SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 33
Arco Submerso
Alunos
Leonam Fernandes
Victor Pereira
Fúlvio Sales
Franciane
Priscila Falcão
Carol Ferreira
Gustavo do Vale
Diogo
Definição
 Soldagem por arco submerso é um método no qual o calor
requerido para fundir o metal é gerado por um arco formado
pela corrente elétrica passando entre o arame de soldagem e a
peça de trabalho. A ponta do arame de soldagem, o arco
elétrico e a peça de trabalho são cobertos por uma camada de
um material mineral granulado conhecido por fluxo para
soldagem por arco submerso.
 Não há arco visível nem faíscas, respingos ou fumos.
Escopo geral
Corrente de soldagem : Correntes até 2.000 A, CA ou CC, com um
único arame.
Espessuras : Soldagem monopasse até 16 mm de espessura e
soldagem multipasse sem limite de espessura.
Velocidade de soldagem : Até 400 cm/min com um único arame.
Maiores velocidades podem ser alcançadas com vários arames na
mesma poça de fusão.
Posição : A alta corrente de soldagem aliada ao alto aporte
térmico cria uma grande poça de fusão. Sob tais condições, as
soldas devem ser mantidas na horizontal para evitar escorrer.
Soldas com pequenas poças de fusão podem ser inclinadas por até
15° da horizontal sem grande dificuldade. Se o tamanho dos
passes for limitado, soldas horizontais podem ser executadas em
superfícies verticais, desde que seja providenciado um suporte
adequado para o fluxo.
Vantagens do processo
 Taxas de deposição: Por causa das grandes espessuras que o
arco submerso pode atingir, as taxas de deposição são muito
maiores que outros processos de soldagem.
 Velocidade: É possível soldar até 400 centímetros por minuto
utilizando um único arame. Se quiser velocidades maiores, é só
utilizar mais arames na mesma poça de fusão.
 Qualidade do metal de solda: Por conta da presença do fluxo
como camada protetora – e muitas vezes também parte
essencial da poça de fusão – a integridade do cordão de solda é
muito maior do que outros tipos de solda,
como TIG e MIG/MAG.
 Alta penetração: Pelo arco submerso penetrar profundamente
nas peças de solda, isso pode eliminar a necessidade do
processo de preparação de junta.
 Limpeza do processo: Por causa do fluxo, é mais fácil remover
a escória e existe pouca fumaça resultante do arco elétrico.
 Soldar em arco submerso: É mais fácil, seguro e confortável
para o operador.
Tipos de Soldagem por Arco Submerso
 Soldagem automática: Não existe a necessidade da regulagem
dos controles pelo operador. A peças de trabalho podem ou
não serem carregadas pelo próprio equipamento.
 Soldagem semiautomática: apenas parte do processo é
automatizado, como a taxa de alimentação do arame ou do
fluxo. O restante é feito de forma manual por um operador, no
qual ele controla os ângulos de trabalho, a velocidade de
deslocamento da tocha, entre outras variáveis.
 Soldagem mecanizada: a máquina realiza todo a operação da
soldagem. Mas o processo ainda precisa ser monitorado por
um operador, que será responsável por posicionar as peças a
serem soldadas, reabastecer o fluxo, regular os controles e
definir as velocidades de deslocamentos.
Elementos da soldagem por arco submerso
 Calor gerado pela passagem de uma corrente elétrica através
de um arco;
• Arame para soldagem — consumível;
• As peças a serem soldadas;
• Fluxo para arco submerso - um composto mineral granulado
para soldagem;
• O movimento relativo entre o cabeçote de soldagem e as peças
de trabalho.
Aplicações
 O campo industrial é o que mais utiliza as aplicações do arco
submerso. É um processo que padroniza a qualidade da cordão
de solda e gera maior produtividade, devido à pelo menos
parte do processo ser automatizado.
 Além disso, esse processo é recomendado para soldagens que
abrangem longas articulações em linha reta, principalmente
devido às altas taxas de deposição do metal.
 A soldagem por arco submerso é amplamente empregada
para otimizar procedimentos em indústrias como a naval ou
a automotiva, e na fabricação de tubulações, chapas ou vigas,
fabricação de vasos de pressão, navios e barcos, plataformas e
tubos, revestimento e recuperação de peças assim como
cilindros de laminação, rolos de lingotamento contínuo, cones
de altos-fornos, material rodante, dentre outras.
Preparação para a soldagem
 Cada elemento da soldagem por arco submerso tem um efeito
sobre a solda concluída. Os valores para a tensão e corrente de
soldagem, a composição e o diâmetro do arame de soldagem
para o tipo de junta escolhida e o material a ser soldado são
determinados das tabelas aplicáveis. É responsabilidade do
operador ajustar e verificar as condições adequadas de
soldagem e ajustar o equipamento para manter as condições
pré-ajustadas e produzir a solda.
 A bobina de arame de soldagem é instalada no carretel. A
extremidade da bobina é inserida nas roldanas do dispositivo
de alimentação de arame e alimentada até alcançar as peças de
trabalho. O cabeçote de soldagem é então posicionado de
forma que o arame fique pronto para iniciar a solda.
 O fluxo requerido é colocado no silo do cabeçote de soldagem.
Uma quantidade do fluxo é depositada até cobrir a região de
soldagem no ponto inicial da solda.
 Os controles são ajustados para estabelecer as condições
adequadas de soldagem: corrente, tensão e velocidade de
soldagem.
A atividade de soldagem
Quando o equipamento de soldagem é ajustado para operação, vários
fatos ocorrem em uma rápida sequência:
 Um arco elétrico é estabelecido quando a corrente flui entre o arame
e a peça;
 O dispositivo de alimentação do arame começa a empurrar o arame a
uma velocidade de alimentação controlada;
 O carro inicia seu deslocamento ao longo do cordão de solda (manual
ou automaticamente);
 O fluxo para soldagem por arco submerso é alimentado através do
tubo do silo e distribui-se continuamente sobre o cordão de solda por
uma pequena distância à frente da região de soldagem.
Desvantagens do processo
 Posição: Existe um padrão na solda por arco submerso que é a
grande proporção do processo quando comparada a outros
tipos de soldagem mais comum, como TIG ou MIG/MAG.
Durante o ato, saiba que você lidará com altíssimas
temperaturas combinadas com correntes elétricas muito
intensas, e tudo isso gerará uma grande poça de fusão. Levando
em consideração essa premissa, o risco de a solda escorregar é
enorme e, se quiser evitar que isso aconteça, deve sempre
manter o processo na posição horizontal. Mas se você não tiver
escolha, e precisar soldar na vertical, será necessário utilizar
um suporte apropriado para o fluxo.
 Limitações Manuais: Por causa das grandes proporções da
soldagem por arco submerso, existem algumas limitações
quanto a atuação manual do operador.
Posições
SELEÇÃO DO ARAME E DO FLUXO
Dois materiais devem ser escolhidos para a soldagem por arco
submerso: o arame de soldagem e o fluxo, os quais devem
satisfazer em termos de qualidade e de economia aos requisitos
das soldas a serem executadas.
Dois fatores influenciam a escolha do fluxo:
Características de desempenho
Ditam que fluxos podem ser empregados. As características de
desempenho incluem facilidade de remoção da escória,
capacidade de remoção de óxidos e carepa, capacidade de
condução de corrente elétrica, possibilidade de uso de vários
arames e possibilidade de aplicação de corrente alternada.
Propriedades mecânicas
São de importância primária para muitas aplicações críticas tais
como vasos de pressão e serviços a baixas temperaturas. Para
essas soldas, deve haver um compromisso das características de
desempenho para satisfazer às propriedades mecânicas
requeridas.
O principal fator que governa a escolha do arame de soldagem é
sua influência na composição química e propriedades mecânicas
da solda.
Projeto e preparação da junta
O projeto e a preparação da junta são dois dos fatores mais
importantes na execução de uma solda por arco submerso. Para
usufruir totalmente das vantagens da soldagem por arco
submerso, a junta deve ser adequadamente projetada e
preparada e deve estar razoavelmente uniforme ao longo dos
cordões de solda. Caso contrário, o operador de solda terá que
fazer tentativas para compensar as irregularidades.
O tempo despendido na preparação adequada da junta é mais
que compensado pelas maiores velocidades de soldagem e soldas
de melhor qualidade.
Penetração da junta
É a profundidade de fusão medida da superfície original do metal
de base. É algumas vezes expressa como um percentual da
espessura da junta.
Reforço da solda
O metal de solda excedendo a quantidade necessária para o
preenchimento da junta soldada
Linha de fusão
É a junção do metal de solda com o metal de base.
Zona termicamente afetada
É uma parte do metal de base adjacente à solda que não foi
fundido, porém teve sua microestrutura ou suas propriedades
mecânicas alteradas devido ao calor.
Procedimentos e dicas operacionais
Corrente, tensão e velocidade de soldagem
Corrente, tensão e velocidade de soldagem são as três mais importantes
variáveis da soldagem por arco submerso. A qualidade da solda depende quase
inteiramente de uma seleção e controle adequados desses parâmetros. Por
esse motivo, o operador deve conhecer como cada variável afeta a soldagem e
que alterações devem ser feitas caso seja necessário efetuar alguma.
Corrente e arame de soldagem
As faixas de corrente de soldagem geralmente aceitas para os
diâmetros de arames de solda são mostradas na Tabela.
Conclusão
Bibliografia
 Soldagem & Técnicas Conexas: Processos, Ivan Guerra Machado, 1996
 Tecnologia da Soldagem, Paulo Villani Marques, 1991
Vídeos

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

Apostila eletrodo revestido_l&a
Apostila eletrodo revestido_l&aApostila eletrodo revestido_l&a
Apostila eletrodo revestido_l&a
 
Questionário solda.
Questionário solda.Questionário solda.
Questionário solda.
 
Oxi acetileno
Oxi acetilenoOxi acetileno
Oxi acetileno
 
Solda MAG
Solda MAGSolda MAG
Solda MAG
 
Soldagem 1
Soldagem   1Soldagem   1
Soldagem 1
 
U5 pf simb_sold (1)
U5 pf simb_sold (1)U5 pf simb_sold (1)
U5 pf simb_sold (1)
 
Arc Welding Basics
Arc Welding BasicsArc Welding Basics
Arc Welding Basics
 
Calculo resistencia de solda
Calculo resistencia de soldaCalculo resistencia de solda
Calculo resistencia de solda
 
Apostila arco submerso
Apostila arco submersoApostila arco submerso
Apostila arco submerso
 
Soldagem por brasagem
Soldagem por brasagemSoldagem por brasagem
Soldagem por brasagem
 
Apostila eletrodo revestido esab
Apostila eletrodo revestido   esabApostila eletrodo revestido   esab
Apostila eletrodo revestido esab
 
Curso De Soldagem Mig Mag
Curso De Soldagem Mig MagCurso De Soldagem Mig Mag
Curso De Soldagem Mig Mag
 
Defeitos de solda — suas causas e soluções-1.pptx
Defeitos de solda — suas causas e soluções-1.pptxDefeitos de solda — suas causas e soluções-1.pptx
Defeitos de solda — suas causas e soluções-1.pptx
 
Solda aula 2 - simbologia
Solda   aula 2 - simbologiaSolda   aula 2 - simbologia
Solda aula 2 - simbologia
 
Apostila 1 para publicar
Apostila 1 para publicarApostila 1 para publicar
Apostila 1 para publicar
 
Apostila aço inox. soldagem
Apostila aço inox.   soldagemApostila aço inox.   soldagem
Apostila aço inox. soldagem
 
Tubulações
TubulaçõesTubulações
Tubulações
 
Soldadura 2013 1
Soldadura  2013 1Soldadura  2013 1
Soldadura 2013 1
 
Manual sobre tubos
Manual sobre tubosManual sobre tubos
Manual sobre tubos
 
Apostilas senai - processo soldagem
Apostilas   senai - processo soldagemApostilas   senai - processo soldagem
Apostilas senai - processo soldagem
 

Semelhante a Arco submerso trabalho

1901100rev0 apostila arcosubmerso
1901100rev0 apostila arcosubmerso1901100rev0 apostila arcosubmerso
1901100rev0 apostila arcosubmersoLukasSeize
 
04 - PROCESSO MIG MAG.pdf
04 - PROCESSO MIG MAG.pdf04 - PROCESSO MIG MAG.pdf
04 - PROCESSO MIG MAG.pdfjulianocorrea17
 
Aula3 soldagem a arco elétrico
Aula3   soldagem a arco elétricoAula3   soldagem a arco elétrico
Aula3 soldagem a arco elétricoJoão Paulo sousa
 
2º lista de exercícios de soldagem
2º lista de exercícios de soldagem 2º lista de exercícios de soldagem
2º lista de exercícios de soldagem paulofarina
 
Soldagem Mig Mag Apostila
Soldagem Mig Mag ApostilaSoldagem Mig Mag Apostila
Soldagem Mig Mag Apostilasaitama32
 
Soldagemmigmagapostila 100120064930-phpapp02
Soldagemmigmagapostila 100120064930-phpapp02Soldagemmigmagapostila 100120064930-phpapp02
Soldagemmigmagapostila 100120064930-phpapp02Ginho_Neder
 
1901104rev0 apostila soldagemmigmag
1901104rev0 apostila soldagemmigmag1901104rev0 apostila soldagemmigmag
1901104rev0 apostila soldagemmigmagLukasSeize
 
1901104rev0 Apostila Soldagem Migmag
1901104rev0 Apostila Soldagem Migmag1901104rev0 Apostila Soldagem Migmag
1901104rev0 Apostila Soldagem MigmagGuiMBS2009
 
Riscos e solucoes para fumos de solda
Riscos e solucoes para fumos de soldaRiscos e solucoes para fumos de solda
Riscos e solucoes para fumos de soldaCosmo Palasio
 
10 aula tubos de aço e mangueiras de alta pressão
10 aula tubos de aço e mangueiras de alta pressão10 aula tubos de aço e mangueiras de alta pressão
10 aula tubos de aço e mangueiras de alta pressãoHomero Alves de Lima
 
Apresentação de soldagem por eletroescória
Apresentação de soldagem por eletroescóriaApresentação de soldagem por eletroescória
Apresentação de soldagem por eletroescóriaBhrayan Azevedo Sampaio
 
Apostila soldagem mig mag
Apostila soldagem mig magApostila soldagem mig mag
Apostila soldagem mig magMarcelo Kressin
 
Apostila de soldagem mig mag
Apostila de soldagem mig magApostila de soldagem mig mag
Apostila de soldagem mig magLuiz Avelar
 
soldagem mig mag
soldagem mig magsoldagem mig mag
soldagem mig magOkutagawa
 
Soldagem pro fricção e Friction Stir Welding
Soldagem pro fricção e Friction Stir Welding Soldagem pro fricção e Friction Stir Welding
Soldagem pro fricção e Friction Stir Welding Jailson Alves da Nobrega
 
Apostila aco-inox-soldagem
Apostila aco-inox-soldagemApostila aco-inox-soldagem
Apostila aco-inox-soldagemMarcelo Borges
 
Apostila aco inox_soldagem
Apostila aco inox_soldagemApostila aco inox_soldagem
Apostila aco inox_soldagemmfojezler
 

Semelhante a Arco submerso trabalho (20)

Solda esab 1
Solda esab 1Solda esab 1
Solda esab 1
 
1901100rev0 apostila arcosubmerso
1901100rev0 apostila arcosubmerso1901100rev0 apostila arcosubmerso
1901100rev0 apostila arcosubmerso
 
04 - PROCESSO MIG MAG.pdf
04 - PROCESSO MIG MAG.pdf04 - PROCESSO MIG MAG.pdf
04 - PROCESSO MIG MAG.pdf
 
04 - PROCESSO TIG.pdf
04 - PROCESSO TIG.pdf04 - PROCESSO TIG.pdf
04 - PROCESSO TIG.pdf
 
Soldagem pelo processo de Eletrodo Revestido
Soldagem pelo processo de Eletrodo RevestidoSoldagem pelo processo de Eletrodo Revestido
Soldagem pelo processo de Eletrodo Revestido
 
Aula3 soldagem a arco elétrico
Aula3   soldagem a arco elétricoAula3   soldagem a arco elétrico
Aula3 soldagem a arco elétrico
 
2º lista de exercícios de soldagem
2º lista de exercícios de soldagem 2º lista de exercícios de soldagem
2º lista de exercícios de soldagem
 
Soldagem Mig Mag Apostila
Soldagem Mig Mag ApostilaSoldagem Mig Mag Apostila
Soldagem Mig Mag Apostila
 
Soldagemmigmagapostila 100120064930-phpapp02
Soldagemmigmagapostila 100120064930-phpapp02Soldagemmigmagapostila 100120064930-phpapp02
Soldagemmigmagapostila 100120064930-phpapp02
 
1901104rev0 apostila soldagemmigmag
1901104rev0 apostila soldagemmigmag1901104rev0 apostila soldagemmigmag
1901104rev0 apostila soldagemmigmag
 
1901104rev0 Apostila Soldagem Migmag
1901104rev0 Apostila Soldagem Migmag1901104rev0 Apostila Soldagem Migmag
1901104rev0 Apostila Soldagem Migmag
 
Riscos e solucoes para fumos de solda
Riscos e solucoes para fumos de soldaRiscos e solucoes para fumos de solda
Riscos e solucoes para fumos de solda
 
10 aula tubos de aço e mangueiras de alta pressão
10 aula tubos de aço e mangueiras de alta pressão10 aula tubos de aço e mangueiras de alta pressão
10 aula tubos de aço e mangueiras de alta pressão
 
Apresentação de soldagem por eletroescória
Apresentação de soldagem por eletroescóriaApresentação de soldagem por eletroescória
Apresentação de soldagem por eletroescória
 
Apostila soldagem mig mag
Apostila soldagem mig magApostila soldagem mig mag
Apostila soldagem mig mag
 
Apostila de soldagem mig mag
Apostila de soldagem mig magApostila de soldagem mig mag
Apostila de soldagem mig mag
 
soldagem mig mag
soldagem mig magsoldagem mig mag
soldagem mig mag
 
Soldagem pro fricção e Friction Stir Welding
Soldagem pro fricção e Friction Stir Welding Soldagem pro fricção e Friction Stir Welding
Soldagem pro fricção e Friction Stir Welding
 
Apostila aco-inox-soldagem
Apostila aco-inox-soldagemApostila aco-inox-soldagem
Apostila aco-inox-soldagem
 
Apostila aco inox_soldagem
Apostila aco inox_soldagemApostila aco inox_soldagem
Apostila aco inox_soldagem
 

Arco submerso trabalho

  • 2. Alunos Leonam Fernandes Victor Pereira Fúlvio Sales Franciane Priscila Falcão Carol Ferreira Gustavo do Vale Diogo
  • 3. Definição  Soldagem por arco submerso é um método no qual o calor requerido para fundir o metal é gerado por um arco formado pela corrente elétrica passando entre o arame de soldagem e a peça de trabalho. A ponta do arame de soldagem, o arco elétrico e a peça de trabalho são cobertos por uma camada de um material mineral granulado conhecido por fluxo para soldagem por arco submerso.  Não há arco visível nem faíscas, respingos ou fumos.
  • 5. Corrente de soldagem : Correntes até 2.000 A, CA ou CC, com um único arame. Espessuras : Soldagem monopasse até 16 mm de espessura e soldagem multipasse sem limite de espessura. Velocidade de soldagem : Até 400 cm/min com um único arame. Maiores velocidades podem ser alcançadas com vários arames na mesma poça de fusão. Posição : A alta corrente de soldagem aliada ao alto aporte térmico cria uma grande poça de fusão. Sob tais condições, as soldas devem ser mantidas na horizontal para evitar escorrer. Soldas com pequenas poças de fusão podem ser inclinadas por até 15° da horizontal sem grande dificuldade. Se o tamanho dos passes for limitado, soldas horizontais podem ser executadas em superfícies verticais, desde que seja providenciado um suporte adequado para o fluxo.
  • 7.  Taxas de deposição: Por causa das grandes espessuras que o arco submerso pode atingir, as taxas de deposição são muito maiores que outros processos de soldagem.  Velocidade: É possível soldar até 400 centímetros por minuto utilizando um único arame. Se quiser velocidades maiores, é só utilizar mais arames na mesma poça de fusão.  Qualidade do metal de solda: Por conta da presença do fluxo como camada protetora – e muitas vezes também parte essencial da poça de fusão – a integridade do cordão de solda é muito maior do que outros tipos de solda, como TIG e MIG/MAG.  Alta penetração: Pelo arco submerso penetrar profundamente nas peças de solda, isso pode eliminar a necessidade do processo de preparação de junta.  Limpeza do processo: Por causa do fluxo, é mais fácil remover a escória e existe pouca fumaça resultante do arco elétrico.  Soldar em arco submerso: É mais fácil, seguro e confortável para o operador.
  • 8. Tipos de Soldagem por Arco Submerso
  • 9.  Soldagem automática: Não existe a necessidade da regulagem dos controles pelo operador. A peças de trabalho podem ou não serem carregadas pelo próprio equipamento.  Soldagem semiautomática: apenas parte do processo é automatizado, como a taxa de alimentação do arame ou do fluxo. O restante é feito de forma manual por um operador, no qual ele controla os ângulos de trabalho, a velocidade de deslocamento da tocha, entre outras variáveis.  Soldagem mecanizada: a máquina realiza todo a operação da soldagem. Mas o processo ainda precisa ser monitorado por um operador, que será responsável por posicionar as peças a serem soldadas, reabastecer o fluxo, regular os controles e definir as velocidades de deslocamentos.
  • 10. Elementos da soldagem por arco submerso  Calor gerado pela passagem de uma corrente elétrica através de um arco; • Arame para soldagem — consumível; • As peças a serem soldadas; • Fluxo para arco submerso - um composto mineral granulado para soldagem; • O movimento relativo entre o cabeçote de soldagem e as peças de trabalho.
  • 11. Aplicações  O campo industrial é o que mais utiliza as aplicações do arco submerso. É um processo que padroniza a qualidade da cordão de solda e gera maior produtividade, devido à pelo menos parte do processo ser automatizado.  Além disso, esse processo é recomendado para soldagens que abrangem longas articulações em linha reta, principalmente devido às altas taxas de deposição do metal.  A soldagem por arco submerso é amplamente empregada para otimizar procedimentos em indústrias como a naval ou a automotiva, e na fabricação de tubulações, chapas ou vigas, fabricação de vasos de pressão, navios e barcos, plataformas e tubos, revestimento e recuperação de peças assim como cilindros de laminação, rolos de lingotamento contínuo, cones de altos-fornos, material rodante, dentre outras.
  • 12.
  • 13. Preparação para a soldagem  Cada elemento da soldagem por arco submerso tem um efeito sobre a solda concluída. Os valores para a tensão e corrente de soldagem, a composição e o diâmetro do arame de soldagem para o tipo de junta escolhida e o material a ser soldado são determinados das tabelas aplicáveis. É responsabilidade do operador ajustar e verificar as condições adequadas de soldagem e ajustar o equipamento para manter as condições pré-ajustadas e produzir a solda.  A bobina de arame de soldagem é instalada no carretel. A extremidade da bobina é inserida nas roldanas do dispositivo de alimentação de arame e alimentada até alcançar as peças de trabalho. O cabeçote de soldagem é então posicionado de forma que o arame fique pronto para iniciar a solda.
  • 14.  O fluxo requerido é colocado no silo do cabeçote de soldagem. Uma quantidade do fluxo é depositada até cobrir a região de soldagem no ponto inicial da solda.  Os controles são ajustados para estabelecer as condições adequadas de soldagem: corrente, tensão e velocidade de soldagem.
  • 15. A atividade de soldagem Quando o equipamento de soldagem é ajustado para operação, vários fatos ocorrem em uma rápida sequência:  Um arco elétrico é estabelecido quando a corrente flui entre o arame e a peça;  O dispositivo de alimentação do arame começa a empurrar o arame a uma velocidade de alimentação controlada;  O carro inicia seu deslocamento ao longo do cordão de solda (manual ou automaticamente);  O fluxo para soldagem por arco submerso é alimentado através do tubo do silo e distribui-se continuamente sobre o cordão de solda por uma pequena distância à frente da região de soldagem.
  • 16.
  • 17. Desvantagens do processo  Posição: Existe um padrão na solda por arco submerso que é a grande proporção do processo quando comparada a outros tipos de soldagem mais comum, como TIG ou MIG/MAG. Durante o ato, saiba que você lidará com altíssimas temperaturas combinadas com correntes elétricas muito intensas, e tudo isso gerará uma grande poça de fusão. Levando em consideração essa premissa, o risco de a solda escorregar é enorme e, se quiser evitar que isso aconteça, deve sempre manter o processo na posição horizontal. Mas se você não tiver escolha, e precisar soldar na vertical, será necessário utilizar um suporte apropriado para o fluxo.  Limitações Manuais: Por causa das grandes proporções da soldagem por arco submerso, existem algumas limitações quanto a atuação manual do operador.
  • 19. SELEÇÃO DO ARAME E DO FLUXO
  • 20. Dois materiais devem ser escolhidos para a soldagem por arco submerso: o arame de soldagem e o fluxo, os quais devem satisfazer em termos de qualidade e de economia aos requisitos das soldas a serem executadas.
  • 21. Dois fatores influenciam a escolha do fluxo: Características de desempenho Ditam que fluxos podem ser empregados. As características de desempenho incluem facilidade de remoção da escória, capacidade de remoção de óxidos e carepa, capacidade de condução de corrente elétrica, possibilidade de uso de vários arames e possibilidade de aplicação de corrente alternada.
  • 22. Propriedades mecânicas São de importância primária para muitas aplicações críticas tais como vasos de pressão e serviços a baixas temperaturas. Para essas soldas, deve haver um compromisso das características de desempenho para satisfazer às propriedades mecânicas requeridas. O principal fator que governa a escolha do arame de soldagem é sua influência na composição química e propriedades mecânicas da solda.
  • 23. Projeto e preparação da junta O projeto e a preparação da junta são dois dos fatores mais importantes na execução de uma solda por arco submerso. Para usufruir totalmente das vantagens da soldagem por arco submerso, a junta deve ser adequadamente projetada e preparada e deve estar razoavelmente uniforme ao longo dos cordões de solda. Caso contrário, o operador de solda terá que fazer tentativas para compensar as irregularidades. O tempo despendido na preparação adequada da junta é mais que compensado pelas maiores velocidades de soldagem e soldas de melhor qualidade.
  • 24. Penetração da junta É a profundidade de fusão medida da superfície original do metal de base. É algumas vezes expressa como um percentual da espessura da junta.
  • 25. Reforço da solda O metal de solda excedendo a quantidade necessária para o preenchimento da junta soldada
  • 26. Linha de fusão É a junção do metal de solda com o metal de base.
  • 27. Zona termicamente afetada É uma parte do metal de base adjacente à solda que não foi fundido, porém teve sua microestrutura ou suas propriedades mecânicas alteradas devido ao calor.
  • 28. Procedimentos e dicas operacionais Corrente, tensão e velocidade de soldagem Corrente, tensão e velocidade de soldagem são as três mais importantes variáveis da soldagem por arco submerso. A qualidade da solda depende quase inteiramente de uma seleção e controle adequados desses parâmetros. Por esse motivo, o operador deve conhecer como cada variável afeta a soldagem e que alterações devem ser feitas caso seja necessário efetuar alguma.
  • 29.
  • 30. Corrente e arame de soldagem As faixas de corrente de soldagem geralmente aceitas para os diâmetros de arames de solda são mostradas na Tabela.
  • 32. Bibliografia  Soldagem & Técnicas Conexas: Processos, Ivan Guerra Machado, 1996  Tecnologia da Soldagem, Paulo Villani Marques, 1991