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Ressignificando referenciais
teóricos e metodológicos
João Batista Begnami
Coordenador Pedagógico
Associação Mineira das Escolas Família Agrícola – AMEFA
Belo Horizonte – MG - 30/07/2021
1. A sistematização teórica jogam importância para o
processo da compreensão das práticas, da
alimentação da ação e ressignificação da ação no
terreno e também ajuda a situar-se no horizonte
educativo, a sair de isolamentos, criar identidade,
posicionar-se e afirmar-se politicamente na história,
(GIMONET,2007).
2. “Sem teoria pedagógica revolucionária, não poderá
haver prática pedagógica revolucionária. Sem uma
teoria de Pedagogia Social, nossa prática levará a
uma acrobacia sem finalidade social.” (PISTRAK,
2000, p. 24)
3. “... a escola fora da vida, fora da política, é uma
mentira, e uma hipocrisia.” (PISTRAK, 2000, p. 22).
4. Observa-se um ecletismo nas referências
teóricas da Pedagogia da Alternância. O
ecletismo teórico não contribui para uma
perspectiva pedagógica contra-hegemônica.
5. 4. A PA é uma longa construção histórica,
inacabada, originária no movimento popular
camponês, podemos ressignificá-la em suas
bases teóricas, em seus distintos contextos.
1. Método VER – JULGAR – AGIR
Na sua origem, a PA se encontra com o
movimento de educação popular promovido
pela Juventude Agrária Católica (JAC) e
adota a sua metodologia “Ver-Julgar-Agir”
(CALIARI (2013, p. 264).
2. Filosofia personalista
o Emmanuel Mounier
o Base do pensamento social Católico
o Inspiração na encíclica “Rerum Novarum” que
trata da doutrina social da Igreja Católica.
o Perspectiva conciliadora e reformista da
sociedade capitalista
3. Doutrina social cristã católica = humanismo
cristão
Havia uma influência forte do pensamento social
católico, por intermédio do Padre Granereau que, a
princípio, idealizou este movimento dos CEFFAs
como uma ação pastoral da Igreja Católica, em
reparação ao que ela e o Estado não faziam pelo
campo. (NOSELLA, 2012)
o Após a Segunda Grande Guerra Mundial, o movimento se
expande e exige maior organicidade.
o O movimento camponês luta pelo protagonismo camponês;
o Afirmação da autonomia pela definição: “as MFRs não podem
ser nem do Estado, nem da Igreja e sim das famílias.” (GARCIA-
MARIRRRODRIGA e PUIG-CALVÓ, 2010, p. 40);
o A autonomia dos CEFFAs em relação à Igreja e ao poder
público, em termos políticos, administrativos e metodológicos
não rompe com os princípios filosóficos do humanismo Cristão;
o É o Humanismo Cristão Católico que animará a Pedagogia da
Alternância em sua fase inicial na França.
4. Pedagogia ativa = escola nova
o André Duffaure e Daniel Chartier são duas
referências importantes na fundamentação teórica da
PA
o Centro Nacional Pedagógico
o Plano de formação de educadores
o Sistematização das mediações didáticas da PA
(Instrumentos Pedagógicos)
o A 1ª sistematização da experiência de mais de 10
anos de práticas, ocorreu com bases nas Ciências
pedagógicas e na Psicologia da Educação.
o Decroly, Cousinet, Dewey, Freinet, Montessori,
Steiner, entre outros. (GIMONET, 2007, p. 23-24).
o Jean-Claude Gimonet, um dos autores mais lidos
e citados no Brasil, sustenta a abordagem
humanista da Pedagogia da Alternância. Sua tese
doutoral, “Alternância e relações humanas”, tem
bases fundamentadas em C. Rogers, referência
moderna do humanismo.
5. Pedagogia construtivista
Gimonet caminha para a apropriação de teorias mais
críticas, trazendo em seus estudos referências de J.
Piaget.
A Alternância é elaborada em um processo criativo, com
a primazia da ação e da experimentação. Uma
abordagem da compreensão, da teorização da prática
opera-se um pouco depois, conforme Piaget.
“Réussir et Comprendre”. (Compreender para
aprender), é uma das obras mais referenciadas pela
Pedagogia da Alternância, conforme Gimonet (2007).
6. Teoria da complexidade
Para Gimonet, a Alternância tem um corolário da complexidade por
envolver:
- a vida quotidiana como um todo, nos seus aspectos políticos,
sociais, comunitários, culturais, ambientais, religiosos, não se
reduzindo apenas à dimensão econômica da produção e das
demandas do mercado de trabalho.
- Sendo assim, a Alternância é uma Pedagogia da Complexidade
por suas características “multidimensionais e relacionais”.
- Ela é uma “Pedagogia das relações”: “relações de espaços e
tempos” escola-família-comunidade; “relações de saberes”
teóricos e práticos; “relações de processos metodológicos”,
envolvendo a epistemologia da práxis: ação-reflexão-ação e
“relação entre pessoas”, o alternante, os pais, os educadores,
os mestres de estágio, as lideranças comunitárias e “relações
entre instituições”, a escola, família, segundo Gimonet (2007,
p.121).
7. Educação popular e a Teologia da Libertação
no Brasil
Encontro da PA com:
o Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
o Movimentos de Educação Popular
o Teologia da Libertação
o Encíclica papal, Gaudium et Spes - Concílio
Vaticano II, nos anos de 1960 – Documentos de
Medellin (1968) e Puebla (1979).
A prática pedagógica da Alternância se aproxima de uma proposta
popular de educação por considerar os conhecimentos das famílias
camponesas, dos educandos e das comunidades e por se constituir
de espaços provocadores de diálogos possíveis entre o exercício
didático-pedagógico de valorização dos diferentes saberes e
conhecimento que as pessoas possuem e reelaboram dentro da
escola, fora da escola e nos interstícios da escola.
As Escolas Famílias, ao considerar e resgatar, em permanente
diálogo no ambiente escolar, o saber da experiência, a matriz
cultural dos coletivos camponeses, o papel da ancestralidade na
transmissão intergeracional do conhecimento elaborado no grupo e
a partir do grupo, encontra neles a fundamentação de sua prática
educacional popular. (CALIARI, 2013, p. 269).

9. Pedagogia do Movimento e a PA
“[...] a pedagogia da alternância não é uma pedagogia;
ela é apenas um detalhe da organização do curso e da
escola [...].” Esta afirmação se encontra no Caderno da
Educação no 13, Dossiê MST – Escola, 2005, afirmado
por Ricardo Cerioli, conforme citado por Ribeiro (2010, p.
327-328).
Neste documento há uma sugestão de se criar uma
“Pedagogia da Cooperação” e Caldart (2004) defende a
tese da “Pedagogia do Movimento”.
Os cursos formais organizados pelo MST e os movimentos da
Via Campesina “são realizados no sistema da alternância.
Essa modalidade nos permite trabalhar de forma conjugada o
Tempo Escola e o Tempo Comunidade. Experiência que vem
se mostrando muito promissora.” (KOLLING (2002, p. 55)
Outros teóricos do MST, como Caldart (2000) e a própria
Camini (2009), passam a reconhecer a importância da
Pedagogia da Alternância, mas que a pedagogia do MST a
politiza e não se filia a ela.
“O que remete ao fato de que o MST e outros sujeitos da
educação fazem, com base nos seus fins políticos, uma
leitura própria do significante flutuante alternância”, afirma
Figueiredo (2015).
10. Alternância no pensamento pedagógico
socialista
A alternância entre estudo e trabalho se encontra nos
Socialistas Utópicos, Fourier e Robert Owen (1771-1858),
inspiradores das ideias de Marx e Engels.
Gimonet (2007), ao tratar dos antecedentes da Alternância
nos CEFFAs franceses, enuncia rapidamente o princípio da
união do ensino com o trabalho na literatura socialista
Marxista.
A Alternância é um “princípio educativo” que se faz presente
nos pensadores como Marx, Lênin e Gramsci até o
pensamento cristão católico romano, inaugurado com a
experiência dos CEFFAs na França, de acordo com Ribeiro
(2010), Mesquita e Nascimento (2014) e Figueiredo (2015).
o O que diferencia a Alternância dos CEFFAs e
dos movimentos da Via Campesina?
o A citação explícita nos seus Projetos Político
Pedagógicos, dos clássicos do socialismo
científico como Marx, Engels, Gramsci, Lenin,
entre outros, e se referenciarem na experiência
educacional da Pedagogia Socialista, legada
pela Rússia pós- revolucionária, destacando os
pioneiros Pistrak, Makarenko, entre outros,
conforme Ribeiro (2010, p. 321-322).
“O princípio da alternância do trabalho com o tempo
escolar não era, nesse contexto, aplicado à fábrica,
mas à comunidade. O discurso universalista cristão
é quem animava esse princípio metodológico, longe,
portanto, do éthos marxista revolucionário.”
(MESQUITA e NASCIMENTO, 2014, p.1091).
O éthos socialista é o que anima a Alternância no
contexto da via Campesina
Sendo assim, “O MST, que articula cristianismo e
marxismo (via Teologia da Libertação) (Stedile,
2005), desloca o princípio da alternância do sentido
cristão humanista e o ressignifica no bojo de um
projeto revolucionário socialista em que o camponês
desempenha um papel de suma importância,” São
nestes aspectos que residem a ação criativa do
MST na sua interpretação, e ressignificação em
torno de suas práticas dos “princípios da
Alternância”. (MESQUITA e NASCIMENTO, 2014, p.
1092).
Princípios da Alternância Pedagógica
 há um Princípio de Alternância perpassando a história
desde o XIX ao século XX, nas relações trabalho-
educação.
 Sendo assim, seria oportuno a nomenclatura
Princípios de Alternância para substituir a Pedagogia
da Alternância nos contextos de educação alternada
dos movimentos da Via Campesina, como para outros
espaços onde ocorrem esta proposta pedagógica.
 Por isso, em outros contextos, o mais correto, talvez,
fosse chamar de Formação em Alternância.
A corrente humanista historicamente envolvida na
Pedagogia da Alternância “colocou em cheque a sua
identidade histórica como pedagogia popular do
campo, trazendo entraves para que os CEFFAs se
constituíssem na perspectiva contra-hegemônica da
sociedade, ou seja, que realizassem uma educação
comprometida com a emancipação humana”, com
outro projeto de campo e sociedade. (TELAU, 2015,
p. 43-44).
11. A PA e a Educação do Campo
O Vínculo da Educação do Campo com os
Movimentos Sociais aponta, [...] para algumas
dimensões da formação humana que não podem ser
esquecidas em seu projeto político e pedagógico:
pensar que precisamos ajudar a educar não apenas
trabalhadores do campo, mas também lutadores
sociais, militantes de causas coletivas e cultivadores
de utopias sociais libertárias. [...]. (CALDART, 2004,
p.31).
[...] a Educação do Campo emancipatória. [...] é uma
educação contra o capital, mais especificamente, contra o
agronegócio. Pois, o mesmo é inimigo do campesinato. A
agricultura camponesa e a agricultura capitalista são
formadas por classes antagônicas. Logo, os interesses entre
as mesmas são, a priori, antagônicos. Esta perspectiva
demonstra que a Educação do Campo no Paradigma da
Questão Agrária tem um recorte de classe bem definido.
Neste contexto, a Educação do Campo se transforma em um
instrumento de resistência cultural e política da classe
camponesa frente ao capital. (CAMACHO, 2013, p. 763).
Para “a Pedagogia da Alternância se constituir como
uma experiência contra-hegemônica na construção
dessa sociedade é preciso que se ajuste a um
referencial que a instrumentalize nessa perspectiva,”
afirma Telau (2015, p. 167).
Este autor assevera ainda que a luta do Movimento
da Educação do Campo e a do Movimento CEFFA
deve ser a mesma.
12. A PA o MHD
Um dos desafios é se esforçar para transformar dilemas em
possibilidades de reelaborações e ressignificações da
Pedagogia da Alternância, buscando sínteses que a inclua
numa perspectiva da epistemologia e metodologia da práxis
crítica transformadora, rompendo com uma perspectiva
epistemológica da prática.
O referencial teórico que mais potencializa a captura das
contradições do movimento do real é sem dúvida o
Materialismo Histórico e Dialético originário em Marx,
Engels. (CALDART, 2017).
Se a Educação do Campo foi constituída,
principalmente, com base nos pressupostos teóricos-
metodológicos da Pedagogia Socialista, Pedagogia
Libertadora-Freireana, Pedagogia do Movimento e a
Pedagogia da Alternância; também podemos afirmar
que a Pedagogia da Alternância é uma construção
histórica, cujas práticas soiciopedagógicas, da
maioria dos CEFFAs, aproximam-se dos
pressupostos teóricos, metodológicos e
epistemológicos da Educação do Campo, Pedagogia
Socialista, Pedagogia Libertadora-Freireana e
Pedagogia do Movimento.
O movimento da escola do trabalho, pertencente
espiritualmente ao mundo do trabalho e inspirada
pelo trabalho, em especial do campo, deve tornar o
campo e a propriedade agrícola lugares de
trabalhadores intelectuais orgânicos, porque passou
a ser território humanizado e potenciado pela escola.
 BOFF, Clodovis. Teologia e prática – Teologia do político e suas mediações. Petrópolis, RJ: Vozes, 1978.
 CALDART, Roseli Salete. Palestra realizada sobre Educação do Campo e Licenciatura em Educação do Campo.
Belo Horizonte: FAE/UFMG. I Seminário de Formação Continuada de professores das Licenciaturas em Educação doa
Campo, agosto, 2017.
 CALDART, Roseli Salete. Pedagogia do Movimento Sem Terra. São Paulo: Expressão Popular, 2004.
 CAMINI, Isabela. Escola itinerante na fronteira de uma nova escola. São Paulo: Expressão Popular, 2009.
 CALIARI, Rogério Omar. A presença da família camponesa na Escola Família Agrícola: o caso de Olivânia. 2013.
563 f. Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória – ES, 2013.
 CAMACHO, Rodrigo Simão. Paradigmas em disputa na Educação do Campo. 2013, 806 f. Tese (doutorado) -
Universidade Estadual Paulista. Presidente Prudente, São Paulo, 2013.
 FIGUEREDO, Severino Ramos Correia. Princípio da alternância: experiência de educação contra-hegemônica nos
cursos de militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e na Escola de Formação Missionária. 2015.
148 f. Dissertação (Mestrado em educação) - Universidade Federal de Pernambuco. Recife, 2015.
 GARCIA-MARIRRODRIGA, Roberto & CALVÓ, Pedro Puíg. Formação em Alternância e desenvolvimento local: o
movimento educativa dos CEFFA no mundo. Belo Horizonte: O Lutador, 2010.
 GIMONET, Jean-Claude. Praticar e Compreender a Pedagogia da Alternância dos CEFFAs. Tradução de Thierry De
Burghgrave. Petrópolis: Vozes, Paris: AIMFR – Associação Internacional dos Movimentos Familiares de Formação
Rural, Coleção AIDEFA, 2007.
 KOLLING, Edgar Jorge; CERIOLI, Paulo. R; CALDART, Roseli. S. (org.). Educação do Campo: identidade e políticas
públicas. Brasília: Articulação Nacional por uma Educação do Campo, 2002.
 MESQUITA, Rui Gomes de Matos & NASCIMENTO, Gisele Wanessa do. Educação do MST e crise do paradigma
moderno de ciência. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 19 n. 59, p. 1077-1099, out./dez. 2014.
 NOSELLA, Paolo. Origens da Pedagogia da Alternância no Brasil. Vitória: EDUFES, 2012.
 NOSELLA, Paolo. A escola de Gramsci. 4a. ed. São Paulo: Cortez, 2010.
 RIBEIRO, Marlene. Movimento camponês, trabalho e educação: liberdade, autonomia, emancipação: princípios e
fins da formação humana. São Paulo: Expressão Popular, 2010.
 STÉDILE, João Pedro. “Programa Agrário Unitário dos Movimentos Camponeses e entidades de Apoio – 2003”.
Programas de Reforma Agrária: 1946-2003. São Paulo: Expressão Popular, 2005. Vol.3, p 233-236.
 TELAU, Roberto. Ensinar – incentivar – mediar: dilemas nas formas de sentir, pensar e agir dos educadores do
CEFFAs sobre os processos de ensino/aprendizagem. 2015. 179 f. Dissertação (Mestrado em Educação) –
Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte – MG, 2015.
João Batista Begnami
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  • 1. Ressignificando referenciais teóricos e metodológicos João Batista Begnami Coordenador Pedagógico Associação Mineira das Escolas Família Agrícola – AMEFA Belo Horizonte – MG - 30/07/2021
  • 2. 1. A sistematização teórica jogam importância para o processo da compreensão das práticas, da alimentação da ação e ressignificação da ação no terreno e também ajuda a situar-se no horizonte educativo, a sair de isolamentos, criar identidade, posicionar-se e afirmar-se politicamente na história, (GIMONET,2007). 2. “Sem teoria pedagógica revolucionária, não poderá haver prática pedagógica revolucionária. Sem uma teoria de Pedagogia Social, nossa prática levará a uma acrobacia sem finalidade social.” (PISTRAK, 2000, p. 24) 3. “... a escola fora da vida, fora da política, é uma mentira, e uma hipocrisia.” (PISTRAK, 2000, p. 22).
  • 3. 4. Observa-se um ecletismo nas referências teóricas da Pedagogia da Alternância. O ecletismo teórico não contribui para uma perspectiva pedagógica contra-hegemônica. 5. 4. A PA é uma longa construção histórica, inacabada, originária no movimento popular camponês, podemos ressignificá-la em suas bases teóricas, em seus distintos contextos.
  • 4. 1. Método VER – JULGAR – AGIR Na sua origem, a PA se encontra com o movimento de educação popular promovido pela Juventude Agrária Católica (JAC) e adota a sua metodologia “Ver-Julgar-Agir” (CALIARI (2013, p. 264).
  • 5. 2. Filosofia personalista o Emmanuel Mounier o Base do pensamento social Católico o Inspiração na encíclica “Rerum Novarum” que trata da doutrina social da Igreja Católica. o Perspectiva conciliadora e reformista da sociedade capitalista
  • 6. 3. Doutrina social cristã católica = humanismo cristão Havia uma influência forte do pensamento social católico, por intermédio do Padre Granereau que, a princípio, idealizou este movimento dos CEFFAs como uma ação pastoral da Igreja Católica, em reparação ao que ela e o Estado não faziam pelo campo. (NOSELLA, 2012)
  • 7. o Após a Segunda Grande Guerra Mundial, o movimento se expande e exige maior organicidade. o O movimento camponês luta pelo protagonismo camponês; o Afirmação da autonomia pela definição: “as MFRs não podem ser nem do Estado, nem da Igreja e sim das famílias.” (GARCIA- MARIRRRODRIGA e PUIG-CALVÓ, 2010, p. 40); o A autonomia dos CEFFAs em relação à Igreja e ao poder público, em termos políticos, administrativos e metodológicos não rompe com os princípios filosóficos do humanismo Cristão; o É o Humanismo Cristão Católico que animará a Pedagogia da Alternância em sua fase inicial na França.
  • 8. 4. Pedagogia ativa = escola nova o André Duffaure e Daniel Chartier são duas referências importantes na fundamentação teórica da PA o Centro Nacional Pedagógico o Plano de formação de educadores o Sistematização das mediações didáticas da PA (Instrumentos Pedagógicos) o A 1ª sistematização da experiência de mais de 10 anos de práticas, ocorreu com bases nas Ciências pedagógicas e na Psicologia da Educação. o Decroly, Cousinet, Dewey, Freinet, Montessori, Steiner, entre outros. (GIMONET, 2007, p. 23-24).
  • 9. o Jean-Claude Gimonet, um dos autores mais lidos e citados no Brasil, sustenta a abordagem humanista da Pedagogia da Alternância. Sua tese doutoral, “Alternância e relações humanas”, tem bases fundamentadas em C. Rogers, referência moderna do humanismo.
  • 10. 5. Pedagogia construtivista Gimonet caminha para a apropriação de teorias mais críticas, trazendo em seus estudos referências de J. Piaget. A Alternância é elaborada em um processo criativo, com a primazia da ação e da experimentação. Uma abordagem da compreensão, da teorização da prática opera-se um pouco depois, conforme Piaget. “Réussir et Comprendre”. (Compreender para aprender), é uma das obras mais referenciadas pela Pedagogia da Alternância, conforme Gimonet (2007).
  • 11. 6. Teoria da complexidade Para Gimonet, a Alternância tem um corolário da complexidade por envolver: - a vida quotidiana como um todo, nos seus aspectos políticos, sociais, comunitários, culturais, ambientais, religiosos, não se reduzindo apenas à dimensão econômica da produção e das demandas do mercado de trabalho. - Sendo assim, a Alternância é uma Pedagogia da Complexidade por suas características “multidimensionais e relacionais”. - Ela é uma “Pedagogia das relações”: “relações de espaços e tempos” escola-família-comunidade; “relações de saberes” teóricos e práticos; “relações de processos metodológicos”, envolvendo a epistemologia da práxis: ação-reflexão-ação e “relação entre pessoas”, o alternante, os pais, os educadores, os mestres de estágio, as lideranças comunitárias e “relações entre instituições”, a escola, família, segundo Gimonet (2007, p.121).
  • 12. 7. Educação popular e a Teologia da Libertação no Brasil Encontro da PA com: o Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire o Movimentos de Educação Popular o Teologia da Libertação o Encíclica papal, Gaudium et Spes - Concílio Vaticano II, nos anos de 1960 – Documentos de Medellin (1968) e Puebla (1979).
  • 13. A prática pedagógica da Alternância se aproxima de uma proposta popular de educação por considerar os conhecimentos das famílias camponesas, dos educandos e das comunidades e por se constituir de espaços provocadores de diálogos possíveis entre o exercício didático-pedagógico de valorização dos diferentes saberes e conhecimento que as pessoas possuem e reelaboram dentro da escola, fora da escola e nos interstícios da escola. As Escolas Famílias, ao considerar e resgatar, em permanente diálogo no ambiente escolar, o saber da experiência, a matriz cultural dos coletivos camponeses, o papel da ancestralidade na transmissão intergeracional do conhecimento elaborado no grupo e a partir do grupo, encontra neles a fundamentação de sua prática educacional popular. (CALIARI, 2013, p. 269). 
  • 14. 9. Pedagogia do Movimento e a PA “[...] a pedagogia da alternância não é uma pedagogia; ela é apenas um detalhe da organização do curso e da escola [...].” Esta afirmação se encontra no Caderno da Educação no 13, Dossiê MST – Escola, 2005, afirmado por Ricardo Cerioli, conforme citado por Ribeiro (2010, p. 327-328). Neste documento há uma sugestão de se criar uma “Pedagogia da Cooperação” e Caldart (2004) defende a tese da “Pedagogia do Movimento”.
  • 15. Os cursos formais organizados pelo MST e os movimentos da Via Campesina “são realizados no sistema da alternância. Essa modalidade nos permite trabalhar de forma conjugada o Tempo Escola e o Tempo Comunidade. Experiência que vem se mostrando muito promissora.” (KOLLING (2002, p. 55) Outros teóricos do MST, como Caldart (2000) e a própria Camini (2009), passam a reconhecer a importância da Pedagogia da Alternância, mas que a pedagogia do MST a politiza e não se filia a ela. “O que remete ao fato de que o MST e outros sujeitos da educação fazem, com base nos seus fins políticos, uma leitura própria do significante flutuante alternância”, afirma Figueiredo (2015).
  • 16. 10. Alternância no pensamento pedagógico socialista A alternância entre estudo e trabalho se encontra nos Socialistas Utópicos, Fourier e Robert Owen (1771-1858), inspiradores das ideias de Marx e Engels. Gimonet (2007), ao tratar dos antecedentes da Alternância nos CEFFAs franceses, enuncia rapidamente o princípio da união do ensino com o trabalho na literatura socialista Marxista. A Alternância é um “princípio educativo” que se faz presente nos pensadores como Marx, Lênin e Gramsci até o pensamento cristão católico romano, inaugurado com a experiência dos CEFFAs na França, de acordo com Ribeiro (2010), Mesquita e Nascimento (2014) e Figueiredo (2015).
  • 17. o O que diferencia a Alternância dos CEFFAs e dos movimentos da Via Campesina? o A citação explícita nos seus Projetos Político Pedagógicos, dos clássicos do socialismo científico como Marx, Engels, Gramsci, Lenin, entre outros, e se referenciarem na experiência educacional da Pedagogia Socialista, legada pela Rússia pós- revolucionária, destacando os pioneiros Pistrak, Makarenko, entre outros, conforme Ribeiro (2010, p. 321-322).
  • 18. “O princípio da alternância do trabalho com o tempo escolar não era, nesse contexto, aplicado à fábrica, mas à comunidade. O discurso universalista cristão é quem animava esse princípio metodológico, longe, portanto, do éthos marxista revolucionário.” (MESQUITA e NASCIMENTO, 2014, p.1091).
  • 19. O éthos socialista é o que anima a Alternância no contexto da via Campesina Sendo assim, “O MST, que articula cristianismo e marxismo (via Teologia da Libertação) (Stedile, 2005), desloca o princípio da alternância do sentido cristão humanista e o ressignifica no bojo de um projeto revolucionário socialista em que o camponês desempenha um papel de suma importância,” São nestes aspectos que residem a ação criativa do MST na sua interpretação, e ressignificação em torno de suas práticas dos “princípios da Alternância”. (MESQUITA e NASCIMENTO, 2014, p. 1092).
  • 20. Princípios da Alternância Pedagógica  há um Princípio de Alternância perpassando a história desde o XIX ao século XX, nas relações trabalho- educação.  Sendo assim, seria oportuno a nomenclatura Princípios de Alternância para substituir a Pedagogia da Alternância nos contextos de educação alternada dos movimentos da Via Campesina, como para outros espaços onde ocorrem esta proposta pedagógica.  Por isso, em outros contextos, o mais correto, talvez, fosse chamar de Formação em Alternância.
  • 21. A corrente humanista historicamente envolvida na Pedagogia da Alternância “colocou em cheque a sua identidade histórica como pedagogia popular do campo, trazendo entraves para que os CEFFAs se constituíssem na perspectiva contra-hegemônica da sociedade, ou seja, que realizassem uma educação comprometida com a emancipação humana”, com outro projeto de campo e sociedade. (TELAU, 2015, p. 43-44).
  • 22. 11. A PA e a Educação do Campo O Vínculo da Educação do Campo com os Movimentos Sociais aponta, [...] para algumas dimensões da formação humana que não podem ser esquecidas em seu projeto político e pedagógico: pensar que precisamos ajudar a educar não apenas trabalhadores do campo, mas também lutadores sociais, militantes de causas coletivas e cultivadores de utopias sociais libertárias. [...]. (CALDART, 2004, p.31).
  • 23. [...] a Educação do Campo emancipatória. [...] é uma educação contra o capital, mais especificamente, contra o agronegócio. Pois, o mesmo é inimigo do campesinato. A agricultura camponesa e a agricultura capitalista são formadas por classes antagônicas. Logo, os interesses entre as mesmas são, a priori, antagônicos. Esta perspectiva demonstra que a Educação do Campo no Paradigma da Questão Agrária tem um recorte de classe bem definido. Neste contexto, a Educação do Campo se transforma em um instrumento de resistência cultural e política da classe camponesa frente ao capital. (CAMACHO, 2013, p. 763).
  • 24. Para “a Pedagogia da Alternância se constituir como uma experiência contra-hegemônica na construção dessa sociedade é preciso que se ajuste a um referencial que a instrumentalize nessa perspectiva,” afirma Telau (2015, p. 167). Este autor assevera ainda que a luta do Movimento da Educação do Campo e a do Movimento CEFFA deve ser a mesma.
  • 25. 12. A PA o MHD Um dos desafios é se esforçar para transformar dilemas em possibilidades de reelaborações e ressignificações da Pedagogia da Alternância, buscando sínteses que a inclua numa perspectiva da epistemologia e metodologia da práxis crítica transformadora, rompendo com uma perspectiva epistemológica da prática. O referencial teórico que mais potencializa a captura das contradições do movimento do real é sem dúvida o Materialismo Histórico e Dialético originário em Marx, Engels. (CALDART, 2017).
  • 26. Se a Educação do Campo foi constituída, principalmente, com base nos pressupostos teóricos- metodológicos da Pedagogia Socialista, Pedagogia Libertadora-Freireana, Pedagogia do Movimento e a Pedagogia da Alternância; também podemos afirmar que a Pedagogia da Alternância é uma construção histórica, cujas práticas soiciopedagógicas, da maioria dos CEFFAs, aproximam-se dos pressupostos teóricos, metodológicos e epistemológicos da Educação do Campo, Pedagogia Socialista, Pedagogia Libertadora-Freireana e Pedagogia do Movimento.
  • 27. O movimento da escola do trabalho, pertencente espiritualmente ao mundo do trabalho e inspirada pelo trabalho, em especial do campo, deve tornar o campo e a propriedade agrícola lugares de trabalhadores intelectuais orgânicos, porque passou a ser território humanizado e potenciado pela escola.
  • 28.  BOFF, Clodovis. Teologia e prática – Teologia do político e suas mediações. Petrópolis, RJ: Vozes, 1978.  CALDART, Roseli Salete. Palestra realizada sobre Educação do Campo e Licenciatura em Educação do Campo. Belo Horizonte: FAE/UFMG. I Seminário de Formação Continuada de professores das Licenciaturas em Educação doa Campo, agosto, 2017.  CALDART, Roseli Salete. Pedagogia do Movimento Sem Terra. São Paulo: Expressão Popular, 2004.  CAMINI, Isabela. Escola itinerante na fronteira de uma nova escola. São Paulo: Expressão Popular, 2009.  CALIARI, Rogério Omar. A presença da família camponesa na Escola Família Agrícola: o caso de Olivânia. 2013. 563 f. Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória – ES, 2013.  CAMACHO, Rodrigo Simão. Paradigmas em disputa na Educação do Campo. 2013, 806 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista. Presidente Prudente, São Paulo, 2013.  FIGUEREDO, Severino Ramos Correia. Princípio da alternância: experiência de educação contra-hegemônica nos cursos de militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e na Escola de Formação Missionária. 2015. 148 f. Dissertação (Mestrado em educação) - Universidade Federal de Pernambuco. Recife, 2015.  GARCIA-MARIRRODRIGA, Roberto & CALVÓ, Pedro Puíg. Formação em Alternância e desenvolvimento local: o movimento educativa dos CEFFA no mundo. Belo Horizonte: O Lutador, 2010.  GIMONET, Jean-Claude. Praticar e Compreender a Pedagogia da Alternância dos CEFFAs. Tradução de Thierry De Burghgrave. Petrópolis: Vozes, Paris: AIMFR – Associação Internacional dos Movimentos Familiares de Formação Rural, Coleção AIDEFA, 2007.  KOLLING, Edgar Jorge; CERIOLI, Paulo. R; CALDART, Roseli. S. (org.). Educação do Campo: identidade e políticas públicas. Brasília: Articulação Nacional por uma Educação do Campo, 2002.  MESQUITA, Rui Gomes de Matos & NASCIMENTO, Gisele Wanessa do. Educação do MST e crise do paradigma moderno de ciência. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 19 n. 59, p. 1077-1099, out./dez. 2014.  NOSELLA, Paolo. Origens da Pedagogia da Alternância no Brasil. Vitória: EDUFES, 2012.  NOSELLA, Paolo. A escola de Gramsci. 4a. ed. São Paulo: Cortez, 2010.  RIBEIRO, Marlene. Movimento camponês, trabalho e educação: liberdade, autonomia, emancipação: princípios e fins da formação humana. São Paulo: Expressão Popular, 2010.  STÉDILE, João Pedro. “Programa Agrário Unitário dos Movimentos Camponeses e entidades de Apoio – 2003”. Programas de Reforma Agrária: 1946-2003. São Paulo: Expressão Popular, 2005. Vol.3, p 233-236.  TELAU, Roberto. Ensinar – incentivar – mediar: dilemas nas formas de sentir, pensar e agir dos educadores do CEFFAs sobre os processos de ensino/aprendizagem. 2015. 179 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte – MG, 2015.