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ISSN 1983-0157




                                         2007
       Matrizes de Referência
     MATRIZES DE REFERÊNCIA
          para Avaliação
MINAS GERAIS
               PARA AVALIAÇÃO
               |   B O L E T I M P E D A G Ó G I C O D E AVA L I A Ç Ã O D A E D U C A Ç Ã O




    Sistema Mineiro de Avaliação da o
      Sistema Mineiro de Avaliação da
            Educação Pública
             Educação Pública
 LÍNGUA PORTUGUESA
                 SIMAVE
                 SIMAVE             ANO
                       Língua Portuguesa
                    LÍNGUA PORTUGUESA
                                                              9
Matrizes de Referência
     para Avaliação

Sistema Mineiro de Avaliação da
       Educação Pública
           SIMAVE

        Língua Portuguesa




              2009
Governador de Minas Gerais      Aécio Neves da Cunha


                      Secretária de Estado de Educação Vanessa Guimarães Pinto
                        Secretário Adjunto da Educação João Antônio Filocre Saraiva
                                     Chefe de Gabinete Felipe Estábili Moraes
Subsecretária de Informações e Tecnologias Educacionais    Sônia Andère Cruz
          Superintendência de Informações Educacionais     Juliana de Lucena Ruas Riani
                      Diretoria de Avaliação Educacional   Maria Inez Barroso Simões
Diretoria de Avaliação Educacional
                                                 Amazílis Letícia Drumond Lage
                                                 Ana Silvéria Nascimento Bicalho
                                                 Carmelita Antônia Pereira
                                                 Elza Soares do Couto
                                                 Geralda Lúcia Freire Jardim
                                                 Gislaine Aparecida da Conceição
                                                 Maria Guadalupe Cordeiro
                                                 Suely da Piedade Alves




                                                 Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação
                                                 da Universidade Federal de Juiz de Fora

                                                 Coordenação Geral
                                                 Lina Kátia Mesquita Oliveira

                                                 Consultor Técnico
                                                 Manuel Fernando Palácios da Cunha e Melo


                                                 Coordenação Estatística
                                                 Tufi Machado Soares

                                                 Coordenação de Divulgação dos Resultados
                                                 Anderson Córdova Pena

                                                 Equipe de Banco de Itens
                                                 Verônica Mendes Vieira (Coord.)
                                                 Mayra da Silva Moreira

                                                 Equipe de Análise e Medidas
                                                 Wellington Silva (Coord.)
                                                 Ailton Fonseca Galvão
                                                 Clayton Vale
                                                 Rafael Oliveira

                                                 Equipe de Língua Portuguesa
                                                 Hilda Aparecida Linhares da Silva Micarello (Coord.)
                                                 Josiane Toledo Ferreira Silva (Coord.)
                                                 Ana Letícia Duin Tavares
                                                 Maika Som Machado
                                                 Edson Munck

                                                 Equipe de Matemática
Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE




                                                 Lina Kátia Mesquita Oliveira (Coord.)
                                                 Cristiano Fagundes Guimarães de Almeida
                                                 Denise Mansoldo Salazar
                                                 Mariângela de Assumpção de Castro
                                                 Tatiane Gonçalves de Moraes

                                                 Equipe de editoração
                                                 Hamilton Ferreira (Coord.)
                                                 Clarissa Aguiar
                                                 Marcela Zaghetto
                                                 Raul Furiatti Moreira
                                                 Vinicius Peixoto




       4
Mensagem da Secretária


   Prezado(a) Professor(a),

   À Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais compete assegurar as melhores
   condições de desempenho aos seus alunos, buscando garantir a todos uma educação
   de qualidade que lhes permita o prosseguimento dos estudos.

   Assim sendo, tem como uma de suas principais metas o acompanhamento do
   desempenho dos alunos de nossas escolas, aplicando, anualmente, uma avaliação em
   larga escala pelo Simave/Proeb.

   O Simave/Proeb, hoje, constitui um dos pilares do Projeto Estruturador do Governo do
   Estado de Minas Gerais tal a importância e a dimensão dos indicadores educacionais
   por ele fornecidos.

   A análise comparativa dos resultados do Simave/Proeb com aqueles alcançados nos
   anos anteriores, traça uma linha evolutiva do desempenho dos alunos deste Estado
   que orienta a definição de metas, programas e ações, com objetivo de aprimorar a
   qualidade do ensino. O papel das escolas, neste processo, é de fundamental importância.
   Examinando os resultados obtidos por seus alunos, poderão fazer uma análise em
   profundidade, indispensável à orientação de práticas educacionais que garantam
   melhorias na aprendizagem escolar.

   Como se trata de um trabalho em equipe, para essa análise tem papel relevante os
   professores que, juntamente com a Secretaria de Estado de Educação e os gestores das
   escolas irão buscar novas diretrizes e/ou o aperfeiçoamento daquelas já existentes para
   que nossos alunos tenham um ensino de excelente qualidade. No entanto, para que
   essa análise faça sentido, é preciso antes, entender os elementos que dão origem aos
   testes de Proficiência.

   É neste documento com o detalhamento das Matrizes de Referência para Avaliação
   em Língua Portuguesa e Matemática que você, professor, encontrará os subsídios
   necessários ao entendimento da origem dos testes de proficiência, bem como poderá
   estudar os descritores, tópicos e temas de cada Matriz de Referência.


                                                                 Vanessa Guimarães Pinto
                                                        Secretária de Estado de Educação
Sumário

 Apresentação                                    5

 Seção 1                                         7
 Dialogando com a experiência de sala de aula

 Seção 2                                        13
 Matrizes comentadas
 3o ano do Ensino Fundamental

 Seção 3                                        29
 Matrizes Comentadas
 5o ano do Ensino Fundamental

 Seção 4                                        47
 Matrizes Comentadas
 9o ano do Ensino Fundamental e
 3o ano do Ensino Médio

 Considerações Finais                           79

 Referências                                    83
8
    Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE
Apresentação

  Professor,

  A avaliação educacional externa, ou em larga escala, realizada pelo Sistema Mineiro de
  Avaliação da Educação Pública - SIMAVE é parte fundamental no processo de ensino e
  aprendizagem. Os resultados do SIMAVE/Proeb 2008 oferecem subsídios para que os
  docentes direcionem sua prática, as escolas reestruturem seus projetos pedagógicos
  e os sistemas de ensino definam políticas públicas voltadas para a igualdade de
  oportunidades educacionais e a qualidade do ensino ofertado.

  As avaliações do SIMAVE são pautadas na aplicação de testes de proficiência que
  visam aferir o desempenho dos alunos. Os testes são construídos tendo por base
  itens de múltipla escolha que avaliam as habilidades e competências do aluno em um
  determinado período de escolaridade. Esses itens, para serem elaborados necessitam,
  por sua vez, de um elemento que descreva de forma clara e objetiva o que se pretende
  avaliar. Esse elemento é a Matriz de Referência para Avaliação.

  O presente documento tem como objetivo detalhar as Matrizes de Referência para
  Avaliação, origem dos itens dos testes de proficiência do SIMAVE. Aqui você encontrará
  as Matrizes de Referência para Avaliação em Língua Portuguesa, detalhadas em seus
  tópicos e descritores. Encontrará, ainda, alguns comentários que têm o objetivo de
  esclarecer conceitos apresentados ao longo do texto e oferecer a você fontes de consulta
  que possam auxiliá-lo em sua prática pedagógica.

  Esperamos que as informações trazidas contribuam um pouco mais para o entendimento
  das avaliações em larga escala e o debate acerca desse processo nas escolas.




                                                                                             Língua Portuguesa - SIMAVE




                                                                                                 9
10
     Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE
Seção 1
Dialogando com a
experiência de sala de aula




                                Língua Portuguesa - SIMAVE




                                 11
12
     Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE
Relato*

           “Leandro é aluno do 3º ano do EF. Está concluindo os três primeiros anos de escolarização, período
           no qual, segundo as diretrizes para o ensino fundamental de 9 anos, deve ocorrer o processo de
           alfabetização dos alunos. Embora tenha alcançado progressos em seus processos de aprendizagem,
           apresenta, ainda, algumas dificuldades.

           Ao escrever, por exemplo, Leandro redige corretamente palavras como ‘sapato’, ‘menino’, ‘caneta’,
           mas comete erros como escrever ‘gogar’ ao invés de ‘jogar’, ‘maraque’, ao invés de ‘marque’ e
           ‘cademilha’ ao invés de ‘academia’. Não utiliza, na escrita de pequenos textos, sinais de pontuação
           e, ao ler, consegue decifrar partes do texto, mas encontra dificuldades em extrair informações, ainda
           que simples, dos textos que lê. Quando solicitado a fazer algum tipo de interpretação, Leandro
           sempre solicita à professora que diga a ele ‘em qual pedaço’ do texto é possível encontrar a resposta
           à pergunta feita.

           No que se refere aos conhecimentos matemáticos, Leandro é capaz de realizar operações de adição
           e subtração sem reserva ou recurso, mas tem dificuldades na resolução de situações-problema que
           envolvam essas mesmas operações e, ainda, em realizar adições com reserva (quando ‘vai um’) ou
           subtrações com recurso (quando deve ‘pedir emprestado’).

           A professora de Leandro demonstra preocupação com relação ao desempenho do aluno nas
           etapas posteriores de sua escolarização e sente dificuldade, inclusive, em definir se ele poderia ser
           considerado um aluno alfabetizado ou não.”
                                                                                                         As intervenções
           Certamente você, professor, deve se deparar, em seu cotidiano,                   pedagógicas podem ser definidas como
           com alunos que apresentam um perfil semelhante ao de Leandro                todas as ações realizadas intencionalmente, pelos
                                                                                     docentes, com o intuito de promover as aprendizagens
           e, sem dúvida, também se questiona quanto às competências                  dos alunos. Elas se referem não apenas às formas de
           em leitura, escrita e raciocínio lógico-matemático realmente             abordar um determinado conteúdo, mas dizem respeito,
           desenvolvidas por esses alunos e aquelas que necessitam de maior            também, à organização dos tempos e espaços de
           investimento nas intervenções pedagógicas que você realiza.                aprendizagem, às formas de relacionamento entre a
                                                                                         escola e as famílias dos alunos, dentre outras
                                                                                                            questões.



                                                Cotidianamente, em sua sala de aula, você utiliza vários
            Você poderá encontrar               instrumentos de avaliação para identificar os avanços realizados
       uma discussão interessante sobre
      avaliação e os instrumentos que os
                                                por seus alunos e as dificuldades que eles ainda encontram. Esses
 professores podem utilizar para avaliação na   instrumentos são úteis justamente por oferecerem informações
sala de aula no documento “Indagações sobre     sobre o desenvolvimento dos alunos individualmente, permitindo
     Currículo”, disponível no site do MEC      acompanhar e intervir em seus progressos e nas dificuldades que
              (www.mec.gov.br).
                                                apresentam. Ao elaborar instrumentos de avaliação o professor
                                                deve ter clareza quanto ao que pretende avaliar e como procederá
                                                a essa avaliação.

           Quando desejamos obter informações sobre as aprendizagens
           realizadas por um grupo mais amplo, precisamos de instrumentos                          Habilidade é a
           de avaliação adequados a esse objetivo. Esses instrumentos devem              capacidade do aluno de mobilizar
           permitir identificar as habilidades já consolidadas por esse grupo          um conjunto de recursos, entre eles o
           e aquelas que ainda se encontram em processo de consolidação.             conhecimento, para realizar determinadas
                                                                                                                                            Língua Portuguesa - SIMAVE




                                                                                       ações e ser competente na solução de
           Dessa forma é possível identificar não apenas o desempenho                         problemas ou situações
           de cada um dos alunos individualmente, mas o perfil do grupo                              propostas.
           avaliado. Essas informações são instrumentos importantes para
           que os sistemas de ensino definam políticas públicas para a área e
           para que as escolas discutam suas propostas pedagógicas.



           * Todos os relatos apresentados são fictícios.                                                                                   13
A leitura enquanto processo de interação entre o leitor e texto
                                                                                                                                                    Você poderá
                                                          requer a mobilização de uma ampla gama de saberes. Para                            encontrar uma interessante
                                                          mobilizar esses saberes o sujeito leitor precisa desenvolver algumas              discussão sobre como se dá a
                                                          habilidades ao longo de sua escolarização, daí a importância de                  interação do leitor com o texto
                                                          se avaliar se aquelas habilidades consideradas fundamentais para                em KOCH, I.V. e ELIAS, V. M. Ler e
                                                                                                                                         compreender: os sentidos do texto.
                                                          que o leitor mobilize os saberes necessários à sua interação com o                 São Paulo: Contexto, 2007.
                                                          texto foram realmente desenvolvidas.

                                                                                                    Do mesmo modo, o pensamento lógico-matemático envolve
                                                                      Você poderá
                                                                                                    uma série de habilidades que os alunos vão consolidando ao
                                                                 conhecer mais sobre o              longo de sua trajetória escolar. Essas habilidades envolvem desde
                                                               processo de construção do            a capacidade de estabelecer relações entre situações, eventos
                                                             número pela criança lendo o livro      e objetos, que leva à construção do conceito de número pela
                                                                “A criança e o número”,
                                                                  de Constance Kamii,
                                                                                                    criança, até aquelas necessárias à resolução de situações-problema
                                                                     Editora Paulus.                que envolvem diferentes operações algébricas. Por exemplo, no
                                                                                                    estudo de funções, no 1º ano do ensino médio, o aluno deve ter
                                                                                                    consolidado as habilidades referentes ao conhecimento aritmético
                                                                                                    e algébrico, além de trabalhar com o sistema de coordenadas
                                                                                                    cartesianas.

                                                          Retomando o relato que abre esta seção, vemos que o aluno Leandro já sabe muitas coisas. Ele sabe,
                                                          por exemplo: que a escrita se organiza da esquerda para a direita; que a língua escrita é uma forma
                                                          de representação de sons da fala; que essa representação se faz usando sinais que se chamam letras;
                                                          que as palavras são constituídas por sílabas, dentre outros saberes. Sabe, ainda, realizar operações
                                                          matemáticas simples, o que indica que já tem construído o conceito de número. Entretanto,
                                                          há algumas habilidades importantes que esse aluno ainda não desenvolveu, o que limita suas
                                                          possibilidades de interação com os textos que lê. Muito provavelmente suas dificuldades de leitura
                                                          se traduzem, também, na resolução de situações problema, pois ele pode ter dificuldades na leitura
                                                          e interpretação dessas situações quando apresentadas na forma de enunciados matemáticos.

                                                          Quando o professor percebe que um aluno apresenta lacunas em seus processos de aprendizagem,
                                                          muitas vezes não consegue identificar com precisão a natureza dessas dificuldades e,
                                                          conseqüentemente, fica em dúvida ao planejar intervenções pedagógicas para saná-las.

                                                                   Programas de                     Nas avaliações em larga escala as habilidades consideradas
                                                           avaliação em larga escala são            fundamentais compõem o que chamamos de Matriz de Referência
                                                        políticas públicas de avaliação dos         para Avaliação que apresenta habilidades consideradas básicas,
                                                   sistemas de educação. Para tanto, utiliza-se
                                                 de testes cognitivos aplicados de forma amostral
                                                                                                    em Língua Portuguesa e Matemática e que espera-se que os alunos
                                                 ou censitária aos alunos da rede de ensino a ser   tenham desenvolvido ao término de um determinado período de
                                                 avaliada para aferir a proficiência em conteúdos   sua escolarização. Poderíamos comparar a Matriz de Referência
                                                    como Matemática e Língua Portuguesa. O          para Avaliação a um mapa cognitivo, uma vez que as habilidades
                                                  resultado dessas avaliações produzem escores
                                                      indicativos do desempenho dos alunos
                                                                                                    nela relacionadas nos permitem compreender os processos de
                                                          e, por conseguinte, do trabalho           desenvolvimento e aprendizagem vivenciados pelos alunos em
                                                                       escolar.                     diferentes áreas do conhecimento.
Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE




                                                          Desse modo, os resultados das avaliações em larga escala poderão oferecer aos docentes subsídios
                                                          para identificar as habilidades já consolidadas e aquelas que ainda não o foram. Para isso é
                                                          importante que os professores conheçam o que está sendo avaliado, compreendendo as habilidades
                                                          descritas nas Matrizes de Referência para Avaliação. Este documento tem a função de oferecer a
                                                          você, professor, subsídios para chegar a essa compreensão.

                                                          Na próxima seção você conhecerá melhor o que é uma Matriz de Referência para Avaliação e qual
                                                          o papel dessa matriz nos testes utilizados nas avaliações em larga escala.




14
PARA REFLETIR
      Sua escola tem se apropriado dos resultados das avaliações realizadas pelo SIMAVE para
      a melhoria da qualidade da educação ofertada aos alunos? Em caso afirmativo, como
      isso tem afetado seu trabalho em sala de aula? Em caso negativo, o que você considera
      estar dificultando esse processo de apropriação?




Matrizes de Referência para Avaliação
                                                                                            Os testes de
                                                                                     proficiência relacionam o
Na realização da avaliação em larga escala, é necessário que os
                                                                               desempenho do aluno num teste a
itens que compõem os testes de proficiência tenham um ótimo              características desse aluno que não podem ser
padrão pedagógico e técnico. Para que os itens alcancem esse             observadas diretamente. Para isso, esses testes
padrão, os objetivos da avaliação devem ser explicitados de forma         são compostos por itens cuja resolução exige
                                                                           o domínio de determinada habilidade. São
clara e concisa e as competências e habilidades essenciais e básicas
                                                                            essas habilidades que estão relacionadas
para cada período de escolaridade avaliado devem ser claramente                 nas Matrizes de Referência para
definidas.                                                                                   Avaliação.



As Matrizes de Referência para avaliação em Língua Portuguesa do SIMAVE foram organizadas
a partir de pressupostos teóricos sobre as habilidades básicas a serem avaliadas em cada
período de escolarização, tendo como referência o Conteúdo Básico Comum do Estado de
Minas Gerais.

                                                                                             Nos testes de
Uma Matriz de Referência é composta por um conjunto de                               múltipla escolha “propõe-se
descritores, os quais explicitam dois pontos básicos do que se                   ao aluno uma pergunta ou situação
pretende avaliar: o conteúdo programático a ser avaliado em cada            problema, cuja resolução encontra-se numa
                                                                             relação de quatro ou cinco alternativas de
período de escolarização e o nível de operação mental necessário          respostas. O processo de escolha da opção pelo
para a realização de determinadas tarefas. Tais descritores são        aluno não pode sofrer interferência de fatores alheios
selecionados para compor a matriz, considerando-se aquilo que            ao seu nível de habilidade para resolver o que foi
pode ser avaliado por meio de um teste de múltipla escolha, cujos       requerido.” (OLIVEIRA, L. K. M. e BARBOSA, E.M.R.
                                                                         A Construção dos Itens dos Testes de Proficiência.
itens implicam a seleção de uma resposta em um conjunto dado                In: BRASIL, INEP/MEC. Guia de estudos 2: os
de respostas possíveis.                                                        testes e os indicadores de desempenho
                                                                                      escolar. Brasília: no prelo.)

IMPORTANTE!
      As orientações quanto à análise de conteúdos de ensino, sua seleção e progressão, bem
      como orientações pedagógicas para explorar esses conteúdos, tais como estratégias
      e recursos didáticos, devem estar presentes em Diretrizes, Parâmetros e/ou Matrizes
      Curriculares. Os descritores que compõem as Matrizes de Referência para Avaliação
      são referência para o processo avaliativo, portanto para a elaboração dos itens que
      comporão os testes.
                                                                                                                                Língua Portuguesa - SIMAVE




                                                                                                                                15
Você conhecerá, a seguir, a Matriz de Referência para Avaliação da Alfabetização do 3o ano do ensino
                                                 fundamental e, posteriormente, as Matrizes de Referência para Avaliação em Língua Portuguesa do
                                                 5º e 9º anos do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio, com um detalhamento de tópicos e
                                                 descritores, além de exemplos de itens utilizados em avaliações em larga escala e que avaliam cada
                                                 uma das habilidades descritas nas matrizes.



                                                 SUGESTÃO
                                                 Para compreender melhor a função das Matrizes de Referência para Avaliação você pode recorrer
                                                 aos Boletins Pedagógicos do SIMAVE/Proeb. Neles você encontrará algumas atividades cujo objetivo
                                                 é favorecer a sua compreensão da função e do papel das Matrizes de Referência para Avaliação.
Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE




16
Seção 2
Matrizes Comentadas
3o ano do
Ensino Fundamental




                        Língua Portuguesa - SIMAVE




                        17
18
     Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE
1.1 Detalhamento da Matriz de Referência para
Avaliação em Alfabetização - 3º ano do E.F.

  Conhecimentos             Competências                                       Descritores
                                                    D1. Identificar letras do alfabeto
                                                    D2. Conhecer as direções e o alinhamento da escrita da língua
                                                    portuguesa
                                                    D3. Diferenciar letras de outros sinais gráficos, como os
                     C1. Domínio de
                                                    números, sinais de pontuação ou de outros sistemas de
 Características     conhecimentos e                representação
 da tecnologia da    capacidades que concorrem
                                                    D4. Distinguir, como leitor, diferentes tipos de letras.
 escrita             para a apropriação da
                                                    D5. Identificar, ao ouvir uma palavra, o número de sílabas
                     tecnologia de escrita
                                                    (consciência silábica)
                                                    D6. Identificar sons de sílabas
                                                    (consciência fonológica e consciência fonêmica)
                                                    D7. Identificar o conceito de palavra (consciência de palavra)
 Decifração e        C2. Decifração com maior ou    D8. Ler palavras em voz alta
 fluência            menor fluência                 D9. Ler, em voz alta, uma frase/ ou um texto
                                                    D10. Ler palavras silenciosamente
                                                    D11. Localizar informação em uma frase/texto
                                                    D12. Identificar elementos que constroem a narrativa
                     C3. Recuperação de
 Compreensão         informações no contexto de     D13. Inferir uma informação
                     práticas sociais de leitura    D14. Identificar assunto de um texto
                                                    D15. Estabelecer relações lógico-discursivas
                                                    D16. Estabelecer relações de continuidade temática a partir da
                                                    recuperação de elementos da cadeia referencial do texto

                                                    D17. Reconhecer os usos sociais da ordem alfabética
 Usos sociais        C4. Implicações do suporte e
 da leitura e da     do gênero na compreensão       D18. Identificar gêneros textuais diversos e sua finalidade
 escrita             de textos
                                                    D19. Formular hipóteses

                                                    D20. Distinguir fato de opinião sobre o fato
                                                    D21. Identificar tese e argumentos
                                                    D22. Avaliar a adequação da linguagem usada à situação,
 Avaliação e po-                                    sobretudo, a eficiência de um texto ao seu objetivo ou
 sicionamento do                                    finalidade
                     C5. Julgamento e crítica
 leitor em relação                                  D23. Determinar o ponto de vista do enunciador ou
 aos textos                                         de personagens sobre fatos, apresentados explícita e
                                                    implicitamente no texto.
                                                    D24. Identificar efeito de sentido decorrente de recursos
                                                    gráficos, seleção lexical e repetição
                                                                                                                     Língua Portuguesa - SIMAVE




                     C6. Escrita de palavras
                                                    D25. Escrever palavras
 Escrita             (Codificação)
                     C7. Produção escrita           D26. Escrever frases / textos



Os descritores que compõem a Matriz são detalhados a seguir:


                                                                                                                     19
D1. Identificar letras do alfabeto

                                                 O aluno deve reconhecer letras do alfabeto apresentadas isoladamente, em sequências de letras ou
                                                 no contexto de palavras.



                                                 D2. Conhecer as direções e o alinhamento da escrita da
                                                 língua portuguesa
                                                 O alfabetizando, ao ter contato com um texto (contos, tirinhas, notícias, entre outros), deve
                                                 identificar a direção formal da escrita: onde se inicia a leitura ou onde se localiza a última palavra do
                                                 texto. Considerando a tarefa de registro escrito, espera-se que o aluno copie uma frase respeitando
                                                 as direções da escrita (de cima para baixo, da esquerda para a direita), bem como demonstre o uso
                                                 correto das linhas, das margens e do local adequado para iniciar a escrita em uma folha.



                                                 D3. Diferenciar letras de outros sinais gráficos, como os
                                                 números, sinais de pontuação ou de outros sistemas de
                                                 representação
                                                 O aluno precisa diferenciar letras de números e de outros símbolos. Deve reconhecer, por exemplo,
                                                 um texto que circula socialmente dentre outros textos, ou uma seqüência que apresenta somente
                                                 letras ou outras seqüências que apresentam letras e números.



                                                 D4. Distinguir, como leitor, diferentes tipos de letras
                                                 A criança deve identificar letras isoladas ou palavras escritas com diferentes tipos de letras: maiúscula,
                                                 minúscula; cursiva; caixa alta e baixa.




                                                            Risque onde estão escritas as duas palavras.


                                                                        banana                                       limão
Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE




                                                      A) BACANA, LIMÃO.
                                                      B) BACANA, MELÃO.
                                                      C) BANANA, LIMÃO.
                                                      D) BANANA, MELÃO.

                                                                                                                                             PROALFA 2008.




20
D5. Identificar, ao ouvir uma palavra, o número de sílabas
(consciência silábica)
O alfabetizando precisa, ao ouvir a pronúncia de palavras (monossílabas, dissílabas, trissílabas,
polissílabas; oxítonas, paroxítonas, proparoxítonas); com diferentes estruturas silábicas (CV –
consoante-vogal, CCV – consoante-consoante-vogal, CVC – consoante-vogal-consoante, V – vogal,
VC – vogal-consoante, ditongo, etc.), identificar o número de sílabas que compõe uma palavra.




        Risque o quadrinho que mostra quantas sílabas (ou
     pedaços) tem a palvra VACA.


                                                     4



                                                     3



                                                     2



                                                     1

                                                                                            CAED / UFJF.



D6. Identificar sons de sílabas (consciência fonológica e
consciência fonêmica)
Ao ouvir palavras de um mesmo campo semântico ou de campos semânticos distintos, ditadas pelo
aplicador, a criança deve identificar: sílabas com diferentes estruturas (CV, CCV, CVC, V, VC, ditongo,
etc.) no início, meio e final dessas palavras.

D7. Identificar o conceito de palavra (consciência de
palavra)
A criança precisa reconhecer o número de palavras que compõe um pequeno texto. Ao observar
                                                                                                           Língua Portuguesa - SIMAVE




uma palavra, ser capaz de identificar o número de vezes que ela se repete em um texto. Espera-se,
ainda, que palavras compostas por menos de três letras também sejam identificadas.


D8. Ler palavras em voz alta
É necessário que o aluno demonstre habilidades de leitura de palavra em voz alta. As palavras a serem
lidas obedecem a uma escala de dificuldade, em relação a sua estrutura silábica. São apresentadas
palavras com a sílaba CV (consoante/vogal) e/ou palavras compostas por sílabas complexas, tais
como: CVC, CCV e ainda sílaba composta apenas por vogal ou ditongo.                                        21
D9. Ler, em voz alta, uma frase ou um texto
                                                 O alfabetizando deve ler frases curtas com estrutura sintática simples (sujeito + verbo + objeto),
                                                 frases longas com estrutura sintática complexa e também ler pequenos textos.

                                                 D10. Ler palavras silenciosamente
                                                 A criança deve ler palavras silenciosamente. A palavra apresentada é acompanhada de um desenho
                                                 que a representa. Assim como o D8, esse descritor apresenta palavras em um nível crescente
                                                 de dificuldade em relação à estrutura silábica, ou seja, sílabas CV, CVC, CCV, V e palavras com
                                                 ditongo.




                                                      Leia silenciosamente as palavras abaixo e ligue cada palavra
                                                      ao seu desenho.
                                                      Fique atento! Não vale ler em voz alta.




                                                              CÃO




                                                              CÉU




                                                              MÃO
Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE




                                                              MÃE




                                                                                                                                         CAED / UFJF.




22
D11. Localizar informação em uma frase/texto
O aluno precisa demonstrar habilidades no processamento de leitura de um texto. Espera-se que
ele possa identificar, no texto lido, informações que se apresentam explicitamente. Essa informação
pode estar presente no início, no meio ou no fim do texto. O texto pode possuir diferentes extensões
e graus de complexidade na estrutura dos períodos. Tais fatores podem interferir no processo de
localização de informação.




     Leia silenciosamente a frase.
     Fique atenta! Não vale ler em voz alta.

     Risque o quadrinho que mostra até quanto pode medir a
     cauda do mico-leão-de-cara-dourada.




                  36 centímetros.



                  37 centímetros.



                  38 centímetros.



                  39 centímetros.


                                                                                         CAED / UFJF.
                                                                                                        Língua Portuguesa - SIMAVE




                                                                                                        23
D12. Identificar elementos que constroem a narrativa
                                                 O alfabetizando deve conhecer gêneros textuais que privilegiam a narrativa, tais como contos de
                                                 fadas, contos modernos, fábulas, lendas. São avaliadas habilidades relacionadas à identificação de
                                                 elementos da narrativa: espaço, tempo (isolados ou conjuntamente), personagens e suas ações, e
                                                 conflito gerador.




                                                      Leia o texto abaixo e responda.


                                                                                    DONA BARATINHA

                                                        Certa vez, Dona Baratinha encontrou uma moedinha de
                                                       ouro enquanto varria sua casa.
                                                        – Oba! Que sorte! Vou arranjar um noivo.
                                                        Toda contente, lá foi Dona Baratinha para a janela, com
                                                       um laço de fita na cabeça e moeda de ouro na caixinha,
                                                       cantando assim:
                                                        – Quem quer casar com Dona Baratinha que tem fita na
                                                       cabeça e dinheiro na caixinha...
                                                                                                                   Texto de domínio público.


                                                      Dona Baratinha encontrou a moedinha quando


                                                                                      arranjou um noivo.

                                                                                      colocou o laço de fita.

                                                                                      foi para a janela.

                                                                                      varria sua casa.
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                                                                                                                                         CAED / UFJF.




24
D13. Inferir uma informação
O aprendiz precisa revelar capacidade de, a partir da leitura silenciosa e autônoma de um texto,
inferir o sentido de uma palavra ou expressão menos freqüente para crianças, em textos de
tema/gênero familiar ou menos familiar. A criança deve realizar inferência, o que supõe que
seja capaz de ir além do que está dito em um texto. Ou seja, ir além das informações explícitas,
relacionando informações presentes em um texto (verbal ou verbal e não-verbal) com seus
conhecimentos prévios, a fim de produzir sentido para o que foi lido.




    Leia o texto e responda à questão.
    Não vale ler em voz alta.

    A palavra ZELOSO, no texto, significa


         Francisco cuidava bem dos animais da fazenda. Ele era
      um empregado muito zeloso com seu serviço.



                  AMISTOSO.



                  CUIDADOSO.



                  PRAZEROSO.



                  PREGUIÇOSO.

                                                                                      CAED / UFJF.
                                                                                                     Língua Portuguesa - SIMAVE




                                                                                                     25
D14. Identificar assunto de um texto
                                                 A criança deve demonstrar capacidade de compreensão global do texto. Ela precisa ser capaz de,
                                                 após ler um texto, dizer do que ele trata. Ou seja, ser capaz de realizar um exercício de síntese,
                                                 identificar o assunto que representa a idéia central do texto.




                                                      Leia o texto e marque a resposta certa.

                                                      Fique atento! Não vale ler em voz alta.


                                                           Toda criatura viva cumpre um papel dentro do ambiente
                                                        em que vive. Até mesmo os tubarões. Diferente do que
                                                        muita gente pensa, a maioria dos tubarões não oferecem
                                                        perigo ao homem. Como outro animal qualquer, eles
                                                        devem ser mais conhecidos, inclusive para a gente não
                                                        sair espelhando por aí que tubarão serve mesmo é para
                                                        fazer estrago.

                                                           Ciência Hoje na Escola 2: Bichos, Rio de Janeiro, 1996. (Fragmento adaptado).


                                                      Risque o quadrinho que mostra sobre o que o texto fala.


                                                                      Alimentação do tubarão.



                                                                      Estragos que o tubarão faz.
Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE




                                                                      Importância de salvar o tubarão branco.



                                                                      Necessidade de conhecer mais os tubarões.



                                                                                                                                         CAED / UFJF.
26
D15. Estabelecer relações lógico-discursivas
O aluno deve identificar, em um texto narrativo ou expositivo/argumentativo, marcas que expressam
relações de tempo, lugar, causa e consequência.



D16. Estabelecer relações de continuidade temática a partir
da recuperação de elementos da cadeia referencial do texto
A criança deve recuperar o antecedente ou o referente de um determinado elemento anafórico
(pronome, elipse ou designação de um nome próprio) destacado no texto. Ou seja, deve demonstrar
que compreendeu a que se refere esse elemento.




                                                                                                    Língua Portuguesa - SIMAVE




                                                                                                    27
D17. Reconhecer os usos sociais da ordem alfabética
                                                 O aluno deve reconhecer a ordem alfabética tendo em vista seus usos sociais. É avaliado se ele
                                                 identifica o local de inserção de um nome em uma lista ou agenda, por exemplo. Verifica-se,
                                                 também, a capacidade de identificação do local correto de inserção de uma palavra, no dicionário,
                                                 a partir da observação da primeira letra.




                                                                                    1. ALICE

                                                                                    2. DAVI

                                                                                    3. MARISA

                                                                                    4.

                                                                                    5. ROSANA



                                                     Seguindo a ordem alfabética, o nome que falta na lista é:


                                                                                    BRUNO.



                                                                                    LUCAS.



                                                                                    PEDRO.
Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE




                                                                                    TIAGO.



                                                                                                                                        CAED / UFJF.




28
D18. Identificar gêneros textuais diversos e sua finalidade
A criança precisa reconhecer o gênero textual que circula na sociedade, bem como a finalidade
desses textos. Inicialmente são apresentados gêneros mais familiares aos alunos, como: listas,
bilhetes, convites, receitas culinárias e, posteriormente outros menos familiares como: notícias,
anúncios, textos publicitários, etc. Tais textos podem ser identificados a partir de seu modo de
apresentação e/ou de seu tema/assunto e de seu suporte.




                 APRESENTAR UMA NOTÍCIA.



                  CONTAR UMA PIADA ENGRAÇADA.



                 CONVIDAR PARA UM ANIVERSÁRIO.



                 DAR PARABÉNS A ALGUÉM.


                                                                                       CAED / UFJF.
                                                                                                      Língua Portuguesa - SIMAVE




                                                                                                      29
D19. Formular hipóteses
                                                 A criança precisa reconhecer o assunto de um texto a partir da observação de uma imagem e/ou
                                                 da leitura de seu título.




                                                                             A morte da galinha nanica
                                                                                                                   Irmãos Grimm

                                                         Era uma vez uma galinha nanica que foi a um bosque de
                                                       amendoeiras com o galo nanico e os dois combinaram que
                                                       cada um que encontrasse uma amêndoa a dividiria com o
                                                       outro.
                                                         Numa manhã, aconteceu que a galinha encontrou uma
                                                       amêndoa, mas nada disse ao galo, pois tinha a intenção
                                                       de comer a amêndoa sozinha. A amêndoa, porém, era tão
                                                       grande que...

                                                                  a galinha e o galo começaram a gritar cada vez
                                                                  mais alto.


                                                                  a galinha e o galo brigaram a tarde inteira.



                                                                  a galinha ficou perdida no bosque e não conseguiu
                                                                  voltar para casa.



                                                                  a galinha não conseguiu engolir e ficou entalada
                                                                  com a amêndoa na garganta.
Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE




                                                                                                                                   CAED / UFJF.


                                                 D20. Distinguir fato de opinião sobre o fato
                                                 O aluno deve ser capaz de distinguir um fato de uma opinião, explícita ou implícita, sobre
                                                 determinado fato ao ler histórias ou notícias.

                                                 D21. Identificar tese e argumentos
                                                 O aluno precisa identificar a tese defendida em um texto e/ou os argumentos presentes que
30                                               sustentam a tese apresentada.
D22. Avaliar adequação da linguagem usada à situação,
sobretudo, a eficiência de um texto ao seu objetivo ou
finalidade
A criança deve ser capaz de identificar, por exemplo, marcas de oralidade em um texto escrito ou
justificar determinada linguagem presente no texto em função dos objetivos a que ele se propôe.

D23. Determinar o ponto de vista do enunciador ou
de personagens sobre fatos, apresentados explícita e
implicitamente no texto
O aluno deve identificar, em um dado texto, a fala/discurso direto ou indireto. Nesse caso, o aluno
terá que demonstrar que reconhece quem “está com a palavra”.

D24. Identificar efeito de sentido decorrente de recursos
gráficos, seleção lexical e repetição
Ao ler o texto, a criança deve ser capaz de identificar os efeitos de sentido decorrentes da utilização
de recursos gráficos, do léxico (vocábulo) ou também de identificar humor ou ironia no texto,
decorrentes desses recursos.



D25. Escrever palavras
O aluno necessita mostrar capacidade de escrever palavras (monossílabas, dissílabas, trissílabas,
polissílabas; oxítonas, paroxítonas, proparoxítonas); com diferentes estruturas silábicas (CV, CCV,
CVC, V, VC, ditongo, etc.).



      Escreva o nome do desenho:




                                                                                                           Língua Portuguesa - SIMAVE




                                                                                            CAED / UFJF.
                                                                                                           31
D26. Escrever frases/textos
                                                 O alfabetizando precisa escrever frases e pequenos textos. A escrita de frases pode ser feita a partir
                                                 da observação de uma imagem ou de um ditado. Já a escrita de textos (história) pode ser feita
                                                 com base na observação de uma seqüência de imagens. Outros gêneros mais familiares como
                                                 convite, aviso ou bilhete, por exemplo, também são solicitados para serem escritos, tendo em vista
                                                 a definição de suas condições de produção (o que escrever, para quem, para que, em que suporte,
                                                 local de circulação).

                                                 Observando a matriz, percebe-se que as capacidades apresentadas permitem identificar desde
                                                 conhecimentos mais iniciais da alfabetização, como a habilidade de identificar letras do alfabeto,
                                                 até conhecimentos relacionados à compreensão mais ampla de textos, como a habilidade de inferir
                                                 informação em um texto.

                                                 Do ponto de vista da avaliação, as habilidades evidenciadas permitem uma delimitação dos níveis
                                                 de aprendizagem dos alunos. É importante ter clareza de que uma Matriz de Avaliação não
                                                 contempla todas as capacidades a serem trabalhadas no dia-a-dia da sala de aula, o que é objeto
                                                 de uma Matriz de Ensino. Não se pode, assim, confundir Matriz de Ensino com Matriz de Avaliação:
                                                 enquanto a Matriz de Ensino apresenta as habilidades a serem contempladas no processo de ensino
                                                 e aprendizagem, a Matriz de Avaliação apresenta as habilidades passíveis de serem avaliadas,
                                                 portanto, é sempre mais restrita do que uma Matriz de Ensino.
Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE




32
Seção 3
Matrizes Comentadas
5o ano do
Ensino Fundamental




                        Língua Portuguesa - SIMAVE




                        33
Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE




34
1.2 Detalhamento da Matriz de Referência para
Avaliação - 5º ano do E.F.
                         MATRIZ DE REFERÊNCIA - SIMAVE/ PROEB
              LÍNGUA PORTUGUESA - 4a SÉRIE / 5o ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
                             TópicoS E SEUS DESCRITORES

I – PROCEDIMENTOS DE LEITURA

  D0   Compreender frases ou partes que compõem um texto.

  D1   Identificar um tema ou o sentido global de um texto.

  D2   Localizar informações explícitas em um texto.

  D3   Inferir informações implícitas em um texto.

  D5   Inferir o sentido de palavra ou expressão.

 D10   Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.

II – IMPLICAÇÕES DO SUPORTE, DO GÊNERO E/OU DO ENUNCIADOR NA COMPREENSÃO DO TEXTO

  D6   Identificar o gênero de um texto.

  D7   Identificar a função de textos de diferentes gêneros.

  D8   Interpretar texto que conjuga linguagem verbal e não-verbal.

III – COERÊNCIA E COESÃO NO PROCESSAMENTO DO TEXTO

 D11   Reconhecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc.

 D12   Estabelecer a relação causa/conseqüência entre partes e elementos do texto.

       Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contri-
 D15
       buem para sua continuidade

 D19   Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que compõem a narrativa.

IV – RELAÇÕES ENTRE RECURSOS EXPRESSIVOS E EFEITOS DE SENTIDO

 D23   Identificar efeitos de ironia ou humor em textos.

 D21   Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso de pontuação e de outras notações.

V – VARIAÇÃO LINGÜÍSTICA

 D13   Identificar marcas lingüísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.




TÓPICO I
PROCEDEMINTOS DE LEITURA
O conjunto de descritores que compõem esse tópico apresenta as habilidades lingüísticas consideradas
fundamentais para a leitura de textos de gêneros diversos. Um leitor considerado proficiente deve
                                                                                                              Língua Portuguesa - SIMAVE




ser capaz de realizar tarefas como localizar uma informação que se encontra expressa no texto e
identificar o sentido global desse texto. Acrescente-se, ainda, que ele deve saber o sentido de uma
palavra ou expressão por meio da construção de inferências, além de perceber a intenção do autor
do texto e distinguir entre fato e opinião. Por meio desse tópico, avalia-se, portanto, se o aluno
é capaz de relacionar-se com o texto, localizando informações que se encontram apenas na sua
superfície, mas também se ele pode atingir camadas mais profundas de significação.

Na 4a série/5o ano do EF, esse tópico apresenta cinco descritores. A seguir, serão detalhados cada um
deles, com exemplos de itens utilizados para avaliá-los.                                                      35
D0 - Compreender frases ou parte que compõem um texto
                                                 Avalia-se por meio desse descritor se o aluno lê com compreensão frases com estrutura sintática
                                                 variada.



                                                 D1- Identificar o tema ou sentido global de um texto

                                                 Essa é uma habilidade mais complexa, pois requer do aluno uma série de tarefas cognitivas para
                                                 chegar ao tema ou o sentido global, em torno do qual foi desenvolvido o texto.


                                                 A seguir, você verá o exemplo de um item que avalia essa habilidade no 5o ano do EF.




                                                         Leia o texto abaixo.


                                                                                                CACHORROS


                                                               Os      zoólogos   acreditam     que   o   cachorro   se      originou       de   uma
                                                           espécie de lobo que vivia na Ásia. Depois os cães se juntaram
                                                           aos    seres     humanos    e   se   espalharam    por    quase     todo     o    mundo.
                                                           Essa amizade começou há uns 12 mil anos, no tempo em que as pessoas
                                                           precisavam caçar para se alimentar. Os cachorros perceberam que, se não
                                                           atacassem os humanos, podiam ficar perto deles e comer a comida que sobrava.
                                                           Já os homens descobriram que os cachorros podiam ajudar a caçar, a cuidar de
                                                           rebanhos e a tomar conta da casa, além de serem ótimos companheiros. Um
                                                           colaborava com o outro e a parceria deu certo.
                                                                                                                               www.recreionline.com.br



                                                         (P04424SI)   O assunto tratado nesse texto é a
                                                         A) relação entre homens e cães.
                                                         B) profissão de zoólogo.
                                                         C) amizade entre os animais.
                                                         D) alimentação dos cães.

                                                                                                                       Guia de Elaboração de Itens, CAEd 2008.
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36
D2- Localizar informações explícitas em um texto
A habilidade que se avalia por meio desse descritor diz respeito à capacidade de localizar uma
informação que se encontra explicitamente na superfície textual. Essa pode ser considerada uma
habilidade elementar para o desenvolvimento das demais habilidades de leitura.

No 5o ano do EF, um item relativo a esse descritor deve solicitar a identificação de uma determinada
informação, dentre outras também presentes no texto.




         Leia o texto abaixo e responda às questões.

                                                  Caipora


              É um Mito do Brasil que os índios já conheciam desde a época do descobrimento.
          Índios e Jesuítas o chamavam de Caiçara, o protetor da caça e das matas.
              Seus pés voltados para trás servem para despistar os caçadores, deixando-os
          sempre a seguir rastros falsos. Quem o vê, perde totalmente o rumo, e não sabe
          mais achar o caminho de volta. É impossível capturá-lo. Para atrair suas vítimas,
          ele, às vezes, chama as pessoas com gritos que imitam a voz humana. É também
          chamado de Pai ou Mãe-do-Mato, Curupira e Caapora. Para os Índios Guaranis, ele
          é o Demônio da Floresta. Às vezes é visto montando um porco do mato.
                                                                  http://www.arteducacao.pro.br/

         (P04419SI)   De acordo com esse texto, os pés voltados para trás da Caipora servem para
         A) atrair suas vítimas.
         B) despistar caçadores.
         C) montar um porco do mato.
         D) proteger as matas.

                                                                       Guia de Elaboração de Itens, CAEd 2008.




                                                                                                                 Língua Portuguesa - SIMAVE




                                                                                                                 37
D3- Inferir informações implícitas em um texto

                                                 Os itens relativos a esse descritor visam a aferir se o aluno é capaz de buscar nas entrelinhas os sentidos
                                                 do texto, a partir da articulação das proposições explícitas e de seu conhecimento de mundo.

                                                 Veja o exemplo de um item que avalia essa habilidade no 5º ano do EF.



                                                          Leia o texto abaixo e responda às questões.

                                                                                                O Feitiço do sapo
                                                                                           Eva Furnari
                                                                  Todo lugar sempre tem um doido. Piririca da Serra tem Zóio. Ele é um sujeito
                                                             cheio de idéias, fica horas falando e anda pra cima e pra baixo, numa bicicleta pra
                                                             lá de doida, que só falta voar. O povo da cidade conta mais de mil casos de Zóio,
                                                             e acha que tudo acontece, coitado, por causa da sua sincera mania de fazer “boas
                                                             ações”. Outro dia, Zóio estava passando em frente à casa de Carmela, quando
                                                             a ouviu cantar uma bela e triste canção. Zóio parou e pensou: que pena, uma
                                                             moça tão bonita, de voz tão doce, ficar assim triste e sem apetite de tanto esperar
                                                             um príncipe encantado. Isto não era justo. Achou que poderia ajudar Carmela a
                                                             realizar seu sonho e tinha certeza de que justamente ele era a pessoa certa para
                                                             isso. Zóio se pôs a imaginar como iria achar um príncipe para Carmela. Pensou
                                                             muito para encontrar uma solução e finalmente teve uma grande idéia de jerico:
                                                             foi até a beira do rio, pegou um sapo verde e colocou-o numa caixa bem na porta
                                                             da casa dela.

                                                                             FURNARI, Eva. O feitiço do sapo. São Paulo: Editora Ática, 2006, p. 4 e 5. Fragmento.


                                                          (P04471SI) A intenção de Zóio ao colocar um sapo na porta da casa de Carmela foi
                                                          A) ajudá-la a encontrar um príncipe encantado.
                                                          B) ajudá-la a cantar com voz mais doce ainda.
                                                          C) encontrar alguém para cuidar do sapo que vivia no rio.
                                                          D) fazer uma surpresa, dando-lhe um sapo de presente.


                                                                                                                                              Teste 5o ano EF, Simave/Proeb.
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38
D5- Inferir o sentido de palavra ou expressão a partir do
contexto
Por meio desse descritor, avalia-se uma habilidade inferencial específica, ou seja, verifica-se se o
aluno sabe, com base no contexto, inferir o sentido de palavra ou expressão.

Os itens que avaliam essa habilidade devem, assim, solicitar que o aluno reconheça, dentre algumas
possibilidades, aquela que corresponde ao sentido de uma palavra num determinado contexto.



         Leia o texto abaixo e responda às questões.

                                              O menor jornal
                              A jornalista Dolores Nunes é a responsável pelo menor
                         jornal do mundo. No dia 23, o micro jornal Vossa Senhoria,
                         da cidade de Divinópolis (MG), recebeu o certificado do
                         livro dos recordes, atestando que o seu jornal, com apenas
                         3,5 centímetros de altura e 2,5 centímetros de largura, é o
                         menor jornal do mundo. O jornal tem 16 páginas mensais,
                         tiragem de 5 mil exemplares e aborda diversos assuntos da
                         atualidade.

         (P04464SI) O   que significa atestando?
         A) Afirmando por escrito.
         B) Dando uma notícia.
         C) Fazendo um teste.
         D) Lendo com atenção.


                                                             Boletim Pedagógico SAERS. 2a série / 3o ano EF, 2007.




                                                                                                                     Língua Portuguesa - SIMAVE




                                                                                                                     39
D10 - Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato

                                                 Os itens que avaliam essa habilidade precisam apresentar, como suporte, textos que permitam a
                                                 identificação de posicionamentos relativos aos fatos tratados no texto.

                                                 A seguir, você verá o exemplo de um item que avalia essa habilidade.




                                                          Leia o texto abaixo e responda à questão.

                                                                                        PRINCESA NENÚFAR ELFO-ELFA

                                                                                Nasceu já bem pálida, de olhos claros e cabelos
                                                                            loiros, quase brancos. Foi se tornando invisível já
                                                                            na infância e viveu o resto da vida num castelo mal-
                                                                            assombrado, com fantasmas amigos da família. Dizem
                                                                            que é muito bonita, mas é bem difícil de se saber se é
                                                                            verdade.
                                                            SOUZA, Flávio de. Príncipes e princesas, sapos e lagartos. Histórias modernas de tempos antigos. Editora
                                                                                                                                             FTD, p. 16. Fragmento.

                                                          (P04462SI) A opinião   das pessoas sobre a princesa é de que ela
                                                          A) é muito bonita.
                                                          B) é pálida, de olhos claros.
                                                          C) tem cabelos quase brancos.
                                                          D) vive num castelo.


                                                                                                                                    Guia de Elaboração de Itens, CAEd 2008.




                                                 TóPICO II
                                                 IMPLICAÇÕES DO SUPORTE, DO GÊNERO E/OU DO
                                                 ENUNCIADOR NA COMPREENSÃO DO TEXTO
                                                 Neste tópico, avalia-se a capacidade de reconhecer o gênero a que um texto pertence. Para o
                                                 desenvolvimento dessa habilidade, é preciso que os alunos saibam que há relação entre o gênero
                                                 do texto e sua função comunicativa.
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40
D6 - Identificar o gênero do texto
Os leitores que desenvolveram essa habilidade são capazes de identificar o gênero de um texto
a partir de “pistas” tais como: a diagramação do texto na página, o título, o assunto abordado,
dentre outras. O desenvolvimento dessa habilidade indica a familiaridade com diferentes gêneros
textuais que circulam em nossa sociedade.




        Leia o texto abaixo.


                                       FRANGO COM QUIABO


                                            Ingredientes:
         500g de frango cortado
         Suco cuado de 3 limões
         3 dentes de alho amassados
         Sal e pimenta a gosto
         500g de quiabo
         1 cebola grande cortada em cubos
         3 tomates sem sementes, cortados em cubos
         Salsinha a gosto.


                                           Modo de preparo


         Tempere o frango com a metade do suco de limão, os dentes de alho, sal e pimenta
         e deixe nesse tempero por uma hora.
         Lave bem os quiabos, corte as pontas, coloque-os em um recipiente e regue com a
         outra metade do suco de limão.
         Em uma panela, aqueça o azeite e doure os pedaços de frango. Acrescente a
         cebola e os tomates e refogue em fogo baixo, mexendo sempre. Junte os quiabos
         escorridos. Deixe cozinhar até que os quiabos estejam macios. Adicione a salsinha.
         Sirva assim qe retirar do fogo.


        (P04139SI) Este   texto é
        A) uma receita culinária.
        B) a história de um frango.
        C) uma instrução de jogo.
        D) uma bula de remédio.


                                                                         Teste do 5o ano EF, Simave/Proeb.
                                                                                                             Língua Portuguesa - SIMAVE




                                                                                                             41
D7- Identificar a função de textos de diferentes gêneros

                                                 Os textos que circulam na sociedade são escritos com uma determinada finalidade, seja ela informar,
                                                 convencer, advertir, expor um ponto de vista, narrar um acontecimento, entre outras.

                                                 Os itens relativos a esse descritor visam, exatamente, a verificar a capacidade de reconhecer a
                                                 finalidade dos textos que circulam numa sociedade letrada.

                                                 A seguir, você verá o exemplo de um item que avalia essa habilidade.



                                                           Leia o texto abaixo e responda à questão.

                                                                        05/05/2006
                                                                        MARCELA,
                                                                        vou levar as crianças para um passeio no Museu. Voltaremos
                                                                        no final da tarde, não se preocupe em preparar lanche para
                                                                        nós.
                                                                        Um abraço,
                                                                                                                           Mamãe.

                                                           (P04425SI)   Esse texto serve para
                                                           A) dar uma notícia.
                                                           B) deixar um recado.
                                                           C) fazer um convite.
                                                           D) vender um produto.


                                                                                                                     Guia de Elaboração de Itens, CAEd 2008
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42
D8- Interpretar texto que conjuga linguagem verbal e
não-verbal
Interpretar textos não-verbais e ser capaz de articular a linguagem verbal e a não-verbal são
habilidades importantes, sobretudo em uma sociedade em que cada vez mais os textos mesclam
essas linguagens.

Os itens por meio dos quais essa habilidade é avaliada devem ter como suporte um texto no qual
o elemento não-verbal não seja meramente ilustrativo, mas exerça uma função no processo de
produção de sentido para a mensagem veiculada.

A seguir, você verá o exemplo de um item que avalia essa habilidade.



         Observe o texto abaixo.




                                                                                   Maurício de Souza

         (P04153SI) Na   história, a mulher passa a perseguir o lobisomem. Isto aconteceu porque
         A) o lobisomem não queria mais perseguir a mulher.
         B) o lobisomem se transformou num homem.
         C) a mulher não tem medo de lobisomem.
         D) a mulher gosta de perseguir lobisomem.
                                                                                                                  Língua Portuguesa - SIMAVE




                                                                        Guia de Elaboração de Itens, CAEd 2008.




                                                                                                                  43
TÓPICO III
                                                 COERÊNCIA E COESÃO NO PROCESSAMENTO
                                                 DO TEXTO
                                                 Os descritores associados a este tópico indicam a competência de se reconhecer a função de
                                                 elementos lingüísticos que sinalizam a mesma referência para dois ou mais termos (repetições,
                                                 substituições, elipses, formas pronominais).

                                                 Os alunos que construíram essa competência também identificam, elementos constitutivos da
                                                 narrativa (personagem, enredo, foco narrativo, cenário e duração). Além disso, são capazes de
                                                 estabelecer relação de causa e conseqüência entre partes e elementos do texto, bem como outras
                                                 relações lógico-discursivas.



                                                 D11 - Reconhecer relações lógico-discursivas presentes no
                                                 texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc.
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44
D12- Estabelecer a relação causa/conseqüência entre
partes e elementos do texto
Entende-se como causa/conseqüência todas as relações entre os elementos que se organizam
de tal forma que um é resultado do outro. Para aferir essa habilidade, pode-se pedir ao leitor
para reconhecer relações de causa e efeito, problema e solução, objetivo e ação, afirmação e
comprovação, justificativa, motivo e comportamento, pré-condição, entre outras.

A seguir, veja o exemplo de um item que avalia essa habilidade.



         Leia o texto e responda às questões.




                DÍDIMO, Horácio. As historinhas do mestre jabuti. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2003, p. 23.


         (P04300SI) A casa   que estava em pé desabou
         A) por causa de um terremoto.
         B) porque teve medo da bruxa.
         C) porque era uma casa doida.
         D) por causa das janelas abertas.


                                                                     Boletim Pedagógico Simave / Proeb. 5o ano EF, 2006.
                                                                                                                           Língua Portuguesa - SIMAVE




                                                                                                                           45
D15- Estabelecer relações entre partes de um texto,
                                                 identificando repetições ou substituições que contribuem
                                                 para sua continuidade
                                                 Com este descritor, avalia-se a capacidade de perceber que o texto se constitui de partes interligadas
                                                 que formam uma rede de significação. Para se avaliar tal habilidade, solicita-se a identificação dos
                                                 elementos que promovem o encadeamento do texto, o que pode ser feito pelo uso de pronomes,
                                                 de relações de sinonímia ou de palavras afins.

                                                 A seguir, você verá o exemplo de um item que avalia essa habilidade.




                                                          Leia o texto abaixo.
                                                                                                    A BONECA
                                                                                                                          Olavo Bilac
                                                                              Deixando a bola e a peteca
                                                                              Com que inda há pouco brincavam,
                                                                              Por causa de uma boneca,
                                                                              Duas meninas brigavam.
                                                                              Dizia a primeira: “É minha!”
                                                                              “É minha!” a outra gritava;
                                                                              E nenhuma se continha,
                                                                              Nem a boneca largava.
                                                                              Quem mais sofria (coitada!)
                                                                              Era a boneca. Já tinha
                                                                              Toda a roupa estraçalhada,
                                                                              E amarrotada a carinha.
                                                                              Tanto puxaram por ela,
                                                                              Que a pobre rasgou-se ao meio,
                                                                              Perdendo a estopa amarela
                                                                              Que lhe formava o recheio.
                                                                              E, ao fim de tanta fadiga,
                                                                              Voltando à bola e à peteca,
                                                                              Ambas, por causa da briga,
                                                                              Ficaram sem a boneca...
                                                                                 Olavo Bilac, Poesias infantis. Rio de Janeiro: Ed. Francisco Alves, 1949, p. 31-32.



                                                          (P06116SI) No trecho “Que a pobre rasgou-se ao meio”, a expressão sublinhada refere-
                                                          se a
                                                          A) estopa.
                                                          B) peteca.
Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE




                                                          C) roupa.
                                                          D) boneca.



                                                                                                                   Boletim Pedagógico Simave/Proeb. 5o ano. 2007, p.49.




46
D19- Identificar o conflito gerador do enredo e os
elementos que compõem uma narrativa
Por meio de itens associados a esse descritor, avalia-se a capacidade de identificar o motivo que
desencadeou os fatos narrados e também os outros elementos que estruturam uma narrativa,
como personagens, tempo, espaço.

A seguir, você verá o exemplo de um item que avalia a identificação do conflito gerador.



         Leia o texto abaixo e responda às questões.

                                          O HOMEM DO OLHO TORTO

                  No sertão nordestino, vivia um velho chamado Alexandre. Meio caçador,
              meio vaqueiro, era cheio de conversas – falava cuspindo, espumando como
              um sapo-cururu. O que mais chamava a atenção era o seu olho torto, que
              ganhou quando foi caçar a égua pampa, a pedido do pai. Alexandre rodou
              o sertão, mas não achou a tal égua. Pegou no sono no meio do mato e,
              quando acordou, montou num animal que pensou ser a égua. Era uma
              onça. No corre-corre, machucou-se com galhos de árvores e ficou sem um
              olho. Alexandre até que tentou colocar seu olho de volta no buraco, mas fez
              errado. Ficou com um olho torto.
               RAMOS, Graciliano. História de Alexandre. Editora Record. In Revista Educação, ano 11, n. 124, p. 14.

         (P04526SI)   O que deu origem aos fatos narrados nesse texto?
         A) O fato de Alexandre falar muito.
         B) O hábito de Alexandre de falar cuspindo.
         C) A caçada de Alexandre à égua pampa.
         D) A caçada de Alexandre a uma onça.



                                                                                       Teste 5o ano EF, Simave / Proeb, 2006.




TóPICO IV
RELAÇÕES ENTRE RECURSOS EXPRESSIVOS E
EFEITOS DE SENTIDO
Os sentidos que podemos produzir em um texto resultam, entre outros, do emprego de certos
recursos gramaticais ou lexicais. Em diferentes gêneros textuais, tais como a propaganda e poemas,
os recursos expressivos são amplamente utilizados e exigem do leitor atenção redobrada aos efeitos
de sentido subjacentes ao texto. É importante ressaltar que também os sinais de pontuação e outras
notações podem expressar diversos sentidos, conforme a intenção do autor e o contexto em que
são utilizados.
                                                                                                                                Língua Portuguesa - SIMAVE




Veremos, a seguir, os descritores que indicam as habilidades agrupadas nesse tópico na Matriz de
Referência para Avaliação em Língua Portuguesa no 5º ano do EF.




                                                                                                                                47
D23- Identificar efeitos de ironia ou humor em textos
                                                 O uso das palavras ou a quebra na regularidade de seu emprego são recursos que podem ser
                                                 mobilizados para produzir certos efeitos de sentido, tais como a ironia, o humor ou outro efeito.

                                                 Os itens relacionados a esse descritor avaliam se o leitor reconhece tais efeitos, seja em textos
                                                 verbais, não-verbais ou mistos.

                                                 Veja, a seguir, um item que avalia essa habilidade.


                                                          Leia o texto abaixo.




                                                          (P04506SI)   Essa tirinha é engraçada porque
                                                          A) Cascão não percebeu que o chão da casa estava limpo.
                                                          B) a mãe do Cascão não viu que ele entrava em casa.
                                                          C) as mãos do Cascão estavam tão sujas quanto seus pés.
                                                          D) as pessoas podem andar apoiadas em suas mãos.


                                                                                                         Boletim Pedagógico SAERS. 5a série/6o ano EF, 2007.
Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE




48
D21- Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso de
pontuação e de outras notações

Os sinais de pontuação e outras notações (negrito, maiúsculas, itálico, etc.) são recursos expressivos.
Esses recursos podem acumular funções discursivas, como aquelas ligadas à ênfase, à reformulação
de certos segmentos, ou ainda à indicação de indignação, surpresa, entre outros efeitos.

Assim, os itens relacionados a esse descritor devem avaliar se o aluno é capaz de reconhecer os
efeitos de sentido pelo uso desses recursos, como pode ser visto no exemplo seguinte.

Veremos, agora, um item por meio do qual se avalia essa habilidade.




         Leia o texto abaixo e responda à questão.


                             Conheça o robô que tem como local de trabalho
                                  a maior floresta tropical do mundo!

              Ele tem uma tarefa muito importante: cuidar da floresta amazônica. Esse guardião
          é capaz de andar na água, na lama, na terra e na vegetação – e sem fazer barulho,
          para não incomodar nem os animais nem os moradores do lugar. Ele também é
          forte, agüenta até mordida de jacaré! E consegue obter dados importantes sobre a
          Amazônia, além de coletar amostras do local. Ele é o robô ambiental híbrido Chico
          Mendes.
                                                                             www.cienciahoje.uol.com.br

         (P04519SI)   Leia novamente a frase abaixo.

                      Ele tem uma tarefa muito importante: cuidar da floresta amazônica.

         Nessa frase, o uso dos dois pontos (:) serve para
         A) anunciar uma explicação.
         B) demonstrar surpresa.
         C) indicar que alguém vai falar.
         D) marcar uma pergunta.



                                                            Boletim Pedagógico SAERS. 5a série/6a EF, 2007, p.54.




TóPICO V
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
Esse tópico possui um único descritor que é apresentado na Matriz de Referência do 9º ano EF e na
Matriz do 3º ano EM.
                                                                                                                    Língua Portuguesa - SIMAVE




O aluno deve entender a linguagem em uso, ou seja, com todas as variáveis possíveis da fala. Por isso é
importante evidenciar que um mesmo fato requer tratamento lingüístico diferenciado, em situações
e contextos também diferentes, descaracterizando-se, inclusive, a noção de “certo” e “errado”,
privilegiando-se a noção de adequabilidade aos interlocutores e à situação de comunicação.

O trabalho com as variações lingüísticas permite a conscientização contra o preconceito lingüístico
em relação a usos lingüísticos diferenciados.

                                                                                                                    49
D13- Identificar marcas linguísticas que evidenciam o
                                                 locutor e o interlocutor de um texto
                                                 O leitor deve ser capaz de identificar quem fala no texto e a quem o texto se destina, reconhecendo
                                                 as marcas lingüísticas nele expressas. Muitos elementos do texto podem indicar o locutor e o
                                                 interlocutor. Entre eles, podemos citar a variante lingüística e o registro usados, o vocabulário, o
                                                 uso de gírias e expressões, o suporte, os aspectos gráficos, etc. A dificuldade dessa tarefa vai variar
                                                 de acordo com a quantidade e a saliência das marcas usadas no texto.

                                                 Veja o exemplo de um item que avalia essa habilidade.




                                                          Leia o texto abaixo.
Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE




                                                                                    Folha de São Paulo, Caderno Folhinha, 24 de maio de 2003, p. 3.


                                                          (P06109SI)   O texto que você leu foi escrito para
                                                          A) mulheres.
                                                          B) crianças.
                                                          C) viajantes.
                                                          D) desenhistas.

50                                                                                                                                 Boletim Simave/Proeb 2006.
Seção 4
Matrizes Comentadas
9o ano do
Ensino Fundamental e
3o ano do Ensino Médio




                           Língua Portuguesa - SIMAVE




                           51
Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE




52
                                                       Seção
                                                      Seção 22
Matrizes Referência Avaliação SIMAVE Língua Portuguesa
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Matrizes Referência Avaliação SIMAVE Língua Portuguesa

  • 1. ISSN 1983-0157 2007 Matrizes de Referência MATRIZES DE REFERÊNCIA para Avaliação MINAS GERAIS PARA AVALIAÇÃO | B O L E T I M P E D A G Ó G I C O D E AVA L I A Ç Ã O D A E D U C A Ç Ã O Sistema Mineiro de Avaliação da o Sistema Mineiro de Avaliação da Educação Pública Educação Pública LÍNGUA PORTUGUESA SIMAVE SIMAVE ANO Língua Portuguesa LÍNGUA PORTUGUESA 9
  • 2.
  • 3. Matrizes de Referência para Avaliação Sistema Mineiro de Avaliação da Educação Pública SIMAVE Língua Portuguesa 2009
  • 4.
  • 5. Governador de Minas Gerais Aécio Neves da Cunha Secretária de Estado de Educação Vanessa Guimarães Pinto Secretário Adjunto da Educação João Antônio Filocre Saraiva Chefe de Gabinete Felipe Estábili Moraes Subsecretária de Informações e Tecnologias Educacionais Sônia Andère Cruz Superintendência de Informações Educacionais Juliana de Lucena Ruas Riani Diretoria de Avaliação Educacional Maria Inez Barroso Simões
  • 6. Diretoria de Avaliação Educacional Amazílis Letícia Drumond Lage Ana Silvéria Nascimento Bicalho Carmelita Antônia Pereira Elza Soares do Couto Geralda Lúcia Freire Jardim Gislaine Aparecida da Conceição Maria Guadalupe Cordeiro Suely da Piedade Alves Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora Coordenação Geral Lina Kátia Mesquita Oliveira Consultor Técnico Manuel Fernando Palácios da Cunha e Melo Coordenação Estatística Tufi Machado Soares Coordenação de Divulgação dos Resultados Anderson Córdova Pena Equipe de Banco de Itens Verônica Mendes Vieira (Coord.) Mayra da Silva Moreira Equipe de Análise e Medidas Wellington Silva (Coord.) Ailton Fonseca Galvão Clayton Vale Rafael Oliveira Equipe de Língua Portuguesa Hilda Aparecida Linhares da Silva Micarello (Coord.) Josiane Toledo Ferreira Silva (Coord.) Ana Letícia Duin Tavares Maika Som Machado Edson Munck Equipe de Matemática Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE Lina Kátia Mesquita Oliveira (Coord.) Cristiano Fagundes Guimarães de Almeida Denise Mansoldo Salazar Mariângela de Assumpção de Castro Tatiane Gonçalves de Moraes Equipe de editoração Hamilton Ferreira (Coord.) Clarissa Aguiar Marcela Zaghetto Raul Furiatti Moreira Vinicius Peixoto 4
  • 7. Mensagem da Secretária Prezado(a) Professor(a), À Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais compete assegurar as melhores condições de desempenho aos seus alunos, buscando garantir a todos uma educação de qualidade que lhes permita o prosseguimento dos estudos. Assim sendo, tem como uma de suas principais metas o acompanhamento do desempenho dos alunos de nossas escolas, aplicando, anualmente, uma avaliação em larga escala pelo Simave/Proeb. O Simave/Proeb, hoje, constitui um dos pilares do Projeto Estruturador do Governo do Estado de Minas Gerais tal a importância e a dimensão dos indicadores educacionais por ele fornecidos. A análise comparativa dos resultados do Simave/Proeb com aqueles alcançados nos anos anteriores, traça uma linha evolutiva do desempenho dos alunos deste Estado que orienta a definição de metas, programas e ações, com objetivo de aprimorar a qualidade do ensino. O papel das escolas, neste processo, é de fundamental importância. Examinando os resultados obtidos por seus alunos, poderão fazer uma análise em profundidade, indispensável à orientação de práticas educacionais que garantam melhorias na aprendizagem escolar. Como se trata de um trabalho em equipe, para essa análise tem papel relevante os professores que, juntamente com a Secretaria de Estado de Educação e os gestores das escolas irão buscar novas diretrizes e/ou o aperfeiçoamento daquelas já existentes para que nossos alunos tenham um ensino de excelente qualidade. No entanto, para que essa análise faça sentido, é preciso antes, entender os elementos que dão origem aos testes de Proficiência. É neste documento com o detalhamento das Matrizes de Referência para Avaliação em Língua Portuguesa e Matemática que você, professor, encontrará os subsídios necessários ao entendimento da origem dos testes de proficiência, bem como poderá estudar os descritores, tópicos e temas de cada Matriz de Referência. Vanessa Guimarães Pinto Secretária de Estado de Educação
  • 8.
  • 9. Sumário Apresentação 5 Seção 1 7 Dialogando com a experiência de sala de aula Seção 2 13 Matrizes comentadas 3o ano do Ensino Fundamental Seção 3 29 Matrizes Comentadas 5o ano do Ensino Fundamental Seção 4 47 Matrizes Comentadas 9o ano do Ensino Fundamental e 3o ano do Ensino Médio Considerações Finais 79 Referências 83
  • 10. 8 Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE
  • 11. Apresentação Professor, A avaliação educacional externa, ou em larga escala, realizada pelo Sistema Mineiro de Avaliação da Educação Pública - SIMAVE é parte fundamental no processo de ensino e aprendizagem. Os resultados do SIMAVE/Proeb 2008 oferecem subsídios para que os docentes direcionem sua prática, as escolas reestruturem seus projetos pedagógicos e os sistemas de ensino definam políticas públicas voltadas para a igualdade de oportunidades educacionais e a qualidade do ensino ofertado. As avaliações do SIMAVE são pautadas na aplicação de testes de proficiência que visam aferir o desempenho dos alunos. Os testes são construídos tendo por base itens de múltipla escolha que avaliam as habilidades e competências do aluno em um determinado período de escolaridade. Esses itens, para serem elaborados necessitam, por sua vez, de um elemento que descreva de forma clara e objetiva o que se pretende avaliar. Esse elemento é a Matriz de Referência para Avaliação. O presente documento tem como objetivo detalhar as Matrizes de Referência para Avaliação, origem dos itens dos testes de proficiência do SIMAVE. Aqui você encontrará as Matrizes de Referência para Avaliação em Língua Portuguesa, detalhadas em seus tópicos e descritores. Encontrará, ainda, alguns comentários que têm o objetivo de esclarecer conceitos apresentados ao longo do texto e oferecer a você fontes de consulta que possam auxiliá-lo em sua prática pedagógica. Esperamos que as informações trazidas contribuam um pouco mais para o entendimento das avaliações em larga escala e o debate acerca desse processo nas escolas. Língua Portuguesa - SIMAVE 9
  • 12. 10 Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE
  • 13. Seção 1 Dialogando com a experiência de sala de aula Língua Portuguesa - SIMAVE 11
  • 14. 12 Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE
  • 15. Relato* “Leandro é aluno do 3º ano do EF. Está concluindo os três primeiros anos de escolarização, período no qual, segundo as diretrizes para o ensino fundamental de 9 anos, deve ocorrer o processo de alfabetização dos alunos. Embora tenha alcançado progressos em seus processos de aprendizagem, apresenta, ainda, algumas dificuldades. Ao escrever, por exemplo, Leandro redige corretamente palavras como ‘sapato’, ‘menino’, ‘caneta’, mas comete erros como escrever ‘gogar’ ao invés de ‘jogar’, ‘maraque’, ao invés de ‘marque’ e ‘cademilha’ ao invés de ‘academia’. Não utiliza, na escrita de pequenos textos, sinais de pontuação e, ao ler, consegue decifrar partes do texto, mas encontra dificuldades em extrair informações, ainda que simples, dos textos que lê. Quando solicitado a fazer algum tipo de interpretação, Leandro sempre solicita à professora que diga a ele ‘em qual pedaço’ do texto é possível encontrar a resposta à pergunta feita. No que se refere aos conhecimentos matemáticos, Leandro é capaz de realizar operações de adição e subtração sem reserva ou recurso, mas tem dificuldades na resolução de situações-problema que envolvam essas mesmas operações e, ainda, em realizar adições com reserva (quando ‘vai um’) ou subtrações com recurso (quando deve ‘pedir emprestado’). A professora de Leandro demonstra preocupação com relação ao desempenho do aluno nas etapas posteriores de sua escolarização e sente dificuldade, inclusive, em definir se ele poderia ser considerado um aluno alfabetizado ou não.” As intervenções Certamente você, professor, deve se deparar, em seu cotidiano, pedagógicas podem ser definidas como com alunos que apresentam um perfil semelhante ao de Leandro todas as ações realizadas intencionalmente, pelos docentes, com o intuito de promover as aprendizagens e, sem dúvida, também se questiona quanto às competências dos alunos. Elas se referem não apenas às formas de em leitura, escrita e raciocínio lógico-matemático realmente abordar um determinado conteúdo, mas dizem respeito, desenvolvidas por esses alunos e aquelas que necessitam de maior também, à organização dos tempos e espaços de investimento nas intervenções pedagógicas que você realiza. aprendizagem, às formas de relacionamento entre a escola e as famílias dos alunos, dentre outras questões. Cotidianamente, em sua sala de aula, você utiliza vários Você poderá encontrar instrumentos de avaliação para identificar os avanços realizados uma discussão interessante sobre avaliação e os instrumentos que os por seus alunos e as dificuldades que eles ainda encontram. Esses professores podem utilizar para avaliação na instrumentos são úteis justamente por oferecerem informações sala de aula no documento “Indagações sobre sobre o desenvolvimento dos alunos individualmente, permitindo Currículo”, disponível no site do MEC acompanhar e intervir em seus progressos e nas dificuldades que (www.mec.gov.br). apresentam. Ao elaborar instrumentos de avaliação o professor deve ter clareza quanto ao que pretende avaliar e como procederá a essa avaliação. Quando desejamos obter informações sobre as aprendizagens realizadas por um grupo mais amplo, precisamos de instrumentos Habilidade é a de avaliação adequados a esse objetivo. Esses instrumentos devem capacidade do aluno de mobilizar permitir identificar as habilidades já consolidadas por esse grupo um conjunto de recursos, entre eles o e aquelas que ainda se encontram em processo de consolidação. conhecimento, para realizar determinadas Língua Portuguesa - SIMAVE ações e ser competente na solução de Dessa forma é possível identificar não apenas o desempenho problemas ou situações de cada um dos alunos individualmente, mas o perfil do grupo propostas. avaliado. Essas informações são instrumentos importantes para que os sistemas de ensino definam políticas públicas para a área e para que as escolas discutam suas propostas pedagógicas. * Todos os relatos apresentados são fictícios. 13
  • 16. A leitura enquanto processo de interação entre o leitor e texto Você poderá requer a mobilização de uma ampla gama de saberes. Para encontrar uma interessante mobilizar esses saberes o sujeito leitor precisa desenvolver algumas discussão sobre como se dá a habilidades ao longo de sua escolarização, daí a importância de interação do leitor com o texto se avaliar se aquelas habilidades consideradas fundamentais para em KOCH, I.V. e ELIAS, V. M. Ler e compreender: os sentidos do texto. que o leitor mobilize os saberes necessários à sua interação com o São Paulo: Contexto, 2007. texto foram realmente desenvolvidas. Do mesmo modo, o pensamento lógico-matemático envolve Você poderá uma série de habilidades que os alunos vão consolidando ao conhecer mais sobre o longo de sua trajetória escolar. Essas habilidades envolvem desde processo de construção do a capacidade de estabelecer relações entre situações, eventos número pela criança lendo o livro e objetos, que leva à construção do conceito de número pela “A criança e o número”, de Constance Kamii, criança, até aquelas necessárias à resolução de situações-problema Editora Paulus. que envolvem diferentes operações algébricas. Por exemplo, no estudo de funções, no 1º ano do ensino médio, o aluno deve ter consolidado as habilidades referentes ao conhecimento aritmético e algébrico, além de trabalhar com o sistema de coordenadas cartesianas. Retomando o relato que abre esta seção, vemos que o aluno Leandro já sabe muitas coisas. Ele sabe, por exemplo: que a escrita se organiza da esquerda para a direita; que a língua escrita é uma forma de representação de sons da fala; que essa representação se faz usando sinais que se chamam letras; que as palavras são constituídas por sílabas, dentre outros saberes. Sabe, ainda, realizar operações matemáticas simples, o que indica que já tem construído o conceito de número. Entretanto, há algumas habilidades importantes que esse aluno ainda não desenvolveu, o que limita suas possibilidades de interação com os textos que lê. Muito provavelmente suas dificuldades de leitura se traduzem, também, na resolução de situações problema, pois ele pode ter dificuldades na leitura e interpretação dessas situações quando apresentadas na forma de enunciados matemáticos. Quando o professor percebe que um aluno apresenta lacunas em seus processos de aprendizagem, muitas vezes não consegue identificar com precisão a natureza dessas dificuldades e, conseqüentemente, fica em dúvida ao planejar intervenções pedagógicas para saná-las. Programas de Nas avaliações em larga escala as habilidades consideradas avaliação em larga escala são fundamentais compõem o que chamamos de Matriz de Referência políticas públicas de avaliação dos para Avaliação que apresenta habilidades consideradas básicas, sistemas de educação. Para tanto, utiliza-se de testes cognitivos aplicados de forma amostral em Língua Portuguesa e Matemática e que espera-se que os alunos ou censitária aos alunos da rede de ensino a ser tenham desenvolvido ao término de um determinado período de avaliada para aferir a proficiência em conteúdos sua escolarização. Poderíamos comparar a Matriz de Referência como Matemática e Língua Portuguesa. O para Avaliação a um mapa cognitivo, uma vez que as habilidades resultado dessas avaliações produzem escores indicativos do desempenho dos alunos nela relacionadas nos permitem compreender os processos de e, por conseguinte, do trabalho desenvolvimento e aprendizagem vivenciados pelos alunos em escolar. diferentes áreas do conhecimento. Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE Desse modo, os resultados das avaliações em larga escala poderão oferecer aos docentes subsídios para identificar as habilidades já consolidadas e aquelas que ainda não o foram. Para isso é importante que os professores conheçam o que está sendo avaliado, compreendendo as habilidades descritas nas Matrizes de Referência para Avaliação. Este documento tem a função de oferecer a você, professor, subsídios para chegar a essa compreensão. Na próxima seção você conhecerá melhor o que é uma Matriz de Referência para Avaliação e qual o papel dessa matriz nos testes utilizados nas avaliações em larga escala. 14
  • 17. PARA REFLETIR Sua escola tem se apropriado dos resultados das avaliações realizadas pelo SIMAVE para a melhoria da qualidade da educação ofertada aos alunos? Em caso afirmativo, como isso tem afetado seu trabalho em sala de aula? Em caso negativo, o que você considera estar dificultando esse processo de apropriação? Matrizes de Referência para Avaliação Os testes de proficiência relacionam o Na realização da avaliação em larga escala, é necessário que os desempenho do aluno num teste a itens que compõem os testes de proficiência tenham um ótimo características desse aluno que não podem ser padrão pedagógico e técnico. Para que os itens alcancem esse observadas diretamente. Para isso, esses testes padrão, os objetivos da avaliação devem ser explicitados de forma são compostos por itens cuja resolução exige o domínio de determinada habilidade. São clara e concisa e as competências e habilidades essenciais e básicas essas habilidades que estão relacionadas para cada período de escolaridade avaliado devem ser claramente nas Matrizes de Referência para definidas. Avaliação. As Matrizes de Referência para avaliação em Língua Portuguesa do SIMAVE foram organizadas a partir de pressupostos teóricos sobre as habilidades básicas a serem avaliadas em cada período de escolarização, tendo como referência o Conteúdo Básico Comum do Estado de Minas Gerais. Nos testes de Uma Matriz de Referência é composta por um conjunto de múltipla escolha “propõe-se descritores, os quais explicitam dois pontos básicos do que se ao aluno uma pergunta ou situação pretende avaliar: o conteúdo programático a ser avaliado em cada problema, cuja resolução encontra-se numa relação de quatro ou cinco alternativas de período de escolarização e o nível de operação mental necessário respostas. O processo de escolha da opção pelo para a realização de determinadas tarefas. Tais descritores são aluno não pode sofrer interferência de fatores alheios selecionados para compor a matriz, considerando-se aquilo que ao seu nível de habilidade para resolver o que foi pode ser avaliado por meio de um teste de múltipla escolha, cujos requerido.” (OLIVEIRA, L. K. M. e BARBOSA, E.M.R. A Construção dos Itens dos Testes de Proficiência. itens implicam a seleção de uma resposta em um conjunto dado In: BRASIL, INEP/MEC. Guia de estudos 2: os de respostas possíveis. testes e os indicadores de desempenho escolar. Brasília: no prelo.) IMPORTANTE! As orientações quanto à análise de conteúdos de ensino, sua seleção e progressão, bem como orientações pedagógicas para explorar esses conteúdos, tais como estratégias e recursos didáticos, devem estar presentes em Diretrizes, Parâmetros e/ou Matrizes Curriculares. Os descritores que compõem as Matrizes de Referência para Avaliação são referência para o processo avaliativo, portanto para a elaboração dos itens que comporão os testes. Língua Portuguesa - SIMAVE 15
  • 18. Você conhecerá, a seguir, a Matriz de Referência para Avaliação da Alfabetização do 3o ano do ensino fundamental e, posteriormente, as Matrizes de Referência para Avaliação em Língua Portuguesa do 5º e 9º anos do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio, com um detalhamento de tópicos e descritores, além de exemplos de itens utilizados em avaliações em larga escala e que avaliam cada uma das habilidades descritas nas matrizes. SUGESTÃO Para compreender melhor a função das Matrizes de Referência para Avaliação você pode recorrer aos Boletins Pedagógicos do SIMAVE/Proeb. Neles você encontrará algumas atividades cujo objetivo é favorecer a sua compreensão da função e do papel das Matrizes de Referência para Avaliação. Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE 16
  • 19. Seção 2 Matrizes Comentadas 3o ano do Ensino Fundamental Língua Portuguesa - SIMAVE 17
  • 20. 18 Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE
  • 21. 1.1 Detalhamento da Matriz de Referência para Avaliação em Alfabetização - 3º ano do E.F. Conhecimentos Competências Descritores D1. Identificar letras do alfabeto D2. Conhecer as direções e o alinhamento da escrita da língua portuguesa D3. Diferenciar letras de outros sinais gráficos, como os C1. Domínio de números, sinais de pontuação ou de outros sistemas de Características conhecimentos e representação da tecnologia da capacidades que concorrem D4. Distinguir, como leitor, diferentes tipos de letras. escrita para a apropriação da D5. Identificar, ao ouvir uma palavra, o número de sílabas tecnologia de escrita (consciência silábica) D6. Identificar sons de sílabas (consciência fonológica e consciência fonêmica) D7. Identificar o conceito de palavra (consciência de palavra) Decifração e C2. Decifração com maior ou D8. Ler palavras em voz alta fluência menor fluência D9. Ler, em voz alta, uma frase/ ou um texto D10. Ler palavras silenciosamente D11. Localizar informação em uma frase/texto D12. Identificar elementos que constroem a narrativa C3. Recuperação de Compreensão informações no contexto de D13. Inferir uma informação práticas sociais de leitura D14. Identificar assunto de um texto D15. Estabelecer relações lógico-discursivas D16. Estabelecer relações de continuidade temática a partir da recuperação de elementos da cadeia referencial do texto D17. Reconhecer os usos sociais da ordem alfabética Usos sociais C4. Implicações do suporte e da leitura e da do gênero na compreensão D18. Identificar gêneros textuais diversos e sua finalidade escrita de textos D19. Formular hipóteses D20. Distinguir fato de opinião sobre o fato D21. Identificar tese e argumentos D22. Avaliar a adequação da linguagem usada à situação, Avaliação e po- sobretudo, a eficiência de um texto ao seu objetivo ou sicionamento do finalidade C5. Julgamento e crítica leitor em relação D23. Determinar o ponto de vista do enunciador ou aos textos de personagens sobre fatos, apresentados explícita e implicitamente no texto. D24. Identificar efeito de sentido decorrente de recursos gráficos, seleção lexical e repetição Língua Portuguesa - SIMAVE C6. Escrita de palavras D25. Escrever palavras Escrita (Codificação) C7. Produção escrita D26. Escrever frases / textos Os descritores que compõem a Matriz são detalhados a seguir: 19
  • 22. D1. Identificar letras do alfabeto O aluno deve reconhecer letras do alfabeto apresentadas isoladamente, em sequências de letras ou no contexto de palavras. D2. Conhecer as direções e o alinhamento da escrita da língua portuguesa O alfabetizando, ao ter contato com um texto (contos, tirinhas, notícias, entre outros), deve identificar a direção formal da escrita: onde se inicia a leitura ou onde se localiza a última palavra do texto. Considerando a tarefa de registro escrito, espera-se que o aluno copie uma frase respeitando as direções da escrita (de cima para baixo, da esquerda para a direita), bem como demonstre o uso correto das linhas, das margens e do local adequado para iniciar a escrita em uma folha. D3. Diferenciar letras de outros sinais gráficos, como os números, sinais de pontuação ou de outros sistemas de representação O aluno precisa diferenciar letras de números e de outros símbolos. Deve reconhecer, por exemplo, um texto que circula socialmente dentre outros textos, ou uma seqüência que apresenta somente letras ou outras seqüências que apresentam letras e números. D4. Distinguir, como leitor, diferentes tipos de letras A criança deve identificar letras isoladas ou palavras escritas com diferentes tipos de letras: maiúscula, minúscula; cursiva; caixa alta e baixa. Risque onde estão escritas as duas palavras. banana limão Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE A) BACANA, LIMÃO. B) BACANA, MELÃO. C) BANANA, LIMÃO. D) BANANA, MELÃO. PROALFA 2008. 20
  • 23. D5. Identificar, ao ouvir uma palavra, o número de sílabas (consciência silábica) O alfabetizando precisa, ao ouvir a pronúncia de palavras (monossílabas, dissílabas, trissílabas, polissílabas; oxítonas, paroxítonas, proparoxítonas); com diferentes estruturas silábicas (CV – consoante-vogal, CCV – consoante-consoante-vogal, CVC – consoante-vogal-consoante, V – vogal, VC – vogal-consoante, ditongo, etc.), identificar o número de sílabas que compõe uma palavra. Risque o quadrinho que mostra quantas sílabas (ou pedaços) tem a palvra VACA. 4 3 2 1 CAED / UFJF. D6. Identificar sons de sílabas (consciência fonológica e consciência fonêmica) Ao ouvir palavras de um mesmo campo semântico ou de campos semânticos distintos, ditadas pelo aplicador, a criança deve identificar: sílabas com diferentes estruturas (CV, CCV, CVC, V, VC, ditongo, etc.) no início, meio e final dessas palavras. D7. Identificar o conceito de palavra (consciência de palavra) A criança precisa reconhecer o número de palavras que compõe um pequeno texto. Ao observar Língua Portuguesa - SIMAVE uma palavra, ser capaz de identificar o número de vezes que ela se repete em um texto. Espera-se, ainda, que palavras compostas por menos de três letras também sejam identificadas. D8. Ler palavras em voz alta É necessário que o aluno demonstre habilidades de leitura de palavra em voz alta. As palavras a serem lidas obedecem a uma escala de dificuldade, em relação a sua estrutura silábica. São apresentadas palavras com a sílaba CV (consoante/vogal) e/ou palavras compostas por sílabas complexas, tais como: CVC, CCV e ainda sílaba composta apenas por vogal ou ditongo. 21
  • 24. D9. Ler, em voz alta, uma frase ou um texto O alfabetizando deve ler frases curtas com estrutura sintática simples (sujeito + verbo + objeto), frases longas com estrutura sintática complexa e também ler pequenos textos. D10. Ler palavras silenciosamente A criança deve ler palavras silenciosamente. A palavra apresentada é acompanhada de um desenho que a representa. Assim como o D8, esse descritor apresenta palavras em um nível crescente de dificuldade em relação à estrutura silábica, ou seja, sílabas CV, CVC, CCV, V e palavras com ditongo. Leia silenciosamente as palavras abaixo e ligue cada palavra ao seu desenho. Fique atento! Não vale ler em voz alta. CÃO CÉU MÃO Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE MÃE CAED / UFJF. 22
  • 25. D11. Localizar informação em uma frase/texto O aluno precisa demonstrar habilidades no processamento de leitura de um texto. Espera-se que ele possa identificar, no texto lido, informações que se apresentam explicitamente. Essa informação pode estar presente no início, no meio ou no fim do texto. O texto pode possuir diferentes extensões e graus de complexidade na estrutura dos períodos. Tais fatores podem interferir no processo de localização de informação. Leia silenciosamente a frase. Fique atenta! Não vale ler em voz alta. Risque o quadrinho que mostra até quanto pode medir a cauda do mico-leão-de-cara-dourada. 36 centímetros. 37 centímetros. 38 centímetros. 39 centímetros. CAED / UFJF. Língua Portuguesa - SIMAVE 23
  • 26. D12. Identificar elementos que constroem a narrativa O alfabetizando deve conhecer gêneros textuais que privilegiam a narrativa, tais como contos de fadas, contos modernos, fábulas, lendas. São avaliadas habilidades relacionadas à identificação de elementos da narrativa: espaço, tempo (isolados ou conjuntamente), personagens e suas ações, e conflito gerador. Leia o texto abaixo e responda. DONA BARATINHA Certa vez, Dona Baratinha encontrou uma moedinha de ouro enquanto varria sua casa. – Oba! Que sorte! Vou arranjar um noivo. Toda contente, lá foi Dona Baratinha para a janela, com um laço de fita na cabeça e moeda de ouro na caixinha, cantando assim: – Quem quer casar com Dona Baratinha que tem fita na cabeça e dinheiro na caixinha... Texto de domínio público. Dona Baratinha encontrou a moedinha quando arranjou um noivo. colocou o laço de fita. foi para a janela. varria sua casa. Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE CAED / UFJF. 24
  • 27. D13. Inferir uma informação O aprendiz precisa revelar capacidade de, a partir da leitura silenciosa e autônoma de um texto, inferir o sentido de uma palavra ou expressão menos freqüente para crianças, em textos de tema/gênero familiar ou menos familiar. A criança deve realizar inferência, o que supõe que seja capaz de ir além do que está dito em um texto. Ou seja, ir além das informações explícitas, relacionando informações presentes em um texto (verbal ou verbal e não-verbal) com seus conhecimentos prévios, a fim de produzir sentido para o que foi lido. Leia o texto e responda à questão. Não vale ler em voz alta. A palavra ZELOSO, no texto, significa Francisco cuidava bem dos animais da fazenda. Ele era um empregado muito zeloso com seu serviço. AMISTOSO. CUIDADOSO. PRAZEROSO. PREGUIÇOSO. CAED / UFJF. Língua Portuguesa - SIMAVE 25
  • 28. D14. Identificar assunto de um texto A criança deve demonstrar capacidade de compreensão global do texto. Ela precisa ser capaz de, após ler um texto, dizer do que ele trata. Ou seja, ser capaz de realizar um exercício de síntese, identificar o assunto que representa a idéia central do texto. Leia o texto e marque a resposta certa. Fique atento! Não vale ler em voz alta. Toda criatura viva cumpre um papel dentro do ambiente em que vive. Até mesmo os tubarões. Diferente do que muita gente pensa, a maioria dos tubarões não oferecem perigo ao homem. Como outro animal qualquer, eles devem ser mais conhecidos, inclusive para a gente não sair espelhando por aí que tubarão serve mesmo é para fazer estrago. Ciência Hoje na Escola 2: Bichos, Rio de Janeiro, 1996. (Fragmento adaptado). Risque o quadrinho que mostra sobre o que o texto fala. Alimentação do tubarão. Estragos que o tubarão faz. Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE Importância de salvar o tubarão branco. Necessidade de conhecer mais os tubarões. CAED / UFJF. 26
  • 29. D15. Estabelecer relações lógico-discursivas O aluno deve identificar, em um texto narrativo ou expositivo/argumentativo, marcas que expressam relações de tempo, lugar, causa e consequência. D16. Estabelecer relações de continuidade temática a partir da recuperação de elementos da cadeia referencial do texto A criança deve recuperar o antecedente ou o referente de um determinado elemento anafórico (pronome, elipse ou designação de um nome próprio) destacado no texto. Ou seja, deve demonstrar que compreendeu a que se refere esse elemento. Língua Portuguesa - SIMAVE 27
  • 30. D17. Reconhecer os usos sociais da ordem alfabética O aluno deve reconhecer a ordem alfabética tendo em vista seus usos sociais. É avaliado se ele identifica o local de inserção de um nome em uma lista ou agenda, por exemplo. Verifica-se, também, a capacidade de identificação do local correto de inserção de uma palavra, no dicionário, a partir da observação da primeira letra. 1. ALICE 2. DAVI 3. MARISA 4. 5. ROSANA Seguindo a ordem alfabética, o nome que falta na lista é: BRUNO. LUCAS. PEDRO. Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE TIAGO. CAED / UFJF. 28
  • 31. D18. Identificar gêneros textuais diversos e sua finalidade A criança precisa reconhecer o gênero textual que circula na sociedade, bem como a finalidade desses textos. Inicialmente são apresentados gêneros mais familiares aos alunos, como: listas, bilhetes, convites, receitas culinárias e, posteriormente outros menos familiares como: notícias, anúncios, textos publicitários, etc. Tais textos podem ser identificados a partir de seu modo de apresentação e/ou de seu tema/assunto e de seu suporte. APRESENTAR UMA NOTÍCIA. CONTAR UMA PIADA ENGRAÇADA. CONVIDAR PARA UM ANIVERSÁRIO. DAR PARABÉNS A ALGUÉM. CAED / UFJF. Língua Portuguesa - SIMAVE 29
  • 32. D19. Formular hipóteses A criança precisa reconhecer o assunto de um texto a partir da observação de uma imagem e/ou da leitura de seu título. A morte da galinha nanica Irmãos Grimm Era uma vez uma galinha nanica que foi a um bosque de amendoeiras com o galo nanico e os dois combinaram que cada um que encontrasse uma amêndoa a dividiria com o outro. Numa manhã, aconteceu que a galinha encontrou uma amêndoa, mas nada disse ao galo, pois tinha a intenção de comer a amêndoa sozinha. A amêndoa, porém, era tão grande que... a galinha e o galo começaram a gritar cada vez mais alto. a galinha e o galo brigaram a tarde inteira. a galinha ficou perdida no bosque e não conseguiu voltar para casa. a galinha não conseguiu engolir e ficou entalada com a amêndoa na garganta. Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE CAED / UFJF. D20. Distinguir fato de opinião sobre o fato O aluno deve ser capaz de distinguir um fato de uma opinião, explícita ou implícita, sobre determinado fato ao ler histórias ou notícias. D21. Identificar tese e argumentos O aluno precisa identificar a tese defendida em um texto e/ou os argumentos presentes que 30 sustentam a tese apresentada.
  • 33. D22. Avaliar adequação da linguagem usada à situação, sobretudo, a eficiência de um texto ao seu objetivo ou finalidade A criança deve ser capaz de identificar, por exemplo, marcas de oralidade em um texto escrito ou justificar determinada linguagem presente no texto em função dos objetivos a que ele se propôe. D23. Determinar o ponto de vista do enunciador ou de personagens sobre fatos, apresentados explícita e implicitamente no texto O aluno deve identificar, em um dado texto, a fala/discurso direto ou indireto. Nesse caso, o aluno terá que demonstrar que reconhece quem “está com a palavra”. D24. Identificar efeito de sentido decorrente de recursos gráficos, seleção lexical e repetição Ao ler o texto, a criança deve ser capaz de identificar os efeitos de sentido decorrentes da utilização de recursos gráficos, do léxico (vocábulo) ou também de identificar humor ou ironia no texto, decorrentes desses recursos. D25. Escrever palavras O aluno necessita mostrar capacidade de escrever palavras (monossílabas, dissílabas, trissílabas, polissílabas; oxítonas, paroxítonas, proparoxítonas); com diferentes estruturas silábicas (CV, CCV, CVC, V, VC, ditongo, etc.). Escreva o nome do desenho: Língua Portuguesa - SIMAVE CAED / UFJF. 31
  • 34. D26. Escrever frases/textos O alfabetizando precisa escrever frases e pequenos textos. A escrita de frases pode ser feita a partir da observação de uma imagem ou de um ditado. Já a escrita de textos (história) pode ser feita com base na observação de uma seqüência de imagens. Outros gêneros mais familiares como convite, aviso ou bilhete, por exemplo, também são solicitados para serem escritos, tendo em vista a definição de suas condições de produção (o que escrever, para quem, para que, em que suporte, local de circulação). Observando a matriz, percebe-se que as capacidades apresentadas permitem identificar desde conhecimentos mais iniciais da alfabetização, como a habilidade de identificar letras do alfabeto, até conhecimentos relacionados à compreensão mais ampla de textos, como a habilidade de inferir informação em um texto. Do ponto de vista da avaliação, as habilidades evidenciadas permitem uma delimitação dos níveis de aprendizagem dos alunos. É importante ter clareza de que uma Matriz de Avaliação não contempla todas as capacidades a serem trabalhadas no dia-a-dia da sala de aula, o que é objeto de uma Matriz de Ensino. Não se pode, assim, confundir Matriz de Ensino com Matriz de Avaliação: enquanto a Matriz de Ensino apresenta as habilidades a serem contempladas no processo de ensino e aprendizagem, a Matriz de Avaliação apresenta as habilidades passíveis de serem avaliadas, portanto, é sempre mais restrita do que uma Matriz de Ensino. Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE 32
  • 35. Seção 3 Matrizes Comentadas 5o ano do Ensino Fundamental Língua Portuguesa - SIMAVE 33
  • 36. Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE 34
  • 37. 1.2 Detalhamento da Matriz de Referência para Avaliação - 5º ano do E.F. MATRIZ DE REFERÊNCIA - SIMAVE/ PROEB LÍNGUA PORTUGUESA - 4a SÉRIE / 5o ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL TópicoS E SEUS DESCRITORES I – PROCEDIMENTOS DE LEITURA D0 Compreender frases ou partes que compõem um texto. D1 Identificar um tema ou o sentido global de um texto. D2 Localizar informações explícitas em um texto. D3 Inferir informações implícitas em um texto. D5 Inferir o sentido de palavra ou expressão. D10 Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato. II – IMPLICAÇÕES DO SUPORTE, DO GÊNERO E/OU DO ENUNCIADOR NA COMPREENSÃO DO TEXTO D6 Identificar o gênero de um texto. D7 Identificar a função de textos de diferentes gêneros. D8 Interpretar texto que conjuga linguagem verbal e não-verbal. III – COERÊNCIA E COESÃO NO PROCESSAMENTO DO TEXTO D11 Reconhecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc. D12 Estabelecer a relação causa/conseqüência entre partes e elementos do texto. Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contri- D15 buem para sua continuidade D19 Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que compõem a narrativa. IV – RELAÇÕES ENTRE RECURSOS EXPRESSIVOS E EFEITOS DE SENTIDO D23 Identificar efeitos de ironia ou humor em textos. D21 Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso de pontuação e de outras notações. V – VARIAÇÃO LINGÜÍSTICA D13 Identificar marcas lingüísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto. TÓPICO I PROCEDEMINTOS DE LEITURA O conjunto de descritores que compõem esse tópico apresenta as habilidades lingüísticas consideradas fundamentais para a leitura de textos de gêneros diversos. Um leitor considerado proficiente deve Língua Portuguesa - SIMAVE ser capaz de realizar tarefas como localizar uma informação que se encontra expressa no texto e identificar o sentido global desse texto. Acrescente-se, ainda, que ele deve saber o sentido de uma palavra ou expressão por meio da construção de inferências, além de perceber a intenção do autor do texto e distinguir entre fato e opinião. Por meio desse tópico, avalia-se, portanto, se o aluno é capaz de relacionar-se com o texto, localizando informações que se encontram apenas na sua superfície, mas também se ele pode atingir camadas mais profundas de significação. Na 4a série/5o ano do EF, esse tópico apresenta cinco descritores. A seguir, serão detalhados cada um deles, com exemplos de itens utilizados para avaliá-los. 35
  • 38. D0 - Compreender frases ou parte que compõem um texto Avalia-se por meio desse descritor se o aluno lê com compreensão frases com estrutura sintática variada. D1- Identificar o tema ou sentido global de um texto Essa é uma habilidade mais complexa, pois requer do aluno uma série de tarefas cognitivas para chegar ao tema ou o sentido global, em torno do qual foi desenvolvido o texto. A seguir, você verá o exemplo de um item que avalia essa habilidade no 5o ano do EF. Leia o texto abaixo. CACHORROS Os zoólogos acreditam que o cachorro se originou de uma espécie de lobo que vivia na Ásia. Depois os cães se juntaram aos seres humanos e se espalharam por quase todo o mundo. Essa amizade começou há uns 12 mil anos, no tempo em que as pessoas precisavam caçar para se alimentar. Os cachorros perceberam que, se não atacassem os humanos, podiam ficar perto deles e comer a comida que sobrava. Já os homens descobriram que os cachorros podiam ajudar a caçar, a cuidar de rebanhos e a tomar conta da casa, além de serem ótimos companheiros. Um colaborava com o outro e a parceria deu certo. www.recreionline.com.br (P04424SI) O assunto tratado nesse texto é a A) relação entre homens e cães. B) profissão de zoólogo. C) amizade entre os animais. D) alimentação dos cães. Guia de Elaboração de Itens, CAEd 2008. Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE 36
  • 39. D2- Localizar informações explícitas em um texto A habilidade que se avalia por meio desse descritor diz respeito à capacidade de localizar uma informação que se encontra explicitamente na superfície textual. Essa pode ser considerada uma habilidade elementar para o desenvolvimento das demais habilidades de leitura. No 5o ano do EF, um item relativo a esse descritor deve solicitar a identificação de uma determinada informação, dentre outras também presentes no texto. Leia o texto abaixo e responda às questões. Caipora É um Mito do Brasil que os índios já conheciam desde a época do descobrimento. Índios e Jesuítas o chamavam de Caiçara, o protetor da caça e das matas. Seus pés voltados para trás servem para despistar os caçadores, deixando-os sempre a seguir rastros falsos. Quem o vê, perde totalmente o rumo, e não sabe mais achar o caminho de volta. É impossível capturá-lo. Para atrair suas vítimas, ele, às vezes, chama as pessoas com gritos que imitam a voz humana. É também chamado de Pai ou Mãe-do-Mato, Curupira e Caapora. Para os Índios Guaranis, ele é o Demônio da Floresta. Às vezes é visto montando um porco do mato. http://www.arteducacao.pro.br/ (P04419SI) De acordo com esse texto, os pés voltados para trás da Caipora servem para A) atrair suas vítimas. B) despistar caçadores. C) montar um porco do mato. D) proteger as matas. Guia de Elaboração de Itens, CAEd 2008. Língua Portuguesa - SIMAVE 37
  • 40. D3- Inferir informações implícitas em um texto Os itens relativos a esse descritor visam a aferir se o aluno é capaz de buscar nas entrelinhas os sentidos do texto, a partir da articulação das proposições explícitas e de seu conhecimento de mundo. Veja o exemplo de um item que avalia essa habilidade no 5º ano do EF. Leia o texto abaixo e responda às questões. O Feitiço do sapo Eva Furnari Todo lugar sempre tem um doido. Piririca da Serra tem Zóio. Ele é um sujeito cheio de idéias, fica horas falando e anda pra cima e pra baixo, numa bicicleta pra lá de doida, que só falta voar. O povo da cidade conta mais de mil casos de Zóio, e acha que tudo acontece, coitado, por causa da sua sincera mania de fazer “boas ações”. Outro dia, Zóio estava passando em frente à casa de Carmela, quando a ouviu cantar uma bela e triste canção. Zóio parou e pensou: que pena, uma moça tão bonita, de voz tão doce, ficar assim triste e sem apetite de tanto esperar um príncipe encantado. Isto não era justo. Achou que poderia ajudar Carmela a realizar seu sonho e tinha certeza de que justamente ele era a pessoa certa para isso. Zóio se pôs a imaginar como iria achar um príncipe para Carmela. Pensou muito para encontrar uma solução e finalmente teve uma grande idéia de jerico: foi até a beira do rio, pegou um sapo verde e colocou-o numa caixa bem na porta da casa dela. FURNARI, Eva. O feitiço do sapo. São Paulo: Editora Ática, 2006, p. 4 e 5. Fragmento. (P04471SI) A intenção de Zóio ao colocar um sapo na porta da casa de Carmela foi A) ajudá-la a encontrar um príncipe encantado. B) ajudá-la a cantar com voz mais doce ainda. C) encontrar alguém para cuidar do sapo que vivia no rio. D) fazer uma surpresa, dando-lhe um sapo de presente. Teste 5o ano EF, Simave/Proeb. Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE 38
  • 41. D5- Inferir o sentido de palavra ou expressão a partir do contexto Por meio desse descritor, avalia-se uma habilidade inferencial específica, ou seja, verifica-se se o aluno sabe, com base no contexto, inferir o sentido de palavra ou expressão. Os itens que avaliam essa habilidade devem, assim, solicitar que o aluno reconheça, dentre algumas possibilidades, aquela que corresponde ao sentido de uma palavra num determinado contexto. Leia o texto abaixo e responda às questões. O menor jornal A jornalista Dolores Nunes é a responsável pelo menor jornal do mundo. No dia 23, o micro jornal Vossa Senhoria, da cidade de Divinópolis (MG), recebeu o certificado do livro dos recordes, atestando que o seu jornal, com apenas 3,5 centímetros de altura e 2,5 centímetros de largura, é o menor jornal do mundo. O jornal tem 16 páginas mensais, tiragem de 5 mil exemplares e aborda diversos assuntos da atualidade. (P04464SI) O que significa atestando? A) Afirmando por escrito. B) Dando uma notícia. C) Fazendo um teste. D) Lendo com atenção. Boletim Pedagógico SAERS. 2a série / 3o ano EF, 2007. Língua Portuguesa - SIMAVE 39
  • 42. D10 - Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato Os itens que avaliam essa habilidade precisam apresentar, como suporte, textos que permitam a identificação de posicionamentos relativos aos fatos tratados no texto. A seguir, você verá o exemplo de um item que avalia essa habilidade. Leia o texto abaixo e responda à questão. PRINCESA NENÚFAR ELFO-ELFA Nasceu já bem pálida, de olhos claros e cabelos loiros, quase brancos. Foi se tornando invisível já na infância e viveu o resto da vida num castelo mal- assombrado, com fantasmas amigos da família. Dizem que é muito bonita, mas é bem difícil de se saber se é verdade. SOUZA, Flávio de. Príncipes e princesas, sapos e lagartos. Histórias modernas de tempos antigos. Editora FTD, p. 16. Fragmento. (P04462SI) A opinião das pessoas sobre a princesa é de que ela A) é muito bonita. B) é pálida, de olhos claros. C) tem cabelos quase brancos. D) vive num castelo. Guia de Elaboração de Itens, CAEd 2008. TóPICO II IMPLICAÇÕES DO SUPORTE, DO GÊNERO E/OU DO ENUNCIADOR NA COMPREENSÃO DO TEXTO Neste tópico, avalia-se a capacidade de reconhecer o gênero a que um texto pertence. Para o desenvolvimento dessa habilidade, é preciso que os alunos saibam que há relação entre o gênero do texto e sua função comunicativa. Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE 40
  • 43. D6 - Identificar o gênero do texto Os leitores que desenvolveram essa habilidade são capazes de identificar o gênero de um texto a partir de “pistas” tais como: a diagramação do texto na página, o título, o assunto abordado, dentre outras. O desenvolvimento dessa habilidade indica a familiaridade com diferentes gêneros textuais que circulam em nossa sociedade. Leia o texto abaixo. FRANGO COM QUIABO Ingredientes: 500g de frango cortado Suco cuado de 3 limões 3 dentes de alho amassados Sal e pimenta a gosto 500g de quiabo 1 cebola grande cortada em cubos 3 tomates sem sementes, cortados em cubos Salsinha a gosto. Modo de preparo Tempere o frango com a metade do suco de limão, os dentes de alho, sal e pimenta e deixe nesse tempero por uma hora. Lave bem os quiabos, corte as pontas, coloque-os em um recipiente e regue com a outra metade do suco de limão. Em uma panela, aqueça o azeite e doure os pedaços de frango. Acrescente a cebola e os tomates e refogue em fogo baixo, mexendo sempre. Junte os quiabos escorridos. Deixe cozinhar até que os quiabos estejam macios. Adicione a salsinha. Sirva assim qe retirar do fogo. (P04139SI) Este texto é A) uma receita culinária. B) a história de um frango. C) uma instrução de jogo. D) uma bula de remédio. Teste do 5o ano EF, Simave/Proeb. Língua Portuguesa - SIMAVE 41
  • 44. D7- Identificar a função de textos de diferentes gêneros Os textos que circulam na sociedade são escritos com uma determinada finalidade, seja ela informar, convencer, advertir, expor um ponto de vista, narrar um acontecimento, entre outras. Os itens relativos a esse descritor visam, exatamente, a verificar a capacidade de reconhecer a finalidade dos textos que circulam numa sociedade letrada. A seguir, você verá o exemplo de um item que avalia essa habilidade. Leia o texto abaixo e responda à questão. 05/05/2006 MARCELA, vou levar as crianças para um passeio no Museu. Voltaremos no final da tarde, não se preocupe em preparar lanche para nós. Um abraço, Mamãe. (P04425SI) Esse texto serve para A) dar uma notícia. B) deixar um recado. C) fazer um convite. D) vender um produto. Guia de Elaboração de Itens, CAEd 2008 Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE 42
  • 45. D8- Interpretar texto que conjuga linguagem verbal e não-verbal Interpretar textos não-verbais e ser capaz de articular a linguagem verbal e a não-verbal são habilidades importantes, sobretudo em uma sociedade em que cada vez mais os textos mesclam essas linguagens. Os itens por meio dos quais essa habilidade é avaliada devem ter como suporte um texto no qual o elemento não-verbal não seja meramente ilustrativo, mas exerça uma função no processo de produção de sentido para a mensagem veiculada. A seguir, você verá o exemplo de um item que avalia essa habilidade. Observe o texto abaixo. Maurício de Souza (P04153SI) Na história, a mulher passa a perseguir o lobisomem. Isto aconteceu porque A) o lobisomem não queria mais perseguir a mulher. B) o lobisomem se transformou num homem. C) a mulher não tem medo de lobisomem. D) a mulher gosta de perseguir lobisomem. Língua Portuguesa - SIMAVE Guia de Elaboração de Itens, CAEd 2008. 43
  • 46. TÓPICO III COERÊNCIA E COESÃO NO PROCESSAMENTO DO TEXTO Os descritores associados a este tópico indicam a competência de se reconhecer a função de elementos lingüísticos que sinalizam a mesma referência para dois ou mais termos (repetições, substituições, elipses, formas pronominais). Os alunos que construíram essa competência também identificam, elementos constitutivos da narrativa (personagem, enredo, foco narrativo, cenário e duração). Além disso, são capazes de estabelecer relação de causa e conseqüência entre partes e elementos do texto, bem como outras relações lógico-discursivas. D11 - Reconhecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc. Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE 44
  • 47. D12- Estabelecer a relação causa/conseqüência entre partes e elementos do texto Entende-se como causa/conseqüência todas as relações entre os elementos que se organizam de tal forma que um é resultado do outro. Para aferir essa habilidade, pode-se pedir ao leitor para reconhecer relações de causa e efeito, problema e solução, objetivo e ação, afirmação e comprovação, justificativa, motivo e comportamento, pré-condição, entre outras. A seguir, veja o exemplo de um item que avalia essa habilidade. Leia o texto e responda às questões. DÍDIMO, Horácio. As historinhas do mestre jabuti. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2003, p. 23. (P04300SI) A casa que estava em pé desabou A) por causa de um terremoto. B) porque teve medo da bruxa. C) porque era uma casa doida. D) por causa das janelas abertas. Boletim Pedagógico Simave / Proeb. 5o ano EF, 2006. Língua Portuguesa - SIMAVE 45
  • 48. D15- Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para sua continuidade Com este descritor, avalia-se a capacidade de perceber que o texto se constitui de partes interligadas que formam uma rede de significação. Para se avaliar tal habilidade, solicita-se a identificação dos elementos que promovem o encadeamento do texto, o que pode ser feito pelo uso de pronomes, de relações de sinonímia ou de palavras afins. A seguir, você verá o exemplo de um item que avalia essa habilidade. Leia o texto abaixo. A BONECA Olavo Bilac Deixando a bola e a peteca Com que inda há pouco brincavam, Por causa de uma boneca, Duas meninas brigavam. Dizia a primeira: “É minha!” “É minha!” a outra gritava; E nenhuma se continha, Nem a boneca largava. Quem mais sofria (coitada!) Era a boneca. Já tinha Toda a roupa estraçalhada, E amarrotada a carinha. Tanto puxaram por ela, Que a pobre rasgou-se ao meio, Perdendo a estopa amarela Que lhe formava o recheio. E, ao fim de tanta fadiga, Voltando à bola e à peteca, Ambas, por causa da briga, Ficaram sem a boneca... Olavo Bilac, Poesias infantis. Rio de Janeiro: Ed. Francisco Alves, 1949, p. 31-32. (P06116SI) No trecho “Que a pobre rasgou-se ao meio”, a expressão sublinhada refere- se a A) estopa. B) peteca. Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE C) roupa. D) boneca. Boletim Pedagógico Simave/Proeb. 5o ano. 2007, p.49. 46
  • 49. D19- Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que compõem uma narrativa Por meio de itens associados a esse descritor, avalia-se a capacidade de identificar o motivo que desencadeou os fatos narrados e também os outros elementos que estruturam uma narrativa, como personagens, tempo, espaço. A seguir, você verá o exemplo de um item que avalia a identificação do conflito gerador. Leia o texto abaixo e responda às questões. O HOMEM DO OLHO TORTO No sertão nordestino, vivia um velho chamado Alexandre. Meio caçador, meio vaqueiro, era cheio de conversas – falava cuspindo, espumando como um sapo-cururu. O que mais chamava a atenção era o seu olho torto, que ganhou quando foi caçar a égua pampa, a pedido do pai. Alexandre rodou o sertão, mas não achou a tal égua. Pegou no sono no meio do mato e, quando acordou, montou num animal que pensou ser a égua. Era uma onça. No corre-corre, machucou-se com galhos de árvores e ficou sem um olho. Alexandre até que tentou colocar seu olho de volta no buraco, mas fez errado. Ficou com um olho torto. RAMOS, Graciliano. História de Alexandre. Editora Record. In Revista Educação, ano 11, n. 124, p. 14. (P04526SI) O que deu origem aos fatos narrados nesse texto? A) O fato de Alexandre falar muito. B) O hábito de Alexandre de falar cuspindo. C) A caçada de Alexandre à égua pampa. D) A caçada de Alexandre a uma onça. Teste 5o ano EF, Simave / Proeb, 2006. TóPICO IV RELAÇÕES ENTRE RECURSOS EXPRESSIVOS E EFEITOS DE SENTIDO Os sentidos que podemos produzir em um texto resultam, entre outros, do emprego de certos recursos gramaticais ou lexicais. Em diferentes gêneros textuais, tais como a propaganda e poemas, os recursos expressivos são amplamente utilizados e exigem do leitor atenção redobrada aos efeitos de sentido subjacentes ao texto. É importante ressaltar que também os sinais de pontuação e outras notações podem expressar diversos sentidos, conforme a intenção do autor e o contexto em que são utilizados. Língua Portuguesa - SIMAVE Veremos, a seguir, os descritores que indicam as habilidades agrupadas nesse tópico na Matriz de Referência para Avaliação em Língua Portuguesa no 5º ano do EF. 47
  • 50. D23- Identificar efeitos de ironia ou humor em textos O uso das palavras ou a quebra na regularidade de seu emprego são recursos que podem ser mobilizados para produzir certos efeitos de sentido, tais como a ironia, o humor ou outro efeito. Os itens relacionados a esse descritor avaliam se o leitor reconhece tais efeitos, seja em textos verbais, não-verbais ou mistos. Veja, a seguir, um item que avalia essa habilidade. Leia o texto abaixo. (P04506SI) Essa tirinha é engraçada porque A) Cascão não percebeu que o chão da casa estava limpo. B) a mãe do Cascão não viu que ele entrava em casa. C) as mãos do Cascão estavam tão sujas quanto seus pés. D) as pessoas podem andar apoiadas em suas mãos. Boletim Pedagógico SAERS. 5a série/6o ano EF, 2007. Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE 48
  • 51. D21- Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso de pontuação e de outras notações Os sinais de pontuação e outras notações (negrito, maiúsculas, itálico, etc.) são recursos expressivos. Esses recursos podem acumular funções discursivas, como aquelas ligadas à ênfase, à reformulação de certos segmentos, ou ainda à indicação de indignação, surpresa, entre outros efeitos. Assim, os itens relacionados a esse descritor devem avaliar se o aluno é capaz de reconhecer os efeitos de sentido pelo uso desses recursos, como pode ser visto no exemplo seguinte. Veremos, agora, um item por meio do qual se avalia essa habilidade. Leia o texto abaixo e responda à questão. Conheça o robô que tem como local de trabalho a maior floresta tropical do mundo! Ele tem uma tarefa muito importante: cuidar da floresta amazônica. Esse guardião é capaz de andar na água, na lama, na terra e na vegetação – e sem fazer barulho, para não incomodar nem os animais nem os moradores do lugar. Ele também é forte, agüenta até mordida de jacaré! E consegue obter dados importantes sobre a Amazônia, além de coletar amostras do local. Ele é o robô ambiental híbrido Chico Mendes. www.cienciahoje.uol.com.br (P04519SI) Leia novamente a frase abaixo. Ele tem uma tarefa muito importante: cuidar da floresta amazônica. Nessa frase, o uso dos dois pontos (:) serve para A) anunciar uma explicação. B) demonstrar surpresa. C) indicar que alguém vai falar. D) marcar uma pergunta. Boletim Pedagógico SAERS. 5a série/6a EF, 2007, p.54. TóPICO V VARIAÇÃO LINGUÍSTICA Esse tópico possui um único descritor que é apresentado na Matriz de Referência do 9º ano EF e na Matriz do 3º ano EM. Língua Portuguesa - SIMAVE O aluno deve entender a linguagem em uso, ou seja, com todas as variáveis possíveis da fala. Por isso é importante evidenciar que um mesmo fato requer tratamento lingüístico diferenciado, em situações e contextos também diferentes, descaracterizando-se, inclusive, a noção de “certo” e “errado”, privilegiando-se a noção de adequabilidade aos interlocutores e à situação de comunicação. O trabalho com as variações lingüísticas permite a conscientização contra o preconceito lingüístico em relação a usos lingüísticos diferenciados. 49
  • 52. D13- Identificar marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto O leitor deve ser capaz de identificar quem fala no texto e a quem o texto se destina, reconhecendo as marcas lingüísticas nele expressas. Muitos elementos do texto podem indicar o locutor e o interlocutor. Entre eles, podemos citar a variante lingüística e o registro usados, o vocabulário, o uso de gírias e expressões, o suporte, os aspectos gráficos, etc. A dificuldade dessa tarefa vai variar de acordo com a quantidade e a saliência das marcas usadas no texto. Veja o exemplo de um item que avalia essa habilidade. Leia o texto abaixo. Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE Folha de São Paulo, Caderno Folhinha, 24 de maio de 2003, p. 3. (P06109SI) O texto que você leu foi escrito para A) mulheres. B) crianças. C) viajantes. D) desenhistas. 50 Boletim Simave/Proeb 2006.
  • 53. Seção 4 Matrizes Comentadas 9o ano do Ensino Fundamental e 3o ano do Ensino Médio Língua Portuguesa - SIMAVE 51
  • 54. Matrizes de Referência para Avaliação - SIMAVE 52 Seção Seção 22