SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 31
Avarias e
desgastes
Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 1
Definições e generalidades
 A propriedade dos materiais de se deixarem trabalhar com
ferramentas de corte denomina-se usinabilidade;
 Vários materiais apresentam dificuldades para serem usinados por
remoção de cavacos, o que provoca problemas ao operador;
 Dentre os problemas ocorrentes, pode-se citar: desgaste rápido ou
super-aquecimento da ferramenta, “empastamento ou
“enganchamento” da ferramenta pelo material da peça,
“lascamento” do gume de corte, mau acabamento superficial da
peça usinada, necessidade de grandes forças ou potências de corte,
etc;
Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 2
Definições e generalidades
 Fatores que influem na usinabilidade:
 Variáveis dependentes da máquina:
 rigidez estática da máquina, do porta-ferramenta e do dispositivo de
sujeição da peça;
 rigidez dinâmica: amortecimento e frequências de vibração de
trabalho;
 potência e força de corte disponíveis na ponta da ferramenta;
 gama de velocidades de corte e avanço.
Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 3
Definições e generalidades
 Variáveis dependentes da ferramenta:
 geometria da ferramenta: ângulos, raio de quina, dimensões, forma
do gume, etc;
 material da ferramenta (composição química, dureza a quente,
tenacidade, tratamento térmico, etc;
 qualidade do gume (grau de afiação, desgaste, trincas, rugosidade
da face e dos flancos, etc).
Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 4
Definições e generalidades
 Variáveis dependentes da peça:
 forma, dimensões, rigidez da peça;
 propriedades físicas, químicas e mecânicas do material da peça
(dureza, resistência à tração, composição química, inclusões,
afinidade química com o fluido de corte ou com a ferramenta,
microestrutura, encruamento, encruabilidade, etc);
 temperatura da peça (usinagem em altas e baixas temperaturas).
Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 5
Definições e generalidades
 Variáveis dependentes do fluido de corte:
 propriedades refrigerantes;
 propriedades lubrificantes;
 temperatura do fluido;
 forma e intensidade de aplicação.
Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 6
Definições e generalidades
 Variáveis dependentes do processo:
 velocidade de corte;
 dimensões de usinagem (avanço, profundidade);
 Modo de atuação da ferramenta sobre a peça (condições de entrada
e saída, corte contínuo ou interrompido, comprimento de contato
entre o gume e a peça, etc).
Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 7
Definições e generalidades
 Os critérios utilizados para avaliação do grau de usinabilidade de um
material são:
 vida da ferramenta entre duas reafiações sucessivas, expressa de
diversas formas;
 grandezas das forças que atuam sobre a ferramenta e da potência
consumida;
 qualidade do acabamento superficial obtido peça usinagem;
 facilidade de formação do cavaco.
Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 8
Definições e generalidades
 Apenas os três primeiros desses critérios podem ser expressos em
valores numéricos, e são mais usados como critérios na avaliação do
grau de usinabilidade;
 Vida da ferramenta, força de corte e potência consumida e
acabamento definem em grande parte o custo do trabalho de
usinagem realizado na fábrica;
 No entanto, é impossível de se determinar um “índice de
usinabilidade” como característica clara e definida de um material
Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 9
Definições e generalidades
 Em ensaios expeditos, nos quais se deseja obter um índice de
usinabilidade com um mínimo de dispêndio de tempo e de material,
utilizam-se variáveis de fácil mensuração para avaliar a facilidade
com que um material se deixa usinar, tais quais:
 momento ou força axial de avanço na broca, em operações de furar;
 tempo de execução de um furo de dimensões dadas, com um
mesmo esforço axial de avanço da broca;
 energia absorvida num corte executado com uma plaina tipo
pêndulo;
 temperatura da ferramenta ou do cavaco;
 grau de encruamento do cavaco;
 fator de recalque do cavaco.
Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 10
Falha e desgaste da
ferramenta de corte
 A falha de uma ferramenta pode ocorrer de três formas distintas:
 lascamento do gume, que é a quebra de pedaços do gume,
produzindo superfícies ásperas e irregulares;
 desgaste do flanco formando uma marca de desgaste;
 desgaste na face sob a forma de uma cratera;
Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 11
Falha e desgaste da
ferramenta de corte
 LASCAMENTO:
 Ocorre por causa das sobresolicitações de origem mecânica ou
térmica do gume. São causas do lascamento:
A – Ferramenta pouco resistente, devido a:
 ângulo de cunha βn ou ângulo de quina εr muito pequenos;
 mau acabamento do gume;
 pastilha muito dura e pouco tenaz para o serviço que está sendo
executado.
Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 12
Falha e desgaste da
ferramenta de corte
B – Sobresolicitações mecânicas devido a:
 cortes interrompidos ou impactos;
 Inclusões duras no material da peça;
 Dimensões excessivas do cavaco;
 Vibrações de qualquer origem.
 C – Sobresolicitações térmicas, causando um fissuramento do gume
devido a um resfriamento brusco de pastilhas muito quentes, na
afiação ou na usinagem.
Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 13
Falha e desgaste da
ferramenta de corte
 Para evitar o lascamento, recomenda-se:
 Usar ângulos de incidência adequados;
 Empregar ângulos negativos em trabalhos severos com pastilhas de
metal duro ou cerâmicas;
 Emprego de metal duro de grau adequado;
 Retificado fino ou polido da face e do flanco da ferramenta, evitando
acabamento grosseiro;
 Em usinagem com fortes impactos, provocar um leve “cegamento”
na gume com pedra de afiar (oilstone).
Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 14
Gume retificado com
rebolo de grãos grossos
Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 15
Falha e desgaste da
ferramenta de corte
 MARCA DE DESGASTE:
 É a faixa desgastada no flanco da ferramenta;
 A largura da marca de desgaste é que exprime o grau de desgaste.
Esta largura não é uniforme, mas é maior nos extremos da marca e
na quina da ferramenta;
 Um raio de quina adequado pode diminuir a largura da marca nesta
zona. Uma marca de desgaste irregular é devido normalmente a um
micro lascamento do gume.
Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 16
Falha e desgaste da
ferramenta de corte
 CRATERA: concavidade que se forma na face da ferramenta, devido
ao atrito da mesma com o cavaco. A cratera é caracterizada pela
sua profundidade KT e pela distância do meio ao gume KM
Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 17
Cratera
Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 19
Causas do desgaste da
ferramenta
 A fim de se aumentar a vida das ferramentas, torna-se indispensável
saber as causas do desgaste dessas;
 Os fatores principais de desgaste são:
 deformação plástica;
 abrasão;
 aderência – entre peça e asperezas da ferramenta;
 difusão;
 oxidação do material;
 correntes elétricas iônicas.
Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 20
Causas do desgaste da
ferramenta
 Deformação plástica: ocorre quando a dureza a quente do material
da ferramenta não é mais suficiente para resistir às pressões de
usinagem, verificando-se especialmente em maiores avanços;
 Abrasão: arrancamento de finas partículas de material, por causa do
escorregamento sob alta pressão e temperatura entre a peça e a
ferramenta.
 Esse desgaste aumenta com o número de inclusões e partículas
duras do aço (carbonetos e óxidos) e com o aumento da velocidade
de corte;
 A resistência a abrasão depende essencialmente da dureza do
material da ferramenta;
Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 21
Causas do desgaste da
ferramenta
 Aderência: se deve à ação das altas temperaturas e pressões
presentes na zona de corte e ao fato de que a superfície inferior do
cavaco, recém arrancada, apresenta-se limpa sem camadas
protetoras de óxidos e, assim, quimicamente muito ativa;
 Um exemplo de aderência é o gume postiço, onde o desprendimento
ou arrancamento das partículas provoca maior desgaste na face da
ferramenta;
 Difusão: ocorre em temperaturas mais elevadas, em que as
moléculas adquirem certa mobilidade. Aço carbono e aço rápido não
possuem essa forma de desgaste;
Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 22
Causas do desgaste da
ferramenta
 Nos metais duros, em usinagem de peças de aço, podem ocorrer os
seguintes fenômenos (700-13000 C):
 difusão do Fe na fase de Co, formando uma liga de baixo ponto de
fusão e de fácil desgaste;
 difusão do Co no aço, formando uma camada de cristais mistos;
 difusão do C, que sai dos carbonetos duros e migra para o aço, etc;
 O aumento de temperatura gera tensões no esqueleto de
carbonetos do metal duro. Isso se justifica pelo coeficiente de
expansão térmica do Co, que é de quatro vezes o do esqueleto de
carbonetos;
Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 23
Causas do desgaste da
ferramenta
 Oxidação: ocorre no aquecimento de peças a altas temperaturas
com a formação de carepas. A oxidação em baixas temperaturas é
normalmente evitada por camadas protetoras de material oxidado;
 Pelo mesmo motivo, esse tipo de desgaste não se aplica aos aços
carbonos e aos aços rápidos;
 Na usinagem com metais duros em altas velocidades, observou-se
que o desgaste é menor numa atmosfera neutra se comparada à
presença de ar;
 Correntes elétricas: no contato entre a peça e a ferramenta, durante
a usinagem, é produzido um fenômeno termoelétrico gerado pelo
aquecimento do ponto de união de um par de materiais distintos.
Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 24
Critérios para determinação
do fim da vida da ferramenta
 Com o desgaste da ferramenta, observam-se variações profundas no
processo de usinagem;
 Temperatura, força de corte e a potência consumida aumentam; as
dimensões da superfície usinada se alteram e o acabamento
superficial piora;
 Em condições extremas, ocorre um faiscamento intenso no corte, a
superfície usinada se apresenta áspera;
 A utilização da ferramenta até esse ponto é desaconselhável, pois
será necessário um longo trabalho de reafiação com a remoção de
uma extensa camada de material de corte, antes de se restabelecer
um gume adequado;
Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 25
Critérios para determinação
do fim da vida da ferramenta
 A fixação do ponto representativo do fim da vida da ferramenta é
fundamental;
 Os critérios para determinar mais ou menos exatamente este ponto,
dependendo da escolha das exigências de usinagem e do material
da ferramenta, são:
 Falha completa da ferramenta: inabilita para o corte, por
superaquecimento, lascamento ou quebra;
 Falha preliminar da ferramenta: aparecimento na superfície
usinada ou transitória da peça, de uma estreita faixa altamente
polida, indicando forte atrito de escorregamento com o flanco da
ferramenta;
Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 26
Critérios para determinação
do fim da vida da ferramenta
 Largura da marca de desgaste, no flanco: este é o critério mais
frequente na indústria para determinar o fim de vida da ferramenta
de metal duro ou cerâmica. Uma vez alcançada uma largura da
marca de desgaste da ordem 0,8 a 2 mm, as ferramentas de metal
duro perdem a eficiência de corte;
 Vibrações intensas da peça ou da ferramenta, ruídos fortes
por vibrações da máquina: impedem o prosseguimento da
usinagem. podem ter como causa o desgaste no flanco da
ferramenta;
Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 27
Critérios para determinação
do fim da vida da ferramenta
 Profundidade Kt : em metais duros, a formação das crateras na
face pode determinar o fim da vida da ferramenta, ou porque a
profundidade Kt da cratera ameaça o lascamento da pastilha ou
porque a faixa K se reduz a ponto de ameaçar a integridade do
gume;
 Deficiência de acabamento superficial: ocorre uma mudança
súbita e pronunciada do grau de acabamento superficial, a qual
pode ser tomada como limite da vida da ferramenta;
 Formação de rebarbas;
 Forma dos cavacos: brusca variação da forma dos cavacos;
Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 28
Critérios para determinação
do fim da vida da ferramenta
 Alteração de dimensões da peça: o desgaste provoca um
deslocamento do gume, o que por sua vez determina uma alteração
nas dimensões da peça usinada;
 Força de corte, torque ou potência: em ensaios de laboratório
(dinamômetros), pode-se fixar o fim da vida da ferramenta pelo
aumento de uma quantidade determinada, da força de corte, do
torque ou da potência consumida;
 Aumento da força de avanço: usado especialmente em brocas.
Relacionado com o desgaste do flanco;
 Aumento da temperatura do gume: usado em laboratório para
definir o fim da vida da ferramenta.
Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 29
Métodos usuais de especificação da
vida de uma ferramenta de corte
entre suas afiações sucessivas
 As indicações da vida de uma ferramenta de corte podem se referir a:
 Tempo de máquina: tempo durante o qual a ferramenta fica na
máquina em operação, antes de se tornar necessária uma reafiação.
Especificação mais apropriada em máquinas automáticas;
 Tempo efetivo de corte: tempo durante o qual a ferramenta pode ser
utilizada em corte efetivo (em min.);
 Volume do metal removido: pela ferramenta entre duas reafiações
sucessivas;
 Número de peças usinadas: critério utilizado na produção seriada;
Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 30
Métodos usuais de especificação da
vida de uma ferramenta de corte
entre suas afiações sucessivas
 Velocidade de corte equivalente: sob um determinado conjunto de
condições de corte, é a velocidade que permite obter um tempo
efetivo pré-fixado (velocidade de Taylor). Fixadas as condições de
corte, pode-se obter quase que qualquer tempo de vida efetivo da
ferramenta, alterando apenas a velocidade de corte;
 Velocidade de corte relativa: define-se como sendo a velocidade de
corte, expressa em determinada porcentagem da admissível para um
material padrão, que determina o mesmo tempo de vida na
ferramenta, tanto na usinagem do material sob teste como do
material padrão (ABNT B 1112, atribuído valor 100).
Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 31
Bibliografia da disciplina
 Ferramentas de Corte 1 / Stemmer, Caspar Erich – Florianópolis:
Editora da UFSC – 1995.
Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 32

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Avarias, desgastes e vida útil de ferramentas de corte

Fabricação por usinagem
Fabricação por usinagemFabricação por usinagem
Fabricação por usinagemSérgio Maêda
 
Usinagem do tit nio
Usinagem do tit nioUsinagem do tit nio
Usinagem do tit nioregi_borges
 
Trabalho processos de fabricação
Trabalho processos de fabricaçãoTrabalho processos de fabricação
Trabalho processos de fabricaçãoPaulo Seabra
 
Arranque.de.apara
Arranque.de.aparaArranque.de.apara
Arranque.de.aparaBruno Rua
 
Ferrametnas de corte rev01
Ferrametnas de corte rev01Ferrametnas de corte rev01
Ferrametnas de corte rev01Luana Martins
 
USINAGEM POR FEIXE DE ELÉTRONS E APLAINAMENTO SOLDAGEM
USINAGEM POR FEIXE DE ELÉTRONS E APLAINAMENTO SOLDAGEMUSINAGEM POR FEIXE DE ELÉTRONS E APLAINAMENTO SOLDAGEM
USINAGEM POR FEIXE DE ELÉTRONS E APLAINAMENTO SOLDAGEMCarlos Dias
 
Tecnologia Mecânica - Extrusão - Grupo 4 - ETEC "Aristóteles Ferreira"
Tecnologia Mecânica - Extrusão - Grupo 4 - ETEC "Aristóteles Ferreira"Tecnologia Mecânica - Extrusão - Grupo 4 - ETEC "Aristóteles Ferreira"
Tecnologia Mecânica - Extrusão - Grupo 4 - ETEC "Aristóteles Ferreira"Arthur Lyra
 
aula-4-forjamento-e-estampagem.pdf
aula-4-forjamento-e-estampagem.pdfaula-4-forjamento-e-estampagem.pdf
aula-4-forjamento-e-estampagem.pdfComprasVariedades
 
Relatorio de soldagem com oxicorte e eletrodo revestido.pdf
Relatorio de soldagem com oxicorte e eletrodo revestido.pdfRelatorio de soldagem com oxicorte e eletrodo revestido.pdf
Relatorio de soldagem com oxicorte e eletrodo revestido.pdfSolaGratia9
 

Semelhante a Avarias, desgastes e vida útil de ferramentas de corte (20)

Fabricação por usinagem
Fabricação por usinagemFabricação por usinagem
Fabricação por usinagem
 
Usinagem do tit nio
Usinagem do tit nioUsinagem do tit nio
Usinagem do tit nio
 
Extrusão
ExtrusãoExtrusão
Extrusão
 
Extrusão
ExtrusãoExtrusão
Extrusão
 
Trabalho processos de fabricação
Trabalho processos de fabricaçãoTrabalho processos de fabricação
Trabalho processos de fabricação
 
Retificação
RetificaçãoRetificação
Retificação
 
In tec 036_manual.tt
In tec 036_manual.ttIn tec 036_manual.tt
In tec 036_manual.tt
 
Materiais.e.seleção.rj
Materiais.e.seleção.rjMateriais.e.seleção.rj
Materiais.e.seleção.rj
 
Arranque.de.apara
Arranque.de.aparaArranque.de.apara
Arranque.de.apara
 
Tst aula 03
Tst   aula 03Tst   aula 03
Tst aula 03
 
Brochamento
BrochamentoBrochamento
Brochamento
 
Ferrametnas de corte rev01
Ferrametnas de corte rev01Ferrametnas de corte rev01
Ferrametnas de corte rev01
 
USINAGEM POR FEIXE DE ELÉTRONS E APLAINAMENTO SOLDAGEM
USINAGEM POR FEIXE DE ELÉTRONS E APLAINAMENTO SOLDAGEMUSINAGEM POR FEIXE DE ELÉTRONS E APLAINAMENTO SOLDAGEM
USINAGEM POR FEIXE DE ELÉTRONS E APLAINAMENTO SOLDAGEM
 
Tecnologia Mecânica - Extrusão - Grupo 4 - ETEC "Aristóteles Ferreira"
Tecnologia Mecânica - Extrusão - Grupo 4 - ETEC "Aristóteles Ferreira"Tecnologia Mecânica - Extrusão - Grupo 4 - ETEC "Aristóteles Ferreira"
Tecnologia Mecânica - Extrusão - Grupo 4 - ETEC "Aristóteles Ferreira"
 
aula-4-forjamento-e-estampagem.pdf
aula-4-forjamento-e-estampagem.pdfaula-4-forjamento-e-estampagem.pdf
aula-4-forjamento-e-estampagem.pdf
 
Relatorio de soldagem com oxicorte e eletrodo revestido.pdf
Relatorio de soldagem com oxicorte e eletrodo revestido.pdfRelatorio de soldagem com oxicorte e eletrodo revestido.pdf
Relatorio de soldagem com oxicorte e eletrodo revestido.pdf
 
Extrusão.ppt 2
 Extrusão.ppt 2 Extrusão.ppt 2
Extrusão.ppt 2
 
Forjamento
ForjamentoForjamento
Forjamento
 
08 pf.extrusão
08 pf.extrusão08 pf.extrusão
08 pf.extrusão
 
Apresentacao forjamento
Apresentacao forjamentoApresentacao forjamento
Apresentacao forjamento
 

Último

Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMdiminutcasamentos
 
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3filiperigueira1
 
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptxVagner Soares da Costa
 
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptxVagner Soares da Costa
 
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdfPROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdfdanielemarques481
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxFlvioDadinhoNNhamizi
 
Tipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdf
Tipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdfTipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdf
Tipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdfMarcos Boaventura
 

Último (7)

Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
 
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
 
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
 
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
 
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdfPROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
 
Tipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdf
Tipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdfTipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdf
Tipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdf
 

Avarias, desgastes e vida útil de ferramentas de corte

  • 1. Avarias e desgastes Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 1
  • 2. Definições e generalidades  A propriedade dos materiais de se deixarem trabalhar com ferramentas de corte denomina-se usinabilidade;  Vários materiais apresentam dificuldades para serem usinados por remoção de cavacos, o que provoca problemas ao operador;  Dentre os problemas ocorrentes, pode-se citar: desgaste rápido ou super-aquecimento da ferramenta, “empastamento ou “enganchamento” da ferramenta pelo material da peça, “lascamento” do gume de corte, mau acabamento superficial da peça usinada, necessidade de grandes forças ou potências de corte, etc; Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 2
  • 3. Definições e generalidades  Fatores que influem na usinabilidade:  Variáveis dependentes da máquina:  rigidez estática da máquina, do porta-ferramenta e do dispositivo de sujeição da peça;  rigidez dinâmica: amortecimento e frequências de vibração de trabalho;  potência e força de corte disponíveis na ponta da ferramenta;  gama de velocidades de corte e avanço. Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 3
  • 4. Definições e generalidades  Variáveis dependentes da ferramenta:  geometria da ferramenta: ângulos, raio de quina, dimensões, forma do gume, etc;  material da ferramenta (composição química, dureza a quente, tenacidade, tratamento térmico, etc;  qualidade do gume (grau de afiação, desgaste, trincas, rugosidade da face e dos flancos, etc). Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 4
  • 5. Definições e generalidades  Variáveis dependentes da peça:  forma, dimensões, rigidez da peça;  propriedades físicas, químicas e mecânicas do material da peça (dureza, resistência à tração, composição química, inclusões, afinidade química com o fluido de corte ou com a ferramenta, microestrutura, encruamento, encruabilidade, etc);  temperatura da peça (usinagem em altas e baixas temperaturas). Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 5
  • 6. Definições e generalidades  Variáveis dependentes do fluido de corte:  propriedades refrigerantes;  propriedades lubrificantes;  temperatura do fluido;  forma e intensidade de aplicação. Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 6
  • 7. Definições e generalidades  Variáveis dependentes do processo:  velocidade de corte;  dimensões de usinagem (avanço, profundidade);  Modo de atuação da ferramenta sobre a peça (condições de entrada e saída, corte contínuo ou interrompido, comprimento de contato entre o gume e a peça, etc). Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 7
  • 8. Definições e generalidades  Os critérios utilizados para avaliação do grau de usinabilidade de um material são:  vida da ferramenta entre duas reafiações sucessivas, expressa de diversas formas;  grandezas das forças que atuam sobre a ferramenta e da potência consumida;  qualidade do acabamento superficial obtido peça usinagem;  facilidade de formação do cavaco. Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 8
  • 9. Definições e generalidades  Apenas os três primeiros desses critérios podem ser expressos em valores numéricos, e são mais usados como critérios na avaliação do grau de usinabilidade;  Vida da ferramenta, força de corte e potência consumida e acabamento definem em grande parte o custo do trabalho de usinagem realizado na fábrica;  No entanto, é impossível de se determinar um “índice de usinabilidade” como característica clara e definida de um material Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 9
  • 10. Definições e generalidades  Em ensaios expeditos, nos quais se deseja obter um índice de usinabilidade com um mínimo de dispêndio de tempo e de material, utilizam-se variáveis de fácil mensuração para avaliar a facilidade com que um material se deixa usinar, tais quais:  momento ou força axial de avanço na broca, em operações de furar;  tempo de execução de um furo de dimensões dadas, com um mesmo esforço axial de avanço da broca;  energia absorvida num corte executado com uma plaina tipo pêndulo;  temperatura da ferramenta ou do cavaco;  grau de encruamento do cavaco;  fator de recalque do cavaco. Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 10
  • 11. Falha e desgaste da ferramenta de corte  A falha de uma ferramenta pode ocorrer de três formas distintas:  lascamento do gume, que é a quebra de pedaços do gume, produzindo superfícies ásperas e irregulares;  desgaste do flanco formando uma marca de desgaste;  desgaste na face sob a forma de uma cratera; Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 11
  • 12. Falha e desgaste da ferramenta de corte  LASCAMENTO:  Ocorre por causa das sobresolicitações de origem mecânica ou térmica do gume. São causas do lascamento: A – Ferramenta pouco resistente, devido a:  ângulo de cunha βn ou ângulo de quina εr muito pequenos;  mau acabamento do gume;  pastilha muito dura e pouco tenaz para o serviço que está sendo executado. Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 12
  • 13. Falha e desgaste da ferramenta de corte B – Sobresolicitações mecânicas devido a:  cortes interrompidos ou impactos;  Inclusões duras no material da peça;  Dimensões excessivas do cavaco;  Vibrações de qualquer origem.  C – Sobresolicitações térmicas, causando um fissuramento do gume devido a um resfriamento brusco de pastilhas muito quentes, na afiação ou na usinagem. Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 13
  • 14. Falha e desgaste da ferramenta de corte  Para evitar o lascamento, recomenda-se:  Usar ângulos de incidência adequados;  Empregar ângulos negativos em trabalhos severos com pastilhas de metal duro ou cerâmicas;  Emprego de metal duro de grau adequado;  Retificado fino ou polido da face e do flanco da ferramenta, evitando acabamento grosseiro;  Em usinagem com fortes impactos, provocar um leve “cegamento” na gume com pedra de afiar (oilstone). Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 14
  • 15. Gume retificado com rebolo de grãos grossos Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 15
  • 16. Falha e desgaste da ferramenta de corte  MARCA DE DESGASTE:  É a faixa desgastada no flanco da ferramenta;  A largura da marca de desgaste é que exprime o grau de desgaste. Esta largura não é uniforme, mas é maior nos extremos da marca e na quina da ferramenta;  Um raio de quina adequado pode diminuir a largura da marca nesta zona. Uma marca de desgaste irregular é devido normalmente a um micro lascamento do gume. Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 16
  • 17. Falha e desgaste da ferramenta de corte  CRATERA: concavidade que se forma na face da ferramenta, devido ao atrito da mesma com o cavaco. A cratera é caracterizada pela sua profundidade KT e pela distância do meio ao gume KM Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 17
  • 18. Cratera Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 19
  • 19. Causas do desgaste da ferramenta  A fim de se aumentar a vida das ferramentas, torna-se indispensável saber as causas do desgaste dessas;  Os fatores principais de desgaste são:  deformação plástica;  abrasão;  aderência – entre peça e asperezas da ferramenta;  difusão;  oxidação do material;  correntes elétricas iônicas. Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 20
  • 20. Causas do desgaste da ferramenta  Deformação plástica: ocorre quando a dureza a quente do material da ferramenta não é mais suficiente para resistir às pressões de usinagem, verificando-se especialmente em maiores avanços;  Abrasão: arrancamento de finas partículas de material, por causa do escorregamento sob alta pressão e temperatura entre a peça e a ferramenta.  Esse desgaste aumenta com o número de inclusões e partículas duras do aço (carbonetos e óxidos) e com o aumento da velocidade de corte;  A resistência a abrasão depende essencialmente da dureza do material da ferramenta; Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 21
  • 21. Causas do desgaste da ferramenta  Aderência: se deve à ação das altas temperaturas e pressões presentes na zona de corte e ao fato de que a superfície inferior do cavaco, recém arrancada, apresenta-se limpa sem camadas protetoras de óxidos e, assim, quimicamente muito ativa;  Um exemplo de aderência é o gume postiço, onde o desprendimento ou arrancamento das partículas provoca maior desgaste na face da ferramenta;  Difusão: ocorre em temperaturas mais elevadas, em que as moléculas adquirem certa mobilidade. Aço carbono e aço rápido não possuem essa forma de desgaste; Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 22
  • 22. Causas do desgaste da ferramenta  Nos metais duros, em usinagem de peças de aço, podem ocorrer os seguintes fenômenos (700-13000 C):  difusão do Fe na fase de Co, formando uma liga de baixo ponto de fusão e de fácil desgaste;  difusão do Co no aço, formando uma camada de cristais mistos;  difusão do C, que sai dos carbonetos duros e migra para o aço, etc;  O aumento de temperatura gera tensões no esqueleto de carbonetos do metal duro. Isso se justifica pelo coeficiente de expansão térmica do Co, que é de quatro vezes o do esqueleto de carbonetos; Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 23
  • 23. Causas do desgaste da ferramenta  Oxidação: ocorre no aquecimento de peças a altas temperaturas com a formação de carepas. A oxidação em baixas temperaturas é normalmente evitada por camadas protetoras de material oxidado;  Pelo mesmo motivo, esse tipo de desgaste não se aplica aos aços carbonos e aos aços rápidos;  Na usinagem com metais duros em altas velocidades, observou-se que o desgaste é menor numa atmosfera neutra se comparada à presença de ar;  Correntes elétricas: no contato entre a peça e a ferramenta, durante a usinagem, é produzido um fenômeno termoelétrico gerado pelo aquecimento do ponto de união de um par de materiais distintos. Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 24
  • 24. Critérios para determinação do fim da vida da ferramenta  Com o desgaste da ferramenta, observam-se variações profundas no processo de usinagem;  Temperatura, força de corte e a potência consumida aumentam; as dimensões da superfície usinada se alteram e o acabamento superficial piora;  Em condições extremas, ocorre um faiscamento intenso no corte, a superfície usinada se apresenta áspera;  A utilização da ferramenta até esse ponto é desaconselhável, pois será necessário um longo trabalho de reafiação com a remoção de uma extensa camada de material de corte, antes de se restabelecer um gume adequado; Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 25
  • 25. Critérios para determinação do fim da vida da ferramenta  A fixação do ponto representativo do fim da vida da ferramenta é fundamental;  Os critérios para determinar mais ou menos exatamente este ponto, dependendo da escolha das exigências de usinagem e do material da ferramenta, são:  Falha completa da ferramenta: inabilita para o corte, por superaquecimento, lascamento ou quebra;  Falha preliminar da ferramenta: aparecimento na superfície usinada ou transitória da peça, de uma estreita faixa altamente polida, indicando forte atrito de escorregamento com o flanco da ferramenta; Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 26
  • 26. Critérios para determinação do fim da vida da ferramenta  Largura da marca de desgaste, no flanco: este é o critério mais frequente na indústria para determinar o fim de vida da ferramenta de metal duro ou cerâmica. Uma vez alcançada uma largura da marca de desgaste da ordem 0,8 a 2 mm, as ferramentas de metal duro perdem a eficiência de corte;  Vibrações intensas da peça ou da ferramenta, ruídos fortes por vibrações da máquina: impedem o prosseguimento da usinagem. podem ter como causa o desgaste no flanco da ferramenta; Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 27
  • 27. Critérios para determinação do fim da vida da ferramenta  Profundidade Kt : em metais duros, a formação das crateras na face pode determinar o fim da vida da ferramenta, ou porque a profundidade Kt da cratera ameaça o lascamento da pastilha ou porque a faixa K se reduz a ponto de ameaçar a integridade do gume;  Deficiência de acabamento superficial: ocorre uma mudança súbita e pronunciada do grau de acabamento superficial, a qual pode ser tomada como limite da vida da ferramenta;  Formação de rebarbas;  Forma dos cavacos: brusca variação da forma dos cavacos; Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 28
  • 28. Critérios para determinação do fim da vida da ferramenta  Alteração de dimensões da peça: o desgaste provoca um deslocamento do gume, o que por sua vez determina uma alteração nas dimensões da peça usinada;  Força de corte, torque ou potência: em ensaios de laboratório (dinamômetros), pode-se fixar o fim da vida da ferramenta pelo aumento de uma quantidade determinada, da força de corte, do torque ou da potência consumida;  Aumento da força de avanço: usado especialmente em brocas. Relacionado com o desgaste do flanco;  Aumento da temperatura do gume: usado em laboratório para definir o fim da vida da ferramenta. Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 29
  • 29. Métodos usuais de especificação da vida de uma ferramenta de corte entre suas afiações sucessivas  As indicações da vida de uma ferramenta de corte podem se referir a:  Tempo de máquina: tempo durante o qual a ferramenta fica na máquina em operação, antes de se tornar necessária uma reafiação. Especificação mais apropriada em máquinas automáticas;  Tempo efetivo de corte: tempo durante o qual a ferramenta pode ser utilizada em corte efetivo (em min.);  Volume do metal removido: pela ferramenta entre duas reafiações sucessivas;  Número de peças usinadas: critério utilizado na produção seriada; Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 30
  • 30. Métodos usuais de especificação da vida de uma ferramenta de corte entre suas afiações sucessivas  Velocidade de corte equivalente: sob um determinado conjunto de condições de corte, é a velocidade que permite obter um tempo efetivo pré-fixado (velocidade de Taylor). Fixadas as condições de corte, pode-se obter quase que qualquer tempo de vida efetivo da ferramenta, alterando apenas a velocidade de corte;  Velocidade de corte relativa: define-se como sendo a velocidade de corte, expressa em determinada porcentagem da admissível para um material padrão, que determina o mesmo tempo de vida na ferramenta, tanto na usinagem do material sob teste como do material padrão (ABNT B 1112, atribuído valor 100). Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 31
  • 31. Bibliografia da disciplina  Ferramentas de Corte 1 / Stemmer, Caspar Erich – Florianópolis: Editora da UFSC – 1995. Prof. Me. Lucas Aninger USINAGEM II 32