SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 42
Baixar para ler offline
Processo, Consumíveis, Técnicas e Parâmetros,
Defeitos e Causas
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E
TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
Professor: Anderson Luís Garcia Correia
Unidade Curricular de Processos de Soldagem
05 de abril de 2017
Processo MIG/MAG – Metal
Inert/Active Gas
• Definição: soldagem a arco com eletrodo consumível
(arame) e proteção gasosa (Gas Metal Arc Welding –
GMAW)
• Proteção gasosa feita
por gás inerte (MIG)
ou ativo (MAG)
• Uso de eletrodo
metálico consumível
alimentado
automaticamente
Processo MIG/MAG – Metal
Inert/Active Gas (vantagens)
• Indicada para a soldagem de todos os metais (aço carbono,
aço inox, aço liga, alumínio, cobre, níquel, etc.) e em todas
posições de soldagem
• Solda peças com espessura acima de 0,76mm
• Ótimo acabamento (dispensa a limpeza)
• Elevada produtividade (alta taxa de deposição) e baixo
custo
• Permite o preenchimento de grandes aberturas e vazios
(reparos)
• Exige menor habilidade do soldador
Processo MIG/MAG – Metal
Inert/Active Gas (desvantagens)
• Acessibilidade e Mobilidade
• Faltas de Fusão
• Limitado a espessuras até 50 mm
• Risco de Inclusões com CO2
• Grande sensibilidade às correntes de ar
• Custos dos Gases de Proteção
Soldagem MIG/MAG
 Uso da polaridade reversa (eletrodo positivo). A
polaridade direta é menos utilizada
 Faixa de corrente: 50 a 600A
 Faixa de voltagem: 15 a 32V
 Gases mais utilizados: argônio (inerte) e dióxido de
carbono (ativo)
 Alimentação contínua e em velocidade constante
(ajustável) do eletrodo (arame)
Soldagem MIG/MAG
 Deposição do metal de três maneiras:
o Curto circuito (short arc) – toque do arame na poça de
fusão
o Globular – transferência do metal em gotas grandes
atraídas pela gravidade
o Aerosol (spray arc) – transferência do metal em gotículas
que são atraídas por forças magnéticas
• Fatores que influenciam a transferência: corrente,
comprimento do arco, gás de proteção, diâmetro do
arame, fonte de energia.
 Diâmetro do arame entre 0,8 e 1,2mm
 Pequenos comprimentos de arco
 Baixas tensões e baixas correntes
 Provoca pouca distorção na peça
 Indicada para peças de pequena espessura ou para
soldagem na posição vertical ou sobrecabeça
Curto circuito
Globular
 Aumento de corrente
provoca a mudança na
transferência de material
 Muitos salpicos e pode
originar curto-circuitos
Aerosol
 Aumento de corrente provoca a mudança na
transferência de material
 Valores acima da corrente de transição permitem a
transferência por aerosol (spray)
 Para gases de proteção com mais de 15% de CO2, não
haverá transferência por aerosol na solda de aço
carbono
 Arco mais estável, poucos respingos e alta taxa de
deposição
 Utilizada para soldas em peças com mais de 2,4mm de
espessura e normalmente na posição plana (exceto
Cobre e Alumínio)
 Técnica pulsada permite soldar espessuras menores
com baixa corrente e arames de maior diâmetro
• Fonte de energia (transformador/retificador)
• Alimentador do arame
• Cilindro de gás com regulador
• Tocha de soldagem (pistola)
Equipamento
• Sistema de refrigeração da tocha (água) para
elevadas amperagens (>150A)
• Bico de contato em cobre permitindo uso de
arame sólido ou tubular
• Diferentes modelos (reta ou curva) para
diferentes aplicações
Tocha MIG/MAG
Fonte de energia
 Fonte composta de transformador e retificador,
normalmente eletrônica
 Fornece um valor ajustável de corrente elétrica
(contínua) e uma tensão constante
 Possui um ignitor para abertura e extinção do arco e
controles para ajustagem do processo
 Faixa de operação: 5 a 10A (mínima) e 200 a 500A
(máxima)
 Possui um alimentador de arame interno ou externo. A
velocidade de alimentação do arame determinará o
valor da corrente
Tipos de corrente
 Corrente contínua polaridade direta (-): Utilizada para
soldagem de metais não ferrosos, sobretudo alumínio e
magnésio
 Corrente contínua polaridade reversa (+): utilizada
para soldar aço, aço inoxidável, níquel, cobre, aço
cromo-molibdênio
 Corrente pulsada: utilizada para soldar chapas mais
finas com transferência por aerosol e arames de maior
diâmetro
Consumíveis
 Gás de proteção (inerte e ativo)
 Inerte: Argônio, Hélio e
Nitrogênio (puros ou em
misturas)
 Ativo: Dióxido de Carbono (puro
ou em misturas), Oxigênio,
Hidrogênio e Nitrogênio (em
misturas)
Consumíveis
 Arame-eletrodo
 Arame metálico sem revestimento
(Aço Carbono, Aço Inoxidável, Cobre,
Alumínio, Níquel, Titânio e
Magnésio)
 Arame tubular metálico preenchido
com fluxo não metálico (soldagem por
arame tubular)
Gases de proteção
 Os gases afetam as características do arco, a
transferência de metal, a qualidade, a metalurgia da
solda e alguns parâmetros de soldagem (corrente,
velocidade, junta, chanfro e posição)
 A escolha do gás de proteção se dará em função de:
metal de base, custo, disponibilidade, metal de adição,
corrente de soldagem
Gases de proteção
Gases de proteção inertes
 Argônio (Ar)
 Melhor proteção, arco mais estável
 Menor consumo e custo, solda mais limpa com AC
 Utilizado preferencialmente em metais não ferrosos
 Hélio (He)
 Maior penetração e velocidade
 Maior consumo e custo mais elevado
 Utilizado em metais não ferrosos (preferencialmente
Alumínio e Cobre) e peças de maior espessura
Gás de proteção ativo
 Gás carbônico ou dióxido de carbono (CO2)
 Baixo custo, indicado para solda de metais ferrosos (aço
carbono e inoxidável)
 Arco mais estável e maior quantidade de calor produzida
 Não permite a transferência por aerosol (spray)
 Maior penetração da solda
 Exige elementos desoxidantes (Silício e Manganês) na
composição química do arame
Defeitos Típicos
 Sobre-espessura
 Sobre-espessura
 Tensão ou corrente elétrica muito baixas;
 Eletrodo muito extenso.
 Raiz - Falta de Fusão e Sobre-espessura
 Raiz - Falta de Fusão e Sobre-espessura
 Tensão ou corrente muito baixas;
 Velocidade de soldagem baixa.
 Raiz - Falta de Penetração
 Raiz - Falta de Penetração
 Junta muito estreita;
 Corrente elétrica muito baixa;
 Eletrodo muito extenso.
 Poros (Raio-X)
 Poros (Raio-X)
 Presença de agentes externos como óleo, óxidos e
carepa;
 Deficiência na proteção gasosa.
 Inclusões (Raio-X)
 Inclusões
 Inclusões
 Má limpeza da peça.
 Falta de Fusão
 Falta de Fusão
 Tensão e/ou corrente de soldagem muito baixa;
 Polaridade errada, utilizar CC+;
 Velocidade de soldagem muito baixa;
 Soldagem sobre um cordão convexo;
 Oscilação da tocha muito larga ou muito estreita;
 Oxidação excessiva na chapa.
QUESTIONÁRIO
1) O que caracteriza a solda MIG e MAG?
2) Qual o significado da sigla MIG?
3) O que é polaridade reversa?
4) Cite duas vantagens da solda MIG
5) Quais os três processos de solda MIG em relação à
transferência de metal?

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Soldagem MIG-MAG.pdf

Senai processo tig_e_eletrodo_revestido
Senai processo tig_e_eletrodo_revestidoSenai processo tig_e_eletrodo_revestido
Senai processo tig_e_eletrodo_revestidoRuani Costa
 
Curso de-soldagem-mig-mag-1211151057881888-8
Curso de-soldagem-mig-mag-1211151057881888-8Curso de-soldagem-mig-mag-1211151057881888-8
Curso de-soldagem-mig-mag-1211151057881888-8Ginho_Neder
 
GTAW Soldagem TIG 17_04_2013 2.pdf
GTAW Soldagem TIG 17_04_2013 2.pdfGTAW Soldagem TIG 17_04_2013 2.pdf
GTAW Soldagem TIG 17_04_2013 2.pdfWesleySouza871763
 
Soldagem Mig Mag Apostila
Soldagem Mig Mag ApostilaSoldagem Mig Mag Apostila
Soldagem Mig Mag Apostilasaitama32
 
1901104rev0 Apostila Soldagem Migmag
1901104rev0 Apostila Soldagem Migmag1901104rev0 Apostila Soldagem Migmag
1901104rev0 Apostila Soldagem MigmagGuiMBS2009
 
Soldagemmigmagapostila 100120064930-phpapp02
Soldagemmigmagapostila 100120064930-phpapp02Soldagemmigmagapostila 100120064930-phpapp02
Soldagemmigmagapostila 100120064930-phpapp02Ginho_Neder
 
1901104rev0 apostila soldagemmigmag
1901104rev0 apostila soldagemmigmag1901104rev0 apostila soldagemmigmag
1901104rev0 apostila soldagemmigmagLukasSeize
 
Soldagemcomeletrodorevestido finalizado-120509142545-phpapp02
Soldagemcomeletrodorevestido finalizado-120509142545-phpapp02Soldagemcomeletrodorevestido finalizado-120509142545-phpapp02
Soldagemcomeletrodorevestido finalizado-120509142545-phpapp02Ginho_Neder
 
soldagem mig mag
soldagem mig magsoldagem mig mag
soldagem mig magOkutagawa
 
Apostila soldagem mig mag
Apostila soldagem mig magApostila soldagem mig mag
Apostila soldagem mig magMarcelo Kressin
 
Apostila de soldagem mig mag
Apostila de soldagem mig magApostila de soldagem mig mag
Apostila de soldagem mig magLuiz Avelar
 
Processos de soldagem corte a plasma
Processos de soldagem   corte a plasmaProcessos de soldagem   corte a plasma
Processos de soldagem corte a plasmaGustavo Trotta
 
Plasma.pdf
Plasma.pdfPlasma.pdf
Plasma.pdfGringo73
 
instalaçoes_tubulares.ppt
instalaçoes_tubulares.pptinstalaçoes_tubulares.ppt
instalaçoes_tubulares.pptPauloRutemberg1
 
Introdução aos processos de Soldagem
Introdução aos processos de SoldagemIntrodução aos processos de Soldagem
Introdução aos processos de Soldagemwendelrocha
 

Semelhante a Soldagem MIG-MAG.pdf (20)

Senai processo tig_e_eletrodo_revestido
Senai processo tig_e_eletrodo_revestidoSenai processo tig_e_eletrodo_revestido
Senai processo tig_e_eletrodo_revestido
 
Soldagem pelo processo de Eletrodo Revestido
Soldagem pelo processo de Eletrodo RevestidoSoldagem pelo processo de Eletrodo Revestido
Soldagem pelo processo de Eletrodo Revestido
 
Curso de-soldagem-mig-mag-1211151057881888-8
Curso de-soldagem-mig-mag-1211151057881888-8Curso de-soldagem-mig-mag-1211151057881888-8
Curso de-soldagem-mig-mag-1211151057881888-8
 
04 - PROCESSO TIG.pdf
04 - PROCESSO TIG.pdf04 - PROCESSO TIG.pdf
04 - PROCESSO TIG.pdf
 
GTAW Soldagem TIG 17_04_2013 2.pdf
GTAW Soldagem TIG 17_04_2013 2.pdfGTAW Soldagem TIG 17_04_2013 2.pdf
GTAW Soldagem TIG 17_04_2013 2.pdf
 
Soldagem Mig Mag Apostila
Soldagem Mig Mag ApostilaSoldagem Mig Mag Apostila
Soldagem Mig Mag Apostila
 
1901104rev0 Apostila Soldagem Migmag
1901104rev0 Apostila Soldagem Migmag1901104rev0 Apostila Soldagem Migmag
1901104rev0 Apostila Soldagem Migmag
 
Soldagemmigmagapostila 100120064930-phpapp02
Soldagemmigmagapostila 100120064930-phpapp02Soldagemmigmagapostila 100120064930-phpapp02
Soldagemmigmagapostila 100120064930-phpapp02
 
1901104rev0 apostila soldagemmigmag
1901104rev0 apostila soldagemmigmag1901104rev0 apostila soldagemmigmag
1901104rev0 apostila soldagemmigmag
 
Soldagemcomeletrodorevestido finalizado-120509142545-phpapp02
Soldagemcomeletrodorevestido finalizado-120509142545-phpapp02Soldagemcomeletrodorevestido finalizado-120509142545-phpapp02
Soldagemcomeletrodorevestido finalizado-120509142545-phpapp02
 
soldagem mig mag
soldagem mig magsoldagem mig mag
soldagem mig mag
 
Apostila soldagem mig mag
Apostila soldagem mig magApostila soldagem mig mag
Apostila soldagem mig mag
 
Apostila de soldagem mig mag
Apostila de soldagem mig magApostila de soldagem mig mag
Apostila de soldagem mig mag
 
Processos de soldagem corte a plasma
Processos de soldagem   corte a plasmaProcessos de soldagem   corte a plasma
Processos de soldagem corte a plasma
 
Trabalho soldagem #05 26 09
Trabalho   soldagem #05      26 09Trabalho   soldagem #05      26 09
Trabalho soldagem #05 26 09
 
Plasma.pdf
Plasma.pdfPlasma.pdf
Plasma.pdf
 
instala.ppt
instala.pptinstala.ppt
instala.ppt
 
instalaçoes_tubulares.ppt
instalaçoes_tubulares.pptinstalaçoes_tubulares.ppt
instalaçoes_tubulares.ppt
 
Soldas e-procedimentos
Soldas e-procedimentosSoldas e-procedimentos
Soldas e-procedimentos
 
Introdução aos processos de Soldagem
Introdução aos processos de SoldagemIntrodução aos processos de Soldagem
Introdução aos processos de Soldagem
 

Mais de guizucka

Introdução a metalurgia - Materiais de Construção Mecanica
Introdução a metalurgia - Materiais de Construção MecanicaIntrodução a metalurgia - Materiais de Construção Mecanica
Introdução a metalurgia - Materiais de Construção Mecanicaguizucka
 
Aula 5 Forças e Potência de corte - Introdução.pdf
Aula 5 Forças e Potência de corte - Introdução.pdfAula 5 Forças e Potência de corte - Introdução.pdf
Aula 5 Forças e Potência de corte - Introdução.pdfguizucka
 
Metalurgia-da-Soldagem1.pdf
Metalurgia-da-Soldagem1.pdfMetalurgia-da-Soldagem1.pdf
Metalurgia-da-Soldagem1.pdfguizucka
 
Soldagem a Arco Elétrico.pdf
Soldagem a Arco Elétrico.pdfSoldagem a Arco Elétrico.pdf
Soldagem a Arco Elétrico.pdfguizucka
 
campanhadevacinaca.pdf
campanhadevacinaca.pdfcampanhadevacinaca.pdf
campanhadevacinaca.pdfguizucka
 
Tolerâncias e Ajustes.pdf
Tolerâncias e Ajustes.pdfTolerâncias e Ajustes.pdf
Tolerâncias e Ajustes.pdfguizucka
 
Apresentação do PowerPoint.pdf
Apresentação do PowerPoint.pdfApresentação do PowerPoint.pdf
Apresentação do PowerPoint.pdfguizucka
 
8 - Abusos.ppt
8 - Abusos.ppt8 - Abusos.ppt
8 - Abusos.pptguizucka
 
Calculos Correias V.pdf
Calculos Correias V.pdfCalculos Correias V.pdf
Calculos Correias V.pdfguizucka
 

Mais de guizucka (9)

Introdução a metalurgia - Materiais de Construção Mecanica
Introdução a metalurgia - Materiais de Construção MecanicaIntrodução a metalurgia - Materiais de Construção Mecanica
Introdução a metalurgia - Materiais de Construção Mecanica
 
Aula 5 Forças e Potência de corte - Introdução.pdf
Aula 5 Forças e Potência de corte - Introdução.pdfAula 5 Forças e Potência de corte - Introdução.pdf
Aula 5 Forças e Potência de corte - Introdução.pdf
 
Metalurgia-da-Soldagem1.pdf
Metalurgia-da-Soldagem1.pdfMetalurgia-da-Soldagem1.pdf
Metalurgia-da-Soldagem1.pdf
 
Soldagem a Arco Elétrico.pdf
Soldagem a Arco Elétrico.pdfSoldagem a Arco Elétrico.pdf
Soldagem a Arco Elétrico.pdf
 
campanhadevacinaca.pdf
campanhadevacinaca.pdfcampanhadevacinaca.pdf
campanhadevacinaca.pdf
 
Tolerâncias e Ajustes.pdf
Tolerâncias e Ajustes.pdfTolerâncias e Ajustes.pdf
Tolerâncias e Ajustes.pdf
 
Apresentação do PowerPoint.pdf
Apresentação do PowerPoint.pdfApresentação do PowerPoint.pdf
Apresentação do PowerPoint.pdf
 
8 - Abusos.ppt
8 - Abusos.ppt8 - Abusos.ppt
8 - Abusos.ppt
 
Calculos Correias V.pdf
Calculos Correias V.pdfCalculos Correias V.pdf
Calculos Correias V.pdf
 

Soldagem MIG-MAG.pdf

  • 1. Processo, Consumíveis, Técnicas e Parâmetros, Defeitos e Causas INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA Professor: Anderson Luís Garcia Correia Unidade Curricular de Processos de Soldagem 05 de abril de 2017
  • 2. Processo MIG/MAG – Metal Inert/Active Gas • Definição: soldagem a arco com eletrodo consumível (arame) e proteção gasosa (Gas Metal Arc Welding – GMAW) • Proteção gasosa feita por gás inerte (MIG) ou ativo (MAG) • Uso de eletrodo metálico consumível alimentado automaticamente
  • 3. Processo MIG/MAG – Metal Inert/Active Gas (vantagens) • Indicada para a soldagem de todos os metais (aço carbono, aço inox, aço liga, alumínio, cobre, níquel, etc.) e em todas posições de soldagem • Solda peças com espessura acima de 0,76mm • Ótimo acabamento (dispensa a limpeza) • Elevada produtividade (alta taxa de deposição) e baixo custo • Permite o preenchimento de grandes aberturas e vazios (reparos) • Exige menor habilidade do soldador
  • 4. Processo MIG/MAG – Metal Inert/Active Gas (desvantagens) • Acessibilidade e Mobilidade • Faltas de Fusão • Limitado a espessuras até 50 mm • Risco de Inclusões com CO2 • Grande sensibilidade às correntes de ar • Custos dos Gases de Proteção
  • 5. Soldagem MIG/MAG  Uso da polaridade reversa (eletrodo positivo). A polaridade direta é menos utilizada  Faixa de corrente: 50 a 600A  Faixa de voltagem: 15 a 32V  Gases mais utilizados: argônio (inerte) e dióxido de carbono (ativo)  Alimentação contínua e em velocidade constante (ajustável) do eletrodo (arame)
  • 6. Soldagem MIG/MAG  Deposição do metal de três maneiras: o Curto circuito (short arc) – toque do arame na poça de fusão o Globular – transferência do metal em gotas grandes atraídas pela gravidade o Aerosol (spray arc) – transferência do metal em gotículas que são atraídas por forças magnéticas • Fatores que influenciam a transferência: corrente, comprimento do arco, gás de proteção, diâmetro do arame, fonte de energia.
  • 7.  Diâmetro do arame entre 0,8 e 1,2mm  Pequenos comprimentos de arco  Baixas tensões e baixas correntes  Provoca pouca distorção na peça  Indicada para peças de pequena espessura ou para soldagem na posição vertical ou sobrecabeça Curto circuito
  • 8.
  • 9. Globular  Aumento de corrente provoca a mudança na transferência de material  Muitos salpicos e pode originar curto-circuitos
  • 10.
  • 11.
  • 12. Aerosol  Aumento de corrente provoca a mudança na transferência de material  Valores acima da corrente de transição permitem a transferência por aerosol (spray)  Para gases de proteção com mais de 15% de CO2, não haverá transferência por aerosol na solda de aço carbono
  • 13.  Arco mais estável, poucos respingos e alta taxa de deposição  Utilizada para soldas em peças com mais de 2,4mm de espessura e normalmente na posição plana (exceto Cobre e Alumínio)  Técnica pulsada permite soldar espessuras menores com baixa corrente e arames de maior diâmetro
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18. • Fonte de energia (transformador/retificador) • Alimentador do arame • Cilindro de gás com regulador • Tocha de soldagem (pistola) Equipamento
  • 19.
  • 20. • Sistema de refrigeração da tocha (água) para elevadas amperagens (>150A) • Bico de contato em cobre permitindo uso de arame sólido ou tubular • Diferentes modelos (reta ou curva) para diferentes aplicações Tocha MIG/MAG
  • 21. Fonte de energia  Fonte composta de transformador e retificador, normalmente eletrônica  Fornece um valor ajustável de corrente elétrica (contínua) e uma tensão constante  Possui um ignitor para abertura e extinção do arco e controles para ajustagem do processo  Faixa de operação: 5 a 10A (mínima) e 200 a 500A (máxima)  Possui um alimentador de arame interno ou externo. A velocidade de alimentação do arame determinará o valor da corrente
  • 22. Tipos de corrente  Corrente contínua polaridade direta (-): Utilizada para soldagem de metais não ferrosos, sobretudo alumínio e magnésio  Corrente contínua polaridade reversa (+): utilizada para soldar aço, aço inoxidável, níquel, cobre, aço cromo-molibdênio  Corrente pulsada: utilizada para soldar chapas mais finas com transferência por aerosol e arames de maior diâmetro
  • 23. Consumíveis  Gás de proteção (inerte e ativo)  Inerte: Argônio, Hélio e Nitrogênio (puros ou em misturas)  Ativo: Dióxido de Carbono (puro ou em misturas), Oxigênio, Hidrogênio e Nitrogênio (em misturas)
  • 24. Consumíveis  Arame-eletrodo  Arame metálico sem revestimento (Aço Carbono, Aço Inoxidável, Cobre, Alumínio, Níquel, Titânio e Magnésio)  Arame tubular metálico preenchido com fluxo não metálico (soldagem por arame tubular)
  • 25. Gases de proteção  Os gases afetam as características do arco, a transferência de metal, a qualidade, a metalurgia da solda e alguns parâmetros de soldagem (corrente, velocidade, junta, chanfro e posição)  A escolha do gás de proteção se dará em função de: metal de base, custo, disponibilidade, metal de adição, corrente de soldagem
  • 27. Gases de proteção inertes  Argônio (Ar)  Melhor proteção, arco mais estável  Menor consumo e custo, solda mais limpa com AC  Utilizado preferencialmente em metais não ferrosos  Hélio (He)  Maior penetração e velocidade  Maior consumo e custo mais elevado  Utilizado em metais não ferrosos (preferencialmente Alumínio e Cobre) e peças de maior espessura
  • 28. Gás de proteção ativo  Gás carbônico ou dióxido de carbono (CO2)  Baixo custo, indicado para solda de metais ferrosos (aço carbono e inoxidável)  Arco mais estável e maior quantidade de calor produzida  Não permite a transferência por aerosol (spray)  Maior penetração da solda  Exige elementos desoxidantes (Silício e Manganês) na composição química do arame
  • 30.  Sobre-espessura  Tensão ou corrente elétrica muito baixas;  Eletrodo muito extenso.
  • 31.  Raiz - Falta de Fusão e Sobre-espessura
  • 32.  Raiz - Falta de Fusão e Sobre-espessura  Tensão ou corrente muito baixas;  Velocidade de soldagem baixa.
  • 33.  Raiz - Falta de Penetração
  • 34.  Raiz - Falta de Penetração  Junta muito estreita;  Corrente elétrica muito baixa;  Eletrodo muito extenso.
  • 36.  Poros (Raio-X)  Presença de agentes externos como óleo, óxidos e carepa;  Deficiência na proteção gasosa.
  • 39.  Inclusões  Má limpeza da peça.
  • 40.  Falta de Fusão
  • 41.  Falta de Fusão  Tensão e/ou corrente de soldagem muito baixa;  Polaridade errada, utilizar CC+;  Velocidade de soldagem muito baixa;  Soldagem sobre um cordão convexo;  Oscilação da tocha muito larga ou muito estreita;  Oxidação excessiva na chapa.
  • 42. QUESTIONÁRIO 1) O que caracteriza a solda MIG e MAG? 2) Qual o significado da sigla MIG? 3) O que é polaridade reversa? 4) Cite duas vantagens da solda MIG 5) Quais os três processos de solda MIG em relação à transferência de metal?