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Licenciatura em Ciências da Comunicação
Psicologia Social
1ª aula
Lusi Miguel V. Afonso NetoLusi Miguel V. Afonso Neto
Ano letivo 2014/2015
“Sob a nudez crua da verdade o manto diáfano da fantasia”
Em vez da frase de Eça o profissional de GRH no século XXI diz:
____________________________________________________________
1/12
“O aqueduto das águas livres resistiu ao terramoto de 1755”.
O que torna o profissional de CC – ISCSP à prova de terramotos/crises etc?
________________________________________________________
2/12
Programáticos
Introdução
Uma perspetiva histórico contextual da Psicologia Social: Investigação, teorias e reflexões para a
prática das Ciências da Comunicação com base na Psicologia Social Discursiva e no
Construcionismo Social (a partir McKinlay e McVittie, 2008; Kruglanski e Stroebe, 2012;
Littlejohn, 1989)
1. Identidade e self: identidade conversacional, cultural, nacional, comunitária, de género,
étnica, virtual. O que são ‘crises de identidade’?
2. Grupos: Grupos e representações sociais, coesão, estrutura, funções. Grupos e identidade
pessoal, que coordenação?
3. Atração interpessoal e relações: familiares, amigos, colegas, vizinhos. O que são ‘problemas
de relação’?
4. Cognição social: Estados mentais, memória, atribuições, categorização, gestão de impressões.
Mudança social e cognição, que relação?
5.Atitudes e persuasão: Como se processa a persuasão no dia-a-dia?
Conteúdos Programáticos
6. Preconceito: Discurso e preconceito, preconceito e etnia/raça, preconceito e género/sexo. Como as
palavras podem fazer doer?
7. Agressão: conflitos na fala, responsabilidade e justificações da agressão, agressividade escondida. É útil a
analise de episódios de comunicação na gestão do conflito e agressão?
8. A justiça e a lei: Psicologia social e investigação policial, testemunhos judiciais. Tratamento dos
incriminados. Porque nunca se resolveu o ‘crime’?
9. Saúde: Grupos de apoio, interação profissionais/utentes, estilo de vida e mudança de comportamento.
Quanto 'pesa' a interação social e a comunicação no orçamento da saúde?
10. Psicologia Social e organizações: Analise de discurso nas organizações, liderança e tomada de decisão,
dificuldades no emprego. Organizações e sociedade. Como podem as Ciências da Comunicação ‘utilizar’ a
Psicologia Social?
11. Comunicação: Interaccionismo simbólico e Construcionismo social. O modelo da Gestão Coordenada do
Sentido de B. Pearce e V. Cronen (Coordinated Management of Meaning). Como proceder à análise dos
episódios comunicacionais?
12. O modelo da Investigação Apreciativa de D. Cooperrider. Como intervir sustentavelmente nos sistemas
humanos de comunicação?
Conteúdos Programáticos
(adaptado, Elliot Smith, 2000 in Encyclopedia of Psychology, ed. A. Kazdin, p.357)
ESTUDOS LABORATORIAIS: (Experiências de laboratório)
Exemplo A : Estudar a influencia social e o conformismo (scenario and impact studies)–
associados do experimentador dão informações falsas sobre os comprimentos relativos de linhas;
Encenar a ocorrência de uma emergência para verificar a ocorrência de comportamento pro
social e/ou altruísta. ‘A experiencia torna-se real para os sujeitos’.
Exemplo B: Estudar os estereótipos e preconceito pedindo aos sujeitos opiniões sobre situações
complexas que envolvam julgamentos sobre pessoas de diferentes grupos étnicos e/ou sociais;
(Judgmental studies).
Exemplo C: Estudar a cognição social de maneira indireta, por exemplo depois de ler um texto
recordar palavras ou pressionar butões com palavras indicadas, de forma a confirmar/infirmar
hipóteses sobre preconceito e estereótipo, mesmo que o sujeito infira a questão em estudo;
(performance studies)
MÉTODOS PSICOLOGIA SOCIAL:
LABORATORIAIS E NÃO LABORATORIAIS
•  
 2.1.  EXPERIêNCIAS DE CAMPO:  manipulação de condições em ambiente natural, por 
exemplo, automobilista a mudar pneu à beira da estrada.
 
 2.2. QUASI-EXPERIMENTOS. Utilizar condições naturais sem as manipular directamente. Por 
exemplo um estado/cidade faz campanha sobre uso dos cintos de segurança outro não. No 
final compara-se os resultados.
 
 2.3. INQUÉRITOS: inquéritos. Investigação comum também noutras áreas como Sociologia e 
Ciência Política.
 
  2.4. OBSERVAÇÃO NATURALISTICA:. Por exemplo, verificar o lugar em que as crianças se 
sentam no refeitório da escola primária.
 
  2.5. ANÁLISE DE DADOS ARQUIVOS . Por exemplo, analise de conteúdo das palavras 
positivas utilizadas nos relatórios de contas de empresas.
2.6.  ESTUDOS COM DADOS NÃO PRIMÁRIOS: Meta-analises da literatura numa dada área 
 
Métodos Não LaboratoriaisMétodos Não Laboratoriais
• Atividade pedagógica #1 (baseada
em Michael Goran, 2005)
• Objetivo: ilustração do fundamento da psicologia social discursiva
• Grupos 4-6 pessoas
• Elaboração de texto:
- “Era uma vez
empresa/departamento/equipa/familia/paroquia/comunidade/pais …
-Todos os dias …
-Até que um dia …
-Por causa disso …
- E ainda … (3 vezes)
- Até que um dia …
- E desde ai …07-07-15 8
ISCSP, PSICOLOGIA SOCIAL, 2014; Luis Miguel V A Neto; lneto@iscsp.ulisboa.pt
ACTIVIDADE PEDAGÓGICA #2 – Para a 2ª aula
Baseada em Cottor et al. (2004)
 
Artigo publicado no jornal Arizona Republic em 16 de Janeiro de 1996
 
“Port au Prince, Haiti. Residentes de uma aldeia isolada de pescadores levaram à
morte 5 pessoas que diziam ser feiticeiros responsáveis pela morte de várias pessoas
recentemente, relatou a policia na terça feira. O ataque foi feito na madrugada de
Segunda-feira na aldeia de Corail. O investigador da policia Max Harry Isaac disse que
a policia da cidade vizinha de Jeremie chegou ao local depois da multidão ter
assassinado as 5 pessoas. Antes do ataque, os aldeões fecharam-se nas suas casas
blindando portas e janelas para não permitir que os espíritos malévolos entrassem.”
 
I parte: Relato do que aconteceu na perspectiva de:
A – Aldeões não diretamente implicados nos assassinatos;
B- Multidão de agressores;
C- Grupo de pessoas mortas, alegados feiticeiros;
D- Policia;
E- Espíritos malévolos.
 
 
 • 
• 
• 
Líderes de cada perspectiva: Exº “Nos somos a policia e a nossa perspectiva do incidente é ...”
II parte: Sub grupos permanecem intactos mas, agora, noutra perspectiva, de tipo disciplinar e profissional:
F- Academia das ciências metafísicas (grupo interessado em pensamento abstracto sobre existência,
causalidade e verdade);
G- Missionários (interessados em transmitir religião);
H- Antropólogos
I – Investigadores forenses
J- ‘Club Bed’ (grupo com interesses em desenvol. turístico)
III parte: (Re) formular o artigo inicial depois dos inputs das perspectivas A – J
IV parte: Questões de reflexão e analise
Como me senti ao longo das diferentes fases do ‘laboratório’? Mudei de opinião? A que inputs fui sensível?
Qual a minha preferência final?
O processo de grupo obteve resultados? Quais os stuck points e como se conseguiram solucionar?
Qual a utilidade pessoal e profissional genérica deste laboratório experiencial?
Onde e como posso adapta-lo e torna-lo útil?
V Bibliografia: Cottor et al (2004). Experiencial Learning Exercises in Social Construction: A field Book for
Creating Change. Ohio: TAOS Institute Publications
Parte
ISCSP, PSICOLOGIA SOCIAL, 2014
ACTIVIDADE PEDAGÓGICA #3
Baseada em Cottor et al. (2004): Dissonância em grupos, contextos emocionais em
diferentes grupos e mudanças relacionais
I Parte: Formação e constituição da identidade de grupos de natureza diferente:
Familia; Grupo trabalho; Sócios de negócio, ou outro – CRIAR ‘ESTÓRIA IDENTITARIA’
II Parte: Um dos membros de cada grupo sai e tem uma experiencia diferente (script
pre-ocupante ou estória de pré-ocupação)
III Parte: Grupos planeiam uma iniciativa em comum. Observar participante com papel
diferente
IV Parte: Participante revela o seu papel no grupo
V Parte: Grupos descrevem o seu processo no grande grupo.
- Questões houve coordenação comunicacional? Quais os efeitos do contexto
emocional na vida do grupo? Grupos em ‘Crise’ e ‘responsabilidade relacional’.
Sistema de Avaliação
A avaliação inclui:A avaliação inclui:

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  • 1. Licenciatura em Ciências da Comunicação Psicologia Social 1ª aula Lusi Miguel V. Afonso NetoLusi Miguel V. Afonso Neto Ano letivo 2014/2015
  • 2. “Sob a nudez crua da verdade o manto diáfano da fantasia” Em vez da frase de Eça o profissional de GRH no século XXI diz: ____________________________________________________________ 1/12
  • 3. “O aqueduto das águas livres resistiu ao terramoto de 1755”. O que torna o profissional de CC – ISCSP à prova de terramotos/crises etc? ________________________________________________________ 2/12
  • 4. Programáticos Introdução Uma perspetiva histórico contextual da Psicologia Social: Investigação, teorias e reflexões para a prática das Ciências da Comunicação com base na Psicologia Social Discursiva e no Construcionismo Social (a partir McKinlay e McVittie, 2008; Kruglanski e Stroebe, 2012; Littlejohn, 1989) 1. Identidade e self: identidade conversacional, cultural, nacional, comunitária, de género, étnica, virtual. O que são ‘crises de identidade’? 2. Grupos: Grupos e representações sociais, coesão, estrutura, funções. Grupos e identidade pessoal, que coordenação? 3. Atração interpessoal e relações: familiares, amigos, colegas, vizinhos. O que são ‘problemas de relação’? 4. Cognição social: Estados mentais, memória, atribuições, categorização, gestão de impressões. Mudança social e cognição, que relação? 5.Atitudes e persuasão: Como se processa a persuasão no dia-a-dia? Conteúdos Programáticos
  • 5. 6. Preconceito: Discurso e preconceito, preconceito e etnia/raça, preconceito e género/sexo. Como as palavras podem fazer doer? 7. Agressão: conflitos na fala, responsabilidade e justificações da agressão, agressividade escondida. É útil a analise de episódios de comunicação na gestão do conflito e agressão? 8. A justiça e a lei: Psicologia social e investigação policial, testemunhos judiciais. Tratamento dos incriminados. Porque nunca se resolveu o ‘crime’? 9. Saúde: Grupos de apoio, interação profissionais/utentes, estilo de vida e mudança de comportamento. Quanto 'pesa' a interação social e a comunicação no orçamento da saúde? 10. Psicologia Social e organizações: Analise de discurso nas organizações, liderança e tomada de decisão, dificuldades no emprego. Organizações e sociedade. Como podem as Ciências da Comunicação ‘utilizar’ a Psicologia Social? 11. Comunicação: Interaccionismo simbólico e Construcionismo social. O modelo da Gestão Coordenada do Sentido de B. Pearce e V. Cronen (Coordinated Management of Meaning). Como proceder à análise dos episódios comunicacionais? 12. O modelo da Investigação Apreciativa de D. Cooperrider. Como intervir sustentavelmente nos sistemas humanos de comunicação? Conteúdos Programáticos
  • 6. (adaptado, Elliot Smith, 2000 in Encyclopedia of Psychology, ed. A. Kazdin, p.357) ESTUDOS LABORATORIAIS: (Experiências de laboratório) Exemplo A : Estudar a influencia social e o conformismo (scenario and impact studies)– associados do experimentador dão informações falsas sobre os comprimentos relativos de linhas; Encenar a ocorrência de uma emergência para verificar a ocorrência de comportamento pro social e/ou altruísta. ‘A experiencia torna-se real para os sujeitos’. Exemplo B: Estudar os estereótipos e preconceito pedindo aos sujeitos opiniões sobre situações complexas que envolvam julgamentos sobre pessoas de diferentes grupos étnicos e/ou sociais; (Judgmental studies). Exemplo C: Estudar a cognição social de maneira indireta, por exemplo depois de ler um texto recordar palavras ou pressionar butões com palavras indicadas, de forma a confirmar/infirmar hipóteses sobre preconceito e estereótipo, mesmo que o sujeito infira a questão em estudo; (performance studies) MÉTODOS PSICOLOGIA SOCIAL: LABORATORIAIS E NÃO LABORATORIAIS
  • 7. •    2.1.  EXPERIêNCIAS DE CAMPO:  manipulação de condições em ambiente natural, por  exemplo, automobilista a mudar pneu à beira da estrada.    2.2. QUASI-EXPERIMENTOS. Utilizar condições naturais sem as manipular directamente. Por  exemplo um estado/cidade faz campanha sobre uso dos cintos de segurança outro não. No  final compara-se os resultados.    2.3. INQUÉRITOS: inquéritos. Investigação comum também noutras áreas como Sociologia e  Ciência Política.     2.4. OBSERVAÇÃO NATURALISTICA:. Por exemplo, verificar o lugar em que as crianças se  sentam no refeitório da escola primária.     2.5. ANÁLISE DE DADOS ARQUIVOS . Por exemplo, analise de conteúdo das palavras  positivas utilizadas nos relatórios de contas de empresas. 2.6.  ESTUDOS COM DADOS NÃO PRIMÁRIOS: Meta-analises da literatura numa dada área    Métodos Não LaboratoriaisMétodos Não Laboratoriais
  • 8. • Atividade pedagógica #1 (baseada em Michael Goran, 2005) • Objetivo: ilustração do fundamento da psicologia social discursiva • Grupos 4-6 pessoas • Elaboração de texto: - “Era uma vez empresa/departamento/equipa/familia/paroquia/comunidade/pais … -Todos os dias … -Até que um dia … -Por causa disso … - E ainda … (3 vezes) - Até que um dia … - E desde ai …07-07-15 8
  • 9. ISCSP, PSICOLOGIA SOCIAL, 2014; Luis Miguel V A Neto; lneto@iscsp.ulisboa.pt ACTIVIDADE PEDAGÓGICA #2 – Para a 2ª aula Baseada em Cottor et al. (2004)   Artigo publicado no jornal Arizona Republic em 16 de Janeiro de 1996   “Port au Prince, Haiti. Residentes de uma aldeia isolada de pescadores levaram à morte 5 pessoas que diziam ser feiticeiros responsáveis pela morte de várias pessoas recentemente, relatou a policia na terça feira. O ataque foi feito na madrugada de Segunda-feira na aldeia de Corail. O investigador da policia Max Harry Isaac disse que a policia da cidade vizinha de Jeremie chegou ao local depois da multidão ter assassinado as 5 pessoas. Antes do ataque, os aldeões fecharam-se nas suas casas blindando portas e janelas para não permitir que os espíritos malévolos entrassem.”   I parte: Relato do que aconteceu na perspectiva de: A – Aldeões não diretamente implicados nos assassinatos; B- Multidão de agressores; C- Grupo de pessoas mortas, alegados feiticeiros; D- Policia; E- Espíritos malévolos.      •  •  • 
  • 10. Líderes de cada perspectiva: Exº “Nos somos a policia e a nossa perspectiva do incidente é ...” II parte: Sub grupos permanecem intactos mas, agora, noutra perspectiva, de tipo disciplinar e profissional: F- Academia das ciências metafísicas (grupo interessado em pensamento abstracto sobre existência, causalidade e verdade); G- Missionários (interessados em transmitir religião); H- Antropólogos I – Investigadores forenses J- ‘Club Bed’ (grupo com interesses em desenvol. turístico) III parte: (Re) formular o artigo inicial depois dos inputs das perspectivas A – J IV parte: Questões de reflexão e analise Como me senti ao longo das diferentes fases do ‘laboratório’? Mudei de opinião? A que inputs fui sensível? Qual a minha preferência final? O processo de grupo obteve resultados? Quais os stuck points e como se conseguiram solucionar? Qual a utilidade pessoal e profissional genérica deste laboratório experiencial? Onde e como posso adapta-lo e torna-lo útil? V Bibliografia: Cottor et al (2004). Experiencial Learning Exercises in Social Construction: A field Book for Creating Change. Ohio: TAOS Institute Publications
  • 11. Parte ISCSP, PSICOLOGIA SOCIAL, 2014 ACTIVIDADE PEDAGÓGICA #3 Baseada em Cottor et al. (2004): Dissonância em grupos, contextos emocionais em diferentes grupos e mudanças relacionais I Parte: Formação e constituição da identidade de grupos de natureza diferente: Familia; Grupo trabalho; Sócios de negócio, ou outro – CRIAR ‘ESTÓRIA IDENTITARIA’ II Parte: Um dos membros de cada grupo sai e tem uma experiencia diferente (script pre-ocupante ou estória de pré-ocupação) III Parte: Grupos planeiam uma iniciativa em comum. Observar participante com papel diferente IV Parte: Participante revela o seu papel no grupo V Parte: Grupos descrevem o seu processo no grande grupo. - Questões houve coordenação comunicacional? Quais os efeitos do contexto emocional na vida do grupo? Grupos em ‘Crise’ e ‘responsabilidade relacional’.
  • 12. Sistema de Avaliação A avaliação inclui:A avaliação inclui: