2. JING “BIE” = meridiano divergente, separado,
distinto.
12 Jing Zheng (meridianos principais)
Complementa Qi (wei Qi, Ying Qi e Xue) cavidade
torácica, abdome , cabeça e pescoço.
A diferença dos meridianos principais é a relação
de acoplamento entre Yin e Yang e exterior e
interior.
3. Os canais divergentes ou distintos, são em número
de 12, se originam nos canais de energia principais.
Têm a função de levar Qi e Xue para as cavidades
torácicas e abdominal, para a cabeça e para as
regiões nas quais a energia Yin e Yang não são
distribuídas pelos canais de energia principais.
Eles formam pares, constituídos de um canal de
energia Divergente, proveniente de um canal de
energia Yang (e de seu acoplado), um Yin. São eles
que fazem a ligação Exterior/interior.
4. Por exemplo os canais do IG e do P – enquanto
estes canais de energia principais fazem a ligação
Yin/Yang externamente, os canais divergentes
fazem esta ligação internamente.
Os pares dos canais de energia divergentes
acoplados, chamados de confluência. Após penetrar
a cavidade torácica e abdominal, levam Qi e Xue
para os órgãos, vísceras e estruturas orgânicas
onde passam.
O trajeto do canal de energia Divergente é diferente
em se tratando de canal de energia Yang ou de Yin.
5. O canal de energia divergente de característica Yang
inicia-se no nível dos membros inferiores e superiores
e provém do canal de energia principal Yang, após
percorrer os membros.
Penetra as cavidades torácicas e abdominal,
mantendo conexão com o órgão e com a víscera a
ele relacionado, e emerge na região do pescoço ou
da face, onde novamente se une ao canal de energia
principal Yang que deu origem.
6. Os de característica Yin inicia-se ao nível dos
membros superiores ou inferiores e provém do canal
de energia principal Yin, penetra o abdome, segue
paralelo ao canal de energia divergente Yang,
mantendo as mesmas conexões deste, emerge na
região do pescoço ou da face, de onde vai conectar-
se com o canal de energia principal Yang acoplado.
É através desta ligação que a energia Yin circula nas
regiões onde não há um trajeto próprio dos canais
de energia Yin, e que passa de hemicorpo para o
outro – unindo o D e o E.
7. Os três canais divergentes Yin e Yang do pé mantém
conexão com a área cardíaca e emergem na cabeça,
ao passo que os da mão penetram o tórax, mantém
conexões com os órgãos, com o coração, emergem
na garganta, na cabeça e na face.
Desta forma os divergentes fazem a ligação dos
meridianos principais, em ligação com os zang/fu,
com o interior e distribuem as diferentes formas de
energia e sangue para as estruturas internas do
corpo (órgão, víscera, cérebro e medula..).
8. É importante para compreender a ligação dos
zang/fu entre si, como ocorre entre o C e o R, entre
E e C, das influências de um órgão sobre o outro, e
da ligação entre um hemicorpo e outro, importante
para manter a harmonia entre o D e E, entre Yin e
Yang, entre Qi e Xue.
Tem por função transportar Qi e Xue e a promoção
de ligação interna. Estão correlacionados com a
energia dos canais principais e estes em vazio os
canais divergentes também estarão.
9. Não se conhece patologias dos canais divergentes,
a não ser as deficiências que são tratadas
fortalecendo o canal de energia principal e os
pontos de divergência.
Importância terapêutica é reforçar a conexão entre
zang e fu.
Explica como todos os meridianos (zang/fu)tem
conexão com o Xin, e as manifestações de cada
zang nos orifícios.
10. PRIMEIRA CONFLUÊNCIA: B e R
Bexiga:
Quando o canal principal da B chega ao joelho
(B54), emite um canal secundário = canal de
energia divergente da B – com trajeto paralelo,
sobe pela parte posterior da coxa e na região
sacra, a 5 ts desta penetra na região anal e toma
sentido ascendente, conectando com a víscera B e
se dispersa no R, sobe a coluna vertebral (B23),
dispersa na região cardíaca, desta para a garganta
(VC23) e se exterioriza, converge para o (B10).
11. Rim.
Quando o canal de energia principal do R chega à
fossa poplítea (R10) emite um canal secundário, que
sobe pela face posterior da coxa.
Comentários:
O canal de energia divergente da B recebe Qi e Xue
para sua formação e função energética diretamente
do canal principal da B pelo (B54). O mesmo com o
do R no (R10).
Estes canais estando pleno de energia, distribui para
a B, R, C, faz a comunicação interna e com o cérebro
e o olho recebem energia dos Rins.
12. A deficiência nos canais principais promove vazio de
Qi, promove deficiência nos divergentes e def. de
Xue.
Para tratar deve-se fortalecer os canais principais
nos seus pontos de divergência B= B54 e R = R10,
procurando circular a energia nos canais de energia
unitários e tonificar R (R7) e B (B67).
13. 2 ou 3 CONFLUÊNCIA = E e BP
ESTÔMAGO
Quando o canal principal do E chega à região
inguinal (E30) (E31?) emite um canal secundário =
canal divergente do E, penetra na cavidade
abdominal, segue para o E, ramifica no BP, vai para
o C, segue pelo esôfago passa no E12 – (E9?) até
atingir a boca, contorna o nariz e se conecta com o
olho, antes de se unir no E1 com o principal.
14. BAÇO PÂNCREAS
O canal do BP chega à pelve no BP12 (BP11?),
emite um canal de energia secundário – divergente
do BP, que segue para o ponto E30, penetra o
abdome, segue paralelo ao divergente do E, faz as
mesmas conexões com os órgãos e depois segue
para a garganta (E12 e 9) e língua, desta para os
olhos onde une com o E1.
15. Comentários:
Estes recebem Qi e Xue dos canais principais,
distribuindo para o E, BP, C - assim une-se ao C e
manifesta-se no olho e cérebro.
Tratamento: tonificar o E30 (E31?), o BP12 (BP11?),
E9 e E1.
E os meridianos principais.
16. 3 ou 2 CONFLUÊNCIA – VB e F
VESÍCULA BILIAR
Quando chega ao quadril no ponto VB30, emite um
canal secundário -divergente da VB que penetra na
pelve para emergir no VC2, vai para a parte inferior
da cavidade torácica (F13), onde se conecta com a
VB e se ramifica no F, segue para o
coração,ascende pelo esôfago e se dispersa na
face, onde se conecta com o olho e se reúne no
VB1.
17. FÍGADO
Ao chegar na perna (F5), emite um canal
secundário – divergente do F, que segue medial ao
membro inferior até a região púbica (VC2), une-se
ao canal de VB, junto penetra no abdome, F13, C,
mesmo trajeto da VB e conecta com o olho e com o
canal principal de VB no VB1.
18. Comentários.
Os canais divergentes de VB e F recebem Xue e Qi
dos canais principais, distribuindo para os canais
onde passam, desta forma o Qi do F chega aos olhos
e cérebro.
Tratamento tonificar os canais principais. Tonificar o
VB30, F5, VC2 e VB1.
19. 4 CONFLUÊNCIA: ID E C
INTESTINO DELGADO.
Quando chega no ombro (ID10 ou 12?), emite um
canal secundário – divergente, segue através da axila
(VB22 ou C1?), penetra a cavidade torácica, onde se
relaciona com o C, desce para o abdome se conecta
com o ID, do C um canal divergente vai para a face,
emerge no B1 – é o ponto de união do canal
divergente da B e ID.
20. CORAÇÃO
Do C1 (VB22?)forma-se o canal divergente do C, que
penetra no tórax, segue paralelo ao do ID e conecta-
se com o C, sobe para a garganta (VC23) e conecta-
se na face, unindo-se ao do ID no B1.
Comentários:
Estes canais recebem Qi e Xue dos meridianos
principais, e distribui em toda a região em que
passam.
Tratamento: tonificar os meridianos principais.
E tonificar ID10, C1, VB22 e B1.
21. 5 ou 6 CONFLUÊNCIA
INTESTINO GROSSO.
Inicia na mão(?) no IG1, segue paralelo ao
meridiano principal, percorre braço, (IG15) ombro –
deste sai um ramo de divergente do IG, que vai
para a coluna vertebral na C7, passa pelo (E12),
onde penetra as cavidades torácicas e abdominal,
fazendo conexão com o C, IG e P, vai para a fossa
supraclavicular, onde se conecta com o meridiano
principal do IG no IG18.
22. PULMÃO.
Do P1 se origina o divergente do P, que segue
anterior ao canal de energia principal do CS (VB22),
penetra o tórax, conecta-se com o C, P e IG e deste
se ramifica, vai para a região supraclavicular (E12) e
para aa garganta, onde emerge e se conecta com o
IG18.
Tratamento:
Tonificar os meridianos principais.
e os divergentes P1, IG1 e IG18.
23. 5 ou 6 CONFLUÊNCIA: TA e CS
TRIPLO AQUECEDOR.
Do TA 20 emite um canal secundário para o vértex
da cabeça no VG20, deste inicia-se o divergente do
TA, desce para a região supraclavicular e penetra a
caixa torácica, ramifica-se na face interna do tórax,
segue para o envoltório do C e C, comunica-se com
o TA e vai para o TA16.
24. CIRCULAÇÃO SEXO.
Origina-se no CS1, penetra a cavidade torácica
atrás do VB22, comunica-se com o TA, CS e C, do
tórax sai um ramo ascendente que vai para a
garganta (VC23), emerge por trás do pavilhão
auricular, para unir-se ao meridiano principal do TA
no TA 16.
Tratamento: tonificar o meridiano principal.
E tonifica-se o VG20, CS1, e TA16.
25. Os canais divergentes são pouco citados em
literatura.
Como o R que pertence ao Yin dá origem aos
divergentes pela energia ancestral e se considerar
de que do Yin surge o Yang e que o R é a base de
todo Yin e Yang do corpo, faz supor de que o C
deva possuir um sistema similar, por todos os
divergentes passarem por ele.
Portanto os divergentes teriam origem no C e
estaria relacionado com a mente (que fica neste
armazenado).
26. Uma condição para diagnóstico de afecções do
divergente é acometimento energético, funcional e
ou orgânico do Xin -palpitação, opressão torácica,
precordialgias, arritmia, angina, etc.
O maior fator causal é a presença de distúrbios
emocionais, precedendo os sintomas clínicos –
estagna o Qi. Pode estagnar Qi nos Zang e Fu –
provocando as manifestações clínicas.
Dos pontos de confluência podem evoluir para os
canais principais, provocando algias e afecções
funcionais e orgânicas.
27. As afecções dos canais divergentes caracteriza pelo
bloqueio da circulação de Qi, devido à estagnação
de Qi do C, que pode dificultar a ligação do C com
os demais Zang e Fu – distúrbios energéticos,
funcionais e orgânicos.
Portanto os divergentes são importantes para o
tratamento de doenças do Zang/fu onde exista
associação com estado emocional ou de cunho
emocional, como asma, hipertireoidismo, artrite,
diabetes, lombalgia. Como serve de prevenção das
afecções dos zang/fu ao encaminhar energia mental
para eles.
28. Para diagnóstico dos canais divergentes deve-se
ater para:
• História de problemas emocionais – início dos
sintomas.
•Manifestação energética, funcional e ou orgânica
do C.
•Presença de manifestação clínica do Zang/fu.
•Presença de pontos de confluência doloroso do
canal em questão.
•Procurar manifestação clínica do trajeto do
meridiano principal envolvido.
29. CIRCULAÇÃO SEXO E TRIPLO
AQUECEDORA
• É um distúrbio freqüente como se carregasse peso
ou fardo, de difícil solução – como se tivesse que
sustentar filhos menores. Pode apresentar opressão
torácica, taquicardia, dor epigástrica, dorsalgia
interescapular, dor na lateral da mama, hipertensão
arterial e cervicalgia ou cervicobraquialgia com
sensação de queimação.
• Dor no CS1, TA16, VG20, E12 e E13.
30. CORAÇÃO E INTESTINO DELGADO
• Distúrbio do Shen*, dor na região anterior
do ombro, e posterior do ombro abaixo da
espinha da escápula. Pode irradiar pelo
trajeto do C, como dor na face medial do
braço, epicôndilo medial.
• Dor em C1, B1, ID16 e B1.
31. PULMAO E INTESTINO GROSSO
• Desordem do Shen* relacionados a tristeza,
medo ou depressão, fadigabilidade,
desconforto respiratório, dispnéia, opressão
torácica, asma, bronquite crônica, tontura,
sensação de falta de energia e dor na lateral
do pescoço.
• Dor em P1 e IG18.
32. FÍGADO E VESÍCULA BILIAR
• Para tratar afecções do membro inferior.
Caracteriza por apresentar emoções reprimidas –
raiva, revolta, precordialgia ou distúrbio
energético do C – hipertensão arterial e palpitação.
Pode apresentar dores no quadril ou joelho,
lombalgia, distúrbios menstruais, alterações
ginecológicas, cefaléia, enxaqueca, cervicalgia.
• Dor no VB30, F5, VB1, ID17.
33. BAÇO E ESTÔMAGO
• A preocupação é um dos pilares das emoções.
Distúrbio digestório – prisão de ventre, doebças
intestinais, do estômago, distensão abdominal,
alergia alimentar), alergia sistêmica, alteração da
tireóide, lombalgia, fraqueza e hipotrofias
musculares dos membros inferiores e superiores.
• Dor E30, BP12, E9.
34. RIM E BEXIGA
• Sensação de peso ou sobrecarga emocional,
assumir família, negócios, responsabilidade,
podem provocar lombalgia, manifestações
do C – palpitação, dorsalgia, epigastralgias,
impotência sexual, poliúria, desânimo,
ansiedade, cefaléia, nucalgia, lombalgia, dor
na fossa poplítea, na panturrilha.
• Dor em B54, R10 e B10.
35. Caso Clínico
• Uma mulher de 37 anos de idade sofria de cefaléia crônica
desde a infância (já feito tomo da cabeça e nenhuma
alteração encontrada), as dores oscilavam de lado
(meridiano de VB) e às vezes em capacete, e se
assentavam atrás do globo ocular D. A dor era severa, do
tipo facada acompanhada por vômito e diarréia. Também
apresentava rinites constantes, e a dor piorava com o
estresse do trabalho. Períodos menstruais escassos, com
coágulo e cólica após o ciclo. A língua era pálida e
arroxeada com as laterais alaranjada, as veias inchadas e
escuras na face inferior.