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O método científico e os tipos
de pesquisa
Prof. Dr. Guilherme Giannini Artioli
Método científico
Conjunto de normas e procedimentos que devem ser utilizados no
processo de descoberta da “verdade”
observação
problematização
Formulação
de perguntas
e hipóteses
Testagem
sistemática
(mais observação)
Conclusões
(novas hipóteses,
teorias e etc.)
Física e
astronomia
Ciências da
vida e da
saúde
Química
Ciências da
Terra
Ciências
Naturais
O que diferencia o método científico dos outros
métodos de produção de conhecimento?
ex. senso comum e conhecimento dogmático?
Testagem sistemática por meio
do método científico
Faz mal!
Faz não! Eu já
experimentei!
Senso
comum
Anedótico
Um grupo grande
de pessoas vai
tomar. Irei registrar
efeitos colaterais
por 24 h
Nem toda pesquisa nas ciências naturais
envolve todas essas etapas
Einstein realizava
“experimentos
mentais”
Pesquisa pode ser “meramente”
observacional ou descritiva
Não envolve testagem sistemática de
hipóteses, mas sim observação
sistemática de um fenômeno
Pesquisa pode ser exploratória (não há hipótese a ser testada)
Pesquisa pode ser exploratória (não há hipótese a ser testada)
Estudos destinados a gerar
hipóteses
(bons para quando não se sabe muito bem o que está sendo estudado)
problematização
Conclusões
(novas hipóteses,
teorias e etc.)
Exigem uso do raciocínio lógico, de argumentação “válida”, baseados em
premissas. Está sujeito a falhas, e por isso as hipóteses científicas devem ser
“falseáveis”.
Silogismo (Aristóteles):
Pensamento dedutivo que utiliza premissas para
chegar a uma conclusão válida (ou não...)
Premissa maior: todos os Homens são mortais
Premissa menor: Sócrates é Homem
Conclusão: Sócrates é mortal
Premissa maior: Deus é amor
Premissa menor: O amor é cego
Conclusão: Deus é cego
Pensamento dedutivo
- Essência do reducionismo
- Regras gerais são usadas para “afunilar” a
argumentação, até que se chegue a uma
única conclusão
- A conclusão não é passível de erro, caso as
premissas estejam corretas
- Não há espaço para incertezas
- Se A=B e B=C, então A=C
Pensamento indutivo
- Oposto ao reducionismo, tenta generalizar a partir de uma
observação reduzida
- Achados de uma “amostra” generalizam-se a uma “população”
- A conclusão sempre leva em conta probabilidades e graus de
incerteza
- Não há espaço para incertezas
- Se A pode ser B, e B pode ser C, então A pode ser C
- baleias, golfinhos e tartarugas respiram fora
d’água
- baleias, golfinhos e tartarugas são animais
aquáticos
- logo, todos os animais aquáticos respiram fora
d’água
- alguns animais aquáticos respiram fora d’água, mas
nossos dados não permitem concluir que todos o
fazem, pois avaliamos apenas uma pequena
quantidade de espécies
Método indutivo
Método dedutivo
problematização
Conclusões
(novas hipóteses,
teorias e etc.)
Exigem uso do raciocínio lógico, de argumentação “válida”, baseados em
premissas. Está sujeito a falhas, e por isso as hipóteses científicas devem ser
“falseáveis”.
O que isso significa?
Ciência só consegue testar aquilo que é
passível de ser testado
• Deve ser falseável
• Não necessariamente falso
• Coisas falsas podem não ser falseável
• Não temos como saber se coisas não falseáveis são verdadeiras
Carl Sagan e o dragão
em sua garagem
Leis, teorias e hipóteses
“Evolução das espécies” vs. “Seleção natural”
vs.
Leis científicas
Enunciam ou descrevem fenômenos
naturais que sabidamente ocorrem (em
certas condições, ou não).
Teorias científicas
Conjunto denso de ideias que explicam um certo fenômeno, ou
conjunto de fenômenos, que sabidamente ocorrem na natureza.
São muito bem consubstanciadas; têm muita base em evidências
científicas.
Representam os paradigmas de uma época, e podem ser alteradas
(ajustadas ou completamente descartadas)
Hipóteses
São “predições” do que vai acontecer em uma certa condição
experimental (educated guess - plausibilidade). Consistem nos “blocos
de construção” do método científico.
São criadas para por à prova as teorias existentes.
Na ciência, toda hipótese deve ser passível de ser provada falsa.
Pesquisa básica vs. Pesquisa Aplicada
Sem compromisso,
intenção ou preocupação
em gerar conhecimento útil
ou aplicável
Pesquisa direcionada a uma
finalidade prática e
aplicável
Pesquisa básica ou
fundamental
Pesquisa aplicada
Visão dicotômica (ganha força no período pós-guerra)
Pesquisa básica ou
fundamental
Pesquisa aplicada
Visão de continuum (ainda mutuamente excludente)
Visão bidimensional
Geração
de
conhecimento
fundamental
Possibilidade de Aplicação do conhecimento
Pesquisa básica é inútil?
Pesquisa básica é inútil?
Pesquisa básica é inútil?
Pesquisa básica é inútil?
Pesquisa básica gera necessidades para novas
tecnologias
Necessidades aplicadas também estimula
pesquisa básica!
Pesquisa básica em Educação Física
>> modelos experimentais
>> muito controle das variáveis (validade interna)
>> pouca semelhança com “mundo real” (validade externa)
>> testa conceitos e descreve funcionamento de mecanismos
Pesquisa aplicada em Educação Física
>> normalmente realizada em seres humanos
>> pouco controle das variáveis (validade interna)
>> mais semelhança com “mundo real” (validade externa)
>> testa aplicabilidade de produtos, suplementos, métodos de treinamento, etc.
Pesquisa qualitativa em Educação Física
>> tem objetivos que não permitem escolher desfechos
quantificáveis
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O Método Científico e os Tipos de Pesquisa em

  • 1. O método científico e os tipos de pesquisa Prof. Dr. Guilherme Giannini Artioli
  • 2. Método científico Conjunto de normas e procedimentos que devem ser utilizados no processo de descoberta da “verdade” observação problematização Formulação de perguntas e hipóteses Testagem sistemática (mais observação) Conclusões (novas hipóteses, teorias e etc.)
  • 3. Física e astronomia Ciências da vida e da saúde Química Ciências da Terra Ciências Naturais
  • 4. O que diferencia o método científico dos outros métodos de produção de conhecimento? ex. senso comum e conhecimento dogmático? Testagem sistemática por meio do método científico
  • 5. Faz mal! Faz não! Eu já experimentei! Senso comum Anedótico Um grupo grande de pessoas vai tomar. Irei registrar efeitos colaterais por 24 h
  • 6. Nem toda pesquisa nas ciências naturais envolve todas essas etapas Einstein realizava “experimentos mentais”
  • 7. Pesquisa pode ser “meramente” observacional ou descritiva Não envolve testagem sistemática de hipóteses, mas sim observação sistemática de um fenômeno
  • 8. Pesquisa pode ser exploratória (não há hipótese a ser testada)
  • 9. Pesquisa pode ser exploratória (não há hipótese a ser testada) Estudos destinados a gerar hipóteses (bons para quando não se sabe muito bem o que está sendo estudado)
  • 10. problematização Conclusões (novas hipóteses, teorias e etc.) Exigem uso do raciocínio lógico, de argumentação “válida”, baseados em premissas. Está sujeito a falhas, e por isso as hipóteses científicas devem ser “falseáveis”.
  • 11. Silogismo (Aristóteles): Pensamento dedutivo que utiliza premissas para chegar a uma conclusão válida (ou não...) Premissa maior: todos os Homens são mortais Premissa menor: Sócrates é Homem Conclusão: Sócrates é mortal Premissa maior: Deus é amor Premissa menor: O amor é cego Conclusão: Deus é cego
  • 12. Pensamento dedutivo - Essência do reducionismo - Regras gerais são usadas para “afunilar” a argumentação, até que se chegue a uma única conclusão - A conclusão não é passível de erro, caso as premissas estejam corretas - Não há espaço para incertezas - Se A=B e B=C, então A=C
  • 13. Pensamento indutivo - Oposto ao reducionismo, tenta generalizar a partir de uma observação reduzida - Achados de uma “amostra” generalizam-se a uma “população” - A conclusão sempre leva em conta probabilidades e graus de incerteza - Não há espaço para incertezas - Se A pode ser B, e B pode ser C, então A pode ser C
  • 14. - baleias, golfinhos e tartarugas respiram fora d’água - baleias, golfinhos e tartarugas são animais aquáticos - logo, todos os animais aquáticos respiram fora d’água - alguns animais aquáticos respiram fora d’água, mas nossos dados não permitem concluir que todos o fazem, pois avaliamos apenas uma pequena quantidade de espécies Método indutivo Método dedutivo
  • 15. problematização Conclusões (novas hipóteses, teorias e etc.) Exigem uso do raciocínio lógico, de argumentação “válida”, baseados em premissas. Está sujeito a falhas, e por isso as hipóteses científicas devem ser “falseáveis”. O que isso significa?
  • 16. Ciência só consegue testar aquilo que é passível de ser testado • Deve ser falseável • Não necessariamente falso • Coisas falsas podem não ser falseável • Não temos como saber se coisas não falseáveis são verdadeiras
  • 17. Carl Sagan e o dragão em sua garagem
  • 18. Leis, teorias e hipóteses “Evolução das espécies” vs. “Seleção natural” vs.
  • 19. Leis científicas Enunciam ou descrevem fenômenos naturais que sabidamente ocorrem (em certas condições, ou não).
  • 20. Teorias científicas Conjunto denso de ideias que explicam um certo fenômeno, ou conjunto de fenômenos, que sabidamente ocorrem na natureza. São muito bem consubstanciadas; têm muita base em evidências científicas. Representam os paradigmas de uma época, e podem ser alteradas (ajustadas ou completamente descartadas)
  • 21. Hipóteses São “predições” do que vai acontecer em uma certa condição experimental (educated guess - plausibilidade). Consistem nos “blocos de construção” do método científico. São criadas para por à prova as teorias existentes. Na ciência, toda hipótese deve ser passível de ser provada falsa.
  • 22. Pesquisa básica vs. Pesquisa Aplicada Sem compromisso, intenção ou preocupação em gerar conhecimento útil ou aplicável Pesquisa direcionada a uma finalidade prática e aplicável
  • 23. Pesquisa básica ou fundamental Pesquisa aplicada Visão dicotômica (ganha força no período pós-guerra)
  • 24. Pesquisa básica ou fundamental Pesquisa aplicada Visão de continuum (ainda mutuamente excludente)
  • 30. Pesquisa básica gera necessidades para novas tecnologias
  • 31. Necessidades aplicadas também estimula pesquisa básica!
  • 32. Pesquisa básica em Educação Física >> modelos experimentais >> muito controle das variáveis (validade interna) >> pouca semelhança com “mundo real” (validade externa) >> testa conceitos e descreve funcionamento de mecanismos
  • 33. Pesquisa aplicada em Educação Física >> normalmente realizada em seres humanos >> pouco controle das variáveis (validade interna) >> mais semelhança com “mundo real” (validade externa) >> testa aplicabilidade de produtos, suplementos, métodos de treinamento, etc.
  • 34. Pesquisa qualitativa em Educação Física >> tem objetivos que não permitem escolher desfechos quantificáveis >> utiliza-se de métodos qualitativos (ex.: entrevistas) >> análise de dados baseada em interpretação (sistemática)