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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
ALVES, JOILSON VIANA
ARAÚJO, IGOR OLIVEIRA DE
REIS, SWANE SAMIA DE MORAES
SILVA, PAMELA THAÍS DE SOUZA
ETNOBOTÂNICA E A FITOQUÍMICA DAS PLANTAS MEDICINAIS USADAS
NO TRATAMENTO DE HELMINTOSES
Projeto de pesquisa apresentado a
Universidade Federal Rural de
Pernambuco – Campus Recife, como
critério de avaliação na disciplina de
Metodologia Científica, do Curso
licenciatura plena em Ciências
Biológicas, do módulo 1.
Orientador: Prof. Argus Vasconcelos de
Almeida
RECIFE,
2015
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Mastruz ou Erva de Santa Maria..................................6
Figura 2 – Alho ...................................................................................7
Figura 3 – Alecrim-do-campo...........................................................8
Figura 4 – Arruda ...............................................................................8
Figura 5 – Questionário para pesquisa no bairro de Dois Irmãos12
Sumário
1. INTRODUÇÃO...........................................................................................................4
2. OBJETIVO................................................................................................................10
2.1. Objetivo geral......................................................................................................10
2.2. Objetivo específico ............................................................................................10
3. MATERIAL E MÉTODO.........................................................................................11
3.1. Material .................................................................................................................11
3.2. Método ..................................................................................................................11
4. ORÇAMENTO..........................................................................................................13
5. CRONOGRAMA......................................................................................................13
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS....................................................................15
4
1. INTRODUÇÃO
As parasitoses intestinais - helmintíases e protozooses - representam a
doença mais comum do globo terrestre. São endêmicas em países do terceiro
mundo, principalmente por causa da falta de saneamento básico, onde se
constituem problemas de Saúde Pública (Monteiro, 1986, 1995; WHO, 1987).
No nordeste brasileiro as helmintíases mais comuns são: a
Ancilostomose (Ancylostomaduodenale ou Necatoramericanus), ou Amarelão
como é mais conhecida; a Ascaridíase (Ascaris lumbricóides), ou Lombriga
como é conhecida popularmente; e a Esquistossomose (Schistossoma
Mansoni), também conhecida como Barriga d’água.
A Ancilostomose pode ser contraída pela penetração de larvas dos
vermes na pele, ou pela ingestão de ovos do parasita Ancylostomaduodenale,
através de água e alimentos contaminados. Esta helmintose habita o intestino
delgado e se alimenta de fluidos sanguíneos. O indivíduo que a contraiu
normalmente apresenta os seguintes sintomas: palidez, febre, náuseas, tosse
seca, cefaléia, enterorragia (hemorragia intestinal), emagrecimento e anemia.
Para o tratamento desse enteroparasita, usam-se medicamentos como o
tetracloretileno, o befênio e o hexilresorcinol.
A Ascaridíase também pode ser contraída pela ingestão de água e
alimentos contaminados pelos ovos do parasita Ascaris lumbricóides, habita o
intestino delgado, contudo, não se alimenta de fluidos sanguíneos, mas dos
conteúdos do lúmen intestinal; Os sintomas dessa parasitose pode passar
despercebido até a eliminação acidental do verme ou de seus ovos. Para o
tratamento, usa-se medicamentos como: Compostos de piperazina,
Hexilresorcinol, Iodeto de ditiazanina, Hidroxinaftoato de befênio e Tetramisole.
Já a Esquistossomose é adquirida quando as pessoas entram em
contato com a água doce que está infectada com as formas larvais de parasitas
da espécie Schistossoma mansoni, que possui um ciclo de vida com dois
hospedeiros: o caramujo do gênero Biomphalaria como hospedeiro
intermediário e o homem como hospedeiro definitivo. As sintomáticas se
dividem em duas fases, fase aguda e fase crônica.
5
Na fase aguda, o infectado pode apresentar febre, suor frio, dor de
cabeça, dores musculares, cansaço, perda de apetite, emagrecimento, tosse,
dores de barriga. Algumas pessoas relatam enjôos e vômitos. O fígado fica um
pouco aumentado e doloroso a palpação.
Já na fase crônica: A diarréia é o sintoma mais comum, podendo haver
perda de apetite, cansaço e barriga dolorosa a palpação, o fígado e o baço,
apresentam-se com aumento de volume, contudo o fígado além disse cria
lesões que acarreta em aparecimento de varizes no esôfago, levando o
infectado a liberar sangue no vômito e s fezes.
Para o tratamento da Esquistossomose, são utilizados medicamentos
específicos, como: Niridazol, antomoniais, Miracil D ou emetina.
No decorrer das décadas a síntese de drogas antiparasitárias foi se
modernizando e se tornando cada vez mais eficiente, contudo, o conhecimento
e uso de plantas medicinais como recurso terapêutico ainda é bastante
utilizado, pelo fato de algumas pessoas não terem acesso a medicamentos, ou
porque estas pessoas estão buscando a fitoterapia, como uma nova forma de
tratamento.
A fitoterapia consiste no conjunto de técnicas de utilização de plantas no
tratamento de doenças. Como todo método terapêutico, a fitoterapia faz uso
dos recursos da medicina natural e dos rituais de cura indígena (BOMTEMPO,
1952).
Embora muitas pessoas ignorem a importância das plantas medicinais,
sabe-se que a farmacologia tem como base os princípios ativos das plantas.
Na verdade, a farmacologia moderna não existiria sem a botânica, a toxicologia
e aos conhecimentos que foram adquiridos através dos séculos, por meio de
práticas médicas ligadas ao emprego de plantas. Apesar dos avanços na
tecnologia mais de 40% de toda a matéria-prima dos medicamentos
encontrados hoje continuam sendo nas farmácias de origem vegetal
(BOMTEMPO, 1952).
O uso de plantas é muito antigo e está relaciona com a própria
evolução do homem, resultante da forte influência indígena, das tradições
africanas e da cultura européia trazida pelos colonizadores. Nesse contexto se
insere a etnobotânica, que é uma ciência que estuda a relação entre homens e
plantas em toda sua complexidade, e é baseada geralmente na observação
6
detalhada e estudo do uso que uma sociedade faz das plantas, incluído as
crenças e práticas culturais associadas com este uso. Essa ciência tem sido
praticada por muitos cientistas, que valorizam como relevante as concepções
desenvolvidas pelas culturas de diversas sociedades sob as plantas.
A Etnobotânica possui a importância de possibilitar a compreensão da
estrutura lógica da relação entre homens e a flora que o cerca, podendo ter
várias aplicações, como valorização da diversidade cultural e vegetal, resgate e
entendimento sobre as dinâmicas do conhecimento tradicional a respeito da
utilização da flora e conservação da mesma; desenvolvimento científico e
ecológico baseado na diversidade e potencialidade vegetal.
Na região nordeste do Brasil, as plantas medicinais mais utilizadas
para o tratamento de helmintoses são: o Mastruz, o Alho, o Alecrim-do-campo
e a Arruda.
O Mastruz (Chenopodium ambrosioides) também conhecido como Erva
de Santa Maria, é uma herbácea anual, da qual são usadas as folhas e a
sumidade florida, para a preparação do chá utilizado para o tratamento de
helmintoses (Figura 1).
Figura 1 – Mastruz ou Erva de Santa Maria
FONTE:http://www.asplantasmedicinais.com/planta-medicinal-mastruz-para-que-serve-e-
beneficios.html
Essa herbácea pode se encontrada nas regiões: Norte (Roraima,
Amapá, Pará, Amazonas, Tocantins, Acre, Rondônia), Nordeste (Maranhão,
Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Alagoas,
Sergipe), Centro-Oeste (Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do
7
Sul), Sudeste (Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de
Janeiro), Sul (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul).
A Erva de Santa Maria apresenta as seguintes propriedades
fitoquímicas: Óleos essenciais (0,3 a 0,5% nas folhas; 1% nas sementes),
contendo ascaridol (principalmente nas sementes), safrole, N-docosano, N-
hentriacontano, N-heptacosano, N-octacosano, b-pineno, methadieno,
dimetilsulfóxido, d-terpineol, aritasona, salicilato de metila, cânfora,
ambrosídeo, betaína, kaempferolrhamnosídeo, santonina, chenopodium
saponina A, chenopodosídeos A e B, cineol, p-cimeno, 3-0-glicosídeo de
quercitina, iso-hametina, pinocarvona, quenopodina, histamina, limoneno,
glicol, ácidos butírico e salicílico, ácidos orgânicos, taninos, terpenos, carveno,
p-cimol, linomeno, pectina, sais minerais. A planta contém 1,5% de óleo
essencial e 64,5% de ascaridol. Outro princípio ativo importante é o anetol
(éster fenólico).
O alho (Alliumsativum) pertence à família das liliáceas, e normalmente
é encontrado na forma de raiz, para o tratamento de helmintoses são usados
os dentes ou os gomos (Figura 2).
Figura 2 – Alho
FONTE: http://www.tuasaude.com/alho/
Esse vegetal apresenta as seguintes propriedades fitoquímicas: Aliina,
Ajoeno, Alicina e tiosulfinatos, Alilmecaptano, S-alil-cisteina e compostos γ-
glutâmico, sulfeto dialil, Adenosina, Fructanos, quercetina, Saponinas,
Escordinina, selênio, ácidos fenólicos.
8
O Alecrim-do-campo (Baccharis dracunculifolia) também conhecido
como vassourinha, que é uma espécie arbustiva, pioneira, muito ramificada
e perene, que pode chegar a três metros de altura (Figura 3).
Figura 3 – Alecrim-do-campo
FONTE:http://biologiaprofessorluispires.blogspot.com.br/2012/08/alecrim-do-campo-
descontaminado.html
A Vassourinha apresenta as seguintes propriedades fitoquímicas:
germacreno-D, biciclogermacreno, derivados prenilados do ácido coumarinico.
Germacreno-D, biciclogermacreno, delta-cadineno, germacrona, ácido 3,4-diO-
ácido-cafeoilquinico, ácido-3.5-di-O-cafeoilquinico, ácido clorogênico,
diterpenos labdânicos, compostos prenilatedos, flavonóides e outros fenólicos.
A Arruda (Ruta graveolens), é subarbusto perene e rizomatoso, da qual
são usadas as folhas, para prepara chás utilizados no tratamento de
helmintoses (Figura 4).
Figura 4 – Arruda
FONTE: http://www.cultivando.com.br/plantas_medicinais_detalhes/arruda.html
9
A Arruda apresenta as seguintes propriedades fitoquímicas: arborina;
arborinina; egama-fagarina; acridonas - rutacridona e hidroxirutacridona;
graveolina; graveolinina; kokusaginina, rutacridona; esquimianina; rutina;
nonilcetona metílica; cetonas; ésteres; efenóis; furocumarinas: bergapteno,
psoraleno, xanloxanlina, xantotoxina, isopimpinelina, e rutamarina.
Ainda hoje plantas medicinais são muito utilizadas contra as
enfermidades humanas, como as helmintoses. Recife apresenta considerável
diversidade de plantas medicinais, bem como altos índices de casos de
helmintoses. Por isso, o presente projeto busca relacionar tratamento
enteroparasitas como a fitoquímica das plantas usadas para o tratamento das
mesmas.
10
2. OBJETIVO
2.1. Objetivo geral
Realizar uma pesquisa sobre as plantas medicinais usadas pela
população recifense, do bairro de Dois Irmãos, para o tratamento de
helmintoses. E relacionar o uso dessas plantas com sua fitoquímica.
2.2. Objetivo específico
Identificar quais são as helmintoses mais frequentes no bairro de Dois
Irmãos, bem com as plantas medicinais utilizadas no seu tratamento. Além de
verificar onde os moradores dessa comunidade estão adquirindo as plantas
usadas no tratamento dessas helmintoses, caso eles estejam cultivando essas
plantas, serão realizadas coletas dessas plantas.
11
3. MATERIAL E MÉTODO
3.1. Material
 100 folhas de papel A4;
 10 canetas esferográficas;
 Impressora;
 Computador; e
 Mapa do Município de Dois Irmãos.
3.2. Método
A pesquisa será realizada nos seguintes logradouros do bairro de Dois
Irmãos: Rua da Mata, Estrada Sito Sapucãia, Rua Córrego da Fortuna, Rua
João Limoeiro, Tv. Alto São José, Estrada dos Macacos, Rua Manoel
Medeiros, Estrada do Passarinho, Rua Dois Irmãos, Rua Luís da Mota Silveira,
Rua Cel. Sivestre Bastos e a Avenida da Recuperação.
Essa pesquisa será realizada com o auxílio de um questionário, que pode
ser observado na imagem abaixo (Figura 5), ele não apresenta o nome
cientifico das helmintoses, nem das plantas para facilitar o entendimento dos
moradores que serão entrevistados.
12
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Questionário
IDADE SEXO
1) 1) Você já teve ou conhece alguém que teve alguma dessas verminoses listadas
abaixo?
Lombriga
Barriga d’água
Amarelão
Não tive/não conheço ninguém que teve
2) 2) Você utiliza alguma planta para o tratamento de verminoses?
Sim
Não
3) 3) A planta que você utiliza é alguma dessas listadas abaixo?
Mastruz
Alho
M Alecrim-do-campo ou vassourinha
Arruda
Outro
4) 4) Como você adquiri essa planta?
Comprando
Plantando
Figura 5 – Questionário para pesquisa no bairro de Dois Irmãos
13
4. ORÇAMENTO
O orçamento previsto para a realização dessa pesquisa pode ser observado na
Tabela 1.
Tabela 1 - Orçamento
5. CRONOGRAMA
O cronograma previsto para realização do projeto pode ser observado na
Tabela 2.
Tabela 2 - Cronograma
Item Quant. Descrição Custo
unitário
Custo
Total
Papel A4 100 Elaboração dos
questionários e projeto.
0,15 15,00
Canetas
esferográficas
10 Para os entrevistados
responderem o questionário
1,00 10,00
Computador 1 Digitação do Projeto. 1.399,00 1.399,00
Impressora 1 Impressão de questionário
e projeto
149,00 149,00
Mapa do bairro de
Dois Irmãos
2 Para os entrevistadores se
gearem durante a pesquisa
5,00 10,00
Total 1.583,00
Ano: 2015
ETAPAS DO PROJETO J F M A M J J A S O N D
Pesquisa bibliográfica x x x x
Estruturação e Elaboração do projeto x x x x
Criação de questionário para pesquisa
quantitativa
x x
Aplicação do questionário x X
Coleta de amostras de plantas x x
Análise de dados x x
14
Redação x x x
Apresentação do Projeto x
15
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
ALBURQUERQUE, U. P; ANDRADE, L. H. C. FITOTERAPIA: UMA ALTERNATIVA
PARA QUEM? (Departamento de Botânica, Centro de Ciências Biológicas,
Universidade Federal de Pernambuco) Disponível em:
<http://www.etnobotanicaaplicada.com.br/pt/gerenciador/uploadfiles/de4150f7b77ca0
c1e7a29032802ab8f5.pdf> Acesso em 28 de abril de 2015.
ANDRADE, L. H. C; SILVA, J. R. S. Etnobotânica nordestina: estudo
comparativo da relação entre comunidades e vegetação na Zona do Litoral -
Mata do Estado de Pernambuco, Brasil. Acta Bot. Bras. vol.19 n.1 São
Paulo Jan./Mar. 2005. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
33062005000100006>. Acesso em: 01 de junho de 2015.
BARBOSA, V. S. Investigação Epidemiológica sobre a Ocorrência de
Geohelmintoses e casos Autóctones de Esquistossomose na Cidade do
Recife. 2012. Dissertação (Mestrado Acadêmico em Saúde Pública) – Centro de
Pesquisas Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz, Recife, 2012. Disponível
em <http://www.cpqam.fiocruz.br/bibpdf/2012barbosa-vs.pdf>acesso em 31/ 05 /
2015.
BONTEMPO, M. MEDICINA NATURAL. São Paulo: Nova cultura, 1992 , p. 354,
356.
CABRAL, G. A. L; MACIEL, J. R. Levantamento etnobotânico da coleção de
plantas medicinais do Jardim Botânico do Recife, PE. Natureza online.
Disponível em
<http://www.naturezaonline.com.br/natureza/conteudo/pdf/10_CabralGAL&MacielJR
_146_151.pdf> Acesso em 31 de maio de 2015.
CAMURÇA-VASCONCELOS, A.L.F; MORAIS, S.M; SANTOS, L.F.L; ROCHA;
M.F.G; BEVILAQUA, C.M.L. Validação de plantas medicinais com atividade anti-
helmíntica: ARTIGO DE REVISÃO. Disponível em:
16
<http://www.sbpmed.org.br/download/issn_05_3/artigo_revisao2.pdf > Acesso em
28/03/2015.
ELISABESTSKY, E. ETNOFARMACOLOGIA. Cienc. Cult. Vol.55 n.3.São
Paulo July/Sept. 2003. Disponível em:
<http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-
67252003000300021&script=sci_arttext> Acesso em 28 de abril de 2015.
ETNOBOTÂNICA: O QUE É?.Artigo por Colunista Portal - Educação - quarta-
feira, 21 de novembro de 2012. Disponível em:
<http://www.portaleducacao.com.br/farmacia/artigos/21808/etnobotanica-o-que-e>
Acesso em 31 de maio de 2015.
ETNOBOTÂNICA E ETNOFARMACOLOGIA. Disponível em
<http://www.cee.unifesp.br/etnofarmacologia.htm>Acesso em 15 de abril de 2015.
FOGLIO, M. A;QUEIRONGA, C. L; RODRIGUES, R. A. F; SOUZA, I. M. O. Plantas
Medicinais como Fonte de Recursos Terapêuticos: Um Modelo Multidisciplinar.
Divisão de Fitoquímica, CPQBA/UNICAMP. Disponível em:
<https://www.multiciencia.unicamp.br/artigos_07/a_04_7.pdf> Acesso de 20 de abril
de 2015.
PLANO ESTADUAL DE SAÚDE 2012-2015. Disponível em:
<http://www.saude.pe.gov.br/arquivos/Versao%20Preliminar%202012%20-
%202015.pdf> Acesso 31 de maio de 2015.
SATORI, R. C. DA ETNOBOTÂNICA AO HERBÁRIO POÉTICO DE IRACEMA.P.1.
Disponivel em <http://www.uece.br/setesaberes/anais/pdfs/trabalhos/1159-
09082010-160653.pdf> Acesso em 22 de abril de 2015.
DI BLASI, G; SANDES, A.R.S. Biodiversidade eDiversidade Química e
Genética:Aspectos Relacionados com a Propriedade Intelectual no Brasil.
Disponível em: <http://novastecnologias.com.br/revista/bio13/biodiver.pdf > Acesso
em 01/06/2015.
17
Chenopodium ambrosioides - Erva-de-santa-maria. Disponível em:
<https://sites.google.com/site/florasbs/chenopodiaceae/erva-de-santa-maria>Acesso
em 10 de abril de 2015.
ANJOS, FÁTIMA DOS. Erva de Santa Maria. Disponível em:
<http://portalarcoiris.ning.com/group/frutasehortaliasnamedicinadomstica/forum/topic
s/ervadesantamaria-1?commentId=2899738%3AComment%3A311342&groupId=>
Acesso em 15 abril de 2015.
LIMA, RENATO; MAGALHÃES, SANDRA; SANTOS, MAURÍCIO. Levantamento
etnobotânico de plantas medicinais utilizadas na cidade de Vilhena, Rondônia.
Disponível em:<
http://www.periodicos.unir.br/index.php/propesq/article/viewFile/422/474> Acesso em
25 de abril de 2015.
MARCHIORI, VANDERLI FÁTIMA. Propriedades funcionais do alho. Disponível
em: <http://www.esalq.usp.br/siesalq/pm/alho_revisado.pdf> Acesso em 10 de maio
de 2015.
Como plantar alho. Disponível em: <http://hortas.info/como-plantar-alho> Acesso
em 05 de junho de 2015.
PEREIRA, RICARDO APARECIDO. Efeitos do tratamento do extrato metanólico
de Baccharis dracunculifolia sobre alterações bioquímicas e histológicas de
um modelo animal de diabetes. Disponível em:<> Acesso em 10 de junho de
2015.
Para que serve a aruda. Disponível em:
<http://www.plantasquecuram.com.br/ervas/arruda.html#.VYtRchtVikp>Acesso em
16 de junho de 2015.
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Etnobotanica blog

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS ALVES, JOILSON VIANA ARAÚJO, IGOR OLIVEIRA DE REIS, SWANE SAMIA DE MORAES SILVA, PAMELA THAÍS DE SOUZA ETNOBOTÂNICA E A FITOQUÍMICA DAS PLANTAS MEDICINAIS USADAS NO TRATAMENTO DE HELMINTOSES Projeto de pesquisa apresentado a Universidade Federal Rural de Pernambuco – Campus Recife, como critério de avaliação na disciplina de Metodologia Científica, do Curso licenciatura plena em Ciências Biológicas, do módulo 1. Orientador: Prof. Argus Vasconcelos de Almeida RECIFE, 2015
  • 2. LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Mastruz ou Erva de Santa Maria..................................6 Figura 2 – Alho ...................................................................................7 Figura 3 – Alecrim-do-campo...........................................................8 Figura 4 – Arruda ...............................................................................8 Figura 5 – Questionário para pesquisa no bairro de Dois Irmãos12
  • 3. Sumário 1. INTRODUÇÃO...........................................................................................................4 2. OBJETIVO................................................................................................................10 2.1. Objetivo geral......................................................................................................10 2.2. Objetivo específico ............................................................................................10 3. MATERIAL E MÉTODO.........................................................................................11 3.1. Material .................................................................................................................11 3.2. Método ..................................................................................................................11 4. ORÇAMENTO..........................................................................................................13 5. CRONOGRAMA......................................................................................................13 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS....................................................................15
  • 4. 4 1. INTRODUÇÃO As parasitoses intestinais - helmintíases e protozooses - representam a doença mais comum do globo terrestre. São endêmicas em países do terceiro mundo, principalmente por causa da falta de saneamento básico, onde se constituem problemas de Saúde Pública (Monteiro, 1986, 1995; WHO, 1987). No nordeste brasileiro as helmintíases mais comuns são: a Ancilostomose (Ancylostomaduodenale ou Necatoramericanus), ou Amarelão como é mais conhecida; a Ascaridíase (Ascaris lumbricóides), ou Lombriga como é conhecida popularmente; e a Esquistossomose (Schistossoma Mansoni), também conhecida como Barriga d’água. A Ancilostomose pode ser contraída pela penetração de larvas dos vermes na pele, ou pela ingestão de ovos do parasita Ancylostomaduodenale, através de água e alimentos contaminados. Esta helmintose habita o intestino delgado e se alimenta de fluidos sanguíneos. O indivíduo que a contraiu normalmente apresenta os seguintes sintomas: palidez, febre, náuseas, tosse seca, cefaléia, enterorragia (hemorragia intestinal), emagrecimento e anemia. Para o tratamento desse enteroparasita, usam-se medicamentos como o tetracloretileno, o befênio e o hexilresorcinol. A Ascaridíase também pode ser contraída pela ingestão de água e alimentos contaminados pelos ovos do parasita Ascaris lumbricóides, habita o intestino delgado, contudo, não se alimenta de fluidos sanguíneos, mas dos conteúdos do lúmen intestinal; Os sintomas dessa parasitose pode passar despercebido até a eliminação acidental do verme ou de seus ovos. Para o tratamento, usa-se medicamentos como: Compostos de piperazina, Hexilresorcinol, Iodeto de ditiazanina, Hidroxinaftoato de befênio e Tetramisole. Já a Esquistossomose é adquirida quando as pessoas entram em contato com a água doce que está infectada com as formas larvais de parasitas da espécie Schistossoma mansoni, que possui um ciclo de vida com dois hospedeiros: o caramujo do gênero Biomphalaria como hospedeiro intermediário e o homem como hospedeiro definitivo. As sintomáticas se dividem em duas fases, fase aguda e fase crônica.
  • 5. 5 Na fase aguda, o infectado pode apresentar febre, suor frio, dor de cabeça, dores musculares, cansaço, perda de apetite, emagrecimento, tosse, dores de barriga. Algumas pessoas relatam enjôos e vômitos. O fígado fica um pouco aumentado e doloroso a palpação. Já na fase crônica: A diarréia é o sintoma mais comum, podendo haver perda de apetite, cansaço e barriga dolorosa a palpação, o fígado e o baço, apresentam-se com aumento de volume, contudo o fígado além disse cria lesões que acarreta em aparecimento de varizes no esôfago, levando o infectado a liberar sangue no vômito e s fezes. Para o tratamento da Esquistossomose, são utilizados medicamentos específicos, como: Niridazol, antomoniais, Miracil D ou emetina. No decorrer das décadas a síntese de drogas antiparasitárias foi se modernizando e se tornando cada vez mais eficiente, contudo, o conhecimento e uso de plantas medicinais como recurso terapêutico ainda é bastante utilizado, pelo fato de algumas pessoas não terem acesso a medicamentos, ou porque estas pessoas estão buscando a fitoterapia, como uma nova forma de tratamento. A fitoterapia consiste no conjunto de técnicas de utilização de plantas no tratamento de doenças. Como todo método terapêutico, a fitoterapia faz uso dos recursos da medicina natural e dos rituais de cura indígena (BOMTEMPO, 1952). Embora muitas pessoas ignorem a importância das plantas medicinais, sabe-se que a farmacologia tem como base os princípios ativos das plantas. Na verdade, a farmacologia moderna não existiria sem a botânica, a toxicologia e aos conhecimentos que foram adquiridos através dos séculos, por meio de práticas médicas ligadas ao emprego de plantas. Apesar dos avanços na tecnologia mais de 40% de toda a matéria-prima dos medicamentos encontrados hoje continuam sendo nas farmácias de origem vegetal (BOMTEMPO, 1952). O uso de plantas é muito antigo e está relaciona com a própria evolução do homem, resultante da forte influência indígena, das tradições africanas e da cultura européia trazida pelos colonizadores. Nesse contexto se insere a etnobotânica, que é uma ciência que estuda a relação entre homens e plantas em toda sua complexidade, e é baseada geralmente na observação
  • 6. 6 detalhada e estudo do uso que uma sociedade faz das plantas, incluído as crenças e práticas culturais associadas com este uso. Essa ciência tem sido praticada por muitos cientistas, que valorizam como relevante as concepções desenvolvidas pelas culturas de diversas sociedades sob as plantas. A Etnobotânica possui a importância de possibilitar a compreensão da estrutura lógica da relação entre homens e a flora que o cerca, podendo ter várias aplicações, como valorização da diversidade cultural e vegetal, resgate e entendimento sobre as dinâmicas do conhecimento tradicional a respeito da utilização da flora e conservação da mesma; desenvolvimento científico e ecológico baseado na diversidade e potencialidade vegetal. Na região nordeste do Brasil, as plantas medicinais mais utilizadas para o tratamento de helmintoses são: o Mastruz, o Alho, o Alecrim-do-campo e a Arruda. O Mastruz (Chenopodium ambrosioides) também conhecido como Erva de Santa Maria, é uma herbácea anual, da qual são usadas as folhas e a sumidade florida, para a preparação do chá utilizado para o tratamento de helmintoses (Figura 1). Figura 1 – Mastruz ou Erva de Santa Maria FONTE:http://www.asplantasmedicinais.com/planta-medicinal-mastruz-para-que-serve-e- beneficios.html Essa herbácea pode se encontrada nas regiões: Norte (Roraima, Amapá, Pará, Amazonas, Tocantins, Acre, Rondônia), Nordeste (Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Alagoas, Sergipe), Centro-Oeste (Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do
  • 7. 7 Sul), Sudeste (Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro), Sul (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul). A Erva de Santa Maria apresenta as seguintes propriedades fitoquímicas: Óleos essenciais (0,3 a 0,5% nas folhas; 1% nas sementes), contendo ascaridol (principalmente nas sementes), safrole, N-docosano, N- hentriacontano, N-heptacosano, N-octacosano, b-pineno, methadieno, dimetilsulfóxido, d-terpineol, aritasona, salicilato de metila, cânfora, ambrosídeo, betaína, kaempferolrhamnosídeo, santonina, chenopodium saponina A, chenopodosídeos A e B, cineol, p-cimeno, 3-0-glicosídeo de quercitina, iso-hametina, pinocarvona, quenopodina, histamina, limoneno, glicol, ácidos butírico e salicílico, ácidos orgânicos, taninos, terpenos, carveno, p-cimol, linomeno, pectina, sais minerais. A planta contém 1,5% de óleo essencial e 64,5% de ascaridol. Outro princípio ativo importante é o anetol (éster fenólico). O alho (Alliumsativum) pertence à família das liliáceas, e normalmente é encontrado na forma de raiz, para o tratamento de helmintoses são usados os dentes ou os gomos (Figura 2). Figura 2 – Alho FONTE: http://www.tuasaude.com/alho/ Esse vegetal apresenta as seguintes propriedades fitoquímicas: Aliina, Ajoeno, Alicina e tiosulfinatos, Alilmecaptano, S-alil-cisteina e compostos γ- glutâmico, sulfeto dialil, Adenosina, Fructanos, quercetina, Saponinas, Escordinina, selênio, ácidos fenólicos.
  • 8. 8 O Alecrim-do-campo (Baccharis dracunculifolia) também conhecido como vassourinha, que é uma espécie arbustiva, pioneira, muito ramificada e perene, que pode chegar a três metros de altura (Figura 3). Figura 3 – Alecrim-do-campo FONTE:http://biologiaprofessorluispires.blogspot.com.br/2012/08/alecrim-do-campo- descontaminado.html A Vassourinha apresenta as seguintes propriedades fitoquímicas: germacreno-D, biciclogermacreno, derivados prenilados do ácido coumarinico. Germacreno-D, biciclogermacreno, delta-cadineno, germacrona, ácido 3,4-diO- ácido-cafeoilquinico, ácido-3.5-di-O-cafeoilquinico, ácido clorogênico, diterpenos labdânicos, compostos prenilatedos, flavonóides e outros fenólicos. A Arruda (Ruta graveolens), é subarbusto perene e rizomatoso, da qual são usadas as folhas, para prepara chás utilizados no tratamento de helmintoses (Figura 4). Figura 4 – Arruda FONTE: http://www.cultivando.com.br/plantas_medicinais_detalhes/arruda.html
  • 9. 9 A Arruda apresenta as seguintes propriedades fitoquímicas: arborina; arborinina; egama-fagarina; acridonas - rutacridona e hidroxirutacridona; graveolina; graveolinina; kokusaginina, rutacridona; esquimianina; rutina; nonilcetona metílica; cetonas; ésteres; efenóis; furocumarinas: bergapteno, psoraleno, xanloxanlina, xantotoxina, isopimpinelina, e rutamarina. Ainda hoje plantas medicinais são muito utilizadas contra as enfermidades humanas, como as helmintoses. Recife apresenta considerável diversidade de plantas medicinais, bem como altos índices de casos de helmintoses. Por isso, o presente projeto busca relacionar tratamento enteroparasitas como a fitoquímica das plantas usadas para o tratamento das mesmas.
  • 10. 10 2. OBJETIVO 2.1. Objetivo geral Realizar uma pesquisa sobre as plantas medicinais usadas pela população recifense, do bairro de Dois Irmãos, para o tratamento de helmintoses. E relacionar o uso dessas plantas com sua fitoquímica. 2.2. Objetivo específico Identificar quais são as helmintoses mais frequentes no bairro de Dois Irmãos, bem com as plantas medicinais utilizadas no seu tratamento. Além de verificar onde os moradores dessa comunidade estão adquirindo as plantas usadas no tratamento dessas helmintoses, caso eles estejam cultivando essas plantas, serão realizadas coletas dessas plantas.
  • 11. 11 3. MATERIAL E MÉTODO 3.1. Material  100 folhas de papel A4;  10 canetas esferográficas;  Impressora;  Computador; e  Mapa do Município de Dois Irmãos. 3.2. Método A pesquisa será realizada nos seguintes logradouros do bairro de Dois Irmãos: Rua da Mata, Estrada Sito Sapucãia, Rua Córrego da Fortuna, Rua João Limoeiro, Tv. Alto São José, Estrada dos Macacos, Rua Manoel Medeiros, Estrada do Passarinho, Rua Dois Irmãos, Rua Luís da Mota Silveira, Rua Cel. Sivestre Bastos e a Avenida da Recuperação. Essa pesquisa será realizada com o auxílio de um questionário, que pode ser observado na imagem abaixo (Figura 5), ele não apresenta o nome cientifico das helmintoses, nem das plantas para facilitar o entendimento dos moradores que serão entrevistados.
  • 12. 12 UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Questionário IDADE SEXO 1) 1) Você já teve ou conhece alguém que teve alguma dessas verminoses listadas abaixo? Lombriga Barriga d’água Amarelão Não tive/não conheço ninguém que teve 2) 2) Você utiliza alguma planta para o tratamento de verminoses? Sim Não 3) 3) A planta que você utiliza é alguma dessas listadas abaixo? Mastruz Alho M Alecrim-do-campo ou vassourinha Arruda Outro 4) 4) Como você adquiri essa planta? Comprando Plantando Figura 5 – Questionário para pesquisa no bairro de Dois Irmãos
  • 13. 13 4. ORÇAMENTO O orçamento previsto para a realização dessa pesquisa pode ser observado na Tabela 1. Tabela 1 - Orçamento 5. CRONOGRAMA O cronograma previsto para realização do projeto pode ser observado na Tabela 2. Tabela 2 - Cronograma Item Quant. Descrição Custo unitário Custo Total Papel A4 100 Elaboração dos questionários e projeto. 0,15 15,00 Canetas esferográficas 10 Para os entrevistados responderem o questionário 1,00 10,00 Computador 1 Digitação do Projeto. 1.399,00 1.399,00 Impressora 1 Impressão de questionário e projeto 149,00 149,00 Mapa do bairro de Dois Irmãos 2 Para os entrevistadores se gearem durante a pesquisa 5,00 10,00 Total 1.583,00 Ano: 2015 ETAPAS DO PROJETO J F M A M J J A S O N D Pesquisa bibliográfica x x x x Estruturação e Elaboração do projeto x x x x Criação de questionário para pesquisa quantitativa x x Aplicação do questionário x X Coleta de amostras de plantas x x Análise de dados x x
  • 14. 14 Redação x x x Apresentação do Projeto x
  • 15. 15 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ALBURQUERQUE, U. P; ANDRADE, L. H. C. FITOTERAPIA: UMA ALTERNATIVA PARA QUEM? (Departamento de Botânica, Centro de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Pernambuco) Disponível em: <http://www.etnobotanicaaplicada.com.br/pt/gerenciador/uploadfiles/de4150f7b77ca0 c1e7a29032802ab8f5.pdf> Acesso em 28 de abril de 2015. ANDRADE, L. H. C; SILVA, J. R. S. Etnobotânica nordestina: estudo comparativo da relação entre comunidades e vegetação na Zona do Litoral - Mata do Estado de Pernambuco, Brasil. Acta Bot. Bras. vol.19 n.1 São Paulo Jan./Mar. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102- 33062005000100006>. Acesso em: 01 de junho de 2015. BARBOSA, V. S. Investigação Epidemiológica sobre a Ocorrência de Geohelmintoses e casos Autóctones de Esquistossomose na Cidade do Recife. 2012. Dissertação (Mestrado Acadêmico em Saúde Pública) – Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz, Recife, 2012. Disponível em <http://www.cpqam.fiocruz.br/bibpdf/2012barbosa-vs.pdf>acesso em 31/ 05 / 2015. BONTEMPO, M. MEDICINA NATURAL. São Paulo: Nova cultura, 1992 , p. 354, 356. CABRAL, G. A. L; MACIEL, J. R. Levantamento etnobotânico da coleção de plantas medicinais do Jardim Botânico do Recife, PE. Natureza online. Disponível em <http://www.naturezaonline.com.br/natureza/conteudo/pdf/10_CabralGAL&MacielJR _146_151.pdf> Acesso em 31 de maio de 2015. CAMURÇA-VASCONCELOS, A.L.F; MORAIS, S.M; SANTOS, L.F.L; ROCHA; M.F.G; BEVILAQUA, C.M.L. Validação de plantas medicinais com atividade anti- helmíntica: ARTIGO DE REVISÃO. Disponível em:
  • 16. 16 <http://www.sbpmed.org.br/download/issn_05_3/artigo_revisao2.pdf > Acesso em 28/03/2015. ELISABESTSKY, E. ETNOFARMACOLOGIA. Cienc. Cult. Vol.55 n.3.São Paulo July/Sept. 2003. Disponível em: <http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009- 67252003000300021&script=sci_arttext> Acesso em 28 de abril de 2015. ETNOBOTÂNICA: O QUE É?.Artigo por Colunista Portal - Educação - quarta- feira, 21 de novembro de 2012. Disponível em: <http://www.portaleducacao.com.br/farmacia/artigos/21808/etnobotanica-o-que-e> Acesso em 31 de maio de 2015. ETNOBOTÂNICA E ETNOFARMACOLOGIA. Disponível em <http://www.cee.unifesp.br/etnofarmacologia.htm>Acesso em 15 de abril de 2015. FOGLIO, M. A;QUEIRONGA, C. L; RODRIGUES, R. A. F; SOUZA, I. M. O. Plantas Medicinais como Fonte de Recursos Terapêuticos: Um Modelo Multidisciplinar. Divisão de Fitoquímica, CPQBA/UNICAMP. Disponível em: <https://www.multiciencia.unicamp.br/artigos_07/a_04_7.pdf> Acesso de 20 de abril de 2015. PLANO ESTADUAL DE SAÚDE 2012-2015. Disponível em: <http://www.saude.pe.gov.br/arquivos/Versao%20Preliminar%202012%20- %202015.pdf> Acesso 31 de maio de 2015. SATORI, R. C. DA ETNOBOTÂNICA AO HERBÁRIO POÉTICO DE IRACEMA.P.1. Disponivel em <http://www.uece.br/setesaberes/anais/pdfs/trabalhos/1159- 09082010-160653.pdf> Acesso em 22 de abril de 2015. DI BLASI, G; SANDES, A.R.S. Biodiversidade eDiversidade Química e Genética:Aspectos Relacionados com a Propriedade Intelectual no Brasil. Disponível em: <http://novastecnologias.com.br/revista/bio13/biodiver.pdf > Acesso em 01/06/2015.
  • 17. 17 Chenopodium ambrosioides - Erva-de-santa-maria. Disponível em: <https://sites.google.com/site/florasbs/chenopodiaceae/erva-de-santa-maria>Acesso em 10 de abril de 2015. ANJOS, FÁTIMA DOS. Erva de Santa Maria. Disponível em: <http://portalarcoiris.ning.com/group/frutasehortaliasnamedicinadomstica/forum/topic s/ervadesantamaria-1?commentId=2899738%3AComment%3A311342&groupId=> Acesso em 15 abril de 2015. LIMA, RENATO; MAGALHÃES, SANDRA; SANTOS, MAURÍCIO. Levantamento etnobotânico de plantas medicinais utilizadas na cidade de Vilhena, Rondônia. Disponível em:< http://www.periodicos.unir.br/index.php/propesq/article/viewFile/422/474> Acesso em 25 de abril de 2015. MARCHIORI, VANDERLI FÁTIMA. Propriedades funcionais do alho. Disponível em: <http://www.esalq.usp.br/siesalq/pm/alho_revisado.pdf> Acesso em 10 de maio de 2015. Como plantar alho. Disponível em: <http://hortas.info/como-plantar-alho> Acesso em 05 de junho de 2015. PEREIRA, RICARDO APARECIDO. Efeitos do tratamento do extrato metanólico de Baccharis dracunculifolia sobre alterações bioquímicas e histológicas de um modelo animal de diabetes. Disponível em:<> Acesso em 10 de junho de 2015. Para que serve a aruda. Disponível em: <http://www.plantasquecuram.com.br/ervas/arruda.html#.VYtRchtVikp>Acesso em 16 de junho de 2015.
  • 18. 18