O documento descreve a obra Abaporu de Tarsila do Amaral, retratando um homem nu de forma primitiva, e sua intenção de criticar a sociedade brasileira da época. Também descreve a obra Operários, representando trabalhadores cansados de diferentes raças. O autor conclui com uma apropriação inspirada nessas obras e na frase "O homem é o lobo do homem", criticando como os problemas sociais retratados ainda persistem na sociedade atual.
3. OBRA: ABAPORU E OPERÁRIOS
TARSILA DO AMARAL
O nome da obra Abaporu é de origem tupi-guarani e
significa "homem que come gente" (canibal ou antropófago). A
tela foi pintada por Tarsila em janeiro de 1928 e oferecida ao
seu marido, o escritor Oswald de Andrade, como um presente
de aniversário. Dessa forma, podemos perceber a importância
que a artista dá à força dos pés e mãos que viabilizam o
trabalho braçal do povo brasileiro.
A cabeça menor pode indicar uma suposta falta de
pensamento crítico e "apaziguamento" da população. Por
conta desses elementos, tal pintura é vista como uma crítica
social.
As cores na composição, a escolha foi por tons vibrantes
que remetem à brasilidade, com destaque para o verde,
amarelo e azul - cores da bandeira nacional.
4. OPERÁRIOS
TARSILA DO AMARAL
Tarsila imortaliza em seu quadro as feições
dos trabalhadores das fábricas. Chama a
atenção o fato das faces serem bastante
distintas: existem trabalhadores de todas as
cores e raças representados lado a lado. É de
se sublinhar que, apesar das diferenças, todos
carregam no semblante feições extremamente
cansadas e desesperançadas. Na sua
composição Operários, Tarsila usa tons
acinzentados, tanto para o rosto como para a
paisagem de fundo, onde está visível a fábrica
com seus escritórios e suas chaminés, uma
delas soltando fumaça.
5. APROPRIAÇÃO: ABAPORU MODERNO
A linguagem utilizada foi pintura com giz
oleoso e linguagem verbal, poesia, inspirada
no Abaporu Moderno e na frase “O homem é
o lobo do homem” do célebre filósofo inglês
Thomas Hobbes que significa que o homem é
o maior inimigo do próprio homem. Escolhi
estas obras, pois retratam a atual sociedade
brasileira, como uma crítica social. Traz uma
reflexão interessante que as críticas de 100
anos atrás ainda são enraizadas em nossa
sociedade em pleno século XXI, com o
avanço da tecnologia etc. ainda há muita
exploração social.