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Equilíbrio químico
Professora: Melissa Soares Caetano
Disciplina QUI 702
Universidade Federal de Ouro Preto
Instituto de Ciências Exatas e Biológicas
Departamento de Química
Quando o sistema é isolado, o processo espontâneo ocorre
sempre com um aumento de entropia
dS > 0
Pressão constante
dH=q
T
dq
dS 
T
dH
dS 
dH
TdS 
0

TdS
dH
Condição
espontânea
Espontaneidade das reações
Energia livre de Gibbs:
G = H – TS
dG = dH – TdS – SdT
Quando o estado do sistema se altera isotermicamente
dG = dH-TdS
0

dG
Condição de espontaneidade.
Se ΔG < 0: o processo é espontâneo;
Se ΔG > 0: o processo não é espontâneo;
Se ΔG = 0: o sistema está em equilíbrio.
Energia livre de Gibbs é uma função de estado!
Equilíbrio Químico
Equilíbrio dinâmico
As reações químicas ainda estão ocorrendo, porém, as
reações direta e inversa ocorrem na mesma velocidade,
de modo que não há mudança global no sistema.
Característica do equilíbrio químico
concentração
tempo
te
[ ]
tempo
reagentes = produtos
[ ]
tempo
reagentes
produtos
Equilíbrio Químico e Energia livre de Gibbs
Q
RT
G
Greação ln
0




s
osreagente
atividaded
osprodutos
atividaded
Q  Atividade dos produtos
Atividade dos reagentes
H2O (g) ⇌ H2 (g) + ½ O2 (g)
  
 
O
H
O
H
P
P
P
Q
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CaCO3 (s) ⇌ CaO (s) + CO2 (g)
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Q 
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Q 
K
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G ln
0

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
No equilíbrio Q = k
ΔG reação = 0
Q
RT
G
Greação ln
0




Equilíbrio Químico e Energia livre de Gibbs
Deslocamento de equilíbrio
“Quando um sistema em equilíbrio
sofre algum tipo de perturbação
externa, ele se deslocará no sentido
de minimizar essa perturbação, a fim
de atingir novamente uma situação
de equilíbrio”
Henri Louis Le Chatelier
Concentração
Formação de
produtos
Adição de
reagentes
Formação de
reagentes
Adição de
produtos
Pressão
N2 ( g ) + 3 H2 ( g ) 2 NH3 ( g )
4 mols 2 mols
Menor número de
moléculas
Maior número de
moléculas
Temperatura
N2O4(g) 2 NO2(g)
exotérmica
endotérmica
Dependência da constante de equilíbrio com a temperatura
Gr1º = - RT1 ln K1 Gr2º = - RT2 ln K2
ln K1 =
- Gr1º
RT1
ln K2 =
- Gr2º
RT2
ln K2 – ln K1 =
-1
R
Gr2º - Gr1º
T2
T1
Grº =ΔHrº - TΔSrº
ln K2 – ln K1 =
-1
R
ΔH2rº - T2ΔS2rº - ΔH1rº - T1ΔS1rº
T2 T1
Assumir que ΔSrº é independente da temperatura
Equação de
van’t Hoff
ln K2 =
K1 R
- ΔHrº
T2
1 -
T1
1
Catalisadores
• Não afetam a constante de equilíbrio.
• Elevam a velocidade com que a condição de equilíbrio é
atingida.
Produtos
Substrato
Enzima
Exemplo 3: A energia de Gibbs padrão de reação de isomerização do
borneol a isoborneol, em fase gasosa, a 503K é 9,4 KJ/mol. Calcule a
energia de Gibbs da reação do sistema constituído por 0,15mol de
borneol e 0,3 mol de isoborneol, quando a pressão total é 600torr.

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  • 1. Equilíbrio químico Professora: Melissa Soares Caetano Disciplina QUI 702 Universidade Federal de Ouro Preto Instituto de Ciências Exatas e Biológicas Departamento de Química
  • 2. Quando o sistema é isolado, o processo espontâneo ocorre sempre com um aumento de entropia dS > 0 Pressão constante dH=q T dq dS  T dH dS  dH TdS  0  TdS dH Condição espontânea Espontaneidade das reações
  • 3. Energia livre de Gibbs: G = H – TS dG = dH – TdS – SdT Quando o estado do sistema se altera isotermicamente dG = dH-TdS 0  dG Condição de espontaneidade.
  • 4. Se ΔG < 0: o processo é espontâneo; Se ΔG > 0: o processo não é espontâneo; Se ΔG = 0: o sistema está em equilíbrio. Energia livre de Gibbs é uma função de estado!
  • 5. Equilíbrio Químico Equilíbrio dinâmico As reações químicas ainda estão ocorrendo, porém, as reações direta e inversa ocorrem na mesma velocidade, de modo que não há mudança global no sistema.
  • 6. Característica do equilíbrio químico concentração tempo te [ ] tempo reagentes = produtos [ ] tempo reagentes produtos
  • 7. Equilíbrio Químico e Energia livre de Gibbs Q RT G Greação ln 0     s osreagente atividaded osprodutos atividaded Q  Atividade dos produtos Atividade dos reagentes H2O (g) ⇌ H2 (g) + ½ O2 (g)      O H O H P P P Q 2 2 2 2 / 1  CaCO3 (s) ⇌ CaO (s) + CO2 (g) 2 CO P Q  b B a A f F e E a a a a Q 
  • 8. K RT G ln 0    No equilíbrio Q = k ΔG reação = 0 Q RT G Greação ln 0     Equilíbrio Químico e Energia livre de Gibbs
  • 9. Deslocamento de equilíbrio “Quando um sistema em equilíbrio sofre algum tipo de perturbação externa, ele se deslocará no sentido de minimizar essa perturbação, a fim de atingir novamente uma situação de equilíbrio” Henri Louis Le Chatelier
  • 11. Pressão N2 ( g ) + 3 H2 ( g ) 2 NH3 ( g ) 4 mols 2 mols Menor número de moléculas Maior número de moléculas
  • 13. Dependência da constante de equilíbrio com a temperatura Gr1º = - RT1 ln K1 Gr2º = - RT2 ln K2 ln K1 = - Gr1º RT1 ln K2 = - Gr2º RT2 ln K2 – ln K1 = -1 R Gr2º - Gr1º T2 T1
  • 14. Grº =ΔHrº - TΔSrº ln K2 – ln K1 = -1 R ΔH2rº - T2ΔS2rº - ΔH1rº - T1ΔS1rº T2 T1 Assumir que ΔSrº é independente da temperatura Equação de van’t Hoff ln K2 = K1 R - ΔHrº T2 1 - T1 1
  • 15. Catalisadores • Não afetam a constante de equilíbrio. • Elevam a velocidade com que a condição de equilíbrio é atingida. Produtos Substrato Enzima
  • 16. Exemplo 3: A energia de Gibbs padrão de reação de isomerização do borneol a isoborneol, em fase gasosa, a 503K é 9,4 KJ/mol. Calcule a energia de Gibbs da reação do sistema constituído por 0,15mol de borneol e 0,3 mol de isoborneol, quando a pressão total é 600torr.