[1] O documento discute ensinamentos ocultos sobre a vida em outras dimensões contidos em sociedades secretas e no Livro dos Mortos egípcio.
[2] O Livro dos Mortos continha instruções mágicas e religiosas para guiar a alma do falecido em sua jornada após a morte, bem como ensinamentos sobre a imortalidade da alma.
[3] Os egípcios acreditavam que a alma precisava passar por testes após a morte, como a pesagem do coração, para progredir
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Ensinamentos Ocultos
1. AULA 7
Sociedades Secretas e o Livro dos Mortos.
Ensinamentos ocultos sobre a vida em outras dimensões.
Uma sociedade Exoconsciente
2. Manual secreto
de iniciação
Representação de uma edição atual da
compilação de textos
“Segundo a mais elevada doutrina dos egípcios,
que era a base teórica dos mais altos graus de
iniciação, a alma do homem deve finalmente
retornar ao Ser divino do qual foi irradiada
anteriormente, esse retorno era chamado
"tornar-se Osíris". Entendiam o homem, mesmo
aqui na terra, como um potencial Osíris. Em seu
manual secreto de iniciação, O Livro dos Mortos, a
alma liberta do candidato é instruída a se proteger,
em suas longas e perigosas jornadas pelo
submundo, não apenas usando amuletos, mas
também proclamando com ousadia: "Eu sou
Osíris".” Brunton, Paul. Egito Secreto, 2022, Pág. 239.
3. Como ler o livro dos mortos e
seus ensinamentos místicos
O Livro dos Mortos do Antigo Egito, de autores
anônimos, é um dos textos mais antigos e importantes
da literatura egípcia. Trata-se de uma junção de
textos mágicos, religiosos, funerários e discursos
feitos pelos egípcios quando enterravam os mortos,
para facilitar a jornada dos desencarnados em sua
passagem para a morte. Possui em torno de 190
capítulos.
● Per-em-hru (Livro da Chegada à Luz) em egípcio.
● Kitabul-maitim (O Livro dos Mortos) em árabe.
4. COMO LER O LIVRO DOS MORTOS E SEUS ENSINAMENTOS MÍSTICOS
O Livro dos Mortos, apesar de assim chamado não é exatamente um
livro, mas sim, uma coleção de textos, escritos em hieróglifos e
hieráticos, que tratava das instruções para o falecido na vida após
a morte, textos esses produzidos por vários escribas diferentes em
momentos diferentes e que também possui trechos em diversos
lugares, como paredes, tumbas, papiros, couro, nos linhos que
envolvia a múmia e foi encontrado até mesmo dentro da máscara
dourada do Rei Tutancâmon.
A descoberta foi feita pelo egiptólogo Jean-François Champollion no
Museu de Turim, por volta de 1830. Foram datados do Império Novo,
1550 a.C., até o período de dominação greco-romana em 332 a.C.-395
d.C. e em sua maior parte encontrados em Tebas.
5. O “Livro dos Mortos” marca um
momento decisivo na história não
somente da literatura funerária
egípcia, mas do próprio ser humano
diante de questões universais como
a existência de uma alma imortal, as
consequências das ações terrenas
em uma vida póstuma onde os
justos serão glorificados e
desfrutaram da vida eterna.
COMO LER O LIVRO DOS MORTOS E SEUS ENSINAMENTOS MÍSTICOS
6. Surge uma versão “padronizada” para o conteúdo e para a sequência
dos capítulos. Com base nesta padronização podemos estabelecer as
grandes divisões do "Livro dos Mortos" da seguinte forma:
● Nos capítulos 1 ao 16 temos a chegada do cortejo fúnebre à
necrópole, a passagem pelas Portas guardadas por “demônios”
e os hinos a Osíris e ao sol poente.
● Nos capítulos 17 a 63 a regeneração solar do Morto.
● Nos capítulos 64 a 129 a transfiguração e a regeneração do morto
além do ponto focal do "Livro dos Mortos" o julgamento da alma
onde o morto ao negar as suas faltas é justificado diante do tribunal
divino, tornando-se capaz de sair à Luz do dia.
Paul Barguet.
COMO LER O LIVRO DOS MORTOS E SEUS ENSINAMENTOS MÍSTICOS
7. ● Os capítulos 130 a 161 onde como consequência de ser um justificado
ele pode desfrutar da glorificação e viajar na Barca Solar pelo Mundo
Inferior, será cultuado nos dias dos Festivais. Temos também uma
descrição geográfica do Mundo dos Mortos e como confeccionar os
principais amuletos funerários.
● Em seguida temos os capítulos suplementares, presentes
principalmente na Recensão Saíta.
● Os capítulos 162 a 192 são fórmulas de proteção mágica e homenagens
à Osíris e Rê no Mundo Inferior.
● Os capítulos 163 a 167 são as “Amonianas” onde o deus-sol Rê aparece
com o nome de Ámun.
Paul Barguet
COMO LER O LIVRO DOS MORTOS E SEUS ENSINAMENTOS MÍSTICOS
8. COMO LER O LIVRO DOS MORTOS E SEUS ENSINAMENTOS MÍSTICOS
Página do Livro dos Mortos (XXI Dinastia) - Esta cena mostra Nedjmet e Herihor, seu marido (cujo local de
enterro nunca foi encontrado) fazendo oferendas para Osíris, Ísis e os quatro filhos de Hórus, que também
estão assistindo a uma pequena cena da pesagem do coração (britishmuseum.org)
9. Esses textos mágicos têm diferentes funções com objetivos diferentes como:
direcionar o Ka no pós morte, a comunicação com um deus específico ou ter
uma pesagem do coração no salão da verdade com mais sucesso…
“Antes, porém, destinava-se a instruir os "vivos", que, uma vez iniciados em
seus segredos, poderiam melhor preparar suas almas para o derradeiro
julgamento. Por isso, o título verdadeiro desse livro é outro; uma melhor
tradução de seu nome seria "Saída para a Luz", isto é, para o dia, para o
renascimento. Seus papiros eram comumente colocados junto ao corpo
mumificado, sob a cabeça do cadáver, conforme o costume funerário egípcio.
Outras vezes, passagens de seu texto sagrado eram transcritas nas câmaras
mortuárias, principalmente sob a forma de recitações mágicas a serem
proferidas pela alma em seus percalços no além.
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10. O falecido deveria passar por algumas provas após a
sua morte e para progredir nessas provas, a jornada
em Duat, o falecido tinha que conhecer os nome e
alguns feitiços certos para a hora certa, para que
pudessem passar as respostas corretamente aos
deuses, feitiços esses que estão descrito no Livro.
(...)Aqueles que podiam pagar uma cópia do texto
adquiriam uma espécie de seguro de vida para o
mundo do além. Se esses escritos fossem enterrados
com o defunto, este saberia exatamente o que devia
dizer quando estivesse na Sala das Duas Verdades,
submetido a julgamento por Osíris e demais deuses
e advogando por sua vida eterna.”
DERSIN, 2007, p. 152.
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11. Se tivesse cumprido os 42 princípios de
Maat (no papiro de Ani), era encaminhado
para Osíris para se cumprir a vida no além,
porém se Amet devorasse o coração
significava que ele voltaria a reencarnar na
roda de Samsara até que pudesse evoluir e
pudesse passar para uma nova etapa.
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12. O que hoje chamamos alma, corpo e espírito era para os antigos
egípcios o Ba, o Ka e o Akh. Quando o Deus Khnum modelava
cada pessoa no seu torno de oleiro, além do corpo físico (khat)
conferia-lhe outros elementos igualmente importantes para a
sobrevivência: o Ka, o Ba, o Akh, o nome (Ren) e a sombra
(shuyet). O Akh era a união dos dois elementos: o Ba e o Ka. A
destruição de um significava irremediavelmente a aniquilação
da pessoa. Embora alguns elementos, como o Ka, necessitasse
de um suporte físico, outros, como o Ba, podiam deslocar-se
pelo túmulo ou sair dele. Todos precisavam das coisas que
haviam desfrutado em vida, daí a necessidade de oferendas
físicas e em forma de baixos-relevos, bem como de fórmulas e
de um culto ao morto prestado por familiares ou por sacerdotes.
Tal como o Ba correspondia a alma/personalidade/perispírito,
o Ka se referia à força-vital/centelha divina e o Akh que era a
junção do Ba e do Ka, à força divina/ consciência
cósmica/intelecto;
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13. Para os egípcios, a alma humana era o Ba. Os egípcios
representavam o Ba como um pássaro com cabeça e, às
vezes, com mãos humanas. Como acreditavam que podia
deslocar-se dentro e fora do túmulo, talvez por isso o tenham
associado às aves migratórias que vinham ao Egito.
O Ka, representado como dois braços com as mãos
levantadas (os braços levantados destinavam-se a servir de
proteção contra ataques de forças malignas). O Ka significa a
força vital (o corpo), que acompanhava o indivíduo mesmo
após sua morte. Tal como em vida, precisava ter as suas
necessidades físicas satisfeitas, por isso os sacerdotes do Ka
encarregavam-se de oferecer-lhe tudo o que era necessário.
Quando o Ka e o Ba se reencontravam no pós vida,
havia a iluminação, o encontro com a consciência cósmica
- Por isso a ajuda dos feitiços, mumificação…
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14. Quando alguém falecia, seu
coração era pesado em uma
balança. Os bons e justos
teriam um coração (Ib/Ab)
leve – mais leve que a pluma
de avestruz que Maat, a deusa
da verdade, da Justiça, da
ordem e do caminho reto
carrega em sua cabeça – e
seguiriam para a vida eterna.
Os de coração pesado não
podiam alcançar a eternidade
e tinham suas almas
destruídas.
COMO LER O LIVRO DOS MORTOS E SEUS ENSINAMENTOS MÍSTICOS
Balança de Maat
15. A pena de Maat simbolizava a
justiça e a verdade e os mortos
deviam em vida seguir o chamado
caminho de Maat para que fossem
recompensados com a vida eterna.
Salão das duas verdades
Duat: Submundo (não é
necessariamente negativo
como na visão cristã)
Aaru: Paraíso
COMO LER O LIVRO DOS MORTOS E SEUS ENSINAMENTOS MÍSTICOS
16. Salão das duas verdades
Historicamente esta vida no além esteve de
início reservada ao rei, tendo a partir do
Império Médio se alargado a toda a população.
Contudo, para se poder ascender a esta vida
era necessário ter levado uma vida de acordo com Maat,
conceito egípcio que traduz a ideia da ordem universal
marcada pela justiça e pela harmonia.
O espírito Ba tinha que passar pelas provas, labirintos tinha que
passar pelo submundo para chegar no salão das duas
verdades, para que o coração fosse pesado. Estavam presentes
Osíris, sentado no trono, e quarenta e dois juízes.
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17. O morto deveria passar pela confissão
dos 42 princípios de Maat, registrada
no capítulo 125 do Livro dos Mortos.
O coração era colocado num dos pratos e uma
pena de avestruz (a representação da leveza ou
do coração da deusa Maat) colocada no outro
prato. Anúbis guiava o morto, enquanto Toth
escrevia o resultado. Perto da balança
encontra-se a deusa Ammit ou a Grande
Devoradora, o de coração leve seguia para
Sekhet Aaru.
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18. COMO LER O LIVRO DOS MORTOS E SEUS ENSINAMENTOS MÍSTICOS
FEITIÇO 95
Feitiço para estar ao lado de
thoth [nome do falado]
Dizer: eu sou o terror na
tempestade e guardo a grande
cobra real em conflito. o afiado
fere por mim; isso esfria os
oponentes para mim. atuei em
nome da grande cobra real em
conflito. eu mantenho afiado a
lâmina na mão de thoth nas
tempestades.
Traduzido por Jean Reinert
FEITIÇO 159
Para o papiro-amuleto de feldspato colocado na
garganta do bem-aventurado. A ser dito perante
osíris [nome do falado]
Ó tu que hoje sais da casa de deus, voz do grande,
envolva-o à porta dos bancos dos gêmeos. ela recebeu
o poder mágico de seu pai, esse eminente, como touro
da virgem. aqueles que estão no seu treino a
receberam; agora alguns, agora outros, já o usaram.
Para ser dito sobre um amuleto de papiro de
feldspato, no qual está inscrito esse feitiço, coloque na
garganta do bem-aventurado.
21. Papiro de Ebers: Magia e Arte da Cura ao
longo da história (Sociedades Secretas)
É um tratado de medicina mágica, que
está preservado em perfeita condição na
universidade de Leipzig, Alemanha,
encontrado em uma tumba na região de
Tebas e foi batizado em homenagem ao
monge alemão Georg Ebers, que os
adquiriu em 1873.
Foi encontrado entre os restos de uma
múmia, em um túmulo, próximo a Tebas.
22. O papiro contém mais de 700 fórmulas mágicas e remédios
populares, além de uma descrição precisa do sistema
circulatório. Os egípcios mostram o grau de compreensão do o
PAPIRO DE EBERS: MAGIA E ARTE DA CURA AO LONGO DA HISTÓRIA (SOCIEDADES SECRETAS)
corpo humano, a sua
estrutura, o trabalho dos
vasos sanguíneos e do
coração, anatomia e
fisiologia, e magias de
toxicologia.
23. A farmacologia do antigo Egito constituía uma grande parte
da medicina da época, como se pode ver pelo chamado
Papiro de Ebers. Os antigos egípcios desenvolveram uma
fusão entre a medicina empírica e a medicina mágica.
Com uma grande auréola mística, cada receita envolvia uma
complexa preparação de medicamentos, em que os compostos
provinham do reino mineral, vegetal, animal ou de substâncias
provindas de combinações das três origens. Encontra-se nesse
papiro, diversos remédios contra o cancro, as doenças de pele,
as perturbações ginecológicas e entre outras doenças.
De acordo com os papiros, houve perto de 2.000 doutores em
ervas praticando sua arte no Egito por volta do ano 2.000 a.C.
PAPIRO DE EBERS: MAGIA E ARTE DA CURA AO LONGO DA HISTÓRIA (SOCIEDADES SECRETAS)
24. As pedras preciosas e os cristais têm sido usados através
dos tempos pelas suas qualidades de cura. Nos registros
recomendava-se o uso do lápis-lazúli, como ingredientes
de pomadas para a vista. A hematita, um óxido de ferro,
era usada nas hemorragias e para reduzir inflamações.
Existem 14 rolos de papiros médicos, em diferentes
estados de conservação, a maior parte correspondendo
ao Império Médio (2.050-1.800 anos a. C.), mas contendo
referências ao Império Antigo (2.700-2.185 anos a.C.).
PAPIRO DE EBERS: MAGIA E ARTE DA CURA AO LONGO DA HISTÓRIA
25. O papiro médico Ebers, mostra a maneira como Imhotep
misturava a magia com a medicina, suas fórmulas e remédios
estão cheios de rezas e encantamentos, pois ele acreditava que
a medicina não curaria sem que recebesse poder através da
energia da palavra. Seus textos e ensinamentos passaram
secretamente de geração em geração durante milênios e são a
base dos conhecimentos gnósticos, Templários, Illuminatis, Rosa
Cruz e Maçom. A magia fazia parte do costume dos egípcios
PAPIRO DE EBERS: MAGIA E ARTE DA CURA AO LONGO DA HISTÓRIA
26.
27. Algumas prescrições
Jean Reinert em Egiptologia em 12 passos.
PARA ACABAR COM OS
TREMORES NAS MÃOS
Incenso (olíbano)
Cominho
Cera de Abelha
Chumbo Vermelho "(tóxico)
Excremento dos deuses
*(não se sabe o que é)
Mel
Figos
Terra de chumbo fresca
(Terra rica em chumbo)
MODO DE PREPARO
Cozinhe tudo junto e
aplique a massa como um
emplastro.
PARA ACALMAR COCEIRA
NA PELE
Papiro do Campo (planta
usada para produzir papiro)
Farinha de cebola
Incenso
Suco de tâmara selvagem
MODO DE PREPARO
Misture até ficar homogêneo e
aplique sobre a região afetada
(pomada)
"Olhe para ele porque este é o
verdadeiro remédio. Foi
encontrado entre os remédios
comprovados no Templo do
Deus, Osíris. É um remédio
que afasta a coceira de
qualquer membro de uma
pessoa. Sim, cura de uma
vez.Você verá."
REMÉDIO PARA RELAXAR OS NERVOS
Fruta da Palmeira Dom, feijões, grãos-amaa,
cebolas, lascas da árvore de cedro, lascas-da-
amoreira, lascas-do-salgueiro, lascas-do-
Zizyphus-Lotus (planta), lascas-do-sicômoro
(figueira), lascas-da-árvore- uan, Resina-de-
Acanto, Resina-do-Zizyphus- Lotus, Resina-da-
árvore, Resina-do-sicômoro (queira), Milho
Vermelho, Bagas da árvore- am, óleo branco,
óleo de ganso, esterco de porco, bagas de
sambucus, mira, alho, ervas do campo,
espinhos do ciperus (papiro), Melancia, planta
de cevada, funcho, abu (planta-do-delta),
refugo-do-planta-de-linho, sal mineral, anab
(planta), chumbo vermelho, terra com
chumbo fresca, natrão, gordura-de-boi, peças
de sasa (desconhecido)
MODO DE PREPARO
Misture tudo junto e aplique a massa como
um emplastro.