre uma garrafa pet de plástico vazia, porque a garrafa amassará um pouco e facilitará o domínio do movimento. Para perder o medo, podemos utilizar bancos ou muros.
  • 31. 30 ttp://truperisosolto.wix.com/piloto auxílio de apenas um colega andar sobre a corda, andar se equilibrando sozinho. Apoio: inicialmente um colega de cada lado, auxiliará o aluno a se equilibrar sobre a corda. Em seguida, apenas um colega oferece apoio e, por fim, o aluno se apoia em um cabo de vassoura, ou um bastão qualquer. Evolução: equilíbrio apenas com um pé, aviãozinho, agachamento, meio giro, giro completo. Segunda Etapa – Vivências das Atividades Circenses Vivência de atividades de expressão corporal. Técnicas cênicas e construção do palhaço. Atividades sugeridas: 1. Maquiagem Material: tintas para maquiagem Posição: alunos em duplas Execução: cada aluno deverá usar a criatividade e modificar os traços do rosto do colega, buscando construir alguma expressão. Exemplo: aumentar os olhos, fazer uma boca grande. 2. Mímica para descobrir uma palavra Posição: alunos divididos em grupos. Execução: adaptação do jogo “imagem e ação”. Um representante de cada receberá uma palavra ou frase secreta. Utilizando apenas gestos e expressões corporais, deve fazer com que os colegas do seu grupo descubram o seu segredo. 3. Meu Boneco Posição: alunos em dupla, um será o boneco, o outro será o ventríloquo.
  • 32. 31 Execução: o ventríloquo fará movimentos como se estivesse puxando ou empurrando partes do corpo do “boneco” (levantando as mãos, caminhando, baixando a cabeça, abrindo a boca, erguendo uma perna, chutando, mexendo os ombros). 4. Sou ridículo! Posição: alunos em um círculo. Execução: um aluno de cada vez será desafiado a completar a frase: eu sou ridículo porque ..., por meio de gestos e expressões, sem utilizar palavras. http://truperisosolto.wix.com/piloto Terceira Etapa – Oficinas de Socialização Organização e planejamento de atividades que serão realizadas com outras turmas da escola Atividades sugeridas: A organização e planejamento de atividades acontecerá no contra-turno, momento em que os alunos terão mais tempo e aulas mais longas (conjugadas) para realizar essa tarefa. A turma será dividida em cinco grupos. O professor irá sortear entre eles uma das modalidades trabalhadas em aula: acrobacias de solo individuais, acrobacias de solo coletivas, malabares, atividades de equilíbrio e técnicas cênicas/construção de palhaço. Cada grupo será responsável por organizar atividades sobre a referida modalidade, que serão socializadas com outras turmas. N NE ES ST TA A B BR RI IN NC CA AD DE EI IR RA A P PO OD DE EM MO OS S P PE ER RM MI IT TI IR R Q QU UE E O OS S A AL LU UN NO OS S U UT TI IL LI IZ ZE EM M A A L LI IN NG GU UA AG GE EM M F FA AL LA AD DA A, , D DE ES SD DE E Q QU UE E C CR RI IE EM M U UM MA A L LÍ ÍN NG GU UA A P PR RÓ ÓP PR RI IA A D DE E P PA AL LH HA AÇ ÇO O, , Q QU UE E N NÃ ÃO O T TE EN NH HA A P PA AL LA AV VR RA AS S J JÁ Á C CO ON NH HE EC CI ID DA AS S. .
  • 33. 32 Terceira Etapa – Oficinas de Socialização Execução de oficinas de socialização dos conteúdos circenses com outras turmas da escola. Atividades sugeridas: Depois de trabalhadas as diversas modalidades circenses, os alunos organizarão oficinas de socialização para outras turmas da escola. Os grupos irão aplicar as atividades planejadas. Cada um dos cinco grupos ficará responsável por uma turma por aula. Cada turma fará um rodízio para participar de todas as atividades. Para as oficinas de socialização serão utilizados os materiais confeccionados pelos alunos. Acreditamos que com esta atividade, os alunos serão capazes de compreender que as atividades circenses podem fazer parte do seu cotidiano, assim como as atividades esportivas. http://www.recreio.com.br
  • 34. 33 ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS As Atividades Circenses apresentados neste material são alguns exemplos, dentre muitas outras que podem ser incluídas nos planos de trabalho dos professores. São atividades fáceis de serem desenvolvidas, com materiais simples, confeccionados pelos próprios alunos, passíveis de aplicação nas salas de aula de nono ano da rede pública de ensino. Algumas observações são necessárias ao se aplicar o material: ∗ A confecção dos materiais poderá ser feita no contra turno (aulas conjugadas) facilitando a orientação na confecção. ∗ As atividades devem ser apresentadas para os alunos numa proposta, que respeite e estimule suas experiências. ∗ As respostas e sugestões dadas pelos alunos devem ser sempre respeitadas. ∗ As atividades devem oportunizar observação, imaginação, exploração, improvisação, concentração, criação, fluência e flexibilidade. ∗ As atividades precisam ser realizadas com segurança, em um ambiente que demonstre organização, confiança e tranquilidade. ∗ As atividades apresentadas neste material podem ser excessivas para o tempo de aula, assim o professor poderá selecionar aquelas que melhor se adequam a sua realidade. ∗ A utilização de vídeos da internet é sempre uma estratégia interessante para que o aluno compreenda as possibilidades de execução de movimentos que não fazem parte das suas vivências cotidianas. Além disso, para que o trabalho seja produtivo é preciso aplicar atividades que se adaptem com as peculiaridades de cada turma, facilitando o cumprimento dos objetivos propostos. Por fim, é preciso organizar e criar métodos e técnicas que possibilitem aos alunos a compreensão de que as atividades propostas em aula podem ser incluídas nas suas atividades cotidianas, pois utilizam materiais e espaços variados e de fácil acesso.
  • 35. 34 REFERÊNCIAS 1. BOLOGNESI, M. F. Palhaços. São Paulo: UNESP, 2003. 2. BORTOLETO, M. A. C. Introdução à Pedagogia das Atividades Circenses (vol. 1). Jundiaí, SP: Fontoura, 2008. 3. _____________. Introdução à Pedagogia das Atividades Circenses (vol. 2). Jundiaí, SP: Fontoura, 2010. 4. BORTOLETO, M. A.; MACHADO, G. Reflexões Sobre o Circo e a Educação Física. Revista Corpoconsciência, Santo André, SP: n. 12, p. 41-69, jul/dez. 2003. 5. BRACHT, V. A constituição das teorias pedagógicas da Educação Física. Caderno Cedes, ano XIX, 48: 69-88, 1999. 6. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Ministério da Educação. MEC, 1996. 7. COSTA, A. C. P.; TIAEN, M. S. ; SAMBUGARI, R. N. Arte Circense na escola: possibilidade de um enfoque curricular interdisciplinar. Olhar do Professor, v. 11, n. 001, p. 197-217, 2008. 8. DAÓLIO, J. Cultura, Educação Física e Futebol. Campinas: Editora da Unicamp, 2003. 9. DARIDO, S. C.; GALVÃO, Z.; FERREIRA, L. A.; FIORIN, G. Educação física no ensino médio: reflexões e ações. Motriz, v. 5, n. 2, dez. 1999. 10. DUPRAT, R. M. Atividades circenses. Possibilidades e Perspectivas para a Educação Física Escolar. 2007. Dissertação. (Mestrado em Educação Física). Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação Física. Campinas, 2007. 11. DUPRAT, R.M; CALÇA, D.H; BORTOLETO, M.A.C.; Educação Física: Pedagogia e Didática das Atividades Circenses. Revista Brasileira de Ciências do Esporte. 28(2): 171-190, 2007. 12. OLIVEIRA FILHO, I. J.; SCORSIN, D. M.; KRONBAUER, G. A. Atividades Circenses: uma proposta pedagógica para a Educação Física Escolar. II Fórum de Licenciaturas da UNICENTRO. Anais do ..., v. 2, n. 1, UNICENTRO, 2012.
  • 36. 35 13. MUNHOZ, J.F.; RAMOS, G.N.S. O circo nas aulas de educação física: sua aplicação em uma escola pública no estado de São Paulo. In: II Seminário de Estudos em Educação Física Escolar, 2008. Anais... São Carlos: CEEFE/UFSCar, 2008, p.255-292. 14. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Departamento de Educação Básica. SEED, 2008. 15. SILVA, E. ; ABREU, L. A. Respeitável Público... O circo em cena. Rio de Janeiro: Funarte, 2009. 16. SOUZA JUNIOR, M. (org.) Educação Física escolar. Recife: EDUPE, 2005 17. TORRES, A. O circo no Brasil. Rio de Janeiro: FUNARTE, 1998. 18. VENDRUSCOLO, C.R.P. O circo na escola. Motriz, Rio Claro, v. 15, n. 3, p. 729-737, 2009. 19. www.circonteudo.com.br
  • 37. 36 ANEXO 1 – CARTILHA
  • 38. 37
  • 39. 38
  • 40. 39
  • 41. 40
  • 42. 41