O documento apresenta três testemunhos anônimos sobre experiências com drogas. O primeiro relata como a exclusão social levou uma pessoa a usar drogas leves aos 15 anos e como isso evoluiu para uma dependência que exigiu tratamento. O segundo conta como a pressão dos colegas levou alguém a experimentar drogas aos 16 anos e como também ficou dependente, tendo uma overdose aos 17 anos. O terceiro fala sobre como o álcool e cigarro destruíram a vida de alguém a partir dos 15 anos, levando-o a perder a família

1. Vanessa (nº4) - 8ºB

2. Porquê o não à droga?
Vantagens:
• Não existem.
Desvantagens:
• Dependência;
• Gasto de dinheiro;
• Agressividade.

3. Testemunhos
No decorrer de três entrevistas a jovens estudantes e ex-estudantes
da Ilha da Madeira foram registados três testemunhos que se
seguem em anónimo:
Tinha 15 anos quando comecei a consumir drogas leves com alguns
“amigos” consumidores que convivia na altura. A exclusão por parte
da sociedade, a timidez, a falta de amizade e de apoio aliciaram-me
a encontrar felicidade e alguma realização pessoal noutros lugares e
coisas e a primeira alternativa com que me deparei foi a droga.
A necessidade de consumir foi cada vez maior e quando dei por
mim estava a roubar coisas de casa para arranjar dinheiro para mais
droga. Desisti da escola, fugi várias vezes de casa porque só
originava problemas para os meus pais que olhavam para mim com
outros olhos. Acabei por perder os novos “amigos” e por me perder
no mundo da droga. Frequento agora aos 22 anos um centro de
ajuda a toxicodependentes e graças a muita força de vontade a
minha vida já tem mais sentido.

4. 20 Março de 2008 - Anónimo
Os meus colegas de escola já tinham consumido droga quase todos
e costumavam realizar umas festas privadas onde toda a gente
considerada porreira era convidada. Comecei a aproximar-me
desses colegas e a conviver mais com eles até que me ofereceram
droga e recusei. Disseram-me que se consumisse com eles, um
dia, até me podiam levar com eles a uma dessas festas. Aliciado por
entrar naquele mundo decidi aceitar e consumi pensando que se
entrasse nessas festas outras pessoas me iam ver de modo diferente
e que não ia ficar viciado. Estava enganado. Fiquei dependente aos
16 anos e a necessidade de consumir cada vez mais e drogas mais
fortes fez com que roubasse coisas a outras pessoas para poder
comprar mais drogas. Aos 17 anos tive uma overdose e acordei no
hospital. A experiência de quase morte fez com que abrisse os olhos
e com muita força de vontade, hoje, aos 20 anos estou livre das
drogas. Digam não às drogas!

5. 31 De Março de 2008 - Anónimo
Tenho 25 anos e sou ex-aluno de uma escola de Câmara de Lobos.
Aos 18 anos entrei no mundo das drogas e do crime. Tive 9
passagens policiais e aos 20 anos fui preso por tráfico de drogas.
Acabei me perdendo nesse mundo e perdi tudo: casa, família, filhos
e esposa. Comecei a beber com 15 anos de idade, e como todos os
adolescente nesta idade deixei me levar pelas “novidades” que o
mundo nos oferece. A bebida e o cigarro escravizaram a minha vida.
A bebida também me tirou a saúde e diversas oportunidades que
tive, as quais deixei escapar por entre os dedos. Fui atropelado
inúmeras vezes bêbado, perdi os dentes, óptimos empregos, a
confiança e o respeito da minha família. Houve um dia no qual eu
estava no meu quarto, olhei para cima e disse: Meu DEUS do céu,
ajuda-me, porque eu não aguento mais! Um dia, uma amiga minha,
que considero como uma irmã, cujo nome é Cátia, chegou e
perguntou-me seu eu gostaria de me internar, e eu respondi sim
sem pensar duas vezes! Perdi 10 anos de vida mas agora tenho o
resto da minha vida pela frente e estou livre das drogas e do álcool
para poder desfrutá-la. Só tenho a agradecer à minha amiga e a
DEUS por todo o apoio e pela força que me deram.