Problema, Objeto e Objetivo na Pesquisa Científica

Aula 3:
2.6 DESENHO DA PESQUISA
2.6.1. O problema de investigação
2.6.2. O objecto de investigação
2.6.3. O objectivo de investigação.
2.6.4. Relação: Problema, Objecto, Objectivo.
2.6.5. O quadro contextual de investigação.
2.6.6. o quadro teórico de investigação

O problema
O objecto
O objectivo
A hipótese
Tarefas de investigação
ASPECTOS BÁSICOS NO PROJECTO DE PPC
O problema
O objecto
O objectivo
As tarefas de
investigação
Porque é que se investiga?
Como resolver o Problema?
O que é que se investiga?
Para que é que se investiga?
Sequência na solução do
Problema
IDENTIFICAM-SE DA SEGUNTE FORMA
Metodologia de Pesquisa Científica
A hipótese

Problema Porque é que se investiga
Deve estar bem estruturado e cumprir as seguintes premissas:
1. Basear-se no conhecimento prévio do mesmo , numa investigação
documental.
2. Formular-se e resolver-se aplicando o sistema de conceitos,
categorias e leis do ramo do saber ou ciência específica.
3. A solução deve contribuir no desenvolvimento do conhecimento
científico, ou seja, da ciência.
existe algo objectivo que
deve ser explicado por
alguém introduzindo-se desta
forma o aspecto subjectivo
1. Na prática social
2. Na própria ciência
3. No próprio pesquisador
Devido a que
A interacção do objectivo é o que permite que se produza a
formulação do problema científico

O OBJECTO O que é que se
investiga?
O objecto e o sujeito da pesquisa são dois aspectos conciliáveis a
realidade.
Parte da realidade que agrupa de forma sistemática, fenómenos,
factos e processos que o pesquisador (sujeito) pressupõe sobre os
quais actua com vista na solução do problema em certas
condições e situações.
O objecto existe de modo lógico e portanto contraditório.
A relação dialéctica sujeito-objecto conduz a que o objecto
chega a ser conhecido mediante processos do pensamento que
vão do abstracto ao concreto.

O OBJECTIVO
Para que é que se
investiga?
para criar o modo de solucionar o problema
mediante teorias, prognósticos, metodologias,
procedimentos, tecnologias, equipas ou
qualquer meio que enriqueça o conhecimento e
a ciência.
OBJECTIVO GERAL
Indica de forma genérica qual o objectivo a ser alcançado
OBJECTIVO ESPECÍFICO
Detalha o objectivo geral mostrando o que pretende alcançar
com a pesquisa. Torna operacional o objectivo geral indicando
exactamente o que será realizado na sua pesquisa.

É um dos principais condutores do PPC e deve observar as
seguintes qualidades:
1. Ser Orientador.
2. Expressar de modo sintético e genérico às qualidades
do objecto.
3. Formula-se em tom afirmativo.
4. Se declara em forma clara e precisa.
5. Limita-se aos recursos disponíveis.
6. Deve poder ser , avaliável , verificável e comprovável.
O OBJECTIVO

A hipótese Como resolver o
Problema?
Hipóteses são suposições colocadas como respostas plausíveis
e provisórias para o problema de pesquisa. As hipóteses são
provisórias porque poderão ser confirmadas ou refutadas com
o desenvolvimento da pesquisa. Um mesmo problema pode
ter muitas hipóteses, que são soluções possíveis para a sua
resolução.
As hipóteses orientam o planejamento dos procedimentos
metodológicos necessários à execução da sua pesquisa.
O processo de pesquisa está voltado para a procura
de evidências que comprovem, sustentem ou refutem a
afirmativa feita na hipótese. A hipótese define até onde você
quer chegar e, por isso, será a directriz de todo o processo de
investigação.
A hipótese é sempre uma afirmação, uma resposta
possível ao problema proposto.

• Expressar as relações entre dois ou mais variáveis.
• Possuir capacidade de predição.
• Ter expressões simples e compatíveis com hipóteses confirmadas.
• Basear-se em factos científicos existentes ou novos ou em ambos e ser
compatível com os mesmos.
• Seu conteúdo deve ser mais rico que os factos em que se baseiam.
• Entre os factos e as hipóteses deve existir uma determinada vinculação
lógica.
• Devem ser instrumentos de trabalho da teoria e contribuir ao progresso
da ciência.
Requisitos e qualidades que deve cumprir a hipótese :

• Devem elaborar-se mediante um processo formativo com um
desenvolvimento muito dinâmico em sua vinculação com o PPC
passando sucessivamente de suposição a hipótese de trabalho, daí a
hipótese empírica e finalmente a hipótese teórica.
• Explicar os factos conhecidos e prognosticar os desconhecidos com
uma ideia clara da probabilidade de acerto de suas conclusões.
• Possuir fundamentação teórica razoável e consistência lógica.
• Sua formulação deve ser precisa, clara e fácil de compreender.
• Não ser triviais por obvias, comuns, não substanciais, usuais ou
conhecidas. Ou seja, devem ter riqueza de conteúdo e de significação.
•
Requisitos e qualidades que deve cumprir a hipótese :

CLASSIFICAÇÃO GERAL DA HIPÓTESE
Em função do momento do PPC em que se formula.
• Hipótese de trabalho (na fase exploratória da
investigação).
• Hipótese real (na fase final).
Com respeito ao seu propósito:
• Hipóteses gerais (relacionadas com propósito central da
investigação, explicativos e de prognóstico, generalmente
multivariáveis).
• Hipótese especificas (relacionadas com cada aspecto da
investigação geralmente monovariáveis).

Por seu vínculo com a relação causa-efeito:
Hipótesis descriptiva
Hipótesis explicativa
As hipóteses que são finalmente comprovadas e verificadas se
convertem em teses as quais são o fundamento básico na
formulação de leis e novas teorias além de converter-se em
ponto de partida de novas investigações.
CLASSIFICAÇÃO GERAL DA HIPÓTESE

12
O QUADRO CONTEXTUAL DE PESQUISA
O quadro contextual é aquele campo complexo e históricamente
determinado no qual o sujeito inter-relaciona com o objecto e inclui não só
o natural mas também o sócio-cultural.
SUJEITO OBJECTO
durante o trabalho de investigação na prática social
INTERACÇÃO

O QUADRO CONTEXTUAL DE PESQUISA
Sua prática crítica
Suas possibilidades de comunicação
Sua capacidade de argumentação
Os recursos técnicos e culturais acessíveis
O nível de liberdade intelectual conquistado.
As relações de subordinação existentes
Os valores morais e patrióticos do
pesquisador
Nas ciências naturais o sujeito desenvolve a pesquisa a
partir de seu posicionamento numa determinada situação
cultural que inclui, entre outros aspectos:

I I- O QUADRO CONTEXTUAL DAS PESQUISAS GEO-CIENTÍFICAS
1. Devido à complexidade e variabilidade das condições e factores
que controlam os fenómenos geo-científicos e o carácter
incompleto do conhecimento acerca dos mesmos não resulta
possível desenhar o estudo integral de um processo geo-
científico sobre a base da execução de um conjunto de pesquisas
experimentais.
2. Como regra o pesquisador geo-científico deve julgar acerca do
carácter dos fenómenos que estuda, sobre a base da sua
manifestação limitada em situações concretas.
3. A manifestação dos fenómenos geo-científicos vem dada pelas
condições naturais da região que pesquisa-se, o que pode
provocar a não revelação da essência dos fenómenos que se
pretendem estudar.
4. Como regra não resulta possível a observação de todos os
resultados condicionados a ocorrência de um fenómeno geo-
científico concreto.
A análise das experiências acumuladas nas pesquisas geo-
cientificas permite apresentar um conjunto de considerações
gerais acerca de suas particularidades e que conformam um
quadro contextual específico que deve ser tido em conta
quando decide-se realizar uma pesquisa nestas disciplinas.

5. As observações realizadas estão relacionadas, na maioria dos
casos, não com um fenómeno específico, senão com a
sobreposição de um conjunto de fenómenos que se manifestam
em distintas relações espaciais e temporais.
6. Em muitos casos a descrição de um fenómeno geo-científico
se deve realizar a partir de indicadores indirectos cuja
relação com os indicadores directos do mesmo se
estabelece a partir de considerações de complexa
formalização.
7. Os valores que alcancem os indicadores de um fenómeno geo-
científico se devem considerar como a soma de
componentes sistemáticas (regularizadas) e não
controladas (aleatórias).
8. A componente não controlada (aleatória) de um fenómeno geo-
científico, pode estar condicionada ao carácter incompleto
dos conhecimentos acerca dos mesmos, e não depender
da sua essência.
9. Durante o estudo dos fenómenos geo-científicos, é frequente
que resulte impossível revelar de forma clara e precisa
todos os factores que o conformam devido ao carácter
dinâmico e temporal de ditos fenómenos.
10. Em geral os fenómenos geo-científicos não podem ser
descritos em termos de relações funcionais facilmente
interpretáveis.
O QUADRO CONTEXTUAL DAS PESQUISAS GEO-CIENTÍFICAS

As disciplinas geo-científicas, em termos gerais, estão
incluídas em um conjunto de disciplinas que
convencionalmente se denominam como “ciências pouco
formalizadas”.
Como tais consideram-se outras ciências como a medicina,
as ciências biológicas e as ciências sociais
As ciências pouco formalizadas são disciplinas onde
surgem problemas que não podem ser formalizados em
termos de uma linguagem, por exemplo, como as
linguagens das Matemáticas ou da Física.

as características das chamadas ciências pouco formalizadas
podemos :
a) Desconhecem-se expressões analíticas que expliquem os
vínculos ou leis que regem o comportamento dos objectos que
se pesquisam.
b) A informação sobre quais são os factores que influem nos
fenómenos que se estudam é incompleta.
c) De alguns dos factores identificados como influentes no
fenómeno que se estuda, se desconhece o grau de dita
influência.
d) Utilizam-se múltiplos critérios de solução e em geral se podem
apresentar soluções múltiplas para um mesmo problema.
e) Os especialistas nem sempre têm uma explicação única das
conclusões a que se chega. Em geral a decisão acerca da
solução mais adequada se toma sobre a base de analogias
(experiências precedentes e observações acumuladas).
f) Na descrição dos objectos de pesquisa estão presentes
informações qualitativas, informações quantitativas e
geralmente ambas. Também se podem apresentar objectos dos
que não se possuem todos os dados (ausência de informação)
em algumas das suas características descritivas.

A pesquisa geo-científica não se pode levar a cabo de forma
arbitrária. Por isso resulta necessário desenvolver
metodologias baseadas na construção de modelos que regem
o desenvolvimento de todas as etapas da pesquisa.

O QUADRO TEÓRICO DE PESQUISA
A elaboração adequada do quadro teórico permite:
1. Ajudar a definir o problema a investigar.
2. Evitar tomar um caminho errado no PPC.
3. Induzir o estudo de novos problemas.
4. Contribuir ao estabelecimento de um modelo teórico e a uma
hipótese de trabalho.
EXPLORAÇÃO BIBLIOGRÁFICA
ACTUALIZAÇÃO PERMANENTE DURANTE O P.P.C.
INVESTIGAÇÃO
DOCUMENTAL
FUNDAMENTA-SE NA :

QUADRO TEÓRICO DA PESQUISA
Principais tarefas na elaboração do quadro
teórico da pesquisa
Revisão da literatura: Com auxílio da revisão
da literatura consulta-se, trata-se e
recompila-se a informação existente sobre o
problema e o objecto pesquisado. Isso se
realiza hoje em muito diversas formas entre
as quais ocupam um lugar cada vez mais
importante os modernos sistemas
computorizados e as denominadas auto-
pistas de informação (informática).
Sistematização teorias existentes: Permite
determinar o grau em que as mesmas
explicam o problema a pesquisar.

QUADRO TEÓRICO DA PESQUISA
Do estudo anterior podem derivar-se os
seguintes resultados:
Existe uma teoria científica capaz de
descobrir ou explicar o problema.
Existem várias teorias ou generalizações
empíricas, que têm sido demonstradas, e que
são de possível aplicação ao problema.
As teorias existentes não explicam a pretidão
do problema.
Não existe teoria ou antecedente algum
vinculado ao problema.

Problema, Objeto e Objetivo na Pesquisa Científica

Recomendados

Recomendados

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Problema, Objeto e Objetivo na Pesquisa Científica

Semelhante a Problema, Objeto e Objetivo na Pesquisa Científica (20)

Problema, Objeto e Objetivo na Pesquisa Científica