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A SAÚDE DA PESSOA
IDOSA
Prevenção de Problemas
Miguel Teixeira
Gondomar
IEFP – Centro de Formação Profissional
do Sector Terciário do Porto
Objectivos
 Reconhecer a importância dos factores que
contribuem para a promoção da saúde;
 Reconhecer os problemas de saúde mais
comuns na terceira idade;
 Identificar o estado do doente terminal em
domicílio, aplicando os métodos e as técnicas
de avaliação e prevenção;
 Prestar cuidados, sob orientação, ao idoso em
fase terminal.
2
Promoção
da Saúde
Problemas
de Saúde
Métodos e
técnicas
aplicados ao
doente terminal
Cuidados em
fase terminal
3
O que é “Saúde”?
4
Definição de Saúde
 « Estado de completo bem-estar
físico, mental e social e não
consistindo somente da ausência de
uma doença ou enfermidade. » OMS
5
Definição de Doença
 É a perda da homeostasia corporal, total ou
parcial, estado este que pode cursar devido a
infecções, inflamações, isquémias,
modificações genéticas, sequelas de trauma,
hemorragias, neoplasias ou disfunções
orgânicas.
6
Definição de Contágio
 Forma de transmissão de um agente
patogénico.
 Pode ser por via:
• Aérea;
• Contacto;
• Ingestão.
7
Envelhecimento
8
“Se um dia chegares aos oitenta anos, compreenderás que,
nessa idade, as pessoas sentem-se como folhas em finais de
Setembro. (...). Ainda se está suspenso lá em cima, mas sabe-
-se que é por pouco tempo, uma após outra, as folhas
vizinhas vão caindo, vê-las cair, vives no terror de que o
vento se erga.”
Susanna Tamaro
9
O Envelhecimento na nossa
sociedade…
 A velhice hoje em dia, dificilmente se pode
comparar com um entardecer tranquilo.
 Muitos idosos vivem dramas, sem casa, sem
apoio familiar, sem afecto..
10
A Organização Mundial de Saúde (OMS)
estabeleceu em 1984 seis objectivos para os
cuidados prestados aos idosos:
Contribuir para que o idoso morra tranquilo;
Dar suporte à família do idoso;
Manter a qualidade de vida;
Manter o idoso no lugar que ele deseja;
Prevenir a queda de aptidões funcionais;
Proporcionar assistência de qualidade.
11
Devido a diversas situações próprias da idade
o idoso começa a perder credibilidade
Assegurar os direitos dos idosos
bem como a sua integridade física e mental.
A pessoa idosa não passa a ter mais direitos pelo
facto de ter mais idade, os direitos mantêm-se.
Não se deve considerar os idosos como “menores
incapacitados”, mas antes “maiores
capacitados”.
12
Direitos dos idosos
 Direito de viver decentemente e com dignidade, com
bem-estar suficiente;
 Direito de se deslocar livremente, de maneira razoável e
com facilidade;
 Direito de prosseguir uma carreira ou os seus próprios
interesses, sem ser penalizado pela sua idade;
13
 Direito de expressar a sua opinião
relativamente a qualquer assunto;
 Direito aos serviços de saúde, bem-estar e
prevenção, bem como educação;
 Direito a ser atendido em caso de doença,
necessidade ou urgência;
 Direito à paz, intimidade e a participar nas
actividades que mais lhe interessem;
14
 Direito de protecção e segurança em relação aos
diferentes riscos, de acordo com a crescente perda
de autonomia, saúde física ou mental;
 Direito a agir em caso de injustiça;
 Direito de viver uma vida plena e
respeitável, bem como qualquer outro cidadão em
qualquer idade;
15
 Direito à salvaguarda da dignidade da terceira idade e
ao respeito pela vida privada;
 Direito a usufruir de todos os seus bens;
 Direito ao respeito pela propriedade privada;
 Direito a não ser tratado como marginal;
16
 Direito ao segredo profissional;
 Direito judiciário e político, apesar de reformado;
 Direito a um alojamento decente, se necessário cedido
pelo estado, no que diz respeito ao apoio domiciliário,
internamento, residência, centro de acolhimento, etc.
17
A pessoa
idosa
tem
direito a:
Existência
Física
Existência
Económica
Existência
Social
Existência
Cultural
Dispor de
si
Próprio
18
Como já foi referido os idosos não perdem ou ganham
direitos pelo facto de terem mais idade. São
cidadãos como todos nós.
É necessário dar conhecimento aos nossos idosos,
no sentido de que eles se possam defender melhor
e saber como agir.
Apesar de tudo, os idosos, continuam a ser um alvo
fácil no que diz respeito às mais diversas formas de
exploração, devido à sua vulnerabilidade.
19
Apesar dos direitos enumerados não terem força
legal, deveriam ter força moral, uma vez que são
inúmeros os atentados à integridade do ser
humano, nomeadamente às pessoas idosas, que
por vezes se tornam mais frágeis, devido,
sobretudo, às limitações físicas.
Parte de cada um respeitar o próximo e proporcionar
um ambiente saudável e habitável.
20
Exercício
Teorias do Envelhecimento…
21
Ideias pré-concebidas
 Biomedicalização do envelhecimento:
o Encara a velhice como espécie de doença;
o Leva a comportamentos de afastamento,
menor actividade, maior dependência…
22
 Mito da improdutividade:
o Afirma que o idoso não é capaz de
trabalhar, de ser criativo e de dar um
contributo positivo para a sociedade.
23
 Mito da assexualização:
o Diz que o idoso perde o interesse e a
capacidade para uma vida sexual activa;
o Tem necessidade de afecto, carinho e
companhia;
o Esta faceta é indispensável ao equilíbrio
emocional e psíquico.
24
 Infantilização:
o Tratar os idosos como crianças;
o Tratamento por “tu”.
25
Envelhecimento…
 É o processo contínuo e global que atinge
os diversos tecidos, órgãos e funções.
26
Envelhecimento
 Depende de:
o Estrutura física;
o Estrutura psíquica;
o Hereditariedade;
o História de vida;
27
o História sanitária;
o Realização profissional;
o Ambiente familiar;
o Actividade profissional;
o Sociedade em que vive..
28
Aspecto exterior
 Calvície;
 Rugas;
 Ausência de dentes;
 Bolsas palpebrais;
 Andar encurvado;
 Diminuição da estatura.
29
Idoso
Perda de Identidade
+
Desvalorização
30
 O idoso é visto como um “fardo”, tanto a nível
monetário, porque não produz nem paga
impostos, como a nível familiar, porque passa
a ser dependente e a família tem que cuidar
dele.
31
Segredo da Juventude
 Manutenção das actividades:
o Física;
o Mental;
o Social.
32
10 Mandamentos da Saúde
1. Evitar consumo/excesso de sal;
2. Evitar consumo abusivo de álcool;
3. Evitar consumo diário de doces e açucares;
4. Evitar fritos e assados;
5. Não fumar ou consumir outras drogas;
33
6. Não abusar do café;
7. Evitar a obesidade;
8. Evitar o sedentarismo;
9. Evitar o stress;
10. Consultar o médico regularmente.
34
Riscos previsíveis para os
idosos
 Confusão nocturna;
 Quedas;
 Fracturas sem traumatismo evidente
identificado (“ossos de porcelana”);
 Úlceras de decúbito;
 Endurecimento fecal e retenção urinária;
35
 Incontinência urinária;
 Exposição aos meios de diagnóstico e
tratamento;
 Convalescenças prolongadas e tratamento;
 Ausência de familiares próximos vivos.
36
Causas gerais de morte dos
idosos
 Acidentes;
 Doenças naturais
 Suicídio;
 Homicídio;
 Indeterminada.
AVC
Neoplasias
Cardiovasculares
37
Idosos de alto risco
 Idade >80 anos;
 Idosos sós;
 Idosos solteiros e/ou viúvos;
 Idosos internados;
38
 Idosos sem família;
 Idosos com doenças crónicas e invalidez;
 Idosos com o cônjuge doente;
 Miséria económica.
39
Idosos em situação asilar
 Imposição familiar;
 Ausência de família;
 Alcoolismo + tabagismo;
 Analfabetismo;
 Má situação económica;
40
 Depressão e isolamento;
 Privacidade;
 Incapacidades físicas;
 Doenças físicas e mentais;
 Limitações nas actividades lúdicas…
41
Características patológicas da
velhice
42
Fenómeno das doenças
múltiplas
 Diagnósticos e tratamentos complicados;
 Média de 6 doenças por idoso;
 Interacção de sistemas com disfunções
(doença cardíaca+doença respiratória+doença renal)
 Debilitação e dependência;
 Prevenção e actuação lenta e não
precoce.
43
Cuidados ao doente idoso
inválido
 Apoio à família (autonomia);
 Cadeiras de rodas próprias e modernas;
 Muletas e bengalas por medida;
 Adaptações arquitéctónicas.
44
45
Medidas Preventivas
46
Prevenção primária , secundária e terciária
 Todas as medidas preventivas dirigidas à
3ªidade, deverão ter só um objectivo!!
 AUTO-SUFICIÊNCIA
47
 Realizar tarefas diárias;
 Dar independência da família;
 Continuação da sua relação social.
Auto-suficiência
48
 Passa por todas as medidas a tomar no intuito
de evitar que a doença se estabeleça;
 Detecção precoce da patologia do idoso;
 Conselhos educativos para idoso/família;
 Respeitar a decisão do idoso e família;
Prevenção Primária
49
 Consciencializar família/vizinhos de
participarem na integração do idoso no meio;
 Cumprimento das indicações médicas em
relação aos cuidados de higiene e dietéticas;
 Ponto chave: Ocupação dos tempos livres!
 Importância do voluntariado;
 Planos de preparação para a reforma.
50
 São medidas aplicadas para a prevenção de
complicações decorrentes de uma
determinada doença.
Prevenção Secundária
51
 Controlo de alterações posturais;
 Correcção de atitudes e posturas viciosas;
 Prevenção de infecções intercorrentes;
 Mudança periódica de sondas;
 Preparação psicológica do idoso doente/família;
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52
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A saúde da pessoa idosa e prevenção de problemas

  • 1. A SAÚDE DA PESSOA IDOSA Prevenção de Problemas Miguel Teixeira Gondomar IEFP – Centro de Formação Profissional do Sector Terciário do Porto
  • 2. Objectivos  Reconhecer a importância dos factores que contribuem para a promoção da saúde;  Reconhecer os problemas de saúde mais comuns na terceira idade;  Identificar o estado do doente terminal em domicílio, aplicando os métodos e as técnicas de avaliação e prevenção;  Prestar cuidados, sob orientação, ao idoso em fase terminal. 2
  • 3. Promoção da Saúde Problemas de Saúde Métodos e técnicas aplicados ao doente terminal Cuidados em fase terminal 3
  • 4. O que é “Saúde”? 4
  • 5. Definição de Saúde  « Estado de completo bem-estar físico, mental e social e não consistindo somente da ausência de uma doença ou enfermidade. » OMS 5
  • 6. Definição de Doença  É a perda da homeostasia corporal, total ou parcial, estado este que pode cursar devido a infecções, inflamações, isquémias, modificações genéticas, sequelas de trauma, hemorragias, neoplasias ou disfunções orgânicas. 6
  • 7. Definição de Contágio  Forma de transmissão de um agente patogénico.  Pode ser por via: • Aérea; • Contacto; • Ingestão. 7
  • 9. “Se um dia chegares aos oitenta anos, compreenderás que, nessa idade, as pessoas sentem-se como folhas em finais de Setembro. (...). Ainda se está suspenso lá em cima, mas sabe- -se que é por pouco tempo, uma após outra, as folhas vizinhas vão caindo, vê-las cair, vives no terror de que o vento se erga.” Susanna Tamaro 9
  • 10. O Envelhecimento na nossa sociedade…  A velhice hoje em dia, dificilmente se pode comparar com um entardecer tranquilo.  Muitos idosos vivem dramas, sem casa, sem apoio familiar, sem afecto.. 10
  • 11. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabeleceu em 1984 seis objectivos para os cuidados prestados aos idosos: Contribuir para que o idoso morra tranquilo; Dar suporte à família do idoso; Manter a qualidade de vida; Manter o idoso no lugar que ele deseja; Prevenir a queda de aptidões funcionais; Proporcionar assistência de qualidade. 11
  • 12. Devido a diversas situações próprias da idade o idoso começa a perder credibilidade Assegurar os direitos dos idosos bem como a sua integridade física e mental. A pessoa idosa não passa a ter mais direitos pelo facto de ter mais idade, os direitos mantêm-se. Não se deve considerar os idosos como “menores incapacitados”, mas antes “maiores capacitados”. 12
  • 13. Direitos dos idosos  Direito de viver decentemente e com dignidade, com bem-estar suficiente;  Direito de se deslocar livremente, de maneira razoável e com facilidade;  Direito de prosseguir uma carreira ou os seus próprios interesses, sem ser penalizado pela sua idade; 13
  • 14.  Direito de expressar a sua opinião relativamente a qualquer assunto;  Direito aos serviços de saúde, bem-estar e prevenção, bem como educação;  Direito a ser atendido em caso de doença, necessidade ou urgência;  Direito à paz, intimidade e a participar nas actividades que mais lhe interessem; 14
  • 15.  Direito de protecção e segurança em relação aos diferentes riscos, de acordo com a crescente perda de autonomia, saúde física ou mental;  Direito a agir em caso de injustiça;  Direito de viver uma vida plena e respeitável, bem como qualquer outro cidadão em qualquer idade; 15
  • 16.  Direito à salvaguarda da dignidade da terceira idade e ao respeito pela vida privada;  Direito a usufruir de todos os seus bens;  Direito ao respeito pela propriedade privada;  Direito a não ser tratado como marginal; 16
  • 17.  Direito ao segredo profissional;  Direito judiciário e político, apesar de reformado;  Direito a um alojamento decente, se necessário cedido pelo estado, no que diz respeito ao apoio domiciliário, internamento, residência, centro de acolhimento, etc. 17
  • 19. Como já foi referido os idosos não perdem ou ganham direitos pelo facto de terem mais idade. São cidadãos como todos nós. É necessário dar conhecimento aos nossos idosos, no sentido de que eles se possam defender melhor e saber como agir. Apesar de tudo, os idosos, continuam a ser um alvo fácil no que diz respeito às mais diversas formas de exploração, devido à sua vulnerabilidade. 19
  • 20. Apesar dos direitos enumerados não terem força legal, deveriam ter força moral, uma vez que são inúmeros os atentados à integridade do ser humano, nomeadamente às pessoas idosas, que por vezes se tornam mais frágeis, devido, sobretudo, às limitações físicas. Parte de cada um respeitar o próximo e proporcionar um ambiente saudável e habitável. 20
  • 22. Ideias pré-concebidas  Biomedicalização do envelhecimento: o Encara a velhice como espécie de doença; o Leva a comportamentos de afastamento, menor actividade, maior dependência… 22
  • 23.  Mito da improdutividade: o Afirma que o idoso não é capaz de trabalhar, de ser criativo e de dar um contributo positivo para a sociedade. 23
  • 24.  Mito da assexualização: o Diz que o idoso perde o interesse e a capacidade para uma vida sexual activa; o Tem necessidade de afecto, carinho e companhia; o Esta faceta é indispensável ao equilíbrio emocional e psíquico. 24
  • 25.  Infantilização: o Tratar os idosos como crianças; o Tratamento por “tu”. 25
  • 26. Envelhecimento…  É o processo contínuo e global que atinge os diversos tecidos, órgãos e funções. 26
  • 27. Envelhecimento  Depende de: o Estrutura física; o Estrutura psíquica; o Hereditariedade; o História de vida; 27
  • 28. o História sanitária; o Realização profissional; o Ambiente familiar; o Actividade profissional; o Sociedade em que vive.. 28
  • 29. Aspecto exterior  Calvície;  Rugas;  Ausência de dentes;  Bolsas palpebrais;  Andar encurvado;  Diminuição da estatura. 29
  • 31.  O idoso é visto como um “fardo”, tanto a nível monetário, porque não produz nem paga impostos, como a nível familiar, porque passa a ser dependente e a família tem que cuidar dele. 31
  • 32. Segredo da Juventude  Manutenção das actividades: o Física; o Mental; o Social. 32
  • 33. 10 Mandamentos da Saúde 1. Evitar consumo/excesso de sal; 2. Evitar consumo abusivo de álcool; 3. Evitar consumo diário de doces e açucares; 4. Evitar fritos e assados; 5. Não fumar ou consumir outras drogas; 33
  • 34. 6. Não abusar do café; 7. Evitar a obesidade; 8. Evitar o sedentarismo; 9. Evitar o stress; 10. Consultar o médico regularmente. 34
  • 35. Riscos previsíveis para os idosos  Confusão nocturna;  Quedas;  Fracturas sem traumatismo evidente identificado (“ossos de porcelana”);  Úlceras de decúbito;  Endurecimento fecal e retenção urinária; 35
  • 36.  Incontinência urinária;  Exposição aos meios de diagnóstico e tratamento;  Convalescenças prolongadas e tratamento;  Ausência de familiares próximos vivos. 36
  • 37. Causas gerais de morte dos idosos  Acidentes;  Doenças naturais  Suicídio;  Homicídio;  Indeterminada. AVC Neoplasias Cardiovasculares 37
  • 38. Idosos de alto risco  Idade >80 anos;  Idosos sós;  Idosos solteiros e/ou viúvos;  Idosos internados; 38
  • 39.  Idosos sem família;  Idosos com doenças crónicas e invalidez;  Idosos com o cônjuge doente;  Miséria económica. 39
  • 40. Idosos em situação asilar  Imposição familiar;  Ausência de família;  Alcoolismo + tabagismo;  Analfabetismo;  Má situação económica; 40
  • 41.  Depressão e isolamento;  Privacidade;  Incapacidades físicas;  Doenças físicas e mentais;  Limitações nas actividades lúdicas… 41
  • 43. Fenómeno das doenças múltiplas  Diagnósticos e tratamentos complicados;  Média de 6 doenças por idoso;  Interacção de sistemas com disfunções (doença cardíaca+doença respiratória+doença renal)  Debilitação e dependência;  Prevenção e actuação lenta e não precoce. 43
  • 44. Cuidados ao doente idoso inválido  Apoio à família (autonomia);  Cadeiras de rodas próprias e modernas;  Muletas e bengalas por medida;  Adaptações arquitéctónicas. 44
  • 45. 45
  • 46. Medidas Preventivas 46 Prevenção primária , secundária e terciária
  • 47.  Todas as medidas preventivas dirigidas à 3ªidade, deverão ter só um objectivo!!  AUTO-SUFICIÊNCIA 47
  • 48.  Realizar tarefas diárias;  Dar independência da família;  Continuação da sua relação social. Auto-suficiência 48
  • 49.  Passa por todas as medidas a tomar no intuito de evitar que a doença se estabeleça;  Detecção precoce da patologia do idoso;  Conselhos educativos para idoso/família;  Respeitar a decisão do idoso e família; Prevenção Primária 49
  • 50.  Consciencializar família/vizinhos de participarem na integração do idoso no meio;  Cumprimento das indicações médicas em relação aos cuidados de higiene e dietéticas;  Ponto chave: Ocupação dos tempos livres!  Importância do voluntariado;  Planos de preparação para a reforma. 50
  • 51.  São medidas aplicadas para a prevenção de complicações decorrentes de uma determinada doença. Prevenção Secundária 51
  • 52.  Controlo de alterações posturais;  Correcção de atitudes e posturas viciosas;  Prevenção de infecções intercorrentes;  Mudança periódica de sondas;  Preparação psicológica do idoso doente/família;  Evitar a readmissão no meio hospitalar. Prevenção Terciária 52
  • 53. 53