1. Variações linguísticas: São as diferentes
variações regionais e sociais dentro de uma
mesma língua.
Norma padrão – É a variedade lingüística mais
valorizada socialmente e a mais utilizada na
esfera pública (imprensa, comércio, indústria,
universidade, governo, etc.)
Leia o texto a seguir:
Comida boa é aqui messsss....
– Opa! Bom dia.
– Dia!
– Tô chegando à cidade o senhor poderia me
dar uma informação?
– Mas é claro!
– Onde tem um restaurante bom?
– Eita. Aí complicô...
– Por quê? Não tem?
– Tem até demais...
– Então é só me dizer onde ir. Qual o melhor?
– Aqui...Qual o tipo de comida que você quer?
– Mineira, ué!
– Aí ocê me aperto sem me abraçá.
– Não tem restaurante de comida mineira boa?
– Ô, se tem! Os mio do mundo tão aqui...
– Me fala um.
– É que eu conheço o pessoal todim, fica chato
falá de um e num falá do outro...Por que o
senhor num vai comer outra coisa?
– Mas eu to na capital de Minas Gerais, pra que
comer em outro lugar se não for num
restaurante com comida mineira?
– Ah... mas você sabia que só aqui tem o único
restaurante de comida iraniana do Brasil?
– É?!
– Ô, e aspizza?!
– Mas eu sou paulista. Pra que eu vou comer
pizza em Belo Horizonte, meu?
–Emtão nem vou falar... são boas demais da
conta!
–Ah, tudo bem. Pode deixar que pergunto a
outra pessoa. Obrigado.
– Aqui, o senhor me desculpe, mas... o senhor
gosta de peixe?
– Gosto.
– Então deixa eu te dizer que tem moqueca...
–Pera aí. Peixe em Minas?
–Comida japonesa, capixaba ou baiana?
– Tá gozando de mim cara?
– Tô não!
–Eu quero comer um tropeiro, uma lingüiça com
cachaça...
–Pela sua cara, acho que gosta também de um
churrasquinho!
–Gosto, mas deixo pra comer isso no Sul, ora...
–Aqui o senhor já ouviu falar em globalização?
–Já, mas eu quero é o regional!
–Conhece rolinho primavera?
– É claro!
–Tem um lugar aqui que vende o melhor
rolinho primavera do país, talvez melhor até
que que em qualquer restaurante da China.
–Aí você brincou!
– Tô falando sério, sô! É faláfel! Tapas? Quiche?
Bacalhau? Sanduiche? Saladas? Magret?
–Olha, me desculpe, mas eu queria comer uma
comida mineira emso. Será que dava pra você
descer desse muro e simplesmente me indicar
um bom restaurtante de comida mineira?
– Ô, sô, me desculpe. Vou te contá procê
então...
–Até que enfim! Qual é o melhor restaurante
de Belo Horizonte afinal?
–Aqui... se o senhor num se incomodá.... posso
levar ocê lá. É pertim de minha casa.
TAKAL, Fernanda. Veja Belo Horizonte.
P. 162 | out. 2009.
Aluno(a):
Professor(a): Bomfilho
N.º
Data:
Série:
Disciplina: Gramática
ESTUDO DE TEXTO Nota:
Instituto Santos DumontCOLÉGIO E CURSO
2. 1) Observe que a narração é desenvolvida
em diálogo em discurso direto, ou seja, as
próprias personagens falam. Quem são os
interlocutores e onde se passa o fato?
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2) Esse texto é uma narrativa humorística.
Em que se baseia a criação do humor do
texto?
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3) Explique por que o diálogo entre os
personagens se torna cada vez mais difícil,
apesar de engraçado.
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4) Apesar de pressionado, o visitante de São
Paulo insiste com o cidadão local pela
indicação de um bom restaurante de comida
mineira. Por que a conclusão da narrativa
também acrescenta comicidade no texto?
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5) Compare a variação de linguagem das
personagens. O que se pode observar
quanto à fala de cada um?
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6) Identifique no texto, as características dos
dois tipos de variação lingüística, dando
exemplos de palavras e expressões
encontradas na narração.
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7) O que sugere o uso de palavras mesmo
incompleta e com vários S e o uso de
reticências no título do texto?
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8) Indique o número de letras e de fonemas
nos vocábulos que seguem:
a) finalmente:_____ letras _____ fonemas
b) chegamos: _____ letras _____ fonemas
c) longas: _______letras _____ fonemas
d) homens: _____ letras _____ fonemas
9) Leia o fragmento de texto e responda:
Afinal, levaram a mulher para uma
sala onde cinco outras gemiam e faziam força.
João não viu mais nada, ficou banzando no
corredor. Entardecia, quando a porta se abriu e
a enfermeira disse que o parto fora complicado,
mas agora tudo estava em ordem, a criança, na
incubadora.
Carlos Drummond de Andrade
a) Retire do texto palavras que apresentem
dígrafos e destaque-os.
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10) Classifique os encontros vocálicos das
palavras: gemiam, entardecia, enfermeira,
criança e saguão.
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“Não esqueças o que tens aprendido,
pois seria muito tempo perdido”.