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Curso de Antimicrobianos
1ª aula
Introdução / Revisão em microbiologia
Maceió, 09 de fevereiro de 2019
Sarah Dominique Dellabianca Araujo
Médica infectologista
s_dellabianca@yahoo.com.br
1. O que são: infecção, colonização e contaminação?
2. Qual são as principais classes e grupos de antimicrobianos?
3. Qual é o mecanismo de ação e o espectro de atividade antimicrobiana das diferentes classes?
4. Quando devo começar um tratamento com antimicrobianos?
5. Qual é a duração ideal de um tratamento antimicrobiano?
6. Uma vez iniciado um esquema, pode-se alterar ou suspender antes do seu final previsto?
7. Os resultados de culturas devem ser valorizados sempre?
8. Frente à aparente falha de tratamento com uma droga adequada a uma bactéria isolada em cultura, qual
deve ser a conduta?
9. A persistência de febre durante o tratamento adequado de infecção deve ser considerada falha?
10. Quando deve-se utilizar a via endovenosa?
11. Quando um paciente está em tratamento IV e trocará por VO, é necessário utilizar a mesma droga ou a
posso mudar a classe de droga?
12. Pode-se associar antibióticos para a ampliação do espectro de ação?
13. O que é profilaxia antimicrobiana?
14. Como se faz a profilaxia antimicrobiana em cirurgia?
O uso racional de antimicrobianos...
Definição da prática clínica o uso de antimicrobianos:
 Profilática
 Terapêutica
Fatores que influenciam a escolha dos antimicrobianos:
1. Características do paciente:
idade,
funções renal / hepática,
status imunológico,
topografia do processo infeccioso,
terapia prévia com antimicrobianos,
gravidez/lactação;
sensibilidade do paciente;
2. Análise do antibiograma e os prováveis mecanismos de resistência;
3. Propriedades dos antimicrobianos:
farmacocinética e a farmacodinâmica (pk/pd),
mecanismo de ação,
sinergismo ou antagonismo,
toxicidade,
interação medicamentosa e custos.
Então.... Só nos resta voltar ao
começo de tudo!
Meio externo
Citoplasma bacteriano
Classificação Morfológica das
bactérias
Bactérias Gram Negativas
(“BGN”)
Acinetobacter
Burkholderia
Citrobacter
Enterobacter
Escherichia coli
Espiroquetas
Helicobacter
Klebsiella
Legionella
Moraxella
Proteus
Pseudomonas
Salmonella
Shigella
Stenotrophomonas
Bactérias Gram Positivas
(Cocos Gram Positivos “CGP”)
Sthapylococcus,
Streptococcus,
Enterococcus,
Actinobacteria,
Listeria
ANTIMICROBIANOS
Alexander Fleming: Farmacologista e Biologista
escocês
 Descobriu a Penicilina em 1928 ao observar uma
cultura de Staphylococcus aureus e Penicillium
notatum
 Publicou os resultados desses estudos no British
Journal of Experimental Pathology em 1929, mas
não obteve o reconhecimento nem recursos
financeiros para aperfeiçoar os estudos...
 Falta de incentivo à pesquisa para purificação da substância;
 2ª Guerra Mundial – os EUA apresentou interesse pela Penicilina;
 Os Farmacêuticos Ernst Boris Chain e Howard Walter Florey desenvolveram
um método de purificação da Penicilina  síntese e distribuição comercial;
 A. Fleming não patenteou a sua descoberta, pois achava que assim seria mais
fácil a difusão de um produto necessário para o tratamento das numerosas
infecções que castigavam a população...
Que grande cientista!!!!
 Aminoglicosídeos
 ß-Lactâmicos
Penicilinas
Cefalosporinas
Carbapenemicos
Monobactamico
 Cloranfenicol
 Estreptograminas
 Glicilciclinas
 Glicopeptídeos
 Lincosaminas
 Lipopeptídio
 Macrolídeos
 Nitroimidazólicos
 Oxazolidinonas
 Polimixinas
 Quinolonas / Fluoroquinolonas
 Sulfonamidas
 Tetraciclinas
“Novos antimicrobianos”
Antimicrobianos
1. Espectro de ação
2. Classificação química
3. Mecanismo de ação
Critérios para classificação
1. Espectro de ação
Critérios para classificação
1. Espectro de ação
 Protozoários: Tetraciclinas, Anfotericina B
 Fungos: Nistatina, Griseofulvina, Anfotericina B
 Gram (+): Penicilinas, Cefalosporinas, Quinolonas, Macrolídeos, Bacitracina,
Lincosaminas
 Gram (-): Cefalosporinas, Polimixinas, Aminoglicosídeos, Quinolonas
 Espiroqueta: Penicilina, Eritromicina, Tetraciclina
 Riquétsias / Micoplasma / Clamídia: Tetraciclina, Cloranfenicol Macrolídeo
 Gram (-) e (+): Cefalosporinas, Cloranfenicol, Tetraciclina, Ampicilina
 Micobactérias: estreptomicina, rifampicina, ciclosserina, pirazinamida,
quinolonas, isoniazida, etambutol, terizidona, tiacetazona, claritromicina,
azitromicina
2. Classificação química
Critérios para classificação
2. Classificação química / ATM
 Derivados de aminoácidos
– Monopeptídeos: Ciclosserina
– Polipeptídicos: Polimixinas (E e B), Bacitracina
– Aminopropanodiol: Cloranfenicol e Tianfenicol
– Glicopeptídicos: Vancomicina, Teicoplanina
– Lipopeptídicos: Daptomicina
– Beta Lactâmicos: Penicilinas, Cefalosporinas...
2. Classificação química / ATB
 Derivados de açúcares
– Macrolídeos: Eritromicina, Espiramicina, Claritromicina,
Azalídeos (azitromicina), Cetolídeos (Telitromicina)
– Lincosamidas: Lincomicina, Clindamicina
– Aminoglicosídeos: Estreptomicina, Gentamicina, Amicacina,
Neomicina, Paromomicina
– Estreptograminas: Pristinamicina, Quinupristina/Dalfopristina
2. Classificação química / ATB
 Derivados de acetatos e propionatos
– Poliênicos: Nistatina, Anfotericina B
– Aromáticos:
• Tetraciclinas
• Glicilciclinas
• Rifamicinas
– Esteróides: Ácido fusídico
– Derivados do grisano: Griseofulvina
2. Classificação química / quimioterápicos
 Metálicos e Metalóides
• Arsenicais: Melarsoprol
• Antimoniais: Antimoniato de N-metilglucamina
• Derivados do mercúrio
• Derivados da prata: Nitrato de prata 1%
• Derivados do bismuto: Subcitrato de bismuto coloidal
2. Classificação química / quimioterápicos
 Alcalóides
• Quina: Quinina
 Corantes
• Violeta de genciana
• Pirvínio
• Clofazimina
• Timerosal
 Derivados quinoleínicos
• Primaquina, cloroquina, amodiaquina, oxaminiquina, praziquantel,
mefloquina
2. Classificação química / quimioterápicos
 Derivados do imidazol
• Metronidazol, Tinidazol, Secnidazol, Benzonidazol, Tiabendazol,
Mebendazol, Albendazol, Levamizol
6. Azóis antifúngicos
• Cetoconazol, Clotrimazol, Miconazol, Isoconazol, Tioconazol,
Oxiconazol, Fluconazol, Itraconazol, Voriconazol
7. Derivados do Enxofre
• Sulfonamidas: Sulfametoxazol, Sulfadiazina, Sulfadiazina de prata,
Sulfasalazina
• Sulfona: Dapsona
2. Classificação química / quimioterápicos
 Derivados das pirimidinas e das purinas
• Pirimetamina, trimetoprima
• Nucleosídeos pirimidínicos antivirais (AZT, 3TC, D4T, DDC, Aciclovir,
Valaciclovir, Ribavirina)
• Nucleosídeos pirimidínicos antifúngicos: Fluorcitosina
• Pamoato de pirantel
• Derivados purínicos: Alopurinol
 Quinolonas
• Ciprofloxacino, Norfloxacino, Ofloxacino, Levofloxacino,
Moxifloxacino, Gemifloxacino
 Derivados das diamidinas aromáticas
• Pentamidina
 Oxazolidinonas
• Linezolida
3. Mecanismo de ação
Critérios para classificação
I. Ação na parede bacteriana (“bactericidas”)
II. Alteram a permeabildiade da membrana
plasmática
III. Inibem a síntese protéica
IV. Inibem a síntese de ácidos nucléicos
V. Ação na replicação cromossômica
3. Mecanismo de ação
Propriedades farmacológicas dos antimicrobianos
(farmacocinética e farmacodinâmica)
Farmacocinética
 Parâmetros:
velocidade de absorção,
distribuição,
eliminação da droga e de seus metabólitos
Através da farmacocinética e das características do patógeno frente ao
antimicrobiano, é possível adequar:
posologia,
via de administração,
intervalo entre cada dose,
 Concentração sérica
Após a administração da dose padronizada de um ATB, sua concentração
plasmática aumenta rapidamente, até atingir a concentração sérica máxima;
depois disso, na medida em que se distribui entre os tecidos e é eliminado ou
metabolizado, sua concentração no sangue vai diminuindo progressivamente até
se tornar nula.
A concentração do antimicrobiano detectada no sangue antes da administração
da dose seguinte corresponde à concentração sérica mínima.
 Representação gráfica
A representação gráfica da relação concentração sérica do fármaco com o tempo
(horas) é dada pela curva de concentração sérica-tempo de ATB
 Ligação dos ATM às proteínas plasmáticas exerce influência sobre
a farmacocinética – difusão nos tecidos e líquidos orgânicos,
velocidade com que ultrapassa as membranas celulares, intensidade
do efeito antimicrobiano e a velocidade de eliminação;
Meia Vida: tempo necessário para que a concentração sérica
máxima (após uma dose padrão) se reduza à metade.
A meia vida INDEPENDE da intensidade ou pico da concentração
sérica máxima.
Ela é determinada pelo grau de excreção ou metabolização e pela
rapidez de difusão tecidual do antimicrobiano!!!!!!!!!
Excreção: principais vias – rins e do fígado; pulmão, trato
gastrintestinal ou pele (suor e saliva).
As substâncias eliminadas nas fezes são geralmente as ingeridas por
via oral e não absorvidas ou metabolizadas
Pode haver eliminação pelo leite – importância em Neonatologia
Farmacodinâmica
 Conceito
Concentração do fármaco com sua atividade antimicrobiana.
 MIC (CIM)
Sensibilidade dos microrganismos aos antimicrobianos:
concentração inibitória mínima.
Corresponde à menor concentração do antimicrobiano capaz
de inibir o desenvolvimento visível do microrganismo.
 Classificação pela farmacodinâmica:
• tempo dependente
• concentração dependente
Tâmo morto... Queremos
um micro intervalinho...
I. Ação na parede bacteriana (“bactericidas”)
II. Alteram a permeabildiade da membrana
plasmática
III. Inibem a síntese protéica
IV. Inibem a síntese de ácidos nucléicos
V. Ação na replicação cromossômica
3. Mecanismo de ação
Como se dará nosso curso?
Vamos estudar classe de ATM
(mecanismos de ação) e
concomitamntemente o mecanismo de
resistência, ok?
Vamos começar pela maior
classe de ATM
Beta-Lactâmicos
Característica química – presença do anel beta-
lactâmico
Mecanismo de ação – inibem a formação da
parede bacteriana através da ligação com a pbp
(proteína ligadora de penicilina). Interferência
na síntese do peptideoglicano pois enzimas
autolíticas são liberadas DEGRADANDO a
parede bacteriana.
Espectro de ação – Gram (+) e Gram (-)
Classificação dos Beta-Lactâmicos
 Penicilinas
 Penicilina G: Cristalina, Benzatina, Procaína;
 Penicilina V: Fenoximetil-penicilina;
 Penicilina Penicilinase resistente: Oxacilina
 Aminopenicilinas: Amoxicilina, Ampicilina
 Carboxipenicilina: Carbenicilina, Ticarcilina
 Ureidopenicilina: Mezlocilina, Piperacilina
 Penicilina + Inibidor de Beta-Lactamase
 Amoxicilina / Clavulanato
 Ampicilina / Sulbactam
 Ticarcilina / Clavulanato
 Piperacilina / Tazobactam
 Cefalosporinas
 1ª geração: Cefadroxila, Cefapirina, Cefalotina,
Cefazolina, Cefalexina* e Cefradina*
 2ª geração: Cefoxitina, Cefotetan, Cefprozil,
Cefamandol, Cefaclor*, Cefuroxima*
 3ª geração: Cefdinir*, Cefpodoxima*, Cefibuteno*,
Ceftriaxona, Cefotaxima, Cefoperazona,
Ceftazidima (cefalosporina de ação
antipseudomonas),
 4ª geração: Cefepima, Cefpiroma
 5ª geração: Ceftarolina
* (uso via oral)
Classificação dos Beta-Lactâmicos
 Carbapenêmicos
 Meropenem, Imipenem, Doripenem,
Ertapenem
 Monobactâmicos
 Aztreonam
Classificação dos Beta-Lactâmicos
CARBAPENÊMICOS
Anel pentacíclico não-saturado ligado ao anel betalactâmico, como
nas penicilinas. A presença do anel carbapenêmico garante a
propriedade de potente ação sobre as bactérias Gram (+) e Gram (-),
São antibióticos originalmente naturais, produzidos por diferentes
espécies de Streptomyces – atualmente são sintetizados em
laboratório,
1976 – Tienamicina foi o primeiro carbapenêmico do grupo,
1979 – Imipenem (N-formimidoil-tienamicina) em associação à
Cilastatina para não ser inativado pela dispeptidase,
1987 – Meropenem, com o mesmo
espectro de ação do Imipenem, porém
com maior estabilidade à ação da
dipeptidase renal.
CARBAPENÊMICOS
Atividade bactericida de amplo espectro
Melhor estabilidade diante das beta-lactamases
Ligam-se às pbps principalmente às PBPg1 e PBP2, provocando a lise
osmótica da bactéria
Penetram com facilidade pelos canais porínicos nas bactérias Gram (-)
Induzem um efeito pós-antibiótico
São mais resistentes à hidrólise pela maioria das betalactamases
OBRIGADA !!!!!

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Curso Antimicrobianos Introdução Classes Ação

  • 1. Curso de Antimicrobianos 1ª aula Introdução / Revisão em microbiologia Maceió, 09 de fevereiro de 2019 Sarah Dominique Dellabianca Araujo Médica infectologista s_dellabianca@yahoo.com.br
  • 2. 1. O que são: infecção, colonização e contaminação? 2. Qual são as principais classes e grupos de antimicrobianos? 3. Qual é o mecanismo de ação e o espectro de atividade antimicrobiana das diferentes classes? 4. Quando devo começar um tratamento com antimicrobianos? 5. Qual é a duração ideal de um tratamento antimicrobiano? 6. Uma vez iniciado um esquema, pode-se alterar ou suspender antes do seu final previsto? 7. Os resultados de culturas devem ser valorizados sempre? 8. Frente à aparente falha de tratamento com uma droga adequada a uma bactéria isolada em cultura, qual deve ser a conduta? 9. A persistência de febre durante o tratamento adequado de infecção deve ser considerada falha? 10. Quando deve-se utilizar a via endovenosa? 11. Quando um paciente está em tratamento IV e trocará por VO, é necessário utilizar a mesma droga ou a posso mudar a classe de droga? 12. Pode-se associar antibióticos para a ampliação do espectro de ação? 13. O que é profilaxia antimicrobiana? 14. Como se faz a profilaxia antimicrobiana em cirurgia?
  • 3. O uso racional de antimicrobianos... Definição da prática clínica o uso de antimicrobianos:  Profilática  Terapêutica Fatores que influenciam a escolha dos antimicrobianos: 1. Características do paciente: idade, funções renal / hepática, status imunológico, topografia do processo infeccioso, terapia prévia com antimicrobianos, gravidez/lactação; sensibilidade do paciente; 2. Análise do antibiograma e os prováveis mecanismos de resistência; 3. Propriedades dos antimicrobianos: farmacocinética e a farmacodinâmica (pk/pd), mecanismo de ação, sinergismo ou antagonismo, toxicidade, interação medicamentosa e custos.
  • 4. Então.... Só nos resta voltar ao começo de tudo!
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  • 12. Bactérias Gram Negativas (“BGN”) Acinetobacter Burkholderia Citrobacter Enterobacter Escherichia coli Espiroquetas Helicobacter Klebsiella Legionella Moraxella Proteus Pseudomonas Salmonella Shigella Stenotrophomonas Bactérias Gram Positivas (Cocos Gram Positivos “CGP”) Sthapylococcus, Streptococcus, Enterococcus, Actinobacteria, Listeria
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  • 27. Alexander Fleming: Farmacologista e Biologista escocês  Descobriu a Penicilina em 1928 ao observar uma cultura de Staphylococcus aureus e Penicillium notatum  Publicou os resultados desses estudos no British Journal of Experimental Pathology em 1929, mas não obteve o reconhecimento nem recursos financeiros para aperfeiçoar os estudos...  Falta de incentivo à pesquisa para purificação da substância;  2ª Guerra Mundial – os EUA apresentou interesse pela Penicilina;  Os Farmacêuticos Ernst Boris Chain e Howard Walter Florey desenvolveram um método de purificação da Penicilina  síntese e distribuição comercial;  A. Fleming não patenteou a sua descoberta, pois achava que assim seria mais fácil a difusão de um produto necessário para o tratamento das numerosas infecções que castigavam a população... Que grande cientista!!!!
  • 28.  Aminoglicosídeos  ß-Lactâmicos Penicilinas Cefalosporinas Carbapenemicos Monobactamico  Cloranfenicol  Estreptograminas  Glicilciclinas  Glicopeptídeos  Lincosaminas  Lipopeptídio  Macrolídeos  Nitroimidazólicos  Oxazolidinonas  Polimixinas  Quinolonas / Fluoroquinolonas  Sulfonamidas  Tetraciclinas “Novos antimicrobianos” Antimicrobianos
  • 29.
  • 30. 1. Espectro de ação 2. Classificação química 3. Mecanismo de ação Critérios para classificação
  • 31. 1. Espectro de ação Critérios para classificação
  • 32. 1. Espectro de ação  Protozoários: Tetraciclinas, Anfotericina B  Fungos: Nistatina, Griseofulvina, Anfotericina B  Gram (+): Penicilinas, Cefalosporinas, Quinolonas, Macrolídeos, Bacitracina, Lincosaminas  Gram (-): Cefalosporinas, Polimixinas, Aminoglicosídeos, Quinolonas  Espiroqueta: Penicilina, Eritromicina, Tetraciclina  Riquétsias / Micoplasma / Clamídia: Tetraciclina, Cloranfenicol Macrolídeo  Gram (-) e (+): Cefalosporinas, Cloranfenicol, Tetraciclina, Ampicilina  Micobactérias: estreptomicina, rifampicina, ciclosserina, pirazinamida, quinolonas, isoniazida, etambutol, terizidona, tiacetazona, claritromicina, azitromicina
  • 34. 2. Classificação química / ATM  Derivados de aminoácidos – Monopeptídeos: Ciclosserina – Polipeptídicos: Polimixinas (E e B), Bacitracina – Aminopropanodiol: Cloranfenicol e Tianfenicol – Glicopeptídicos: Vancomicina, Teicoplanina – Lipopeptídicos: Daptomicina – Beta Lactâmicos: Penicilinas, Cefalosporinas...
  • 35. 2. Classificação química / ATB  Derivados de açúcares – Macrolídeos: Eritromicina, Espiramicina, Claritromicina, Azalídeos (azitromicina), Cetolídeos (Telitromicina) – Lincosamidas: Lincomicina, Clindamicina – Aminoglicosídeos: Estreptomicina, Gentamicina, Amicacina, Neomicina, Paromomicina – Estreptograminas: Pristinamicina, Quinupristina/Dalfopristina
  • 36. 2. Classificação química / ATB  Derivados de acetatos e propionatos – Poliênicos: Nistatina, Anfotericina B – Aromáticos: • Tetraciclinas • Glicilciclinas • Rifamicinas – Esteróides: Ácido fusídico – Derivados do grisano: Griseofulvina
  • 37. 2. Classificação química / quimioterápicos  Metálicos e Metalóides • Arsenicais: Melarsoprol • Antimoniais: Antimoniato de N-metilglucamina • Derivados do mercúrio • Derivados da prata: Nitrato de prata 1% • Derivados do bismuto: Subcitrato de bismuto coloidal
  • 38. 2. Classificação química / quimioterápicos  Alcalóides • Quina: Quinina  Corantes • Violeta de genciana • Pirvínio • Clofazimina • Timerosal  Derivados quinoleínicos • Primaquina, cloroquina, amodiaquina, oxaminiquina, praziquantel, mefloquina
  • 39. 2. Classificação química / quimioterápicos  Derivados do imidazol • Metronidazol, Tinidazol, Secnidazol, Benzonidazol, Tiabendazol, Mebendazol, Albendazol, Levamizol 6. Azóis antifúngicos • Cetoconazol, Clotrimazol, Miconazol, Isoconazol, Tioconazol, Oxiconazol, Fluconazol, Itraconazol, Voriconazol 7. Derivados do Enxofre • Sulfonamidas: Sulfametoxazol, Sulfadiazina, Sulfadiazina de prata, Sulfasalazina • Sulfona: Dapsona
  • 40. 2. Classificação química / quimioterápicos  Derivados das pirimidinas e das purinas • Pirimetamina, trimetoprima • Nucleosídeos pirimidínicos antivirais (AZT, 3TC, D4T, DDC, Aciclovir, Valaciclovir, Ribavirina) • Nucleosídeos pirimidínicos antifúngicos: Fluorcitosina • Pamoato de pirantel • Derivados purínicos: Alopurinol  Quinolonas • Ciprofloxacino, Norfloxacino, Ofloxacino, Levofloxacino, Moxifloxacino, Gemifloxacino  Derivados das diamidinas aromáticas • Pentamidina  Oxazolidinonas • Linezolida
  • 41. 3. Mecanismo de ação Critérios para classificação
  • 42. I. Ação na parede bacteriana (“bactericidas”) II. Alteram a permeabildiade da membrana plasmática III. Inibem a síntese protéica IV. Inibem a síntese de ácidos nucléicos V. Ação na replicação cromossômica 3. Mecanismo de ação
  • 43. Propriedades farmacológicas dos antimicrobianos (farmacocinética e farmacodinâmica)
  • 44. Farmacocinética  Parâmetros: velocidade de absorção, distribuição, eliminação da droga e de seus metabólitos Através da farmacocinética e das características do patógeno frente ao antimicrobiano, é possível adequar: posologia, via de administração, intervalo entre cada dose,  Concentração sérica Após a administração da dose padronizada de um ATB, sua concentração plasmática aumenta rapidamente, até atingir a concentração sérica máxima; depois disso, na medida em que se distribui entre os tecidos e é eliminado ou metabolizado, sua concentração no sangue vai diminuindo progressivamente até se tornar nula. A concentração do antimicrobiano detectada no sangue antes da administração da dose seguinte corresponde à concentração sérica mínima.  Representação gráfica A representação gráfica da relação concentração sérica do fármaco com o tempo (horas) é dada pela curva de concentração sérica-tempo de ATB
  • 45.
  • 46.  Ligação dos ATM às proteínas plasmáticas exerce influência sobre a farmacocinética – difusão nos tecidos e líquidos orgânicos, velocidade com que ultrapassa as membranas celulares, intensidade do efeito antimicrobiano e a velocidade de eliminação; Meia Vida: tempo necessário para que a concentração sérica máxima (após uma dose padrão) se reduza à metade. A meia vida INDEPENDE da intensidade ou pico da concentração sérica máxima. Ela é determinada pelo grau de excreção ou metabolização e pela rapidez de difusão tecidual do antimicrobiano!!!!!!!!! Excreção: principais vias – rins e do fígado; pulmão, trato gastrintestinal ou pele (suor e saliva). As substâncias eliminadas nas fezes são geralmente as ingeridas por via oral e não absorvidas ou metabolizadas Pode haver eliminação pelo leite – importância em Neonatologia
  • 47. Farmacodinâmica  Conceito Concentração do fármaco com sua atividade antimicrobiana.  MIC (CIM) Sensibilidade dos microrganismos aos antimicrobianos: concentração inibitória mínima. Corresponde à menor concentração do antimicrobiano capaz de inibir o desenvolvimento visível do microrganismo.  Classificação pela farmacodinâmica: • tempo dependente • concentração dependente
  • 48. Tâmo morto... Queremos um micro intervalinho...
  • 49. I. Ação na parede bacteriana (“bactericidas”) II. Alteram a permeabildiade da membrana plasmática III. Inibem a síntese protéica IV. Inibem a síntese de ácidos nucléicos V. Ação na replicação cromossômica 3. Mecanismo de ação
  • 50. Como se dará nosso curso? Vamos estudar classe de ATM (mecanismos de ação) e concomitamntemente o mecanismo de resistência, ok?
  • 51. Vamos começar pela maior classe de ATM
  • 52. Beta-Lactâmicos Característica química – presença do anel beta- lactâmico Mecanismo de ação – inibem a formação da parede bacteriana através da ligação com a pbp (proteína ligadora de penicilina). Interferência na síntese do peptideoglicano pois enzimas autolíticas são liberadas DEGRADANDO a parede bacteriana. Espectro de ação – Gram (+) e Gram (-)
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  • 54. Classificação dos Beta-Lactâmicos  Penicilinas  Penicilina G: Cristalina, Benzatina, Procaína;  Penicilina V: Fenoximetil-penicilina;  Penicilina Penicilinase resistente: Oxacilina  Aminopenicilinas: Amoxicilina, Ampicilina  Carboxipenicilina: Carbenicilina, Ticarcilina  Ureidopenicilina: Mezlocilina, Piperacilina  Penicilina + Inibidor de Beta-Lactamase  Amoxicilina / Clavulanato  Ampicilina / Sulbactam  Ticarcilina / Clavulanato  Piperacilina / Tazobactam
  • 55.  Cefalosporinas  1ª geração: Cefadroxila, Cefapirina, Cefalotina, Cefazolina, Cefalexina* e Cefradina*  2ª geração: Cefoxitina, Cefotetan, Cefprozil, Cefamandol, Cefaclor*, Cefuroxima*  3ª geração: Cefdinir*, Cefpodoxima*, Cefibuteno*, Ceftriaxona, Cefotaxima, Cefoperazona, Ceftazidima (cefalosporina de ação antipseudomonas),  4ª geração: Cefepima, Cefpiroma  5ª geração: Ceftarolina * (uso via oral) Classificação dos Beta-Lactâmicos
  • 56.  Carbapenêmicos  Meropenem, Imipenem, Doripenem, Ertapenem  Monobactâmicos  Aztreonam Classificação dos Beta-Lactâmicos
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  • 59. CARBAPENÊMICOS Anel pentacíclico não-saturado ligado ao anel betalactâmico, como nas penicilinas. A presença do anel carbapenêmico garante a propriedade de potente ação sobre as bactérias Gram (+) e Gram (-), São antibióticos originalmente naturais, produzidos por diferentes espécies de Streptomyces – atualmente são sintetizados em laboratório, 1976 – Tienamicina foi o primeiro carbapenêmico do grupo, 1979 – Imipenem (N-formimidoil-tienamicina) em associação à Cilastatina para não ser inativado pela dispeptidase, 1987 – Meropenem, com o mesmo espectro de ação do Imipenem, porém com maior estabilidade à ação da dipeptidase renal.
  • 60. CARBAPENÊMICOS Atividade bactericida de amplo espectro Melhor estabilidade diante das beta-lactamases Ligam-se às pbps principalmente às PBPg1 e PBP2, provocando a lise osmótica da bactéria Penetram com facilidade pelos canais porínicos nas bactérias Gram (-) Induzem um efeito pós-antibiótico São mais resistentes à hidrólise pela maioria das betalactamases
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