1. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - Escola de Comunicações e Artes
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação
Área: Interfaces Sociais da Comunicação
Linha: Educomunicação
Disciplina: Educomunicação – Fundamentos, Áreas e Metodologias
Prof. Dr. Ismar de Oliveira Soares
A Educomunicação na ECA-Contribuições de Adilson Citelli
Autoras
Juliana Maria de Siqueira
Queila Góes Borges
Sumário
1. Sobre Adilson Citelli.................................................................................... 2
2. Atuação no campo...................................................................................... 5
3. A Educomunicação segundo Adilson Citelli..................................................... 11
4. Desdobramentos práticos........................................................................... 14
5. Formação de novos pesquisadores............................................................... 16
6. Produção acadêmica.................................................................................. 18
7. Orientações concluídas............................................................................... 22
1. Sobre Adilson Citelli
O trabalho e o gosto pela escrita – eis o que marca a
memória de Adilson Odair Citelli quando se volta para
seus os tempos de menino. Possivelmente a isso se
deveu sua opção pela área de Letras, quando entrou
para a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências
Humanas (FFLCH) da USP, em 1968. Eram tempos
difíceis, sobretudo para um jovem engajado no
movimento estudantil. Mais ainda para quem, então, já
manejava as palavras com a habilidade de um esgrimista. Preso pela ditadura militar
em 1970, teve de interromper seus estudos, retomados dois anos depois.
A graduação em Letras, concluída em 1973, foi o ponto de partida para a
carreira de professor. Driblando as dificuldades daquele período, lecionou em cursos
pré-vestibulares e universidades privadas. Em 1982, obteve o título de Mestre em
Literatura Brasileira, com a dissertação O mundo do silêncio: análise e interpretação
1
2. de “Pelo Sertão”, de Afonso Arinos, orientado pelo Prof. Dr. José Carlos Garbuglio.
Em 1984, a atmosfera política brasileira começava a mudar. O Professor
Citelli também estava disposto a rever seus caminhos. Desejava ter mais tempo para
escrever e pesquisar. Em 1986, prestou concurso público e tornou-se professor da
Escola de Comunicações e Artes (ECA-USP), na hoje extinta cadeira de Comunicação
Lingüística. Nessa época, seu interesse já se voltava para a educação. Em 1990, com o
mesmo orientador de seu projeto de mestrado, defendeu a tese Os caminhos da
salvação: modos de ver e de compor em “Os Jagunços”, de Afonso Arinos, tornando-se
doutor em Literatura Brasileira. Desta fase resultaram livros como O Romantismo
(1990), O texto argumentativo (1994), Linguagem e persuasão (1995) e Os Sertões,
de Euclides da Cunha: roteiro de leitura (1996).
Na ECA e também na Faculdade de Educação da USP, o convívio com
professores que desenvolviam projetos em Comunicação e Educação (entre eles
Ângelo Piovesan, Elza Dias Pacheco, Ismar de Oliveira Soares, José Manoel Moran,
Heloísa Dupas Penteado e Mariazinha Fusari) agudizou a consciência crescente de que
se tratava de uma área de extrema importância. Juntamente com professores da
FFLCH/ USP, do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Unicamp e da Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), dedicou-se a pesquisar a relação
literatura-ensino-escola. Coordenou, então, com financiamento do CNPq, o projeto “A
circulação dos textos na escola” (1992 a 1998). O trabalho, desenvolvido em conjunto
com os Professores João Wanderley Geraldi, Lígia Chiappini Moraes Leite, Helena
Nagamine Brandão, Guaraciaba Micheletti e Beatriz Marão Citelli, deu origem à série de
livros “Aprender e ensinar com textos” (publicada pela Editora Cortez, atualmente
contando 12 volumes). Do projeto também resultaram a tese de livre-docência
defendida pelo Professor Citelli, em 1998, com o título: Os sentidos em movimento:
comunicação, linguagem e escola, e o livro publicado pela Editora Senac, Comunicação
e Educação: a linguagem em movimento (2000).
As conclusões daquela pesquisa apontavam para o caráter crucial da
formação de pro-fessores no processo de incorporação das linguagens dos meios de
comunicação em sala de aula. Assim, em seu projeto seguinte, “Linguagens da
comunicação e desafios educacionais: limites e possibilidades para a ação dos
professores do ensino fundamental e médio”, desen-volvido entre 1998 e 2000, o
Professor Citelli tratou de abordar o problema da formação inicial e continuada dos
docentes. De 2001 a 2006, a questão foi aprofundada no projeto “Meios de
comunicação e escola: os processos de formação num mundo em mudanças”. O
volume de informações geradas nesses projetos, além dos relatórios de pesquisa, já
permite ao Professor Citelli publicar novos livros. Em outubro de 2006 sai, pela Editora
Cortez, Palavras, meios de comunicação e educação. Enquanto prepara novos
originais, já inicia outro projeto de investigação, com duração prevista até 2009. Sua
atenção agora se volta para os jovens professores do ensino público, e o que procura
verificar é se essa geração, que nasceu e cresceu convivendo com as novas
tecnologias, adota práticas educativas renovadas.
Atualmente, além do trabalho docente na ECA, onde ministra as disciplinas
“Língua Portuguesa I, II e III” (para a graduação), “Comunicação e Educação” (no
curso de especialização em Gestão da Comunicação), “Linguagem, comunicação e
educação”, “Comunicação e educação” e “Comunicação, linguagem e representação”
(na Pós-Graduação), e das atividades de pesquisador na linha “Educomunicação”,
Adilson Citelli é chefe do Departamento de Comunicações e Artes e membro da
congregação da ECA. Orientou, desde 1999, três teses de doutorado, seis dissertações
3. de mestrado, 29 monografias de especialização e projetos de iniciação científica, além
de sete mestrados e doutorados em andamento na pós-graduação – a quase totalidade
desses trabalhos relacionados à interface Comunicação-Educação. Participou dos
projetos de intervenção em Educomunicação promovidos pelo Núcleo de Comunicação
e Educação (NCE), entre os quais o “Educomrádio.Centro-Oeste” (2004), ministrando
cursos de curta duração e atuando na coordenação pedagógica; o “Educom.TV”
(2002), atuando como sub-coordenador e o “Educom.rádio” (2001), oferecendo um
curso de curta duração e coordenando o núcleo de linguagem. É atualmente co-editor
da revista Comunicação e Educação, ao lado da Professora Maria Cristina Castilho
Costa. Participa das comissões editoriais de várias revistas da área de Comunicação.
Coordena, com Lígia Chiappini, a coleção Ensinar e Aprender com Textos, da Editora
Cortez.
Fora da USP, possui atuação relevante no cenário da Educação. Em 2002,
integrou o corpo de pareceristas do Conselho Estadual de Educação de São Paulo, na
Câmara do Ensino Superior. Atuou também como membro do Conselho Consultivo da
Associação de Professores de Língua e Literatura (1998), no Ministério da Educação e
do Desporto (1997) e na Secretaria Municipal de Ensino (1989). Em 2002, foi
coordenador do Núcleo de Pesquisa Comunicação Educativa, da Intercom. É membro
do comitê de avaliação da CAPES para a área de Comunicação.
2. Atuação no campo
A aproximação de Adilson Citelli em relação à Educomunicação deu-se pela
conver-gência entre seus interesses de estudo nas áreas de linguagem e educação e
as discussões que surgiam, no ambiente acadêmico da ECA, a respeito das interfaces
Comunicação-Educação.
No começo de sua carreira acadêmica, seu trabalho estava voltado para as
questões envolvendo literatura e linguagem, uma vez que sua formação inicial
provinha da área de Letras. Já como professor da USP, em parceria com colegas de
outras faculdades e universidades, começou a interessar-se pelos problemas do ensino
e da formação de professores. Sua preocupação era verificar como a literatura estava
sendo utilizada na escola e como os diversos textos circulavam naquele ambiente.
Assim surgiu a pesquisa “A circulação dos textos na escola”, um projeto
interdisciplinar e interinstitucional de grande envergadura, que reunia os doutores João
Wanderley Geraldi, Lígia Chiappini Moraes Leite, Helena Nagamine Brandão,
Guaraciaba Micheletti e a mestra Beatriz Marão Citelli, além de diversos bolsistas de
iniciação científica e aperfeiçoamento. A equipe envolvia docentes e alunos dos cursos
de Letras, Comunicações e Educação da USP e do Instituto de Estudos da Linguagem
da Unicamp. Seu objetivo era identificar que tipos de “textos” ou linguagens (escolares
e não-escolares) estavam presentes na sala de aula e como eram trabalhados pelos
professores – enfim, descobrir o que se escreve/não se escreve e o que se lê/não se lê
na escola. Além desse diagnóstico, os pesquisadores pretendiam fornecer subsídios aos
professores para buscar a superação dos problemas identificados e melhorar a
qualidade do trabalho pedagógico com os textos e a linguagem. Financiada pelo CNPq
e pela Fapesp, a investigação envolveu a observação sistemática de 1125 horas-aula,
de terceiras, quintas, sétimas e oitavas séries em todas as disciplinas do currículo de
14 escolas públicas estaduais e municipais e uma particular, distribuídas pelas diversas
regiões da capital paulista. Foram aplicados questionários a mais de mil alunos de
ensino fundamental e médio, formando um rico banco de dados qualitativos e
3
4. quantitativos que, desde então, vem sendo explorado na produção de diversos livros e
artigos.
O projeto constatou as dificuldades de a escola trabalhar a linguagem. Esse
elemento, matéria-prima da educação dialógica, freqüentemente tem passado
desapercebido pela maioria dos educadores e acaba sendo tomado em sua concepção
meramente instrumental, desvinculado de suas raízes históricas e sociais, abstraído de
suas relações concretas e materializado em procedimentos burocráticos como ditados,
cópias, redações isoladas, leituras dirigidas. Para além do trabalho acadêmico, com a
produção de relatórios de pesquisa, o projeto marcou o esforço consciente dos
pesquisadores no sentido de romper o distanciamento entre a universidade e a escola
de ensino fundamental e médio e promover o diálogo e a renovação do pensamento
dessas instituições. Além da série de livros “Aprender e ensinar com textos”, publicada
pela Editora Cortez, foram ministrados cursos para professores, uma forma de
devolução do trabalho àqueles que inicialmente eram o foco de estudo.
Essa pesquisa foi a ponte que uniu o trabalho do Prof. Citelli com
linguagens e educa-ção à área da comunicação. Um dos subprojetos coordenados pelo
Prof. Citelli dizia respeito às relações entre a escola e os meios de massa. Buscando
uma abordagem que fugisse aos extremos da visão apocalíptica dos meios e do
narcisismo tecnológico acrítico, apoiou-se nas concepções bakhtinianas da linguagem,
no construtivismo sócio-histórico de Vigotsky e no pensamento progressista de Freinet
e Paulo Freire. Adotou como noção-chave do trabalho a circulação, compreendida nos
mais diferentes níveis: na relação texto-leitor, educador-educando, escola-sociedade,
meios-receptor, sentido-contexto e assim por diante. Constatou, empiricamente, o
descompasso entre a escola e o “mundo externo”, que a dinâmica da comunicação de
massa permeia e transforma, e, simultaneamente, a existência de um fluxo
subterrâneo e quase clandestino dos discursos mediáticos no espaço educativo – a ser
explorado pelos professores. Passou a defender a (re)qualificação profissional dos
educadores pela revisão tanto das estratégias formativas quanto do seu papel
mediador.
Com esse norte, o Prof. Citelli foi a campo, entre 1996 e 1997, auxiliado
por uma nova equipe de pesquisadores, para entrevistar 269 professores, a maioria de
escolas públicas estaduais e municipais de São Paulo, em diferentes níveis de ensino,
incluindo os polivalentes (primeira fase do ensino fundamental) e os de humanas,
exatas e biológicas (segunda fase do ensino fundamental e médio). Seu objetivo era
identificar como os docentes lidavam com os meios de comunicação e as novas
tecnologias. O resultado foi a verificação da discrepância entre o discurso didático-
pedagógico estrito e as linguagens não-escolares, a despeito da importância que as
mídias como a TV, o rádio e outras assumem no cotidiano de alunos e professores. As
explicações para o quadro delineado abrangiam as dificuldades conceituais dos
professores (desconhecimento dos mecanismos de funcionamento das linguagens
mediáticas), a carência estrutural das escolas e os preconceitos culturais em relação
aos produtos massivos. O estudo chamou a atenção para a necessidade de os
educadores problematizarem as linguagens dos meios de comunicação presentes no
dia-a-dia de seus educandos e explorarem as muitas possibilidades pedagógicas que
oferecem para a construção de um pensamento crítico e autônomo. Mais uma vez, as
conclusões apontaram para a relevância da formação inicial dos professores e da
necessidade de rever os projetos de educação permanente dos docentes que já atuam
nas escolas.
A pesquisa pôs em destaque o papel mediador do professor, situado no
5. entroncamento entre os processos comunicativo e educacional, vistos sob a ótica da
dialogicidade. As abordagens teórico-metodológicas do fenômeno da comunicação
foram revistas com o sentido de identificar as perspectivas mais estimulantes para o
trabalho educomunicativo – escapando às concepções instrumentalizadoras da
tecnologia, aos modelos unilineares que escamoteiam os verdadeiros trânsitos dos
sentidos, ao mediacentrismo que supervaloriza o problema dos efeitos sobre os
receptores passivos, como também à crítica que rechaça a indústria cultural e seus
produtos, encerrando definitivamente as possibilidades de tomá-los a sério. Essa
revisão encontrou em Martín-Barbero uma compreensão menos preconceituosa dos
meios, uma vez que ele parte das competências culturais do público, que se
concretizam em demandas por gêneros e formatos específicos. Ao mesmo tempo,
Martín-Barbero não abandona a tarefa crítica, considerando as determinações
industriais da produção mediática, que imprimem a lógica do mercado às mensagens
que veiculam. Uma teoria, portanto, que permite reconhecer a comunicação
contemporânea como um campo de luta e construção de hegemonias, espaço não-
determinado, mas a ser apropriado crítica e dialogicamente pelos cidadãos (tarefa para
a qual a escola tem muito a contribuir). Nesse percurso, colocaram-se também em
evidência as concepções de linguagem mais apropriadas aos objetivos almejados: as
que ressaltam sua natureza social, histórica, ideológica, interacional, dialógica e
polifônica, tais como formuladas por Mikhail Bakhtin.
O mesmo movimento analítico foi feito em relação às concepções de
educação, bus-cando localizar o debate em torno da produção de sentidos. A pesquisa
procurou referências que pudessem oferecer melhor compreensão acerca da escola
brasileira e ampliar o diálogo com o campo da comunicação. O Prof. Citelli analisou
criticamente os modelos escolares tradicionais e identificou os procedimentos de
hierarquia, exclusão e coerção a partir dos quais são construídas as práticas
educativas. Nesse cenário, a produção do conhecimento cede lugar à transmissão e
repetição de conteúdos inertes, transformando professores e alunos em reprodutores
de um discurso descolado da realidade em que se inserem. Tal situação, como bem
demonstrou a pesquisa, vem sendo conformada historicamente, tendo contribuído para
o atual estado tanto as determinações do regime militar que se impôs a partir de 1964
(contrário a inovações baseadas em princípios pedagógicos dialógicos, críticos e
problematizadores da realidade) quanto os imperativos neoliberais de mercado, que
avançam também sobre a educação (reduzindo-a à formação básica de mão-de-obra
no intuito de produzir uma educação de massa com o mínimo de investimento, cuja
conseqüência se faz sentir na enorme perda de qualidade da escola pública. Diante dos
desafios traçados pelas tecnologias da comunicação à escola, colocando em xeque seu
papel e sua relevância, tornou-se claro que alguns caminhos precisam ser retomados.
O Prof. Citelli destacou a proposta de Paulo Freire para a ação cultural para a prática
da liberdade. Foi esse educador que, aproximando a educação, a comunicação e a
cultura, pretendeu recuperar o diálogo como lugar do encontro com o mundo, com o
outro, com a linguagem e, portanto, da produção do conhecimento, da crítica e da
conquista de autonomia e liberdade.
É na confluência dessas concepções teóricas e metodológicas que Adilson
Citelli vis-lumbra a escola como um espaço mediativo cruzado pelas novas linguagens
e inovações tec-nológicas, científicas e culturais características da sociedade
contemporânea e o professor, um mediador crítico da relação que o aluno estabelece
com a informação, focado na produ-ção de conhecimento.
Tendo, com suas pesquisas, verificado a importância da formação docente
para a transformação do quadro que se apresenta na escola brasileira, com vistas ao
5
6. desenvolvimento de ações educomunicativas, Adilson Citelli volta agora sua atenção
para os jovens professores que militam no ensino público. Em projeto recém-iniciado,
sua indagação principal gira em torno das práticas de educadores com menos de 30
anos, que já nasceram num ambiente permeado pelas tecnologias e que, espera-se,
tenham recebido uma formação inicial que leva em conta a presença dos meios de
comunicação e novas tecnologias no cenário cultural contemporâneo. A pesquisa prevê
novamente a ida às escolas, a aplicação de questionários, entrevistas e o recolhimento
de dados. Seu objetivo é realizar um estudo comparativo que verifique o que tem
mudado, de fato, na educação: se apenas o discurso ou já as práticas sociais.
À medida que desenvolvia esse trabalho de investigação sistemática, o
Professor Citelli sentia-se cada vez mais vinculado direta e intensamente com o
pensamento da ECA. Já no início dos anos 90, começou a dialogar com um grupo de
professores – de origens e formações heterogêneas – que já se dedicavam ao estudo
da interface comunicação-educação. Foi o que motivou sua participação no Curso de
Especialização em Comunicação e Educação, de 360 horas, proposto e coordenado
pelo Prof. Ismar de Oliveira Soares, entre 1989 e 1991. Naquela época, ainda não se
empregava o termo Educomunicação. As preocupações giravam em torno das
dinâmicas educativas envolvidas no processo de comunicação. O grupo desenvolvia
diversas pesquisas na área, a princípio, sem maior articulação interna. Com o
aprofundamento das discussões em torno do tema, foi crescendo a consciência sobre a
sua relevância e importância social, até que surgiu a certeza de que era preciso
constituir, na ECA, no espaço da pós-graduação, uma área de pesquisa voltada para a
relação entre o mundo da comunicação e o universo da educação. Surgiu, assim, a
linha de pesquisa intitulada “Comunicação e Educação”, que tinha em Osvaldo
Sangiorgi, Elza Dias Pacheco, Ismar de Oliveira Soares e Adilson Citelli seus principais
expoentes.
Em 1996, foi criado na ECA um núcleo interdisciplinar de pesquisa
denominado NCE – Núcleo de Comunicação e Educação, destinado a reunir
especialistas da ECA e de outras instituições para promover estudos e ações voltadas
para a capacitação na interface comunicação/educação, tendo participado da iniciativa
os professores Ismar de Oliveira Soares, Nelly Camargo e Adilson Citelli, da ECA;
Mariazinha Fusari e Heloísa Dupas Penteado, da FEUSP; Liana Gottlieb, da Cásper
Líbero, além de pesquisadores em IC (Iniciação Científica), como Patrícia Horta. Na
verdade, além dos nomes referidos, diversos professores de dentro e fora da ECA
ofereceram, de uma forma ou de outra, sua contribuição no processo de constituição e
implementação do novo centro de investigação científica. Por razões políticas, o grupo
entendeu que a diretoria deveria ser composta por professores não apenas da própria
Escola, mas de outras unidades da USP, como a Educação. Assim, embora tenha
participado do processo de criação do núcleo, o Prof. Citelli não integrou sua diretoria.
Constituída a área de intervenção do NCE, os professores começaram a trabalhar de
modo mais integrado em suas pesquisas e novos cursos passaram a ser oferecidos.
Outra iniciativa na qual o Prof. Citelli se envolveu foi a criação e
desenvolvimento do Curso de Pós-graduação lato sensu em Gestão em Processos
Comunicacionais, em 1993, assu-mindo o núcleo temático intitulado “Comunicação e
Educação”, atividade que mantém até o presente momento.
Ainda no espaço da Pós-Graduação passou a integrar a Linha de pesquisa
em Educo-municação, assim que esta foi criada na reforma promovida no programa,
em 2005. Já em 2006, coube ao Prof. Citelli, na qualidade de Chefe do Departamento
de Comunicações e Artes, encaminhar às instâncias superiores da ECA o projeto de
7. criação de um curso de graduação que traduzia todo o esforço de reflexão e de
intervenção social de um grupo de docentes do CCA, a “Licenciatura em
Educomunicação”. A elaboração do projeto representou, sem dúvida, a mais
significativa das parcerias empreendidas pelos professores Citelli e Soares no espaço
do CCA e da própria ECA.
Os projetos em que o Prof. Citelli se envolveu demonstraram, desta forma,
uma cres-cente aproximação com a inter-relação comunicação-educação e a
exploração das interfaces mídia-escola. Seu trabalho acabou contribuindo para
produzir estratégias analíticas e compreensivas dos processos educativos na sociedade
contemporânea, mediados pelos meios de comunicação. Elaborou conceitos e abriu
perspectivas teóricas que ajudaram a explicitar o campo interdisciplinar e da definição
do conceito de Educomunicação.
Frente ao exposto e assumindo os riscos de incorrer em extrema
simplificação, gostarí-amos de destacar alguns pontos essenciais que constituem a
contribuição singular do trabalho de Adilson Citelli para o desenvolvimento da
Educomunicação. Em primeiro lugar, suas proposições teóricas têm ajudado a clarear
as relações interdisciplinares que constituem o campo. Tomando a linguagem como
ponto de partida comum das reflexões envolvendo comunicação e educação, o
Professor tem explorado como ela é utilizada, nas suas mais diversas formas, no
espaço escolar. Ele defende a idéia de que é necessária uma reeducação de docentes e
alunos para o uso da linguagem: que ela não seja apenas empregada no seu sentido
mais restrito, veicular e instrumental, mas que possa ser uma construção social
polifônica. Fiel à perspectiva bakhtiniana, defende a incorporação das linguagens
audiovisuais, sem abrir mão do exercício da interação verbal, pelo qual a escola pode
ser revigorada em seu papel crítico e de desenvolvimento da consciência emancipada.
Em segundo lugar, sua preocupação com a transformação da realidade
escolar o tem conduzido não apenas à realização de pesquisas que discutem os
desafios colocados pela comunicação mediática à formação inicial e continuada de
docentes, mas também à participação no desenvolvimento de projetos de intervenção
social, como o Educom.rádio, o Educom.TV, Educomrádio.Centro-Oeste, direcionados à
rede pública. Seus projetos de investigação demonstram a consciência da
indissociabilidade da relação teoria-prática. Adilson Citelli compreende que, por um
lado, é preciso ir ao ambiente escolar, levantando dados e trançando um quadro o
mais próximo possível da realidade do ensino, e, por outro, com a análise e
interpretação destes dados, gerar um conhecimento que dê consistência ao campo da
Educomunicação. Essa teoria deve, por sua vez, retornar à sociedade, através da
divulgação em eventos, congressos, publicações, mas também por meio de cursos e
projetos que permitam que esses saberes atinjam mais rapidamente aqueles que deles
se podem beneficiar.
Finalmente, mas não menos importante, devemos ressaltar o alcance
obtido pelos livros que publica. Segundo o próprio Adilson Citelli, essa é a forma que
encontrou de ampliar o circuito social da palavra que enuncia, comprometendo-a,
submetendo-a ao crivo dos que se interessam pelas questões educativas e
comunicativas. É também uma forma de prestar contas à sociedade de um trabalho
que desenvolve junto a uma instituição pública como a USP.
3. A Educomunicação segundo Adilson Citelli
7
8. O termo Educomunicação, lembra o Prof. Citelli, embora venha sendo
empregado de maneira mais intensa e continuada nos últimos anos, não é recente.
Distanciado, contudo, do contexto histórico e tecnológico em que foi cunhado, adquiriu
também novas acepções e alcances.
O primeiro pesquisador a utilizar a palavra Educomunicação foi Mario
Kaplún, há cerca de trinta anos. O investigador uruguaio estava preocupado com a
relação Comunicação-Educação num momento em que diversos países latino-
americanos viviam sob regimes ditatoriais que exerciam a censura e o controle sobre a
informação. Naquela situação, aproximar os dois campos significava uma tentativa de
romper o cerco repressivo em torno da informação e levar a prática e a discussão da
comunicação para espaços não-convencionais, como escolas e associações
comunitárias. Diante das restrições à comunicação e do impedimento de estabelecê-la
como um processo socialmente ampliado, alguns atores – em grande parte, ligados
aos movimentos religiosos e à Igreja Católica em particular – começaram a
desenvolver e difundir projetos de comunicação alternativa ou educomunicação.
O cenário tecnológico em que surgiu o termo também era diferente do
atual. No final dos anos 60, os processos de comunicação estavam restritos aos media
tradicionais – rádio, jornais, revistas e televisão – e não possuíam, ainda, caráter
nacional. A TV brasileira, por exemplo, conservava então uma feição regional e
somente com o projeto de integração promovido pelos militares, na década de 70,
passaria a cobrir todo o país. A grande transformação das telecomunicações, por sua
vez, viria duas décadas mais tarde, com a introdução das tecnologias informacionais
em rede. Foi justamente essa reordenação do sistema de telecomunicações, aliada à
abertura democrática que se operou nos países latino-americanos, que conferiram
nova vitalidade à prática de Educomunicação. Já na década de 90, concretizaram-se a
organização e a participação ativa dos grupos populares, propiciadas tanto pela
abertura política quanto pelas possibilidades comunicativas e educativas oferecidas
pelas novas tecnologias digitais. É nesse momento – prenhe de singularidades
históricas, políticas, culturais e tecnológicas – que, segundo Adilson Citelli, a
Educomunicação adquire força e densidade como fenômeno social.
A partir do trabalho de inúmeros pesquisadores do Núcleo de Comunicação
e Educa-ção da ECA-USP, sobretudo do Prof. Ismar de Oliveira Soares, o termo
começa a difundir-se no Brasil. Não sem enfrentar alguma oposição: inicialmente,
docentes da própria Escola resistiram à sua aceitação, desconfiando de sua
consistência. As investigações teóricas e as intervenções empíricas desenvolvidas pelo
núcleo contribuíram para que a área avançasse, a ponto de se consolidar a pós-
graduação e se fazer reconhecer a necessidade de instituir o curso de graduação em
Educomunicação.
Para Adilson Citelli, o fenômeno educomunicativo trata das relações entre
as duas áreas e a adoção do termo veio solucionar um problema de natureza mais
política e interinstitucional que epistemológica. Por um lado, empiricamente, já se
verificava que o relacionamento entre os dois campos era natural e necessário, e
freqüentemente os pesquisadores de uma e outra área buscavam apoio mútuo. Por
outro lado, o uso da aditiva “e” – Comunicação e Educação –, além de ser insuficiente,
desencadeava reações defensivas por parte dos educadores, preocupados em
resguardar as tradições de suas escolas, suas áreas de conhecimento. Esse debate foi
longo e manifestou-se, por exemplo, em fóruns como a Intercom: o grupo de trabalho
dedicado ao tema, inicialmente nomeado GT de Comunicação e Educação, anos mais
tarde seria rebatizado como Núcleo de Comunicação Educativa.
9. A palavra Educomunicação, defende o Professor Citelli, abarca os
fenômenos em um só campo, um mesmo espaço reflexivo, e traduz o entendimento de
que entre Comunicação e Educação existe, hoje, uma tal imbricação que se torna difícil
delimitar as fronteiras entre ambos. A despeito de cada uma das áreas conservar suas
particularidades, suas singularidades, sua história e seus objetos, verifica-se que
existe uma verdadeira continuidade entre ambas as práticas sociais. De fato,
reconhecendo a natureza das ações educativas formais, informais e não-formais, e
considerando a comunicação como fenômeno amplo, não apenas mediático, inúmeros
pesquisadores admitem que não se faz educação sem comunicação e que esta seria a
verdadeira natureza daquela. Tal consciência é geral na sociedade – mesmo os
movimentos populares compreendem a complexidade e o significado da comunicação
contemporânea na estruturação de sua ação e lançam mão de recursos como o rádio,
o jornal, o vídeo e a Internet, na busca de assegurar a continuidade dos processos de
formação e humanização.
Adilson Citelli destaca que a educação pode ser definida por três vetores.
Em primeiro lugar, vem o da atualização: ela é, certamente, um problema de
transmissão de valores acumulados pela humanidade ao longo da história. Sem esse
elemento, para o qual a educação formal oferece importante contribuição, o
conhecimento humano não teria seu caráter cumulativo. Em segundo lugar, ela é
também um processo onde as pessoas se descobrem – a si, ao outro e em sua relação
com o mundo. É o vetor do reconhecimento: auto-reconhecimento, reconhecimento da
alteridade e daquilo quer nos cerca. Finalmente, mas não menos importante, a
educação tem o vetor da transformação, pelo qual ela não se resume aos
procedimentos transmissivistas, mas convida ao permanente movimento de
desequilíbrio e reequilíbrio. Para ativar esses três vetores, a educação não pode
prescindir da comunicação. Uma prática escolar que se pretendesse meramente
propedêutica, em que o educando não estivesse em contato com o mundo, buscando o
reconhecimento de si e dos outros, apartado de qualquer transformação, não poderia
ser caracterizada como verdadeiramente educativa e sua utilidade seria facilmente
questionada.
O inverso também se mostra válido: os sistemas comunicativos oferecem
ricas possibilidades para o aprendizado, como, por exemplo, na educação a distância,
nas aplicações da informática, nos jogos, nos videogames. Estão cristalizados nesses
produtos tecnológicos e mediáticos diversos elementos lógicos, epistemológicos,
narrativos, estéticos, culturais, etc., por meio dos quais o usuário adquire
conhecimento. Esses produtos, que tradicionalmente eram apartados do contexto
escolar, compreendidos como simples diversão ou distração maléfica, agora são
reinvestidos de seu sentido comunicativo, redescobertos em seu amplo potencial lúdico
e criativo.
Se tivermos em conta essa realidade, pensar a Educomunicação como um
processo significa recuperar as dinâmicas que as interfaces entre os campos da
comunicação e da educação provocam e promovem. Representa uma tentativa de
superar a fragmentação que resulta quando se assume como ponto de partida uma ou
outra disciplina original, isolada. A perspectiva educomunicacional fornece um norte,
um sinal de que os fluxos são maiores do que se imagina entre os dois elementos.
Sem eliminar a história e a tradição de cada campo, a Educomunicação ressalta o seu
entrecruzamento nas práticas sociais.
9
10. 4. Desdobramentos práticos
Um dos grandes desafios para os pesquisadores que se dedicam à
Educomunicação é promover a transformação do processo educativo que se efetiva no
sistema escolar atual. É por isso que freqüentemente se propõem a realizar
intervenções práticas, aproximando-se dos professores e de sua realidade.
Adilson Citelli lembra que o processo educativo não se dirige apenas às
pessoas: precisa envolver também as culturas e as instituições. Muitas vezes, o
professor compreende sua responsabilidade individual na educação, empenha-se,
esforça-se e quer a mudança, mas a estrutura impede sua ação. Portanto, as culturas
institucionais também precisam se educar e se transformar, o que não é tarefa fácil.
Ela envolve muito mais que mudar o discurso, indicar o que deve acontecer. Implica
necessariamente o choque com problemas estruturais internos ao sistema. À medida
que se tenta implementar o novo, as dificuldades aumentam.
Essa questão é que instiga o Professor Citelli. Para ele, uma mudança
substantiva na instituição escolar não pode prescindir de um projeto de formação de
formadores – renovado em todos os níveis. O problema é mais visível nos ensinos
fundamental e médio, mas atinge também o nível superior. As universidades estão
envelhecidas. A estrutura curricular e disciplinar hoje vigente conta praticamente dois
séculos de existência e corresponde a uma concepção iluminista do conhecimento; é
um fenômeno decorrente da segunda revolução industrial. A escola que conhecemos
hoje foi estruturada no período em que ocorreu a expansão burguesa e o avanço da
industrialização. Foi pensada, portanto, para atender a certas necessidades de
formação de mão-de-obra. Ela supõe uma visão disciplinar fragmentária e parcial, que
organiza as áreas de conhecimento em conteúdos seriados. Se, de fato, a antigüidade
não quer dizer simplesmente inviabilidade e inutilidade, é preciso que esse sistema
seja reavaliado, reajustado e aberto para incorporar os desafios da sociedade pós-
industrial. A pergunta a se fazer é se a estrutura curricular que temos atende às
necessidades do nosso tempo. Em outras palavras: de que tipo de escola precisamos,
hoje? Para o Prof. Citelli, a crise se instalou exatamente porque a cultura institucional
nunca se faz essa pergunta. Em vez disso, encontra a saída mais fácil de
responsabilizar o professor pelos fracassos, transformando o problema da renovação
da educação numa questão de capacitação ou reciclagem técnica e tecnológica. O
desafio está, portanto, em problematizarmos ao mesmo tempo a cultura escolar e os
projetos de formação docente.
Para fazê-lo, é necessário traçar o perfil dos docentes em serviço, conhecer
a sua mé-dia etária, seu tempo de trabalho na rede, a origem de sua formação. Num
sistema como a rede pública estadual de São Paulo existem 260 mil professores e o
tempo médio de serviço é de 19 anos. Muitos dos educadores foram formados em
condições precárias, sem acesso a outros recursos que não o giz e a lousa, numa
lógica que obedece apenas ao ditame empresarial. Nesses termos, a escola fica
sempre a reboque da dinâmica social.
Diminuir essa distância é, para Adilson Citelli, algo muito diferente de
propor à escola acompanhar pari passu o ritmo do mercado. Precisamos diferenciar os
conceitos de trabalho, mercado e empregabilidade. A escola, atualmente, é cobrada
pela empregabilidade dos alunos, o que é um equívoco. As dinâmicas do mercado
possuem uma vitalidade que a escola dificilmente irá acompanhar, sobretudo com
relação às condições materiais. O conceito de trabalho, ao contrário, é bem mais
abrangente e se vincula, em termos educativos, ao aprendizado contínuo, ao
11. desenvolvimento da consciência e do pensamento, à organização do conhecimento e à
articulação dos saberes. Se a universidade se orientar por esses princípios – e não pela
dupla mercado-empregabilidade – cumprirá de modo mais efetivo o papel que dela
espera a sociedade.
Essa discussão – que toca a raiz mesma da crise atual – ainda necessita ser
colocada à escola. Se quisermos transformar a cultura escolar, devemos promover a
(re)educação das próprias instituições de ensino e redesenhar os processos de
formação. Se não enfrentarmos esse desafio, continuaremos a lamentar a decadência
qualitativa que se seguiu à expansão quantitativa da escolarização em nosso país.
Democratizar a educação, com qualidade, pressupõe a revisão das políticas públicas, e
todos aqueles tocados por tal preocupação precisam reforçar publicamente esse
compromisso. Os educomunicadores têm que estar atentos a esse chamado, atuando
nos fóruns a que têm acesso e nas esferas com poder de decisão.
5. Formação de novos pesquisadores
Por tudo o que foi exposto até agora, a tarefa de formar novos
pesquisadores, para A-dilson Citelli, não pode ser desvinculada dos compromissos de
transformação social. Assim é que, ao lado das competências acadêmicas necessárias
para o desenvolvimento de projetos de mestrado e doutorado, ele considera
igualmente importante a capacidade de intervenção nas instituições educativas. Muitos
dos seus orientandos são profissionais das redes públicas ou do ensino superior – não
apenas em São Paulo –, com atuação em secretarias e diretorias de educação e
centros culturais, dentre outras instituições, implementando projetos em
Educomunicação e revendo políticas educacionais. A expectativa do orientador é que
esses profissionais, que detêm algum poder de decisão, possam colocar em prática a
reflexão teórica que desenvolvem na pós-graduação. Na medida do possível, ele tem
acompanhado essas repercussões, mantendo contatos com ex-orientandos e sendo
informado dos projetos em andamento.
Outra forma de potencializar o alcance da Educomunicação é por meio da
publicação dos trabalhos científicos. Dois dos pesquisadores orientados por Adilson
Citelli lançaram, recentemente, livros nos quais defendem suas propostas.
A Dra. Ademilde Silveira Sartori, do Departamento de Metodologia de
Ensino do Centro de Ciências da Educação da UDESC, publicou, em co-autoria com
Jucimara Roesler, coordenadora da UnisulVirtual – Educação Superior a Distância, o
livro Educação Superior a Distância: gestão da aprendizagem e da produção de
materiais didáticos impressos e on-line (Editora da UNISUL). Trata-se de uma obra
relevante para a discussão da utilização das novas tecnolo-gias na educação superior
contemporânea.
O jornalista e doutor Carlos Rogé Ferreira Júnior publicou, pela EDUSP,
Literatura e jornalismo: práticas políticas. Em seu livro, ele examina algumas relações
determinantes exis-tentes entre contradiscursos, um discurso emancipador de
esquerda e narrativas literário-jornalísticas classificadas como Novo Jornalismo e
romance-reportagem, considerados como paradigmas para os chamados livros-
reportagem. Através da análise de obras de autores norte-americanos e brasileiros, o
autor mostra como literatura e jornalismo são práticas políticas, enfatizando a
natureza ideológica da comunicação, da arte e da própria existência do homem. As
produções jornalísticas e literárias são entendidas como espaços importantes de
11
12. descoberta e afirmação dos indivíduos e das coletividades, em um mundo no qual a
questão da identidade se coloca de modo premente.
De acordo com o Prof. Citelli, essa estratégia de formação de novos
pesquisadores tem dado bons resultados. A formação acadêmica, combinada com a
vontade e a capacidade de atuação em sistemas maiores contribui para uma difusão
mais rápida da proposta educomunicativa, ampliando os benefícios sociais que dela
resultam.
6. Produção acadêmica
Livros publicados/organizados ou edições
CITELLI, A. O. Outras Linguagens na Escola. São Paulo: Ática, 2000. 253 p.
CITELLI, A. O. Comunicação e Educação. A linguagem em movimento. 1. ed. São
Paulo: SENAC, 2000. 260 p.
CITELLI, A. O. Aprender e ensinar com textos, Aprender e ensinar com textos não-
escolares. São Paulo: Cortez, 1997.
CITELLI, A. O. Os Sertões de Euclides da Cunha. Roteiro de Leitura. São Paulo: Ática,
1996. 160 p.
CITELLI, A. O. Linguagem e Persuasão. São Paulo: Ática, 1995. 98 p.
CITELLI, A. O. O Texto Argumentativo. São Paulo: Scipione, 1994. 102 p.
CITELLI, A. O. O Romantismo. São Paulo: Ática, 1990. 98 p.
Capítulos de livros publicados
CITELLI, A. O. Communication and education: perspectives. In: Maria Immacolata V.
Lo-pes;Jose M. de Melo; Sonia V.Moreira;Anibal Bragança. (Org.). Brazilian research in
com-munication. 1 ed. São Paulo: Intercom, 2005, v. 1, p. 80-97.
CITELLI, A. O. A dança da linguagem:entre a comunicação e a educação. In: Cauê
Matos. (Org.). Ciência e arte:imaginário e descoberta. 1 ed. São Paulo: Estação
Ciência/USP, 2003, v. 1, p. 89-97.
CITELLI, A. O. Comunicação e educação:aproximações. In: Baccega, Maria Aparecida.
(Org.). Gestão de processos comunicacionais. 1 ed. São Paulo: Atlas, 2002, v. , p.
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CITELLI, A. O. Uma pesquisa com escolas e meios de comunicação. In: Druetta, Delia
Crovi. (Org.). Comunicación y educación. Perspectiva latinoamericana. 1 ed. México:
Instituto latinoamericano de la comunicacion educativa, 2001, v. 1, p. 257-281.
CITELLI, A. O. A Língua Portuguesa do Brasil e a Formação da Nacionalidade. In: Melo
e Silva, Dilma de. (Org.). Brasil, sua Gente e sua Cultura. São Paulo: CCINT/ECA/USP,
2000, v. , p. 35-45.
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Avaliação do Mérito Acadêmico. São Paulo: Humanitas, 1999, v. , p. 105-110.
CITELLI, A. O. ; ALMADA, I. ; FREIRE, A. ; PONCE, A. G. Memórias do Presídio Tira-
dentes. São Paulo: Scipione, 1997. 240 p.
CITELLI, A. O. No Mundo dos Homens na Ordem de Deus. In: Abdala Jr, Benjamim e
Alexandre, Isabel. (Org.). Canudos. Palavra de Deus. Sonho da Terra. São Paulo: Se-
nac/Boitempo, 1997, v. , p. 28-39.
CITELLI, A. O. ; CHIAPPINI, L. ; PONTUSCHA, N. Assessoria Universitária No Projeto da
13. Interdisciplinaridade. Ousadia no diálogo. São Paulo: Loyola, 1993.
CITELLI, A. O. Resposta A Sergio Gruzinski. Literatura e história na América Latina.
São Paulo: USP, 1993.
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CITELLI, A. O. Simões Lopes Neto: Uma Edição Crítica. Revista Ciência e Cultura, n.
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Trabalhos em eventos (resumos)
CITELLI, A. O. Linguagens da comunicação:desafios à leitura. In: II.Congresso
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15. 7. Orientações concluídas
Doutorado
1. Marina Escobar de Kinjô. A comunicação, exercício de cidadania na educação. 2006.
Tese (Doutorado em Comunicações) - Escola de Comunicações e Artes. USP.
2. Ademilde Silveira Sartori. Gestão na comunicação superior a distância. 2005. Tese
(Doutorado em Comunicações) - Escola de Comunicações e Artes. USP.
3. Carlos Antônio Rogê Ferreira Júnior. Literatura e jornalismo. Práticas políticas.
Discursos e contradiscursos. 2001. Tese (Doutorado em Comunicações) - Escola de
Comunicações e Artes. USP, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.
Mestrado
1. Fernando Brandolise Citroni. Em busca do senso perdido:investigação acerca da
interface Comunicação/Educação. 2005. Dissertação (Mestrado em Comunicações) -
Escola de Comunicações e Artes. USP.
2. Maria Salete Prado Soares. Processos comunicacionais em espaços educativos.
2004. Dissertação (Mestrado em Comunicações) - Escola de Comunicações e Artes.
USP.
3. Arnaldo Ribeiro dos Santos. O rádio no espaço público: construindo áreas comuns
de significado. 2002. Dissertação (Mestrado em Comunicações) - Universidade de São
Paulo.
4. Márcia Coutinho Ramos Jimenez. A internet na escola pública estadual: um novo
âmbito de mediações. 2002. Dissertação (Mestrado em Comunicações) - Escola de
Comunicações e Artes. USP.
5. Vera de Fátima Vieira. Gênero e Educação para a intervenção na mídia. 2002.
Dissertação (Mestrado em Comunicações) - Escola de Comunicações e Artes. USP.
6. Eunice dos Santos Lima. A escola e a contemporaneidade imagética do videoclip.
2001. Dissertação (Mestrado em Comunicações) - Escola de Comunicações e Artes.
USP.
Aperfeiçoamento/Especialização
1. Carlos Francisco dos Santos Jr.. Projeto Pirado: Novas tecnologias a serviço da
comunida-de. 2006. Monografia. (Aperfeiçoamento/Especialização em Gestão de
Processos Comunicacionais) - Escola de Comunicações e Artes. USP.
2. Douglas Gregório Miguel. O agora eletrônico e-poupatempo. Comunicabilidade e
governo eletrônico no Estado de São Paulo. 2006. Monografia.
(Aperfeiçoamento/Especialização em Gestão de Processos Comunicacionais) - Escola
de Comunicações e Artes. USP.
3. Michel Sitnik. A ciência da vida através das telas. Estação Ciência abrindo portas na
escola. 2006. Monografia. (Aperfeiçoamento/Especialização em Gestão de Processos
Comunicacionais) - Escola de Comunicações e Artes. USP.
4. Ebenezer Takuno de Menezes. Por uma segunda alfabetização:parâmetros de uma
educação para a televisão. 2005. Monografia. (Aperfeiçoamento/Especialização em
Gestão de Processos Comunicacionais) - Escola de Comunicações e Artes. USP.
5. Márcia Nogueira Tonello. Um projeto para atualização dos conteúdos didáticos a
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em Gestão de Processos Comunicacionais) - Escola de Comunicações e Artes. USP.
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16. 6. Avani Marques da Silva. A secretaria da Escola de Aplicação da Faculdade de
Educação da USP:melhorando os processos de atendimento e comunicação nos
diversos segmentos. 2005. Monografia. (Aperfeiçoamento/Especialização em Gestão de
Processos Comuni-cacionais) - Escola de Comunicações e Artes. USP.
7. Silvana Aparecida Pires Leodoro. O computador e a internet na escola. 2003.
Monografia. (Aperfeiçoamento/Especialização em Gestão de Processos
Comunicacionais) - Escola de Comunicações e Artes. USP.
8. Elizabeth Mariano de Souza. Aprendendo a ensinar:um estudo sobre discrepância
regional na atualização médica. 2003. Monografia. (Aperfeiçoamento/Especialização
em Gestão de Processos Comunicacionais) - Escola de Comunicações e Artes. USP.
9. Zaíde do Nascimento Naide. Fraturas nos processos de comunicação. 2003.
Monografia. (Aperfeiçoamento/Especialização em Gestão de Processos
Comunicacionais) - Escola de Comunicações e Artes. USP.
10. Claudia Ribeiro da Silva. Dialogando com as linguagens complexas da televisão.
2003. Monografia. (Aperfeiçoamento/Especialização em Gestão de Processos
Comunicacionais) - Escola de Comunicações e Artes. USP.
11. Carlos Vinicius Oliveira Moraes. Mídia-Educação.. 2003. Monografia.
(Aperfeiçoamen-to/Especialização em Gestão de Processos Comunicacionais) - Escola
de Comunicações e Artes. USP.
12. Katia Francischi. A comunicação como educação necessária. 2003. Monografia.
(Aperfeiçoamento/Especialização em Gestão de Processos Comunicacionais) - Escola
de Comunicações e Artes. USP.
13. Fábio Risério Moura de Oliveira. Escola & planeta mídia. Uma proposta de
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Processos Comunicacionais) - Escola de Comunicações e Artes. USP.
14. Absolon de Oliveira. Comunicação e cultura.. 2002. Monografia. (Aperfeiçoamen-
to/Especialização em Gestão de Processos Comunicacionais) - Escola de Comunicações
e Artes. USP.
15. Ana Luisa Zaniboni Gomes. Redes temáticas de rádio. A parceria e a cooperação
como ferramentas de gestão. 2002. Monografia. (Aperfeiçoamento/Especialização em
Gestão de Processos Comunicacionais) - Escola de Comunicações e Artes. USP.
16. Ana Paula Lopes Alcântara. As vozes (ocultas) da escola. 2002. Monografia.
(Aperfeiçoamento/Especialização em Gestão de Processos Comunicacionais) - Escola
de Comunicações e Artes. USP.
17. Priscila Helena Belpiede Simões. Comunicação e educação rumo à participação.
2002. Monografia. (Aperfeiçoamento/Especialização em Gestão de Processos
Comunicacionais) - Escola de Comunicações e Artes. USP.
18. José Cavalhero Simon Jr. Cultura e educação: uma questão para educadores.
2001. Monografia. (Aperfeiçoamento/Especialização em Gestão de Processos
Comunicacionais) - Escola de Comunicações e Artes. USP.
19. Ewerton Henrique Frigo. Newsware.Uma proposta pedagógica de educação para os
mei-os. 2001. Monografia. (Aperfeiçoamento/Especialização em Gestão de Processos
Comunicacionais) - Escola de Comunicações e Artes. USP.
20. Maria Luiza Boccia. O uso da TVEscola. Um estudo de caso. 2001. Monografia.
(Aperfeiçoamento/Especialização em Gestão de Processos Comunicacionais) - Escola
de Comunicações e Artes. USP.
21. Zélia Virginia Peres F.da Cunha Cevasco. Educação de jovens e adultos.História,
formas de comunicação.. 2001. Monografia. (Aperfeiçoamento/Especialização em
Gestão de Processos Comunicacionais) - Escola de Comunicações e Artes. USP.
22. César Augusto Temer Cevasco. A comunicação na educação de jovens e adultos.
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Comunicacionais) - Escola de Comunicações e Artes. USP.
23. Renata Cajado O.S.Carvalho. Museu da terra. Presente no papel, no lápis, na
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24. Raquel Molinos. Rocha Mendes. Prazer em conhecer: a valorização na construção
educa-cional. 2000. Monografia. (Aperfeiçoamento/Especialização em Gestão de
Processos Comu-nicacionais) - Escola de Comunicações e Artes. USP.
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Gestão de Processos Comunicacionais) - Escola de Comunicações e Artes. USP.
26. Vera de Fátima Vieira. Educomunicação: intervenção comunicacional das ONGS: o
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Processos Comunicacionais) - Escola de Comunicações e Artes. USP.
27. Priscila C.Gonsales Araújo. Criação da agência de notícias Escola da Vila. 1999.
Monografia. (Aperfeiçoamento/Especialização em Gestão de Processos
Comunicacionais) - Escola de Comunicações e Artes. USP.
28. Silvana A.Ribeiro. Direito a voz: uma tentativa de implementar a proposta
educacional do Instituto de Governo do ABC. 1999. Monografia.
(Aperfeiçoamento/Especialização em Gestão de Processos Comunicacionais) - Escola
de Comunicações e Artes. USP.
29. Ionaldo Santana de Araújo. TV.Pública. A vontade da razão. 1999. Monografia.
(Aperfeiçoamento/Especialização em Gestão de Processos Comunicacionais) - Escola
de Comunicações e Artes. USP.
17