O documento discute a carreira de tecnólogo, visões e opções de inserção no mercado de trabalho. Apresenta o contexto histórico dos cursos superiores de tecnologia no Brasil e as diferenças entre bacharelado e formação tecnológica. Também aborda a visão dos conselhos de fiscalização sobre a atuação dos tecnólogos e as 13 áreas tecnológicas reconhecidas pelo MEC. Por fim, discute as oportunidades e visão de futuro para a profissão.
Inatel 2017 - aula magna dos cursos de tecnologia - igor feliciano - jorge carneiro
1. Tecnólogo, sua carreira, visões
e opções para inserção no mercado de trabalho
Santa Rita do Sapucaí, 21 de Agosto de 2017
Dr. Igor Feliciano e Esp. Jorge Carneiro
Instituto Nacional de Telecomunicações – Inatel , Santa Rita do Sapucaí-MG, Brasil.
E-mail: igorfelicianodacosta@gmail.com, jorge.carneiro@mtel.inatel.br
Fone: 55 (13) 9.97929297 (35) 9.9826-5884
Aula Magna dos Cursos de Tecnologia
2. Agenda
Contexto do Tecnólogo - 3
Oportunidades e Visão de Futuro - 23
Case Profissional - 34
Case Acadêmico - 40
Debate - 50
Referências - 52
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4. Breve Histórico
Cursos Superiores de Tecnologia no Brasil
Os cursos superiores de tecnologia surgiram na década de 1970, todavia, a partir de 1990, a
demanda por essa modalidade de ensino superior cresceu em função da regulamentação
dos artigos 39 a 57 da Lei 9.394, de 20 de novembro de 1996, denominada Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional (LDB); dos Decretos 2.208, de 17 de abril de 1997, e 3.860, de
9 de julho de 2001; da Resolução do Conselho Nacional de Educação/Conselho Pleno nº
3/2002, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a organização e o
funcionamento dos cursos superiores de tecnologia, fundamentada no Parecer CNE/CP nº
436/2001.
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5. 5
Cursos Superiores no Brasil
@2s2017
Observa-se, pelos dados do Censo da Educação Superior do MEC, a crescente demanda pelos cursos superiores de tecnologia, sendo priorizados os cursos na área da Administração e
da Tecnologia da Informação.
O Governo Federal concentra uma grande atenção à formação de Tecnólogos, sendo estes considerados, inclusive, como cursos “prioritários” para efeito do financiamento estudantil
(FIES), juntamente com as licenciaturas em Física, Química, Matemática e Biologia, Administração, Engenharias, Geologia e Medicina.
Bacharelado, de Licenciatura e Superiores de Tecnologia
6. 6
Bacharel vs Formação Tecnológica
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A legislação educacional em vigor estabelece diferenças estruturais entre os cursos de bacharelado e os cursos superiores de
tecnologia. Embora as duas modalidades de ensino sejam de graduação, suas bases legais não as igualam.
Cada curso superior de tecnologia em determinada área de atuação deve abranger apenas uma área específica do campo
de conhecimento da formação esperada, consideradas em suas respectivas competências profissionais definidas pelas
Instituições de Educação Superior (IES), enquanto que os cursos que formam no Bacharelado que são determinadas pelas
diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de bacharelado para cada área, devem contemplar todos os “campos
interligados de formação profissional relacionados com as áreas específicas”.
A característica principal dos cursos que formam Tecnólogos é, no geral, a integralização das disciplinas de suas matrizes
curriculares (que possui carga horária que varia entre 1.600 horas a 2.400 horas), ocorre geralmente em 3 anos. Já os
conteúdos contidos nas matrizes curriculares dos cursos de bacharelado, cuja carga horária mínima é de 3.000 horas,
devem ser integralizados no tempo mínimo de 4 anos.
7. 7
Conhecendo os Tecnólogos - MEC
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1. Ambiente e Saúde;
2. Apoio Escolar;
3. Controle e Processos Industriais;
4. Gestão e Negócios;
5. Hospitalidade e Lazer;
6. Informação e Comunicação;
7. Infraestrutura;
8. Militar;
9. Produção Alimentícia;
10. Produção Cultural e Design;
11. Produção Industrial;
12. Recursos Naturais; e
13. Segurança.
O Ministério da Educação publicou, em dezembro de 2006, a primeira versão do Catálogo Nacional de Cursos Superiores
de Tecnologia, o qual considera as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Tecnológico e está
“em sintonia com a dinâmica do setor produtivo e os requerimentos da sociedade”, temos estabelecidos 13 eixos
tecnológicos no referido catálogo, abaixo relacionados, e os 112 cursos superiores de tecnologia, contidos no documento.
8. 8
Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia
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Fonte: Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia 2010
12. 12
Entendimentos Gerais ...
@2s2017
A legislação educacional não estabelece os limites para atuação profissional e tal competência é exclusiva dos Conselhos
de Fiscalização do Exercício Profissional mediante suas respectivas leis de regência. A própria Resolução CNE/CP nº 3/2002,
em seu art. 10, a seguir destacado, deixa claro que os limites de atuação profissional deverão ser respeitados:
“[...] Art. 10 As Instituições de Ensino, ao elaborarem os seus planos
ou projetos pedagógicos dos cursos superiores de tecnologia, sem
prejuízo do respectivo perfil profissional de conclusão identificado,
deverão considerar as atribuições privativas ou exclusivas das
profissões regulamentadas por lei. (grifamos) [...]”
Definem-se, a seguir, o que deve compreender as competências profissionais do Tecnólogo, de acordo com o art. 7º da
Resolução CNE/CP nº 3/2002
“[...] Entende-se por competência profissional a capacidade
pessoal de mobilizar, articular e colocar em ação
conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para
o desempenho eficiente e eficaz de atividades requeridas pela
natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico.
(grifamos) [...]”
13. 13
Visão Conselho - CRA
@2s2017
O Tecnólogo possui formação em curso superior, de graduação, em uma área
específica do conhecimento e, por consequência, sua atuação profissional é restrita
ao curso em que ele se formou, nos termos determinados pelo seu conselho.
Portanto, os cursos superiores de tecnologia formam um especialista em uma área
profissional específica de um determinado campo do conhecimento.
O Conselho Nacional de Educação define no Parecer CNE/CP nº 436/2001, pág. 9,
que “o tecnólogo deve estar apto a desenvolver, de forma plena e inovadora,
atividades em uma determinada área profissional” e deve ter formação específica
para:
✓ Aplicação, desenvolvimento, pesquisa aplicada e inovação tecnológica e difusão de
tecnologias;
✓ Gestão de processos de produção de bens e serviços; e
✓ Desenvolvimento da capacidade empreendedora
14. 14
Visão Conselho - CRA
@2s2017
Ao mesmo tempo, essa formação deverá manter as suas competências em sintonia
com o mundo do trabalho e ser desenvolvida de modo a ser especializada em
segmentos (modalidades) de uma determinada área profissional.
Os eixos tecnológicos, definidos no Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de
Tecnologia, subsidiam as IESs e os sistemas de ensino na organização curricular dos
cursos superiores de tecnologia, os quais devem atender aos limites de formação
estabelecidos pela legislação educacional em vigor e às leis de regências das
profissões.
O histórico escolar, que acompanha o diploma de graduação e é estabelecido
pela Instituição de Educação Superior, “deverá incluir as competências
profissionais definidas no perfil profissional de conclusão do respectivo curso”,
de acordo com § 1º do art. 4ª da Resolução CNE/CP nº 3/2002. Tais competências
são consideradas áreas de formação do Tecnólogo, portanto, os objetivos dos
cursos superiores de tecnologia não devem ter abrangência geral. Competências Profissionais
=
Área de formação
O CFA, ao regulamentar a atividade profissional do Tecnólogo em determinada
área, estabeleceu, no art. 3º da Resolução Normativa CFA nº 374/2009, que a
“atuação profissional dos tecnólogos se limitará especificamente à sua área de
formação”
15. 15
Visão Conselho – CREA RESOLUÇÃO Nº 218, DE 29 DE JUNHO DE 1973
@2s2017
Fonte: Portal do CONFEA
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Visão Conselho – CREA RESOLUÇÃO Nº 313, DE 26 SET 1986
@2s2017
Fonte: Portal do CONFEA
20. Reflexões !!!
• Especialização, lactusenso (mestrado e doutorado);
• Atividades complementares e não concorrentes;
• Engenheiro de Operação é o Tecnólogo;
• Desafios mercado (informação, novas tendências);
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27. Olhando de perto o mercado ...
• Mitos e Verdades
• Visão Nacional
• Mudança da cultura instalada no Brasil
• Visão Internacional
• Desafios e quebra de cultura instalada
@2s2017 27
32. Olhando de perto o mercado ...
• Mitos e Verdades
• Visão Nacional
• Mudança da cultura instalada no Brasil
• Visão Internacional
• Desafios e quebra de cultura instalada
@2s2017 32
33. 3 anos para a titulação de engenheiro, sendo que
6 meses para comprovação de competência em
empresa da área.
Mais 2 anos para a titulação de mestre!
@2s2017 33
35. Abordagem
• Motivação start
• Time Line
• Realizações
• Perspectivas
@2s2017 35
“Insanidade é continuar fazer sempre a mesma coisa e
esperar resultados diferentes.”
Albert Einstein
36. 36
Time Line
@2s2017
P&D
11%
Telecomunicações
41%
Docência
23%
Tecnologia da Informação
15% Desenvolvimento
10%
CARREIRA PROFISSIONAL
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 Anos
Área de P&D 3
* 12
Área de Docência 4
Área de Tecnologia da Informação 6
Área de Desenvolvimento 3
Carreira
Profissional
1990 20172002
TIC Telecomunicação
* Dedicados a Gestão e Governança de Telecomunicações
37. Fonte: Portal de autoatendimento on-line CREA
Jorge Roberto Carneiro, Graduação Tecnológica em Gestão de Telecomunicações, com , pelo SENAC-RJ em 2013, membro do
CREA-RJ e CRA-RJ, com qualificações em Gerencia de Sistema e Infraestrutura de Rede Interna de Telecomunicações, Gerencia
de Projetos de Sistemas de Telecomunicações e Gerente Comercial de Sistemas e Serviços de Telecomunicações; Pós-Graduação
em Engenharia de Redes e Sistemas de Telecomunicações, pelo Inatel em 2016; Pós-Graduação em Gerência de Projetos, pela
UCM-RJ em 2015, Perito Judicial e Assistente Técnico em telecomunicações desde 2014 (APJERJ) e Pós Graduando em Coach e
Gestão de RH, UCM prev. 2s2018 . Atualmente concluindo o Mestrado em Telecomunicações, pelo Inatel prev. defesa 1S2018,
com foco em Modelos de Governança e Operação para Redes Smart Places para correntes e futuras tecnologias (NovaGenesis).
Atuando ainda em PD&I, como pesquisador no Laboratório de Tecnologias da informação e comunicação - ICT Lab Inatel, nas
áreas de Cyberinfrastructure, Future Internet Architectures, Smart Places e responsável pelo escritório de projetos - ICT Lab
PMO, realizando Pós-Graduação em Coaching e Gestão de RH, pela UCM-RJ desde 2016. Experiência de mais de 22 anos na área
de tecnologia da informação e comunicação (TIC), atuando na docência, governança de telecomunicações e gerencia de projetos
e de negócios.
@2s2017 37
38. @2s2017 38
Realizações
02 Publicações
02 Moções
10 Homenagens
1 patente em andamento
Mestrado aos 44 anos
Doutorado aos 48 anos
“ ...Quando está só é um sonho,
em dupla se planeja e em trio se realiza...”
Pontos fundamentais ?Leis Sistêmicas Parcerias !!!
Qual o caminho certo?Ordem, Pertencimento e
Equilibrio
Sem elas, não chegamos
longe e nem onde
esperarmos ir!50% das coisas na vida pode dar certo
ou errado, só depende de você,
garantir o SIM, pois o NÃO é certo !!!
Team @ 4th Future Internet Seminar
42. 42
Time Line
@2s2017
2008: Tecnologia de
Telecomunicações
2010: Palestra
empresa Orbisat,
atual Bradar
2011: Primeira
patente
2012: Mestrado
Inatel
2013: 6 publicações
Doutorado UNIFEI /Inatel
2014: Primeira antena
controlada opticamente
para ondas milimétricas,
aplicações para sistemas 5G
Primeiro prêmio
internacional
2015: DTU Dinamarca
2012: Primeira
antena controlada
opticamente do
Brasil
2016: Mensão honrosa SBRT
Best Paper Award MOMAG
Best licensed patent, Inventors Award
Mais de 30 publicações
3 patentes
Início do pós doutorado com 26 anos.
2017: representante da UNIFEI e
do Inatel para o prêmio CAPES
melhores teses de doutorado.
Inscrição feita com 38 artigos
publicados, sendo 8 revistas
internacionais
O futuro irá refletir
o caminho que
estou construindo!
44. @2s2017 44
Igor Feliciano da Costa
Possui doutorado em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Itajubá - UNIFEI em parceria
com a Technical University of Denmark - DTU, onde fez parte de seu doutorado, mestrado em
Telecomunicações pelo Instituto Nacional de Telecomunicações - Inatel (2013) e graduação em
Tecnologia em Telecomunicações pela Universidade Estadual de Campinas (2011). Tem experiência
na área de pesquisa e desenvolvimento de antenas para aviões não tripulados (VANTs), radares SAR,
radares de Monopulso, antenas reconfiguráveis e antenas na faixa de ondas milimétricas aplicadas a
5G. Atualmente é pesquisador de pós doutorado no laboratório de Wireless and Optical Convergent
Access (WOCA) do Inatel, onde é líder técnico do grupo de radio frequência.
45. @2s2017 45
Realizações
44 Publicações
5 prêmios
3 patentes
+ 6 Produtos transferidos para o mercado
Doutorado aos 26 anos
“ As pessoas são aplaudidas em público, pelo
que praticaram anos sozinhas!”
Qual a sua desculpa?
Tempo Falta de conhecimento
Medo, e se der errado?Quanto mais trabalha mais
tempo você tem.
O conhecimento se origina
de uma tentativa.
A obsessão pela perfeição
gera maestria, da maestria
vem a inovação!
O maior arrependimento do homem
é o arrependimento de não ter
tentado ou ter desistido.
52. @2s2017 54www.inatel.br/ictlabwww.inatel.br/woca
Member of Information and Communications Technologies (ICT) laboratory Inatel
Cyberinfrastructure # Future Internet Architectures # Portfolio Manager ICT Lab PMO # ISCampus #
Researcher in Governance and Operations Model for Smart Places of Current and Future Technologies
# Mobile: +55 35 9.9826-5884 # Skype: jorge.carneiro.inatel
# Facebook # Linkedin # Lattes # www.inatel.br/ictlab ou /novagenesis
Agradecimentos
Member of WOCA laboratory Inatel
Researcher in radar antennas and mm-wave antennas for 5G networks
# Mobile: +55 35 9.9792-9297 # Skype: igorfelicianodacosta
# Facebook # Linkedin # Lattes # www.inatel.br/woca