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Qualidade de Água
Prof. Eudes José Arantes
Departamento Acadêmico de Ambiental
Reúso da Água e Efluentes
- Parâmetros de qualidade das águas
- Purificação de águas poluídas
(Tratamento de água)
 Química Ambiental - contexto multidisciplinar
- Relação entre poluição e desenvolvimento sócio-econômico
- Química analítica é uma ferramenta importante para a monitoração
ambiental
 Técnicas instrumentais devem ser preferidas
 Características das águas naturais (que não são puras)
- A água é um bem natural de alto valor agregado
- Vários exemplos de substâncias tóxicas na água
- Os diferentes processos químicos aquáticos podem ser influenciados
pela poluição ambiental
O aporte de substâncias nos mananciais
 Origina-se de várias FONTES:
- Efluentes domésticos e industriais
- Escoamentos superficial urbano e agrícola
 DEPENDE do tipo de uso e ocupação do solo
Cada uma dessas FONTES possui características próprias quanto
aos poluentes que transportam, como:
- Contaminantes orgânicos (que deveriam ser biodegradáveis)
- Nutrientes (que podem causar eutrofiação)
- Bactérias ...
INDICADORES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS
CONTEXTO:
Mesmo separando os poluentes em grupos,
a diversidade das indústrias existentes aumenta, ainda
mais, a variabilidade dos contaminantes aportados nos corpos de
água
INDICADORES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS
Torna-se praticamente impossível a determinação sistemática de
todos os poluentes que possam estar presentes nas águas
superficiais, em tempo relativamente curto...
CONTEXTO DA POLUIÇÃO DAS ÁGUAS:
Existem parâmetros de qualidade
de água, levando em conta
os poluentes mais representativos
Físicos
Químicos
Microbiológicos
Bioensaios ecotoxicológicos
Usados para a MONITORAÇÃO e FISCALIZAÇÃO ambiental com
base da legislação CONAMA nº 357, de 17 de março de 2005
 CETESB: Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
(Secretaria de Meio Ambiente de SP)
- http://www.cetesb.sp.gov.br/
 IGAM: Instituto Mineiro de Gestão das Águas
- http://www.igam.mg.gov.br/
INDICADORES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS
Parâmetros de qualidade  Indicadores de qualidade das águas
Os parâmetros de qualidade
PARÂMETROS FÍSICOS
Temperatura, condutividade elétrica, sólidos, cor e turbidez
Temperatura
- Solubilidade de gases como o O2
O aumento da T diminui - Favorece processos aeróbicos
 mau cheiro (produtos de degradação)
INDICADORES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS
PARÂMETROS FÍSICOS DE QUALIDADE
Temperatura, condutividade elétrica, sólidos, cor e turbidez
Condutividade elétrica
É ocasianada pelas substâncias dissolvidas que se dissociam em
cátions e ânions e cuja dissolução também é função da temperatura
 Muitos sais encontrados nas águas são de origem antropogênica
- Descargas industriais
- Consumo de sal nas residências
- Excreções da população e animais
MONITORAÇÃO = IDENTIFICAR MODIFICAÇÕES NA COMPOSIÇÃO
PARÂMETROS FÍSICOS DE QUALIDADE
Temperatura, condutividade elétrica, sólidos, cor e turbidez
Sólidos
Correspondem a partículas diversas, sedimentáveis ou não e que
podem ser separadas por filtração
 Impurezas na água contribuem para o aumento na quantidade de
sólidos
A MEDIÇÃO DOS SÓLIDOS NÃO DISSOLVIDOS é o “peso” dos
sólidos filtráveis, expresso em mg/L
PARÂMETROS FÍSICOS DE QUALIDADE
Temperatura, condutividade elétrica, sólidos, cor e turbidez
Cor
NATURAL: teor de matéria orgânica decomposta e íons de Fe e Mn
ALTERADA: ações antropogênicas...
Turbidez
É uma medida que representa o quanto uma amostra de água
interfere na luz que passa por ela
 Águas turvas desfavorecem a fotossíntese de vegetações
submersas (menos vegetação  menos peixes)
PARÂMETROS QUÍMICOS
Alcalinidade, dureza, pH
Oxigênio dissolvido, demanda bioquímica de oxigênio (DBO), demanda
química de oxigênio (DQO)
Série de nitrogênio (orgânico, amoniacal, nitrato e nitrito)
Fósforo total
Surfactantes
Óleos e graxas
Cianetos
Fenóis e demais contaminantes orgânicos
Ânions (cloretos, sulfetos)
Íons metálicos (ferro, potássio, sódio, magnésio, manganês, alumínio,
zinco, bário, cádmio, níquel, chumbo, cobre, cromo (III), cromo (VI),
selênio, mercúrio), arsênio e boro
INDICADORES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS
PARÂMETROS QUÍMICOS
Alcalinidade, dureza, pH
- Relacionados com as espécies CO2, CO3
2-, Ca 2+, Mg 2+ e H+
(correlacionadas)
Águas mais alcalinas
 geralmente “dureza moderada” a “muito dura”
 pouca quantidade de íons H+
- Dureza pode ser expressa de várias formas
( dureza de cálcio, dureza de magnésio, dureza total ([Ca 2+] + [Mg2+])
- IMPORTÂNCIA desses parâmetros
 Seres vivos necessitam de água em pH próximo à neutralidade
 Tubulações de água (domésticas ou industriais) podem ser
entupidas (águas duras) ou ter elementos metálicos lixiviados...
 Níveis fora dos padrões
Água com sabor desagradável e pode ter efeitos laxativos
PARÂMETROS QUÍMICOS
Alcalinidade, dureza, pH
INDICADORES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS
Dureza mg/L de CaCO3 Classificação da água
<15 muito branda
de 15 a 50 branda
de 50 a 100 moderadamente branda
de 100 a 200 dura
>200 muito dura
Ex de classificação da dureza total da água, expressa em quantidade de CaCO3
Oxigênio dissolvido, demanda bioquímica de oxigênio (DBO),
demanda química de oxigênio (DQO)
- Expressam o teor de oxigênio dissolvido e indicam os tipos
possíveis de poluentes
- Demanda bioquímica de oxigênio
É a quantidade de oxigênio necessária para oxidar a matéria
orgânica por meio de processos bioquímicos, que podem ser
monitorados no laboratório”
- Demanda química de oxigênio
“É a quantidade de oxigênio necessária para oxidar a matéria orgânica
através de um agente químico”
Útil para detectar substâncias resistentes à degradação biológica
=> Os valores obtidos são geralmente maiores do que os da DBO e
podem ser conseguidos em menos tempo
- Série de nitrogênio (orgânico, amoniacal, nitrato e nitrito)
- Fósforo total: medida pouco seletiva (métodos espectroscópicos)
Teores relativamente altos de espécies desta classe indicam
poluição por efluentes industriais e/ou domésticos
 NH3 é geralmente encontrada em baixas concentrações
 APESAR DA TOXICIDADE, não é persistente
 Em concentrações baixas não causa danos aos seres
humanos mas pode ocasionar sufocamento de peixes
Surfactantes
 São os constituintes dos detergentes
i) aniônicos (R-SO3
-)Na+ i
i) catiônicos (RMe3-N+)Cl- i
ii) não iônicos
 Diminuem a tensão superficial da água
geram espuma e deixam a “sujeira” em suspensão
 inconvenientes estético e para a biota
Óleos e graxas
(parâmetro OG)
- Substâncias orgânicas pouco encontradas em águas superficiais
- MAS por serem pouco solúveis em água, dificultam tanto o tratamento de
efluentes (processos biológicos) como o da água de abastaecimento
Fenóis e demais contaminantes orgânicos
Ocorrem em consequência de despejos industriais
Além de afetarem o sabor dos peixes e da água, podem causar:
- lesões na pele
- indisposições físicas de diversos tipos
Toxicidade
depende da espécie
Ânions (cloretos, sulfetos)
- Constituem sais presentes na água
 Aumento na concentração
 poluição doméstica (Cl-) e industrial
Íons metálicos (Al, Sb, Ba, Be, Cd, Pb, Co, Cu, Cr, Fe, Li, Mn, Hg, Ni,
Ag, Se, U, V, Zn), arsênio e boro
- Fontes: despejo de efluentes e lixiviação de fertilizantes
- Toxidade: depende da espécie (especiação química)
PARÂMETROS MICROBIOLÓGICOS
 Coliformes fecais e totais
- Bactérias encontradas principalmente nos intestinos de
animais de “sangue quente”
 não representam, por si só, perigo à saúde
- Dentre as cepas: Escherichia coli é de origem fecal
 Estreptococos totais
- Bactérias patogênicas
- Classificadas em grupos (sinais clínicos e sintomas)
INDICADORES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS
Escherichia coli
BIOENSAIOS ECOTOXICOLÓGICOS (ENSAIOS DE TOXICIDADE)
Determinação do potencial tóxico de um agente químico ou de uma
mistura
 Efeito poluentes: resposta de organismos vivos
Método
 O crustácio Ceriodaphnia dubia é colocado em contato com
a água contendo as substâncias em avalição
 Os efeitos observados definem o grau da toxicidade:
- Aguda (0 a 96 horas)
 observação principal é o efeito morte
- Crônica (1/10 do ciclo vital até a totalidade da vida do
organismo)
 resposta causa mudanças comportamentais,
alterações fisiológicas, reprodutivas, etc
Para facilitar a interpretação das informações sobre a
qualidade da água de forma abrangente e útil, , a CETEB e o IGAM,
adaptaram e desenvolveram o Índice de Qualidade das Águas - IQA
O IQA incorpora nove parâmetros considerados relevantes
para a avaliação da qualidade das águas:
- Oxigênio dissolvido
- Coliformes fecais
- pH
- Demanda bioquímica de oxigênio
- Nitratos
- Fosfatos
- Variação na temperatura
- Turbidez
- Resíduos totais
INDICADORES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS
Cálculo do IQA e aplicação
Utilizado para avaliar águas destinadas ao abastecimento público
 Produto ponderado de parâmetros de qualidade
 Variando de 0 a 100
INDICADORES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS
IQA =  qi wi
9
i=1
qi  qualidade do parâmetro i
obtido através da curva média específica de qualidade (parâmetro
gráfico) usado como referência
wi  peso atribuído ao parâmetro
função de sua importância na qualidade, em função de uma tabela
Parâmetro Peso - wi
Oxigênio Dissolvido – OD (%OD Sat) 0,17
Coliformes fecais (NMP/100mL) 0,15
pH 0,12
Demanda Bioquímica de Oxigênio – DBO (mg/L) 0,10
Nitratos (mg/L NO3) 0,10
Fosfatos (mg/L PO4) 0,10
Variação na temperatura (0C) 0,10
Turbidez (NTU) 0,08
Resíduos Totais (mg/L) 0,08
Cálculo do IQA – “pesos” dos parâmetros
INDICADORES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS
Cálculo do IQA – “qualidade” dos parâmetros
Exemplo:
INDICADORES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS
Nível de
Qualidade
Faixa
Excelente 90 < IQA  100
Bom 70 < IQA  90
Médio 50 < IQA  70
Ruim 25 < IQA  50
Muito Ruim 0 < IQA  25
 O IQA reflete a interferência por esgotos sanitários e outros
materiais orgânicos, nutrientes e sólidos
INDICADORES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS
Valores de referência do IQA
Sendo a poluição das águas um fato “real”,
Necessidade de tratamento de águas e efluentes – causa histórica
O aumento da população e o desenvolvimento industrial
 Poluem a água usada no abastecimento
 geram efluentes domésticos e industriais
- Também poluem a água e o solo ...
Existem PROCESSOS físicos, químicos e biológicos para tratar
ÁGUAS POLUÍDAS
 Águas usadas para abastecimento
 Efluentes
INTRODUÇÃO
A ÁGUA usada para ABASTECIMENTO
 A água para essa finalidade sempre deve ser tratada ?
 FONTES potáveis:
Processo de desinfecção
 FONTES não potáveis:
Estação de Tratamento de Água (ETA)
FONTES de água para abastecimento
 Águas superficiais (geralmente menos “puras”)
Expostas continuamente a vários tipos de poluentes
 Águas subterrâneas
FIGURA: http://www.grupoescolar.com/a/b/FA37F.jpg, acessada 10-06-13
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DA ÁGUA (ETA)
PROCESSO REALIZADO EM ETAPAS
1º- Coagulação/floculação
2º- Decantação
3º- Filtração
4º- Desinfecção
Estas operações têm como principais objetivos:
- A remoção de material particulado, bactérias e algas
- Remoção da matéria orgânica dissolvida que confere cor à água
-.Remoção ou destruição de organismos patogênicos tais como
bactérias e vírus
Estas operações podem sofrer variações dependendo da fonte de
água e dos padrões de qualidade a serem alcançados
A ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DA ÁGUA
Esquema simplificado de uma ETA *
(Linha líquida)
A ETA também tem uma estação de tratamento de sólidos (Linha sólida)
São tratados os resíduos gerados na Linha líquida
(*) http://www.aguasdesantoandre.pt/layout.asp?area=9&subarea=25, acessado dia 05-06-13
AS ETAPAS DO TRATAMENTO DA ÁGUA
1- Captação
A água que chega à Estação de Tratamento de Água é captada diretamente nos
rios (águas superficiais) ou no subsolo (águas subterrâneas)
 LINHA LÍQUIDA
2- Gradagem
São retirados da água os resíduos de maior dimensão como folhas, ramos,
embalagens, etc., que ficam retidos em grades por onde a água é forçada a passar
 PROCESSOS DE CLARIFICAÇÃO
3- Floculação/ coagulação
São formados “flocos” com as susbtâncias dispersas e um reagente floculante:
os contaminantes co-precipitam com o Al(OH)3, p. ex., na etapa de Decantação
 melhora os índices de turbidez (partículas > 10-4 mm), cor e sabor (partículas
menores que 10-4 mm)
AS ETAPAS DO TRATAMENTO DA ÁGUA
Floculação/ coagulação
São formados “flocos” com as susbtâncias dispersas e um reagente floculante:
os contaminantes co-precipitam com o Al(OH)3, p. exx., na etapa de Decantação
 melhora os índices de turbidez (partículas > 10-4 mm), cor e sabor (partículas
menores que 10-4 mm)
- Uso de agentes “floculantes”: Al2(SO4)3 , sais de ferro e polímeros
orgânicos
Necessidade de remoção de Mg2+: Al2 (SO4)3 + NaAlO2
Ex de reação em água levemente alcalina:
Al2(SO4)3 14,3 H2O + 3Ca(HCO3)2  2 Al(OH)3 + 3CaSO4 + 6CO2 + 14,3H2O
 ANÁLISES PRÉVIAS são importantes para ajustar o pH , quando necessário
Água superficial sendo tratada em
uma ETA, após a adição de um agente
floculante
AS ETAPAS DO TRATAMENTO DA ÁGUA
Esta etapa é realizada em câmaras (floculadores) onde água é levemente
agitada, facilitando a aglutinação de impurezas
 Parte da purificação da água ocorre por meio de um processo de
“transferência de fase”
AS ETAPAS DO TRATAMENTO DA ÁGUA
4- Decantação
É um processo de separação física das partículas em suspensão,
clarificando a água e reduzindo em grande porcentagem as impurezas
 As partículas decantadas, mais “pesadas” que a água, ficam
depositadas no fundo do decantador
 Processo que dura, em média, 3 h
5- Filtração
A água passa por filtros de areia e/ou carvão ativado, nos quais ficam
retidas as partículas pequenas (não decantadas) e uma infinidade de
substâncias solúveis (adsorção no carvão)  melhora características como odor
e sabor
 PROCESSOS DE DESINFECÇÃO
AS ETAPAS DO TRATAMENTO DA ÁGUA
6- Desinfeção (geralmente cloração ou ozonização ou radiação UV)
É a eliminação de microorganismos não retidos nas etapas anteriores
 Adição de “cloro” (gás ou solução de hipoclorito)
 Fluoretação: adição de “flúor”
(fluorsilicato de sódio ou ácido fluorsilícico)
 ANÁLISES DE CONTROLE
ETAPA FINAL: análises físico-químicas e microbiológicas para
atestar a qualidade da água (Portaria número 518 do Ministério da Saúde, de
25 de março de 2004)
ARMAZENAGEM
DISTRIBUIÇÃO PARA AS RESIDÊNCIAS
(podem ocorrer contaminações)
 Ficam resíduos (tanque decantação):
tratamento da Linha SÓLIDA
Desidratação de Lamas
“Sobram” resíduos provenientes dos processos de clarificação: lamas
 São encaminhadas para a desidratação (estabilização química) e
estabilização microbiológica devido à grande quantidade de água
- A desidratação (secagem) pode ser feita de várias formas:
evaporação em leitos, uso de filtros (tipo prensa), etc
- A lama tratada é transportada para um destino final adequado, sendo possível
o seu aproveitamento como adubo orgânico:
Composição, em % média, de lamas de ETAs após tratamento
AS ETAPAS DO TRATAMENTO DA ÁGUA
CONSIDERAÇÕES SOBRE O TRATAMENTO DA ÁGUA
(DESINFECÇÃO)
 A desinfecção ocorre para assegurar que a água esteja livre de
microorganismos patogênicos
 Os processos utilizados tem vantagens e desvantagens !
A cloração é o método de desinfecção mais comumente utilizado
na maioria dos países
Quantidades suficientes de “cloro” são adicionadas
à água visando destruir ou inativar os organismos alvo
É um método confiável, de relativo baixo custo, simplicidade
operacional e cujo excesso, no tratamento, favorece a biosegurança no
armazenamento e transporte da água tratada
Reações químicas:
O gás cloro reage quase completamente com a água formando o
ácido hipocloroso:
Cl2 + H2O HOCl + H+ + Cl-
Em pH mais alcalinos, o ácido hipocloroso se dissocia, gerando os
íons H+ e OCl-:
HOCl H+ + OCl-
ESPÉCIES BACTERICIDAS DE “CLORO LIVRE”
O Cl2 reage também com outras espécies presentes na
água, antes de se converter em HOCl ou OCl-
CONSIDERAÇÕES SOBRE O TRATAMENTO DA ÁGUA:
DESINFECÇÃO COM CLORO
“Problema”: o cloro reage com substâncias orgânicas presentes
na água produzindo trialometanos (THM): CHX3 (X = cloro, bromo ou
uma combinação de ambos)
 Problemas da desinfecção com cloro
 O composto de maior preocupação é o CHCl3: clorofórmio
Produto da reação do HOCl reage com matéria orgânica
 Os THM não são removidos da água através do tratamento
convencional
 Deve-se assegurar que a matéria orgânica esteja ausente
da água que vai ser submetida à cloração !
O risco de contrair doenças causadas por esses compostos é menor do
que o de contrair doenças por organismos patogênicos !
CONSIDERAÇÕES SOBRE O TRATAMENTO DA ÁGUA:
DESINFECÇÃO COM CLORO
Se a água contém fenol ou um derivado, o cloro substitui facilmente os
átomos de hidrogênio do anel para dar lugar a fenóis clorados que além
do gosto e odor ofensivos, são tóxicos
Troca-se o cloro por dióxido de cloro quando o suprimento de
água bruta está contaminado temporariamente com fenóis, sendo
usando especialmente nos EUA e Europa
ENTRETANTO, o uso do ClO2
.
não é uma cloração
propriamente
Reação de obtenção
Obtenção a partir de clorito: ClO2
- ClO2
.
+ e- (realizada in situ)
oxidação
 Outro problema da desinfecção com cloro
CONSIDERAÇÕES SOBRE O TRATAMENTO DA ÁGUA:
DESINFECÇÃO COM CLORO E DIÓXIDO DE CLORO
Vantagens na utilização de dióxido de cloro
O dióxido de cloro não é um agente de cloração: geralmente não
introduz átomos de cloro nas substâncias com as quais reage
Oxida a matéria orgânica formando quantidades muito menores
de subprodutos orgânicos tóxicos que quando é usado cloro molecular
CONSIDERAÇÕES SOBRE O TRATAMENTO DA ÁGUA:
DESINFECÇÃO COM CLORO E DIÓXIDO DE CLORO
Desvantagens na utilização de dióxido de cloro
 Assim como o ozônio, não pode ser estocado (explosivo) sendo gerado
in situ
 “Pequenas” frações de dióxido de cloro são convertidas em íons ClO2
-
e ClO3
- cuja presença RESIDUAL na água final pode causar problemas
de saúde
REFERÊNCIAS CONSULTADAS
1 – BAIRD, C., Química Ambiental, Bookman, 2002, p. 483-524.
2 - http://www.igam.mg.gov.br (Qualidade das Águas Superficiais do Estado de Minas
Gerais em 2004: Superficiais na Bacia do Rio Jequitinhonha em 2004. Belo Horizonte:
IGAM Monitoramento das Águas, 2004, 116p).
3- Manual de Procedimentos e Técnicas Laboratoriais Voltado para Análises de Águas e
Esgotos Sanitário e Industrial. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, 2004.
4- http://www.emite.com.br/orbeco/611_a.html, acessado em 30-05-13.
5- http://www.quimis.com.br/produtos.php?cat=5&sub=2&prod=21,
acessado em 30-05-13.
6- Nascentes, C. C.; Costa, L. M. Química Ambiental. UFMG, 2011.
7- http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/coliformes/coliformes.php,
acessado 02-06-13
8– Pita, F. A. G. Armazenamento e tratamento de resíduos. Vol. II – Tratamento de
Águas Residuais Domésticas, Universidade de Coimbra, 2002.
9- http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/01/aguas.pdf, acessado 13-11-12.
Coleta da Água
Bolsas térmicas com gel
Material para coleta de água: 2
tubos para centrífuga, unidades
filtrantes e seringa descartável sem
agulha
Amostras de água acondicionadas na
bandeja de isopor
Coleta da Água
Coleta da amostra de água
(observar a posição do filtro
entre a seringa e o tubo)
Coleta de amostra de água no rio
Número da amostra registrado
na tampa e no corpo do tubo
Coleta da Água
Uma sonda multiparametro que pode
registrar 13 parâmetros físico químicos de
Qualidade de agua até a cada 1 segundo.
Possui um sistema de monitoramento da
qualidade da água com precisão de
laboratório, para ser utilizado também em
campo.
Amostras acondicionadas
na bandeja dentro da
caixa de isopor com as
bolsas térmicas
Parâmetros Físicos
Turbidez: Grau de interferência com a
passagem da luz através da água,
conferindo uma aparência turva da
mesma, causada por sólidos em
suspensão.
Fonte Natural: partículas de rochas e
solo (argila, silte), algas e microrganismos.
Fonte Antropogênica: Resíduos
domésticos e industriais, microrganismos
e erosão.
Parâmetros Físicos
Importância Natural: sem
inconvenientes sanitários diretos.
Importância Industrial: Toxidez e
patogenicidade
Utilização: ETA
Parâmetros Físicos
 Unidades: uT ( Unid.Turbidez ou
nefelométrica)
Disco de Secchi:
analisa a transparência
da água
Turbidímetro digital:
analisa a turbidez em
água
Parâmetros Físicos
Temperatura da água: Medida de
intensidade de calor. Parâmetro que
influencia nas propriedades da água
(densidade, viscosidade, oxigênio
dissolvido e com os reflexos sobre vida
aquática).
 Fonte Natural: Radiação, condução e
convecção.
 Fonte Antropogênica: Torres de
resfriamento e despejos.
Parâmetros Físicos
Importância: Elevações de T. interferem:
Taxa de reações químicas,
solubilidade, transferência de gases.
 Utilização: Caracterização de águas.
Parâmetros Físicos
Unidades: oC (Grau cel
Os resultados devem ser analisados
em conjunto com outros parâmetros
Termômetro digital:
analisa a temperatura
da água.
Parâmetros Químicos
pH: concentração de íons H+.
Indicando meio ácido, alcalino ou
neutro (0-14) por sólidos dissolvidos ou
gases.
 Fonte Natural: rochas, atmosfera,
matéria orgânica e fotossíntese.
 Fonte Antropogênica: Esgoto
domésticos e industriais.
Parâmetros Químicos
Importância: afeta tratamento águas,
metabolismo de microrganismos e
portanto, a velocidade de degradação
da matéria orgânica.
Utilização: ETA
Parâmetros Químicos
Unidades: 0 a 14 (Escala Sorensen)
pHmetro
digital
Qualquer valor distante da neutralidade
causa problemas bióticos.
pHmetro de
fita
Parâmetros Químicos
Unidades: 0 a 14 (Escala Sorensen)
Parâmetros Químicos
Oxigênio Dissolvido (OD) : O teor de
oxigênio dissolvido indica poluição por
matéria orgânica. Água não poluída por
matéria orgânica é saturada de oxigênio,
por outro lado, baixo teor de OD pode
indicar que ouve uma intensa atividade
bacteriana decompondo matéria orgânica
lançada na água.
Fonte Natural: Ar, Fotossíntese.
 Fonte Antropogênica: Aeração artificial.
Parâmetros Químicos
Importância: Manutenção da microbiota
aquática.
Utilização: Controle operacional, oxidação
(Fe Mn).
Unidades: mg/l.
Multiparâmetr
os
Parâmetros Químicos
distância
OD
Matéria
orgânica ?
Parâmetros Químicos
Demanda Bioquímica de Oxigênio
Dissolvido (DBO) : É a demanda de
oxigênio de microrganismos aeróbios para
consumirem a matéria orgânica
introduzida na água. A determinação da
DBO é feita observando-se o oxigênio
consumindo em amostras do líquido.
Fonte Natural: Biomassa vegetal e animal.
 Fonte Antropogênica: Aeração artificial.
Parâmetros Químicos
 Importância: Consumo de OD e vida
aquática aeróbia
Utilização: Caracterização de corpos
d’água, captação e abastecimento, Principal
indicador de contato de esgotos.
Unidades: mg/l
Multiparâmetr
os
Parâmetros Químicos
- DBO Demanda Bioquímica de Oxigênio
(Fração Orgânica Biodegradável)
Exemplo:
(CHO) + O2 CO2 + H20
DBO 5
20
=
7 - 3 = 4,0 mg/l
Para esgotos, deve-se fazer a diluição da amostra.
Por exemplo, na diluição 1:100 o resultado acima da
amostra de esgoto geraria um valor de OD = 400 mg/l
Parâmetros Químicos
Nitrogênio total (N) : (Nitrogênio
orgânico – amoniacal – nitritos –
nitratos), o nitrogênio permite avaliar
o grau e a distância de uma fonte
poluidora por meio da quantidade e
forma de apresentação dos derivados
nitrogenados.
Origem Natural: Matéria Orgânica,
Clorofila e proteína.
Antropogênica: Esgotos e fertilizantes.
Parâmetros Químicos
 Importância: Eutrofização, consumo
de O2, doenças e toxicidade.
 Utilização: Aguas de abastecimento
brutas e tratadas.
 Unidades: mg/l.
Parâmetros Químicos
Fósforo total (P) : (ortofosfatos,
polifosfatos, fósforos orgânico).
Importante nutriente para os processos
biológicos e seu excesso pode causar a
eutrofização das águas. Os ortofosfatos
estão disponíveis para metabolismo
biológico, sem necessidade de conversões
a formas simples. O fósforo orgânico e os
polifostafos, transformam-se em
ortofosfatos nos tratamentos de
esgotos e nos corpos d`água receptores.
Parâmetros Químicos
 Fonte Natural: Rochas, solo.
 Fonte Antropogênica: Esgotos e
fertilizantes.
 Importância: Eutrofização dos corpos
água.
 Utilização: Aguas de abastecimento
brutas e tratadas, Caracterização de
corpos d’água
 Unidades: mg/l
Parâmetros Químicos
Parâmetros Químicos
Resíduo total: O resíduo total é a
matéria que permanece após a
evaporação, secagem ou calcinação da
amostra de água durante um determinado
tempo e temperatura, representando a
matéria inorgânica ou mineral da amostra.
Parâmetros Químicos
Dimensões das Partículas Presentes nas Águas Naturais
1.E-04 1.E-03 1.E-02 1.E-01 1.E+00 1.E+01 1.E+02 1.E+03 1.E+04 1.E+05
Diâmetros (micrômetros)
Moléculas
Colóides
Partículas suspensas/Flocos
Bactérias
Algas
Protozoários
Vírus
Interstícios de leitos de areia
Poros de papel de filtro
Poros de membrana
Poros de carbono ativado
Areia
Parâmetros Biológicos
Coliformes totais (CT): grupo dos
microrganismos que fermentam lactose
com produção de gás 33-37ºC. Os
microrganismos estão relacionados a
disponibilidade de matéria orgânica,
pois se reproduzem normalmente no
ambiente.
Parâmetros Biológicos
Coliformes totais (CT):
Shigella dysenteriae
bactéria patogênica bacilar altamente
contagiosa que pode causar disenteria
bacteriana.
Salmonella sp.
Grupo de bactérias que podem
causar febre tifoide dentre outras
doenças.
Parâmetros Biológicos
Coliformes Fecais ou termotolerantes
(CT ou Cterm): grupo dos
microrganismos que fermentam lactose
com produção de gás 44-46º C. Podem
estar presentes em fezes, mas
ocorrem em solos, plantas e ambientes
que não tenham sido contaminados por
material fecal.
Parâmetros Biológicos
Coliformes Fecais ou termotolerantes
(CT ou Cterm):
Klebsiella sp.
Grupo de bactérias que
provocam pneumonias,
infecções no trato urinário.
Citrobacter sp.
Grupo de bactérias que
responsáveis por meningites
neonatais.
Parâmetros Biológicos
Escherichia coli (E. coli): Vivem
exclusivamente no trato digestório do
ser humano e outros animais
homeotérmicos, onde ocorre em
densidades elevadas.
Parâmetros Biológicos
Teste de P/A: Presença ou ausência
Parâmetros Biológicos
Teste quantitativo: Amostragem.
Parâmetros Biológicos
Cianobactérias: microorganismos
procarióticos autotróficos, também
denominados como cianofíceas (algas
azuis) capazes de ocorrer em
qualquer manancial superficial
especialmente naqueles com elevados
níveis de nutrientes (nitrogênio e
fósforo), podendo produzir toxinas
com efeitos adversos a saúde.
Parâmetros Biológicos
Cianobactérias – Grupo 1: Unicelular, com
células cilíndricas ou ovóide ou esféricas.
Reprodução por fissão binária.
Gloeocapsa sp. Gloeothece sp. Gloeobacter sp.
Parâmetros Biológicos
Cianobactérias – Grupo 1: Unicelular, com
células cilíndricas ou ovóide ou esféricas.
Reprodução por fissão binária.
Synechocystis sp. Synechococus sp. Microcystis sp.
Parâmetros Biológicos
Cianobactérias – Grupo 2: Unicelular que
se multiplica por fissão multipla.
Dermocarpa sp. Dermocarpella sp. Choococcidiopsis sp.
Parâmetros Biológicos
Cianobactérias – Grupo 2: Unicelular que
se multiplica por fissão multipla.
Xenococcus sp. Myxosarcina sp.
Parâmetros Biológicos
Cianobactérias – Grupo 3: Filamentosa,
sem a formação de heterocistos e um só
plano de divisão.
Spirulina sp. Oscillatoria sp. Pseudoanabaena sp.
Parâmetros Biológicos
Cianobactérias – Grupo 4: Filamentosa,
com heterocistos e com só um plano de
divisão.
Anabaena sp. Cylindrospermum sp. Scytonema sp.
Parâmetros Biológicos
Cianobactérias – Grupo 4: Filamentosa,
com heterocistos e com só um plano de
divisão.
Nodularia sp. Nostoc sp.
Parâmetros Biológicos
Cianobactérias – Grupo 5: Filamentosa,
com heterocistos e com mais de um plano de
divisão.
Chlorogloeopis sp. Fischerella sp. Stigonema sp.
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Qualidade da Água e seus Indicadores

  • 1. Qualidade de Água Prof. Eudes José Arantes Departamento Acadêmico de Ambiental Reúso da Água e Efluentes - Parâmetros de qualidade das águas - Purificação de águas poluídas (Tratamento de água)
  • 2.  Química Ambiental - contexto multidisciplinar - Relação entre poluição e desenvolvimento sócio-econômico - Química analítica é uma ferramenta importante para a monitoração ambiental  Técnicas instrumentais devem ser preferidas  Características das águas naturais (que não são puras) - A água é um bem natural de alto valor agregado - Vários exemplos de substâncias tóxicas na água - Os diferentes processos químicos aquáticos podem ser influenciados pela poluição ambiental
  • 3. O aporte de substâncias nos mananciais  Origina-se de várias FONTES: - Efluentes domésticos e industriais - Escoamentos superficial urbano e agrícola  DEPENDE do tipo de uso e ocupação do solo Cada uma dessas FONTES possui características próprias quanto aos poluentes que transportam, como: - Contaminantes orgânicos (que deveriam ser biodegradáveis) - Nutrientes (que podem causar eutrofiação) - Bactérias ... INDICADORES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS CONTEXTO:
  • 4. Mesmo separando os poluentes em grupos, a diversidade das indústrias existentes aumenta, ainda mais, a variabilidade dos contaminantes aportados nos corpos de água INDICADORES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS Torna-se praticamente impossível a determinação sistemática de todos os poluentes que possam estar presentes nas águas superficiais, em tempo relativamente curto... CONTEXTO DA POLUIÇÃO DAS ÁGUAS: Existem parâmetros de qualidade de água, levando em conta os poluentes mais representativos Físicos Químicos Microbiológicos Bioensaios ecotoxicológicos
  • 5. Usados para a MONITORAÇÃO e FISCALIZAÇÃO ambiental com base da legislação CONAMA nº 357, de 17 de março de 2005  CETESB: Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Secretaria de Meio Ambiente de SP) - http://www.cetesb.sp.gov.br/  IGAM: Instituto Mineiro de Gestão das Águas - http://www.igam.mg.gov.br/ INDICADORES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS Parâmetros de qualidade  Indicadores de qualidade das águas
  • 6. Os parâmetros de qualidade PARÂMETROS FÍSICOS Temperatura, condutividade elétrica, sólidos, cor e turbidez Temperatura - Solubilidade de gases como o O2 O aumento da T diminui - Favorece processos aeróbicos  mau cheiro (produtos de degradação) INDICADORES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS
  • 7. PARÂMETROS FÍSICOS DE QUALIDADE Temperatura, condutividade elétrica, sólidos, cor e turbidez Condutividade elétrica É ocasianada pelas substâncias dissolvidas que se dissociam em cátions e ânions e cuja dissolução também é função da temperatura  Muitos sais encontrados nas águas são de origem antropogênica - Descargas industriais - Consumo de sal nas residências - Excreções da população e animais MONITORAÇÃO = IDENTIFICAR MODIFICAÇÕES NA COMPOSIÇÃO
  • 8. PARÂMETROS FÍSICOS DE QUALIDADE Temperatura, condutividade elétrica, sólidos, cor e turbidez Sólidos Correspondem a partículas diversas, sedimentáveis ou não e que podem ser separadas por filtração  Impurezas na água contribuem para o aumento na quantidade de sólidos A MEDIÇÃO DOS SÓLIDOS NÃO DISSOLVIDOS é o “peso” dos sólidos filtráveis, expresso em mg/L
  • 9. PARÂMETROS FÍSICOS DE QUALIDADE Temperatura, condutividade elétrica, sólidos, cor e turbidez Cor NATURAL: teor de matéria orgânica decomposta e íons de Fe e Mn ALTERADA: ações antropogênicas... Turbidez É uma medida que representa o quanto uma amostra de água interfere na luz que passa por ela  Águas turvas desfavorecem a fotossíntese de vegetações submersas (menos vegetação  menos peixes)
  • 10. PARÂMETROS QUÍMICOS Alcalinidade, dureza, pH Oxigênio dissolvido, demanda bioquímica de oxigênio (DBO), demanda química de oxigênio (DQO) Série de nitrogênio (orgânico, amoniacal, nitrato e nitrito) Fósforo total Surfactantes Óleos e graxas Cianetos Fenóis e demais contaminantes orgânicos Ânions (cloretos, sulfetos) Íons metálicos (ferro, potássio, sódio, magnésio, manganês, alumínio, zinco, bário, cádmio, níquel, chumbo, cobre, cromo (III), cromo (VI), selênio, mercúrio), arsênio e boro INDICADORES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS
  • 11. PARÂMETROS QUÍMICOS Alcalinidade, dureza, pH - Relacionados com as espécies CO2, CO3 2-, Ca 2+, Mg 2+ e H+ (correlacionadas) Águas mais alcalinas  geralmente “dureza moderada” a “muito dura”  pouca quantidade de íons H+ - Dureza pode ser expressa de várias formas ( dureza de cálcio, dureza de magnésio, dureza total ([Ca 2+] + [Mg2+]) - IMPORTÂNCIA desses parâmetros  Seres vivos necessitam de água em pH próximo à neutralidade  Tubulações de água (domésticas ou industriais) podem ser entupidas (águas duras) ou ter elementos metálicos lixiviados...  Níveis fora dos padrões Água com sabor desagradável e pode ter efeitos laxativos
  • 12. PARÂMETROS QUÍMICOS Alcalinidade, dureza, pH INDICADORES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS Dureza mg/L de CaCO3 Classificação da água <15 muito branda de 15 a 50 branda de 50 a 100 moderadamente branda de 100 a 200 dura >200 muito dura Ex de classificação da dureza total da água, expressa em quantidade de CaCO3
  • 13. Oxigênio dissolvido, demanda bioquímica de oxigênio (DBO), demanda química de oxigênio (DQO) - Expressam o teor de oxigênio dissolvido e indicam os tipos possíveis de poluentes - Demanda bioquímica de oxigênio É a quantidade de oxigênio necessária para oxidar a matéria orgânica por meio de processos bioquímicos, que podem ser monitorados no laboratório” - Demanda química de oxigênio “É a quantidade de oxigênio necessária para oxidar a matéria orgânica através de um agente químico” Útil para detectar substâncias resistentes à degradação biológica => Os valores obtidos são geralmente maiores do que os da DBO e podem ser conseguidos em menos tempo
  • 14. - Série de nitrogênio (orgânico, amoniacal, nitrato e nitrito) - Fósforo total: medida pouco seletiva (métodos espectroscópicos) Teores relativamente altos de espécies desta classe indicam poluição por efluentes industriais e/ou domésticos  NH3 é geralmente encontrada em baixas concentrações  APESAR DA TOXICIDADE, não é persistente  Em concentrações baixas não causa danos aos seres humanos mas pode ocasionar sufocamento de peixes
  • 15. Surfactantes  São os constituintes dos detergentes i) aniônicos (R-SO3 -)Na+ i i) catiônicos (RMe3-N+)Cl- i ii) não iônicos  Diminuem a tensão superficial da água geram espuma e deixam a “sujeira” em suspensão  inconvenientes estético e para a biota Óleos e graxas (parâmetro OG) - Substâncias orgânicas pouco encontradas em águas superficiais - MAS por serem pouco solúveis em água, dificultam tanto o tratamento de efluentes (processos biológicos) como o da água de abastaecimento
  • 16. Fenóis e demais contaminantes orgânicos Ocorrem em consequência de despejos industriais Além de afetarem o sabor dos peixes e da água, podem causar: - lesões na pele - indisposições físicas de diversos tipos Toxicidade depende da espécie
  • 17. Ânions (cloretos, sulfetos) - Constituem sais presentes na água  Aumento na concentração  poluição doméstica (Cl-) e industrial Íons metálicos (Al, Sb, Ba, Be, Cd, Pb, Co, Cu, Cr, Fe, Li, Mn, Hg, Ni, Ag, Se, U, V, Zn), arsênio e boro - Fontes: despejo de efluentes e lixiviação de fertilizantes - Toxidade: depende da espécie (especiação química)
  • 18. PARÂMETROS MICROBIOLÓGICOS  Coliformes fecais e totais - Bactérias encontradas principalmente nos intestinos de animais de “sangue quente”  não representam, por si só, perigo à saúde - Dentre as cepas: Escherichia coli é de origem fecal  Estreptococos totais - Bactérias patogênicas - Classificadas em grupos (sinais clínicos e sintomas) INDICADORES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS Escherichia coli
  • 19. BIOENSAIOS ECOTOXICOLÓGICOS (ENSAIOS DE TOXICIDADE) Determinação do potencial tóxico de um agente químico ou de uma mistura  Efeito poluentes: resposta de organismos vivos Método  O crustácio Ceriodaphnia dubia é colocado em contato com a água contendo as substâncias em avalição  Os efeitos observados definem o grau da toxicidade: - Aguda (0 a 96 horas)  observação principal é o efeito morte - Crônica (1/10 do ciclo vital até a totalidade da vida do organismo)  resposta causa mudanças comportamentais, alterações fisiológicas, reprodutivas, etc
  • 20. Para facilitar a interpretação das informações sobre a qualidade da água de forma abrangente e útil, , a CETEB e o IGAM, adaptaram e desenvolveram o Índice de Qualidade das Águas - IQA O IQA incorpora nove parâmetros considerados relevantes para a avaliação da qualidade das águas: - Oxigênio dissolvido - Coliformes fecais - pH - Demanda bioquímica de oxigênio - Nitratos - Fosfatos - Variação na temperatura - Turbidez - Resíduos totais INDICADORES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS
  • 21. Cálculo do IQA e aplicação Utilizado para avaliar águas destinadas ao abastecimento público  Produto ponderado de parâmetros de qualidade  Variando de 0 a 100 INDICADORES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS IQA =  qi wi 9 i=1 qi  qualidade do parâmetro i obtido através da curva média específica de qualidade (parâmetro gráfico) usado como referência wi  peso atribuído ao parâmetro função de sua importância na qualidade, em função de uma tabela
  • 22. Parâmetro Peso - wi Oxigênio Dissolvido – OD (%OD Sat) 0,17 Coliformes fecais (NMP/100mL) 0,15 pH 0,12 Demanda Bioquímica de Oxigênio – DBO (mg/L) 0,10 Nitratos (mg/L NO3) 0,10 Fosfatos (mg/L PO4) 0,10 Variação na temperatura (0C) 0,10 Turbidez (NTU) 0,08 Resíduos Totais (mg/L) 0,08 Cálculo do IQA – “pesos” dos parâmetros INDICADORES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS
  • 23. Cálculo do IQA – “qualidade” dos parâmetros Exemplo: INDICADORES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS
  • 24. Nível de Qualidade Faixa Excelente 90 < IQA  100 Bom 70 < IQA  90 Médio 50 < IQA  70 Ruim 25 < IQA  50 Muito Ruim 0 < IQA  25  O IQA reflete a interferência por esgotos sanitários e outros materiais orgânicos, nutrientes e sólidos INDICADORES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS Valores de referência do IQA
  • 25. Sendo a poluição das águas um fato “real”, Necessidade de tratamento de águas e efluentes – causa histórica O aumento da população e o desenvolvimento industrial  Poluem a água usada no abastecimento  geram efluentes domésticos e industriais - Também poluem a água e o solo ... Existem PROCESSOS físicos, químicos e biológicos para tratar ÁGUAS POLUÍDAS  Águas usadas para abastecimento  Efluentes
  • 26. INTRODUÇÃO A ÁGUA usada para ABASTECIMENTO  A água para essa finalidade sempre deve ser tratada ?  FONTES potáveis: Processo de desinfecção  FONTES não potáveis: Estação de Tratamento de Água (ETA) FONTES de água para abastecimento  Águas superficiais (geralmente menos “puras”) Expostas continuamente a vários tipos de poluentes  Águas subterrâneas FIGURA: http://www.grupoescolar.com/a/b/FA37F.jpg, acessada 10-06-13
  • 27. ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DA ÁGUA (ETA) PROCESSO REALIZADO EM ETAPAS 1º- Coagulação/floculação 2º- Decantação 3º- Filtração 4º- Desinfecção Estas operações têm como principais objetivos: - A remoção de material particulado, bactérias e algas - Remoção da matéria orgânica dissolvida que confere cor à água -.Remoção ou destruição de organismos patogênicos tais como bactérias e vírus Estas operações podem sofrer variações dependendo da fonte de água e dos padrões de qualidade a serem alcançados
  • 28. A ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DA ÁGUA Esquema simplificado de uma ETA * (Linha líquida) A ETA também tem uma estação de tratamento de sólidos (Linha sólida) São tratados os resíduos gerados na Linha líquida (*) http://www.aguasdesantoandre.pt/layout.asp?area=9&subarea=25, acessado dia 05-06-13
  • 29. AS ETAPAS DO TRATAMENTO DA ÁGUA 1- Captação A água que chega à Estação de Tratamento de Água é captada diretamente nos rios (águas superficiais) ou no subsolo (águas subterrâneas)  LINHA LÍQUIDA 2- Gradagem São retirados da água os resíduos de maior dimensão como folhas, ramos, embalagens, etc., que ficam retidos em grades por onde a água é forçada a passar  PROCESSOS DE CLARIFICAÇÃO 3- Floculação/ coagulação São formados “flocos” com as susbtâncias dispersas e um reagente floculante: os contaminantes co-precipitam com o Al(OH)3, p. ex., na etapa de Decantação  melhora os índices de turbidez (partículas > 10-4 mm), cor e sabor (partículas menores que 10-4 mm)
  • 30. AS ETAPAS DO TRATAMENTO DA ÁGUA Floculação/ coagulação São formados “flocos” com as susbtâncias dispersas e um reagente floculante: os contaminantes co-precipitam com o Al(OH)3, p. exx., na etapa de Decantação  melhora os índices de turbidez (partículas > 10-4 mm), cor e sabor (partículas menores que 10-4 mm) - Uso de agentes “floculantes”: Al2(SO4)3 , sais de ferro e polímeros orgânicos Necessidade de remoção de Mg2+: Al2 (SO4)3 + NaAlO2 Ex de reação em água levemente alcalina: Al2(SO4)3 14,3 H2O + 3Ca(HCO3)2  2 Al(OH)3 + 3CaSO4 + 6CO2 + 14,3H2O  ANÁLISES PRÉVIAS são importantes para ajustar o pH , quando necessário
  • 31. Água superficial sendo tratada em uma ETA, após a adição de um agente floculante AS ETAPAS DO TRATAMENTO DA ÁGUA Esta etapa é realizada em câmaras (floculadores) onde água é levemente agitada, facilitando a aglutinação de impurezas  Parte da purificação da água ocorre por meio de um processo de “transferência de fase”
  • 32. AS ETAPAS DO TRATAMENTO DA ÁGUA 4- Decantação É um processo de separação física das partículas em suspensão, clarificando a água e reduzindo em grande porcentagem as impurezas  As partículas decantadas, mais “pesadas” que a água, ficam depositadas no fundo do decantador  Processo que dura, em média, 3 h 5- Filtração A água passa por filtros de areia e/ou carvão ativado, nos quais ficam retidas as partículas pequenas (não decantadas) e uma infinidade de substâncias solúveis (adsorção no carvão)  melhora características como odor e sabor  PROCESSOS DE DESINFECÇÃO
  • 33. AS ETAPAS DO TRATAMENTO DA ÁGUA 6- Desinfeção (geralmente cloração ou ozonização ou radiação UV) É a eliminação de microorganismos não retidos nas etapas anteriores  Adição de “cloro” (gás ou solução de hipoclorito)  Fluoretação: adição de “flúor” (fluorsilicato de sódio ou ácido fluorsilícico)  ANÁLISES DE CONTROLE ETAPA FINAL: análises físico-químicas e microbiológicas para atestar a qualidade da água (Portaria número 518 do Ministério da Saúde, de 25 de março de 2004) ARMAZENAGEM DISTRIBUIÇÃO PARA AS RESIDÊNCIAS (podem ocorrer contaminações)
  • 34.  Ficam resíduos (tanque decantação): tratamento da Linha SÓLIDA Desidratação de Lamas “Sobram” resíduos provenientes dos processos de clarificação: lamas  São encaminhadas para a desidratação (estabilização química) e estabilização microbiológica devido à grande quantidade de água - A desidratação (secagem) pode ser feita de várias formas: evaporação em leitos, uso de filtros (tipo prensa), etc - A lama tratada é transportada para um destino final adequado, sendo possível o seu aproveitamento como adubo orgânico: Composição, em % média, de lamas de ETAs após tratamento AS ETAPAS DO TRATAMENTO DA ÁGUA
  • 35. CONSIDERAÇÕES SOBRE O TRATAMENTO DA ÁGUA (DESINFECÇÃO)  A desinfecção ocorre para assegurar que a água esteja livre de microorganismos patogênicos  Os processos utilizados tem vantagens e desvantagens ! A cloração é o método de desinfecção mais comumente utilizado na maioria dos países Quantidades suficientes de “cloro” são adicionadas à água visando destruir ou inativar os organismos alvo É um método confiável, de relativo baixo custo, simplicidade operacional e cujo excesso, no tratamento, favorece a biosegurança no armazenamento e transporte da água tratada
  • 36. Reações químicas: O gás cloro reage quase completamente com a água formando o ácido hipocloroso: Cl2 + H2O HOCl + H+ + Cl- Em pH mais alcalinos, o ácido hipocloroso se dissocia, gerando os íons H+ e OCl-: HOCl H+ + OCl- ESPÉCIES BACTERICIDAS DE “CLORO LIVRE” O Cl2 reage também com outras espécies presentes na água, antes de se converter em HOCl ou OCl- CONSIDERAÇÕES SOBRE O TRATAMENTO DA ÁGUA: DESINFECÇÃO COM CLORO “Problema”: o cloro reage com substâncias orgânicas presentes na água produzindo trialometanos (THM): CHX3 (X = cloro, bromo ou uma combinação de ambos)
  • 37.  Problemas da desinfecção com cloro  O composto de maior preocupação é o CHCl3: clorofórmio Produto da reação do HOCl reage com matéria orgânica  Os THM não são removidos da água através do tratamento convencional  Deve-se assegurar que a matéria orgânica esteja ausente da água que vai ser submetida à cloração ! O risco de contrair doenças causadas por esses compostos é menor do que o de contrair doenças por organismos patogênicos ! CONSIDERAÇÕES SOBRE O TRATAMENTO DA ÁGUA: DESINFECÇÃO COM CLORO
  • 38. Se a água contém fenol ou um derivado, o cloro substitui facilmente os átomos de hidrogênio do anel para dar lugar a fenóis clorados que além do gosto e odor ofensivos, são tóxicos Troca-se o cloro por dióxido de cloro quando o suprimento de água bruta está contaminado temporariamente com fenóis, sendo usando especialmente nos EUA e Europa ENTRETANTO, o uso do ClO2 . não é uma cloração propriamente Reação de obtenção Obtenção a partir de clorito: ClO2 - ClO2 . + e- (realizada in situ) oxidação  Outro problema da desinfecção com cloro CONSIDERAÇÕES SOBRE O TRATAMENTO DA ÁGUA: DESINFECÇÃO COM CLORO E DIÓXIDO DE CLORO
  • 39. Vantagens na utilização de dióxido de cloro O dióxido de cloro não é um agente de cloração: geralmente não introduz átomos de cloro nas substâncias com as quais reage Oxida a matéria orgânica formando quantidades muito menores de subprodutos orgânicos tóxicos que quando é usado cloro molecular CONSIDERAÇÕES SOBRE O TRATAMENTO DA ÁGUA: DESINFECÇÃO COM CLORO E DIÓXIDO DE CLORO Desvantagens na utilização de dióxido de cloro  Assim como o ozônio, não pode ser estocado (explosivo) sendo gerado in situ  “Pequenas” frações de dióxido de cloro são convertidas em íons ClO2 - e ClO3 - cuja presença RESIDUAL na água final pode causar problemas de saúde
  • 40. REFERÊNCIAS CONSULTADAS 1 – BAIRD, C., Química Ambiental, Bookman, 2002, p. 483-524. 2 - http://www.igam.mg.gov.br (Qualidade das Águas Superficiais do Estado de Minas Gerais em 2004: Superficiais na Bacia do Rio Jequitinhonha em 2004. Belo Horizonte: IGAM Monitoramento das Águas, 2004, 116p). 3- Manual de Procedimentos e Técnicas Laboratoriais Voltado para Análises de Águas e Esgotos Sanitário e Industrial. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, 2004. 4- http://www.emite.com.br/orbeco/611_a.html, acessado em 30-05-13. 5- http://www.quimis.com.br/produtos.php?cat=5&sub=2&prod=21, acessado em 30-05-13. 6- Nascentes, C. C.; Costa, L. M. Química Ambiental. UFMG, 2011. 7- http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/coliformes/coliformes.php, acessado 02-06-13 8– Pita, F. A. G. Armazenamento e tratamento de resíduos. Vol. II – Tratamento de Águas Residuais Domésticas, Universidade de Coimbra, 2002. 9- http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/01/aguas.pdf, acessado 13-11-12.
  • 41. Coleta da Água Bolsas térmicas com gel Material para coleta de água: 2 tubos para centrífuga, unidades filtrantes e seringa descartável sem agulha Amostras de água acondicionadas na bandeja de isopor
  • 42. Coleta da Água Coleta da amostra de água (observar a posição do filtro entre a seringa e o tubo) Coleta de amostra de água no rio Número da amostra registrado na tampa e no corpo do tubo
  • 43. Coleta da Água Uma sonda multiparametro que pode registrar 13 parâmetros físico químicos de Qualidade de agua até a cada 1 segundo. Possui um sistema de monitoramento da qualidade da água com precisão de laboratório, para ser utilizado também em campo. Amostras acondicionadas na bandeja dentro da caixa de isopor com as bolsas térmicas
  • 44. Parâmetros Físicos Turbidez: Grau de interferência com a passagem da luz através da água, conferindo uma aparência turva da mesma, causada por sólidos em suspensão. Fonte Natural: partículas de rochas e solo (argila, silte), algas e microrganismos. Fonte Antropogênica: Resíduos domésticos e industriais, microrganismos e erosão.
  • 45. Parâmetros Físicos Importância Natural: sem inconvenientes sanitários diretos. Importância Industrial: Toxidez e patogenicidade Utilização: ETA
  • 46. Parâmetros Físicos  Unidades: uT ( Unid.Turbidez ou nefelométrica) Disco de Secchi: analisa a transparência da água Turbidímetro digital: analisa a turbidez em água
  • 47. Parâmetros Físicos Temperatura da água: Medida de intensidade de calor. Parâmetro que influencia nas propriedades da água (densidade, viscosidade, oxigênio dissolvido e com os reflexos sobre vida aquática).  Fonte Natural: Radiação, condução e convecção.  Fonte Antropogênica: Torres de resfriamento e despejos.
  • 48. Parâmetros Físicos Importância: Elevações de T. interferem: Taxa de reações químicas, solubilidade, transferência de gases.  Utilização: Caracterização de águas.
  • 49. Parâmetros Físicos Unidades: oC (Grau cel Os resultados devem ser analisados em conjunto com outros parâmetros Termômetro digital: analisa a temperatura da água.
  • 50. Parâmetros Químicos pH: concentração de íons H+. Indicando meio ácido, alcalino ou neutro (0-14) por sólidos dissolvidos ou gases.  Fonte Natural: rochas, atmosfera, matéria orgânica e fotossíntese.  Fonte Antropogênica: Esgoto domésticos e industriais.
  • 51. Parâmetros Químicos Importância: afeta tratamento águas, metabolismo de microrganismos e portanto, a velocidade de degradação da matéria orgânica. Utilização: ETA
  • 52. Parâmetros Químicos Unidades: 0 a 14 (Escala Sorensen) pHmetro digital Qualquer valor distante da neutralidade causa problemas bióticos. pHmetro de fita
  • 53. Parâmetros Químicos Unidades: 0 a 14 (Escala Sorensen)
  • 54. Parâmetros Químicos Oxigênio Dissolvido (OD) : O teor de oxigênio dissolvido indica poluição por matéria orgânica. Água não poluída por matéria orgânica é saturada de oxigênio, por outro lado, baixo teor de OD pode indicar que ouve uma intensa atividade bacteriana decompondo matéria orgânica lançada na água. Fonte Natural: Ar, Fotossíntese.  Fonte Antropogênica: Aeração artificial.
  • 55. Parâmetros Químicos Importância: Manutenção da microbiota aquática. Utilização: Controle operacional, oxidação (Fe Mn). Unidades: mg/l. Multiparâmetr os
  • 57. Parâmetros Químicos Demanda Bioquímica de Oxigênio Dissolvido (DBO) : É a demanda de oxigênio de microrganismos aeróbios para consumirem a matéria orgânica introduzida na água. A determinação da DBO é feita observando-se o oxigênio consumindo em amostras do líquido. Fonte Natural: Biomassa vegetal e animal.  Fonte Antropogênica: Aeração artificial.
  • 58. Parâmetros Químicos  Importância: Consumo de OD e vida aquática aeróbia Utilização: Caracterização de corpos d’água, captação e abastecimento, Principal indicador de contato de esgotos. Unidades: mg/l Multiparâmetr os
  • 59. Parâmetros Químicos - DBO Demanda Bioquímica de Oxigênio (Fração Orgânica Biodegradável) Exemplo: (CHO) + O2 CO2 + H20 DBO 5 20 = 7 - 3 = 4,0 mg/l Para esgotos, deve-se fazer a diluição da amostra. Por exemplo, na diluição 1:100 o resultado acima da amostra de esgoto geraria um valor de OD = 400 mg/l
  • 60. Parâmetros Químicos Nitrogênio total (N) : (Nitrogênio orgânico – amoniacal – nitritos – nitratos), o nitrogênio permite avaliar o grau e a distância de uma fonte poluidora por meio da quantidade e forma de apresentação dos derivados nitrogenados. Origem Natural: Matéria Orgânica, Clorofila e proteína. Antropogênica: Esgotos e fertilizantes.
  • 61. Parâmetros Químicos  Importância: Eutrofização, consumo de O2, doenças e toxicidade.  Utilização: Aguas de abastecimento brutas e tratadas.  Unidades: mg/l.
  • 62. Parâmetros Químicos Fósforo total (P) : (ortofosfatos, polifosfatos, fósforos orgânico). Importante nutriente para os processos biológicos e seu excesso pode causar a eutrofização das águas. Os ortofosfatos estão disponíveis para metabolismo biológico, sem necessidade de conversões a formas simples. O fósforo orgânico e os polifostafos, transformam-se em ortofosfatos nos tratamentos de esgotos e nos corpos d`água receptores.
  • 63. Parâmetros Químicos  Fonte Natural: Rochas, solo.  Fonte Antropogênica: Esgotos e fertilizantes.  Importância: Eutrofização dos corpos água.  Utilização: Aguas de abastecimento brutas e tratadas, Caracterização de corpos d’água  Unidades: mg/l
  • 65. Parâmetros Químicos Resíduo total: O resíduo total é a matéria que permanece após a evaporação, secagem ou calcinação da amostra de água durante um determinado tempo e temperatura, representando a matéria inorgânica ou mineral da amostra.
  • 66. Parâmetros Químicos Dimensões das Partículas Presentes nas Águas Naturais 1.E-04 1.E-03 1.E-02 1.E-01 1.E+00 1.E+01 1.E+02 1.E+03 1.E+04 1.E+05 Diâmetros (micrômetros) Moléculas Colóides Partículas suspensas/Flocos Bactérias Algas Protozoários Vírus Interstícios de leitos de areia Poros de papel de filtro Poros de membrana Poros de carbono ativado Areia
  • 67. Parâmetros Biológicos Coliformes totais (CT): grupo dos microrganismos que fermentam lactose com produção de gás 33-37ºC. Os microrganismos estão relacionados a disponibilidade de matéria orgânica, pois se reproduzem normalmente no ambiente.
  • 68. Parâmetros Biológicos Coliformes totais (CT): Shigella dysenteriae bactéria patogênica bacilar altamente contagiosa que pode causar disenteria bacteriana. Salmonella sp. Grupo de bactérias que podem causar febre tifoide dentre outras doenças.
  • 69. Parâmetros Biológicos Coliformes Fecais ou termotolerantes (CT ou Cterm): grupo dos microrganismos que fermentam lactose com produção de gás 44-46º C. Podem estar presentes em fezes, mas ocorrem em solos, plantas e ambientes que não tenham sido contaminados por material fecal.
  • 70. Parâmetros Biológicos Coliformes Fecais ou termotolerantes (CT ou Cterm): Klebsiella sp. Grupo de bactérias que provocam pneumonias, infecções no trato urinário. Citrobacter sp. Grupo de bactérias que responsáveis por meningites neonatais.
  • 71. Parâmetros Biológicos Escherichia coli (E. coli): Vivem exclusivamente no trato digestório do ser humano e outros animais homeotérmicos, onde ocorre em densidades elevadas.
  • 72. Parâmetros Biológicos Teste de P/A: Presença ou ausência
  • 74. Parâmetros Biológicos Cianobactérias: microorganismos procarióticos autotróficos, também denominados como cianofíceas (algas azuis) capazes de ocorrer em qualquer manancial superficial especialmente naqueles com elevados níveis de nutrientes (nitrogênio e fósforo), podendo produzir toxinas com efeitos adversos a saúde.
  • 75. Parâmetros Biológicos Cianobactérias – Grupo 1: Unicelular, com células cilíndricas ou ovóide ou esféricas. Reprodução por fissão binária. Gloeocapsa sp. Gloeothece sp. Gloeobacter sp.
  • 76. Parâmetros Biológicos Cianobactérias – Grupo 1: Unicelular, com células cilíndricas ou ovóide ou esféricas. Reprodução por fissão binária. Synechocystis sp. Synechococus sp. Microcystis sp.
  • 77. Parâmetros Biológicos Cianobactérias – Grupo 2: Unicelular que se multiplica por fissão multipla. Dermocarpa sp. Dermocarpella sp. Choococcidiopsis sp.
  • 78. Parâmetros Biológicos Cianobactérias – Grupo 2: Unicelular que se multiplica por fissão multipla. Xenococcus sp. Myxosarcina sp.
  • 79. Parâmetros Biológicos Cianobactérias – Grupo 3: Filamentosa, sem a formação de heterocistos e um só plano de divisão. Spirulina sp. Oscillatoria sp. Pseudoanabaena sp.
  • 80. Parâmetros Biológicos Cianobactérias – Grupo 4: Filamentosa, com heterocistos e com só um plano de divisão. Anabaena sp. Cylindrospermum sp. Scytonema sp.
  • 81. Parâmetros Biológicos Cianobactérias – Grupo 4: Filamentosa, com heterocistos e com só um plano de divisão. Nodularia sp. Nostoc sp.
  • 82. Parâmetros Biológicos Cianobactérias – Grupo 5: Filamentosa, com heterocistos e com mais de um plano de divisão. Chlorogloeopis sp. Fischerella sp. Stigonema sp.