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6.53
CARACTERISTICAS DO
CONCRETO
EQUIPE 02
Antônio Cirilo; Edvaldo Santos;
Ronaldo Lisboa; Cleiton Alves;
Nonato
INTRODUÇÃO
2
O concreto é obtido por meio da mistura
adequada de cimento, agregado fino, agregado
graúdo e água. Em algumas situações, são
incorporados produtos químicos ou outros
componentes, como microssílica, polímeros etc.
As adições têm a finalidade de melhorar algumas
propriedades, como, aumentar trabalhabilidade e
a resistência e retardar a velocidade das reações
químicas que ocorrem no concreto.
As diversas características que o concreto endurecido deve apresentar para que possa ser
utilizado dependem fundamentalmente do planejamento e dos cuidados na sua execução.
O planejamento consiste em definir as propriedades desejadas do concreto, analisar e
escolher os materiais existentes ou disponíveis, estabelecer uma metodologia para definir o
traço (proporção entre os componentes), os equipamentos para a mistura, o transporte, o
adensamento e a cura.
Há uma tendência entre projetistas, calculistas e engenheiros de obras em se preocupar
apenas com a resistência à compressão do concreto, obtida de ensaios com corpos de prova
cilíndricos.
A resistência à compressão, geralmente, é usada como controle de fabricação, e admite-se'
que forneça todas as informações relativas à resistência e à deformabilidade do concreto.
Tal pratica, na verdade, revela a falta de um conhecimento maior do material ou a
impossibilidade de executar outros ensaios, por fatores financeiros ou por não serem
disponíveis.
3
RESISTÊNCIA À TRAÇÃO
A resistência a tração é um elemento crucial a ser considerado avaliar
materiais como concreto. Essencialmente, Ele mede a capacidade
materiais suportar forças que tenta alongar ou separar. Existe três tipos
de ensaio utilizado para avaliar a resistência à tração do concreto.
ENSAIO DE TRAÇÃO DIRETA
Compreender a resistência à tração é fundamental para garantir a integridade da
estrutura e a segurança do projeto de engenharia que envolve o uso do concreto.
O concreto é um material que tem baixa resistência à tração direta.
01/07/20XX 5
EXEMPLO DE UM CORPO DE PROVA
ENSAIO DE TRAÇÃO NA COMPRESSÃO
DIAMETRAL
É o ensaio mais utilizado e também conhecido internacionalmente como um
ensaio brasileiro. Foi desenvolvido por Fernando Lobo em 1943.
8
ENSAIO DE TRAÇÃO NA FLEXÃO
O ensaio de tração na flexão é um procedimento utilizado para avaliar a
resistência e a capacidade de um material em suportar cargas aplicadas em
diferentes direções. Nele, uma amostra é submetida a forças de tração e
flexão simultaneamente, para simular as condições do mundo real onde
materiais podem estar sujeitos a diferentes tipos de esforços.
9
INFORMAÇÃO
A resistência do concreto a compressão é muito alto, já sua resistência atração é da ordem
de 10% da Resistência à compressão. Para o cálculo estrutural como não temos os valores
obtidos em laboratório é recomendado calcular a resistência a tração inferior (fck, inf) e a
resistência da tração superior (fctk, sup) a partir da resistência a tração média (fct, m) para
concreto até c50 (MPA). NBR 5738 Cura e moldagem de corpos de prova, Cilíndrico ou
prismático de concreto.
11
FATORES QUE INFLUENCIAM A
RESISTÊNCIA DO CONCRETO
O concreto é um material que resiste bem aos esforços de compressão e
mal aos de tração. A resistência à tração é da ordem de um décimo da
resistência à compressão. Resiste mal ao cisalhamento devido às tensões
de distensão que se verificam nos planos inclinados. A resistência do
concreto é função, principalmente, da resistência da pasta de cimento
endurecida, da resistência do agregado, da ligação de pasta-agregado, da
idade, do tipo de cimento entre outros.
13
1- A resistência da pasta de cimento endurecida depende principalmente do quanto
hidratou o cimento e da porosidade desta pasta. A porosidade é o fator mais influente sobre
a resistência que é medida pela relação água cimento (a/c), quanto mais alta esta relação
mais baixa será a resistência. O excesso água colocado na mistura para que se obtenha
uma consistência necessária ao processo de mistura, lançamento e adensamento
ocasionam, após o endurecimento, vazios nesta pasta de cimento. Quanto maior o volume
de vazios, menor será a resistência do material.
14
2- A resistência do agregado deve ser superior à resistência do concreto.
3- Na ligação pasta-agregado depende de sua textura superficial e da natureza química dos
agregados. A forma e textura podem alterar a área especifica nas superfícies de forma cubicas
aumentam-se as resistências o que é perceptível no caso de tração na flexão. No caso de
superfícies arredondadas como os seixos rolados tendem a serem menos resistentes do que
aqueles confeccionados com pedra britada, mesmo possuindo o mesmo fator água/cimento, isto
devido a menor aderência pasta / agregado. Este efeito só é significativo para concretos de
elevada resistência. A granulometria do agregado graúdo também influencia a resistência do
concreto. Concretos confeccionados com britas de menor diâmetro tendem a gerar concretos
mais resistentes quando é mantida a mesma relação água/cimento.
4- Idade do concreto, a resistência do concreto progride com a idade, devido ao processo
de hidratação do cimento que se processa ao longo do tempo. Em projetos, é usual utilizar
a resistência do concreto aos 28 dias como padrão, após esta idade (para o cimento
Portland Comum).
5- Quanto ao tipo de cimento, a composição química do cimento (proporção de C3S e
C2S) influencia na resistência do concreto, bem como a adição de escórias e pozolanas.
Quanto mais fino for o cimento, maiores são as resistências iniciais do cimento.
16
ESTRUTURA INTERNA DO CONCRETO
Na preparação do concreto, com as mistura dos agregados graúdos e
miúdos com cimento e água, tem início a reação química do cimento
com a água, resultando gel de cimento, que constitui a massa coesiva
de cimento hidratado.
A reação química de hidratação do cimento ocorre com redução de
volume, dando origem a poros, cujo volume é da ordem de 28% do
volume total do gel.
Durante o amassamento do concreto, o gel envolve os agregados e
endurece com o tempo, formando cristais. Ao endurecer, o gel liga os
agregados, resultando um material resistente e monolítico – o
concreto.
Fisicamente, o concreto representa um material capilar pouco poroso,
sem continuidade da massa, no qual se acham presentes os três
estados da agregação – sólido, líquido e gasoso.
Deformações
As deformações do concreto dependem essencialmente de sua estrutura interna.
Retração
Denomina-se retração à redução de volume que ocorre no concreto, mesmo na
ausência de tensões mecânicas e de variações de temperatura. As causas da
retração são:
• Retração química: contração da água não evaporável, durante o endurecimento
do concreto.
• Retração capilar: ocorre por evaporação parcial da água capilar e perda da água
adsorvida. O tensão superficial e o fluxo de água nos capilares provocam retração.
• Retração por carbonatação: Ca(OH)2 + CO2 → CaCO3 + H2O (ocorre com
diminuição de volume).
18
Expansão
Expansão é o aumento de volume do concreto, que ocorre em peças submersas. Nessas peças, no início tem-se
retração química. Porém, o fluxo de água é de fora para dentro. As decorrentes tensões capilares anulam a retração
química e, em seguida, provocam a expansão da peça.
Fluência
Fluência é uma deformação diferida, causada por uma força aplicada. Corresponde a um acréscimo de deformação
com o tempo, se a carga permanecer. Ao ser aplicada uma força no concreto, ocorre deformação imediata, com uma
acomodação dos cristais. Essa acomodação diminui o diâmetro dos capilares e aumenta a pressão na água capilar,
favorecendo o fluxo em direção à superfície. Tanto a diminuição do diâmetro dos capilares quanto o acréscimo do
fluxo aumentam a tensão superficial nos capilares, provocando a fluência. No caso de muitas estruturas reais, a
fluência e a retração ocorrem ao mesmo tempo e, do ponto de vista prático, é conveniente o tratamento conjunto das
duas deformações.
01/07/20XX 19
1/7/20XX Título da apresentação 20
Deformação imediata
A deformação imediata se observa por ocasião do
carregamento. Corresponde ao comportamento do concreto
como sólido verdadeiro, e é causada por uma acomodação dos
cristais que formam o material.
Deformações térmicas
Define-se coeficiente de variação térmica αte como sendo a
deformação correspondente a uma variação de temperatura de
1°C. Para o concreto armado, para variações normais de
temperatura, a NBR 6118 permite adotar αte = 10-5 /°C.
Os principais fatores que influem nas propriedades do concreto são:
• Tipo e quantidade de cimento;
• Qualidade da água e relação água-cimento;
• Tipos de agregados, granulometria e relação agregado-cimento;
• Presença de aditivos e adições;
• Procedimento e duração da mistura;
• Condições e duração de transporte e de lançamento;
• Condições de adensamento e de cura;
• Forma e dimensões dos corpos-de-prova;
• Tipo e duração do carregamento;
• Idade do concreto; umidade; temperatura etc.
21
FATORES QUE INFLUEM
Referências
Libânio M. Pinheiro, Cassiane D. Muzardo, Sandro P. Santos. ESTRUTURAS DE
CONCRETO – CAPÍTULO 2. Março de 2004
NBR 6118/2014
NBR 5738/2016
NBR 5739/2018
01/07/20XX 22
OBRIGADO
1/7/20XX Título da apresentação 23

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Concreto 01
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Características e propriedades do concreto

  • 1. 6.53 CARACTERISTICAS DO CONCRETO EQUIPE 02 Antônio Cirilo; Edvaldo Santos; Ronaldo Lisboa; Cleiton Alves; Nonato
  • 2. INTRODUÇÃO 2 O concreto é obtido por meio da mistura adequada de cimento, agregado fino, agregado graúdo e água. Em algumas situações, são incorporados produtos químicos ou outros componentes, como microssílica, polímeros etc. As adições têm a finalidade de melhorar algumas propriedades, como, aumentar trabalhabilidade e a resistência e retardar a velocidade das reações químicas que ocorrem no concreto.
  • 3. As diversas características que o concreto endurecido deve apresentar para que possa ser utilizado dependem fundamentalmente do planejamento e dos cuidados na sua execução. O planejamento consiste em definir as propriedades desejadas do concreto, analisar e escolher os materiais existentes ou disponíveis, estabelecer uma metodologia para definir o traço (proporção entre os componentes), os equipamentos para a mistura, o transporte, o adensamento e a cura. Há uma tendência entre projetistas, calculistas e engenheiros de obras em se preocupar apenas com a resistência à compressão do concreto, obtida de ensaios com corpos de prova cilíndricos. A resistência à compressão, geralmente, é usada como controle de fabricação, e admite-se' que forneça todas as informações relativas à resistência e à deformabilidade do concreto. Tal pratica, na verdade, revela a falta de um conhecimento maior do material ou a impossibilidade de executar outros ensaios, por fatores financeiros ou por não serem disponíveis. 3
  • 4. RESISTÊNCIA À TRAÇÃO A resistência a tração é um elemento crucial a ser considerado avaliar materiais como concreto. Essencialmente, Ele mede a capacidade materiais suportar forças que tenta alongar ou separar. Existe três tipos de ensaio utilizado para avaliar a resistência à tração do concreto.
  • 5. ENSAIO DE TRAÇÃO DIRETA Compreender a resistência à tração é fundamental para garantir a integridade da estrutura e a segurança do projeto de engenharia que envolve o uso do concreto. O concreto é um material que tem baixa resistência à tração direta. 01/07/20XX 5
  • 6. EXEMPLO DE UM CORPO DE PROVA
  • 7. ENSAIO DE TRAÇÃO NA COMPRESSÃO DIAMETRAL É o ensaio mais utilizado e também conhecido internacionalmente como um ensaio brasileiro. Foi desenvolvido por Fernando Lobo em 1943.
  • 8. 8
  • 9. ENSAIO DE TRAÇÃO NA FLEXÃO O ensaio de tração na flexão é um procedimento utilizado para avaliar a resistência e a capacidade de um material em suportar cargas aplicadas em diferentes direções. Nele, uma amostra é submetida a forças de tração e flexão simultaneamente, para simular as condições do mundo real onde materiais podem estar sujeitos a diferentes tipos de esforços. 9
  • 10.
  • 11. INFORMAÇÃO A resistência do concreto a compressão é muito alto, já sua resistência atração é da ordem de 10% da Resistência à compressão. Para o cálculo estrutural como não temos os valores obtidos em laboratório é recomendado calcular a resistência a tração inferior (fck, inf) e a resistência da tração superior (fctk, sup) a partir da resistência a tração média (fct, m) para concreto até c50 (MPA). NBR 5738 Cura e moldagem de corpos de prova, Cilíndrico ou prismático de concreto. 11
  • 12. FATORES QUE INFLUENCIAM A RESISTÊNCIA DO CONCRETO
  • 13. O concreto é um material que resiste bem aos esforços de compressão e mal aos de tração. A resistência à tração é da ordem de um décimo da resistência à compressão. Resiste mal ao cisalhamento devido às tensões de distensão que se verificam nos planos inclinados. A resistência do concreto é função, principalmente, da resistência da pasta de cimento endurecida, da resistência do agregado, da ligação de pasta-agregado, da idade, do tipo de cimento entre outros. 13
  • 14. 1- A resistência da pasta de cimento endurecida depende principalmente do quanto hidratou o cimento e da porosidade desta pasta. A porosidade é o fator mais influente sobre a resistência que é medida pela relação água cimento (a/c), quanto mais alta esta relação mais baixa será a resistência. O excesso água colocado na mistura para que se obtenha uma consistência necessária ao processo de mistura, lançamento e adensamento ocasionam, após o endurecimento, vazios nesta pasta de cimento. Quanto maior o volume de vazios, menor será a resistência do material. 14
  • 15. 2- A resistência do agregado deve ser superior à resistência do concreto. 3- Na ligação pasta-agregado depende de sua textura superficial e da natureza química dos agregados. A forma e textura podem alterar a área especifica nas superfícies de forma cubicas aumentam-se as resistências o que é perceptível no caso de tração na flexão. No caso de superfícies arredondadas como os seixos rolados tendem a serem menos resistentes do que aqueles confeccionados com pedra britada, mesmo possuindo o mesmo fator água/cimento, isto devido a menor aderência pasta / agregado. Este efeito só é significativo para concretos de elevada resistência. A granulometria do agregado graúdo também influencia a resistência do concreto. Concretos confeccionados com britas de menor diâmetro tendem a gerar concretos mais resistentes quando é mantida a mesma relação água/cimento.
  • 16. 4- Idade do concreto, a resistência do concreto progride com a idade, devido ao processo de hidratação do cimento que se processa ao longo do tempo. Em projetos, é usual utilizar a resistência do concreto aos 28 dias como padrão, após esta idade (para o cimento Portland Comum). 5- Quanto ao tipo de cimento, a composição química do cimento (proporção de C3S e C2S) influencia na resistência do concreto, bem como a adição de escórias e pozolanas. Quanto mais fino for o cimento, maiores são as resistências iniciais do cimento. 16
  • 17. ESTRUTURA INTERNA DO CONCRETO Na preparação do concreto, com as mistura dos agregados graúdos e miúdos com cimento e água, tem início a reação química do cimento com a água, resultando gel de cimento, que constitui a massa coesiva de cimento hidratado. A reação química de hidratação do cimento ocorre com redução de volume, dando origem a poros, cujo volume é da ordem de 28% do volume total do gel. Durante o amassamento do concreto, o gel envolve os agregados e endurece com o tempo, formando cristais. Ao endurecer, o gel liga os agregados, resultando um material resistente e monolítico – o concreto. Fisicamente, o concreto representa um material capilar pouco poroso, sem continuidade da massa, no qual se acham presentes os três estados da agregação – sólido, líquido e gasoso.
  • 18. Deformações As deformações do concreto dependem essencialmente de sua estrutura interna. Retração Denomina-se retração à redução de volume que ocorre no concreto, mesmo na ausência de tensões mecânicas e de variações de temperatura. As causas da retração são: • Retração química: contração da água não evaporável, durante o endurecimento do concreto. • Retração capilar: ocorre por evaporação parcial da água capilar e perda da água adsorvida. O tensão superficial e o fluxo de água nos capilares provocam retração. • Retração por carbonatação: Ca(OH)2 + CO2 → CaCO3 + H2O (ocorre com diminuição de volume). 18
  • 19. Expansão Expansão é o aumento de volume do concreto, que ocorre em peças submersas. Nessas peças, no início tem-se retração química. Porém, o fluxo de água é de fora para dentro. As decorrentes tensões capilares anulam a retração química e, em seguida, provocam a expansão da peça. Fluência Fluência é uma deformação diferida, causada por uma força aplicada. Corresponde a um acréscimo de deformação com o tempo, se a carga permanecer. Ao ser aplicada uma força no concreto, ocorre deformação imediata, com uma acomodação dos cristais. Essa acomodação diminui o diâmetro dos capilares e aumenta a pressão na água capilar, favorecendo o fluxo em direção à superfície. Tanto a diminuição do diâmetro dos capilares quanto o acréscimo do fluxo aumentam a tensão superficial nos capilares, provocando a fluência. No caso de muitas estruturas reais, a fluência e a retração ocorrem ao mesmo tempo e, do ponto de vista prático, é conveniente o tratamento conjunto das duas deformações. 01/07/20XX 19
  • 20. 1/7/20XX Título da apresentação 20 Deformação imediata A deformação imediata se observa por ocasião do carregamento. Corresponde ao comportamento do concreto como sólido verdadeiro, e é causada por uma acomodação dos cristais que formam o material. Deformações térmicas Define-se coeficiente de variação térmica αte como sendo a deformação correspondente a uma variação de temperatura de 1°C. Para o concreto armado, para variações normais de temperatura, a NBR 6118 permite adotar αte = 10-5 /°C.
  • 21. Os principais fatores que influem nas propriedades do concreto são: • Tipo e quantidade de cimento; • Qualidade da água e relação água-cimento; • Tipos de agregados, granulometria e relação agregado-cimento; • Presença de aditivos e adições; • Procedimento e duração da mistura; • Condições e duração de transporte e de lançamento; • Condições de adensamento e de cura; • Forma e dimensões dos corpos-de-prova; • Tipo e duração do carregamento; • Idade do concreto; umidade; temperatura etc. 21 FATORES QUE INFLUEM
  • 22. Referências Libânio M. Pinheiro, Cassiane D. Muzardo, Sandro P. Santos. ESTRUTURAS DE CONCRETO – CAPÍTULO 2. Março de 2004 NBR 6118/2014 NBR 5738/2016 NBR 5739/2018 01/07/20XX 22
  • 23. OBRIGADO 1/7/20XX Título da apresentação 23