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O OBSIDIADO
“As imperfeições morais do obsidiado
constituem, freqüentemente,
um obstáculo à sua libertação.”
(O Livro dos MédiunS, Allan Kardec, item 252.)
Obsidiado — Obsesso: Importunado, atormentado, perseguido.
Individuo que se crê atormentado, perseguido pelo Demônio. (14)
Obsidiados — todos nós o fomos ou ainda somos.
Desde que não conseguimos a nossa liberdade completa;
desde que ainda não temos a nossa
carta de alforria para a eternidade;
desde que caminhamos sob o guante de pesadas
aflições que nos falam de um passado culposo e
que ressumam sombras ao nosso redor;
...desde que ainda não temos a plenitude da
paz de consciência e do dever cumprido;
desde que somos forçados, cerceados, limitados em nosso
caminhar e constrangidos a suportar presenças que nos causam
torturaS, inquietações, lágrimas e preocupações sem conto, é
porque, em realidade, ainda somos prisioneiros de nós mesmos,
tendo como carcereiros aqueles a quem devemos.
Estes, que hoje se comprazem em nos observar — a nossa
“nuvem de testemunhas” manter e forçar a que permaneçamos
no cárcere de sombras que nós mesmos construímos.
Prisão interior. “Cela pessoal” — nos diz
Joanna de Ângelis onde grande maioria se
mantém sem lutar por sua libertação,
acomodada aos vícios, cristalizada nos erros.
Cela da qual o Espiritismo veio nos tirar,
com seus ensinamentos que consolam,
mas, sobretudo, que libertam.
Obsidiados! Cada um deles traz consigo um
infinito de problemas que não sabe precisar.
Necessitam de nossa compreensão.
Pedem-nos ouvidos atentos e caridosos,
ansiando desabafar os seus conflitos.
Chegam aos magotes em nossas Casas Espíritas.
Vêm em busca de alívio e conforto.
Quando apresentam lucidez suficiente,
procuram explicações e respostas.
Devemos estar preparados para recebê-los.
E não apenas isto, mas acolhê-los
e tratá-los com a caridade legítima,
orientando, encaminhando,
clarificando os seus caminhos com as bênçãos
que a Terceira Revelação
nos proporciona.
É nosso dever esclarecer a esses
irmãos que o combate mais renhido
que deverão travar não é contra o obsessor
— pois a este é mister conquistar
através do amor e do perdão —
mas, sim, contra si mesmos.
Peleja em que devem empenhar-
se, no intuito de se modificarem,
no anseio de moralização,
até que dêem ao verdugo atual a
demonstração efetiva
de sua transformação.
Nestas condições, ele pode conseguir a
conquista do obsessor que hoje o subjuga.
Conquista esta progressiva, demorada,
mas sublime, pois ao final encontrar-se-ão frente a frente,
já agora, intimamente
renovados e redimidos.
Esse o único caminho para a libertação.
O obsidiado é o algoz de ontem e que
agora se apresenta como vítima.
Ou então é o comparsa de crimes,
que o cúmplice das sombras
não quer perder, tudo fazendo
por cerceá-lo em sua trajetória.
As provações que o afligem representam
oportunidade de reajuste, alertando-o para a
necessidade de se moralizar, porqüanto,
sentindo-se açulado pelo verdugo espiritual,
mais depressa se conscientizará
da grandiosa tarefa a ser realizada:
transformar o ódio em amor, a vingança em
perdão, e humilhar-se, para também ser perdoado.
Voltando-se para o bem,
conquistando valores morais,
terá possibilidades de ir-se equilibrando,
passando a emitir novas vibrações —
e atraindo outras de igual teor —
que lhe trarão saúde e paz.
A sua transformação moral, a vivência no
bem, o cultivo dos reais valores da vida
verdadeira irão aos poucos anulando os
condicionamentos para a dor,
enquanto favorecerão a sua própria
harmonização interior, que é, sem
dúvida, fator de melhor saúde física.
Patenteia-se aí a perfeição da Justiça Divina que
possibilita ao infrator redimir-se pelo bem que venha a
realizar, adquirindo créditos que facilitarão a sua
caminhada, abrindo-lhe novos horizontes.
Por isto que é a Doutrina Espírita a terapêutica
completa para obsidiados e obsessores, como de resto
para todos os seres humanos. Desvendando o passado,
demonstra o porquê de dores e aflições- e abre
perspectivas luminosas para o futuro.
Nesta visão panorâmica de passado-presente-futuro
desponta o Amor de Deus a sustentar todas as criaturas
no carreiro da evolução. A Justiça do Pai é equânime e
ninguém fica impune ou marginalizado diante de Suas
Leis, mas, ela é, sobretudo, feita de Amor e
Misericórdia, possibilitando ao faltoso renovadas
ensanchas de redenção e, desde que ele desperte para
essa realidade, encontrá-las-á em seu caminho, e, se
souber aproveitá-las, aliviará seus débitos, trazendo-lhe
simultaneamente melhores condições espirituais.
Sabendo que pode amenizar a dor,
não só pela compreensão de suas
causas, mas também por intermédio
de todo o bem que possa fazer, mais
fácil se torna para o ser
humano a caminhada.
Embora profundamente vinculado ao
pretérito e experimentando provações
amargas, terá na consoladora mensagem
do Espiritismo esperanças novas e novo
alento para prosseguir.
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9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
 

A importância da compreensão e do apoio aos obsidiados

  • 1. 11 O OBSIDIADO “As imperfeições morais do obsidiado constituem, freqüentemente, um obstáculo à sua libertação.” (O Livro dos MédiunS, Allan Kardec, item 252.)
  • 2. Obsidiado — Obsesso: Importunado, atormentado, perseguido. Individuo que se crê atormentado, perseguido pelo Demônio. (14) Obsidiados — todos nós o fomos ou ainda somos. Desde que não conseguimos a nossa liberdade completa; desde que ainda não temos a nossa carta de alforria para a eternidade; desde que caminhamos sob o guante de pesadas aflições que nos falam de um passado culposo e que ressumam sombras ao nosso redor;
  • 3. ...desde que ainda não temos a plenitude da paz de consciência e do dever cumprido; desde que somos forçados, cerceados, limitados em nosso caminhar e constrangidos a suportar presenças que nos causam torturaS, inquietações, lágrimas e preocupações sem conto, é porque, em realidade, ainda somos prisioneiros de nós mesmos, tendo como carcereiros aqueles a quem devemos. Estes, que hoje se comprazem em nos observar — a nossa “nuvem de testemunhas” manter e forçar a que permaneçamos no cárcere de sombras que nós mesmos construímos.
  • 4. Prisão interior. “Cela pessoal” — nos diz Joanna de Ângelis onde grande maioria se mantém sem lutar por sua libertação, acomodada aos vícios, cristalizada nos erros. Cela da qual o Espiritismo veio nos tirar, com seus ensinamentos que consolam, mas, sobretudo, que libertam.
  • 5. Obsidiados! Cada um deles traz consigo um infinito de problemas que não sabe precisar. Necessitam de nossa compreensão. Pedem-nos ouvidos atentos e caridosos, ansiando desabafar os seus conflitos. Chegam aos magotes em nossas Casas Espíritas. Vêm em busca de alívio e conforto. Quando apresentam lucidez suficiente, procuram explicações e respostas.
  • 6. Devemos estar preparados para recebê-los. E não apenas isto, mas acolhê-los e tratá-los com a caridade legítima, orientando, encaminhando, clarificando os seus caminhos com as bênçãos que a Terceira Revelação nos proporciona.
  • 7. É nosso dever esclarecer a esses irmãos que o combate mais renhido que deverão travar não é contra o obsessor — pois a este é mister conquistar através do amor e do perdão — mas, sim, contra si mesmos.
  • 8. Peleja em que devem empenhar- se, no intuito de se modificarem, no anseio de moralização, até que dêem ao verdugo atual a demonstração efetiva de sua transformação.
  • 9. Nestas condições, ele pode conseguir a conquista do obsessor que hoje o subjuga. Conquista esta progressiva, demorada, mas sublime, pois ao final encontrar-se-ão frente a frente, já agora, intimamente renovados e redimidos. Esse o único caminho para a libertação.
  • 10. O obsidiado é o algoz de ontem e que agora se apresenta como vítima. Ou então é o comparsa de crimes, que o cúmplice das sombras não quer perder, tudo fazendo por cerceá-lo em sua trajetória.
  • 11. As provações que o afligem representam oportunidade de reajuste, alertando-o para a necessidade de se moralizar, porqüanto, sentindo-se açulado pelo verdugo espiritual, mais depressa se conscientizará da grandiosa tarefa a ser realizada: transformar o ódio em amor, a vingança em perdão, e humilhar-se, para também ser perdoado.
  • 12. Voltando-se para o bem, conquistando valores morais, terá possibilidades de ir-se equilibrando, passando a emitir novas vibrações — e atraindo outras de igual teor — que lhe trarão saúde e paz.
  • 13. A sua transformação moral, a vivência no bem, o cultivo dos reais valores da vida verdadeira irão aos poucos anulando os condicionamentos para a dor, enquanto favorecerão a sua própria harmonização interior, que é, sem dúvida, fator de melhor saúde física.
  • 14. Patenteia-se aí a perfeição da Justiça Divina que possibilita ao infrator redimir-se pelo bem que venha a realizar, adquirindo créditos que facilitarão a sua caminhada, abrindo-lhe novos horizontes. Por isto que é a Doutrina Espírita a terapêutica completa para obsidiados e obsessores, como de resto para todos os seres humanos. Desvendando o passado, demonstra o porquê de dores e aflições- e abre perspectivas luminosas para o futuro.
  • 15. Nesta visão panorâmica de passado-presente-futuro desponta o Amor de Deus a sustentar todas as criaturas no carreiro da evolução. A Justiça do Pai é equânime e ninguém fica impune ou marginalizado diante de Suas Leis, mas, ela é, sobretudo, feita de Amor e Misericórdia, possibilitando ao faltoso renovadas ensanchas de redenção e, desde que ele desperte para essa realidade, encontrá-las-á em seu caminho, e, se souber aproveitá-las, aliviará seus débitos, trazendo-lhe simultaneamente melhores condições espirituais.
  • 16. Sabendo que pode amenizar a dor, não só pela compreensão de suas causas, mas também por intermédio de todo o bem que possa fazer, mais fácil se torna para o ser humano a caminhada.
  • 17. Embora profundamente vinculado ao pretérito e experimentando provações amargas, terá na consoladora mensagem do Espiritismo esperanças novas e novo alento para prosseguir. (14) Novo Dicionário da Língua portuguesa, Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.