O documento descreve o processo de soldagem com eletrodo revestido, incluindo equipamentos, consumíveis, técnicas e defeitos comuns. É um processo manual que usa eletrodos revestidos para gerar um arco elétrico e soldar metais. Requer habilidade do soldador para controlar o arco e obter soldas de qualidade.
1. Processo de soldagem com
eletrodo revestido
Curso de Solda com eletrodo
revestido
2. Conteúdo
Descrição do processo
Equipamento e consumíveis
Técnica de soldagem
Principais defeitos e descontinuidades
Aplicações
3. Processo MMA ou SMAW
• Definição: soldagem a arco elétrico com eletrodo revestido
consumível (Shielded Metal Arc Welding – SMAW)
• Uso de eletrodo com alma metálica e revestido com fluxo
gerador de fumos protetores da poça de fusão, escória e
elementos liga
• Permite a soldagem de quase
todos os metais a baixo custo
com média a alta
produtividade dependendo do
soldador
4. Processo MMA ou SMAW
• Produção de escória e fumos com a queima do eletrodo
(baixa visibilidade da poça de fusão)
• Suavidade e estabilidade do arco dependem do revestimento
do eletrodo
• Exige habilidade do soldador para obtenção de solda de
qualidade
• Requer boa limpeza antes e após a soldagem para retirada
total da escória
• Permite soldar em qualquer posição e com
qualquer tipo de junta e chanfro (depende
do eletrodo)
5. Desvantagens
•Requer maior habilidade do soldador para abertura do arco,
controle da trajetória do eletrodo e manutenção do tamanho
do arco
•Não permite soldagens contínuas exigindo a reposição do
eletrodo gasto
•Determinados tipos de eletrodos requerem condições
especiais de armazenagem
•Emissão de fumos prejudiciais à saúde do soldador
•Requer uma fonte de energia elétrica
•Baixa visibilidade da poça de fusão
6. Fonte de energia (transformador/retificador)
Porta eletrodo com cabo
Garra com cabo (cabo de obra)
Eletrodos revestidos
EPI obrigatórios (básico): máscara com filtro,
perneira, mangote, avental e luva de raspa de
couro
EPI adicionais (especiais): máscara com filtro
para gases, luva com revestimento isolante,
protetor de cabeça
Equipamento e
consumíveis
7. Fonte de energia
• Fonte composta de transformador com ou
sem retificador (soldas em CC)
• Fornece um valor constante e ajustável de
corrente elétrica
• Trabalha com corrente alternada e contínua
(retificadoras/inversoras)
• Faixa de operação: 30 a 50A (mínima) e 300 a
400A (máxima)
8. Fonte de energia
• Corrente alternada (MMA AC): Utilizada por alguns
eletrodos e exige voltagem de abertura de arco mais
elevada.
• Corrente contínua (MMA DC): Polaridade direta (-) ou
reversa (+). Utilizada pela maioria dos eletrodos,
sobretudo na polaridade reversa. Exige menor tensão
de abertura de arco.
• Seleção feita na ligação dos cabos.
9. Eletrodo revestido
• Composto por alma metálica e revestimento
• Fornece o metal de adição (alma) ao cordão e a
proteção à zona fundida (fumos e gases).
• Proporciona ainda elementos de liga metálica,
desoxidantes, formadores de escória, ionizadores e
estabilizadores do arco.
• Classificados segundo as normas da AWS além de
nomes comerciais.
15. Escolha do eletrodo
• Verifique o metal de base a ser soldado
– Aço carbono, aço inox, aço liga, ferro fundido,
alumínio, magnésio, níquel, cobre, etc.
• Verifique a composição química do metal de base
– Aço comum: teor de carbono (baixo, doce, médio ou
alto teor)
• Verifique as propriedades mecânicas do metal de
base e do metal de adição
– Limite de resistência, dureza, limite de escoamento,
alongamento, ensaio de impacto
16. Escolha de eletrodo
• Verifique a espessura do material a ser
soldado
– Diâmetro do eletrodo
• Verifique as características da fonte de energia
– Tipo de corrente
– Faixa de amperagem
– Fator de trabalho
• Verifique a posição de soldagem
18. Regulagem da corrente
• Tipo de corrente (CA/AC ou CC/DC)
– Definida pela escolha do eletrodo
– Ajustada em função da espessura do material
• Polaridade
– Definida pela escolha do eletrodo
– Ajustada em função da espessura do material
• Valor da amperagem
– Diâmetro e tipo do eletrodo
– Espessura da peça a ser soldada
– Tipo de corrente e polaridade
19. Principais defeitos e descontinuidades
• Mordeduras
• Trincas
• Porosidade
• Falta de penetração
• Oclusões
• Inclusão/contaminação com impurezas
• Oxidação do cordão
• Distorções
20. Principais defeitos e descontinuidades
• Falta de penetração – corrente baixa, ângulo
incorreto de soldagem, velocidade incorreta de
soldagem, preparação inadequada, arco muito
longo
• Mordedura – sopro magnético, posição incorreta
da tocha, manejo inadequado da tocha, limpeza
inadequada da peça, velocidade muita alta
• Distorções – falta de simetria na realização do
cordão, fixação por ponto inadequada, excessiva
aplicação de calor