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“Guerra improvável, paz impossível”
Raymond Aron – sociólogo francês
(1945-1991)
Ao lançar as bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki, os Estados Unidos
(EUA) mostraram ao mundo, em especial à União Soviética (URSS), todo o seu
poderio bélico. As relações entre as duas potências vencedoras da guerra
ficaram bastante tensas e elas passaram a disputar áreas de influências
internacional.
A tensão permanente entre esses rivais, os EUA, símbolo do capitalismo
moderno, e a URSS, principal país socialista do mundo, caracterizou a época
da Guerra Fria (1945-1991).
Antecedentes: Os acordos de paz da Segunda Guerra Mundial
As potências aliadas estabeleceram acordos antes do término
da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), tais acordos acabaram
influenciando o destino de todo o planeta :
➢Conferência de Yalta: realizada em fevereiro de 1945, reuniu o presidente
Roosevelt (EUA), o primeiro-ministro Churchill (Inglaterra) e o líder soviético
Stálin (URSS). Nesta conferência definiu-se o estabelecimento de zonas de
influência sob hegemonia norteamericana e soviética. Por esse acordo,
coube à União Soviética o predomínio sobre a Europa Ocidental.
➢ Conferência de Potsdam: a Alemanha e a capital Berlim foram
divididas em quatro zonas de influência, entre soviéticos, ingleses, franceses e
norte-americanos.
➢Conferência de São Francisco: Nela foi criada a ONU, Organização das
Nações Unidas, sediada em Nova York, com finalidade de manter a paz e
fortalecer os laços econômicos, políticos , sociais e culturais entre os povos.
Célebre fotografia do encontro dos líderes de Estado, Churchill, Roosevelt e
Stalin, na Conferência de Yalta, em 1945.
O tio não
sabe onde
é a foto!
Puxa sacos
do Stalin!
CHURCHILL (ING)
ROOSEVELT (EUA)
STALIN (URSS)
Rivalidade ideológica: Capitalismo X Comunismo
• Cortina de Ferro: A expressão “Cortina de Ferro” foi cunhada por Winston
Churchill, ex-primeiro-ministro britânico, em 1946, referindo-se ao
isolamento de alguns países europeus, sob o regime soviético, em relação
ao restante do continente.
“Os 45 anos que vão do lançamento das bombas atômicas até o
fim da União Soviética não formam um período homogêneo único
na História do Mundo. Apesar disso, a História desse período foi
reunida sob um padrão único pela situação internacional peculiar
que dominou até a queda da URSS: o constante confronto das
duas superpotências que emergiram da Segunda Guerra Mundial
na chamada ‘Guerra Fria’.”
HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Cia das Letras, 1995, p. 223.
Os Não Alinhados
Embora boa parte do mundo tenha se
alinhado em torno dos Estados Unidos e da
União Soviética, isso não foi regra geral. A
partir dos anos 1950, os governos de alguns
países, como o Egito e a Índia, criaram um
grupo de Estados desvinculados dos blocos
geopolíticos da Guerra Fria: Os Países Não
Alinhados.
Em torno do conceito de neutralidade ativa,
os Não Alinhados rejeitavam o conflito
Leste-Oeste, destacando a pobreza dos
novos países independentes na África e na
Ásia, e a necessidade de revisão das
relações Norte-Sul. Assim, afirmavam a
existência de um Terceiro Mundo,
contraposto tanto às potencias industriais
capitalistas (o Primeiro Mundo) quanto à
União Soviética e sua área de influência no
Leste Europeu (o Segundo Mundo).
Divisão dos países durante a Guerra
Fria em: Primeiro Mundo (azul),
Segundo Mundo (vermelho) e Terceiro
Mundo (verde).
➢Doutrina Truman: Em março de 1947, o presidente
norte-americano Harry Truman fez um pronunciamento no
qual declarava que os Estados Unidos deveriam “ajudar os
povos livres” a lutar contra “movimentos agressivos que
buscam impor-lhes regimes totalitários”. Era uma alusão
clara a União Soviética. Para muitos historiadores, o discurso
deu início à Guerra Fria. Ou seja, Os EUA declaravam que
iriam combater o comunismo e suas influências e qualquer
lugar do planeta.
Ofensivas políticas: Doutrina Truman X Cominform
➢Kominform:O Cominform (Communist Information
Bureau) era uma organização de
origem soviética fundada em setembro de 1947, numa
reunião em Szklarska Poreba, na Polônia, para
congregar partidos comunistas europeus, inclusive
aqueles da França e da Itália. O encontro foi
convocado por Stalin em resposta a divergências entre
os governos do Leste Europeu quanto a comparecer ou
não à conferência do Plano Marshall em Paris, em julho
de 1947.
Ofensivas econômicas: Plano Marshall X COMECON
➢Plano Marshall:
O Plano Marshall, um
aprofundamento
da Doutrina Truman,
conhecido oficialmente
como Programa de
Recuperação Europeia,
foi o principal plano
dos Estados Unidos para
a reconstrução dos
países aliados da Europ
a nos anos seguintes
à Segunda Guerra
Mundial. A iniciativa
recebeu o nome do
Secretário do Estado
dos Estados
Unidos, George
Marshall.
Os EUA injetavam capitais na reconstrução da
Europa Ocidental, em contrapartida os países
europeus abriam os seus mercados para produtos
estadunidenses e assim também impediriam o
avanço do Comunismo.
➢COMECON: a oposição ao Plano Marshall foi
o COMECON (Conselho de Assistência Econômica
Mútua), foi criado em 1949 pela URSS como uma
oposição ao Plano Marshall e procurava vincular as
economias do Leste Europeu à economia da União
Soviética (URSS). Enquanto Stalin esteve vivo, o ano de
1953, O Comecom limitou-se a fazer acordos
financeiros e econômicos entre os países do Leste
Europeu, porém, mais tarde sua ação ampliou-se com
a entrada de países de fora da Europa.
COMECON
Alianças militares: OTAN X Pacto de Varsóvia
➢OTAN (Organização do Tratado do Atlântico
Norte): É uma aliança militar intergovernamental
baseada no Tratado do Atlântico Norte que foi
assinado em 4 de Abril de 1949. O quartel-general da
OTAN está localizado em Bruxelas, na Bélgica, e a
organização constitui um sistema de defesa coletiva na
qual os seus Estados-membros concordam com a
defesa mútua em resposta a um ataque por qualquer
entidade externa. Seu principal objetivo era fazer frente
à União Soviética e a seus aliados da Europa oriental.
Surge como resposta aos testes nucleares feitos pela
União Soviética. A única vez que as tropas da OTAN
foram acionadas foi em 1999 para atacar a antiga
Iugoslávia. Países fundadores: Bélgica, Canadá,
Dinamarca, Estados Unidos, França, Islândia, Itália,
Luxemburgo, Noruega, Países Baixos, Portugal e Reino
Unido (4 de abril de 1949).
Bandeira da OTAN
➢Pacto de Varsóvia: Aliança militar dos
países socialistas, criada em reação a
OTAN, que possuía sua sede em
Varsóvia na Polônia, Com o fim da
Guerra Fria e da URSS o Pacto de
Varsóvia foi extinto. Estados membros:
União Soviética, Polônia, Alemanha
Oriental, Tchecoslováquia, Hungria,
Romênia, Bulgária, Albânia.
Emblema do Pacto de
Varsóvia.
No círculo, lê-se: "União
da Paz e do Socialismo."
PACTO DE VARSÓVIA
A espionagem: CIA X KGB
Um sistema de investigação e espionagem fortíssimo foi
criado, tanto na União Soviética quanto nos Estados
Unidos. No caso norte-americano, esse sistema era
organizado pela Agência Central de Inteligência (CIA).
Na União Soviética, esse papel cabia ao Comitê de
Segurança do Estado (KGB), que agia em vários países
do bloco socialista, associada também às polícias e
agências de espionagens locais, como a temida Stadi,
da Alemanha Oriental.
As agências atuavam principalmente no estrangeiro,
faziam espionagem para obter segredos militares e
econômicos, armavam atentados terroristas contra
figuras importantes de partidos de oposição,
subornavam autoridades, especialmente a CIA
ajudavam a organizar a oposição contra governos que
desagradavam aos EUA, forneciam armas para grupos
políticos pós-Ocidente.
Senador McCarthy exibindo um jornal que
elogiava a perseguição aos comunistas
Marcarthismo
➢Em 1950, o senador Joseph
McCarthy assumiu a liderança
do Comitê de Atividades
Antiamericanas, criado para
identificar e punir pessoas
suspeitas de envolvimento
com o comunismo. McCarthy
deu início então a uma intensa
campanha de intimidação
contra intelectuais, lideres
trabalhistas e funcionários do
governo acusados de
“Esquerdismo”.
Um dos principais alvos dessa perseguição foi a indústria cinematográfica de
Hollywood. Os membros do Comitê consideravam Hollywood como “foco de
comunismo”, uma vez que muitos de seus profissionais já haviam manifestado
inclinações de esquerda.
Exemplo de perseguição: Charles Chaplin viveu e
trabalhou nos Estados Unidos de 1912 até 1952
quando, num momento de grande inspiração e de
celebração radical da democracia, os americanos,
imbuídos do espírito macarthista, exilaram Chaplin,
sumariamente, por suspeitas de que ele fosse
comunista. J. Egdar Hoover, o lendário diretor do FBI,
aproveitou uma viagem de Chaplin a Londres, para o
lançamento do belíssimo Luzes da Ribalta, e o proibiu
de voltar.
A Guerra Fria e o esporte
Também no campo esportivo, as
superpotências EUA e URSS tentavam
mostrar a sua pretensa superioridade.
O esporte era utilizado como uma
poderosa arma de propaganda
política. As Olimpíadas,
especialmente, era um “campo de
batalhas” entre socialistas e
capitalistas, tentavam demonstrar
que quanto mais medalhas, melhor o
sistema.
Nos jogos Olímpicos de Moscou,
em 1980, os EUA não enviaram
representantes em protesto contra a
invasão do Afeganistão pelas tropas
soviéticas. Quatro anos mais tarde, a
retaliação: a URSS não participou das
Olimpíadas de Los Angeles,
alegando falta de segurança para
sua delegação.
"... foi um período em que a guerra era improvável, mas a paz era impossível.
A paz era impossível porque não havia maneira de conciliar os interesses de
capitalistas e comunistas. Um sistema só poderia sobreviver à custa da
destruição total do outro. E a guerra era improvável porque os dois blocos
tinham acumulado tamanho poder de destruição, que se acontecesse um
conflito generalizado seria, com certeza, o último...“ Raymond Aron –
sociólogo francês
Corrida armamentista
➢Corrida armamentista é um termo utilizado
para designar os pesados investimentos em
pesquisa e tecnologia bélica feito pelas duas
superpotências que disputavam a
hegemonia mundial e assim precisavam
demonstrar a sua superioridade quanto os
seus adversários, produzindo assim armas
em grande quantidade e cada vez mais
poderosas. Em 1945, os EUA eram os únicos
a deter a tecnologia da bomba atômica
(Usadas no Japão). Em 1949 os russos
explodiram sua primeira bomba atômica.
Começava a corrida nuclear. Em seguida ,
os EUA testaram a bomba de hidrogênio, mil
vezes mais poderosa que a bomba atômica.
Pouco depois, a URSS comunica também
possuir sua bomba H.
O mundo vivia o terror de uma
possível Guerra nuclear que
pudesse arrasar todo o
planeta.
Corrida armamentista
➢Os EUA e a URSS nunca travaram uma
guerra direta. Esta foi uma das
característica marcantes da Guerra Fria:
apesar da rivalidade, os EUA e a URSS
jamais se enfrentaram com armas.
➢Apesar de não se enfrentarem
diretamente as duas potências
participaram de guerras em países
menores, revoluções e golpes contra
governos adversários de seus aliados,
cada uma das duas superpotências
apoiando um dos lados rivais, como por
exemplo: •Guerra da Coreia (1950-1953)
•Guerra do Vietnã (1955-1975)
•Revolução cubana (1959)
•Revolução chinesa (1949)
•Golpes militares na América Latina
•Descolonização da África e Ásia
“Guerras quentes”
Em outubro de 1962, os EUA descobriram que Moscou tinha
mísseis em Cuba; foi o momento mais tenso da Guerra Fria!
Arsenal balístico
Corrida Espacial
Estados Unidos e União Soviética protagonizaram a corrida espacial, uma
disputa científica e tecnológica pela exploração e domínio do espaço, que
deixou ainda mais evidente a rivalidade entre os dois países.
A URSS e os EUA se esforçavam para serem os primeiros a fazer algo
sensacional no espaço. Cada vitória era uma ótima propaganda do sistema.
Os soviéticos surpreenderam o mundo ao lançar o primeiro satélite espacial, o
famoso Sputnik (1957). Também foram os primeiros a mandar o homem ao
espaço, Iuri Gagárin (1961), e os primeiros a pousar naves-robôs na Lua (ao
longo dos anos 60).
Em 1968, a corrida espacial ganhou um novo impulso, quando os EUA
aperfeiçoaram as naves Apollo e colocaram as primeiras pessoas em órbita
lunar. Em menos de um ano, os astronautas Neil Armstrong e Bruzz Aldrin
tornaram-se os primeiros humanos a caminhar em solo lunar.
http://www.terra.com.br/noticias/ciencia/infograficos/corridaespacial/index.htm
Infográfico completo:
Guerra Fria e rivalidade

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Guerra Fria e rivalidade

  • 1. “Guerra improvável, paz impossível” Raymond Aron – sociólogo francês (1945-1991)
  • 2. Ao lançar as bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki, os Estados Unidos (EUA) mostraram ao mundo, em especial à União Soviética (URSS), todo o seu poderio bélico. As relações entre as duas potências vencedoras da guerra ficaram bastante tensas e elas passaram a disputar áreas de influências internacional. A tensão permanente entre esses rivais, os EUA, símbolo do capitalismo moderno, e a URSS, principal país socialista do mundo, caracterizou a época da Guerra Fria (1945-1991).
  • 3. Antecedentes: Os acordos de paz da Segunda Guerra Mundial As potências aliadas estabeleceram acordos antes do término da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), tais acordos acabaram influenciando o destino de todo o planeta : ➢Conferência de Yalta: realizada em fevereiro de 1945, reuniu o presidente Roosevelt (EUA), o primeiro-ministro Churchill (Inglaterra) e o líder soviético Stálin (URSS). Nesta conferência definiu-se o estabelecimento de zonas de influência sob hegemonia norteamericana e soviética. Por esse acordo, coube à União Soviética o predomínio sobre a Europa Ocidental. ➢ Conferência de Potsdam: a Alemanha e a capital Berlim foram divididas em quatro zonas de influência, entre soviéticos, ingleses, franceses e norte-americanos. ➢Conferência de São Francisco: Nela foi criada a ONU, Organização das Nações Unidas, sediada em Nova York, com finalidade de manter a paz e fortalecer os laços econômicos, políticos , sociais e culturais entre os povos.
  • 4. Célebre fotografia do encontro dos líderes de Estado, Churchill, Roosevelt e Stalin, na Conferência de Yalta, em 1945. O tio não sabe onde é a foto! Puxa sacos do Stalin! CHURCHILL (ING) ROOSEVELT (EUA) STALIN (URSS)
  • 6. • Cortina de Ferro: A expressão “Cortina de Ferro” foi cunhada por Winston Churchill, ex-primeiro-ministro britânico, em 1946, referindo-se ao isolamento de alguns países europeus, sob o regime soviético, em relação ao restante do continente.
  • 7. “Os 45 anos que vão do lançamento das bombas atômicas até o fim da União Soviética não formam um período homogêneo único na História do Mundo. Apesar disso, a História desse período foi reunida sob um padrão único pela situação internacional peculiar que dominou até a queda da URSS: o constante confronto das duas superpotências que emergiram da Segunda Guerra Mundial na chamada ‘Guerra Fria’.” HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Cia das Letras, 1995, p. 223.
  • 8. Os Não Alinhados Embora boa parte do mundo tenha se alinhado em torno dos Estados Unidos e da União Soviética, isso não foi regra geral. A partir dos anos 1950, os governos de alguns países, como o Egito e a Índia, criaram um grupo de Estados desvinculados dos blocos geopolíticos da Guerra Fria: Os Países Não Alinhados. Em torno do conceito de neutralidade ativa, os Não Alinhados rejeitavam o conflito Leste-Oeste, destacando a pobreza dos novos países independentes na África e na Ásia, e a necessidade de revisão das relações Norte-Sul. Assim, afirmavam a existência de um Terceiro Mundo, contraposto tanto às potencias industriais capitalistas (o Primeiro Mundo) quanto à União Soviética e sua área de influência no Leste Europeu (o Segundo Mundo). Divisão dos países durante a Guerra Fria em: Primeiro Mundo (azul), Segundo Mundo (vermelho) e Terceiro Mundo (verde).
  • 9. ➢Doutrina Truman: Em março de 1947, o presidente norte-americano Harry Truman fez um pronunciamento no qual declarava que os Estados Unidos deveriam “ajudar os povos livres” a lutar contra “movimentos agressivos que buscam impor-lhes regimes totalitários”. Era uma alusão clara a União Soviética. Para muitos historiadores, o discurso deu início à Guerra Fria. Ou seja, Os EUA declaravam que iriam combater o comunismo e suas influências e qualquer lugar do planeta. Ofensivas políticas: Doutrina Truman X Cominform ➢Kominform:O Cominform (Communist Information Bureau) era uma organização de origem soviética fundada em setembro de 1947, numa reunião em Szklarska Poreba, na Polônia, para congregar partidos comunistas europeus, inclusive aqueles da França e da Itália. O encontro foi convocado por Stalin em resposta a divergências entre os governos do Leste Europeu quanto a comparecer ou não à conferência do Plano Marshall em Paris, em julho de 1947.
  • 10. Ofensivas econômicas: Plano Marshall X COMECON ➢Plano Marshall: O Plano Marshall, um aprofundamento da Doutrina Truman, conhecido oficialmente como Programa de Recuperação Europeia, foi o principal plano dos Estados Unidos para a reconstrução dos países aliados da Europ a nos anos seguintes à Segunda Guerra Mundial. A iniciativa recebeu o nome do Secretário do Estado dos Estados Unidos, George Marshall. Os EUA injetavam capitais na reconstrução da Europa Ocidental, em contrapartida os países europeus abriam os seus mercados para produtos estadunidenses e assim também impediriam o avanço do Comunismo.
  • 11. ➢COMECON: a oposição ao Plano Marshall foi o COMECON (Conselho de Assistência Econômica Mútua), foi criado em 1949 pela URSS como uma oposição ao Plano Marshall e procurava vincular as economias do Leste Europeu à economia da União Soviética (URSS). Enquanto Stalin esteve vivo, o ano de 1953, O Comecom limitou-se a fazer acordos financeiros e econômicos entre os países do Leste Europeu, porém, mais tarde sua ação ampliou-se com a entrada de países de fora da Europa. COMECON
  • 12. Alianças militares: OTAN X Pacto de Varsóvia ➢OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte): É uma aliança militar intergovernamental baseada no Tratado do Atlântico Norte que foi assinado em 4 de Abril de 1949. O quartel-general da OTAN está localizado em Bruxelas, na Bélgica, e a organização constitui um sistema de defesa coletiva na qual os seus Estados-membros concordam com a defesa mútua em resposta a um ataque por qualquer entidade externa. Seu principal objetivo era fazer frente à União Soviética e a seus aliados da Europa oriental. Surge como resposta aos testes nucleares feitos pela União Soviética. A única vez que as tropas da OTAN foram acionadas foi em 1999 para atacar a antiga Iugoslávia. Países fundadores: Bélgica, Canadá, Dinamarca, Estados Unidos, França, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Países Baixos, Portugal e Reino Unido (4 de abril de 1949). Bandeira da OTAN
  • 13. ➢Pacto de Varsóvia: Aliança militar dos países socialistas, criada em reação a OTAN, que possuía sua sede em Varsóvia na Polônia, Com o fim da Guerra Fria e da URSS o Pacto de Varsóvia foi extinto. Estados membros: União Soviética, Polônia, Alemanha Oriental, Tchecoslováquia, Hungria, Romênia, Bulgária, Albânia. Emblema do Pacto de Varsóvia. No círculo, lê-se: "União da Paz e do Socialismo." PACTO DE VARSÓVIA
  • 14. A espionagem: CIA X KGB Um sistema de investigação e espionagem fortíssimo foi criado, tanto na União Soviética quanto nos Estados Unidos. No caso norte-americano, esse sistema era organizado pela Agência Central de Inteligência (CIA). Na União Soviética, esse papel cabia ao Comitê de Segurança do Estado (KGB), que agia em vários países do bloco socialista, associada também às polícias e agências de espionagens locais, como a temida Stadi, da Alemanha Oriental. As agências atuavam principalmente no estrangeiro, faziam espionagem para obter segredos militares e econômicos, armavam atentados terroristas contra figuras importantes de partidos de oposição, subornavam autoridades, especialmente a CIA ajudavam a organizar a oposição contra governos que desagradavam aos EUA, forneciam armas para grupos políticos pós-Ocidente.
  • 15. Senador McCarthy exibindo um jornal que elogiava a perseguição aos comunistas Marcarthismo ➢Em 1950, o senador Joseph McCarthy assumiu a liderança do Comitê de Atividades Antiamericanas, criado para identificar e punir pessoas suspeitas de envolvimento com o comunismo. McCarthy deu início então a uma intensa campanha de intimidação contra intelectuais, lideres trabalhistas e funcionários do governo acusados de “Esquerdismo”. Um dos principais alvos dessa perseguição foi a indústria cinematográfica de Hollywood. Os membros do Comitê consideravam Hollywood como “foco de comunismo”, uma vez que muitos de seus profissionais já haviam manifestado inclinações de esquerda. Exemplo de perseguição: Charles Chaplin viveu e trabalhou nos Estados Unidos de 1912 até 1952 quando, num momento de grande inspiração e de celebração radical da democracia, os americanos, imbuídos do espírito macarthista, exilaram Chaplin, sumariamente, por suspeitas de que ele fosse comunista. J. Egdar Hoover, o lendário diretor do FBI, aproveitou uma viagem de Chaplin a Londres, para o lançamento do belíssimo Luzes da Ribalta, e o proibiu de voltar.
  • 16. A Guerra Fria e o esporte Também no campo esportivo, as superpotências EUA e URSS tentavam mostrar a sua pretensa superioridade. O esporte era utilizado como uma poderosa arma de propaganda política. As Olimpíadas, especialmente, era um “campo de batalhas” entre socialistas e capitalistas, tentavam demonstrar que quanto mais medalhas, melhor o sistema. Nos jogos Olímpicos de Moscou, em 1980, os EUA não enviaram representantes em protesto contra a invasão do Afeganistão pelas tropas soviéticas. Quatro anos mais tarde, a retaliação: a URSS não participou das Olimpíadas de Los Angeles, alegando falta de segurança para sua delegação.
  • 17. "... foi um período em que a guerra era improvável, mas a paz era impossível. A paz era impossível porque não havia maneira de conciliar os interesses de capitalistas e comunistas. Um sistema só poderia sobreviver à custa da destruição total do outro. E a guerra era improvável porque os dois blocos tinham acumulado tamanho poder de destruição, que se acontecesse um conflito generalizado seria, com certeza, o último...“ Raymond Aron – sociólogo francês
  • 18. Corrida armamentista ➢Corrida armamentista é um termo utilizado para designar os pesados investimentos em pesquisa e tecnologia bélica feito pelas duas superpotências que disputavam a hegemonia mundial e assim precisavam demonstrar a sua superioridade quanto os seus adversários, produzindo assim armas em grande quantidade e cada vez mais poderosas. Em 1945, os EUA eram os únicos a deter a tecnologia da bomba atômica (Usadas no Japão). Em 1949 os russos explodiram sua primeira bomba atômica. Começava a corrida nuclear. Em seguida , os EUA testaram a bomba de hidrogênio, mil vezes mais poderosa que a bomba atômica. Pouco depois, a URSS comunica também possuir sua bomba H. O mundo vivia o terror de uma possível Guerra nuclear que pudesse arrasar todo o planeta.
  • 19. Corrida armamentista ➢Os EUA e a URSS nunca travaram uma guerra direta. Esta foi uma das característica marcantes da Guerra Fria: apesar da rivalidade, os EUA e a URSS jamais se enfrentaram com armas. ➢Apesar de não se enfrentarem diretamente as duas potências participaram de guerras em países menores, revoluções e golpes contra governos adversários de seus aliados, cada uma das duas superpotências apoiando um dos lados rivais, como por exemplo: •Guerra da Coreia (1950-1953) •Guerra do Vietnã (1955-1975) •Revolução cubana (1959) •Revolução chinesa (1949) •Golpes militares na América Latina •Descolonização da África e Ásia “Guerras quentes”
  • 20. Em outubro de 1962, os EUA descobriram que Moscou tinha mísseis em Cuba; foi o momento mais tenso da Guerra Fria!
  • 22. Corrida Espacial Estados Unidos e União Soviética protagonizaram a corrida espacial, uma disputa científica e tecnológica pela exploração e domínio do espaço, que deixou ainda mais evidente a rivalidade entre os dois países. A URSS e os EUA se esforçavam para serem os primeiros a fazer algo sensacional no espaço. Cada vitória era uma ótima propaganda do sistema. Os soviéticos surpreenderam o mundo ao lançar o primeiro satélite espacial, o famoso Sputnik (1957). Também foram os primeiros a mandar o homem ao espaço, Iuri Gagárin (1961), e os primeiros a pousar naves-robôs na Lua (ao longo dos anos 60). Em 1968, a corrida espacial ganhou um novo impulso, quando os EUA aperfeiçoaram as naves Apollo e colocaram as primeiras pessoas em órbita lunar. Em menos de um ano, os astronautas Neil Armstrong e Bruzz Aldrin tornaram-se os primeiros humanos a caminhar em solo lunar.