SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 2
Reconhecimento e Avaliação das Exposições a Ruído
A. Reconhecimento inicial:
Todos os funcionários cuja exposição exceda a 75 dB(A) devem ser identificados através de algum
procedimento interno:
• Inventário do ruído por grupos homogêneos
• Dados de monitorações passadas
• Queixas dos funcionários em locais de difícil comunicação devido ao ruído;
• Monitoração de "varredura" usando o decibelímetro;
• Outros.
B. Monitoração:
É necessário obter medições representativas, mínimo de 4 horas, da exposição dos grupos
homogêneos, se possível com valores de área e da dose diária dos diferentes grupos.
Algumas condutas devem ser adotadas, dentre elas destacam-se:
• As medições devem obedecer as normas técnicas (ver ISO 1999/90, 1986-I:1982 e ISO 1996-
2:1987).
• A medição de ruído deve ser precedida de estudo preliminar para que se avalie a melhor forma
de coletar os dados.
Alguns objetivos secundários deve ser atingidos, dentre eles temos:
1. Obter o Leq ou Dose de exposição do funcionário;
2. Determinar o risco de dano auditivo;
3. Avaliar se o ruído interfere na comunicação oral e no reconhecimento de sinais acústicos
necessários ao trabalho;
4. Identificar e avaliar as fontes de ruído;
5. Verificar a implantação eficaz de dispositivos de atenuação de ruído;
6. Identificar os funcionários que vão participar do PCA;
7. Priorizar esforços de controle de ruído, definir e estabelecer práticas de proteção auditiva;
8. Verificar a presença de produtos químicos e tóxicos;
9. Avaliar ritmo, jornada e organização do trabalho.
B.1) Métodos de Monitoração
As medições devem refletir com exatidão as exposições dos funcionários, sendo que os dados de
área conjugados com a distribuição de tempo, podem ser usados para estimar a Dose, em locais
onde os níveis de ruído são relativamente constantes.
Em ambientes e/ou funções onde ocorrem grandes flutuações na intensidade de ruído e/ou onde as
Doses estimadas estão muito próximas dos níveis aceitáveis, dá-se preferência à monitoração
pessoal.
B.1.1) Monitoração de Área
Para a monitoração de área é necessário termos os procedimentos escritos e em conformidade com
os padrões governamentais e, quando estes padrões não forem específicos, de acordo com os
padrões internacionais, tais como ANSI:4-1983 ou IEC:651. Os decibelímetros devem ser usados na
escala "A" e na resposta lenta para medições de ruído contínuo. Os picos de ruído de impulso devem
ser medidos com decibelímetros com capacidade para detectar os picos, sendo que pela Legislação
brasileira aceita-se usar o decibelímetro na escala "C", com resposta rápida. Todos os detalhes da
condução das medições e critérios utilizados devem estar escritos em procedimentos à parte.
B.1.2) Monitoração Pessoal
Os dosímetros de ruído também devem seguir os padrões do governo e internacionais, como os da
ANSI: S1.25-1978 ou ISO:1999. O microfone deve ser colocado próximo do ouvido do funcionário e,
como mínimo, o instrumento deve integrar todo ruído contínuo, intermitente e impulsivo entre 75 e
130 dB(A).
O microfone deve ser colocado no local onde eventualmente esteja a cabeça do trabalhador, se este
estiver ausente. Se o indivíduo estiver presente, o microfone deve ser colocado 10 cm. Próximo ao
pavilhão auditivo, direcionando-o para a fonte geradora de ruído. O corpo do técnico de avaliação deve
ficar o mais distante possível do microfone, pois pode produzir interferências nos resultados. O corpo do
técnico não deve ficar entre a fonte geradora de ruído e o microfone. Em caso de dosimetria de ruído, o
microfone deve ser preso na gola da camisa do trabalhador.
O trabalhador deve acompanhar e ser informado dos resultados das medições.
B.2) Calibração dos Equipamentos de Monitoração
Para assegurar a exatidão e a precisão dos dados de monitoração, os decibelímetros e
audiodosímetros devem ser calibrados de acordo com as recomendações do fabricante, antes e
após cada dia de trabalho. Os calibradores também seguem as normas internacionais.
B.3) Monitorações Adicionais / Periodicidade
O monitoramento de ruído deverá possuir a seguinte periodicidade:
• Onde for detectado o risco de dano auditivo, 1 vez por ano.
• Onde for detectado risco de interferência nas comunicações, desconforto ou ultrapassagem dos
critérios legais, 1 vez a cada 2 anos.
• Em toda a empresa, incluídos os escritórios, almoxarifados, etc., 1 vez a cada 3 anos.
• Sempre que houver modificações das condições ambientais em relação aos níveis de ruído, seja
por modificações da área de trabalho, por implantação de medidas corretivas, por adição ou
redução de equipamentos ruidosos, ou quaisquer outros, deve-se proceder novas medições e
estimativas das Doses e/ou monitoração pessoal no prazo de 60 dias
Obs.:
Todas as máquinas e áreas onde os níveis de ruído excedem aos valores estabelecidos em critérios,
devem ser imediatamente designadas de "Áreas de Risco de Ruído", mesmo se as medidas de controle
possam ser adotadas a longo prazo.
Sinais de alerta devem ser mostrados em pontos de acesso a áreas de risco de ruído, não sendo,
geralmente, necessário que sejam demarcadas todas as máquinas dentro da área de risco, já que
poderia levar a uma proliferação de sinais, diminuindo o impacto desejado.

Mais conteúdo relacionado

Destaque

Destaque (20)

Retyrospectiva meio
Retyrospectiva meioRetyrospectiva meio
Retyrospectiva meio
 
Teste com anotações
Teste com anotaçõesTeste com anotações
Teste com anotações
 
AUTO5
AUTO5AUTO5
AUTO5
 
Borrador horarios
Borrador horariosBorrador horarios
Borrador horarios
 
Tpc caligrafia k
Tpc caligrafia kTpc caligrafia k
Tpc caligrafia k
 
Abrigo de ônibus - Setur
Abrigo de ônibus - SeturAbrigo de ônibus - Setur
Abrigo de ônibus - Setur
 
20150318142522269 0001
20150318142522269 000120150318142522269 0001
20150318142522269 0001
 
Como mudar os rumos da economia do brasil
Como mudar os rumos da economia do brasilComo mudar os rumos da economia do brasil
Como mudar os rumos da economia do brasil
 
2 listade exercicios_eletromag_i_1s_2015
2 listade exercicios_eletromag_i_1s_20152 listade exercicios_eletromag_i_1s_2015
2 listade exercicios_eletromag_i_1s_2015
 
Tema
TemaTema
Tema
 
Tabela PE Feminino
Tabela PE FemininoTabela PE Feminino
Tabela PE Feminino
 
Divisiones 2 cifras
Divisiones 2 cifrasDivisiones 2 cifras
Divisiones 2 cifras
 
Convocação cmsi 10 12-2015 - final
Convocação cmsi  10 12-2015 - finalConvocação cmsi  10 12-2015 - final
Convocação cmsi 10 12-2015 - final
 
WIP na vida pessoal - Parte II
WIP na vida pessoal - Parte IIWIP na vida pessoal - Parte II
WIP na vida pessoal - Parte II
 
el sueño de Susana
el sueño de Susanael sueño de Susana
el sueño de Susana
 
Calendario 2015 16
Calendario 2015 16Calendario 2015 16
Calendario 2015 16
 
Videos divertidos
Videos divertidosVideos divertidos
Videos divertidos
 
crm
crmcrm
crm
 
2015 nota sobre o momento nacional
2015   nota sobre o momento nacional2015   nota sobre o momento nacional
2015 nota sobre o momento nacional
 
Gestão do conhecimento_para_a_inovação_e_criatividade_na_empresa
Gestão do conhecimento_para_a_inovação_e_criatividade_na_empresaGestão do conhecimento_para_a_inovação_e_criatividade_na_empresa
Gestão do conhecimento_para_a_inovação_e_criatividade_na_empresa
 

Semelhante a Reconhecimento e avaliação das exposições a ruído katita

Relatório de vibrações acústica
Relatório de vibrações acústicaRelatório de vibrações acústica
Relatório de vibrações acústicaLeandro Ribeiro
 
Trabalho Higiene III - NHO01 (FINALIZADO).pptx
Trabalho Higiene III - NHO01 (FINALIZADO).pptxTrabalho Higiene III - NHO01 (FINALIZADO).pptx
Trabalho Higiene III - NHO01 (FINALIZADO).pptxjessicathaisacm
 
COMPARAÇÃO DA NR-15 (anexo 1 e 2 Ruido) e NHO-1(RUIDO)
COMPARAÇÃO DA NR-15 (anexo 1 e 2 Ruido) e NHO-1(RUIDO)COMPARAÇÃO DA NR-15 (anexo 1 e 2 Ruido) e NHO-1(RUIDO)
COMPARAÇÃO DA NR-15 (anexo 1 e 2 Ruido) e NHO-1(RUIDO)gelcine Angela
 
PCA-PLANO-DE-CONTROLE-DE-RUIDO-OCUPACIONAL-LEVANTAMENTO-E-MONITORAMENTO-AMBIE...
PCA-PLANO-DE-CONTROLE-DE-RUIDO-OCUPACIONAL-LEVANTAMENTO-E-MONITORAMENTO-AMBIE...PCA-PLANO-DE-CONTROLE-DE-RUIDO-OCUPACIONAL-LEVANTAMENTO-E-MONITORAMENTO-AMBIE...
PCA-PLANO-DE-CONTROLE-DE-RUIDO-OCUPACIONAL-LEVANTAMENTO-E-MONITORAMENTO-AMBIE...Glória Enes
 
3 programa de controle auditivo - pca
3   programa de controle auditivo - pca3   programa de controle auditivo - pca
3 programa de controle auditivo - pcaMarcos Monteiro
 
3 programa de controle auditivo - pca
3   programa de controle auditivo - pca3   programa de controle auditivo - pca
3 programa de controle auditivo - pcaEdnaldo Carlos Santos
 
LV_Ruido Ocupacional_internet.docx
LV_Ruido Ocupacional_internet.docxLV_Ruido Ocupacional_internet.docx
LV_Ruido Ocupacional_internet.docxCarlosAlbertoFroufeS
 
2015 aula 6g monitoramento
2015 aula 6g monitoramento2015 aula 6g monitoramento
2015 aula 6g monitoramentoIPEN - CNEN / SP
 
Agentes físicos - O ruido ocupacional
Agentes físicos - O ruido ocupacionalAgentes físicos - O ruido ocupacional
Agentes físicos - O ruido ocupacionalTânia Silva
 

Semelhante a Reconhecimento e avaliação das exposições a ruído katita (20)

Ppra1
Ppra1Ppra1
Ppra1
 
Relatório de vibrações acústica
Relatório de vibrações acústicaRelatório de vibrações acústica
Relatório de vibrações acústica
 
Pca coopentec
Pca   coopentecPca   coopentec
Pca coopentec
 
Trabalho Higiene III - NHO01 (FINALIZADO).pptx
Trabalho Higiene III - NHO01 (FINALIZADO).pptxTrabalho Higiene III - NHO01 (FINALIZADO).pptx
Trabalho Higiene III - NHO01 (FINALIZADO).pptx
 
COMPARAÇÃO DA NR-15 (anexo 1 e 2 Ruido) e NHO-1(RUIDO)
COMPARAÇÃO DA NR-15 (anexo 1 e 2 Ruido) e NHO-1(RUIDO)COMPARAÇÃO DA NR-15 (anexo 1 e 2 Ruido) e NHO-1(RUIDO)
COMPARAÇÃO DA NR-15 (anexo 1 e 2 Ruido) e NHO-1(RUIDO)
 
Programa de conservação auditiva PCA rev.00
Programa de conservação auditiva PCA rev.00Programa de conservação auditiva PCA rev.00
Programa de conservação auditiva PCA rev.00
 
Manual ruido
Manual ruidoManual ruido
Manual ruido
 
Prot audit-samir
Prot audit-samirProt audit-samir
Prot audit-samir
 
PCA-PLANO-DE-CONTROLE-DE-RUIDO-OCUPACIONAL-LEVANTAMENTO-E-MONITORAMENTO-AMBIE...
PCA-PLANO-DE-CONTROLE-DE-RUIDO-OCUPACIONAL-LEVANTAMENTO-E-MONITORAMENTO-AMBIE...PCA-PLANO-DE-CONTROLE-DE-RUIDO-OCUPACIONAL-LEVANTAMENTO-E-MONITORAMENTO-AMBIE...
PCA-PLANO-DE-CONTROLE-DE-RUIDO-OCUPACIONAL-LEVANTAMENTO-E-MONITORAMENTO-AMBIE...
 
Nbr 10151-de-2000
Nbr 10151-de-2000Nbr 10151-de-2000
Nbr 10151-de-2000
 
3 programa de controle auditivo - pca
3   programa de controle auditivo - pca3   programa de controle auditivo - pca
3 programa de controle auditivo - pca
 
3 programa de controle auditivo - pca
3   programa de controle auditivo - pca3   programa de controle auditivo - pca
3 programa de controle auditivo - pca
 
3 programa de controle auditivo - pca
3   programa de controle auditivo - pca3   programa de controle auditivo - pca
3 programa de controle auditivo - pca
 
LV_Ruido Ocupacional_internet.docx
LV_Ruido Ocupacional_internet.docxLV_Ruido Ocupacional_internet.docx
LV_Ruido Ocupacional_internet.docx
 
PAIR - Perda Auditiva
PAIR - Perda AuditivaPAIR - Perda Auditiva
PAIR - Perda Auditiva
 
Estudo 3 r nps amb freq nps ras 01 11 seg
Estudo 3 r nps amb freq nps ras 01 11 segEstudo 3 r nps amb freq nps ras 01 11 seg
Estudo 3 r nps amb freq nps ras 01 11 seg
 
2015 aula 6g monitoramento
2015 aula 6g monitoramento2015 aula 6g monitoramento
2015 aula 6g monitoramento
 
Agentes físicos - O ruido ocupacional
Agentes físicos - O ruido ocupacionalAgentes físicos - O ruido ocupacional
Agentes físicos - O ruido ocupacional
 
Nho01
Nho01Nho01
Nho01
 
FUNDACENTRO NHO 01/2001
FUNDACENTRO NHO 01/2001FUNDACENTRO NHO 01/2001
FUNDACENTRO NHO 01/2001
 

Mais de Fernanda Checchinato (20)

Via jovem
Via jovemVia jovem
Via jovem
 
Valas tacitano
Valas tacitanoValas tacitano
Valas tacitano
 
V10n2a08
V10n2a08V10n2a08
V10n2a08
 
Soldas godoy
Soldas godoySoldas godoy
Soldas godoy
 
Sinaliza godoy
Sinaliza godoySinaliza godoy
Sinaliza godoy
 
Saude noeli
Saude noeliSaude noeli
Saude noeli
 
Saude do trabalhador
Saude do trabalhadorSaude do trabalhador
Saude do trabalhador
 
Sala326
Sala326Sala326
Sala326
 
Ruido telemarketing
Ruido telemarketingRuido telemarketing
Ruido telemarketing
 
Ruidos cdkatia70
Ruidos cdkatia70Ruidos cdkatia70
Ruidos cdkatia70
 
Ruidos
RuidosRuidos
Ruidos
 
Ruido picador
Ruido picadorRuido picador
Ruido picador
 
Ruido conrado (2)
Ruido conrado (2)Ruido conrado (2)
Ruido conrado (2)
 
Ruido avila (1)
Ruido avila (1)Ruido avila (1)
Ruido avila (1)
 
Ruido areli-sagarnaga
Ruido areli-sagarnagaRuido areli-sagarnaga
Ruido areli-sagarnaga
 
Regras
RegrasRegras
Regras
 
Rbso 111 volume_30
Rbso 111 volume_30Rbso 111 volume_30
Rbso 111 volume_30
 
Rbso 119 alterações auditivas
Rbso 119 alterações auditivasRbso 119 alterações auditivas
Rbso 119 alterações auditivas
 
Radiografias fundacentro
Radiografias fundacentroRadiografias fundacentro
Radiografias fundacentro
 
Protecao henrique
Protecao henriqueProtecao henrique
Protecao henrique
 

Reconhecimento e avaliação das exposições a ruído katita

  • 1. Reconhecimento e Avaliação das Exposições a Ruído A. Reconhecimento inicial: Todos os funcionários cuja exposição exceda a 75 dB(A) devem ser identificados através de algum procedimento interno: • Inventário do ruído por grupos homogêneos • Dados de monitorações passadas • Queixas dos funcionários em locais de difícil comunicação devido ao ruído; • Monitoração de "varredura" usando o decibelímetro; • Outros. B. Monitoração: É necessário obter medições representativas, mínimo de 4 horas, da exposição dos grupos homogêneos, se possível com valores de área e da dose diária dos diferentes grupos. Algumas condutas devem ser adotadas, dentre elas destacam-se: • As medições devem obedecer as normas técnicas (ver ISO 1999/90, 1986-I:1982 e ISO 1996- 2:1987). • A medição de ruído deve ser precedida de estudo preliminar para que se avalie a melhor forma de coletar os dados. Alguns objetivos secundários deve ser atingidos, dentre eles temos: 1. Obter o Leq ou Dose de exposição do funcionário; 2. Determinar o risco de dano auditivo; 3. Avaliar se o ruído interfere na comunicação oral e no reconhecimento de sinais acústicos necessários ao trabalho; 4. Identificar e avaliar as fontes de ruído; 5. Verificar a implantação eficaz de dispositivos de atenuação de ruído; 6. Identificar os funcionários que vão participar do PCA; 7. Priorizar esforços de controle de ruído, definir e estabelecer práticas de proteção auditiva; 8. Verificar a presença de produtos químicos e tóxicos; 9. Avaliar ritmo, jornada e organização do trabalho. B.1) Métodos de Monitoração As medições devem refletir com exatidão as exposições dos funcionários, sendo que os dados de área conjugados com a distribuição de tempo, podem ser usados para estimar a Dose, em locais onde os níveis de ruído são relativamente constantes. Em ambientes e/ou funções onde ocorrem grandes flutuações na intensidade de ruído e/ou onde as Doses estimadas estão muito próximas dos níveis aceitáveis, dá-se preferência à monitoração pessoal. B.1.1) Monitoração de Área Para a monitoração de área é necessário termos os procedimentos escritos e em conformidade com os padrões governamentais e, quando estes padrões não forem específicos, de acordo com os padrões internacionais, tais como ANSI:4-1983 ou IEC:651. Os decibelímetros devem ser usados na escala "A" e na resposta lenta para medições de ruído contínuo. Os picos de ruído de impulso devem ser medidos com decibelímetros com capacidade para detectar os picos, sendo que pela Legislação brasileira aceita-se usar o decibelímetro na escala "C", com resposta rápida. Todos os detalhes da condução das medições e critérios utilizados devem estar escritos em procedimentos à parte. B.1.2) Monitoração Pessoal Os dosímetros de ruído também devem seguir os padrões do governo e internacionais, como os da ANSI: S1.25-1978 ou ISO:1999. O microfone deve ser colocado próximo do ouvido do funcionário e, como mínimo, o instrumento deve integrar todo ruído contínuo, intermitente e impulsivo entre 75 e 130 dB(A). O microfone deve ser colocado no local onde eventualmente esteja a cabeça do trabalhador, se este estiver ausente. Se o indivíduo estiver presente, o microfone deve ser colocado 10 cm. Próximo ao pavilhão auditivo, direcionando-o para a fonte geradora de ruído. O corpo do técnico de avaliação deve ficar o mais distante possível do microfone, pois pode produzir interferências nos resultados. O corpo do técnico não deve ficar entre a fonte geradora de ruído e o microfone. Em caso de dosimetria de ruído, o microfone deve ser preso na gola da camisa do trabalhador. O trabalhador deve acompanhar e ser informado dos resultados das medições.
  • 2. B.2) Calibração dos Equipamentos de Monitoração Para assegurar a exatidão e a precisão dos dados de monitoração, os decibelímetros e audiodosímetros devem ser calibrados de acordo com as recomendações do fabricante, antes e após cada dia de trabalho. Os calibradores também seguem as normas internacionais. B.3) Monitorações Adicionais / Periodicidade O monitoramento de ruído deverá possuir a seguinte periodicidade: • Onde for detectado o risco de dano auditivo, 1 vez por ano. • Onde for detectado risco de interferência nas comunicações, desconforto ou ultrapassagem dos critérios legais, 1 vez a cada 2 anos. • Em toda a empresa, incluídos os escritórios, almoxarifados, etc., 1 vez a cada 3 anos. • Sempre que houver modificações das condições ambientais em relação aos níveis de ruído, seja por modificações da área de trabalho, por implantação de medidas corretivas, por adição ou redução de equipamentos ruidosos, ou quaisquer outros, deve-se proceder novas medições e estimativas das Doses e/ou monitoração pessoal no prazo de 60 dias Obs.: Todas as máquinas e áreas onde os níveis de ruído excedem aos valores estabelecidos em critérios, devem ser imediatamente designadas de "Áreas de Risco de Ruído", mesmo se as medidas de controle possam ser adotadas a longo prazo. Sinais de alerta devem ser mostrados em pontos de acesso a áreas de risco de ruído, não sendo, geralmente, necessário que sejam demarcadas todas as máquinas dentro da área de risco, já que poderia levar a uma proliferação de sinais, diminuindo o impacto desejado.