3. • A “modernidade” surge no século XIV e tem seu auge no século XVIII
com o Iluminismo.
• Crescimento das atividades comerciais.
• Maior circulação de valores e informações.
• Novos centros urbanos.
• Fortalecimento da burguesia.
• Formação de Estados nacionais na Europa Ocidental.
• Movimentos reformistas que questionavam o poder da Igreja.
• Ser humano confiante na razão e em seu poder transformador.
• Inovações tecnológicas: bússola, papel, imprensa, máquina à vapor...
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Contexto do Renascimento e
Humanismo
4. • Antropocentrismo – o indivíduo no centro dos interesses e das
decisões. A razão ganha espaço, a fé passa a ser questionada.
• Racionalismo – o poder exclusivo da razão de discernir e comparar
opôs-se ao critério da fé. Recusa do dogmatismo.
• Método – o rompimento entre a ciência e a filosofia aristotélico-
escolástica instigou pensadores na busca de novos métodos de
investigação filosófica e científica.
• Humanismo – Interesse pelo o que é humano, em oposição ao foco
medieval no sobrenatural. Valorização do saber crítico capaz de
desenvolver o potencial da condição humana.
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Características do pensamento
moderno
5. • Florentino, autor de “O Príncipe”,
publicado em 1532, marco inicial das
ciências políticas modernas.
• Se opõe à ideia defendida pela Igreja
sobre a origem divina do poder
político. A política é especificamente
humana.
• A obra é uma exposição detalhada
das práticas políticas da época.
• Através de observação das práticas
políticas, comparou governantes,
estudou os tipos de Estado.
• Forneceu um conjunto de conselhos e
regras para auxiliar os governantes a
se manterem no poder.
• Para Maquiavel o decisivo em política
é a luta pela conquista e manutenção
do poder
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Nicolau Maquiavel (1469 – 1527)
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6. • “Daí nasce a seguinte questão:
é melhor ser amado ou
temido? A resposta seria que
as duas vocações são
necessárias; mas, como é
difícil ser as duas coisas ao
mesmo tempo, é mais seguro
ser temido que amado quando
é preciso renunciar a uma das
duas, porque, de modo geral, é
possível dizer que os homens
são ingratos, volúveis,
simuladores e dissimuladores,
fogem do perigo e são sempre
ávidos por ganhos…”
(MAQUIAVEL, p. 145)
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Nicolau Maquiavel (1469 – 1527)
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7. • Inglês, autor de “A
Utopia” (1516)
• Obra de ficção
fundamental para o início
da Idade Moderna
• 1ª parte – Uma crítica à
vida social e política na
Inglaterra
• 2ª parte – Um exercício
de imaginação sobre a
sociedade perfeita
• Morus imagina uma ilha
chamada Utopia
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Thomas Morus (1478 – 1535)
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8. • Uma sociedade perfeita, tudo é
organizado, sem guerras, nem
diferenças sociais
• A luta pela existência não exige
esforços.
• Abolição do trabalho exaustivo e
abusivo
• Não há opressão
• Não existem as relações
econômicas do mercantilismo ou
do feudalismo.
• Não há a necessidade de dinheiro
• A partir de então a palavra
“utopia” ganha a conotação de
sociedade ideal, ou mesmo de algo
irrealizável.
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A Ilha Utopia, imaginada por
Morus:
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9. • Filósofo inglês, autor de
“Leviatã”
• Para Hobbes, o estado de
natureza é um estado caótico,
de guerra; o que gera
insegurança, angústia e medo,
porque, onde predominam
interesses egoístas, cada um
torna-se lobo para outro lobo.
• “O homem é o lobo do homem”
• Esse estado caótico vivido no
estado de natureza, só poderia
ser superado com um pacto
social
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Thomas Hobbes (1588 – 1679)
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10. • Portanto é necessário um
“contrato social” que cria o
Estado a fim de acabar com as
guerras, através do poder dado
ao “Leviatã”, o soberano.
• Para Hobbes, o poder do
soberano deve ser absoluto,
total e ilimitado.
• O poder do Estado é exercido
pela força, pois só a iminência
do castigo atemoriza as pessoas.
• É o soberano que prescreve leis,
julga e é o chefe militar.
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Thomas Hobbes (1588 – 1679)
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11. • Polonês, foi astrônomo e matemático.
• Propõe o heliocentrismo – Teoria do Sol
no centro.
• Publica, no ano de sua morte, o livro: “Da
revolução de esferas celestes”
1- Os movimentos dos astros são
uniformes, eternos e circulares.
2- O centro do Universo é perto do Sol.
3- Perto do Sol estão: Mercúrio, Vênus,
Terra, Lua, Marte, Júpiter, Saturno.
4- A Terra tem três movimentos: rotação
diária, volta anual e inclinação anual de
eixo
5- A distância da Terra ao Sol é pequena
comparada às estrelas.
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Nicolau Copérnico (1473 – 1543)
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12. • Filósofo, teólogo e matemático de Nola
(Reino de Nápoles)
• Dedica seus estudos à cosmologia.
• Afirma que o Universo é infinito e
povoado por infinitas estrelas.
• As estrelas são como o Sol.
• Existem outros planetas como a Terra,
onde existe vida inteligente.
• Relatividade: qualquer perspectiva é
relativa à posição do observador.
• Acredita que tudo tem alma e que tudo é
Deus (panteísmo)
• O conceito de Deus não está separado do
conceito de Universo.
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Giordano Bruno (1548 – 1600)
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13. • “O mundo é infinito porque
Deus é infinito. Como acreditar
que Deus, ser infinito, possa ter
se limitado a si mesmo criando
um mundo fechado e
limitado?”
• Bruno foi condenado à morte
pela Inquisição, acusado de
panteísmo.
• “Talvez sintam maior temor ao
pronunciar esta sentença do que
eu ao ouvi-la”
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Giordano Bruno (1548 – 1600)
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14. • Físico, matemático, astrônomo e
filósofo florentino.
• Responsável pela aplicação do
método experimental.
• Em seu método de pesquisa, utiliza
instrumentos como: plano inclinado,
termômetro e telescópio.
• Despreza qualidades subjetivas,
como: cor, odor, sabor.
• Investiga o espaço físico nos seus
aspectos objetivos, aplicando um
tratamento matemático.
• Simboliza o rompimento com a
filosofia aristotélico-escolástica
• Liga a ciência astronômica à física.
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Galileu Galilei (1564 – 1642)
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15. • Descreve repetidas experiências com
uma esfera percorrendo um plano
inclinado.
• Observa que a esfera percorria uma
distância 4 vezes maior em 2
segundos do que em 1 segundo.
• Assim ele prova que a distância
percorrida a partir do repouso
variava com o quadrado do tempo.
• Galileu declara que o peso não tem
influência na velocidade de queda.
• Alguns objetos variavam por conta da
resistência do ar.
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Galileu Galilei e a Lei da Queda
de Corpos
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16. • Galileu aperfeiçoa a visão do
telescópio em 30 vezes.
• Conclui, usando cálculos
trigonométricos, que o Sol é 7 vezes
maior do que a Terra
• Não faz sentido o Sol orbitar um
corpo menor, logo é a Terra que
gira em torno do Sol.
• Descobertas por observação:
• Estrelas fixas
• A superfície irregular da Lua
• Manchas solares
• 4 luas de Júpiter
• Nebulosas
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Galileu Galilei e a Astronomia
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17. • Os filósofos modernos buscavam uma revisão da
metafísica aristotélico-escolástica.
• A teoria do conhecimento é posta em questão.
• O que é possível conhecer?
• Qual é a origem do conhecimento?
• Essas questões epistemológicas (relativas ao
conhecimento) deram origem a duas correntes
filosóficas:
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Racionalistas X
Empiristas
19. • Filósofo racionalista
francês que valorizava o
questionamento acima
de tudo.
• A única certeza que a
gente tem são as ideias
inatas, de que temos
uma consciência.
• “Penso, logo existo”.
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René Descartes (1596 – 1650)
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21. • Ideias Inatas – são aquelas que
antecedem a nossa existência,
que nascemos com elas.
• Ex.: Deus e a matemática
• Ideias adventícias – são aquelas
que adquirimos através das
nossas experiências/sensações.
• Ideias factícias – são aquelas
que adquirimos através de
outras ideias.
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Teoria das Ideias
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22. • Filósofo empirista inglês.
• Inspirado pela ciência moderna,
Bacon buscava um saber
instrumental que possibilitasse o
controle da natureza.
• Afirma que a ciência precisa da
experiência e investigação como
método.
• Chama de ídolos os preconceitos e
as noções falsas que dificultam a
compreensão da realidade:
• Ex.: Verdades dadas sem
questionamento, palavras que
distorcem o entedimento (como a
sorte ou azar), etc.
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Francis Bacon (1561 – 1626)
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23. • Bacon propõe um método indutivo
que visa estabelecer bases
científicas, que deveria acontecer
obedecendo os seguintes passos:
• 1- Livrar-se dos ídolos que
atrapalham nossa compreensão da
realidade.
• 2- Enumerar exaustivamente as
manifestações do fenômeno
estudado.
• 3- Registrar as variações.
• 4- Testar os resultados por meio de
experiências.
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Francis Bacon (1561 – 1626)
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24. • Filósofo empirista inglês, autor de
“Ensaio sobre o entendimento
humano”
• Locke critica a doutrina das ideias
inatas de Descartes
• Ele afirma que a alma é uma tábula
rasa, como um papel em branco.
• Por isso o conhecimento começa
apenas com a experiência sensível
• “Se houvesse ideias inatas, as
crianças já as teriam”
• “ A ideia de Deus não se encontra
em toda parte, há povos sem essa
representação.”.
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John Locke (1632 – 1704)
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25. Bibliografia de apoio:
• ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofar com textos: Temas e História da
Filosofia
• BACON, Francis. Novum Organum
• CHAUÍ, Marilena. Introdução à História da Filosofia
• COPÉRNICO, Nicolau. Da Revolução de Esferas Celestes
• DESCARTES, René. Discurso do Método
• HOBBES, Thomas. Leviatã
• HOTTOIS, Gilbert. Do Renascimento à pós-modernidade
• LOCKE, John. Ensaio Acerca do Entendimento Humano
• MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe
• MORE, Thomas. Utopia
• WARBURTON, Nigel. Uma Breve História da Filosofia
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