O documento analisa a afirmação "Deus ama o pecador, mas odeia o pecado" e "Deus odeia tanto o pecador quanto o pecado". Ele discute que, na teologia reformada, pecador e pecado não podem ser separados, já que os atos revelam a natureza do pecador. Além disso, embora Deus seja amor, Sua justiça significa que Ele se opõe ao pecado. A compreensão correta depende da análise dos atributos divinos, como santidade, justiça e amor.
3. •As duas freses são proposições. A depender do
crivo teológico que forem submetidas podem
levar a lugares diferentes. De onda nasce essas
proposições? A que diz que Deus ama o
pecador e odeia pecado é construída com o
fato de textos bíblicos afirmarem o amor de
Deus pelos pecadores: a exemplos: (Romanos
5:8): “Mas Deus prova o seu próprio amor para
conosco pelo fato de ter Cristo morrido por
4. •Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o
vosso Pai celeste.” (Mateus 5:48), e Etc. Ou seja
não dúvida que Deus ama pecadores, contudo
a grande questão dessa frase é: A ideia que Deus
ama o pecador, mas odeia o pecado foi construída
sem nenhum fundamento ou base teológico e a irá
ou ódio do Senhor está naquele que comete o
pecado se não houvesse ninguém para cometer o
pecado não haveria motivo para que a irá de Deus se
manifestasse.
5. • . A ação só existe por conta do sujeito, daquele
que pratica o ato, e aí que vem a grande
questão: a dificuldade de compreender que
não há separação do ato com o sujeito, e a
ideia que Deus não poderia odiar uma pessoa
visto que Deus é Amor. Se Deus é amor como
Ele pode odiar alguém? Trazendo então uma
ideia mais progressista que é: Deus não pode
irar-se já que é amor.
6. •Uma coisa não exclui a outra,
•Deus pode amar e odiar ao mesmo tempo?
•A resposta é sim, O amor não exclui a justiça.
•Portanto, o entendimento que Deus odeia tanto um
quanto o outro não é uma inverdade (mentira), a não ser se
conseguirmos teologicamente fazer uma separação das
duas atitudes: o ser da ação, então conseguiremos colocar
como verdadeiro a proposição que Deus ama um e odeia o
outro, mas a grande questão é:
7. •Como vamos separar essas ações? Um exemplo
disso é: o sujeito é ladrão. O que ele faz?
Rouba. Ladrão é o que é. Roubar é o que faz.
Mas ele só é o que é por que ele faz. Se não
fizesse (atos), o que ele seria?
•Outro Exemplo é: No caso do pecador. Imagine
aí, se ele pecar ele é pecador. E se não pecar?
Continua pecador. Diferente do ladrão por
exemplo. Por que o Pecador já nasce (sl. 51).
8. •Então numa perspectiva de uma teologia
reformada não dá para separar o pecador de
seus atos. É como só revelem o que ele é.
•Já nascemos com a tendência para o pecado
(filhos de adão), um exemplo que todos somos
pecadores está no texto da mulher adultera.
Somos filhos da irá, até que Deus nos livre
dela. A irá de Deus está sobre o homem (Ef.
2:3)
9. •O pecado não está separado do pecador (Mc.
16: 15)
•A ideia de que Deus odeia o pecado e o
pecador: é uma ideia numa perspectiva de
uma teologia reformada não dá para separar o
pecador de seus atos. É como só revela o que
ele é.
• O amor de Deus não o impede de irar-se contra o pecador, pois Ele
é amor e também é justiça e a sua justiça não nos deixa imune a
sua ira se não nos arrependermos. (Sl. 7:11)
10. •A ideia que temos de amor é uma ideia
construída com base na cultura grega que é
baseada naquilo que você sente, a teologia traz
um outro olhar sobre o amor, amor na teologia
vai além do sentir, é atitude, entrega, doação.
(Rm. 5:8), uma disposição de entrega, e isso nos
leva a compreender isso melhor a partir dos atributos, ou seja, só é
possível compreender melhor a questão desse amor quando
estudamos de forma separada os atributos. Como é o amor de
Deus? A justiça? A Imutabilidade?
11. •Analisando tanto os atributos comunicáveis
como os incomunicáveis. Chegando a
compreensão através desse estudo dos
atributos que uma coisa não exclui a outra,
tanto o amor quanto a irá pertence ao Senhor,
assim como a justiça e o amor.
•Mas, o que são atributos?
•
•
12. •Segundo a ideia cristã, Deus é Espírito Pessoal.
Deus possui, portanto, os poderes essenciais a
um espírito, que são: pensar, querer e sentir. O
ser que se compõe destes poderes pessoais
tem certo modo de proceder e certas
qualidades morais. Quais são, então, estes
modos de proceder e estas qualidades morais
que vamos atribuir a este Deus que é Espírito
Pessoal?
13. •As coisas que atribuímos a este Ser, chamam-
se atributos. Portanto iremos nesta manhã vê
sobre 3 atributos morais de Deus para que
possamos entender a ideia da frase Deus odeia
o pecador tanto quanto o pecado.
•Atributo, pois, é uma qualidade atribuída a um
ser que existe. Os atributos de Deus são:
modos de atividade e qualidades do seu
caráter.
14. •Deve-se notar, então, que os atributos não são
Deus, mas os modos e as qualidades dele. A
laranja, por exemplo, é doce e redonda, mas as
qualidades de doçura e redondeza não
constituem a laranja, porque são apenas o
modo de sua existência e a sua qualidade. O
homem anda, fala e trabalha, porém, o andar,
o falar e o trabalhar não constituem o homem,
senão a maneira de suas atividades.
15. •Assim é com referência aos atributos que lhe
representam os modos de proceder e as
qualidades morais.
•Há duas classes de atributos os chamados
naturais e os morais. Os atributos naturais de
Deus: são aqueles que pertencem unicamente
a Ele que são: A onipotência, Onisciência e
Onipresença. (Sl. 139; Mt. 28). Atributos Morais
são aqueles que o Senhor nos faz possuir que
16. •A santidade é a plenitude gloriosa da
excelência moral de Deus, princípio básico de
suas ações e aferidor único e verdadeiro de
suas criaturas.
•A santidade envolve duas ideias: uma, a de que
ele é perfeitamente bom; outra, a de sua
fidelidade, própria de todos os seus atos. Os atos
de Deus são perfeitos, porque concordam com o seu caráter
perfeito. Nestes dois fatos revelados Deus quer que nós, homens,
aprendamos que ele é santo no seu caráter mais Íntimo, e que os
17. •Deseja, ainda mais, que saibamos que a
santidade é o padrão, a medida, o aferidor
tanto para ele próprio como para as suas
criaturas. «Sede vós, pois perfeitos como
perfeito é o vosso Pai que está nos céus»
(Mateus 5:48). A santidade determina o alvo de
Deus. Sim, a santidade determina o alvo para
onde Deus tem em vista conduzir o universo.
Com o proposito de tornar o ser humano a sua
18. •Deus exige santidade. Desde que a santidade
determina o fim da criação, concluímos que
Deus exige que sejam santos e bons todos os
seres capazes de santidade e bondade. «Sede
vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso
Pai que está nos céus. » Deus não pode ter dois
padrões ou duas medidas, uma para si mesmo
e outra para a sua criação, porque o fim da
criação é aquilo que Deus é. Ele tem que julgar
19. •A bondade é o aferidor que Deus usa para si
mesmo e para tudo o que faz, e bondade será
também a mesma medida que usará em
relação ao homem e seus atos.
•Paulo no capítulo 7 da carta aos Romanos traz
a ideia de santidade mais detalhada, com a
afirmativa que esse atributo não pode se
achegar ao homem por si só, mas unicamente
através de Deus. (Rm. 7:7-25)
20. •2. Justiça
•A justiça de Deus. Baseados no que já sabemos,
tocante à santidade de Deus, podemos compreender
melhor a sua justiça. Dizer que Deus é justo é
afirmar que ele faz sempre o que é direito e
conforme ao seu caráter. Naturalmente esta
santidade de Deus torna-se numa justiça punitiva
para os que resistem, para os que se identificam
com o pecado. Se possível fora, o pecado impediria
a realização de todos os planos de Deus.
21. •Acontece a mesma coisa ao pecador, que faz
causa comum com o pecado. Devido ao
pecado, não pode Deus deixar prosperar o
caminho do ímpio. «0 caminhos do ímpio»,
diz-nos a Bíblia, «perecerá». Resistir a Deus é
criar barreiras insuperáveis, é trazer a irá d’Ele
para si.
•A justiça de Deus quer dizer muito mais do que
simplesmente castigo, porque ele não só garante a
22. •Falando o Salmista sobre este ponto, compara
os justos a uma árvore plantada junto a
ribeiros de águas, que dá muito fruto e
prosperará. Deus é justo, e fará justiça a todos,
assim ao mau como ao bom, ao ímpio como ao
santo. O justo tem a certeza de ser abençoado
por Deus como tem o mau de ser condenado,
porque absolutamente reta é a justiça divina,
justiça que não opera segundo a vista dos
23. • Deus exige do homem nem mais nem menos
do que deve exigir, pois ele é justo em todos
os seus atos. É fiel a si mesmo e à sua Criação.
Devido à sua justiça, dá a cada um a merecida
recompensa: ao ímpio o castigo, ao justo o
galardão. Nada há mais certo do que a
condenação do ímpio e a salvação do justo em
Cristo.
24. •3. Amor
•Amor. Uma das declarações supremas da revelação
cristã é que Deus é Amor (I João 4:8).
•Procuraremos agora, se for possível, compreender o
que significa esta sublime declaração, «Deus é
amor». Depois de estudarmos esta sublime
declaração do Apóstolo e aprendermos a mesma
também dos ensinos de Jesus, veremos que só se
pode verdadeiramente
25. •Antes, de penetrarmos na discussão do
assunto, queremos destacar um fato: o amor
não é apenas um sentimento. Não há nada
mais passageiro na vida que o sentimento. O
amor não consiste somente em sentir. O amor,
além do sentimento, envolve também certa
atitude em relação ao amado. A Bíblia diz que
o amor nunca se acaba. Amor é mais que
sentimento, é a atitude firme de dar-se ao ente ou
26. •O amor que existe em Deus pode ser assim
definido: O amor em Deus é ele dando-se a si
mesmo, e dando tudo quanto é bom às suas
criaturas, com o fim de possuí-las na mais
íntima comunhão consigo mesmo. O amor de
Deus é um amor perfeito, porque está ligado a
uma bondade perfeita. Nisto temos o que de
mais precioso e benéfico se pode imaginar.
27. •Vejamos, agora, o que nos ensinam as
Escrituras concernente ao amor de Deus.
Segundo I João 4:16, Deus é amor. João 3:16
corrobora fortemente a doutrina: «Porque Deus
amou o mundo de tal maneira, que deu o seu
Filho unigênito, para que todo aquele que nele
crê não pereça, mas tenha a vida eterna. »
Encontram-se nestas duas passagens,
perfeitamente combinados,
28. •os dois elementos do amor; há aqui tanto o
impulso de dar como o de possuir. O próprio
Deus dando-se a si mesmo primeiro, para que
pudesse ter o homem Íntima comunhão com
ele. Temos aqui o perfeito amor.
•Contudo o amor não anula a justiça de Deus.
•(Analise novamente do Slide 10)