2. OUTUBRO - MÊS DAS MISSÕES
O que é o mês Missionário?
Neste mês de outubro, a Igreja Católica se volta para a necessária compreensão das
Missões, isto é, da permanente preocupação pelo anúncio dos Ensinamentos de
Jesus a todos os povos. A vinda de Cristo à terra foi para nos revelar o mistério de
Deus e ensinar-nos a caminhar para vivermos na sua graça e assim merecermos
uma felicidade que não tem fim, que é o céu.
A ordem de Cristo – “Pregai a boa nova do Evangelho a toda criatura” – nos
impulsiona a levar ao mundo todo a notícia feliz que, desde o nascimento de Cristo
em Belém, foi anunciada pelos anjos aos pastores e a nós: “Nasceu hoje para nós o
Salvador”. Aquela parábola (Mt 20), em que, nas diversas horas do dia, o Senhor
convida os trabalhadores para sua vinha, é um chamado a cada um para pôr-se a
serviço do Evangelho.
Neste mês, a Igreja insiste na necessidade da missão, isto é, de anunciar a salvação,
que nos é dada, pelo conhecimento de Jesus.
3. Exemplos de pessoas que doaram (doam) suas vidas em missão:
Irmã Dorothy :
Dorothy Mae Stang, conhecida como Irmã Dorothy foi uma freira norte-americana naturalizada
brasileira.
Pertencia às Irmãs de Nossa Senhora de Namur, congregação religiosa fundada em 1804 por
Santa Julie Billiart (1751-1816) e Françoise Blin de Bourdon (1756-1838). Esta congregação católica
internacional reúne mais de duas mil mulheres que realizam trabalho pastoral nos cinco
continentes.
Ingressou na vida religiosa 1948, emitiu seus votos perpétuos – pobreza, castidade e obediência –
em 1956. De 1951 a 1966 foi professora em escolas da congregação: St. Victor School (Calumet
City, Illinois), St. Alexander School (Villa Park, Illinois) e Most Holy Trinity School (Phoenix, Arizona).
Em 1966 iniciou seu ministério no Brasil, na cidade de Coroatá, no Estado do Maranhão. Irmã
Dorothy estava presente na Amazônia desde a década de setenta junto aos trabalhadores rurais
da Região do Xingu. Sua atividade pastoral e missionária buscava a geração de emprego e renda
com projetos de reflorestamento em áreas degradadas, junto aos trabalhadores rurais da
Transamazônia. Seu trabalho focava-se também na minimização dos conflitos fundiários na região.
Atuou ativamente nos movimentos sociais no Pará. Irmã Dorothy recebeu diversas ameaças de
morte, sem deixar intimidar-se. Pouco antes de ser assassinada declarou: “Não vou fugir e nem
abandonar a luta desses agricultores que estão desprotegidos no meio da floresta. Eles têm o
sagrado direito a uma vida melhor numa terra onde possam viver e produzir com dignidade sem
devastar”.
4. Médicos sem Fronteiras (MSF, em francês: Médecins sans
Frontières) é uma organização internacional, não
governamental e sem fins lucrativos que oferece ajuda
médica e humanitária a populações em situações de
emergência, em casos como conflitos armados,
catástrofes, epidemias, fome e exclusão social. É a maior
organização não governamental de ajuda humanitária do
mundo, na área da saúde.
MSF proporciona também ações de longo prazo, na ajuda
a refugiados, em casos de conflitos prolongados,
instabilidade crônica ou após a ocorrência de catástrofes
naturais ou provocadas pela ação humana. A organização
foi criada com a ideia de que todas as pessoas têm direito
a tratamento médico, e que essa necessidade é mais
importante do que as fronteiras nacionais (com base na
tese do direito de ingerência humanitária).
5. A Cruz Vermelha é uma organização internacional, sem fins
lucrativos, cujo objetivo principal é prestar socorro e
assistência às pessoas vítimas de guerras e catástrofes
naturais (terremotos, tornados, enchentes, etc.). Foi fundada,
em 1863, pelo suíço Jean Henri Dunant.
6. É do encontro que nasce o movimento de Fé e Alegria...
Do encontro entre o jesuíta Padre José María Vélaz,
acompanhado de estudantes da Universidade Católica
Andrés Bello, com moradores de um bairro sem escolas,
em Caracas, na Venezuela. Desse encontro seguiu-se o de
Padre Vélaz e Abraham Reyes, pedreiro que morava com
esposa e oito filhos no mesmo bairro de Cátia e ofereceu
sua própria casa para ser a primeira escola local. Aí, em 5
de março de 1955, “100 crianças sentadas no chão e 70
meninas no andar superior, sem carteiras nem quadro-
negro”, encontraram-se pela primeira vez com sua vida de
educação escolar.
Esse evento-origem tornou-se um marco da identidade de
Fé e Alegria. Desde então, a integração dos saberes
formais e não-formais passou a ter importância
fundamental no movimento. Era o caminho para dar
oportunidades aos mais pobres e garantir seus direitos, de
explicitar e alimentar a prática educativa como ferramenta
de transformação social na perspectiva da defesa dos
direitos conquistados e da criação de novos direitos.