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O uso e manejo de espécies forrageiras
Complexa tecnologia dentro da produção pecuária.
As variações das condições edafoclimáticas, sistemas
de produção, uso de insumos, raças de animais, etc, originam
uma grande variação de tipos e formas de utilização dos
recursos forrageiros.
Forragem: Partes aéreas de uma população de plantas
herbáceas, que podem servir na alimentação dos animais em
pastejo, ou colhidas e fornecidas. (exceção dos grãos)
Dossel: Parte aérea caracterizada pelo arranjo dos seus
componentes: perfilhos, folhas, caules e inflorescência.
Dossel: População de plantas herbáceas (forrageiras).
Pastagem: Contém pastos, cercas, bebedouro, cochos,
sombras artificiais... É o ambiente.
Pasto: Forrageira que está disponível na pastagem.
Piquete: Área de pastejo correspondente a uma sub-
divisão da pastagem, fechada e separada de outras áreas.
Piquete 1
Piquete 2
Cerca
Pastejo: Ato de desfolhar a planta no campo, realizada
pelo ruminante. Para o animal envolve busca, apreensão e
ingestão.
Intensidade de corte ou pastejo é determinada
pela altura de corte ou pastejo da planta.
Aumento da intensidade
Intensidade de corte ou pastejo
Intensidades de Pastejo
Eficiência de Pastejo: Percentual de forragem consumida
no intervalo de tempo do pastejo.
Pressão de Pastejo: Número de animais, por unidade de
peso de forragem (forragem disponível na pastagem).
Este termo se aplica melhor ao sistema de pastejo de
lotação contínua. Ex: kg PC/kg MS
Pressão de pastejo
Aumentando Aumentando
Oferta de forragem: Peso de forragem por unidade de
peso corporal animal. Ex: 6kg MS/100kg PC
Este conceito é mais apropriado ao sistema de lotação
intermitente.
Taxa de lotação: Número de animais, de classe
definida, por hectare e por período de tempo
definido. Ex: 4UA/ha período das água
Capacidade de suporte é definida como o número
de animais por área, no ótimo da pressão de
pastejo. Ex: 2UA/ha/ ano
Superpastejo é a situação em que há excesso de
animais por forragem produzida.
Subpastejo é a situação em que há sobra de
forragem produzida.
Lotação contínua é caracterizada quando numa
pastagem sempre há animais para pastejo.
Geralmente, utiliza-se grandes áreas.
Lotação intermitente “rotacionada” é o pastejo
intermitente, intercalando-se períodos de
descanso e pastejo.
Métodos de Pastejo
Suplemento: Aquilo que serve para suprir. O que se dá a
mais. Parte que se junta a um todo para ampliar.
Volumoso: Todo alimento que possui >18% FB. Subdividido:
1) Forragem seca (feno, palhas, etc...);
2) Forragem aquosa ou úmida (silagem, pasto, etc...).
Concentrado: Todos os alimentos que contém alto teor em
energia utilizável por unidade de peso, graças ao teor
de amido, gordura e proteína (16-20%PB) e, baixo teor
de fibra (<18%FB)
Minerais: macro e microminerais
1. Otimizar a produção forrageira;
2. Otimizar a eficiência do uso da forragem;
3. Garantir a persistência da pastagem;
4. Otimizar o desempenho animal.
1. Capacidade em rebrotar após cortes ou pastejo
sucessivos;
2. Capacidade de emitir folhas de meristemas
remanescentes;
3. Perfilhar, permitindo a sobrevivência às custas da
formação de uma nova área foliar.
COLHEITA DE EXTRUSA: Esofágica
Primeiros registros da atividade pecuária no Brasil:
Período de colonização, no século XVI:
• os primeiros bovinos oriundos de Cabo Verde, e
introduzidos onde hoje se localiza o estado da Bahia.
Já no século XVII:
• outros animais teriam chegado à capitania de São Vicente;
• 13 mil pessoas estavam envolvidas na atividade;
• rebanho era constituído de 650 mil cabeças.
O crescimento do rebanho nacional foi grande no
século XVII e também XIX com a chegada de animais
europeus, mais adaptados às regiões sulistas, onde
desenvolveu-se uma atividade pecuária baseada no uso da
alimentação de pasto nativo.
No século XIX com o gado zebuíno no país,
consegue-se condições ótimas de adaptação,
principalmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e daí
para as demais localidades.
A partir do século XX, criou-se a consciência de que
o Brasil se transformaria no maior criador de bovinos do
mundo e num dos maiores fornecedores de carne bovina
para o mundo.
Assim muitos programas de incentivos, inclusive
financeiros, foram criados para levar o gado zebuíno e a
braquiária, numa expansão que se deu na região Norte e
Centro-Oeste do país, denominadas como zonas de
expansão da fronteira agropecuária.
A alimentação dos Bovinos:
• sempre foi
• teve influência da introdução de gramíneas do gênero das
braquiárias
O chamado "cerrado" permitiu uma exploração com
sistemas que utilizavam pastagem nativa e, passaram para
sistemas mais intensivos (pastagens artificiais), ou seja, mais
produtivas, permitindo o desenvolvimento de pecuária nestas
regiões Minas Gerais, São Paulo, Goiás.
A alimentação dos Bovinos:
• Pastos
• teve influência da introdução de gramíneas do gênero das
braquiárias
O chamado "cerrado" permitiu uma exploração com
sistemas que utilizavam pastagem nativa e, passaram para
sistemas mais intensivos (pastagens cultivadas), ou seja, mais
produtivas, permitindo o desenvolvimento de pecuária nestas
regiões Minas Gerais, São Paulo, Goiás.
A escolha de uma espécie forrageira requer
conhecimento de suas características de adaptação ao
meio, formas de utilização, valor nutricional,
possibilidades de consorciação, entre outras.
Atenção!!!!
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  • 1. O uso e manejo de espécies forrageiras Complexa tecnologia dentro da produção pecuária. As variações das condições edafoclimáticas, sistemas de produção, uso de insumos, raças de animais, etc, originam uma grande variação de tipos e formas de utilização dos recursos forrageiros.
  • 2. Forragem: Partes aéreas de uma população de plantas herbáceas, que podem servir na alimentação dos animais em pastejo, ou colhidas e fornecidas. (exceção dos grãos) Dossel: Parte aérea caracterizada pelo arranjo dos seus componentes: perfilhos, folhas, caules e inflorescência.
  • 3. Dossel: População de plantas herbáceas (forrageiras).
  • 4. Pastagem: Contém pastos, cercas, bebedouro, cochos, sombras artificiais... É o ambiente.
  • 5. Pasto: Forrageira que está disponível na pastagem.
  • 6. Piquete: Área de pastejo correspondente a uma sub- divisão da pastagem, fechada e separada de outras áreas. Piquete 1 Piquete 2 Cerca
  • 7. Pastejo: Ato de desfolhar a planta no campo, realizada pelo ruminante. Para o animal envolve busca, apreensão e ingestão.
  • 8. Intensidade de corte ou pastejo é determinada pela altura de corte ou pastejo da planta. Aumento da intensidade Intensidade de corte ou pastejo
  • 10. Eficiência de Pastejo: Percentual de forragem consumida no intervalo de tempo do pastejo. Pressão de Pastejo: Número de animais, por unidade de peso de forragem (forragem disponível na pastagem). Este termo se aplica melhor ao sistema de pastejo de lotação contínua. Ex: kg PC/kg MS Pressão de pastejo Aumentando Aumentando
  • 11. Oferta de forragem: Peso de forragem por unidade de peso corporal animal. Ex: 6kg MS/100kg PC Este conceito é mais apropriado ao sistema de lotação intermitente. Taxa de lotação: Número de animais, de classe definida, por hectare e por período de tempo definido. Ex: 4UA/ha período das água
  • 12. Capacidade de suporte é definida como o número de animais por área, no ótimo da pressão de pastejo. Ex: 2UA/ha/ ano Superpastejo é a situação em que há excesso de animais por forragem produzida. Subpastejo é a situação em que há sobra de forragem produzida.
  • 13. Lotação contínua é caracterizada quando numa pastagem sempre há animais para pastejo. Geralmente, utiliza-se grandes áreas. Lotação intermitente “rotacionada” é o pastejo intermitente, intercalando-se períodos de descanso e pastejo. Métodos de Pastejo
  • 14. Suplemento: Aquilo que serve para suprir. O que se dá a mais. Parte que se junta a um todo para ampliar. Volumoso: Todo alimento que possui >18% FB. Subdividido: 1) Forragem seca (feno, palhas, etc...); 2) Forragem aquosa ou úmida (silagem, pasto, etc...). Concentrado: Todos os alimentos que contém alto teor em energia utilizável por unidade de peso, graças ao teor de amido, gordura e proteína (16-20%PB) e, baixo teor de fibra (<18%FB) Minerais: macro e microminerais
  • 15. 1. Otimizar a produção forrageira; 2. Otimizar a eficiência do uso da forragem; 3. Garantir a persistência da pastagem; 4. Otimizar o desempenho animal.
  • 16. 1. Capacidade em rebrotar após cortes ou pastejo sucessivos; 2. Capacidade de emitir folhas de meristemas remanescentes; 3. Perfilhar, permitindo a sobrevivência às custas da formação de uma nova área foliar.
  • 17. COLHEITA DE EXTRUSA: Esofágica
  • 18. Primeiros registros da atividade pecuária no Brasil: Período de colonização, no século XVI: • os primeiros bovinos oriundos de Cabo Verde, e introduzidos onde hoje se localiza o estado da Bahia. Já no século XVII: • outros animais teriam chegado à capitania de São Vicente; • 13 mil pessoas estavam envolvidas na atividade; • rebanho era constituído de 650 mil cabeças.
  • 19. O crescimento do rebanho nacional foi grande no século XVII e também XIX com a chegada de animais europeus, mais adaptados às regiões sulistas, onde desenvolveu-se uma atividade pecuária baseada no uso da alimentação de pasto nativo.
  • 20. No século XIX com o gado zebuíno no país, consegue-se condições ótimas de adaptação, principalmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e daí para as demais localidades.
  • 21. A partir do século XX, criou-se a consciência de que o Brasil se transformaria no maior criador de bovinos do mundo e num dos maiores fornecedores de carne bovina para o mundo. Assim muitos programas de incentivos, inclusive financeiros, foram criados para levar o gado zebuíno e a braquiária, numa expansão que se deu na região Norte e Centro-Oeste do país, denominadas como zonas de expansão da fronteira agropecuária.
  • 22. A alimentação dos Bovinos: • sempre foi • teve influência da introdução de gramíneas do gênero das braquiárias O chamado "cerrado" permitiu uma exploração com sistemas que utilizavam pastagem nativa e, passaram para sistemas mais intensivos (pastagens artificiais), ou seja, mais produtivas, permitindo o desenvolvimento de pecuária nestas regiões Minas Gerais, São Paulo, Goiás.
  • 23. A alimentação dos Bovinos: • Pastos • teve influência da introdução de gramíneas do gênero das braquiárias O chamado "cerrado" permitiu uma exploração com sistemas que utilizavam pastagem nativa e, passaram para sistemas mais intensivos (pastagens cultivadas), ou seja, mais produtivas, permitindo o desenvolvimento de pecuária nestas regiões Minas Gerais, São Paulo, Goiás.
  • 24.
  • 25.
  • 26. A escolha de uma espécie forrageira requer conhecimento de suas características de adaptação ao meio, formas de utilização, valor nutricional, possibilidades de consorciação, entre outras. Atenção!!!!