1. 1
UNIP INTERATIVA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL
Contato: fcgpires@gmail.com –
Esta monografia SOMENTE pode ser usada para PESQUISA, CITANDO A FONTE E AUTORA.
PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL EMPRESARIAL:
PRESSUPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES PARA A CAPACITAÇÃO DE
COLABORADORES COM DIFICULDADES DE APRENDIZADO
FERNANDA CAFFAGNI GUEDES PIRES
Orientadora: Profa. Me Edna Barberato
Genghini
SANTOS / SP
2017
2. 2
FERNANDA CAFFAGNI GUEDES PIRES
Contato: fcgpires@gmail.com –
Esta monografia SOMENTE pode ser usada para PESQUISA, CITANDO A FONTE E AUTORA.
PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL EMPRESARIAL:
PRESSUPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES PARA A CAPACITAÇÃO DE
COLABORADORES COM DIFICULDADES DE APRENDIZADO
Monografia apresentada à UNIP Interativa,
como parte dos requisitos necessários para
conclusão do curso de Pós Graduação “Lato
Sensu” em Psicopedagogia Institucional.
Orientadora Profa. Me Edna Barberato
Genghini.
SANTOS / SP
2017
3. 3
FICHA CATALOGRÁFICA
Pires, Fernanda Caffagni Guedes
Psicopedagogia Institucional Empresarial: pressupostos e contribuições
para a capacitação de colaboradores com dificuldades de aprendizado /
Biblioteca da UNIP Interativa / Santos/SP - 2017 / 78 p.
Monografia de Conclusão de Curso de Pós Graduação “Lato Sensu”
em Psicopedagogia Institucional.
UNIP Interativa, 2017.
Orientadora: Profa. Me Edna Barberato Genghini
1. PSICOPEDAGOGIA EMPRESARIAL. 2. CAPACITAÇÃO.
3. COLABORADORES.
Biblioteca UNIP Interativa.
4. 4
FERNANDA CAFFAGNI GUEDES PIRES
PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL EMPRESARIAL:
PRESSUPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES PARA A CAPACITAÇÃO DE
COLABORADORES COM DIFICULDADES DE APRENDIZADO
Monografia apresentada à UNIP Interativa,
como parte dos requisitos necessários para
conclusão do curso de Pós Graduação “Lato
Sensu” em Psicopedagogia Institucional.
Aprovado em:
BANCA EXAMINADORA
_________________________________/___/______
Prof. Nome do Professor
UNIP Interativa
_________________________________/___/______
Prof. Nome do Professor
UNIP Interativa
_________________________________/___/______
Prof. Nome do Professor
UNIP Interativa
5. 5
DEDICATÓRIA
Dedico esta monografia - e toda a humilde contribuição que ela vier a fazer ao
desenvolvimento e aperfeiçoamento dos campos de estudo compostos pela
Psicopedagogia Institucional Empresarial, Educação e Ensino Superior - ao bem da
humanidade de forma que, em sua experiência diária de aprendizagem, assegure-se
de que:
[...] os esforços desafiem as impossibilidades, lembrando que as
grandes coisas do homem foram conquistadas a partir do que parecia
impossível.
(Charles Chaplin)
6. 6
AGRADECIMENTOS
Agradeço...
...a Deus - Nosso Senhor Jesus Cristo, pelo dom da vida, pela esperança e
pela força – pelo acreditar!
...à Mãe Maria - porto sempre seguro, pelo aconchego e proteção que,
serenamente, avança à frente, abre caminhos, orienta jornadas e acompanha, até o
chegar e, depois, ao sempre continuar!
...aos meus avós, pais, irmãos, minha família e, sobretudo, meu marido e filho
– meus companheiros, amigos de todas as horas, razão do meu existir, do meu lutar,
do meu amar, por me ensinarem, a cada dia, os verdadeiros valores e princípios,
dos quais não se deve abrir mão!
...como o jardim da vida também precisa de folhes, além da terra e da água –
fontes de vida, aos meus amigos de caminhada nesta terra árida chamada
existência, pelo amparo certeiro e por tornarem minha vida mais agradável e bela!
...aos meus alunos queridos, por me ensinarem, diariamente, a ser um ser
humano melhor, mais sensível e altruísta!
...aos participantes da pesquisa de campo - sem os quais este trabalho não
teria sido enriquecido, pela sincera e respeitosa cooperação!
...aos autores das várias obras literárias consultadas na revisão bibliográfica,
por compartilharem suas produções, seus saberes, creres e sonhos!
...finalmente, em função de quem e para quem todo o esforço sempre foi e
será eternamente feito, agradeço à humanidade - da qual com enorme gratidão faço
parte, por ser a motivação que faz perseverar na busca de conheceres que permitam
a solidária e humilde ousadia em propor novos cuidados para com os irmãos!
7. 3
FICHA CATALOGRÁFICA
Pires, Fernanda Caffagni Guedes
Psicopedagogia Institucional Empresarial: pressupostos e contribuições
para a capacitação de colaboradores com dificuldades de aprendizado /
Biblioteca da UNIP Interativa / Santos/SP - 2017 / 78 p.
Monografia de Conclusão de Curso de Pós Graduação “Lato Sensu”
em Psicopedagogia Institucional.
UNIP Interativa, 2017.
Orientadora: Profa. Me Edna Barberato Genghini
1. PSICOPEDAGOGIA EMPRESARIAL. 2. CAPACITAÇÃO.
3. COLABORADORES.
Biblioteca UNIP Interativa.
8. 8
RESUMO
Embora a Psicopedagogia esteja ganhando cada vez mais espaço no Brasil e no
mundo – onde é mais avançada, a ciência ainda tem um longo caminho a seguir
para se solidificar e entregar os benefícios que ela promete e pode gerar no seu
grande potencial. Por ser uma ciência relativamente nova quando comparada a
outras – como psicologia e pedagogia das quais derivou - há um enorme campo de
estudo e desenvolvimento de pesquisas, bem como importantes questões a serem
respondidas. O frequente questionamento e a necessidade de encontrar explicações
já proporcionaram evoluções expressivas. Primeiramente, os conceitos originais que
inicialmente consideravam todos os problemas de aprendizagem como sendo
devidos e tendo suas causas unicamente no aprendiz, se transformaram e agora já
se entende claramente que os motivos das dificuldades de aprendizado podem ser
inúmeros e terem suas raízes não somente no aprendiz, mas também no seu
entorno, envolvendo a sociedade, família, escolas e outras instituições. Segundo,
outro avanço foi observado na ampliação da natureza da aplicabilidade da ciência da
Psicopedagogia, que começou como sendo essencialmente terapêutica (focada no
tratamento de doenças de aprendizagem), passando também ao sentido e uso
preventivo. Terceiro, nota-se mais um progresso valoroso, relativo à expansão do
campo de atuação da Psicopedagogia, que em sua originalidade olhava unicamente
para o processo de aprendizagem do indivíduo. Aos poucos, essa consideração foi
dilatada. Nesse sentido, contemporaneamente, o campo de atuação da ciência parte
do olhar voltado aos complexos processos de ensino e de aprendizagem que
envolvem o aprendiz - os quais, por sua vez, podem envolver tanto o ambiente, as
instituições, famílias e escolas (o campo da Psicopedagogia Institucional), como
também se viu mais recentemente, o processo de ensino-aprendizagem nas
empresas (Psicopedagogia Empresarial). Este trabalho monográfico investiga os
pressupostos e as contribuições que a Psicopedagogia, no seu sentido já evoluído e
mais amplo, pode proporcionar a todos os elementos que participam dos complexos
processos de ensino e de aprendizagem em seus vários campos de atuação –
principalmente para as empresas e seus colaboradores. Estes, por serem adultos,
necessitam de técnicas especializadas tanto no processo de ensino-aprendizagem
como no tratamento das dificuldades relativas ao mesmo processamento. Por esse
motivo, este estudo incluiu também uma breve revisão sobre Andragogia – um
recurso complementar à Psicopedagogia Empresarial.
Palavras-chave: Psicopedagogia Empresarial. Capacitação. Colaboradores.
9. 9
ABSTRACT
Although Psychopedagogy is gaining more and more space in Brazil and in the world
- where it is more advanced, the science still has a long way to go to solidify and
deliver the benefits it promises and can deliver on its great potential. Because it is a
relatively new science when compared to others - like Psychology and Pedagogy
from which it derived, there is a huge field for study and research development to be
made as well as important questions to be answered. The frequent questioning and
the need to find explanations have already provided significant evolutions. First, the
original concepts that initially considered all learning problems to be due to and
having its causes solely substantiated in the apprentice, have been transformed and
now it is clearly understood that the reasons for the learning difficulties can be
numerous and have their roots not only in the apprentice, but also in its surroundings,
involving society, family, schools and other institutions. Second, another advance has
been observed in the expansion of the nature of the applicability of the
Psychopedagogy science, which began been essentially therapeutic (focused on the
treatment of learning disorders), evolving to a preventive sense and applicability.
Third, it is noted one more valuable progress, related to the expansion of the scope
of Psychopedagogy, which in its originality looked solely at the learning process of
the individual. Gradually, this consideration has been lengthened. In this sense,
contemporaneously, the field of action of the Psychopedagogy is based on a look at
the complex processes of teaching and learning that involve the learner – which, in
turn, can involve both: a) institutions, families, schools, clinics and others (the field of
Institutional Psychopedagogy), and b) as it has also been seen more recently, the
teaching-learning process in companies (the field of Corporate Psychopedagogy).
This monographic work investigates the assumptions and contributions that
Psychopedagogy, in its already evolved and broader sense, can provide to all the
elements involved in the complex teaching and learning, processes in their various
fields of activity - especially for companies and their employees. These, because they
are adults, need specialized techniques both in the teaching-learning process as in
the treatment of difficulties related to the same process. For this reason, this study
also included a brief review on Andragogy – a complementary science to Corporate
Psychopedagogy.
Key-words: Corporate Psychopedagogy. Training. Employees.
10. 10
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 15
DESENVOLVIMENTO 16
1 PROJETO DE PESQUISA 16
1.1 Tema do Trabalho Monográfico 16
1.2 Problematização 16
1.3 Principais Questões 17
1.4 Proposta 17
1.5 Objetivos 18
1.5.1 Objetivo Central 18
1.5.2 Objetivos Específicos 18
1.6 Fundamentação 18
1.7 Metodologia 19
1.7.1 Revisão Bibliográfica 19
1.7.2 Pesquisa de Campo 19
1.7.2.1 Ferramenta de Pesquisa 19
1.7.2.2 Questionário Eletrônico 20
1.7.2.3 Pré-Teste 20
1.7.2.4 Link de Acesso e Coleta 20
1.7.2.5 Tabulação 20
1.7.2.6 E-mail Convite 21
2 REFERENCIAL TEÓRICO 22
2.1 Surgimento e Evolução da Psicopedagogia 22
2.1.1 Necessidade de Surgimento da Psicopedagogia 22
2.1.2 Origem da Psicopedagogia 22
2.1.3 Psicopedagogia Institucional 25
2.1.4 Correntes Teóricas que Embasam a Psicopedagogia 26
2.2 Definições e Conceitos Fundamentais 28
2.3 Psicopedagogia Institucional nas Empresas 29
2.3.1 Possibilidades de Atuação da Psicopedagogia Institucional nas
Empresas 34
2.3.1.1 Breve Conceituação de Andragogia 36
2.3.1.2 Psicopedagogia e Andragogia Atuando Juntas 39
11. 11
2.4 Contribuições da Psicopedagogia Empresarial para a Capacitação
de Colaboradores com Dificuldade de Aprendizado 40
2.4.1 Atuações e Resultados da Psicopedagogia Empresarial 41
2.5 Desafios para a Psicopedagogia no Campo das Organizações 43
2.6 Relações entre o Referencial Teórico e os Achados Através da
Pesquisa de Campo 45
3 DETALHAMENTO DA PESQUISA DE CAMPO 46
3.1 Finalidade e Expectativas do Estudo de Campo 46
3.2 Universo e Censo 47
3.3 Ferramenta Online de Pesquisa 48
3.4 Documento Eletrônico de Inquérito 49
3.5 Tipo de Pesquisa 52
3.6 Achados a Partir da Investigação 53
3.6.1 Respostas Obtidas 53
3.6.2 Dados, Informações e Análise 56
3.6.2.1Descrição da Análise e Resultados 57
3.6.3 Tabulação, Gráficos, Tabelas e Respostas Abertas 58
CONCLUSÃO 73
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 74
12. 4
FERNANDA CAFFAGNI GUEDES PIRES
PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL EMPRESARIAL:
PRESSUPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES PARA A CAPACITAÇÃO DE
COLABORADORES COM DIFICULDADES DE APRENDIZADO
Monografia apresentada à UNIP Interativa,
como parte dos requisitos necessários para
conclusão do curso de Pós Graduação “Lato
Sensu” em Psicopedagogia Institucional.
Aprovado em:
BANCA EXAMINADORA
_________________________________/___/______
Prof. Nome do Professor
UNIP Interativa
_________________________________/___/______
Prof. Nome do Professor
UNIP Interativa
_________________________________/___/______
Prof. Nome do Professor
UNIP Interativa
13. 13
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁGICO 01 – COMPOSIÇÃO DO UNIVERSO (MIX: CURSO/CICLO) 48
GRÁGICO 02 – RESPOSTAS: QUESTÃO 01 DA PESQUISA DE CAMPO 59
GRÁGICO 03 – RESPOSTAS: QUESTÃO 02 DA PESQUISA DE CAMPO 60
GRÁGICO 04 – RESPOSTAS: QUESTÃO 03 DA PESQUISA DE CAMPO 61
GRÁGICO 05 – RESPOSTAS: QUESTÃO 04 DA PESQUISA DE CAMPO 63
GRÁGICO 06 – RESPOSTAS: QUESTÃO 05 DA PESQUISA DE CAMPO 64
GRÁGICO 07 – RESPOSTAS: QUESTÃO 08 DA PESQUISA DE CAMPO 68
14. 14
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
ILUSTRAÇÃO 01 – FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICAS DA PSICOPEDAGOGIA 27
ILUSTRAÇÃO 02 – SÍNTESE CONCEITUAL DE PSICOPEDAGOGIA 34
ILUSTRAÇÃO 03 – QUESTIONÁRIO DA PESQUISA DE CAMPO 50
15. 15
INTRODUÇÃO
A presente monografia tem como tema central a Psicopedagogia e subtema
específico a Psicopedagogia Institucional Empresarial. A proposta motivadora deste
estudo recai sobre a revisão bibliográfica a respeito: dos pressupostos da
Psicopedagogia; das contribuições observadas para o campo da Psicopedagogia
Empresarial; da pesquisa de campo feita com estudantes adultos e/ou profissionais
colaboradores de organizações, a fim de responder, ainda que de forma tímida e
principiante, a indagação - “as propostas psicopedagogias conhecidas na revisão
bibliográfica podem auxiliar na solução dos problemas e das dificuldades de
aprendizagem informadas pelos respondentes da pesquisa de campo?”
Este trabalho foi realizado em duas etapas investigativas: uma pesquisa
bibliográfica e outra complementar de campo. A primeira abordou a origem,
evolução, os fundamentos, pressupostos e as possíveis contribuições que a ciência
em questão e suas variáveis têm potencial para realizar. A segunda, um inquérito de
campo, foi aplicado junto ao seguinte público - alunos adultos e/ou profissionais
colaboradores de empresas que compõem o universo de alunos do ensino superior
e já formados, aos quais a pesquisadora ministra ou já ministrou aulas. Esses alunos
são específicos da região da Baixada Santista, relacionados com duas instituições
de ensino superior. Nesta etapa, o intuito foi conhecer as dificuldades de
desenvolvimento e aprendizagem reportadas, as sugestões dos entrevistados para a
solução dos problemas e as possíveis contribuições da Psicopedagogia - e suas
derivativas Institucional e Empresarial – advogadas pelos autores da revisão
bibliográfica, que vão ao encontro das sugestões e podem resolver perturbações
relatadas.
Ao longo do trabalho – detalhadamente – e na conclusão – resumidamente –
são apresentados os principais aspectos da análise conduzida e os achados obtidos
com as duas formas de pesquisas, além da a conclusão da autora deste estudo. No
geral, os desfechos sugerem a procedência do que se aprendeu com a revisão
bibliográfica.
16. 16
DESENVOLVIMENTO
1 PROJETO DE PESQUISA
1.1 Tema do Trabalho Monográfico
O tema desta monografia, entregue à Universidade Paulista – UNIP Interativa
para obtenção do título de pós-graduação em Psicopedagogia Institucional é
“PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL EMPRESARIAL: PRESSUPOSTOS e
CONTRIBUIÇÕES PARA A CAPACITAÇÃO DE COLABORADORES COM
DIFICULDADES DE APRENDIZADO.”
Foi escolhido de acordo com os eixos temáticos determinados pela
Universidade, a saber: “LINHA 8 – Educação Especial e Inclusão: Contribuições da
Psicopedagogia nas Instituições de Ensino e/ou na Empresa.”
1.2 Problematização
Embora a Psicopedagogia esteja crescendo e se fortalecendo no Brasil e no
mundo, essa área ainda necessita de muito estudo e desenvolvimento para alcançar
e explorar todo o seu potencial. Num país como o Brasil, onde a maior parte da
população carece de educação qualificada, as pessoas chegam à vida profissional
com significativas deficiências - sendo uma das mais expressivas as relativas ao
processo de aprendizado.
Justamente por causa das dificuldades mencionadas, as empresas têm tido
que direcionar recursos e esforços para treinar e capacitar seus colaboradores. A
Psicopedagogia Institucional Empresarial se preocupa e lida com os problemas e
dificuldades de aprendizado dos colaboradores das organizações. Assim, essa
ciência pode contribuir bastante com as empresas, auxiliando-as no trato dos
funcionários com dificuldade de aprendizado.
Devido à importância que essa área de conhecimento assume no contexto
descrito, o tema citado no item anterior foi escolhido com o intuito de aprofundar o
saber sobre o assunto. Para tanto, justificou-se a opção de realizar uma investigação
ampla, composta tanto da revisão bibliográfica, como da pesquisa de campo. Os
17. 5
DEDICATÓRIA
Dedico esta monografia - e toda a humilde contribuição que ela vier a fazer ao
desenvolvimento e aperfeiçoamento dos campos de estudo compostos pela
Psicopedagogia Institucional Empresarial, Educação e Ensino Superior - ao bem da
humanidade de forma que, em sua experiência diária de aprendizagem, assegure-se
de que:
[...] os esforços desafiem as impossibilidades, lembrando que as
grandes coisas do homem foram conquistadas a partir do que parecia
impossível.
(Charles Chaplin)
18. 18
universo de alunos do ensino superior e já formados, a fim de conhecer as
dificuldades de desenvolvimento e aprendizagem reportadas, as sugestões dos
entrevistados para a solução dos problemas e as possíveis contribuições da
Psicopedagogia - e suas derivativas Institucional e Empresarial, advogadas pelos
autores da revisão bibliográfica, que vão ao encontro das sugestões e podem
resolver algumas das perturbações relatadas.
1.5 Objetivos
1.5.1 Objetivo Central
Contribuir para expandir o conhecimento existente a respeito da atuação da
Psicopedagogia Institucional Empresarial para tratar dificuldades derivadas dos
processos de ensino-aprendizagem, vivenciados pelos colaboradores das
organizações nos treinamentos e programas de capacitação.
1.5.2 Objetivos Específicos
Conhecer as opções de contribuições que a Psicopedagogia Institucional
Empresarial pode oferecer às empresas, bem como os desafios que essa ciência,
ainda relativamente recente, tem pela frente e deverá superar na ampliação do seu
desenvolvimento e consolidação de sua atuação.
1.6 Fundamentação
Esse estudo contribuirá para:
Incentivas as empresas a utilizarem a Psicopedagogia Institucional
Empresarial nas organizações, enriquecendo o trato para com seus colaboradores;
Divulgar e despertar interesse sobre os conceitos e pressupostos da
Psicopedagogia e suas modalidades Institucional e Empresarial;
Possibilitar a aplicação mais imediata do saber técnico adquirido no exercício
da docência superior e nos programa de treinamentos nas empresas.
19. 19
1.7 Metodologia
A metodologia utilizada é composta de dois tipos de pesquisas: a revisão
bibliográfica e a pesquisa de campo.
1.7.1 Revisão Bibliográfica
Feita através dos estudos de obras literárias e artigos produzidos pelos
autores especializados e pesquisadores do assunto, respeitando e citando as fontes
utilizadas.
1.7.2 Pesquisa de Campo
O inquérito de campo foi feito e implementado eletronicamente junto aos
alunos universitários e/ou profissionais localizados e atuantes na região da Baixada
Santista.
O processo de pesquisa foi essencialmente eletrônico, utilizando uma
ferramenta de pesquisa através da internet. Assim, os processos de aplicação,
preenchimento do questionário, captura dos dados e tabulação foram realizados
automática e eletronicamente, sem ação humana.
Propositalmente, a pesquisa foi anônima para que os participantes se
sentissem à vontade para compartilharem suas opiniões, preferências e críticas, sem
reservas.
1.7.2.1 Ferramenta de Pesquisa
A ferramenta de pesquisa foi usada mediante digitação de login e senha e é
preservada de alterações e acessos indevidos.
O software é conhecido e de uso consagrado no mercado por organizações
tais como: Terminais portuários, Toyota, Roche, Samsung, iBest, Facebook, além de
das empresas Fortune 100.
Vários recursos são disponibilizados pelo software, incluindo criação das
perguntas e questionários, e-mail, exemplos de questionários tanto com questões
abertas como fechadas. É de uso bastante amigável. O link para acesso e
20. 20
preenchimento do formulário eletrônico pelos participantes é fornecido pela própria
ferramenta. É muito prático e simples de usar.
Tendo em vista o fato de constituir um processo totalmente eletrônico,
impossibilita os erros que podem ocorre nos processos manuais de pesquisa.
Finalmente, com a ferramenta em questão, é garantida:
a) a integridade dos dados;
b) a praticidade e liberdade aos respondentes.
1.7.2.2 Questionário Eletrônico
O questionário contém 10 questões e é do modelo misto – contendo
perguntas abertas e/ou fechadas. O documento eletrônico foi aplicado igualmente
para a totalidade da população.
1.7.2.3 Pré-Teste
Uma vez desenhado e pronto , o formulário eletrônico foi testado antes de sua
utilização na pesquisa. Essa etapa eliminou toda e qualquer possibilidade de
problemas e erros durante o processo de pesquisa.
1.7.2.4 Link de Acesso e Coleta
O software gera e fornece o link ativo do questionário. Esse link é enviado por
e-mail aos participantes que, ao clicarem no link recebido acessam automaticamente
e online o questionário e o respondem. Uma vez terminado o preenchimento, basta
clicar no botão “ confirma” e a própria ferramenta recolherá o docuemtno eletrônico
preenchido e as respostas digitadas.
1.7.2.5 Tabulação
Por se tratar de um processo eletrônico, que ocorre online e em tempo real,
os dados obtidos são colhidos e imediatamente tratados, tabulados e
disponibilizados para análise. Esta, finalmente, é feita a partir das informações,
exatamente como fornecidas pelo software.
21. 21
1.7.2.6 E-mail Convite
Caro(a) Aluno(a),
Convido você a participar da BREVE PESQUISA DE CAMPO que estou realizando
para a minha MONOGRAFIA de conclusão do curso de PÓS-GRADUAÇÃO EM
PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL. A pesquisa é propositalmente ANÔNIMA
para que se sinta à vontade ao responder.
PARA PARTICIPAR:
Basta clicar no link abaixo, responder online e clicar em concluído.
Só isso! Leva 2 a 5 minutos para responder e você me ajudará bastante!
https://pt.surveymonkey.com/r/WQ8BBJG
Muito obrigada pela sua participação e colaboração!!!
22. 6
AGRADECIMENTOS
Agradeço...
...a Deus - Nosso Senhor Jesus Cristo, pelo dom da vida, pela esperança e
pela força – pelo acreditar!
...à Mãe Maria - porto sempre seguro, pelo aconchego e proteção que,
serenamente, avança à frente, abre caminhos, orienta jornadas e acompanha, até o
chegar e, depois, ao sempre continuar!
...aos meus avós, pais, irmãos, minha família e, sobretudo, meu marido e filho
– meus companheiros, amigos de todas as horas, razão do meu existir, do meu lutar,
do meu amar, por me ensinarem, a cada dia, os verdadeiros valores e princípios,
dos quais não se deve abrir mão!
...como o jardim da vida também precisa de folhes, além da terra e da água –
fontes de vida, aos meus amigos de caminhada nesta terra árida chamada
existência, pelo amparo certeiro e por tornarem minha vida mais agradável e bela!
...aos meus alunos queridos, por me ensinarem, diariamente, a ser um ser
humano melhor, mais sensível e altruísta!
...aos participantes da pesquisa de campo - sem os quais este trabalho não
teria sido enriquecido, pela sincera e respeitosa cooperação!
...aos autores das várias obras literárias consultadas na revisão bibliográfica,
por compartilharem suas produções, seus saberes, creres e sonhos!
...finalmente, em função de quem e para quem todo o esforço sempre foi e
será eternamente feito, agradeço à humanidade - da qual com enorme gratidão faço
parte, por ser a motivação que faz perseverar na busca de conheceres que permitam
a solidária e humilde ousadia em propor novos cuidados para com os irmãos!
23. 23
questões que surgirem nos ambientes escolares e não escolares” (BARBOSA,
2015). A Psicopedagogia se propõe a responder e sanar essas necessidades
expressas.
A origem da Psicopedagogia está associada a pressupostos teóricos
elaborados em países de língua francesa. Sá (2008) explica que o surgimento e
avanço da Psicopedagogia tem se dado a partir de uma ligação entre a Pedagogia -
arte e ciência que se ocupa da educação infantil e fundamental - e a Psicologia -
ciência que trata dos estados e processos mentais, bem como estuda a motivação
do comportamento das pessoas e suas interações com o ambiente. Nesse sentido, o
termo “Psicopedagogia” pode ser expresso como “Psicologia da Educação”,
segundo o mesmo autor, no sentido de que a Psicologia está conectada com a
Educação como uma ciência auxiliar no entendimento do procedimento pedagógico.
De acordo com Bossa (1994), outra linha de pensamento é expressa por
Kiguel (1987), que:
[...] aventa outra possibilidade quanto ao surgimento da
Psicopedagogia ao mencionar as tentativas de explicação para o
fracasso escolar por outras vias que não a pedagógica e a psicológica.
Afirma que “os fatores etiológicos [investigação da causa e origem de
algo] utilizados para explicar índices alarmantes do fracasso escolar
envolviam quase que exclusivamente fatures individuais como
desnutrição, problemas neurológicos, psicológicos, etc.”,
acrescentando que “no Brasil, particularmente durante a década de 70,
foi amplamente difundido o rótulo de Disfunção Cerebral Mínima para
crianças que apresentavam, como sintoma proeminente, distúrbios de
escolaridade” (BOSSA, 1994).
Oliveira (2015) comenta em sua apostila do curso de Pós Graduação em
Psicopedagogia - disciplina Avaliação Psicopedagógica – que:
A Psicopedagogia liga-se às características da aprendizagem humana,
como se aprende, como essa aprendizagem varia evolutivamente e
está condicionada por outros fatores; como e porque se produzem as
alterações da aprendizagem, como reconhecê-las e tratá-las, que
fazer para preveni-las, e para promover processos de aprendizagem
que tenham sentido para os participantes (OLIVEIRA, 2015).
Anjos e Dias (2015) contam que a ciência em referência nesta monografia
despontou pelo desejo de auxiliar os seres humanos que apresentavam dificuldade
de aprendizado. De forma geral, os problemas de aprendizagem resultam de
alterações que ocorrem nos seres humanos nos âmbitos estruturais, mentais,
24. 24
emocionais e/ou neurológicas, que refletem nos processos de obtenção, construção
e desenvolvimento das funções cognitivas – ou seja, em aplicações de aprendizado.
As primeiras iniciativas desse campo de atuação partiram de instituições e
clínicas, com atendimento individual (BOSSA, 2011). Os mesmos autores
prosseguem dizendo que, em sua trajetória de desenvolvimento, através do uso de
técnicas que podem tanto ser aplicadas em grupo ou individualmente, a
Psicopedagogia passou a uma ação mais ampla, voltada a identificar e solucionar
conflitos no processo de ensino-aprendizagem. O objetivo principal é analisar os
diversos fatores influenciadores dos procedimentos envolvidos nos contextos de
ensinar e aprender. Nesse sentido, não se parte do pressuposto de que,
necessariamente, problemas de aprendizagem sempre têm suas causas no
aprendente, as quais podem também estar ligadas às deficiências ocorridas no
processo de ensino.
É aceito por parte dos estudiosos que a Psicopedagogia mantem seu foco
predominantemente educacional e voltado às manifestações de problemas de
ensino-aprendizagem em vários âmbitos como familiar, escolar, comunitário e, mais
recentemente – mais recentemente estendendo-se ao empresarial - que podem ser
corrigidos e prevenidos. Nesse amplo contexto, explica Oliveira (1998),
[...] a aprendizagem deve ser olhada como a atividade de indivíduos
ou grupos humanos, que mediante a incorporação de informações e o
desenvolvimento de experiências, promovem modificações estáveis na
personalidade e na dinâmica grupal as quais revertem no manejo
instrumental da realidade. O objeto central de estudo da psicopedagogia
está se estruturando em torno do processo de aprendizagem humana: seus
padrões evolutivos normais e patológicos e a influência do meio (família,
escola, sociedade) em seu desenvolvimento (OLIVEIRA, 1998).
A Psicopedagogia é um campo de conhecimento e atuação em Saúde e
Educação, enquanto prática clínica tem-se transformado em campo de
estudos para investigadores interessados no processo de construção do
conhecimento e nas dificuldades que se apresentam nessa construção. Como
prática preventiva, busca construir uma relação saudável com o
conhecimento, de modo a facilitar a sua construção (OLIVEIRA, 1998).
Contudo, apesar do progresso observado, é pensamento partilhado entre os
profissionais da área que até o momento não há um corpo teórico totalmente
específico da Psicopedagogia. A teoria ainda ausente deverá ser desenvolvida em
paralelo à evolução de outras ciências correlatas, como Psicanálise, Pedagogia,
25. 25
Epistemologia, Neuropsicologia e Psicolinguística – portanto, a Psicopedagogia tem
caráter essencialmente interdisciplinar.
2.1.3 Psicopedagogia Institucional
O conceito de Psicopedagogia Institucional é conexo com um amplo âmbito
de atuação, que se estende aos contextos familiar, hospitalar, empresarial,
organizacional assistencial e instituições de educação.
Na atualidade, para Anjos e Dias (2015), a Psicopedagogia:
[...] vem atuando, com muito sucesso, nas mais diversas instituições,
inclusive em hospitais e empresas. Seu papel é analisar e assinalar os
fatores que favorecem, intervêm ou prejudicam a boa aprendizagem
nas instituições. Propõe e ajuda o desenvolvimento dos projetos
favoráveis às mudanças educacionais, [...] visando evitar processos
que conduzam às dificuldades de aquisição d conhecimento. [...] a
aprendizagem deve ser olhada como a atividade de indivíduos ou
grupos humanos que, mediante a incorporação de informações e o
desenvolvimento de experiências, promovem modificações estáveis na
personalidade e na dinâmica grupal com as quais revertem o manejo
instrumental da realidade (ANJOS e DIAS, 2015).
Fagali (1998) afirma que a ênfase do trabalho psicopedagógico na atuação
institucional:
[...] reside na construção de conhecimentos desenvolvidos em nível
preventivo. Este trabalho pode ser realizado em diversas frentes
institucionais visando evitar o desenvolvimento de possíveis problemas
de aprendizagem ou de outras situações que possam comprometer a
educação para a vida social. Dentre as possibilidades de atuação
institucional do psicopedagogo temos trabalhos na área hospitalar,
empresarial, familiar, escolar, e outras (FAGALI, 1998).
O Psicopedagogia Institucional tem atuação de cunho tanto preventivo como
terapêutico. Especificamente, atuando em instituições envolvendo grandes grupos
de pessoas, sua ação e mais voltada à prevenção. Conforme Barbosa (2015), nessa
conjuntura:
A Psicopedagogia Institucional parte do sintoma do grupo em seu
contexto histórico-social. Dessa forma, realiza a investigação e o
diagnostico psicopedagógico institucional, identifica sintomas
bloqueadores do processo ensino-aprendizagem e os redimensiona
por meio de estratégias que possibilitem a aquisição do conhecimento.
26. 26
Também administra ansiedade e conflitos que possam se refletir na
dinâmica intergrupal. (STADINIK, 2009, p. 46)
Partindo desse posicionamento, percebe-se quão extensa é a esfera de
atuação da Psicopedagogia Institucional. Nesse aspecto, várias são as atividades e
preocupações da ciência. Sem ter a pretensão de esgotar as possibilidades de
atividades, são exemplos:
- Administrar ansiedades;
- Criar clima harmonioso nos grupos de trabalho;
- Colaborar com a construção do conhecimento;
- Identificar obstáculos no processo de aprendizagem e
desenvolvimento;
- Implantar recursos preventivos, conscientizando os conflitos de
fragmentação do conteúdo e da não formação de grupos;
- Dirigir-se ao aluno como aprendente e ao professor como
educador;
- Clarear papéis e tarefas no grupo. (MOLDERO,2012)
2.1.4 Correntes Teóricas que Embasam a Psicopedagogia
Segundo Anjos e Dias (2015), voltando às décadas de 60 e 70, o
Behaviorismo – que considera essencialmente os aspectos estímulo e resposta -
e o Humanismo – que valoriza o fazer da vontade do aprendente - eram as correntes
teóricas utilizadas no pensamento e na prática da Psicopedagogia. Naquele contexto
“ser humano como ser histórico e social não era valorizado (MARTINI, 1994, p.3).”
Uma considerável mudança pode ser notada atualmente, quando se observa
a Psicopedagogia embasada em três fundamentações teóricas (ANJOS e DIAS,
2015):
[...] na psicanálise, no associacionismo e no construtivismo. Na
psicanálise uma base fundamental é o vinculo, portanto, de acordo
com a psicanálise, é necessária a criação do vinculo para que ocorra a
aprendizagem. No associacionismo a valorização esta centrada no
tecnicismo, neste caso, prevalece o elemento externo sobre o
cognitivo. No construtivismo as relações sociais mostram-se
essenciais para o desenvolvimento, pois elas orientam o sujeito na
construção do conhecimento (MARTINI, 1994).
A ilustração fornecida na sequencia esquematiza a afirmação de Martini
(1994):
27. 7
“A conquista é um acaso que talvez dependa
mais das falhas dos vencidos do que do
gênio do vencedor”.
(Madame de Staël)
28. 28
sociocultural, em função das competências por ele adquiridas nos
distintos níveis de aprendizagem (MOLDERO, 2012).
Conceitos contemporâneos sobre a aprendizagem vêm confirmar esse
pensamento quando afirmam que “A aprendizagem é um processo
integral que ocorre desde o princípio da vida. Exige de quem aprende
o corpo, o psiquismo e os processos cognitivos que ocorrem dentro de
um sistema social organizado, sistematizado em ideias, pensamento e
linguagem” (RISUENO; LAMOTTA apud GOMEZ; TERÁN, 2009)
(MOLDERO, 2012).
2.2 Definições e Conceitos Fundamentais
A revisão teórica mostra que há várias propostas de definições para o termo
Psicopedagogia, sendo interessante notar certo grau de paralelismo e
complementariedade entre elas. Para Scoz (1992), Psicopedagogia é “a área que
estuda e lida com o processo de aprendizagem e suas dificuldades e que, numa
ação profissional, deve englobar vários campos do conhecimento, integrando-os e
sistematizando-os.” Segundo a opinião de Moldero (2012), a ciência em questão
procura inicialmente discernir os elementos capazes de obstruir a aprendizagem em
sua plenitude, para então alterar tais elementos de forma a solucionar os problemas
de aprendizagem existentes.
Considerando o pensamento de Weiss (1991):
[...] a Psicopedagogia busca a melhoria das relações com a
aprendizagem, assim como a melhor qualidade na construção da
própria aprendizagem de alunos e educadores. (SÁ, 2008)
Em sua obra intitulada Introdução à Psicopedagogia, Sá (2008) cita o
pensamento de outro pensador, Rubinstein (1987):
[...] num primeiro momento a Psicopedagogia esteve voltada para a
busca e o desenvolvimento de metodologias que melhor atendessem
aos portadores de dificuldades, tendo como objetivo fazer a
reeducação ou a remediação e desta forma promover o
desaparecimento do sintoma. [...]
[...] a partir do momento em que o foco de atenção passa a ser a
compreensão do processo de aprendizagem e a relação que o
aprendiz estabelece com a mesma, o objetivo da psicopedagogia
passa a ser mais abrangente: a metodologia é apenas um aspecto no
processo terapêutico, e o principal objetivo é a investigação de
29. 29
etiologia da dificuldade de aprendizagem, bem como a compreensão
do processamento da aprendizagem, considerando todas as variáveis
que intervêm neste processo.
Ainda, na mesma obra, Sá (2008) também expõe a opinião de Visca (1987),
segundo o qual:
[...] a Psicopedagogia, que inicialmente foi uma ação subsidiária da
Medicina e da Psicologia, perfilou-se como um conhecimento
independente e complementar possuída de um objeto de estudo – o
processo de aprendizagem – e de recursos diagnósticos, corretores e
preventivos próprios (SÁ, 2008).
A leitura reflexiva dos diferentes olhares e definições dos autores leva à
compreensão de que a Psicopedagogia, escreveu Sá (2008):
[...] “como campo que estuda o individuo que aprende no seu aspecto
normal e patológico, é a área que dá uma consideração especial ao
aspecto psicológico do indivíduo, mas sendo uma área aplicada,
deverá ir além da práxis, desenvolvendo pesquisas de base e criando
um campo de conhecimento próprio.”
Definir esse campo próprio não constitui uma tarefa simples entre outros
motivos, porque envolve e entrelaça com os campos de várias outras ciências.
Barbosa (2015) explica que a “Psicopedagogia é essencialmente uma área
interdisciplinar e transdisciplinar. Ela estuda as causas dos problemas de
aprendizagem - ou seja, seu campo de atuação é o não aprender, motivos e
causas.” O autor prossegue dizendo que:
[...] a Psicopedagogia transita por várias áreas do conhecimento como:
psicologia, pedagogia, psicanálise, linguística, medicina,
fonoaudiologia, sociologia e antropologia, quando da definição do seu
objeto de estudo e construção de seu referencial teórico.
De forma interdisciplinar: concilia os conceitos das diversas áreas do
conhecimento e promove avanços na produção de novos
conhecimentos. De maneira transdisciplinar: ultrapassa a fronteira das
demais disciplinas e, ou teorias, transitando por ela, articulado saberes
e desdobrando-se para efetivar a prática psicopedagógica.
2.3 Psicopedagogia Institucional Nas Empresas
Muito se tem refletido sobre a possibilidade e relevância do uso da
Psicopedagogia nas empresas, pelo fato de o ambiente empresarial não visar, como
30. 30
atividade fim, a educação ou a prática clínica. A crescente reflexão tem encontrado
respostas que confirmam tal importância, uma vez que as empresas lidam com
seres humanos e estes, por sua vez, são pessoas em constante desenvolvimento
em todos os aspectos - particularmente na aquisição de novos saberes e
competências, e no aprimoramento de suas capacidades e habilidades. Por esse
motivo, empresas são eternas incentivadoras, viabilizadoras e mesmo fornecedoras
de treinamentos – assim, de educação.
Como afirmam Miranda e Garcia (2015),
O aprendizado é uma situação perene, logo, problemas de
aprendizagem que não são resolvidos durante a fase escolar seguem
a pessoa quando esta adentra o mercado de trabalho, afetando o
colaborador na sua autoestima e no seu desenvolvimento, bem como
a competitividade da empresa em seu posicionamento comercial. É
perceptível, dessa forma, a necessidade da atuação do
psicopedagogo nas organizações empresariais (MIRANDA e GARCIA,
2015).
Nesse sentido, a ação da Psicopedagogia no mundo empresarial se
apresenta como um vasto campo que se abriu além do ambiente escolar e que
oferece possibilidades a serem identificadas e exploradas. Estudos sugerem que as
atividades nesse domínio são necessárias e importantes, mas ainda estão num
estágio muito aquém do seu potencial, embora sejam significativos os avanços já
observados. Para Miranda e Garcia (2015):
A análise científica nessa área denota ser conveniente e merecedora
de atenção e envolvimento cada vez mais profundos, devido à
dinâmica que envolve o mundo atual, a sociedade e as empresas [...]
(MIRANDA e GARCIA, 2015).
Atualmente, o ambiente mercadológico onde as empresas atuam é
extremamente hostil, exigente e dinâmico, competitivamente falando. A crescente
demanda pela busca da excelência no exercício da missão obriga as empresas a
investirem cada vez mais esforços e recursos não somente na criação de novos
produtos, serviços e soluções, mas principalmente do desenvolvimento de novas
competências e habilidades empresariais - as quais, por sua vez, devem
necessariamente estar alinhadas ao planejamento estratégico corporativo para
maximizar a geração e manutenção de novas vantagens competitivas.
31. 31
Pois bem, esse desafio não pode ser enfrentado e vencido se não pela
constante capacitação dos colaboradores. Isso obriga a permanente geração e
ampliação do conhecimento através de incansável treinamento, aprendizado e
crescimento do potencial humano representado pelos colaboradores – ativo mais
relevante e eminentemente estratégico das corporações contemporâneas.
Chiavenato (1999) aborda esse assunto e ressalta sua magnitude:
As pessoas constituem o principal ativo da organização. [...] as
organizações bem sucedidas estão percebendo que somente podem
crescer, prosperar e manter sua continuidade se forem capazes de
otimizar o retorno sobre os investimentos de todos os parceiros
principalmente, o dos empregados (CHIAVENATO, 1999).
É exatamente nesse sentido que um mundo de oportunidades se abre para a
Psicopedagogia Institucional, pois déficits e dificuldades de aprendizado estão
presentes em todos os estágios da vida do ser humano aprendiz, bem como na
diversidade de ambientes onde processos de ensino-aprendizagem diariamente
ocorrem. Como a Psicopedagogia se ocupa em identificar e solucionar problemas de
aprendizagem, a sua versão institucional tem muito a colaborar no âmbito das
empresas, com relação aos seus grandes grupos de colaboradores enquanto
aprendizes. Miranda e Garcia (2015) corroboram esse pensar:
Com mudanças em ritmo acelerado, buscar novas formas de se
diferenciar como vantagem competitiva no mercado parece ser a única
saída para as organizações. O aprender é algo inerente ao homem,
embora aconteça de forma imperceptível às vezes, e não é só a
escola o local de educação (MIRANDA e GARCIA, 2015).
Portanto, nas empresas também estão presentes os processos de ensino-
aprendizagem. Para que estes ocorram em sua plenitude, é necessário que no
ambiente empresarial existam e sejam disponibilizados aos colaboradores os
mesmos recursos oferecidos pelas escolas, de apoio aos educandos, para que os
funcionários aprendizes ampliem seu sucesso nas dinâmicas de aprendizagem.
Diga-se de passagem, é um direito do cidadão, assegurado pela Constituição
Federal de 1988, o acesso ao trabalho e ao estudo. Esse ponto de vista é
sublinhado por alguns autores, como Miranda e Garcia (2015) e Crespo et al (2012):
32. 8
RESUMO
Embora a Psicopedagogia esteja ganhando cada vez mais espaço no Brasil e no
mundo – onde é mais avançada, a ciência ainda tem um longo caminho a seguir
para se solidificar e entregar os benefícios que ela promete e pode gerar no seu
grande potencial. Por ser uma ciência relativamente nova quando comparada a
outras – como psicologia e pedagogia das quais derivou - há um enorme campo de
estudo e desenvolvimento de pesquisas, bem como importantes questões a serem
respondidas. O frequente questionamento e a necessidade de encontrar explicações
já proporcionaram evoluções expressivas. Primeiramente, os conceitos originais que
inicialmente consideravam todos os problemas de aprendizagem como sendo
devidos e tendo suas causas unicamente no aprendiz, se transformaram e agora já
se entende claramente que os motivos das dificuldades de aprendizado podem ser
inúmeros e terem suas raízes não somente no aprendiz, mas também no seu
entorno, envolvendo a sociedade, família, escolas e outras instituições. Segundo,
outro avanço foi observado na ampliação da natureza da aplicabilidade da ciência da
Psicopedagogia, que começou como sendo essencialmente terapêutica (focada no
tratamento de doenças de aprendizagem), passando também ao sentido e uso
preventivo. Terceiro, nota-se mais um progresso valoroso, relativo à expansão do
campo de atuação da Psicopedagogia, que em sua originalidade olhava unicamente
para o processo de aprendizagem do indivíduo. Aos poucos, essa consideração foi
dilatada. Nesse sentido, contemporaneamente, o campo de atuação da ciência parte
do olhar voltado aos complexos processos de ensino e de aprendizagem que
envolvem o aprendiz - os quais, por sua vez, podem envolver tanto o ambiente, as
instituições, famílias e escolas (o campo da Psicopedagogia Institucional), como
também se viu mais recentemente, o processo de ensino-aprendizagem nas
empresas (Psicopedagogia Empresarial). Este trabalho monográfico investiga os
pressupostos e as contribuições que a Psicopedagogia, no seu sentido já evoluído e
mais amplo, pode proporcionar a todos os elementos que participam dos complexos
processos de ensino e de aprendizagem em seus vários campos de atuação –
principalmente para as empresas e seus colaboradores. Estes, por serem adultos,
necessitam de técnicas especializadas tanto no processo de ensino-aprendizagem
como no tratamento das dificuldades relativas ao mesmo processamento. Por esse
motivo, este estudo incluiu também uma breve revisão sobre Andragogia – um
recurso complementar à Psicopedagogia Empresarial.
Palavras-chave: Psicopedagogia Empresarial. Capacitação. Colaboradores.
33. 33
experiência e funções. Essa atuação, porém, necessita de delimitação
dos contornos possíveis, aprimoramento das experiências já
existentes e maior divulgação por parte dos profissionais
psicopedagogos junto aos setores empresariais que, muitas vezes,
desconhecem essa possibilidade (CRESPO et al, 2012).
Samora e Silva (2014) afirmam que a ciência da Psicopedagogia é tida como
apta para atuar no campo empresarial, mais especificamente na relação empregado-
empregador:
A psicopedagogia empresarial é considerada habilitada para suceder
na desordem da relação de empregado e de empregador. Como
afirma Carvalho, a Psicopedagogia “posiciona-se como a disciplina
melhor preparada para intervir nos conflitos socioculturais de caráter
danoso possíveis nas relações horizontais e verticais entre
empregados e empregadores” (SAMORA e SILVA, 2014).
Assim sendo, salienta-se que: “Psicopedagogia empresarial,
ampliando formas de treinamento, resgatando a visão do todo, as
múltiplas inteligências, trabalhando a criatividade e os diferentes
caminhos para buscar saídas, desenvolvendo o imaginário, a função
humanística e dos fundamentos na empresa, ao construir projetos e
dialogar sobre eles” (BOSSA, 2000).
Nesse contexto:
[...] o psicopedagogo deve ter visão diagnóstica da empresa no que se
refere à queixa e à deficiência estabelecida no grupo, bem como
averiguar uma prévia do histórico, dos objetivos, da missão e dos
valores da empresa. Deve, também, informar aos funcionários sobre a
importância e realização do trabalho, assim como a demonstração de
ações, de conduta e de postura, com vistas à qualidade de vida
(SAMORA e SILVA, 2014).
Também, encontrou-se um artigo de pesquisa bibliográfica13
referindo-se a psicopedagogia empresarial no desenvolvimento de
prevenção de doenças ocupacionais. Segundo a autora, nesse
contexto, o psicopedagogo deverá atuar em habilidades específicas,
tais como planejamento estratégico, seleção de pessoas, plano de
carreira, avaliação do desempenho, comunicação, formação, cultura
organizativa e prevenção de acidente (SAMORA e SILVA, 2014).
Finalmente, uma síntese conceitual pode ser descrita e apresentada através
de uma ilustração, da seguinte forma:
34. 34
ILUSTRAÇÃO 02 – SÍNTESE CONCEITUAL DE PSICOPEDAGOGIA
2.3.1 Possibilidades de Atuação da Psicopedagogia Institucional nas Empresas
Carlos (2016) esclarece que no meio empresarial a Psicopedagogia:
[...] cuida de todos os processos que organizam a empresa e tem
como objetivo avaliar controles, elaborar sistemas de aprendizado,
recrutar e treinar pessoas, criar dinâmicas de grupo e avaliar o
desempenho dos funcionários. Além de gerar novos recursos que vão
trazer benefícios entre gestores e colaboradores para sua empresa,
como eventos, confraternizações, entre outros (CARLOS, 2016).
Um dos principais objetivos do psicopedagogo empresarial é identificar
os pontos que possam estar travando o aprendizado dos
colaboradores. Trazendo uma atuação preventiva para evitar esse tipo
de situação e com isso proporcionar estratégias e ferramentas que
possibilitam a facilidade a esse aprendizado. Propondo para os
profissionais uma reciclagem em suas habilidades e funções, afim de
descobrir novas competências profissionais e aperfeiçoamento da sua
atuação junto a empresa (CARLOS, 2016).
Para que o uso da Psicopedagogia nas organizações seja bem sucedido,
tanto os especialistas psicopedagogos como as empresas têm responsabilidades
diretas, que devem ser assumidas mutuamente. Nesse aspecto, Carlos (2016)
enfatiza que da parte:
35. 35
a) Dos psicopedagogos:
Além de atuar em conjunto com a área de RH da empresa, o
especialista tem que se atualizar sempre e aprender novas técnicas
para utilizar. Com essas constantes atualizações, a chance de um
rendimento maior por parte dos colaboradores tende a aumentar
(CARLOS, 2016).
b) Das empresas:
Por sua vez as empresas, em conjunto com a pedagogia empresarial,
devem trabalhar de forma que seus objetivos, metas e ideais possam
provocar uma mudança significativa e clara em seus colaboradores, e
que essa mudança atinja também o comportamento e resultados
desses funcionários (CARLOS, 2016).
Para Miranda e Garcia (2015), a Psicopedagogia Institucional qualifica o
profissional psicopedagogo para atuar em duas grandes frentes, quando se trata do
campo empresarial, sendo na:
a) Gestão de recursos humanos;
b) Educação corporativa, ou treinamento e desenvolvimento.
Especificamente com relação à gestão de recursos humanos, Crespo et al
(2012) explicam que “Tradicionalmente, o setor de Recursos Humanos, ou aqueles
voltados para gestão e desenvolvimento de pessoas, têm a responsabilidade de
atrair, treinar, reter e desenvolver talentos, visando à sustentabilidade do negócio.”
Tendo em vista os novos parâmetros de educação inclusiva que tem resultado em
menor nível de capacitação, as empresas têm ganhado particular importância na
ação educadora, pois têm tido que direcionar esforços para treinar, qualificar e
capacitar melhor seus funcionários. Esta, inclusive, tem sido a preferência, pois está
se tornando cada vez mais desafiador encontrar mão de obra especializada e de
excelência no mercado de trabalho – uma queixa frequente das organizações
contemporâneas. Diretamente proporcional ao aumento do esforço educativo, tem
sido o crescimento dos casos de colaboradores com dificuldades de aprendizado –
não somente pela simples elevação da quantidade de pessoas a serem capacitadas,
mas principalmente peço contínuo declínio da qualidade da educação em todos os
níveis – ensino básico, médio e superior, que por si só coloca os aprendizes na
condição de mal preparados para enfrentarem o mercado de trabalho.
36. 36
É clara e justificada, então, a necessidade de haver psicopedagogos atuando
no ramo empresarial, preferencialmente, inclusive, com amplo conhecimento em
Andragogia – ciência especializada no ensino de adultos – uma vez que a classe
trabalhadora é composta de pessoas jovens e adultas.
2.3.1.1 Breve Conceituação de Andragogia
Batista (2016) fornece uma definição clara e concisa de Andragogia:
A andragogia é uma ciência preocupada em estudar a educação de
adultos, partindo do princípio que os adultos, diferentemente das
crianças e dos jovens, são indivíduos independentes e responsáveis
pelo seu próprio desenvolvimento e aprendizado. Dessa forma, a
aprendizagem assume outra lógica para a busca do conhecimento, a
qual não mais existe uma transferência do conhecimento de forma
passiva indo do professor para o aluno, mas sim uma aprendizagem
ativa por parte do aluno que coloca o professor como um facilitador
desse processo (BATISTA, 2016).
No trabalho de monografia realizado para conclusão do curso de pós-
graduação em formação de professores para o ensino superior, Pires (2014) explica
que “Na busca da qualificação e especialização do ensino superior, surge a
andragogia - ciência voltada à educação do ser adulto.” A autora prossegue:
Detalhadamente, andragogia refere-se à arte e à ciência de educar
adultos. Nesse caso o foco é direcionado à aprendizagem facilitada
pelo professor, o qual segundo Kaufman (2000), deve mediar e
orientar os alunos já na fase adulta, sendo possível também incluir a
pré-adulta. Trata-se, assim, de facilitar o aprendizado dos discentes,
ao invés de meramente transferir conteúdos, como tem sido
tradicionalmente entendido e feito (PIRES, 2014).
A proposta andragógica afirma ser necessário desenvolver e utilizar
métodos e técnicas mais apropriadas para o sucesso do processo de
ensino-aprendizagem do adulto. Nesse propósito estão incluídos os
professores, os alunos e as instituições de ensino superior. Tal
adequação certamente envolve não somente conhecer e compreender
as proposições feitas pela ciência em questão, mas principalmente
estudar, rever e ajustar o papel e a atuação do docente ao contexto
discutido sob a ótica da Andragogia. Igualmente relevante é distinguir
as características e exigências do discente adulto, adaptar e utilizar
recursos didáticos adequados (PIRES, 2014).
[...] para a andragogia, é fundamental considerar e utilizar a
experiência e o conhecimento que o aluno adulto adquire ao longo de
37. 37
sua vida, a fim de melhorar o resultado do seu aprendizado. No
processo de aprendizagem do aluno maduro e experiente, o discente
torna-se o próprio sujeito da sua educação e não simplesmente o
objeto. Na posição de sujeito, o educando sente necessidade de
enfrentar desafios ao administrar seu aprendizado e sua evolução,
enquanto pessoa e profissional. Por esse motivo o professor
compartilha, não define e nem dirige, a aprendizagem do aluno adulto.
[...] a função do docente se transforma. Ele deixa de ser aquele que
decide e transfere conteúdo para se tornar um facilitador participante
do aprendizado gerido pelo próprio aluno, que aprende fazendo
(PIRES, 2014).
[...] segundo os conceitos da Andragogia, o estudante precisa ser
compreendido como sujeito da sua própria aprendizagem. O adulto
está em busca da autonomia, não gosta de se sentir tutelado o tempo
todo, pois é responsável por seus atos e decisões (SUHR, 2012, p. 1).
Nesse sentido, [,,,] Uma visão muito interessante é fornecida por
Linderman (1926), quando propõe que o ser humano aprende
aquilo que faz e “a experiência é o livro-texto vivenciado pelo
aluno adulto” (PIRES, 2014).
São fundamentos da andragogia, segundo Gil (2011) e Chotguis (2005):
a) o aluno é o auto gestor de sua aprendizagem, sendo ele mesmo
quem delibera e estipula a sua caminhada educacional;
b) os adultos têm consciência de que adquirir conhecimento é
importante e, em consequência, sentem-se responsáveis por sua
aprendizagem;
c) o ensino e a aprendizagem não ocorrem na sua plenitude sem que
haja motivação. Logo, devem existir as motivações extrínsecas
(externas) - como melhor trabalho e maior salário - e principalmente as
intrínsecas (internas ao aluno) - como vontade própria, determinação,
autoestima, mérito, qualidade de vida e satisfação;
d) o aluno maduro se propõe e se compromete com estudos que
obrigatoriamente completem as experiências que ele obteve durante
sua vida, pois são parte do seu ser. Dessa forma, tais vivências
precisam ser consideradas como recursos valiosos que embasam seu
processo de aprendizagem, enquanto o saber do professor, sua didática
e materiais constituem subsídios que os alunos utilizam, de livre
escolha;
e) no caso do educando maduro e experiente, a prontidão para o
aprendizado ocorre quando ele sente necessidade de qualificar alguma
habilidade e/ou competência que lhe é própria. Por essa razão, ele
decide aprender conteúdos que julga serem realistas, de aplicação
prática e imediata, dentro do seu contexto de vida pessoal e
profissional;
f) um sexto princípio é acrescentado por Damião (1996), ao afirmar que
o clima de aprendizagem deve caracterizar-se pela confiança,
colaboração e pelo respeito, sendo o diálogo a pedra angular do
processo de aprendizagem do aluno adulto (GIL, 2011; CHOTGUIS,
2005).
38. 9
ABSTRACT
Although Psychopedagogy is gaining more and more space in Brazil and in the world
- where it is more advanced, the science still has a long way to go to solidify and
deliver the benefits it promises and can deliver on its great potential. Because it is a
relatively new science when compared to others - like Psychology and Pedagogy
from which it derived, there is a huge field for study and research development to be
made as well as important questions to be answered. The frequent questioning and
the need to find explanations have already provided significant evolutions. First, the
original concepts that initially considered all learning problems to be due to and
having its causes solely substantiated in the apprentice, have been transformed and
now it is clearly understood that the reasons for the learning difficulties can be
numerous and have their roots not only in the apprentice, but also in its surroundings,
involving society, family, schools and other institutions. Second, another advance has
been observed in the expansion of the nature of the applicability of the
Psychopedagogy science, which began been essentially therapeutic (focused on the
treatment of learning disorders), evolving to a preventive sense and applicability.
Third, it is noted one more valuable progress, related to the expansion of the scope
of Psychopedagogy, which in its originality looked solely at the learning process of
the individual. Gradually, this consideration has been lengthened. In this sense,
contemporaneously, the field of action of the Psychopedagogy is based on a look at
the complex processes of teaching and learning that involve the learner – which, in
turn, can involve both: a) institutions, families, schools, clinics and others (the field of
Institutional Psychopedagogy), and b) as it has also been seen more recently, the
teaching-learning process in companies (the field of Corporate Psychopedagogy).
This monographic work investigates the assumptions and contributions that
Psychopedagogy, in its already evolved and broader sense, can provide to all the
elements involved in the complex teaching and learning, processes in their various
fields of activity - especially for companies and their employees. These, because they
are adults, need specialized techniques both in the teaching-learning process as in
the treatment of difficulties related to the same process. For this reason, this study
also included a brief review on Andragogy – a complementary science to Corporate
Psychopedagogy.
Key-words: Corporate Psychopedagogy. Training. Employees.
39. 39
De mãos dadas com a Psicopedagogia, os fundamentos da Andragogia
encontram amplas oportunidades para enriquecer e tornar mais efetivo o trabalho
educativo realizado pelas empresas, junto aos seus colaboradores.
2.3.1.2 Psicopedagogia e Andragogia Atuando Juntas
Entre o campo da Andragogia, voltado ao ensino de jovens e adultos, e o da
Psicopedagogia Institucional Empresarial, focada nas dificuldades de aprendizagem
dos colaboradores das empresas, portanto também jovens e adultos, há uma
intersecção que representa uma zona de interesse comum – que consiste na
atuação com adultos. Por esse motivo, a ação conjunta dessas duas ciências tem
representa valor e tem muito a auxiliar no trabalho junto às dificuldades de
aprendizagem apresentadas pelos funcionários das organizações. Segundo Noffs e
Rodrigues (2011):
O psicopedagogo em suas ações reconhece, nos seis princípios
fundamentais da aprendizagem com adultos, um roteiro possível de ser
seguido desde que o profissional o faça refletidamente e não
mecanicamente. [...] A atuação do psicopedagogo a partir da
perspectiva da andragogia se apresenta como mais uma possibilidade
de inovação às referências convencionais de intervenção na dimensão
institucional do psicopedagogo (NOFFS e RODRIGES, 2011).
Partindo do que afirmam Noffs e Rodrigues (2011), de forma inovadora, a
aplicação complementar da Psicopedagogia juntamente com a Andragogia
representa um enriquecimento para a prática da educação dos colaboradores. Um
olhar mais aproximado expõe o grande potencial de avanço que esse trabalho
integrativo das duas ciências tem para qualificar o processo de ensino-aprendizagem
realizado pelas empresas, na medida em que, ao usarem os princípios de
andragogia e da psicopedagogia, estarão melhores preparados e especializados
para, respectivamente, educarem e solucionarem problemas de aprendizagem dos
educandos jovens e adultos colaboradores das empresas e organizações. As
especializações dessas duas ciências suplementam uma à outra, qualificando
melhor os profissionais dedicados ao árduo desafio de educar e treinar adultos –
prática complexa que tem se mostrado cada vez mais difícil.
40. 40
O quadro que segue resume os principais pressupostos das duas ciências,
sugerindo que são essencialmente complementares. Dado que os elementos
centrais de ambas são comuns (processo de ensino/aprendizagem e
adultos/colaboradores – este segundo elemento como foco específico deste estudo),
o uso suplementar dos conceitos e das técnicas dessas disciplinas gera expressivos
benefícios aos colaboradores aprendizes e suas empresas.
QUADRO 01
PRESSUPOSTOS COMPLEMENTARES DA ANDRAGOGIA E PSICOPEDAGOGIA
2.4 Contribuições da Psicopedagogia Empresarial para a Capacitação de
Colaboradores com Dificuldades de Aprendizado
Apesar de ser relativamente novo o uso da Psicopedagogia no ambiente
corporativo, importantes contribuições da ciência em questão são observadas,
principalmente na gestão de recursos humanos, nas suas várias formas de atuação,
destacando-se as práticas relacionadas à cognitividade e promoção do bom
relacionamento entre as empresas e seus funcionários e da qualidade de vida do
profissional no ambiente de trabalho.
Para Chiavenato (1999), é ampla a contribuição da Psicopedagogia para as
empresas. Ele defende que o trabalho do psicopedagogo:
41. 41
[...] na empresa tem abrangência em todos os processos da gestão de
pessoas listados por Chiavenato (1999, p. 12) – processo de agregar
pessoas, processos de aplicar pessoas, processo de recompensar
pessoas, processo de desenvolver pessoas, processo de manter
pessoas e processo de monitorar pessoas – e utiliza métodos próprios e
pertinentes ao seu arcabouço de estudos, a partir do olhar e da escuta
psicopedagógicos (CHIAVENATO, 1999).
De acordo com Bossa (2011),
[...] o psicopedagogo pode “realizar processos de orientação
educacional, vocacional e ocupacional, tanto na forma individual
quanto em grupo”. Sua atuação reside na análise dos fatores em que
ocorre o aprendizado, bem como dos que podem dificultá-lo, para
poder construir seu modelo de intervenção, seja ele individual ou
grupal (BOSSA, 2011).
Costa (2009) reforça o que se afirma acima dizendo que, dentro do
departamento de RH, a atuação do profissional psicopedagogo estende-se
principalmente nas áreas de Treinamento e Desenvolvimento de Pessoal, Avaliação
de Desempenho, [...] Recrutamento e Seleção de pessoal [...]. Para o autor:
O papel do psicopedagogo na empresa desenha-se ainda como uma
ponte, pois ele buscará estreitar os relacionamentos. Para isso, o
profissional pode “organizar palestras, workshops, vídeos, debates,
dinâmica, simulações de trabalho e momentos propícios à reflexão
[...]” (COSTA, 2009).
Outra contribuição é fornecida por Miranda e Garcia (2015), segundo os
quais:
O psicopedagogo na empresa poderá intervir também em problemas
de concentração (organizar tarefas do dia a dia, arquivos, eventos) e
tarefas que requeiram atenção concentrada, nos erros que advêm da
incorreta compreensão de uma orientação (intervir tanto com o
colaborador que orienta como com o orientado), apresentações em
grupo pertinentes à rotina do (grupo de) trabalho, dentre outras,
conforme a dinâmica de ações que fazem parte da cultura
organizacional da empresa (MIRANDA e GARCIA, 2015).
2.4.1 Atuações e Resultados da Psicopedagogia Empresarial
De forma geral, de acordo com Samora e Silva (2014), há duas maneiras de
contribuição da Psicopedagogia, a saber:
42. 42
A atuação psicopedagógica se dá de maneira preventiva e terapêutica,
tanto no âmbito escolar, quanto na saúde, social, clínica ou no meio
empresarial. Alguns autores13 salientam que o psicopedagogo pode
contribuir de maneira eficiente na administração da aprendizagem
individual e organizacional, diagnosticando e propondo soluções para
problemas relacionados à aprendizagem na empresa (SAMORA e
SILVA, 2014).
Para os mesmos autores, também de forma generalizada:
No meio empresarial [...] a função do psicopedagogo é analisar,
avaliar, incentivar e intervir nos acontecimentos que prejudiquem o
desenvolvimento individual e grupal, estimulando a harmonia e a
aprendizagem. Pode atuar com os profissionais da área de Recursos
Humanos e auxiliá-los em treinamentos, seleção e organização
pessoal. Como também colher elementos do diagnóstico
organizacional, determinando e inspecionando a aprendizagem de
forma didática (SAMORA e SILVA, 2014).
O papel do psicopedagogo em uma empresa é o de promover a
qualidade social e humana. Esse profissional trabalha diretamente
com a educação, no sentido de adaptar o indivíduo em seu lado
pessoal e profissional. A autora destaca o trabalho em três fases
diferentes e integradas: formação profissional, desenvolvimento
profissional e treinamento para um cargo específico. O psicopedagogo
empresarial deve interpretar, tomar conhecimento do problema de
aprendizagem e intervir entre o sujeito e a sua história que causaram
a dificuldade de aprender (SAMORA e SILVA, 2014).
A revisão bibliográfica e as opiniões dos diversos autores pesquisadas e
registradas neste estudo monográfico demonstram o grande espectro possibilidades
de atuação do psicopedagogo nas corporações. Tais ações são importantes,
especialmente, tanto para solucionar problemas de aprendizagem, como para
preveni-los. O trabalho de Pereira (2013) a cerca da aplicabilidade da
Psicopedagogia, embora priorizando o âmbito hospitalar, mas que podem ser
extrapolados para o ambiente empresarial e outros, descreve algumas das principais
tarefas da competência do psicopedagogo:
a) Colaborar com outros profissionais interagindo em equipe
interdisciplinar na orientação psicopedagógica aos aprendizes;
b) Elaborar diagnósticos das condições e dificuldades de
aprendizagem;
c) Utilizar recursos psicopedagógicos para elaborar programas de
ensino-aprendizagem eficazes e capazes de solucionar os
problemas identificados;
43. 43
d) Criar e desenvolver métodos e programas psicopedagógicos para
maximizar a aprendizagem;
e) Orientar o aprendiz para que se sinta um agente ativo do seu
próprio aprendizado, orientando-o a não se afastar do mundo
acadêmico (PEREIRA, 2013).
Rumbelsperger (2016) relaciona as várias possibilidades de atuação para o
profissional psicopedagogo dentro do ambiente empresarial. Para a autora, os
serviços que podem ser prestados pelo profissional em questão incluem
pincipalmente, mas não esgotando as várias oportunidades:
a) Treinamento, desenvolvimento e formação de agentes multiplicadores;
b) Superação de bloqueios e dificuldades de aprendizagem;
c) Redução de medo e ansiedade relativos ao ato de estudar;
d) Orientação profissional e vocacional;
e) Avaliação de colaboradores;
f) Recrutamento e seleção;
g) Dinâmicas de grupo;
h) Gestão de conflitos e solução de problemas em grupo;
i) Programa de melhoria do desempenho;
j) Realização de palestras, oficinas e workshops didáticos e terapêuticos;
k) Propor e implementar atividades para melhoria da auto estima e auto confiança;
l) Desenvolvimento da memória e criatividade;
m) Capacitação para a busca do atingimento de metas e estados de excelência;
etc...
Assim, como conclui Carlos (2016) em seu artigo:
[...] para as empresas o uso da psicopedagogia empresarial é
importante para uma melhoria no desempenho dos funcionários, na
comunicação entre empresa, funcionário e recursos humanos e
principalmente na identificação de problemas individuais, seja por
conta do trabalho ou por problemas pessoais (CARLOS, 2016).
2.5 Desafios para a Psicopedagogia no Campo das Organizações
A despeito das várias contribuições da Psicopedagogia para as empresas já
identificadas e confirmadas, há muitos desafios para a ciência foco deste estudo
44. 10
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 15
DESENVOLVIMENTO 16
1 PROJETO DE PESQUISA 16
1.1 Tema do Trabalho Monográfico 16
1.2 Problematização 16
1.3 Principais Questões 17
1.4 Proposta 17
1.5 Objetivos 18
1.5.1 Objetivo Central 18
1.5.2 Objetivos Específicos 18
1.6 Fundamentação 18
1.7 Metodologia 19
1.7.1 Revisão Bibliográfica 19
1.7.2 Pesquisa de Campo 19
1.7.2.1 Ferramenta de Pesquisa 19
1.7.2.2 Questionário Eletrônico 20
1.7.2.3 Pré-Teste 20
1.7.2.4 Link de Acesso e Coleta 20
1.7.2.5 Tabulação 20
1.7.2.6 E-mail Convite 21
2 REFERENCIAL TEÓRICO 22
2.1 Surgimento e Evolução da Psicopedagogia 22
2.1.1 Necessidade de Surgimento da Psicopedagogia 22
2.1.2 Origem da Psicopedagogia 22
2.1.3 Psicopedagogia Institucional 25
2.1.4 Correntes Teóricas que Embasam a Psicopedagogia 26
2.2 Definições e Conceitos Fundamentais 28
2.3 Psicopedagogia Institucional nas Empresas 29
2.3.1 Possibilidades de Atuação da Psicopedagogia Institucional nas
Empresas 34
2.3.1.1 Breve Conceituação de Andragogia 36
2.3.1.2 Psicopedagogia e Andragogia Atuando Juntas 39
45. 45
questões perpassam, em muitos casos, pela própria dificuldade de
conceber em que se constitui um trabalho institucional preventivo.
Juntamente ao desafio de se elaborar e realizar diagnósticos e
intervenções na instituição. Estas dificuldades, [...] dentre outras, se
relacionam diretamente a ausência deste tipo de experiência que
deveria ter sido propiciada, especialmente pelos cursos de
especialização em psicopedagogia e também pelas próprias
instituições onde estes profissionais atuam (PERES e OLIVEIRA,
2007).
2.6 Relações Entre o Referencial Teórico e os Achados Através da Pesquisa
de Campo
Uma pesquisa de campo foi realizada com o intuito de verificar possíveis
relações entre o saber adquirido na revisão bibliográfica e os achados do trabalho de
campo. Os principais interesses voltam-se, em primeira instância, para a eventual
confirmação ou o questionamento dos conceitos teóricos, quando levadas em
consideração as respostas dos alunos.
O universo de respondentes é composto de estudantes e profissionais
adultos, de interesse particular, por constituírem público de interesse tanto para a
Psicopedagogia – por serem estudantes do ensino superior muitas vezes
apresentam dificuldades de aprendizagem – como para a Psicopedagogia
Institucional Empresarial – voltada aos aspectos relativos à capacitação dos
colaboradores.
Na sequência, o detalhamento completo da pesquisa de campo e dos seus
resultados é fornecido.
46. 46
3 DETALHAMENTO DA PESQUISA DE CAMPO
3.1 Finalidade e Expectativas do Estudo de Campo
Uma pesquisa de campo foi realizada sobre o despreparo, as inabilidades e
dificuldades que afetam o desenvolvimento e a aprendizagem, bem como os tipos
de apoio, atividades e recursos que podem ajudar a lidar com os problemas
reportados e melhorar os processos de desenvolvimento e aprendizagem de alunos
e profissionais adultos entrevistados.
A investigação teve como objetivo verificar se podem ser identificadas e
traçadas relações entre a teoria estudada e as respostas obtidas, que possam em
algum nível, confirmar conceitos, afirmações e percepções conhecidas a partir da
revisão bibliográfica.
As principais perguntas elaboradas e respondidas incluem, com relação aos
achados registrados durante a revisão bibliográfica:
a) Percebe-se algum tipo de relação entre as inabilidades pessoais e/ou
profissionais para realização de atividades em geral, e o mau desenvolvimento e
as dificuldades de aprendizagem reportadas?
b) Quais são os principais aspectos informados de despreparo e inabilidades para
atividades em geral que mais afetam negativamente o desenvolvimento e a
aprendizagem?
c) Que tipo de apoio, atividade e recursos são necessitados e sugeridos pelos
alunos profissionais, para ajuda-los a superarem suas dificuldades de
aprendizagem?
d) Existem relações entre as contribuições realizadas pela psicopedagogia
Institucional e as situações informadas levantadas nas respostas para as
questões anteriores?
Importa esclarecer que as primeiras perguntas da pesquisa (de 1 a 5) foram
feitas para efeito de conhecimentos gerais e, principalmente, com o intuito de
descontrair os participantes antes de inquiri-los sobre assuntos mais delicados,
relacionados a despreparos, inabilidades e dificuldades pessoais e profissionais.
Essa é uma das técnicas recomendadas quando se pretende pesquisar assuntos
que podem ser percebidos como delicados e constrangedores para os participantes.
47. 47
Os achados são descritos e comentados mais adiante, no item 3.6 e na
conclusão desta monografia.
3.2 Universo e Censo
A população de alunos profissionais pesquisados foi constituída de 220
estudantes matriculados em duas instituições de ensino superior com atuação na
região da Baixada Santista. Participaram estudantes de todos os semestres dos
cursos tecnológicos de: Processos Gerenciais, Administração, Contabilidade,
Marketing, Gestão de RH, Gestão Portuária, Regimes de DPs, Comércio Exterior e
Negócios Internacionais, e Logística.
Tendo em vista que o questionário foi encaminhado à totalidade da
população, o estudo consiste num censo – quando ocorre aplicação da pesquisa
para 100% da população alvo. O percentual de retorno obtido foi de 10,5% (23
questionários preenchidos, do total de 220 distribuídos). A consulta foi realizada de
forma anônima a fim de estimular a participação honesta, sem possibilidade de
identificação por parte da pesquisadora que aplicou a pesquisa, que também é
professora dos alunos que compuseram o universo de pesquisa.
O gráfico 1 e o quadro 1 demonstram, respectivamente, a composição do
universo e o detalhamento da composição do universo pesquisado. São fornecidos a
seguir:
48. 48
GRÁFICO 01 - COMPOSIÇÃO DO UNIVERSO DA PESQUISA
QUADRO 02
DETALHAMENTO DA COMPOSIÇÃO DO UNIVERSO DA PESQUISA
CURSO QT %
Processos Gerenciais (C4) 18 0,1 8,2
Administração (C5) 26 0,1 11,8
Contabilidade (C4) 31 0,1 14,1
Administração (C7) 33 0,2 15,0
Marketing (C3) 10 0,0 4,5
Gestão de RH (C3) 31 0,1 14,1
Gestão Portuária (Forms) 18 0,1 8,2
DPs (C3) 7 0,0 3,2
Comex e Negs Interns
(Pós)
28 0,1 12,7
Logística (Pós) 18 0,1 8,2
TOTAL 220 ---- 100
3.3 Ferramenta Online de Pesquisa
O software empregado neste estudo de campo, detalhadamente explicado no
inicio deste documento é exclusivo para investigações feitas utilizando a internet. O
8%
12%
14%
15%
5%
14%
8%
3%
13%
8%
Composição do Universo (Mix: Curso/Ciclo)
Processos Gerenciais (C4)
Administração (C5)
Contabilidade (C4)
Administração (C7)
Marketing (C3)
Gestão de RH (C3)
Gestão Portuária (Forms)
DPs (C3)
Comex e Negs Interns (Pós)
Logística (Pós)
49. 11
2.4 Contribuições da Psicopedagogia Empresarial para a Capacitação
de Colaboradores com Dificuldade de Aprendizado 40
2.4.1 Atuações e Resultados da Psicopedagogia Empresarial 41
2.5 Desafios para a Psicopedagogia no Campo das Organizações 43
2.6 Relações entre o Referencial Teórico e os Achados Através da
Pesquisa de Campo 45
3 DETALHAMENTO DA PESQUISA DE CAMPO 46
3.1 Finalidade e Expectativas do Estudo de Campo 46
3.2 Universo e Censo 47
3.3 Ferramenta Online de Pesquisa 48
3.4 Documento Eletrônico de Inquérito 49
3.5 Tipo de Pesquisa 52
3.6 Achados a Partir da Investigação 53
3.6.1 Respostas Obtidas 53
3.6.2 Dados, Informações e Análise 56
3.6.2.1Descrição da Análise e Resultados 57
3.6.3 Tabulação, Gráficos, Tabelas e Respostas Abertas 58
CONCLUSÃO 73
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 74
52. 52
ILUSTRAÇÃO 03 – QUESTIONÁRIO DA PESQUISA DE CAMPO (CONTINUAÇÃO)
3.5 Tipo de Pesquisa
O estudo de campo realizado não é considerado estatisticamente
representativo, na medida em que a população e amostra – censo - utilizadas não
são de caráter probabilístico. Isso por várias razões, dentre elas as principais:
a) Não foram utilizados métodos estatísticos formais na amostragem;
b) A amostra utilizada, embora sendo um censo, foi colhida por conveniência pela
autora da pesquisa, em função do imediato acesso aos alunos adultos do ensino
superior, já atuantes como profissionais;
c) As instituições de ensino não atuam de forma abrangente do todo que represente
a nação brasileira, nem em âmbito nacional, nem em todos os níveis sociais, nem
oferecem todos os tipos de cursos.
Independentemente desses fatos, a investigação contribui para a ampliação da
reflexão sobre as necessidades comentadas na revisão bibliográfica derivadas das
dificuldades de aprendizagem estudadas e as possíveis contribuições da
Psicopedagogia, em todas as suas formas, para solucionar e ajudar os aprendizes a
transporem seus problemas identificados e reportados nas obras pesquisadas, de
diversos autores. Nesse aspecto, os achados têm sua significância para o que se
propõe nesta investigação e no estudo monográfico.
Como orienta Pires (2014) em sua monografia sobre Andragogia, em uma
segunda fase, sugerem-se estudos adicionais:
53. 53
Estudos futuros de aprofundamento desta investigação, que tenham o
objetivo de analisar a problemática no âmbito nacional, deverão
refazer a pesquisa de campo usando uma amostra que inclua
elementos com a mesma chance de serem escolhidos, de todas as
universidades e faculdades presentes no país. Nessa condição
amostral, os dados poderão ser extrapolados ao universo e
representar estatisticamente toda a população de estudantes do
ensino superior do Brasil (PIRES, 2014).
Além das condições citadas por Pires (2014), pelo fato do assunto desta
monografia ser voltado para a Psicopedagogia institucional empresarial, importa que
eventuais estudos de aprofundamento utilizem métodos estatísticos no trabalho de
amostragem, bem como incluam colaboradores de empresas de várias regiões do
país, de diversos portes e atuantes em todos os setores econômicos, para que se
possa considerar a pesquisa resultante estatisticamente representativa do mercado
brasileiro.
3.6 Achados a Partir da Investigação
3.6.1 Respostas Obtidas
Detalhadamente, as respostas os achados nas respostas de cada pergunta feita
são:
Pergunta 01 – Assinale uma das duas alternativas a seguir. Atualmente você:
trabalha e estuda; só estuda; somente trabalha?
Respostas: A grande maioria dos participantes da pesquisa (83% dos respondentes)
é composta por alunos adultos do ensino superior que trabalham e, portanto, são
profissionais atuantes em empresas de diversos setores econômicos – objeto de
estudo e atuação da Psicopedagogia Institucional Empresarial. Do restante, 9%
somente trabalham e 4% somente estudam. 4% não especificaram.
Pergunta 02 – Antes de ingressar no ensino superior, na maior parte do tempo, você
estudou em escolas: privadas; públicas; ambas equilibradamente?
Respostas: Dominantemente, 83% dos respondentes estudaram em escolas
públicas para realização do ensino básico e médico, antes de cursarem o ensino
superior. Outros 13% disseram terem estudado em escolas públicas, enquanto
54. 54
somente 4% estudaram tanto em escolas públicas como particulares,
equilibradamente.
Pergunta 03 – Qual é sua principal área de estudo, formação e atuação?
Respostas: Dentre as áreas de estudo abrangidas na investigação, as mais
presentes foram: Contabilidade e Finanças (22%); Operacional e Processos
Gerenciais (22%); Administração e Gestão em geral (17%); Gestão de RH (17%);
Comércio Exterior, Logística e Gestão Portuária (9%); Outras (9%); Marketing,
Comunicação, Publicidade e Jornalismo (4%).
Pergunta 04 – Na vida “pessoal”, que tipo de atividade você mais gosta e costuma
fazer?
Respostas: Das respostas obtidas, 26% costumam participar de shows, teatros e
cinema; 26% preferem passear ao ar livre, caminhar e viajar; 22% gostam de assistir
TV; 13% têm gosto por ouvir músicas e dançar; 9% praticam esportes e atividades
físicas; 4% assinalaram outros e somente um respondente desse grupo relatou
preferência por ir à igreja.
Pergunta 05 – Na vida “profissional”, que tipo de atividade você mais gosta e
costuma fazer?
Respostas: Referente às respostas obtidas, 35% dos respondentes gostam de
atividades relacionadas com organização, planejamento e administração; 30%
preferem atividade que lhes possibilitem interagir com pessoas; 13% têm afinidade
com atividades relacionadas com pesquisa, estudo e análise; 9% gostam das
atividades de monitoramento e controle; outros 9% gostam de cálculos e contas em
geral; 4% gostam de atividades relacionadas a treinamento e educação.
Interessantemente, as opções “escrever e redigir textos”, “criar, desenvolver e
inovar” e “prestar serviços” não foram assinaladas.
Pergunta 06 – Que “preparo”, “habilidades” e “facilidades” para realizar atividades
em geral você acredita ter, tanto no campo pessoal como profissional?
Respostas: As respostas citaram aspectos como rápida aprendizagem, facilidade de
comunicação, confiabilidade, agilidade no raciocínio, determinação, desejo de
aprender, valor ético, alegria, fé, empenho, facilidade de lidar com pessoas,
55. 12
LISTA DE QUADROS
QUADRO 01 – PRESSUPOSTOS COMPLEMENTARES DA ANDRAGOGIA
E DA PSICOPEDAGOGIA 40
QUADRO 02 – DETALHAMENTO DA COMPOSIÇÃO DO UNIVERSO DA
PESQUISA 48
QUADRO 03 – DIFICULDADES, SUGESTÕES E CONTRIBUIÇÕES 57
QUADRO 04 – DETALHAMENTO: QUESTÃO 01 DA PESQUISA DE CAMPO 59
QUADRO 05 – DETALHAMENTO: QUESTÃO 02 DA PESQUISA DE CAMPO 60
QUARDO 06 – DETALHAMENTO: QUESTÃO 03 DA PESQUISA DE CAMPO 62
QUADRO 07 – DETALHAMENTO: QUESTÃO 04 DA PESQUISA DE CAMPO 63
QUADRO 08 – DETALHAMENTO: QUESTÃO 05 DA PESQUISA DE CAMPO 65
QUADRO 09 – DETALHAMENTO: QUESTÃO 08 DA PESQUISA DE CAMPO 68
56. 56
Respostas: acompanhamento de pessoal especializado em coaching, treinamento,
apoio de psicólogo, programas de desenvolvimento profissional, trabalhos e
dinâmicas em grupo, terapia, leituras e palestras, relaxamento, cursos.
3.6.2 Dados, Informações e Análise
Os achados são interessantes. Embora, pelas características já descritas e
pouca abrangência da pesquisa, não seja possível traçar solidas relações diretas,
nem tão pouco extrapolar os resultados da investigação para toda a população, o
que se soube com as respostas é significativo para o proposto nesta pesquisa.
Também é valioso como conhecimento de algumas peculiaridades sobre o público
alvo que participou do inquérito.
Fatos que chamam atenção, embora alguns, como o item “a” sejam
esperados pela natureza do público pesquisado:
a) A prevalência recai sobre estudo e trabalho realizados juntos.
b) A maior parte do censo, sempre ou na maior parte do tempo, estudou em
instituições públicas.
c) As atividades preferidas pelos participantes são relacionadas a esportes,
passeios e atividades culturais.
d) Organização, planejamento e interação com pessoas também são as
preferências da maioria, no foro profissional.
e) As facilidades e habilidades mais citadas incluem: comunicação, raciocínio
lógico, organização e planejamento – de certa forma são afins com os itens “c” e
“d” acima.
f) Os aspectos de despreparo, inabilidades e deficiências incluem aspectos
emocionais, inter-relação, falta de conhecimento e treinamento, inseguranças
frente a mudanças.
g) A maioria dos entrevistados tem ciência ade que suas limitações interferem
negativamente e prejudicam os processos de desenvolvimento e aprendizagem –
em algum grau podem estar associados às respostas do item “f” acima.
h) Sugestões dadas pelos alunos de apoios para a superação das inabilidades e
dificuldades listadas, os itens mais citados incluem: terapia, trabalhos com
psicólogos, treinamentos/cursos/palestras, apoio emocional, atividades e
dinâmicas em grupo, apoio para organização, apoio de empresa,
57. 57
i) No que se refere às possibilidades de atuação e contribuições da
Psicopedagogia nas instituições e empresas a partir dos dados colhidos na
pesquisa de campo, a seguir é apresentado um relado detalhado, descrita a
análise procedida e seus achados.
3.6.2.1 Descrição da Análise e Resultados
Uma análise foi realizada cruzando, principalmente, três tipos de dados – que
constituem o foco do inquérito:
a) Dificuldades de aprendizagem e desenvolvimento relatadas pelos respondentes;
b) Sugestões do que poderia ajudar os respondentes a superarem suas
dificuldades;
c) Contribuições da Psicopedagogia Institucional relatadas na revisão bibliográfica.
A análise teve o propósito de comparar os conteúdos levantados e referentes aos
três itens listados acima (“a”, “b” e “c”); identificar a existência, ou não, de afinidade
entre tais informações; e considerar o nível de coerência entre o que a
Psicopedagogia Institucional Empresarial propõe fazer e as necessidades
reportadas demandam que seja feito – ou seja, as propostas Psicopedagógica
podem auxiliar na solução dos problemas informados pelos respondentes? Para
responder essa questão central, foi formado um quadro com os três grupos de
informações (apresentada abaixo), facilitando o cruzamento e a análise:
58. 58
QUADRO 03 – DIFICULDADES, SUGESTÕES E CONTRIBUIÇÕES
O resultado da análise é considerado significativo e, em boa parte, coerente
com os achados a partir da revisão bibliográfica realizada, no que tange ao que os
autores de forma geral afirmam e descrevem a respeito dos conceitos, objetivos e
possibilidades de atuação e contribuições da Psicopedagogia Institucional
Empresarial visando à identificação e a solução de problemas de aprendizagem. Há
conformidade entre os pressupostos Psicopedagógicos, a realidade e ansiedades
expressas pelos participantes da pesquisa.
Assim, de forma geral, a análise dos dados tabulados e das informações por
eles fornecidas reforçam os principais conceitos, características e técnicas
estudadas no material bibliográfico, a respeito das propostas Psicopedagógicas.
3.6.3 Tabulação, Gráficos, Tabelas e Respostas Abertas.
Nas próximas páginas é apresentado, na íntegra, o relatório de tabulação dos
dados colhidos na pesquisa de campo.
O relatório foi desenvolvido respeitando a mesma ordem que as perguntas
foram organizadas no questionário eletrônico, cujo layout foi apresentado
anteriormente.
59. 59
No caso das perguntas “fechadas” – de múltipla escolha sem possibilidade de
alterá-las, gráficos e tabelas de frequência são fornecidas. Já com relação às
perguntas “abertas” – que possibilitam ao respondente expressar-se livremente a
partir da redação de textos próprios, o relatório de tabulação provê os textos
completos, na íntegra, da forma que cada respondente os redigiu ao concedeu suas
respostas.
Importa ressaltar que a tabulação foi realizada de forma automática, com o
próprio software aplicando os questionários, recolhendo os dados, tabulando-os e
provendo o relatório final para análise do pesquisador. Essa prática é relevante na
medida em que elimina interferência a humana no processo e, por esse motivo,
garante a credibilidade dos achados.
Segue o relatório detalhado da tabulação, no formato produzido pelo software
de pesquisa.
60. 13
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁGICO 01 – COMPOSIÇÃO DO UNIVERSO (MIX: CURSO/CICLO) 48
GRÁGICO 02 – RESPOSTAS: QUESTÃO 01 DA PESQUISA DE CAMPO 59
GRÁGICO 03 – RESPOSTAS: QUESTÃO 02 DA PESQUISA DE CAMPO 60
GRÁGICO 04 – RESPOSTAS: QUESTÃO 03 DA PESQUISA DE CAMPO 61
GRÁGICO 05 – RESPOSTAS: QUESTÃO 04 DA PESQUISA DE CAMPO 63
GRÁGICO 06 – RESPOSTAS: QUESTÃO 05 DA PESQUISA DE CAMPO 64
GRÁGICO 07 – RESPOSTAS: QUESTÃO 08 DA PESQUISA DE CAMPO 68
61. 13
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁGICO 01 – COMPOSIÇÃO DO UNIVERSO (MIX: CURSO/CICLO) 48
GRÁGICO 02 – RESPOSTAS: QUESTÃO 01 DA PESQUISA DE CAMPO 59
GRÁGICO 03 – RESPOSTAS: QUESTÃO 02 DA PESQUISA DE CAMPO 60
GRÁGICO 04 – RESPOSTAS: QUESTÃO 03 DA PESQUISA DE CAMPO 61
GRÁGICO 05 – RESPOSTAS: QUESTÃO 04 DA PESQUISA DE CAMPO 63
GRÁGICO 06 – RESPOSTAS: QUESTÃO 05 DA PESQUISA DE CAMPO 64
GRÁGICO 07 – RESPOSTAS: QUESTÃO 08 DA PESQUISA DE CAMPO 68
62. 13
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁGICO 01 – COMPOSIÇÃO DO UNIVERSO (MIX: CURSO/CICLO) 48
GRÁGICO 02 – RESPOSTAS: QUESTÃO 01 DA PESQUISA DE CAMPO 59
GRÁGICO 03 – RESPOSTAS: QUESTÃO 02 DA PESQUISA DE CAMPO 60
GRÁGICO 04 – RESPOSTAS: QUESTÃO 03 DA PESQUISA DE CAMPO 61
GRÁGICO 05 – RESPOSTAS: QUESTÃO 04 DA PESQUISA DE CAMPO 63
GRÁGICO 06 – RESPOSTAS: QUESTÃO 05 DA PESQUISA DE CAMPO 64
GRÁGICO 07 – RESPOSTAS: QUESTÃO 08 DA PESQUISA DE CAMPO 68
63. 13
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁGICO 01 – COMPOSIÇÃO DO UNIVERSO (MIX: CURSO/CICLO) 48
GRÁGICO 02 – RESPOSTAS: QUESTÃO 01 DA PESQUISA DE CAMPO 59
GRÁGICO 03 – RESPOSTAS: QUESTÃO 02 DA PESQUISA DE CAMPO 60
GRÁGICO 04 – RESPOSTAS: QUESTÃO 03 DA PESQUISA DE CAMPO 61
GRÁGICO 05 – RESPOSTAS: QUESTÃO 04 DA PESQUISA DE CAMPO 63
GRÁGICO 06 – RESPOSTAS: QUESTÃO 05 DA PESQUISA DE CAMPO 64
GRÁGICO 07 – RESPOSTAS: QUESTÃO 08 DA PESQUISA DE CAMPO 68
64. 64
QUESTÃO 04
GRÁGICO 05 – RESPOSTAS: QUESTÃO 04 DA PESQUISA DE CAMPO
QUADRO 07 – DETALHAMENTO: QUESTÃO 04 DA PESQUISA DE CAMPO
66. 66
QUADRO 08 – DETALHAMENTO: QUESTÃO 05 DA PESQUISA DE CAMPO
67. 67
QUESTÃO 06
Mostrando 23 selecionadas
Aprendizagem rápida, comunicação assertiva e ganhar a confiança das pessoas
19/09/2016 09:00 Ver as respostas do respondente
Formação, agilidade e raciocinio rapido.
14/09/2016 17:23 Ver as respostas do respondente
Força de vontade, alegria, determinação, vontade de aprender, ética, carinho, fé, entre outras.
14/09/2016 13:59 Ver as respostas do respondente
Capricho, empenho, foco
13/09/2016 23:11 Ver as respostas do respondente
experiência profissional,comunicação, lidar com pessoas
12/09/2016 22:18 Ver as respostas do respondente
preparo que a vida proporcionou com os anos vividos e vindo a somar e melhorar muito com a formação
acadêmica, com a experiencia e os conhecimentos adquiridos em aula com os professores e as trocas com os
companheiros de turma, tudo isso veio para somar e abrir novos horizontes criando um melhor desenvolvimento
pessoal e profissional proporcionando facilidades e um resultado satisfatório.
12/09/2016 18:09 Ver as respostas do respondente
concentração, agilidade
12/09/2016 16:13 Ver as respostas do respondente
ÂNIMO, PRÓ ATIVIDADE e COMUNICATIVA
12/09/2016 13:19 Ver as respostas do respondente
Toamada de decisão
12/09/2016 13:02 Ver as respostas do respondente
Raciocínio lógico rápido reinterpretações
12/09/2016 12:46 Ver as respostas do respondente
BOA COMUNICAÇÃO, DETERMINAÇÃO NAS METAS.
12/09/2016 12:11 Ver as respostas do respondente
Organização, comprometimento e simpatia
12/09/2016 10:56 Ver as respostas do respondente
Gestão de processos
12/09/2016 10:47 Ver as respostas do respondente
Respeito pelas pessoas, ágil, entrosamento.
12/09/2016 10:31 Ver as respostas do respondente
Paciência e conhecimento no que faço
12/09/2016 09:44 Ver as respostas do respondente
Organização do tempo, responsabilidade e dedicação.
12/09/2016 09:21 Ver as respostas do respondente
Organização, paciência e agilidade
12/09/2016 01:03 Ver as respostas do respondente
Prestativo
11/09/2016 22:06 Ver as respostas do respondente
organização, planejamento e gestão
11/09/2016 22:05 Ver as respostas do respondente
Relação interpessoal e empatia
11/09/2016 21:41 Ver as respostas do respondente
Interaçao
11/09/2016 21:32 Ver as respostas do respondente
Foco, resiliência, trabalhar em equipe e capacidade de lidar com pessoas.
11/09/2016 20:17 Ver as respostas do respondente
Calcular e interagir com as pessoas
11/09/2016 19:35 Ver as respostas do respondente
68. 68
QUESTÃO 07
Mostrando 23 selecionadas
Ligações telefônicas e dificuldade de planejamento de tempo em logística
19/09/2016 09:00 Ver as respostas do respondente
Falta de tempo
14/09/2016 17:23 Ver as respostas do respondente
Me expressar, Me comunicar, passar para as pessoas o que está no meu pensamento, muita sensibilidade,
nervosismo, ansiedade, entre outras.
14/09/2016 13:59 Ver as respostas do respondente
Organização, argumentação, não possuir aprendizado rápido
13/09/2016 23:11 Ver as respostas do respondente
Mais estudo, resiliência e ansiedade
12/09/2016 22:18 Ver as respostas do respondente
não vejo como um despreparo, talvez algumas situações inusitadas que me fazem parar e buscar uma solução
rápida para a realização da atividade.
12/09/2016 18:09 Ver as respostas do respondente
relacionamento com outros individuos
12/09/2016 16:13 Ver as respostas do respondente
INTOLERÂNCIA, CÁLCULOS E IMPACIÊNCIA
12/09/2016 13:19 Ver as respostas do respondente
Liderar
12/09/2016 13:02 Ver as respostas do respondente
Interpretação
12/09/2016 12:46 Ver as respostas do respondente
PRECISO MELHORAR MEU LADO EMOCIONAL, TER FIRMEZA NÃO SE ABATER COM AS FALHAS.
12/09/2016 12:11 Ver as respostas do respondente
Impaciência, não gosto de atender clientes.. apenas fornecedores
12/09/2016 10:56 Ver as respostas do respondente
Dificuldades em gestão de pessoas
12/09/2016 10:47 Ver as respostas do respondente
Dificuldade em assumir algo novo, com críticas.
12/09/2016 10:31 Ver as respostas do respondente
Falta de parceria
12/09/2016 09:44 Ver as respostas do respondente
Dificuldade em lidar com o "novo" e timidez.
12/09/2016 09:21 Ver as respostas do respondente
Controle emocional
12/09/2016 01:03 Ver as respostas do respondente
Dificuldade pedir ajuda
11/09/2016 22:06 Ver as respostas do respondente
pouca paciência e pouco foco em áreas não interessantes
11/09/2016 22:05 Ver as respostas do respondente
Atingir metas incoerentes a pratica e ser politicamente correto.
11/09/2016 21:41 Ver as respostas do respondente
Humanas
11/09/2016 21:32 Ver as respostas do respondente
Insegurança, dificuldade e manter se atualizado com as legislações que mudam constantemente e liderança.
11/09/2016 20:17 Ver as respostas do respondente
Organização e planejamento
11/09/2016 19:35 Ver as respostas do respondente
69. 69
QUESTÃO 08
GRÁGICO 07 – RESPOSTAS: QUESTÃO 08 DA PESQUISA DE CAMPO
QUADRO 09 – DETALHAMENTO: QUESTÃO 08 DA PESQUISA DE CAMPO
COMENTÁRIOS (15)
Mostrando 15 selecionadas
Impedem que interaja com mais pessoas em tempo real e adie ligações importantes, além de diminuir a
quantidade de encontros/reuniões, visitas a clientes que poderia atender
19/09/2016 09:00 Ver as respostas do respondente
Pois atrapalha meus pensamentos, meu psicológico.
14/09/2016 13:59 Ver as respostas do respondente
Teria mais condições de acompanhar o raciocínio das pessoas e ficar menos ansiosa na questão de acertos
12/09/2016 22:18 Ver as respostas do respondente
entendo que as dificuldades aparecem com um teste e me desafiam a buscar ficar cada vez melhor.
70. 70
12/09/2016 18:09 Ver as respostas do respondente
No item 7, é muito mais para a vida pessoal do que profissional, pois querendo ou não, a gente tem que
aprender a se controlar no meio profissional, mas sei destes meus "defeitos".
12/09/2016 13:19 Ver as respostas do respondente
Tudo tem leitura se não habilita para entender. Fica difícil se sair bem....
12/09/2016 12:46 Ver as respostas do respondente
NÃO, PORQUE PODE AFETAR POSITIVAMENTE EM QUERER MELHORAR ESTE ASPECTO E OUTROS
12/09/2016 12:11 Ver as respostas do respondente
perco a cebeça logo
12/09/2016 10:56 Ver as respostas do respondente
Não, apesar da dificuldade consigo administrar bem as relações entre as pessoas
12/09/2016 10:47 Ver as respostas do respondente
As vezes perco oportunidade por medo de não conseguir ser eficiente.
12/09/2016 10:31 Ver as respostas do respondente
Sim, pois me sinto insegura diante algumas situações.
12/09/2016 09:21 Ver as respostas do respondente
Porque tira meu foco
12/09/2016 01:03 Ver as respostas do respondente
tenho dificuldades de manter o foco quando não vejo interesse nos assunto abordado.
11/09/2016 22:05 Ver as respostas do respondente
Em certas situações o politicamente correto é mais importante do que o proceder correto, ainda que desagrade
terceiros.
11/09/2016 21:41 Ver as respostas do respondente
Atrapalha, pois poderia me ajudar bastante em diversos aspectos!
11/09/2016 20:17 Ver as respostas do respondente
71. 14
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
ILUSTRAÇÃO 01 – FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICAS DA PSICOPEDAGOGIA 27
ILUSTRAÇÃO 02 – SÍNTESE CONCEITUAL DE PSICOPEDAGOGIA 34
ILUSTRAÇÃO 03 – QUESTIONÁRIO DA PESQUISA DE CAMPO 50