SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 148
Baixar para ler offline
volume
CLAUDIA REGINA KLUCK
GISELE MAZZAROLLO
SONIA DE ITOZ
LIVRODOPROFESSOR
4
Nome:
Escola:
Turma:
Responsável:
Telefone:
IDENTIFICAÇÃO
SEG TER QUA QUI SEX SÁB
AULA 1
AULA 2
AULA 3
AULA 4
AULA 5
AULA 6
PROGRAMAÇÃO
DE ATIVIDADES
EMERGÊNCIA
LIVRO DO PROFESSOR
VOLUME4
1.
a
edição
Curitiba - 2019
CLAUDIA REGINA KLUCK
GISELE MAZZAROLLO
SONIA DE ITOZ
Presidente Ruben Formighieri
Diretor-Geral Emerson Walter dos Santos
Diretor Editorial Joseph Razouk Junior
Gerente Editorial Júlio Röcker Neto
Gerente de Produção Editorial Cláudio Espósito Godoy
Coordenação Editorial Jeferson Freitas
Coordenação de Arte Elvira Fogaça Cilka
Coordenação de Iconografia Janine Perucci
Autoria Gisele Mazzarollo
Reformulação dos originais de
Claudia Regina Kluck e Sonia de Itoz
Edição de conteúdo LysvaniaVillela Cordeiro (Coord.) e
Michele Czaikoski Silva
Edição de texto Giorgio Calixto de Andrade e
Mariana Bordignon Strachulski de Souza
Revisão João Rodrigues
Consultoria Sérgio Rogerio Azevedo Junqueira
Capa Doma.ag
Imagens: ©Shutterstock
Projeto Gráfico Evandro Pissaia
Imagens: ©Shutterstock/
KanokpolTokumhnerd/Zaie
Ícones: PatríciaTiyemi
Edição de Arte e Editoração Debora Scarante e Evandro Pissaia
Pesquisa iconográfica Junior Guilherme Madalosso
Ilustrações Dayane Raven e Danilo Dourado Santos
Engenharia de Produto Solange Szabelski Druszcz
Todos os direitos reservados à
Editora Piá Ltda.
Rua Senador Accioly Filho, 431
81310-000 – Curitiba – PR
Site: www.editorapia.com.br
Fale com a gente: 0800 41 3435
Impressão e acabamento
Gráfica e Editora Posigraf Ltda.
Rua Senador Accioly Filho, 500
81310-000 – Curitiba – PR
E-mail: posigraf@positivo.com.br
Impresso no Brasil
2020
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)
(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)
© 2019 Editora Piá Ltda.
K66 Kluck, Claudia Regina.
Ensino Religioso : passado, presente e fé / Claudia Regina
Kluck, Gisele Mazzarollo, Sonia de Itoz ilustrações Dayane
Raven, Danilo Dourado Santos. – Curitiba : Piá, 2019.
v. 4 : il.
ISBN 978-85-64474-88-8 (Livro do aluno)
ISBN 978-85-64474-89-5 (Livro do professor)
1. Educação. 2. Estudo religioso – Estudo e ensino. 3. Ensino
fundamental. I. Mazzarollo, Gisele. II. Itoz, Sonia de. III. Raven,
Dayane. IV. Santos, Danilo Dourado. V. Título.
CDD 370
Cada um tem os seus ritos ___________________________________________ 8
Nascimento e iniciação religiosa __________________________________ 12
Casamento: dois que se tornam um _____________________________ 17
Os mistérios da vida e da morte nas culturas ________________ 50
A arte e as religiões _____________________________________________________ 58
A dança e o sagrado ____________________________________________________ 61
Etapas da vida ____________________________________________________________ 27
&HULPÏQLDƬQDO ___________________________________________________________ 30
E depois? Diferentes respostas para o pós-morte __________ 41
O que é transcendência? _____________________________________________ 67
Deus uno-trino ___________________________________________________________ 74
Deus no plural ____________________________________________________________ 76
Sumário
RITOS PARA CADA MOMENTO 6
RITOS PARA ALÉM DA VIDA 24
ENCONTRANDO O
SAGRADO NA ARTE 46
DESCOBRINDO A DIVINDADE 64
Capítulo
Capítulo
Capítulo
Capítulo
1
3
2
4
Neste ano escolar, os personagens do seu
livro contarão um pouco mais sobre as religiões
a que pertencem. Também vão falar a respeito
de alguns ritos religiosos e do que acreditam
que acontece após a morte, além de mostrar a
presença do sagrado na arte.
MEUS
AMIGOS
Dayane
Raven.
2016.
Digital.
Orientações para a abordagem do Ensino Religioso.
1
OLÁ, AMIGOS! MEU NOME É FELIPE. SOU
EVANGÉLICO. EM MINHA IGREJA, APRENDI QUE DEUS
É O PAI DE TODA A HUMANIDADE.
EU SOU O SIKULUME! NÓS DA UMBANDA
ACREDITAMOS NO GRANDE PAI, QUE SE
CHAMA OLORUM.
EVA
O
O
Ori
r en
en
n
nta
ta
taçõ
ç es p
1
CHAMA OLORUM.
SOU DULCE E ESTE
É TECO, MEU CÃO-
-GUIA. SOU CATÓLICA
E, QUANDO VOU À
IGREJA, REZO SEMPRE
PARA DEUS, A QUEM
CHAMO DE PAI.
CHAMO
EU SOU POTIRA E PERTENÇO A
UM GRUPO INDÍGENA BRASILEIRO.
EM MINHA ALDEIA, OS LÍDERES
RELIGIOSOS E CURANDEIROS SÃO
CHAMADOS DE PAJÉS.
O A
IRO.
ES
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
SÃO
MEU NOME É ESTELA, QUE SIGNIFICA
ESTRELA. MORO COM MINHA MÃE
E NOS FINS DE SEMANA VISITO MEU
PAI. QUANDO ELES SE SEPARARAM,
DECIDIRAM QUE EU MUDARIA DE
ESCOLA. SEI QUE AQUI VOU APRENDER
MUITO E FAZER NOVOS AMIGOS!
OI, SOU
ABNER. MINHA
RELIGIÃO É O
JUDAÍSMO E, NA
SINAGOGA QUE
FREQUENTO,
ORAMOS A
DEUS.
EU SOU YUREM! FAÇO PARTE
DO ISLAMISMO. CHAMAMOS O
NOSSO GRANDE PAI DE ALLAH.
OLÁ, SOU MANJARI!
NA MINHA RELIGIÃO, O
BUDISMO, NÃO TEMOS UM
DEUS. PARA NÓS, BUDA
É UM GRANDE MESTRE
ESPIRITUAL.
EU SOU LEZA E MINHA RELIGIÃO É O
CANDOMBLÉ. ESTOU FELIZ POR ESTAR COM
VOCÊS, MAS AO MESMO TEMPO TRISTE,
POIS MINHA AVÓ ESTÁ MUITO DOENTE.
Dayane
Raven.
2016.
Digital.
CAPÍTULO
RITOS PARA
CADA MOMENTO
1
!(VFDGDULDGR%RQ¿PVHQGRODYDGD
SRUVHJXLGRUDVGRDQGRPEOp
!+yVWLDVHQGRFRQVDJUDGD
QD,JUHMDDWyOLFD
!0LVVDHP,JUHMD2UWRGR[D
!!(VFD
SRU
!XOWRHP,JUHMD(YDQJpOLFD
©Getty Images/Design Pics RF/Con Tanasiuk
©Fotoarena/Mauro Akiin Nassor
©Glow Images/AP Photo/Andre Penner
©Shutterstock/haak78
6
Orientações para a abordagem do capítulo.
2
Neste capítulo, você vai aprender o que são ritos e verá
que eles estão presentes em diversas situações, podendo
ser religiosas ou não.
Com a ajuda dos personagens do seu livro, você tam-
bém vai conhecer exemplos de ritos de iniciação religiosa e
de casamento, realizados em diferentes religiões.
!Monges budistas meditando
!Yom Kippur, Dia do Perdão do Judaísmo
!Kuarup – ritual funerário dos povos
indígenas da região do Xingu
©Shutterstock/Tanachot Srijam
©Futura Press/Photoagencia/Eraldo Peres
©Shutterstock/ChameleonsEye
7
CADA UM TEM OS SEUS RITOS
Em nosso dia a dia, repetimos ações ligadas a certos hábitos e regras, como escovar os dentes
pela manhã, após as refeições e antes de dormir, ou levantar a mão e esperar a vez de falar, entre
outras. Também usamos gestos, palavras e atitudes para expressar sentimentos, desejos, crenças e
assim por diante. Por exemplo, quando gostamos muito de uma pessoa, repetimos alguns gestos
ou palavras para expressar o que sentimos, como abraçá-la, dizer ou escrever bilhetes com palavras
de afeto, entre outros. Esses gestos simbolizam nosso sentimento.
Quando um indivíduo ou um grupo repete gestos simbólicos de acordo com regras, em cer-
tas ocasiões, esses atos são considerados ritos. Assim, encontramos ritos em diversas situações do
dia a dia e também em situações especiais, religiosas ou não, como os momentos de celebração.
Encaminhamento metodológico.
4
Observe as imagens a seguir.
1.
Converse com os colegas sobre este assunto: Quais gestos as crianças precisam repetir para realizar as
brincadeiras que aparecem nas imagens observadas?
2.
Orientações para a realização das atividades.
3
©Shutte
rstock/R
awpixel.
com
©Shu
tterst
ock/t
omgi
gabit
e
©Shutterstock/Wavebreakmedia
8 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
Observe a seguir a descrição de alguns momentos que fazem parte da vida humana. Eles estão rela-
cionados a diferentes celebrações, religiosas ou não religiosas.
1.
$PLJÏ
9RŸp VD D TH TDQGÏ DV FHOH’Dm{ÞV DFRàWH
FHPFRáDOJXPDįUHTpQFLDHFRáDUHSHWLmkÏ
GHDOJXQVHOHPHQWRßHODVVHWRãQDPULWRß(VWRÚ
FXULRßDSDUDVD“UPDLVDUHVSHLWÏGHVVHDV
VXQWÏ9DPRßOg
'XOFH
A visita de um parente que há muito tempo
não se via.
Recebê-lo é uma grande alegria e um motivo de festa!
Um casamento.
A família toda se prepara para a festa. É
muita alegria e diversão!
Um nascimento.
Que alegria! É hora de festejar a chegada de um
novo membro na família e na comunidade.
A morte de alguém especial.
Momento triste, que pede a união de
familiares e amigos em busca de consolo.
A formatura de um membro da família.
Toda a família festeja e fica feliz com essa conquista!
No espaço a seguir, registre:
a) um momento em que sua família faz algum tipo de comemoração ou celebração.
b) um ritual que sua família realiza para comemorar ou celebrar esse momento.
2.
Teco trouxe um bilhete da Dulce para você. Leia-o com atenção.
T
Orientações para a realização das atividades.
5
©Shutte
rstock/Fo
rgem
Dayane
Raven.
2016.
Digital.
9
RITOS RELIGIOSOS
Os ritos ocorrem em diversas situações e também estão presentes nas religiões. Cada religião
tem os próprios ritos relacionados com as regras que seus seguidores devem respeitar: no dia a dia,
quandoseencontram,emmomentosdeestudo,nascerimôniasounasfestividadeseassimpordiante.
Orientações para abordagem do tema.
6
!(VWXGRGD%tEOLDHP,JUHMD(YDQJpOLFD
!$XODGHDWHTXHVHQRDWROLFLVPR
!(VWXGRGD7RUiQR-XGDtVPR
!(VWXGRGHHQVLQDPHQWRVEXGLVWDVHP
PRVWHLUR
Algumas religiões têm celebrações similares, mas com detalhes distintos de acordo com os
diversos grupos e as culturas com os quais se relacionam. Observe, a seguir, alguns exemplos de
celebrações que envolvem ritos de iniciação religiosa.
No Judaísmo e no Islamismo, há cerimônias para a escolha do nome e para a apresentação
dos bebês nos templos.
Na maioria das Igrejas Evangélicas, o bebê é apresentado à igreja nos primeiros meses de vida,
lembrando a apresentação de Jesus ao templo. O batismo ocorre mais tarde, na adolescência.
Na Igreja Católica e na Igreja Luterana (que é protestante), o bebê é batizado nos primeiros
meses da vida e, na adolescência, realiza a confirmação do batismo.
Na Umbanda, o batizado também ocorre nos primeiros meses de vida, tendo algumas seme-
lhanças com o batismo católico, como o fato de haver padrinhos para a criança.
©Pulsar
Imagens/Ismar
Ingber
©Shutterstock/George
Muresan
©Getty
Images/AFP/Joseph
Eid
©Shutterstock/gnomeandi
10 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
No Judaísmo, os meninos participam do Bar Mitzvá, e as
meninas, do Bat Mitzvá. Esses ritos marcam a passagem dos
adolescentes para uma espécie de“maioridade religiosa”.
Com base nas informações apresentadas, complete o quadro a seguir.
1.
Bar Mitzvá: rito que ocorre
quando o menino faz 13 anos.
Bat Mitzvá: rito que ocorre
quando a menina faz 12 anos.
Orientações para a realização das atividades.
7
De acordo com o quadro acima, responda:
a) Quais são as religiões que realizam o batismo?
Cristianismos católico e evangélico/protestante, além da Umbanda.
b) Quais são as religiões em que o primeiro rito é a apresentação do bebê à comunidade religiosa?
Islamismo, Igrejas Evangélicas e Judaísmo.
2.
Rito Islamismo Judaísmo
Igreja
Católica
Igrejas
Evangélicas/
Protestantes
Umbanda
Escolha do nome X X
Batismo X X X
Apresentação do bebê X X X
Bar Mitzvá e Bat Mitzvá X
Confirmação do batismo ou crisma X X (Luterana)
©Foto
arena/
Alamy
©Sh
utte
rstoc
k/Le
rner
Vadi
m
11
CAPÍTULO 1 | RITOS PARA CADA MOMENTO
NASCIMENTO E INICIAÇÃO RELIGIOSA
Vimos que, em algumas religiões, a iniciação das crianças à religião acontece por meio do
batismo e, em outras, por meio de uma apresentação à comunidade religiosa. A seguir, vamos co-
nhecer alguns rituais religiosos realizados nesse momento marcante da vida, que é o nascimento.
Orientações para a abordagem do tema.
8
POTIRA, VOCÊ PODE NOS CONTAR UM
RITO DE NASCIMENTO PRATICADO POR
UM DOS POVOS INDÍGENAS?
CLARO. OS TUPINAMBÁ CELEBRAM O NASCIMENTO DE UM BEBÊ COM UMA
GRANDE FESTA. SE FOR MENINO, O PAI CORTA COM OS DENTES O CORDÃO
UMBILICAL; SE FOR MENINA, É A MÃE QUEM O CORTA. EM SEGUIDA, A
CRIANÇA É BANHADA EM UM RIO. DEPOIS, EM CASA, ELA É COLOCADA EM
UMA REDE, COM UM ARCO E UMA FLECHA. O MENINO E A MENINA RECEBEM
OBJETOS DE PRESENTE, COMO CABAÇAS, BRACELETES E UM COLAR DE
DENTES DE CAPIVARA, PARA QUE SEUS DENTES SEJAM FORTES E CAPAZES
DE MASTIGAR BEM A MANDIOCA, APRECIADA POR ESSE POVO.
SIM, TODO RECÉM-NASCIDO É
SAUDADO PELA COMUNIDADE COMO
UM PRESENTE DE ALLAH.
O PAI SUSSURRA NA ORELHA
DIREITA DO BEBÊ AS PALAVRAS
DO ADHAN, QUE SÃO UM CHAMADO
PARA A ORAÇÃO, E COLOCA MEL NA
BOCA DO BEBÊ.
DEPOIS, A CABEÇA DA CRIANÇA É
RASPADA, SIMBOLIZANDO PUREZA.
YUREM, HÁ ALGUM
RITO NO ISLAMISMO
QUANDO NASCE UMA
CRIANÇA?
cabaças: frutos da cabaceira
que, depois de secos e limpos
interiormente, ficam ocos
e podem ser usados como
recipientes de líquidos e para
outras utilidades domésticas.
Dayane Raven. 2016. Digital.
12 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
Na Umbanda, alguns meses de-
pois de nascer, a criança é batizada
com o propósito de encaminhá-la para
as práticas de sua religião. Essa criança
terá padrinhos que cuidarão de sua
vida religiosa.
Na cerimônia de batismo, ela é
levada ao terreiro, a um rio ou a uma
cachoeira. O padrinho segura uma vela
branca, a madrinha segura uma vela
rosa e todos os participantes levantam
a mão direita para enviar bênçãos ao
bebê. A criança também recebe a pro-
teção de orixás e guias espirituais.
Orientações para a abordagem do tema.
9
FELIPE, O BATISMO
ESTÁ PRESENTE NAS
RELIGIÕES CRISTÃS E, DE
ACORDO COM AS IGREJAS,
HÁ SEMELHANÇAS E
DIFERENÇAS, NÃO É?
TISMO
TE NAS
ÃS E, DE
GREJAS,
ÇAS E
ÃO É?
ISSO, DULCE! UMA
SEMELHANÇA É O
USO DE ÁGUA PARA
BATIZAR, LEMBRANDO
QUE JOÃO BATISTA
BATIZOU JESUS NAS
ÁGUAS DO RIO JORDÃO!
AMIGOS, VOU CONTAR PARA VOCÊS COMO É
O BATISMO DA UMBANDA.
INFELIZMENTE, A LEZA NÃO ESTÁ AQUI
PARA FALAR SOBRE ESSE ASSUNTO NA
VISÃO DO CANDOMBLÉ, POIS ELA FOI
VISITAR A AVÓ, QUE ESTÁ MUITO DOENTE!
©Carlos Gutemberg de Assis
Dayane
Raven.
2016.
Digital.
13
CAPÍTULO 1 | RITOS PARA CADA MOMENTO
Geralmente, o batismo na
Igreja Católica é realizado nos pri-
meiros meses de vida do bebê. A
cerimônia acontece na Igreja. Os
padrinhos seguram uma vela e a
criança é batizada na pia batismal.
O padre molha a cabeça do bebê
e unta o peito dele com óleo. Os
padrinhos devem ajudar a cuidar
da vida religiosa da criança.
Nas Igrejas Evangélicas, o batismo também é realizado com
água. Mas a pessoa é batizada com mais idade, sendo mergulha-
da em uma piscina ou em um rio. Algumas Igrejas Evangélicas
realizam o batismo na adolescência, e outras, somente na idade
adulta.
No Judaísmo, a iniciação da criança é feita de forma distinta para meninos e meninas. Os
meninos passam pelo Brit Milah, uma cerimônia em que o bebê recebe um nome e são realizados
rituais que simbolizam a aliança com Deus. Já para as meninas, é marcado um dia de leitura da
Torá e na cerimônia os pais escolhem um nome para o bebê, enquanto a criança está com as mãos
sobre a Torá.
!%DWLVPRQD,JUHMDDWyOLFD
!%DWLVPRHP,JUHMD(YDQJpOLFD
!%ULW0LODKLQLFLDomRjFRPXQLGDGHMXGDLFD
NO JUDAÍSMO,
TEMOS UMA
INICIAÇÃO À
COMUNIDADE
JUDAICA!
©Shutterstock/Angelo
Giampiccolo
©Shutterstock/Schistra
©Wikimedia
Commons/Vatsnews
Dayane
Raven.
2016.
Digital.
14 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
Se você foi batizado ou apresentado a um espaço religioso, peça a seus familiares que o ajudem a
trazer objetos, fotos e informações dessa cerimônia. Se não participou de uma cerimônia desse tipo,
escolha uma religião e pesquise imagens e informações a respeito dos ritos de iniciação religiosa pre-
vistos para os seguidores dela.
Que tal organizar uma exposição sobre os ritos de iniciação religiosa de bebês e crianças? Para isso,
utilize o material reunido na atividade anterior e siga estes passos, com a orientação do professor:
a) Organize um convite com o nome da exposição, o local e o horário.
b) Distribua os convites para as pessoas que você e os colegas gostariam de convidar.
c) Classifique os objetos a serem expostos por meio de um critério. Por exemplo, a ordem crescen-
te de datas das cerimônias ou os tipos de material expostos. Nesse caso, pode haver uma sessão
de fotos, uma de lembranças e outra de roupas utilizadas no dia da cerimônia.
d) Definam o local da exposição e uma forma segura de apresentar os objetos sem que corram o
risco de serem danificados.
e) Em um cartaz, indique o nome, o motivo da exposição e a turma.
f) Durante a organização e a duração do evento, você e sua turma devem estar presentes para
cuidar dos objetos e contar aos visitantes o que aprenderam sobre os ritos de iniciação religiosa.
Converse com os colegas e relembrem a exposição.
a) O que aprenderam na separação ou na pesquisa de materiais?
b) Como foi a experiência de conversar com as pessoas que vieram visitar a exposição?
c) Os convidados compartilharam lembranças de ritos de iniciação? Se a resposta for sim, qual
história mais chamou a sua atenção? Por quê?
Escreva algo que você aprendeu na exposição.
1.
2.
3.
4.
Orientações para a realização das atividades.
10
15
CAPÍTULO 1 | RITOS PARA CADA MOMENTO
Escolha as letras e resolva as questões.
1.
a) Religião em que, no batismo, há a proteção dos orixás.
b) Religião em que a criança é batizada em uma pia batismal.
c) Religiões que mergulham o adulto ou o adolescente em rio ou piscina.
d) Religião na qual a menina, ao ser apresentada à comunidade, coloca as mãos na Torá.
e) Religião em que, quando a criança nasce, o pai fala na orelha direita dela as palavras do Adhan.
Construa um parágrafo com as palavras a seguir.
2.
A E É I Í O Ó U B C
D G J L M N S T V
U M B A N D A
C A T Ó L I C A
J U D A Í S M O
E V A N G É L I C A S
I S L A M I S M O
RITO – IGREJA – BATISMO – CATÓLICA – EVANGÉLICA – ALEGRIA – PAIS
Pessoal. Observe a coerência das relações estabelecidas em cada frase de acordo com o que foi estudado.
Orientações para a realização das atividades.
11
16 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
ressoa: produz som.
presunçoso: vaidoso.
triunfa: vence.
CASAMENTO: DOIS QUE SE TORNAM UM
O amor faz parte da vida. Esse sentimento está presente nas relações entre as pessoas, nos
textos sagrados das religiões e em outras expressões de diferentes culturas.
Observe, a seguir, um trecho da Bíblia, o livro sagrado dos cristãos, e de uma música inspirada
nele. Ambos falam sobre o amor, sentimento que pode levar as pessoas à decisão de viverem juntas.
Se eu tivesse o dom de falar em outras línguas sem
tê-las aprendido, e se pudesse falar em qualquer idioma dos homens
ou dos anjos, e, no entanto, não tivesse amor, eu seria como o sino
que ressoa ou como o prato que estaria só fazendo barulho. [...]
O amor é paciente e bondoso, nunca é invejoso ou ciumento,
nunca é presunçoso nem orgulhoso, nunca é grosseiro, nem egoísta. [...].
O amor nunca está satisfeito com a injustiça, mas se alegra quando a
verdade triunfa [...].
1 CORÍNTIOS. In: NOVA Bíblia Viva. São Paulo: Mundo Cristão, 2010.
p. 950-951. Cap. 13, vers. 1, 4-6.
Monte Castelo
Ainda que eu falasse a língua
Dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria
RUSSO, Renato. Monte Castelo. Intérprete:
Legião Urbana. In: LEGIÃO URBANA. As
quatro estações. Rio de Janeiro: EMI, 1989.
1 LP, analógico, estéreo. Faixa 7.
17
CAPÍTULO 1 | RITOS PARA CADA MOMENTO
Normalmente, depois de algum tempo de namoro ou de noivado, as pessoas decidem viver
juntas. Quando estão enamoradas, dizem palavras que firmam uma aliança ou um acordo na frente
de um juiz ou de um líder religioso. No Brasil, chamamos essa união de casamento ou de união
estável e ela pode incluir ou não um rito religioso.
A celebração de um casamento pode variar de uma cultura para outra, dependendo de cada
povo e do lugar em que as pessoas vivem.
Orientações para a abordagem do tema.
12
AS ROUPAS USADAS PARA
OS CASAMENTOS PODEM SER
DIFERENTES EM CADA CULTURA.
©Shutterstock/Anton_Ivanov
©S
hu
tte
rst
oc
k/I
VA
SH
stu
dio
©iSto
ckph
oto.c
om/v
uk86
91
©Wikimedia
Commons/Jean-Pierre
Dalbéra
©W
ikim
edi
a
Co
mm
on
s/N
ahi
dSu
ltan
©
G
e
t
t
y
I
m
a
g
e
s
/
M
a
r
i
l
i
a
F
e
r
r
a
z
!Convite de casamento
Dayane
Raven.
2016.
Digital.
18
Converse com os colegas sobre as perguntas a seguir.
a) A sua família já recebeu um convite de casamento?
b) O casamento seria realizado em alguma instituição religiosa?
c) Você já assistiu a um casamento? O que mais chamou a sua atenção?
Orientações para a realização da atividade.
13
©Shut
terstoc
k/MNS
tudio
©F
oto
are
na
/A
lbu
m
©iS
toc
kp
ho
to.
co
m/
Pili
n_
Pe
tun
yia
©iS
toc
kph
oto
.co
m/
IPG
Gu
ten
ber
gU
KLt
d
©Fotoarena/
Alamy
19
CAPÍTULO 1 | RITOS PARA CADA MOMENTO
UMA NOVA FAMÍLIA
Iniciar uma nova etapa da vida significa assumir novos compromissos, adquirir outros conhe-
cimentos e também ter mais responsabilidades. Mas o que significa o casamento?
Casar-se com alguém representa uma nova etapa da vida e, para começá-la, as pessoas con-
tam com o apoio e a presença da própria família e de outras pessoas que também as amam.
Vamos saber como acontece, em algumas religiões, o rito do casamento.
Encaminhamento metodológico.
14
No Hinduísmo, a cerimônia de casamento
é realizada em frente ao fogo sagrado, no qual se
invoca a força dos deuses para que o casal tenha
um bom início de vida juntos. Na Índia, o casa-
mento hinduísta é realizado depois de os pais do
noivo consultarem os mais velhos da família e
os astrólogos. O casamento é considerado uma
união sagrada, feita para durar para sempre.
A celebração de um casamento judaico
não precisa ser realizada em uma sinagoga, mas
é obrigatório que seja debaixo da chupá, um
tipo de tenda que fica rodeada pelos familiares e
pelos amigos do casal. A chupá simboliza a casa
na qual o casal vai construir a própria família.
No Islamismo, a celebração varia de acordo
com a cultura do local em que é feita. A família
do noivo é que procura uma noiva adequada para
ele. O casamento é um contrato entre o noivo e
o pai da noiva. Geralmente, esse contrato inclui o
pagamento de um valor ao pai dela, o dote.
©Wikimedia Commons/Karthikeyan.pandian
©Wikimedia Commons/Gryffindor
©Shutterstock/ZouZou
20 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
Combasenomodeloaolado,crieumconvitedecasamen-
to para noivos fictícios (inventados). Escolha uma das
religiões apresentadas nas páginas 20 e 21 e inclua no
convite alguma informação relacionada ao rito de casa-
mento da religião escolhida.
Lembre-se: você pode inserir outras informações no
convite, como um pensamento sobre o amor e a união.
Orientações para a realização da atividade.
15
No Cristianismo, as celebrações de casa-
mento variam de acordo com a igreja cristã a
que os noivos pertencem. Geralmente, a noiva
usa vestido branco e véu. Espera-se que a união
celebrada com o casamento dure a vida toda.
No casamento cristão ortodoxo, são usa-
das coroas para representar a realeza, ou seja, os
noivos são como “reis”. O casamento significa a
união deles com Jesus e costuma ser celebrado
com muita festa e alegria pelos familiares e pe-
los convidados dos noivos.
No Xintoísmo, o casamento é realizado na
presença de um sacerdote em uma cerimônia
solene. São feitas oferendas, orações e promessas
aos deuses, chamados de Kami. Na sequência,
há um banquete para os convidados. O noivo
veste um quimono, parecido com o dos antigos
samurais; a noiva usa um quimono branco de
seda. O quimono simboliza a união com os an-
tepassados e o início de uma nova vida a dois.
©Shutte
rstock/M
NStudio
©Shutterstock/alexey anashkin
©Shut
terstoc
k/Chan
clos
©Shutterstock/Piopio
21
CAPÍTULO 1 | RITOS PARA CADA MOMENTO
Tunísia
A religião com mais seguidores na Tunísia é o Islamismo. Para se
casar, a noiva usa dourado no traje, que simboliza a fertilidade, e
argolas, que representam a riqueza de sua família. Algumas noivas
podem ter as mãos pintadas para a ocasião.
Nigéria
As religiões mais seguidas na Nigéria são o Islamismo, no
Norte, e o Cristianismo, no Sul. Em ambas as religiões, a noiva
geralmente veste iro (blusa) e buba (pano sobre o corpo),
vestimentas tradicionais em eventos sociais no país. O pano no
cabelo e o xale colorido simbolizam saúde e beleza.
Índia
A religião com mais seguidores na Índia é o Hinduísmo. A noiva
hinduísta usa um saree para a cerimônia. Esse traje típico deve ser
feito de seda e ter cores fortes.
As noivas, em geral, são foco de grande atenção em uma cerimônia de união ou casamento. O vestido
branco é um traje muito conhecido e utilizado por elas em boa parte do mundo. Entretanto, você sabia
que, em algumas religiões, as noivas usam outros tipos e cores de roupa nessa data especial?
Você sabia?
Coreias
Tanto na Coreia do Norte quanto na Coreia do Sul, há muitos
praticantes do Budismo. Nessa religião, as noivas escolhem a cor do
vestido que será usado na cerimônia religiosa.
©Shutterstock/Gina
Smith
©Fotoarena/Alamy
©Wikimedia
Commons/Neverdie225
©Dreamstime.com/Vishakha
Shah
22 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
Encontre, no caça-palavras, oito palavras relacionadas com os assuntos que estudamos até aqui.
Q A E I N I C I A Ç A O Q W E
P M I R O L E N U I W M P I I
L O J T R I T O F T L G L S J
N R V Y L Ç S I K L C B N L V
C D E J I Ç S V B Ç A V C A E
W S X R P Y A O J K T Y W M X
Z A C A S A M E N T O L Z I Q
O I U S H B P T I S L O O S U
T G B K Ç J Ç L H T I K T M B
R F V C A S A M E N C O R O V
M N B A T I S M O D A Ç M O B
Escolha palavras do caça-palavras para formar quatro frases que mostrem o que você aprendeu de
acordo com o que estudou até aqui. O desafio é não repetir as palavras.
1.
2.
Orientações para a realização das atividades.
16
APRENDEMOS QUE RITO É UM CONJUNTO DE RITUAIS (GESTOS
SIMBÓLICOS QUE SE REPETEM) E PODE SER RELIGIOSO OU
NÃO. NAS RELIGIÕES, HÁ DIVERSOS RITOS. ESTUDAMOS O RITO
DO BATISMO E O DA INICIAÇÃO DA CRIANÇA NA COMUNIDADE
RELIGIOSA. ESTUDAMOS TAMBÉM O RITO DE CASAMENTO NAS
RELIGIÕES, QUE PODE SER REALIZADO DE DIFERENTES MANEIRAS,
DEPENDENDO DA CULTURA.
Dayane
Raven.
2016.
Digital.
23
CAPÍTULO 1 | RITOS PARA CADA MOMENTO
CAPÍTULO
RITOS PARA
ALÉM DA VIDA
2
24
Orientações para a abordagem do capítulo.
1
Neste capítulo, você e os personagens vão conhecer
uma nova amiga. Juntos, poderão refletir sobre a beleza e o
sentido da vida.
Cada personagem vai falar também dos ritos fúnebres
e das crenças da religião dele sobre o que acontece após a
morte. Além disso, vocês aprenderão sobre ritos e crenças
de outros grupos, religiosos ou não, a respeito do assunto.
Dayane
Raven.
2016.
Digital.
25
Leia o diálogo entre Sikulume, Potira e Abner. Depois, converse com os colegas a respeito do que
eles estão dizendo.
1.
Orientações para a realização das atividades.
2
Registre uma lembrança de alguém de quem você sente saudades. O registro pode ser feito em forma
de desenho, poema ou relato.
2.
PENA QUE A LEZA NÃO ESTÁ AQUI PARA
VER ESTAS FOTOS. MAS ELA TEVE QUE
VIAJAR COM OS PAIS PARA VISITAR A AVÓ
QUE ESTÁ DOENTE...
ESTOU
COM MUITA
SAUDADE DA
LELÊ!
CALMA, POTIRA. ASSIM QUE A AVÓ
DELA MELHORAR, ELA VOLTA PARA
BRINCAR COM A GENTE.
Dayane Raven. 2016. Digital.
26 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
ETAPAS DA VIDA
Algum tempo depois do diálogo que você leu na página anterior, aconteceu algo que deixou
nossos amigos muito tristes...
Orientações para a abordagem do tema.
3
ESTOU TRISTE COM O
FALECIMENTO DA AVÓ DA
LELÊ. ELA DIZIA QUE A
AVÓ ERA MUITO QUERIDA E
CONTAVA MUITAS HISTÓRIAS.
ÀS VEZES, A LELÊ TRAZIA
BISCOITOS QUE A AVÓ FAZIA E
EU ADORAVA!
A LELÊ DEVE ESTAR BEM
TRISTE COM TUDO ISSO. NÃO É
FÁCIL TER QUE SE DESPEDIR DE
UMA PESSOA QUERIDA, MESMO
ACREDITANDO QUE A MORTE
NÃO É O FIM.
AGORA, NOSSA AMIGA VAI
MORAR COM O AVÔ EM
OUTRA CIDADE. JÁ ESTOU
COM SAUDADES DELA!
VAMOS DAR UM ABRAÇO
NELA QUANDO ELA VIER
PARA A MUDANÇA?
A L
TRIST
FÁCIL
UMA P
ACR
É VERDADE! VAMOS SENTIR
MUITA FALTA DA LELÊ. MAS
SEI QUE ELA VAI FAZER
MUITOS AMIGOS NA NOVA
ESCOLA,
E NÓS AINDA
PODEREMOS
CONVERSAR COM
ELA PELAS REDES
SOCIAIS.
VAMOS, SIM! ELA PRECISA SABER
QUE, MESMO LONGE, SERÁ
SEMPRE NOSSA AMIGA.
Dayane
Raven.
2016.
Digital.
Nascer, viver e morrer são etapas pelas quais os seres vivos precisam passar. Você já pensou
nas etapas da sua vida? Elas são compreendidas de maneiras diferentes, de acordo com a crença
de cada um. Além disso, aquilo em que acreditam influencia as pessoas a tomar decisões e a fazer
escolhas. Quando alguém pratica o bem, pode estar motivado pela sua religião. Por exemplo, quan-
do faz o bem, porque isso agrada a Deus. Portanto, a religião, assim como a sociedade e a cultura,
influencia o modo de vida das pessoas.
27
CAPÍTULO 2 | RITOS PARA ALÉM DA VIDA
Algumas pessoas evitam falar sobre a morte. Po-
rém, ela faz parte da vida e conversar a respeito dos
sentimentos que ela traz pode ajudar as pessoas a lidar
melhor com eles. Além disso, quando refletimos sobre
a morte, também pensamos na nossa vida e nas ações
que dão sentido a ela, como fazer o bem.
Com as orientações do professor, converse com os colegas sobre os sentimentos de vocês em relação
à morte. Lembrem-se de respeitar as falas de todos e os sentimentos de cada um. Você receberá do
professor um papel com o nome de um colega e deverá ouvir com atenção especial o que ele disser.
Escreva a seguir o que você sentiu ao ouvir a fala dos colegas.
Escreva um parágrafo sobre o que você e os colegas aprenderam com as atividades anteriores.
Na atividade 1, você recebeu o nome de um colega a fim de ouvi-lo com maior atenção. Agora, escreva
a ele uma mensagem de carinho e conforto. Depois, leia a mensagem para o colega e ouça a que foi
escrita para você.
1.
2.
3.
4.
Orientações para a realização das atividades e sugestão de atividades.
4
©G
etty
Ima
ges
/Ka
li
Nin
e
LLC
28 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
Pensando nas etapas da vida, que tal construir um caminho simbólico e colocar diferentes
placas marcando os principais acontecimentos de sua vida?
Ilustre o caminho com desenhos e sinalize situações e ações importantes que demonstrem o que você
viveu até aqui. Por exemplo:
Onde e quando você nasceu.
Como foi celebrada a sua chegada quando você nasceu.
As comemorações, festas ou celebrações de sua família ou religião.
Quando você entrou na escola.
Se fez alguma viagem, festa ou algo que seja importante para você.
Se você mudou de endereço.
Datas que lembrem perdas de algo ou alguém de que(m) você gostava muito (podem ser pes-
soas, animais de estimação ou outro tipo de perda).
1.
Orientações para a realização das atividades e sugestão de atividades.
5
Que gesto de respeito podemos fazer para homenagear nossas histórias de vida?
2.
AO OBSERVAR UM CAMINHO SIMBÓLICO,
É POSSÍVEL CONHECER UM POUCO
MELHOR AS PESSOAS. NÃO É, YUREM?
É VERDADE! AO CONHECER AS
SITUAÇÕES PELAS QUAIS AS PESSOAS
PASSARAM, TAMBÉM É POSSÍVEL
AUMENTAR O RESPEITO POR ELAS. CADA
HISTÓRIA DE VIDA É ÚNICA, VALIOSA E
MERECE CONSIDERAÇÃO.
Dayane
Raven.
2016.
Digital.
29
CAPÍTULO 2 | RITOS PARA ALÉM DA VIDA
CERIMÔNIA FINAL
Respeitar a vida é também se lembrar das pessoas que já morreram. Muitas vezes, tal lem-
brança se expressa por meio de gestos e ritos de homenagem a essas pessoas.
As religiões oferecem explicações e sentidos para a vida e ainda para o que acontece depois
da morte. Além disso, apresentam diferentes interpretações e respostas às perguntas:
Para onde iremos?
De que maneira iremos para lá?
Como será nosso cotidiano?
Orientações para a abordagem do tema.
6
Além de explicações distintas, as pessoas e os grupos
têm diferentes formas de agir com relação ao fim da vida.
Em algumas culturas, participar de cerimônias fúnebres
(aquelas que acontecem por conta do falecimento
de alguém) é uma maneira de transformar a saudade
e a dor da separação em rito ou gesto de despedida.
Algumas pessoas fazem celebrações na presença do
corpo do falecido com orações, louvores e rituais próprios
de sua cultura. Os seguidores de algumas religiões realizam
cortejos fúnebres, outros optam pela cremação, e outros,
por depositar o corpo em locais sagrados, como templos, rios,
entre outros. Quando o corpo é cremado, ele é transformado em
cinzas, que são guardadas em uma urna funerária, um recipien-
te próprio para isso.
Um exemplo de rito fúnebre é o rito católico da missa
de sétimo dia, que acontece uma semana após o faleci-
mento.
No calendário brasileiro, que regula a vida das pes-
soas e o funcionamento do comércio e das escolas, o
dia 2 de novembro é o Dia de Finados, uma data para
se lembrar daquelas pessoas que já morreram.
©
Sh
u
tt
er
st
o
ck
/K
ze
n
o
n
30
!Cortejo/cerimônia
fúnebre do Judaísmo
!Cortejo/cerimônia fúnebre
de religião africana
!Cortejo/cerimônia
fúnebre do Budismo
!Cortejo/cerimônia
fúnebre do Islamismo
!Cortejo/cerimônia
fúnebre do Hinduísmo
!Cortejo/cerimônia
fúnebre do Cristianismo
cortejos fúnebres: procissões
que seguem uma pessoa ou
um grupo para prestar-
-lhe homenagem. O cortejo
fúnebre é a procissão que
segue o corpo da pessoa
falecida.
urna funerária: urna é
um recipiente que pode
armazenar diversos conteúdos.
A urna funerária é uma
espécie de vaso em que são
depositadas as cinzas de
pessoas falecidas, após o rito
de cremação.
©Wikimedia Commons/
Marie-Lan Nguye
!Urna funerária
indígena
©iStockphoto.com/EdStock
©Shutterstock/Dennis van de Water
©iStockphoto.com/sadikgulec
©iStockphoto.com/David_Bokuchava
©Shutterstock/Thitisan
©Futura Press/Jose Lucena
!!!!C
f
Cortejo/cerimônia
fúnebre do Islamismo
mo
c
q
u
-
f
s
f
u
u
a
A
e
d
p
d
©Fotoarena/Album
!Urna funerária
africana
31
CAPÍTULO 2 | RITOS PARA ALÉM DA VIDA
✧ ✦ ▼ ✜ È✪ ✚ Ï×|
Converse com os colegas sobre estas questões:
Você conhece cerimônias para relembrar alguém que já faleceu?
Já participou de alguma delas?
Será que as cerimônias são iguais em todas as religiões?
A mensagem secreta a seguir apresenta uma informação importante sobre a morte e as religiões.
1.
2.
Orientações para a realização das atividades.
7
a) Use esta legenda para decifrar a mensagem secreta.
O QUE
EXPLICAM
ACONTECE
DIFERENTES
MORTE
FORMAS
DA
DEPOIS
AS RELIGIÕES
DE
b) Anote a mensagem decifrada.
MENSAGEM SECRETA
As religiões explicam o que acontece depois da morte de formas diferentes.
32 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
AGORA, VOU FALAR
SOBRE O RITO
FÚNEBRE DO POVO
BORORO E VOCÊ VAI
FAZER UM DESENHO
DELE. VAMOS LÁ!
Os indígenas Bororo acreditam que a alma da pessoa que morre passa a habitar o corpo de
certos animais, como a onça-pintada, a onça-parda ou a jaguatirica.
O enterro é realizado no pátio central da aldeia e o local é regado diariamente, como uma
planta, por dois ou três meses.
Durante esse tempo, realizam-se cantos, danças, caçadas e pescarias com a participação de
todos. Assim, os mais novos da aldeia aprendem as principais tradições de seu povo. Ou seja, o
momento de perda, com a morte de uma pessoa, é aproveitado para promover um aprendizado
sobre o sentido da vida.
CERIMÔNIA INDÍGENA
Para o povo indígena Bororo, que vive
no estado do Mato Grosso, o ritual após a mor-
te de alguém é também um momento para
transmitir as tradições do povo aos mais jovens.
Encaminhamento metodológico.
8
Dayane
Raven.
2016.
Digital.
33
CAPÍTULO 2 | RITOS PARA ALÉM DA VIDA
CERIMÔNIA BUDISTA
De acordo com o Budismo, Buda Shakyamuni, também
conhecido como Sidarta Gautama, tinha alcançado a libertação
(ou iluminação) aos 35 anos de idade. Faleceu muito tempo
depois, aos 80 anos. Conta-se que sua morte ocorreu assim: Buda
estava deitado tranquilamente, entre duas árvores, com a mão
direita sob a cabeça, como um travesseiro. No momento de sua
partida, pétalas de flores brancas caíram sobre ele.
Sidarta foi cremado e suas cinzas foram guardadas em várias
urnas. O falecimento de Buda é lembrado pelos budistas com uma
cerimônia. O rito dela não é triste, pois a morte significa que a
vida não acabou, isto é, ainda continua.
Antes de falecer, é importante que a pessoa se arrependa
do que tenha feito de errado. Depois do falecimento, a família
carinhosamente troca a roupa do morto, iniciando o ritual de
despedida. O rito fúnebre dura cerca de 49 dias, mas as orações ao
ancestral continuarão na família, em sinal de respeito.
Você sabia?
!Rito fúnebre no
Budismo
A FLOR DE LÓTUS PODE SER
UTILIZADA NO BUDISMO COMO
SINAL DE PERFEIÇÃO. ELA
NASCE NO LODO, MAS É BELA E
PERFUMADA.
Dayane
Raven.
2016.
Digital.
©Fotoarena/Alamy
Você sab
A FLOR DE LÓTU
UTILIZADA NO BUD
SINAL DE PERF
NASCE NO LODO,
PERFUM
©Wikimedia Commons/MurielBendel
34
Escolha cinco palavras que se destacam em relação à cerimônia fúnebre do Budismo. Escreva cada
palavra em uma das pétalas da flor de lótus a seguir.
1.
Orientações para a realização das atividades e sugestão de atividades.
9
Organize as palavras escolhidas e as utilize para criar um diálogo entre você e Manjari.
Sublinhe as cinco palavras no diálogo. Depois, leia-o para os colegas.
2.
©
S
h
u
t
t
e
r
s
t
o
c
k
/
L
v
N
L
©Wikimedia
Commons/MurielBendel
Sugestão de respostas: Buda, iluminação, cremação,
orações, ancestrais, respeito, rito fúnebre.
35
CAPÍTULO 2 | RITOS PARA ALÉM DA VIDA
Dayane
Raven.
2016.
Digital.
CERIMÔNIAS CRISTÃS
Os cristãos realizam os ritos fúnebres de maneira parecida,
mas cada Igreja tem suas particularidades. N+a Igreja Católica e
em algumas Igrejas Evangélicas, depois do falecimento, é feito o
velório, um momento em que familiares e amigos se encontram
para se despedirem da pessoa querida.
Cerca de 24 horas depois, o falecido é levado para o cemi-
tério, onde será enterrado. Algumas famílias escolhem realizar a
cremação. O velório e o enterro são acompanhados de orações e
canções conduzidas pelo padre, pastor ou líder religioso.
CERIMÔNIA JUDAICA
No rito fúnebre judaico, a pessoa falecida é lavada com
água, para purificação, e vestida com uma roupa branca especial.
Essa roupa representa a pureza e a simplicidade, evitando que
ricos e pobres usem trajes diferentes nesse momento. Depois,
são feitas orações pedindo a Deus que perdoe a pessoa falecida
se ela tiver algum pecado.
O período de despedida do corpo é breve. Antes de enter-
rar essa pessoa, um familiar faz um discurso em homenagem a
ela. Alguns membros da família podem rasgar um pedaço de suas
roupas em sinal de dor. A cremação é proibida para os judeus.
CERIMÔNIA MUÇULMANA
No Islamismo, a pessoa falecida é lavada para purificação. O
período de despedida é muito breve. O líder religioso ou um fa-
miliar faz uma leitura do Alcorão e conduz orações. Estas louvam
Allah, pedem a benção do profeta Mohammad e depois pedem
por todos os mortos e pela pessoa falecida, em especial.
Em seguida, a pessoa falecida é levada a um cemitério is-
lâmico para ser enterrada. A cremação não é permitida para os
muçulmanos.
36 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
Descreva um rito fúnebre de que você tenha participado ou que tenha estudado.
Pessoal.
Assinale X nas alternativas que correspondem a algo que poderia ser feito para ajudar alguém que
está passando por uma situação de perda e luto.
( ) Conversar e dar risadas durante o velório ou o enterro.
( X ) Oferecer um abraço para que a pessoa possa chorar e se sentir acolhida.
( X ) Dizer palavras de ânimo e gentileza para quem está sofrendo.
( X ) Oferecer ajuda financeira ou material para esse momento difícil.
( ) Oferecer ajuda aos familiares e aos amigos do falecido apenas durante o rito fúnebre, pois, ao
final dele, a ajuda não é mais necessária.
( X ) Permanecer com a pessoa que está sofrendo, mesmo que em silêncio, em sinal de solidariedade.
( X ) Participar de atos religiosos, como cerimônias e orações, em homenagem ao falecido, indepen-
dentemente de ser de outra religião.
Em sua opinião, quais outras ações poderiam ser realizadas para auxiliar alguém que está enfrentando
a morte de uma pessoa querida?
Pessoal. Espera-se que os alunos identifiquem outras maneiras de auxiliar uma pessoa enlutada, como estando
presente na vida dela, não apenas no dia do ritual fúnebre; disponibilidade para escutá-la falar sobre os sentimentos
dela, etc. Verifique também se os alunos percebem a diferença entre ações que podem ser realizadas por eles e
aquelas que precisam da ajuda de um adulto, como a ajuda financeira, por exemplo.
1.
2.
3.
Orientações para a realização das atividades.
10
37
CAPÍTULO 2 | RITOS PARA ALÉM DA VIDA
A VIDA CONTINUA
A turma ainda sente muito a falta da Leza e lembra dela a todo momento, mas há sempre
espaço para uma nova amizade. Vamos dar as boas-vindas à Estela!
Orientações para a abordagem do tema e da chegada da nova personagem.
11
OLÁ! EU
SOU A ESTELA.
VIM DE OUTRA
CIDADE.
EU QUERIA PERGUNTAR
POR QUE VOCÊ ESTÁ EM
UMA CADEIRA DE RODAS.
MAS SE FALAR NISSO LHE
DEIXA TRISTE, NÃO PRECISA
RESPONDER, TÁ?
A CADEIRA DE RODAS ME
AJUDA A ME MOVIMENTAR
DESDE PEQUENA, PORQUE
MINHAS PERNAS NÃO TÊM
FORÇA.
OLÁ, SEJA BEM-
-VINDA! QUEREMOS
QUE VOCÊ SE SINTA
MUITO BEM EM SUA
NOVA ESCOLA.
OBRIGADA! VOCÊS
ESTUDAM AQUI HÁ
MUITO TEMPO?
ACHO QUE
VOCÊ VAI
GOSTAR DAQUI!
SIM. MEUS PAIS
SE SEPARARAM.
ENTÃO, MINHA MÃE
E EU VIEMOS MORAR
AQUI.
SIM! VOCÊ SE
MUDOU PARA
NOSSA CIDADE HÁ
POUCO TEMPO?
Dayane Raven. 2016. Digital.
38 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
SIM. HAVIA MAIS UMA
ALUNA, A LELÊ, MAS
ELA FOI MORAR COM
O AVÔ. A AVÓ DELA
FALECEU HÁ POUCO
TEMPO. NÓS ATÉ
CONVERSAMOS UM
POUCO SOBRE ISSO
E ENTENDEMOS QUE
A MORTE FAZ PARTE
DA VIDA. MAS A LELÊ
FAZ FALTA. SENTIMOS
SAUDADES DELA.
PARA OS ESPÍRITAS, A MORTE NÃO É O
FIM. ACREDITAMOS NA REENCARNAÇÃO,
OU SEJA, QUE NASCEMOS, VIVEMOS,
MORREMOS E, DEPOIS DE UM TEMPO DE
PREPARAÇÃO, NASCEMOS NOVAMENTE PARA
APRENDERMOS A SER PESSOAS MELHORES.
AS RELIGIÕES INDÍGENAS LEMBRAM
QUE A VIDA TEM VÁRIAS FASES.
FESTAS E RITOS MARCAM A
PASSAGEM PARA UMA NOVA FASE:
QUANDO NASCEMOS, CRESCEMOS,
CASAMOS. O MOMENTO DA MORTE
É UMA PASSAGEM MARCADA POR
RITOS FÚNEBRES.
Estela explicou que, nas reuniões do
Centro Espírita, ela e sua família estudam
o Espiritismo, além de receber passes, que
são como bênçãos, pelas mãos de um
médium, uma pessoa que se comunica
com os espíritos.
Quando a aula começou, Estela já se sentia parte do
grupo.
NÓS, CRISTÃOS, ACREDITAMOS NA
RESSURREIÇÃO, NO DIA DO JUÍZO FINAL.
TODOS RESSUSCITARÃO E OS QUE FORAM
BONS VIVERÃO ETERNAMENTE COM DEUS.
PARA AS RELIGIÕES AFRO-
-BRASILEIRAS, A VIDA E A
MORTE SÃO GUIADAS POR
FORÇAS DIVINAS. MORRER
É PASSAR PARA OUTRA
DIMENSÃO NA QUAL ESTÃO
OUTROS ESPÍRITOS, OS
ORIXÁS E OS GUIAS.
TODOS OS
ALUNOS
DA CLASSE
VIERAM HOJE?
39
CAPÍTULO 2 | RITOS PARA ALÉM DA VIDA
Desenhe o que você imagina que acontece depois da morte.
1.
Orientações para a realização das atividades.
12
Em pequenos grupos, exponha aos colegas o que você desenhou e converse sobre o assunto.
Cada grupo deve apresentar para a turma o que foi discutido na atividade anterior.
2.
3.
40 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
E DEPOIS? DIFERENTES RESPOSTAS
PARA O PÓS-MORTE
Em algum momento, as pessoas percebem que um dia a vida acabará, que a morte chega
para todos os seres vivos e não pode ser evitada. O relacionamento das pessoas com o sagrado pode
levá-las a diferentes interpretações sobre a morte e o que acontece depois dela, o pós-morte. Por
exemplo: o fim de tudo, uma passagem, um recomeço, uma mudança, etc.
Que respostas a humanidade conseguiu dar até hoje para o que acontece após a morte?
As religiões apresentam pelo menos quatro formas diferentes de explicar o que acontece
depois da morte: a ressurreição, a reencarnação, a ancestralidade e o nada. Nas próximas páginas,
você vai conhecer cada uma dessas explicações e o significado delas.
Orientações para a abordagem do tema.
13
Dayane
Raven.
2016.
Digital.
NÓS, OS BUDISTAS, E OS
ESPÍRITAS CREMOS QUE EXISTE
A REENCARNAÇÃO. EU SOUBE
QUE, PARA QUEM É ATEU, NÃO
HÁ NADA ALÉM DESSA VIDA.
PARA MIM, PARA O FELIPE, O
YUREM E O ABNER, A MORTE
NÃO É O FIM. HÁ OUTRA VIDA.
OS CATÓLICOS A CHAMAM DE
VIDA ETERNA.
41
RESSURREIÇÃO
A palavra ressurreição traz a ideia de ressurgimento de uma pessoa. As religiões que creem
na ressurreição, como o Cristianismo, o Islamismo e o Judaísmo, compreendem que a morte é uma
limitação humana, mas não é o fim de tudo. Ressuscitar significa reviver, mantendo a mesma identi-
dade que se tinha antes da morte.
Os adeptos dessas religiões acreditam que o destino da alma, após a morte, é temporário. O
destino final ocorre apenas depois do Juízo Final, quando terá início a vida eterna, de acordo com
as obras que a pessoa realizou enquanto vivia.
REENCARNAÇÃO
O Espiritismo, o Budismo
e algumas religiões afro-brasi-
leiras respondem à pergunta
sobre o que acontece após a
morte com a palavra reen-
carnação. Ela traz a ideia de
um novo nascimento, em um
novo corpo.
As religiões que acredi-
tam na reencarnação enten-
dem que, depois da morte, a
pessoa volta a nascer, inúme-
ras vezes, sempre em um novo
corpo, para uma nova vida.
Dayane
Raven.
2016.
Digital.
42 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
Cada uma dessas exis-
tências é uma oportunidade
para a pessoa superar falhas
e defeitos, modificando-se e
corrigindo os erros cometidos
nas existências anteriores. Por-
tanto, a reencarnação é vista
como uma forma de alcançar a
perfeição, por meio do esforço
pessoal.
ANCESTRALIDADE
A palavra ancestralidade vem de ancestral, termo que se refere a um antepassado, ou seja,
a um familiar do qual se é descendente. De acordo com as crenças de grande parte dos povos
indígenas e de alguns povos da África, mesmo após a morte, as almas das pessoas permanecem
presentes na comunidade em que viviam. Esses povos valorizam muito a ancestralidade e realizam
celebrações para os mortos, a fim de homenageá-los e fazer com que a presença deles no grupo
seja sentida.
O culto aos ancestrais é celebrado com orações e oferendas; é uma prática que se baseia na
crença de que a pessoa falecida continua existindo após a morte e tem a capacidade de influenciar
os vivos, especialmente aqueles com quem tem relações familiares ou comunitárias. Ou seja, os
vivos devem manter a memória dessa pessoa para serem auxiliados por ela.
NADA
Há indivíduos e grupos que não adotam uma explicação religiosa para o que ocorre com
as pessoas após a morte. Entre eles, alguns consideram que não temos como responder a essa
questão. Outros entendem que não existe nada além da vida atual. Essas pessoas acreditam que
nascemos e morremos na Terra, que tudo começa e acaba aqui.
Para elas, após a morte, há “o nada”, ou seja, não existe outra realidade, outro mundo, nem
alma, espíritos, divindades ou seres sobrenaturais. Quando alguém morre, o corpo se transforma
em matéria, que a natureza aproveita para nutrir a terra e, assim, alimentar outras formas de vida.
Dayane
Raven.
2016.
Digital.
43
CAPÍTULO 2 | RITOS PARA ALÉM DA VIDA
Agora é sua vez de expressar suas ideias.
a) Quais são as diferentes crenças apresentadas a respeito do que acontece após a morte?
São apresentadas três formas de crer: ancestralidade, reencarnação e ressurreição. Quem não acredita na vida
pós-morte crê que a morte é o fim de tudo.
b) Quais são as religiões dos personagens e suas crenças a respeito do pós-morte?
Dulce (Catolicismo), Felipe (Religião Evangélica/Protestante), Abner (Judaísmo) e Yurem (Islamismo) acreditam
na ressurreição. Manjari (Budismo), Estela (Espiritismo) e Sikulume (Umbanda) acreditam na reencarnação.
Potira (Religião Indígena) acredita na ancestralidade.
c) Qual é a sua crença ou a de sua religião a respeito do que acontece após a morte?
Pessoal. O objetivo da resposta é que cada aluno consiga ser coerente com a explicação da vida pós-morte de
acordo com a sua crença ou a da religião que pratica.
1.
44 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
4XDQGÏĤODPRßGDPRãWHHGDVFUHQmDVVR¾HÏ
Sw߯PRãWHĤODPRßWDPePGDæGDHGHFRáÏDVSHVVRlV
OLGDPFRáRßDFRàWHFLPHQWRßTHĤ]HPSDUWHGHOD
KHJRÚDKRãDGH’LQFDU6LJDDVRãLHQWDm{ÞVHMRƒXHFRá
RßFRäHJDVDWULOKDGDæGD

(VFRäKDXPFRäHJDSDUD’LQFDU

5HFRãWHÏWDvOHLUÏDVFDUWDVHÏGDGÏGDVSgJLQDVGH

DGRPDWHULDOGHDSRÜÏ

0RàWHÏWDvOHLUÏHÏGDGÏ(VFRäKDXPSHTHQÏ
ŖHWÏSDUDPDUFDUÏVHXOXJDUQDWULOKD
ÃãUDFKDDSRàWDGRãFOLSH 

-RƒXHSDURÚrPSDUSDUDVD“UTHPLQLFLDÏMRƒÏ

)DmDÏTHVHSHGHQDFDVDHPTHÈŸpSDURÚ6HWLçU
XPSRàWÏGHLQWHUURƒDmkÏUHVSRàGDhSHUJXQWDGD
FDUWDFRãUHVSRàGHQWHVHDFHUWDUDêQFHXPDFDVD
VHHUUDURÚDFDVDHVWLçUê]LDSDVVHDç]SDUDÏ
SUwťLPÏFRäHJD

4XHPçQFHUÏSDURÚrPSDUGHçUgMRƒDUÏGDGÏ
þQ|PHUÏ LGRLQGLFDUgTDQWDVFDVDVÏ
MRƒDGRãêLDêQmDU

*DQKDÏMRƒÏTHPFKHJDUSULPHLUÏDÏĦQDO
9DPRß’LQFDU
$VVLQDGÏ'XOFH

Leia a carta que o Teco trouxe para você!
1.
Orientações para a realização da atividade.
14
¾HÏ
Neste capítulo, você estudou sobre cerimônias e ritos fúnebres das religiões dos personagens. Viu
que algumas religiões têm diferenças em relação à forma do sepultamento, que pode ser o enterro
ou a cremação. Mas todas têm uma crença a respeito da vida após a morte, que pode ser a vida
eterna ou a possibilidade de reviver em novos corpos. Além disso, os ritos têm em comum as orações
e o cuidado com a pessoa falecida. Este estudo é importante para conhecer e respeitar as crenças de
outras pessoas e também para reafirmar em que você e sua família acreditam.
Dayane
Raven.
2016.
Digital.
45
CAPÍTULO 2 | RITOS PARA ALÉM DA VIDA
CAPÍTULO
ENCONTRANDO O
SAGRADO NA ARTE
3
46
Orientações para a abordagem do capítulo.
1
Neste capítulo, você vai conhecer diferentes expres-
sões artísticas, como pintura, escultura e dança, que repre-
sentam e manifestam o sagrado nas religiões. Você vai per-
ceber que essas expressões da arte são diferentes em cada
cultura e também que fazem parte das religiões.
D
ay
an
e
Ra
ve
n.
20
16
.
D
ig
ita
l.
©Shutterstock/Ksenia Ragozina
47
Ao longo do tempo, indivíduos e culturas criaram diversas maneiras de expressar sentimen-
tos relacionados à perda e ao luto. Uma das formas é por meio da arte. As crenças a respeito da vida
após a morte e os ritos fúnebres foram representados artisticamente por diversas culturas.
Observe algumas obras de arte cujo tema é a morte.
1.
Orientações para a realização das atividades e sugestão de atividades.
2
!PietáGH0LFKHODQJHORVLJQL¿FD³SLHGDGH´
UMA OBRA DE ARTE FAMOSA COM ESSE
TEMA É PIETÁ, DO ESCULTOR ITALIANO
MICHELANGELO. ELA REPRESENTA A MÃE DE
JESUS COM O CORPO DO FILHO NOS BRAÇOS,
DEPOIS DE SER RETIRADO DA CRUZ.
Ilustrações:
Dayane
Raven.
2016.
Digital.
Ilus
raç
raç
traç
rações:
Day
ne
ane
n
Raven.
2016.
Digital
ta
.
YOSHIYUKI. Retrato da morte (shini-e) para Kataoka Gadô II. 1863.
1 xilogravura, color., 26 cm × 37,5 cm. Universidade Ritsumeikan, Quioto.
!Atores de teatro kabuki que faleciam eram
retratados em gravuras chamadas de shini-e
NESTA OBRA,
O ARTISTA FEZ
UMA HOMENAGEM
A UM ATOR DE
TEATRO QUE HAVIA
FALECIDO.
©Shutterstock/Bryan
Busovicki
©Ritsumeikan
University,
Quioto
BUONARROTI, Michelangelo. Pietá. 1499. 1 escultura em mármore,
174 cm × 195 cm. Basílica de São Pedro, Vaticano.
48 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
Converse com o professor e os colegas sobre estes assuntos:
a) Que sentimentos você teve ao observar as obras de arte desta página e da anterior?
b) Em sua opinião, por que as pessoas fazem obras de arte cujo tema é a morte?
c) Você já viu outras obras de arte cujo tema é a morte? Em caso afirmativo, onde foi: em um mu-
seu, na internet ou outro lugar?
2.
!1DREUDRFRQGHGH2UJD]pFDUUHJDGRSRU
sacerdotes e, acima, estão Jesus, Maria e
outros seres divinos
A PINTURA O ENTERRO
DO CONDE DE ORGAZ É
CONSIDERADA UMA OBRA-
-PRIMA DO PINTOR EL GRECO,
QUE NASCEU NA GRÉCIA E
DESENVOLVEU GRANDE PARTE
DE SUA CARREIRA ARTÍSTICA
NA ESPANHA.
Dayane
Raven.
2016.
Digital.
NA ESPANHA.
Dayane
Raven.
2016.
16
16
16
16
16
Digital.
EL GRECO. O enterro
do conde de Orgaz. 1587.
1 óleo sobre tela, color.,
480 cm × 360 cm. Igreja
de São Tomé, Toledo.
©
I
g
r
e
j
a
d
e
S
ã
oTom
é,Toledo/Fotógrafo desconhecido
49
CAPÍTULO 3 | ENCONTRANDO O SAGRADO NA ARTE
OS MISTÉRIOS DA VIDA E DA
MORTE NAS CULTURAS
A vida renova-se constantemente, e as pessoas que por aqui passam deixam sua contribui-
ção para a humanidade, que continua sua caminhada no mundo. É importante entender a morte
como parte do ciclo de existência de cada um.
A vida é feita de muitos mistérios e temos as curiosidades: De onde viemos? Por que estamos
aqui? Para onde vamos? O ser humano sempre buscou respostas a essas perguntas para auxiliá-lo
a enfrentar os mistérios da existência: o nascimento, a vida e a morte.
Assim, os diferentes modos de viver levam a diversas interpretações a respeito da vida e do
que acontece depois da morte. De qualquer forma, desde os povos ancestrais, a morte sempre foi
vista como algo enigmático, misterioso.
enigmático: difícil de
compreender e de interpretar.
misterioso: que contém
algum mistério, um sentido
que está oculto.
É VERDADE! ALGUMAS
CULTURAS MANTÊM
A MEMÓRIA DE QUEM
JÁ MORREU. O QUE SE
ENTENDE SOBRE O PÓS-
-MORTE É UMA
EXPRESSÃO DAS CRENÇAS
RELIGIOSAS.
DEPOIS QUE COMECEI A
APRENDER SOBRE RITOS,
ENTENDI QUE A VIDA É
CHEIA DE CERIMÔNIAS QUE
CELEBRAM O NASCER, O
VIVER E ATÉ O MORRER.
QUANDO O ASSUNTO É O
QUE ACONTECE DEPOIS DA
MORTE, CADA PESSOA CRÊ
DE UM MODO DIFERENTE.
As tradições culturais e religiosas têm interpretações dife-
rentes para tais mistérios. Isso também ocorre em relação à mor-
te. Como vimos, existem ao menos quatro respostas para o que
acontece após a morte: a ressurreição, a reencarnação, a ances-
tralidade e o nada.
Dayane
Raven.
2016.
Digital.
Dayane
Raven.
2016.
Digital.
50 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
A figura de Jesus Cristo ressuscitado é o maior símbolo das religiões cristãs, compreendida
como sinal de um novo começo. Que tal montar um quebra-cabeça de uma pintura que represen-
ta a ressurreição? A obra é do alemão Matthias Grünewald, que viveu de 1470 a 1528.
Recorte as peças do quebra-cabeça da página 7 do material de apoio. Monte-as e cole-as a seguir.
1.
Orientações para a realização das atividades.
3
De que maneira você compreende essa pintura?
Pessoal. Espera-se que os alunos percebam a ressurreição, superando os dois momentos da morte de Jesus na pintura:
a crucificação e o túmulo (Santo Sepulcro).
Para os cristãos, a essência da fé está na ressurreição, vista como uma transformação. De que outras
maneiras uma pessoa pode se transformar?
Pessoal. O objetivo é que os alunos pensem nas possibilidades de mudança de atitudes, como passar a dividir o lanche
com os colegas, passar a ajudar nas tarefas da casa, decidir-se por agir com mais paciência, etc.
2.
3.
onte-as e cole-as a s
s
s
s
s
s
s
s
seg
e uir.
51
CAPÍTULO 3 | ENCONTRANDO O SAGRADO NA ARTE
Orientações para a abordagem do tema.
4
ANI.O livro dos mortos. [1300 a.C.]. 1 papiro.
Museu Britânico, Londres.
ESTA OBRA SE CHAMA O
LIVRO DOS MORTOS. ELA
FOI PRODUZIDA MAIS DE
1300 ANOS ANTES DO
NASCIMENTO DE CRISTO
E REPRESENTA COMO
OS ANTIGOS EGÍPCIOS
ENTENDIAM A MORTE E
O QUE ACREDITAVAM QUE
ACONTECIA DEPOIS DELA.
Dayane
Raven.
2016.
Digital.
A MORTE E AS ARTES
ESTA É UMA RÉPLICA
DO MAUSOLÉU DE
HALICARNASSO, O
LUXUOSO TÚMULO DO
GOVERNANTE PERSA
MAUSOLO, CONSTRUÍDO
353 ANOS ANTES
DO NASCIMENTO DE
CRISTO. SEU NOME DEU
ORIGEM AO TERMO
“MAUSOLÉU”, QUE HOJE
SIGNIFICA TÚMULO
GRANDIOSO.
!5pSOLFDGRW~PXORGH0DXVRORJRYHUQDQWHGR
,PSpULR3HUVDQDDQWLJDFLGDGHGH+DOLFDUQDVVR
atual Bodrum, na Turquia
©Museu Britânico, Londres
©Wikimedia Commons/Nevit Dilmen
52 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
ESTA É A ORIXÁ OYÁ OU
IANSÃ. NA TRADIÇÃO
DOS POVOS AFRICANOS
IORUBÁ, ELA GUIA OS
ESPÍRITOS DOS QUE
MORREM PARA O MUNDO
DOS MORTOS.
!Escultura de Iansã
!O Dia dos Mortos, celebração que mistura tradições
indígenas com as católicas, realizada no México
VEJA UMA FOTO DA
COMEMORAÇÃO DO DIA DOS
MORTOS, REALIZADA NO
MÉXICO PARA CELEBRAR A
VIDA DOS ANCESTRAIS.
ESSA É UMA DAS FESTAS
MEXICANAS MAIS ANIMADAS E
FOI DECLARADA PATRIMÔNIO
CULTURAL DA HUMANIDADE
PELA UNESCO.
!!!!
PELA UNESCO.
EST
IA
DO
IO
E
MO
©Wikimedia
Commons/Eurico
Zimbres
©Shutterstock/Kobby Dagan
MORENO, Tatti. Iansã. 1979. 1 escultura em
metal. Parque da Catacumba, Rio de Janeiro.
53
CAPÍTULO 3 | ENCONTRANDO O SAGRADO NA ARTE
Faça uma pesquisa sobre o Papiro de Ani, a versão mais conhecida de O Livro dos Mortos, feito mais
de 1300 anos antes do nascimento de Cristo. Anote, a seguir, qual era a crença egípcia acerca do pós-
-morte, especialmente em relação ao chamado Tribunal de Osíris.
O Livro dos Mortos continha orações e fórmulas que cada alma deveria recitar a Osíris no Julgamento, para que ela
fosse aceita no Paraíso. Os egípcios acreditavam que, após o falecimento, as almas seriam conduzidas pelo deus Anúbis
(representado como um homem com cabeça de chacal) até o Tribunal de Osíris, onde suas ações em vida seriam
julgadas para decidir seu destino. O coração do falecido era posto em uma balança, equiparado com uma pena
(que representava a deusa Maat e a verdade). Se o coração fosse mais leve do que a pena, a alma seguia para ser
interrogada pelo deus Osíris e teria a oportunidade de seguir para o Paraíso ou para o Inferno; se o coração fosse
mais pesado, a alma era devorada por uma criatura misto de hipopótamo, leão e crocodilo, chamada Ammit.
Entre as obras de arte apresentadas neste capítulo, de qual você mais gostou? Por quê?
Pessoal. Incentive os alunos a compartilhar suas opiniões sobre as obras de arte apresentadas e sua possível relação
com as crenças deles.
Sobre as obras de arte que tratam da morte como tema, assinale as afirmativas corretas.
( ) São obras que, geralmente, têm o objetivo de alertar as pessoas sobre os perigos da vida.
( X ) São maneiras de retratar as crenças do pós-morte.
( X ) Essas obras de arte podem ser feitas para expressar sentimentos de perda e de luto.
( ) Representam momentos felizes de alguém que já faleceu.
( X ) Os ritos fúnebres podem ser representados nessas obras.
( ) Não existem obras de arte que tratem da morte como tema.
1.
2.
3.
Orientações para a realização das atividades.
5
54 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
Nesta página, crie uma obra de arte com desenho, pintura ou colagem. Sua obra deve representar algo
que você considera sagrado.
4. p g
55
CAPÍTULO 3 | ENCONTRANDO O SAGRADO NA ARTE
ARTE PARA OS ANCESTRAIS
Os ancestrais são pessoas que viveram no passado e já faleceram, mas que deixaram ensina-
mentos e memórias importantes para seus descendentes. Esses ensinamentos e essas memórias
são transmitidos de geração em geração.
As religiões têm diferentes formas de expressar a importância dos ancestrais para as pessoas
e para as culturas. Por exemplo, a transmissão de mitos, a realização de ritos e celebrações em ho-
menagem aos que já se foram e a representação por meio de obras de arte.
!Algumas cerimônias do
budismo honram a vida
dos ancestrais; podem
ser realizadas em casa
ou em templos, em
cultos e ritos ligados aos
ciclos da natureza.
!Celebração em
homenagem aos
antepassados durante
o Festival de Qingming,
relacionado ao taoismo
!O afoxé Ylê de Egbá,
fundado em 1986, no
Recife, tem por objetivos
tratar da ancestralidade
africana e mostrar a
riqueza de seus heróis,
príncipes, reis e orixás.
!Entre os Iorubás, os
antepassados são os
aliados mais poderosos
para ajudar as pessoas
a evoluir. Simbolizam a
passagem do tempo e
a rapidez da existência
física.
!Máscara do Reino de
Benin (atual Nigéria):
homenagem à
ancestralidade
!Na Umbanda, os pretos-
-velhos representam
ancestralidade e
sabedoria
©iStockphoto.com/thongseedary
©Wikimedia
Commons/Museu
Metropolitano
de
Arte,
Nova
York/Steve
©Shutterstock/Anirut
Thailand
©Flickr/Micheline
Canal
©José
Zumba
©Selene
Rezende
ZUMBA, José. Preto velho IV.
1993. 1 pintura. Acervo Walter
Ferrari Filho.
PINGENTE representando a
máscara da rainha-mãe. Século
XVI. 1 escultura em marfim, ferro e
cobre, 23,8 cm × 12,7 cm × 8,3 cm.
Museu Metropolitano de Arte, Nova
Iorque.
56 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
Procure uma imagem de arte religiosa e cole-a no espaço a seguir. Pesquise e escreva o significado
dessa obra e o nome da religião que ela representa.
Orientações para a realização da atividade.
6
A cruz, quando é representada vazia, simboliza a ressurrei-
ção de Jesus. Vamos fazer uma obra de arte simbolizando atos
bons e transformadores que realizamos no nosso dia a dia?
Realize dez ações que possam ajudar a vida de outras pessoas.
A cada atitude praticada, desenhe uma flor na cruz e, ao lado de
cada flor, escreva o que você realizou.
1.
2.
Orientações para a realização das atividades.
7
se e escreva o significado
©Shu
tterst
ock/V
ladisC
hern
57
CAPÍTULO 3 | ENCONTRANDO O SAGRADO NA ARTE
Mosaicos são
montagens coloridas feitas
com pequenos pedaços
de vidro, pedra ou outros
materiais, colados muito
próximos uns dos outros,
formando desenhos.
Podem retratar seres e
objetos ou, como na arte
islâmica, figuras e formas
geométricas.
A ARTE E AS RELIGIÕES
A arte toca as pessoas por meio de linguagens e formas, como: arquitetura, pintura, escultura,
desenho, música, dança e outras. Essas demonstrações artísticas transmitem aspectos de diferentes
culturas. Por isso, espaços e construções especiais, religiosos ou não, usam a arte para revelar a be-
leza, provocando nossa sensibilidade, e também para manter vivos certos conhecimentos. Do mes-
mo modo, os livros religiosos podem ser produzidos, decorados e ilustrados de maneira artística.
Os templos e outros locais sagrados consideram a fé das pessoas que se reúnem ali, mas
também são construídos e decorados de acordo com a cultura da região em que se encontram e
com o estilo seguido pelo artista que os projetou. Algumas expressões de arte encontradas nesses
espaços são: as pinturas, os entalhes, os mosaicos, os ícones, os vitrais. Além de serem decorativas,
essas obras podem relembrar pessoas e entidades importantes para um grupo religioso (divinda-
des, santos, etc.) e ensinar ou ilustrar cenas significativas e trechos de narrativas sagradas. Alguns
templos são decorados ainda com formas geométricas e livres, ou com figuras significativas, como
as mandalas.
Orientações para a abordagem do tema.
8
!Mosaico islâmico em São Paulo
©Wikimedia
Commons/Fulvio
Spada
58 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
A PALAVRA “MANDALA” VEM
DO SÂNSCRITO E SIGNIFICA
“CÍRCULO”.
!Ícone de
Cristo
Pantocrator
do Sinai
Ícones são representações de personagens sagrados ou
cenas por meio de pintura ou gravura. São essenciais nos
cultos da Igreja Ortodoxa.
AS MANDALAS FAZEM PARTE
DE VÁRIAS RELIGIÕES,
MAS TAMBÉM PODEM SER
UTILIZADAS COMO OBRAS DE
ARTE, SEM SE ASSOCIAREM A
UMA RELIGIÃO.
A PA
DO
AS M
D
MA
UTIL
ARTE
Os vitrais são obras feitas com pedaços de vidro
colorido, frequentes nas igrejas do Catolicismo.
As mandalas são figuras circulares que contêm muitos
detalhes. Representam a relação do ser humano com o
Universo e estão presentes em diversas culturas.
©Mosteiro
de
Santa
Catarina,
Monte
Sinai,
Egito
©Wikimedia
Commons/Andreas
Praefcke
O BOM PASTOR. 1920. 1 vitral. Catedral
Católica Romana de Nossa Senhora dos
Anjos, Los Angeles.
CRISTO Pantocrator do Sinai.
Século VI. 1 pintura encáustica,
color., 84 cm × 45,5 cm.
Mosteiro de Santa Catarina,
Monte Sinai, Egito.
©Shutterstock/ViSnezh
Dayane
Raven.
2016.
Digital.
59
A imagem a seguir é um exemplo de mandala. Pinte-a com as cores que preferir.
1.
Orientações para a realização das atividades e sugestão de atividades.
9
Agora, crie uma imagem artística utilizando formas geométricas e livres para expressar como você
entende a relação do ser humano com o Universo.
2.
©Shutterstock/Ira
Mukti
60 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
A DANÇA E O SAGRADO
A dança é uma manifestação artística praticada de forma individual ou coletiva. Em alguns
contextos, ela está associada a ritos religiosos, sendo considerada um ato sagrado. Trata-se de uma
manifestação humana muito antiga, presente nas mais diversas culturas.
Em diferentes épocas e lugares, a dança foi, e ainda é, realizada para celebrar momentos
importantes da vida, como o nascimento, a maturidade, o casamento, a morte, a guerra, o traba-
lho e os ciclos da natureza (tempo de plantar ou de colher, chegada de uma estação, etc.). Além
de ser uma forma de arte, a dança proporciona alegria e o encontro entre as pessoas, reforçando
seus laços comunitários. Também faz parte
de ritos e celebrações de diferentes grupos
religiosos, como meio de se aproximar do
sagrado para agradecer ou para pedir o au-
xílio divino.
Em cada situação cultural, comemo-
ração ou rito religioso, a dança é formada
por um conjunto próprio de passos e ges-
tos. Muitas vezes, é realizada por um grupo
de pessoas reunidas em uma roda. Nesses
casos, é conhecida como dança circular.
Orientações para a abordagem do tema.
10
©Sh
utte
rstoc
k/Kz
enon
©Shutterstock/Marcel
Jancovic
©Shutterstock/Rajesh
Narayanan
©Shutterstock/Master1305
©S
hu
tte
rst
oc
k/C
ris
tia
n
Za
m
fir
61
CAPÍTULO 3 | ENCONTRANDO O SAGRADO NA ARTE
Formem quatro grupos e sigam as orientações do professor para realizar uma pesquisa sobre algumas
danças existentes no Brasil.
1.
Orientações para a realização das atividades.
12
Cada grupo deve produzir um texto coletivo com o resultado das pesquisas e ler seu conteúdo para
compartilhar o aprendizado com os demais colegas.
2.
Vimos que as danças circulares, ou dan-
ças de roda, são praticadas em diferentes lo-
cais e culturas. Podem ser danças tradicionais,
comemorativas, folclóricas e até religiosas.
São coletivas e acontecem na forma de uma
roda, proporcionando aos participantes sen-
timentos de união e de pertencimento a um
grupo. Além do contato físico, por estarem de
mãos dadas, os participantes cantam juntos a
mesma melodia e realizam passos iguais.
Orientações para a realização da atividade e sugestão de atividades.
11
Vamos fazer uma brincadeira em forma de dança de roda.
a) Escolham uma música e, juntos, realizem uma dança de roda. De mãos dadas, todos devem
fazer gestos e passos iguais.
b) Depois de dançar, diga: Como você se sentiu durante a prática? Por quê?
Neste capítulo, vimos que o ser humano se expressa por meio da arte. Ela pode dar origem
a manifestações individuais ou coletivas com influência da cultura em que se vive e pode ter
significados religiosos. Por meio da escultura, da pintura, da música e da dança, por exemplo, a arte
pode ser um meio de expressar a fé e os sentimentos mais profundos das crenças religiosas.
©Shutterstock/Ayelet-keshet
62 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
Leia com atenção o texto a seguir.
1.
Encaminhamento metodológico e sugestão de atividades.
13
Criança cadeirante dança balé com amiga de escola de 6 anos
Uma história linda surgiu da amizade das crianças Antônio – que é cadeirante – e Alícia, ambas
de 6 anos de idade. [...] convidados assistiram a uma coreografia feita pelas duas crianças, que são
melhores amigos na escola. [...]
A professora Cleide Fernando explicou por que escolheu os dois para representar a turma na
apresentação do Dia das Mães. “Notei a amizade e cumplicidade deles na aula de dança. E a dança é
isso: superação, não tem limites. Por meio da dança, eles estão aqui. Antônio é o primeiro cadeirante
que coreografei, e eles conseguiram absorver a dança muito bem”, contou.
[...]
As crianças falaram da amizade entre eles (sic) e encantaram a todos. [...]
Converse com os colegas sobre o texto e responda às perguntas:
a) Você considera que a dança pode ser um meio de inclusão social? Explique.
Pessoal. Espera-se que os alunos percebam que a dança pode incluir pessoas de diversas classes sociais
e com deficiências e habilidades diferentes. No caso da reportagem, o menino cadeirante foi o primeiro
a ser coreografado pela professora, o que representa a novidade dessa forma de inclusão.
b) Em sua opinião, por que as pessoas gostam de dançar?
Pessoal. Espera-se que os alunos percebam que a dança pode ser apreciada por diversos motivos, entre
eles, o religioso.
c) O que a dança pode fazer pelas pessoas?
Pessoal. Espera-se que os alunos percebam que a dança pode fazer bem para a saúde física, emocional e
espiritual, além de contribuir para a sociabilização e a superação de desafios.
2.
CRIANÇA cadeirante dança balé com amiga de escola de 6 anos. Disponível em: http://gshow.globo.com/programas/
encontro-com-fatima-bernardes/O-Programa/noticia/2015/06/emocao-crianca-cadeirante-danca-bale-com-amiga-de-escola-
de-6-anos.html. Acesso em: 16 jun. 2019.
63
CAPÍTULO 3 | ENCONTRANDO O SAGRADO NA ARTE
CAPÍTULO
DESCOBRINDO A
DIVINDADE
4
64
Orientações para a abordagem do capítulo.
1
Neste capítulo, você vai aprender que a divindade,
ou o transcendente, pode ser representada de diferentes
formas, de acordo com as crenças religiosas. Porém, há re-
ligiões que acreditam no mesmo Deus, como ocorre com o
Cristianismo, o Judaísmo e o Islamismo.
Dayane
Raven.
2016.
Digital.
65
Se você acredita em uma divindade, desenhe em uma folha como a imagina. No verso da folha, escre-
va o nome e as características da divindade que você desenhou.
Em uma roda de conversa, apresente seu desenho aos colegas e observe a produção deles.
Leia o texto a seguir.
1.
2.
3.
Orientações para a realização das atividades.
2
O poder de um sorriso
Havia um pequeno menino que queria se encontrar com Deus. [...]
Quando ele andou umas três quadras, encontrou um velhinho sentado em um banco da praça
olhando os pássaros. O menino sentou-se junto dele, abriu sua mochila, e ia tomar um gole de guaraná,
quando olhou o velhinho e viu que ele estava com fome, então ofereceu-lhe um pastel.
O velhinho muito agradecido aceitou e sorriu ao menino. Seu sorriso era tão incrível que o menino
quis ver de novo, então ele ofereceu-lhe seu guaraná. Mais uma vez o velhinho sorriu ao menino. O
menino estava muito feliz. Ficaram sentados ali sorrindo, comendo pastel e bebendo guaraná pelo resto
da tarde sem falarem um ao outro.
Quando começou a escurecer o menino estava cansado e resolveu voltar para casa, mas antes de sair
ele se voltou e deu um grande abraço no velhinho. [...]
Quando o menino entrou em casa, sua mãe surpresa perguntou ao ver a felicidade estampada em
sua face: “O que você fez hoje que te deixou tão feliz?”. Ele respondeu: “Passei a tarde com Deus.” E
acrescentou: “Você sabe, ele tem o mais lindo sorriso que eu jamais vi.”
O PODER de um sorriso. Disponível em: https://www.acidigital.com/Historias/sorriso.htm. Acesso em: 11 abr. 2019.
Retome com os colegas os desenhos observados na atividade 2 e responda:
a) Alguém desenhou uma divindade como um senhor idoso? E como uma criança?
b) Na opinião de vocês, por que algumas pessoas imaginam Deus como um senhor idoso?
4.
Dayane
Raven.
2016.
Digital.
Enquanto isso, o velhinho chegou em casa radiante,
e seu filho perguntou: “Por onde você esteve que te
deixou tão feliz?” Ele respondeu: “Comi pastéis e tomei
guaraná no parque com Deus”. Antes que seu filho
pudesse dizer algo, ele falou: “Você sabe que ele é bem
mais jovem do que eu pensava?” [...]
66 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
O QUE É TRANSCENDÊNCIA?
Transcender significa ultrapassar um limite. No caso das religiões, as palavras transcendên-
cia e transcendente referem-se àquilo que está além da realidade concreta e visível deste mundo,
por exemplo, o sagrado e os poderes (sobrenaturais ou milagrosos) que estão acima das capa-
cidades comuns do ser humano. O transcendente pode ser compreendido como Deus ou uma
divindade suprema.
Dessa forma, transcendente é aquilo que transcende, ou seja, que está além do ser humano,
e pode ser representado de variadas formas, em diferentes períodos e lugares. Diversas religiões
acreditam que essas representações ajudam na comunicação com o transcendente. Assim, as di-
vindades eram cultuadas desde tempos remotos, e ainda o são, recebendo pedidos, orações e
oferendas.
NÃO CONSIGO
PASSAR DESSA
FASE, ABNER!
É QUE VOCÊ NÃO CONHECE
OS PODERES DESSES
DEUSES DO JOGO!
Dayane
Raven.
2016.
Digital.
67
CAPÍTULO 4 | DESCOBRINDO A DIVINDADE
Reflita e discuta com os colegas e o professor este assunto: O que significam os termos Deus, divino
e divindade, na sua opinião?
Agora, pesquise os significados dessas palavras no dicionário e os anote a seguir.
Deus
Se necessário, auxilie os alunos a perceber a definição mais adequada ao contexto. O sentido mais próximo da
compreensão nessa faixa etária, segundo o Dicionário Aurélio (2010), é o de“ser infinito, perfeito, criador do
Universo”. Outras definições podem ser encontradas, caso sejam consultados outros dicionários, ou mesmo um
de termos religiosos. Por exemplo: ser supremo, espírito infinito e eterno, criador e preservador do Universo, etc.
Divino
Se necessário, auxilie os alunos a perceber a definição mais adequada ao contexto. Segundo o Dicionário
Aurélio (2010): Respeitante ou pertencente a Deus. [...] Proveniente de Deus; concedido por Deus. [...] Sobrena-
tural, sublime. Perfeito [...]”.
Divindade
Se necessário, auxilie os alunos a perceber a definição mais adequada ao contexto. Segundo o Dicionário
Aurélio (2010):“Qualidade de divino. Natureza divina. Deus. Coisa ou pessoa que se adora. Deidade [...]”.
Compartilhe com os colegas os significados que você encontrou e considere os que foram encontra-
dos por eles.
Com base nos significados obtidos, escreva como você entende o que é Deus, divino, divindade e
transcendência.
Pessoal. Incentive os alunos a comparar suas respostas na atividade 1 com as definições encontradas nos dicionários.
1.
2.
3.
4.
Orientações para a realização das atividades e sugestão de atividades.
3
68 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
Você sabia?
Antes da invenção da escrita, muitos registros humanos foram deixados em forma de pinturas
rupestres. Algumas delas representam animais e cenas do cotidiano. Acredita-se que os seres humanos
pré-históricos atribuíam poderes mágicos a essas pinturas, ou seja, imaginavam que aquilo que retratassem
aconteceria na vida real. Assim, cenas de caçada teriam sido desenhadas para que os caçadores reais
obtivessem sucesso em suas tentativas.
Orientações para a abordagem do tema e sugestão de atividades.
4
Acredita-se ainda que as pinturas rupestres não represen-
tavam apenas os animais, mas o espírito deles, invocado pelo
xamã. Este é um personagem tribal que exerce diversas funções,
como as de sacerdote, curandeiro e estudioso do poder de cura
das plantas. Pode também atuar como músico e narrador das
tradições e dos fatos importantes de um povo. Por isso, ele é con-
siderado guardião dos mitos e das histórias do seu povo. Durante
os ritos religiosos, ele recorre a espíritos dos falecidos, de animais,
de elementos da natureza e de divindades.
pinturas rupestres:
pinturas encontradas em
cavernas e rochas, feitas com
tintas naturais (produzidas
com plantas, frutas, sangue
de animais, carvão e outros
elementos da natureza).
©Wikimedia
Commons/Augusto
Pessoa
69
CAPÍTULO 4 | DESCOBRINDO A DIVINDADE
Orientações para a realização das atividades.
5
Islamismo
Indígena
Oxalá
Guaraci
Sem divindade
Javé
Allah
Deus
Espiritismo
Budismo
Religiões Protestantes/
Evangélicas
Catolicismo
Umbanda
Judaísmo
Você conhece os nomes do transcendente nas religiões?
Observe os itens a seguir e associe cada personagem à sua religião e ao nome da divindade em que
acredita.
1.
Dayane
Raven.
2016.
Digital.
70 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
No espaço a seguir, apresente de forma artística em que você crê. Pode ser o transcendente ou algo
que não seja religioso. O importante é que você demonstre qual é a sua convicção.
2.
Descreva seu desenho e explique o porquê da sua crença.
3.
nvicção.
71
CAPÍTULO 4 | DESCOBRINDO A DIVINDADE
DEUS QUE É UM
Algumas das grandes religiões do mundo, como o Cristianismo, o Judaísmo e o Islamismo,
creem que há um único Deus.
Encaminhamento metodológico.
6
Realize um acróstico com a palavra Deus. Para isso, utilize as palavras dos livros sagrados acima para
definir Deus nessas religiões.
Dayane
Raven.
2016.
Digital.
SURATA. In: O ALCORÃO Sagrado.
Tradução de Samir El Hayek. LCC Publicações
Eletrônicas. 59, 22-24.
“Ele é Deus; não há mais divindade além
d'Ele, Soberano, Augusto, Pacífico [...]. Tudo
quanto existe nos céus e na terra glorifica-O,
porque é o Poderoso, o Prudentíssimo.”
ISAÍAS. In: BÍBLIA Hebraica Stuttgartensia. Cap. 44,
vers. 6. v. 3. [s.p.]. E-book.
“Assim diz Iahweh, o rei de Israel,
Iahweh dos Exércitos, o seu redentor: Eu
sou o primeiro e o último, fora de mim
não há Deus”.
“Eu sou o Senhor, e não há nenhum
outro; não há outro Deus além de mim.
[...]”.
D
E
U
S
ISAÍAS. In: NOVA Bíblia Viva. São Paulo: Mundo
Cristão, 2010. p. 606. Cap. 45, vers. 5.
72 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
OS MISTÉRIOS DIVINOS
Encaminhamento metodológico.
7
Leia o texto a seguir e depois
responda.
A HISTÓRIA do “Grande Espírito”. Revista Mundo e Missão, São Paulo, ano 22, n. 197, nov. 2015.
De que maneira os animais acharam que encontrariam o Grande Espírito? Na história, como isso
ocorreu?
Os animais esperavam que o Grande Espírito se manifestasse como uma entidade, que aparecesse diante de seus
olhos. Entretanto, os animais sentiram a presença da sua divindade ao compartilhar alimentos, unidos e alegres.
Nesse sentido, o Grande Espírito representa a paz e a união.
Orientações para a realização da atividade.
9
O QUE VOCÊ ENTENDE PELA
PALAVRA “MISTÉRIO”?
VOCÊ JÁ ASSISTIU A UM FILME
OU LEU UMA HISTÓRIA QUE
TINHA ALGUM MISTÉRIO A SER
DESVENDADO?
A
ME
E
SER
A história do “Grande Espírito”
Era uma vez uma grande assembleia de bichos. Vieram de toda parte para conhecer e falar com o
Grande Espírito, criador e mantenedor da vida que ia se manifestar. Pensando que poderia demorar vários
dias, cada um trouxe comida dentro de um pote de barro. Tinha pote de todo tipo: pintado, com alças,
com tampa, sem tampa, redondo, oval, com desenhos, simples. Um espetáculo!
Puseram-se a rezar e a refletir, mas nada de o Grande Espírito aparecer. Passou tempo. Ficaram com
fome. Cada um foi para seu lado comer. A onça tinha trazido só piracuí (farinha de peixe), a cutia só
pimenta, o jacaré só tucupi (sumo da mandioca brava), o macaco só farinha de mandioca, o veado só
trouxe água, e assim por diante. Cada um se satisfez e voltaram a rezar e a refletir. Continuaram assim
durante três dias. Estavam cansados de esperar, cansados de sempre comer a mesma coisa; começaram a
ficar irritados uns com os outros. Até duvidaram do Grande Espírito, pois este não aparecia mesmo.
Aí, neste terceiro dia, o filhote da onça foi brincar com o filhote da cutia e lhe disse: “Vamos misturar
pimenta de vocês com nosso piracuí e ver no que dá!”. Dito e feito. Ficou gostoso! Eles ficaram alegres e
os outros filhotes os imitaram: se aproximaram com farinha, tucupi, água. As mães, vendo aquilo, em dois
tempos arrumaram uma mesa grande onde todos os potes de comida foram colocados em comum. Todo
mundo veio e fizeram o maior banquete, bonito e alegre.
Neste dia, neste banquete, conheceram o Grande Espírito.
Encaminhamento metodológico.
8
Dayane
Raven.
2016.
Digital.
73
CAPÍTULO 4 | DESCOBRINDO A DIVINDADE
Nahistória,osfilhotestiveramaideiadejuntarosalimentosparaquetodospudessemaproveitara
contribuição de cada um. Agiram assim por pensar no bem de todos e não apenas no próprio interesse.
Organize com os colegas e o professor uma campanha de arrecadação de alimentos, roupas, brinque-
dos ou outros itens. Para isso, escolham uma instituição que esteja precisando de doações e façam
outras pessoas felizes!
Descreva no caderno como foi a preparação da atividade e a entrega da doação. Depois, escreva como
você se sentiu após essa ação.
DEUS UNO-TRINO
1.
2.
Orientações para a realização das atividades.
10
Pesquise no dicionário e registre os significados das palavras a seguir.
a) Uno: Único. b) Trino: Composto de três elementos.
PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO
Orientações para a realização da atividade.
11
Para o Cristianismo, Deus é uno e, ao mesmo tempo, trino.
Esse conceito é conhecido como “trindade” e significa que Deus
é entendido como a unidade entre Pai, Filho e Espírito Santo. Essa
é a compreensão da maioria dos cristãos católicos, evangélicos
e ortodoxos que reconhecem Jesus Cristo como o filho de Deus.
RINO
SERÁ QUE NOSSOS
AMIGOS SABEM O
QUE SIGNIFICAM
ESSES TERMOS?
PARA O
CRISTIANISMO, DEUS
É UNO E TRINO AO
MESMO TEMPO!
EUS
AO
O!
M
a
r
c
e
l
o
B
i
t
t
e
n
c
o
u
r
t
.
2
0
1
6
.
D
i
g
i
t
a
l
.
Dayane Raven. 2016. Digital.
74 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
Para entender melhor como“três”podem ser“um”, você vai precisar de três cores diferentes de massa
de modelar. Agora, siga as orientações a seguir.
a) Faça três rolinhos de massinha, cada rolinho de uma cor diferente.
b) Faça uma trança com eles.
c) Desenhe neste espaço o que você fez com a massa de modelar.
1.
d) Os rolinhos estão juntos; mas é possível distinguir cada cor?
Pessoal. Espera-se que seja possível distinguir cada cor.
Relacione a trança de massa de modelar com a frase: No Cristianismo, Deus é entendido como uma
trindade, ou seja, como a unidade entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. O que é possível compreender
dessa frase por meio da experiência de confeccionar a trança?
Pessoal. Espera-se que os alunos compreendam que as unidades Pai, Filho e Espírito Santo podem ser vistas em sua
representação individual (como os rolinhos), mas que juntas se tornam uma nova unidade, a trindade (como a trança).
2.
Orientações para a realização das atividades.
12
75
CAPÍTULO 4 | DESCOBRINDO A DIVINDADE
As diferentes crenças do ser humano influenciam o comportamento que ele tem com o pró-
ximo e com a natureza. Reconhecer que existem diferentes entendimentos do sagrado é uma forma
de respeitar o outro. Assim, respeitar a relação que cada pessoa tem com Deus ou com os deuses em
que acredita é uma maneira de conviver bem, fazendo valer os direitos humanos e a liberdade.
!Omolu
!Ogum
!Iemanjá
Danilo
Dourado
Santos.
2019.
Digital.
DEUS NO PLURAL
No passado, as religiões praticadas na Grécia Antiga, em Roma, no Egito e em outras regiões
do mundo se baseavam na existência de diferentes deuses relacionados às forças da natureza. Cada
divindade tinha uma personalidade própria e era responsável por algum elemento da natureza ou
da vida humana. Algumas dessas divindades eram representadas como figuras humanas e outras,
como figuras compostas de partes humanas e partes de animais. Os deuses gregos, por exemplo,
eram semelhantes aos seres humanos e, portanto, tinham qualidades e defeitos. Além disso, os
gregos acreditavam que, em diversas situações, os deuses deixavam o Monte Olimpo, onde viviam,
para interagir com os mortais.
Atualmente, ainda há religiões, de diferentes lugares do mundo, que acreditam em vários
deuses; por exemplo, o Hinduísmo, o Xintoísmo, a Wicca e religiões africanas e afro-brasileiras,
como o Candomblé. As divindades africanas, conhecidas como Orixás e presentes nas religiões
afro-brasileiras, reúnem características humanas com as de elementos e forças da natureza, como
as águas, o fogo e outros.
q
76 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
DIVINDADES NO HINDUÍSMO
Vimos que o Hinduísmo é um exemplo de religião que
acredita em várias divindades. Observe, a seguir, as representações
artísticas de algumas divindades dessa religião.
s des
e sa religião.
©Wikimedia
Commons/AngMoKio
Orientações para a abordagem do tema e sugestão de atividades.
13
©Wi
kime
dia
Com
mon
s/UB
C
Mus
eum
of
Anth
ropo
logy
ue
es
©Wikimedia
Commons/AngMoKio
©Wikimedia
Commons/Victoria
and
Albert
Museum,
Londres
©Wikimedia
Commons/Honolulu
Museum
of
Art/Hiart
©Wikimedia
Commons/WL
©W
ikim
ed
ia
Co
mm
on
s/C
lem
en
sm
ara
bu
©W
ikim
edi
a
Co
mm
on
s/P
ete
r
Blo
hm
©Shutterstock/Dipak
Shelare
©
W
i
k
i
m
e
d
i
a
C
o
m
m
o
n
s
/
A
u
g
u
s
t
u
s
B
i
n
u
!Divindade Shiva
!Divindade Krishna
!Divindade Muruga
!Divindade Matsya
!Divindades Brahma,
Vishnu e Shiva
!Divindade Shiva
!Divindades Gorabhairava,
Bahuchara e Kalabhairav
!Divindade Vessavana
!Divindade Lakshmi
77
©Wikimedia Commons/Tris T7
Entre as diversas divindades do Hinduísmo, há três deuses principais:
Brahma, o criador do Universo: pode ser representado com quatro cabeças, que simbolizam
os quatro Vedas (textos sagrados hinduístas).
Vishnu, o preservador do Universo: é associado ao Sol e representa aspectos como o amor, a
verdade, a lei e a piedade.
Shiva, o deus da destruição, mas também do renascimento e da transformação.
Esses três deuses, Shiva, Vishnu e Brahma, em equilíbrio, formam o Brahman, um deus só:
trino e uno.
!Brahma
!Vishnu
©Shutterstock/AdalyanSona
©Wikimedia
Commons/Ramanarayanadatta
astri
!Shiva
78 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
Em cada região da Índia, as pessoas se aproximam mais de uma ou de algumas das diversas
divindades do Hinduísmo. Entre as mais populares, podem ser citadas Ganesha e Krishna. Ganesha
supera todos os obstáculos e é o deus dos novos empreendimentos. Krishna, por sua vez, repre-
senta a verdade absoluta.
!Ganesha !Krishna
Você sabia?
Orientações para a abordagem do tema.
14
As vacas são sagradas para os
hinduístas. Segundo a crença
desse grupo religioso, elas são a
montaria do deus Shiva. Em sinal
de respeito, os hinduístas não
se alimentam da carne desses
animais.
Em algumas regiões da Índia,
o rato e o búfalo também são
considerados animais sagrados
e, portanto, não podem ser
maltratados ou mortos.
!Vacas, animais sagrados para os hinduístas
©Wikimedia
Commons/Adityamadhav83
©Fotoarena/Alamy
©Shutterstock/LenaVolkova
79
CAPÍTULO 4 | DESCOBRINDO A DIVINDADE
Vamos brincar com o Jogo da memória?
a) Recorte as peças das páginas 9 e 11 do material de apoio.
b) Convide um colega para jogar com você.
c) Misturem as cartas dos dois jogos e deixe-as viradas para baixo.
d) Decidam quem iniciará o jogo.
e) Encontrem a carta com uma imagem e a carta
com o seu significado na mesma rodada.
f) Quem acertar poderá jogar mais uma vez.
Depois de jogar, cole as peças do jogo no caderno, mantendo a correspondência entre as imagens e
seus significados.
Crie um jogo de memória para relembrar os assuntos que você estudou ao longo do ano. Para isso, use
os moldes de cartas das páginas 13 e 15 do material de apoio.
1.
2.
3.
Orientações para a realização das atividades.
15
Encaminhamento didático.
16
Neste volume, foi possível pensar em diferentes etapas da vida e nas crenças que envolvem esses ciclos!
Você aprendeu sobre os ritos de batismo das religiões cristãs e afro-brasileiras e a apresentação da criança
nas comunidades religiosas do Judaísmo, do Islamismo e dos povos indígenas. Aprendeu também como
as religiões celebram o casamento e as particularidades de cada crença nos ritos fúnebres. Compreendeu
que cada religião tem ideias diferentes sobre o pós-morte, como a reencarnação, a ressurreição e a
ancestralidade, e que existem crenças não religiosas a respeito, como a ideia do nada.
Você conheceu ainda exemplos de como as noções de morte e de sagrado podem ser representadas por
meio de pinturas, esculturas, vitrais e ícones. Além disso, aprendeu que as religiões podem crer em uma ou
mais divindades e que há religiões sem divindades, como o Budismo.
Refletir sobre as etapas da vida e seus ritos em diferentes religiões reaviva o planejamento de vida
baseado na religião e nas crenças de cada um. Perceber que existem outras religiões que abordam temas
semelhantes nos auxilia a perceber que não estamos sozinhos e que muitas pessoas se baseiam em uma
religião para traçar suas vidas.
aç
açar
ar sua
u s
s vi
vida
d s.
Dica: Procurem deixar as
peças nos mesmos lugares
ao virá-las no jogo.
Dayane
Raven.
2016.
Digital.
80
JOGO TRILHA DA VIDA – TABULEIRO
Página 45
O pneu
do carro
dos noivos
furou.
Volte 1 casa.
Flor de lótus.
Avance 3 casas.
O noivo
fugiu.
Retorne
para o
início do
jogo.
Dayane
Raven.
2019.
Digital.
1
MATERIAL DE APOIO
JOGO TRILHA DA VIDA – TABULEIRO
Página 45
Cole
aqui
a
continuação
do
seu
tabuleiro
Que
alegria, um
nascimento!
Avance 2
casas.
Fim do
jogo
Cerimônia religiosa da
morte da avó de Leza.
Deixe de jogar 1 vez.
?
3
MATERIAL DE APOIO
Casa 3 – Pergunta:
Qual é o personagem que,
quando nasceu, foi apresentado
à comunidade judaica, assim
recebendo o seu nome?
Se acertar a resposta,
avance 2 casas.
Casa 5 – Pergunta:
Qual é o nome do personagem
cuja religião geralmente realiza
o batizado na adolescência ou
quando a pessoa é adulta?
Se acertar a resposta,
avance 2 casas.
Casa 9 – Pergunta:
Qual é o nome do
personagem em cuja religião, na
cerimônia de casamento, a noiva
tradicionalmente escolhe a cor do
vestido?
Se acertar a resposta,
avance 2 casas.
Casa 13 – Pergunta:
Qual é o nome do personagem
cujo batismo acontece no terreiro,
ou em um rio, sob a proteção de
orixás?
Se acertar a resposta,
avance 2 casas.
Casa 16 – Pergunta:
Qual é o nome do personagem
em cuja religião o falecido é
lavado com água e depois vestido
com vestes brancas?
Se acertar a resposta,
avance 2 casas.
Casa 20 – Pergunta:
Qual o nome do personagem
da comunidade religiosa que
acredita que, quando uma pessoa
morre, pode habitar o corpo de
um animal?
Se acertar a resposta,
avance 2 casas.
Casa 22 – Pergunta:
Quais os nomes dos
personagens pertencentes a
religiões que acreditam na
ressurreição, isto é, na vida eterna?
Se acertar a resposta,
avance 2 casas.
Resposta:
Abner.
Resposta:
Sikulume.
Resposta:
Dulce
e
Felipe.
Resposta:
Felipe.
Resposta:
Yurem.
Resposta:
Manjari.
Resposta:
Potira.
cole
aqui
cole aqui
cole
aqui
cole
aqui
cole
aqui
cole
aqui
cole
aqui
dobra
JOGO TRILHA DA VIDA – CARTAS E DADO
Página 45
5
MATERIAL DE APOIO
? ? ?
? ? ?
?
GRUNEWALD,
Mathias.
A
ressurreição
de
Cristo
.
[1512-1516].
1
têmpera
e
óleo
sobre
madeira,
269
cm
×
141
cm.
Altar
de
Isenheimer,
Museu
Unterlinden,
Colmar.
QUEBRA-CABEÇA DA RESSURREIÇÃO
Página 51
©Museu
de
Unterlinden,
Colmar,
França
7
MATERIAL DE APOIO
JOGO DA MEMÓRIA
Página 80
Marcelo Bit
t
e
n
c
o
u
r
t
.
2
0
1
6
.
D
i
g
i
t
a
l
.
©Glow
Images/Deposit
Photos/Malgorzata_Kistryn
©Shutterstock/AdalyanSona
©Wikimedia
Commons/Ramanarayanadatta
astri
©Wikimedia
Commons/Tris
T7
©Wikimedia
Commons/Adityamadhav83
Danilo
Dourado
Santos.
2019.
Digital.
Danilo
Dourado
Santos.
2019.
Digital.
Danilo
Dourado
Santos.
2019.
Digital.
9
MATERIAL DE APOIO
OGUM
ORIXÁ GUERREIRO,
DE ACORDO COM AS
RELIGIÕES
AFRO-BRASILEIRAS.
GANESHA
SUPERA TODOS OS
OBSTÁCULOS. É
DEUS DOS NOVOS
EMPREENDIMENTOS.
OMOLU
ORIXÁ CONSIDERADO
SENHOR DAS DOENÇAS
NAS RELIGIÕES
AFRO-BRASILEIRAS.
IEMANJÁ
ORIXÁ DAS ÁGUAS
SALGADAS, RAINHA
DO MAR, SEGUNDO
AS RELIGIÕES
AFRO-BRASILEIRAS.
VISHNU
É ASSOCIADO AO
SOL, PRESERVA O
UNIVERSO E REPRESENTA
O AMOR, A VERDADE,
A LEI E A PIEDADE.
KRISHNA
NO HINDUÍSMO,
REPRESENTA A
VERDADE
ABSOLUTA.
SHIVA
É O DEUS DA
DESTRUIÇÃO,
MAS TAMBÉM DO
RENASCIMENTO
SEM FIM.
TRINDADE
NO CRISTIANISMO,
DEUS É UNO E TRINO,
OU SEJA, É ENTENDIDO
COMO UNIDADE ENTRE
PAI, FILHO E ESPÍRITO
SANTO.
BRAHMA
CRIADOR DO UNIVERSO,
É REPRESENTADO POR
QUATRO CABEÇAS
QUE SIMBOLIZAM AS
UNIDADES DOS VEDAS.
JOGO DA MEMÓRIA
Página 80
11
MATERIAL DE APOIO
JOGO DA MEMÓRIA
ASSUNTOS ESTUDADOS AO LONGO DO ANO
Página 80
13
MATERIAL DE APOIO
JOGO DA MEMÓRIA
ASSUNTOS ESTUDADOS AO LONGO DO ANO
Página 80
15
MATERIAL DE APOIO
LIVRO DO
PROFESSOR
VOLUME4
1.
a
edição
Curitiba - 2019
CLAUDIA REGINA KLUCK
GISELE MAZZAROLLO
SONIA DE ITOZ
Presidente Ruben Formighieri
Diretor-Geral Emerson Walter dos Santos
Diretor Editorial Joseph Razouk Junior
Gerente Editorial Júlio Röcker Neto
Gerente de Produção Editorial Cláudio Espósito Godoy
Coordenação Editorial Jeferson Freitas
Coordenação de Arte Elvira Fogaça Cilka
Coordenação de Iconografia Janine Perucci
Autoria Gisele Mazzarollo
Reformulação dos originais de
Claudia Regina Kluck e Sonia de Itoz
Edição de conteúdo LysvaniaVillela Cordeiro (Coord.) e
Michele Czaikoski Silva
Edição de texto Giorgio Calixto de Andrade e
Mariana Bordignon Strachulski de Souza
Revisão João Rodrigues
Consultoria Sérgio Rogerio Azevedo Junqueira
Capa Doma.ag
Imagens: ©Shutterstock
Projeto Gráfico Evandro Pissaia
Imagens: ©Shutterstock/
KanokpolTokumhnerd/Zaie
Ícones: PatríciaTiyemi
Edição de Arte e Editoração Debora Scarante e Evandro Pissaia
Pesquisa iconográfica Junior Guilherme Madalosso
Ilustrações Dayane Raven e Danilo Dourado Santos
Engenharia de Produto Solange Szabelski Druszcz
Todos os direitos reservados à
Editora Piá Ltda.
Rua Senador Accioly Filho, 431
81310-000 – Curitiba – PR
Site: www.editorapia.com.br
Fale com a gente: 0800 41 3435
Impressão e acabamento
Gráfica e Editora Posigraf Ltda.
Rua Senador Accioly Filho, 500
81310-000 – Curitiba – PR
E-mail: posigraf@positivo.com.br
Impresso no Brasil
2020
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)
(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)
© 2019 Editora Piá Ltda.
K66 Kluck, Claudia Regina.
Ensino Religioso : passado, presente e fé / Claudia Regina
Kluck, Gisele Mazzarollo, Sonia de Itoz ilustrações Dayane
Raven, Danilo Dourado Santos. – Curitiba : Piá, 2019.
v. 4 : il.
ISBN 978-85-64474-88-8 (Livro do aluno)
ISBN 978-85-64474-89-5 (Livro do professor)
1. Educação. 2. Estudo religioso – Estudo e ensino. 3. Ensino
fundamental. I. Mazzarollo, Gisele. II. Itoz, Sonia de. III. Raven,
Dayane. IV. Santos, Danilo Dourado. V. Título.
CDD 370
SUMÁRIO
1 Proposta pedagógica ______________ 4
Concepção de ensino _______________________ 4
Objetivos__________________________________ 8
Avaliação__________________________________ 8
Organização didática _______________________ 9
Referências ________________________________ 12
2 Orientações metodológicas ________ 13
Ritos para cada momento___________________ 13
Ritos para além da vida _____________________ 20
Encontrando o sagrado na arte ______________ 29
Descobrindo a divindade____________________ 36
Dayane
Raven.
2016.
Digital.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
ENSINO RELIGIOSO
CONCEPÇÃO DE ENSINO
A coleção Passado, presente e fé para o Ensino Religioso tem por princípios a valorização e o
respeito à diversidade cultural, com vistas à promoção dos direitos humanos e da cultura da paz.
De acordo com a Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural (UNESCO, 2002), a cultura
adquire formas diversificadas no tempo e no espaço, o que se manifesta na originalidade e na
pluralidade dos grupos humanos, atuando como fonte de intercâmbios, de inovação e de criativi-
dade. Assim, a diversidade cultural constitui patrimônio comum da humanidade e deve, portanto,
ser reconhecida e respeitada em benefício das gerações presentes e futuras.
A pluralidade religiosa é um aspecto da diversidade cultural presente no mundo e também no
Brasil. Sua abordagem nos nove anos do Ensino Fundamental pode favorecer o aprimoramento da
pessoa humana e da convivência social. Nesse intuito, a escola mostra-se um espaço privilegiado
para a construção do conhecimento religioso e da tolerância por meio do diálogo, da reflexão e
do respeito mútuo.
Historicamente, o conhecimento religioso tem sido objeto de estudo de teologias e ciências,
como História, Sociologia, Psicologia, Antropologia, Geografia e, mais recentemente, Ciência da
Religião. O Ensino Religioso, por sua vez, permeia o espaço escolar desde o momento em que o
Estado passou a ocupar-se da educação dos cidadãos.
Assim, na Europa do século XVIII, organizou-se um sistema educacional em que o ensino da
religião era visto como meio de educar os cidadãos para valores como humildade, generosidade,
paciência, equilíbrio e piedade. O instrumento básico para tanto era o catecismo católico, por
meio do qual se realizavam a instrução religiosa e também a alfabetização.
No Brasil, a introdução oficial do Ensino Religioso no currículo escolar ocorreu em 1827, sendo,
então, conferida à escola a função de ensinar leitura, escrita, as quatro operações, os números
decimais, proporção, introdução à geometria, gramática da língua portuguesa, princípios da moral,
doutrina católica e História do Brasil, além de favorecer a leitura da Constituição do Império. Com
a Proclamação da República, em 1889, o Ensino Religioso foi retirado do currículo das escolas
públicas brasileiras e retornou apenas em 1931.
Nas Constituições posteriores, permaneceu como componente obrigatório para as escolas
e optativo para os estudantes, condição confirmada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB, Lei nº 9.394/96) e, mais recentemente, pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC),
que lhe concede o status de área do conhecimento, juntamente com Linguagens, Matemática,
Ciências da Natureza e Ciências Humanas. Além disso, a BNCC afirma que o fenômeno religioso
constitui “um dos bens simbólicos resultantes da busca humana por respostas aos enigmas do
mundo, da vida e da morte” (BRASIL, 2017, p. 434).
4 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf
ensino religioso1° ano.pdf

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a ensino religioso1° ano.pdf

Beume set 16
Beume set 16Beume set 16
Beume set 16Ume Maria
 
Apostila ensinoreligioso
Apostila ensinoreligiosoApostila ensinoreligioso
Apostila ensinoreligiosoDonato Nunes
 
APOSTILA-de-ENS_-RELIGIOSO-6-ANO-1-BIMESTRE.pdf
APOSTILA-de-ENS_-RELIGIOSO-6-ANO-1-BIMESTRE.pdfAPOSTILA-de-ENS_-RELIGIOSO-6-ANO-1-BIMESTRE.pdf
APOSTILA-de-ENS_-RELIGIOSO-6-ANO-1-BIMESTRE.pdfLedaMariadaSilva1
 
Apostila espiritualidade
Apostila espiritualidadeApostila espiritualidade
Apostila espiritualidadeLuiz Januario
 
EBJ - Encontro 12/08/2012
EBJ - Encontro 12/08/2012EBJ - Encontro 12/08/2012
EBJ - Encontro 12/08/2012EBJ IPBCP
 
Schiz-X: Conversando Sobre A Esquizofrenia - Vol. 5 - O convívio familiar
Schiz-X: Conversando Sobre A Esquizofrenia - Vol. 5 - O convívio familiarSchiz-X: Conversando Sobre A Esquizofrenia - Vol. 5 - O convívio familiar
Schiz-X: Conversando Sobre A Esquizofrenia - Vol. 5 - O convívio familiarSchiz Ophrenic
 
Boletim 337 - 26/05/13
Boletim 337 - 26/05/13Boletim 337 - 26/05/13
Boletim 337 - 26/05/13stanaami
 
Informativo Paroquial Vinde e Adoremos - Março-2012
Informativo Paroquial Vinde e Adoremos - Março-2012Informativo Paroquial Vinde e Adoremos - Março-2012
Informativo Paroquial Vinde e Adoremos - Março-2012Adriano de Paula
 
Jornal Novos horizontes - setembro 2013
Jornal Novos horizontes  - setembro 2013Jornal Novos horizontes  - setembro 2013
Jornal Novos horizontes - setembro 2013Pascom Paroquia Nssc
 
Caderno de-atividades 2-cic-de-inf-ii_completo
Caderno de-atividades 2-cic-de-inf-ii_completoCaderno de-atividades 2-cic-de-inf-ii_completo
Caderno de-atividades 2-cic-de-inf-ii_completoAlice Lirio
 
468829063-8º-Ano-Modulo-2-Ensino-Religioso-pdf.pdf
468829063-8º-Ano-Modulo-2-Ensino-Religioso-pdf.pdf468829063-8º-Ano-Modulo-2-Ensino-Religioso-pdf.pdf
468829063-8º-Ano-Modulo-2-Ensino-Religioso-pdf.pdfLeloIurk1
 
Identidade Familiar - Tema 12/08/12
Identidade Familiar - Tema 12/08/12Identidade Familiar - Tema 12/08/12
Identidade Familiar - Tema 12/08/12EBJ IPBCP
 
10. comece astrologia na visão espírita - 01 e 02.2012
10. comece   astrologia na visão espírita - 01 e 02.201210. comece   astrologia na visão espírita - 01 e 02.2012
10. comece astrologia na visão espírita - 01 e 02.2012comece
 

Semelhante a ensino religioso1° ano.pdf (20)

Beume set 16
Beume set 16Beume set 16
Beume set 16
 
Apostila ensinoreligioso
Apostila ensinoreligiosoApostila ensinoreligioso
Apostila ensinoreligioso
 
Apostila ensinoreligioso
Apostila ensinoreligiosoApostila ensinoreligioso
Apostila ensinoreligioso
 
Gaivota 178 web
Gaivota 178 webGaivota 178 web
Gaivota 178 web
 
APOSTILA-de-ENS_-RELIGIOSO-6-ANO-1-BIMESTRE.pdf
APOSTILA-de-ENS_-RELIGIOSO-6-ANO-1-BIMESTRE.pdfAPOSTILA-de-ENS_-RELIGIOSO-6-ANO-1-BIMESTRE.pdf
APOSTILA-de-ENS_-RELIGIOSO-6-ANO-1-BIMESTRE.pdf
 
Apostila espiritualidade
Apostila espiritualidadeApostila espiritualidade
Apostila espiritualidade
 
EBJ - Encontro 12/08/2012
EBJ - Encontro 12/08/2012EBJ - Encontro 12/08/2012
EBJ - Encontro 12/08/2012
 
Schiz-X: Conversando Sobre A Esquizofrenia - Vol. 5 - O convívio familiar
Schiz-X: Conversando Sobre A Esquizofrenia - Vol. 5 - O convívio familiarSchiz-X: Conversando Sobre A Esquizofrenia - Vol. 5 - O convívio familiar
Schiz-X: Conversando Sobre A Esquizofrenia - Vol. 5 - O convívio familiar
 
Jornal A Voz Espírita - Edição 37 - Janeiro/Fevereiro de 2016
Jornal A Voz Espírita - Edição 37 - Janeiro/Fevereiro de 2016Jornal A Voz Espírita - Edição 37 - Janeiro/Fevereiro de 2016
Jornal A Voz Espírita - Edição 37 - Janeiro/Fevereiro de 2016
 
Boletim 337 - 26/05/13
Boletim 337 - 26/05/13Boletim 337 - 26/05/13
Boletim 337 - 26/05/13
 
Quem é Esse Jesus
Quem é Esse JesusQuem é Esse Jesus
Quem é Esse Jesus
 
Ensino religioso 2 ano
Ensino religioso 2 anoEnsino religioso 2 ano
Ensino religioso 2 ano
 
Alcoolismo: o que a igreja tem a ver com isso?
Alcoolismo: o que a igreja tem a ver com isso?Alcoolismo: o que a igreja tem a ver com isso?
Alcoolismo: o que a igreja tem a ver com isso?
 
Jornal Primordial - Fevereiro/2014
 Jornal Primordial - Fevereiro/2014  Jornal Primordial - Fevereiro/2014
Jornal Primordial - Fevereiro/2014
 
Informativo Paroquial Vinde e Adoremos - Março-2012
Informativo Paroquial Vinde e Adoremos - Março-2012Informativo Paroquial Vinde e Adoremos - Março-2012
Informativo Paroquial Vinde e Adoremos - Março-2012
 
Jornal Novos horizontes - setembro 2013
Jornal Novos horizontes  - setembro 2013Jornal Novos horizontes  - setembro 2013
Jornal Novos horizontes - setembro 2013
 
Caderno de-atividades 2-cic-de-inf-ii_completo
Caderno de-atividades 2-cic-de-inf-ii_completoCaderno de-atividades 2-cic-de-inf-ii_completo
Caderno de-atividades 2-cic-de-inf-ii_completo
 
468829063-8º-Ano-Modulo-2-Ensino-Religioso-pdf.pdf
468829063-8º-Ano-Modulo-2-Ensino-Religioso-pdf.pdf468829063-8º-Ano-Modulo-2-Ensino-Religioso-pdf.pdf
468829063-8º-Ano-Modulo-2-Ensino-Religioso-pdf.pdf
 
Identidade Familiar - Tema 12/08/12
Identidade Familiar - Tema 12/08/12Identidade Familiar - Tema 12/08/12
Identidade Familiar - Tema 12/08/12
 
10. comece astrologia na visão espírita - 01 e 02.2012
10. comece   astrologia na visão espírita - 01 e 02.201210. comece   astrologia na visão espírita - 01 e 02.2012
10. comece astrologia na visão espírita - 01 e 02.2012
 

Último

o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memorialgrecchi
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfjanainadfsilva
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxSamiraMiresVieiradeM
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfMárcio Azevedo
 

Último (20)

o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
 

ensino religioso1° ano.pdf

  • 1. volume CLAUDIA REGINA KLUCK GISELE MAZZAROLLO SONIA DE ITOZ LIVRODOPROFESSOR 4
  • 2. Nome: Escola: Turma: Responsável: Telefone: IDENTIFICAÇÃO SEG TER QUA QUI SEX SÁB AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5 AULA 6 PROGRAMAÇÃO DE ATIVIDADES EMERGÊNCIA
  • 3. LIVRO DO PROFESSOR VOLUME4 1. a edição Curitiba - 2019 CLAUDIA REGINA KLUCK GISELE MAZZAROLLO SONIA DE ITOZ
  • 4. Presidente Ruben Formighieri Diretor-Geral Emerson Walter dos Santos Diretor Editorial Joseph Razouk Junior Gerente Editorial Júlio Röcker Neto Gerente de Produção Editorial Cláudio Espósito Godoy Coordenação Editorial Jeferson Freitas Coordenação de Arte Elvira Fogaça Cilka Coordenação de Iconografia Janine Perucci Autoria Gisele Mazzarollo Reformulação dos originais de Claudia Regina Kluck e Sonia de Itoz Edição de conteúdo LysvaniaVillela Cordeiro (Coord.) e Michele Czaikoski Silva Edição de texto Giorgio Calixto de Andrade e Mariana Bordignon Strachulski de Souza Revisão João Rodrigues Consultoria Sérgio Rogerio Azevedo Junqueira Capa Doma.ag Imagens: ©Shutterstock Projeto Gráfico Evandro Pissaia Imagens: ©Shutterstock/ KanokpolTokumhnerd/Zaie Ícones: PatríciaTiyemi Edição de Arte e Editoração Debora Scarante e Evandro Pissaia Pesquisa iconográfica Junior Guilherme Madalosso Ilustrações Dayane Raven e Danilo Dourado Santos Engenharia de Produto Solange Szabelski Druszcz Todos os direitos reservados à Editora Piá Ltda. Rua Senador Accioly Filho, 431 81310-000 – Curitiba – PR Site: www.editorapia.com.br Fale com a gente: 0800 41 3435 Impressão e acabamento Gráfica e Editora Posigraf Ltda. Rua Senador Accioly Filho, 500 81310-000 – Curitiba – PR E-mail: posigraf@positivo.com.br Impresso no Brasil 2020 Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP) (Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil) © 2019 Editora Piá Ltda. K66 Kluck, Claudia Regina. Ensino Religioso : passado, presente e fé / Claudia Regina Kluck, Gisele Mazzarollo, Sonia de Itoz ilustrações Dayane Raven, Danilo Dourado Santos. – Curitiba : Piá, 2019. v. 4 : il. ISBN 978-85-64474-88-8 (Livro do aluno) ISBN 978-85-64474-89-5 (Livro do professor) 1. Educação. 2. Estudo religioso – Estudo e ensino. 3. Ensino fundamental. I. Mazzarollo, Gisele. II. Itoz, Sonia de. III. Raven, Dayane. IV. Santos, Danilo Dourado. V. Título. CDD 370
  • 5. Cada um tem os seus ritos ___________________________________________ 8 Nascimento e iniciação religiosa __________________________________ 12 Casamento: dois que se tornam um _____________________________ 17 Os mistérios da vida e da morte nas culturas ________________ 50 A arte e as religiões _____________________________________________________ 58 A dança e o sagrado ____________________________________________________ 61 Etapas da vida ____________________________________________________________ 27 &HULPÏQLDƬQDO ___________________________________________________________ 30 E depois? Diferentes respostas para o pós-morte __________ 41 O que é transcendência? _____________________________________________ 67 Deus uno-trino ___________________________________________________________ 74 Deus no plural ____________________________________________________________ 76 Sumário RITOS PARA CADA MOMENTO 6 RITOS PARA ALÉM DA VIDA 24 ENCONTRANDO O SAGRADO NA ARTE 46 DESCOBRINDO A DIVINDADE 64 Capítulo Capítulo Capítulo Capítulo 1 3 2 4
  • 6. Neste ano escolar, os personagens do seu livro contarão um pouco mais sobre as religiões a que pertencem. Também vão falar a respeito de alguns ritos religiosos e do que acreditam que acontece após a morte, além de mostrar a presença do sagrado na arte. MEUS AMIGOS Dayane Raven. 2016. Digital.
  • 7. Orientações para a abordagem do Ensino Religioso. 1 OLÁ, AMIGOS! MEU NOME É FELIPE. SOU EVANGÉLICO. EM MINHA IGREJA, APRENDI QUE DEUS É O PAI DE TODA A HUMANIDADE. EU SOU O SIKULUME! NÓS DA UMBANDA ACREDITAMOS NO GRANDE PAI, QUE SE CHAMA OLORUM. EVA O O Ori r en en n nta ta taçõ ç es p 1 CHAMA OLORUM. SOU DULCE E ESTE É TECO, MEU CÃO- -GUIA. SOU CATÓLICA E, QUANDO VOU À IGREJA, REZO SEMPRE PARA DEUS, A QUEM CHAMO DE PAI. CHAMO EU SOU POTIRA E PERTENÇO A UM GRUPO INDÍGENA BRASILEIRO. EM MINHA ALDEIA, OS LÍDERES RELIGIOSOS E CURANDEIROS SÃO CHAMADOS DE PAJÉS. O A IRO. ES S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S SÃO MEU NOME É ESTELA, QUE SIGNIFICA ESTRELA. MORO COM MINHA MÃE E NOS FINS DE SEMANA VISITO MEU PAI. QUANDO ELES SE SEPARARAM, DECIDIRAM QUE EU MUDARIA DE ESCOLA. SEI QUE AQUI VOU APRENDER MUITO E FAZER NOVOS AMIGOS! OI, SOU ABNER. MINHA RELIGIÃO É O JUDAÍSMO E, NA SINAGOGA QUE FREQUENTO, ORAMOS A DEUS. EU SOU YUREM! FAÇO PARTE DO ISLAMISMO. CHAMAMOS O NOSSO GRANDE PAI DE ALLAH. OLÁ, SOU MANJARI! NA MINHA RELIGIÃO, O BUDISMO, NÃO TEMOS UM DEUS. PARA NÓS, BUDA É UM GRANDE MESTRE ESPIRITUAL. EU SOU LEZA E MINHA RELIGIÃO É O CANDOMBLÉ. ESTOU FELIZ POR ESTAR COM VOCÊS, MAS AO MESMO TEMPO TRISTE, POIS MINHA AVÓ ESTÁ MUITO DOENTE. Dayane Raven. 2016. Digital.
  • 9. Orientações para a abordagem do capítulo. 2 Neste capítulo, você vai aprender o que são ritos e verá que eles estão presentes em diversas situações, podendo ser religiosas ou não. Com a ajuda dos personagens do seu livro, você tam- bém vai conhecer exemplos de ritos de iniciação religiosa e de casamento, realizados em diferentes religiões. !Monges budistas meditando !Yom Kippur, Dia do Perdão do Judaísmo !Kuarup – ritual funerário dos povos indígenas da região do Xingu ©Shutterstock/Tanachot Srijam ©Futura Press/Photoagencia/Eraldo Peres ©Shutterstock/ChameleonsEye 7
  • 10. CADA UM TEM OS SEUS RITOS Em nosso dia a dia, repetimos ações ligadas a certos hábitos e regras, como escovar os dentes pela manhã, após as refeições e antes de dormir, ou levantar a mão e esperar a vez de falar, entre outras. Também usamos gestos, palavras e atitudes para expressar sentimentos, desejos, crenças e assim por diante. Por exemplo, quando gostamos muito de uma pessoa, repetimos alguns gestos ou palavras para expressar o que sentimos, como abraçá-la, dizer ou escrever bilhetes com palavras de afeto, entre outros. Esses gestos simbolizam nosso sentimento. Quando um indivíduo ou um grupo repete gestos simbólicos de acordo com regras, em cer- tas ocasiões, esses atos são considerados ritos. Assim, encontramos ritos em diversas situações do dia a dia e também em situações especiais, religiosas ou não, como os momentos de celebração. Encaminhamento metodológico. 4 Observe as imagens a seguir. 1. Converse com os colegas sobre este assunto: Quais gestos as crianças precisam repetir para realizar as brincadeiras que aparecem nas imagens observadas? 2. Orientações para a realização das atividades. 3 ©Shutte rstock/R awpixel. com ©Shu tterst ock/t omgi gabit e ©Shutterstock/Wavebreakmedia 8 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
  • 11. Observe a seguir a descrição de alguns momentos que fazem parte da vida humana. Eles estão rela- cionados a diferentes celebrações, religiosas ou não religiosas. 1. $PLJÏ 9RŸp VD D TH TDQGÏ DV FHOH’Dm{ÞV DFRàWH FHPFRáDOJXPDįUHTpQFLDHFRáDUHSHWLmkÏ GHDOJXQVHOHPHQWRßHODVVHWRãQDPULWRß(VWRÚ FXULRßDSDUDVD“UPDLVDUHVSHLWÏGHVVHDV VXQWÏ9DPRßOg 'XOFH A visita de um parente que há muito tempo não se via. Recebê-lo é uma grande alegria e um motivo de festa! Um casamento. A família toda se prepara para a festa. É muita alegria e diversão! Um nascimento. Que alegria! É hora de festejar a chegada de um novo membro na família e na comunidade. A morte de alguém especial. Momento triste, que pede a união de familiares e amigos em busca de consolo. A formatura de um membro da família. Toda a família festeja e fica feliz com essa conquista! No espaço a seguir, registre: a) um momento em que sua família faz algum tipo de comemoração ou celebração. b) um ritual que sua família realiza para comemorar ou celebrar esse momento. 2. Teco trouxe um bilhete da Dulce para você. Leia-o com atenção. T Orientações para a realização das atividades. 5 ©Shutte rstock/Fo rgem Dayane Raven. 2016. Digital. 9
  • 12. RITOS RELIGIOSOS Os ritos ocorrem em diversas situações e também estão presentes nas religiões. Cada religião tem os próprios ritos relacionados com as regras que seus seguidores devem respeitar: no dia a dia, quandoseencontram,emmomentosdeestudo,nascerimôniasounasfestividadeseassimpordiante. Orientações para abordagem do tema. 6 !(VWXGRGD%tEOLDHP,JUHMD(YDQJpOLFD !$XODGHDWHTXHVHQRDWROLFLVPR !(VWXGRGD7RUiQR-XGDtVPR !(VWXGRGHHQVLQDPHQWRVEXGLVWDVHP PRVWHLUR Algumas religiões têm celebrações similares, mas com detalhes distintos de acordo com os diversos grupos e as culturas com os quais se relacionam. Observe, a seguir, alguns exemplos de celebrações que envolvem ritos de iniciação religiosa. No Judaísmo e no Islamismo, há cerimônias para a escolha do nome e para a apresentação dos bebês nos templos. Na maioria das Igrejas Evangélicas, o bebê é apresentado à igreja nos primeiros meses de vida, lembrando a apresentação de Jesus ao templo. O batismo ocorre mais tarde, na adolescência. Na Igreja Católica e na Igreja Luterana (que é protestante), o bebê é batizado nos primeiros meses da vida e, na adolescência, realiza a confirmação do batismo. Na Umbanda, o batizado também ocorre nos primeiros meses de vida, tendo algumas seme- lhanças com o batismo católico, como o fato de haver padrinhos para a criança. ©Pulsar Imagens/Ismar Ingber ©Shutterstock/George Muresan ©Getty Images/AFP/Joseph Eid ©Shutterstock/gnomeandi 10 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
  • 13. No Judaísmo, os meninos participam do Bar Mitzvá, e as meninas, do Bat Mitzvá. Esses ritos marcam a passagem dos adolescentes para uma espécie de“maioridade religiosa”. Com base nas informações apresentadas, complete o quadro a seguir. 1. Bar Mitzvá: rito que ocorre quando o menino faz 13 anos. Bat Mitzvá: rito que ocorre quando a menina faz 12 anos. Orientações para a realização das atividades. 7 De acordo com o quadro acima, responda: a) Quais são as religiões que realizam o batismo? Cristianismos católico e evangélico/protestante, além da Umbanda. b) Quais são as religiões em que o primeiro rito é a apresentação do bebê à comunidade religiosa? Islamismo, Igrejas Evangélicas e Judaísmo. 2. Rito Islamismo Judaísmo Igreja Católica Igrejas Evangélicas/ Protestantes Umbanda Escolha do nome X X Batismo X X X Apresentação do bebê X X X Bar Mitzvá e Bat Mitzvá X Confirmação do batismo ou crisma X X (Luterana) ©Foto arena/ Alamy ©Sh utte rstoc k/Le rner Vadi m 11 CAPÍTULO 1 | RITOS PARA CADA MOMENTO
  • 14. NASCIMENTO E INICIAÇÃO RELIGIOSA Vimos que, em algumas religiões, a iniciação das crianças à religião acontece por meio do batismo e, em outras, por meio de uma apresentação à comunidade religiosa. A seguir, vamos co- nhecer alguns rituais religiosos realizados nesse momento marcante da vida, que é o nascimento. Orientações para a abordagem do tema. 8 POTIRA, VOCÊ PODE NOS CONTAR UM RITO DE NASCIMENTO PRATICADO POR UM DOS POVOS INDÍGENAS? CLARO. OS TUPINAMBÁ CELEBRAM O NASCIMENTO DE UM BEBÊ COM UMA GRANDE FESTA. SE FOR MENINO, O PAI CORTA COM OS DENTES O CORDÃO UMBILICAL; SE FOR MENINA, É A MÃE QUEM O CORTA. EM SEGUIDA, A CRIANÇA É BANHADA EM UM RIO. DEPOIS, EM CASA, ELA É COLOCADA EM UMA REDE, COM UM ARCO E UMA FLECHA. O MENINO E A MENINA RECEBEM OBJETOS DE PRESENTE, COMO CABAÇAS, BRACELETES E UM COLAR DE DENTES DE CAPIVARA, PARA QUE SEUS DENTES SEJAM FORTES E CAPAZES DE MASTIGAR BEM A MANDIOCA, APRECIADA POR ESSE POVO. SIM, TODO RECÉM-NASCIDO É SAUDADO PELA COMUNIDADE COMO UM PRESENTE DE ALLAH. O PAI SUSSURRA NA ORELHA DIREITA DO BEBÊ AS PALAVRAS DO ADHAN, QUE SÃO UM CHAMADO PARA A ORAÇÃO, E COLOCA MEL NA BOCA DO BEBÊ. DEPOIS, A CABEÇA DA CRIANÇA É RASPADA, SIMBOLIZANDO PUREZA. YUREM, HÁ ALGUM RITO NO ISLAMISMO QUANDO NASCE UMA CRIANÇA? cabaças: frutos da cabaceira que, depois de secos e limpos interiormente, ficam ocos e podem ser usados como recipientes de líquidos e para outras utilidades domésticas. Dayane Raven. 2016. Digital. 12 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
  • 15. Na Umbanda, alguns meses de- pois de nascer, a criança é batizada com o propósito de encaminhá-la para as práticas de sua religião. Essa criança terá padrinhos que cuidarão de sua vida religiosa. Na cerimônia de batismo, ela é levada ao terreiro, a um rio ou a uma cachoeira. O padrinho segura uma vela branca, a madrinha segura uma vela rosa e todos os participantes levantam a mão direita para enviar bênçãos ao bebê. A criança também recebe a pro- teção de orixás e guias espirituais. Orientações para a abordagem do tema. 9 FELIPE, O BATISMO ESTÁ PRESENTE NAS RELIGIÕES CRISTÃS E, DE ACORDO COM AS IGREJAS, HÁ SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS, NÃO É? TISMO TE NAS ÃS E, DE GREJAS, ÇAS E ÃO É? ISSO, DULCE! UMA SEMELHANÇA É O USO DE ÁGUA PARA BATIZAR, LEMBRANDO QUE JOÃO BATISTA BATIZOU JESUS NAS ÁGUAS DO RIO JORDÃO! AMIGOS, VOU CONTAR PARA VOCÊS COMO É O BATISMO DA UMBANDA. INFELIZMENTE, A LEZA NÃO ESTÁ AQUI PARA FALAR SOBRE ESSE ASSUNTO NA VISÃO DO CANDOMBLÉ, POIS ELA FOI VISITAR A AVÓ, QUE ESTÁ MUITO DOENTE! ©Carlos Gutemberg de Assis Dayane Raven. 2016. Digital. 13 CAPÍTULO 1 | RITOS PARA CADA MOMENTO
  • 16. Geralmente, o batismo na Igreja Católica é realizado nos pri- meiros meses de vida do bebê. A cerimônia acontece na Igreja. Os padrinhos seguram uma vela e a criança é batizada na pia batismal. O padre molha a cabeça do bebê e unta o peito dele com óleo. Os padrinhos devem ajudar a cuidar da vida religiosa da criança. Nas Igrejas Evangélicas, o batismo também é realizado com água. Mas a pessoa é batizada com mais idade, sendo mergulha- da em uma piscina ou em um rio. Algumas Igrejas Evangélicas realizam o batismo na adolescência, e outras, somente na idade adulta. No Judaísmo, a iniciação da criança é feita de forma distinta para meninos e meninas. Os meninos passam pelo Brit Milah, uma cerimônia em que o bebê recebe um nome e são realizados rituais que simbolizam a aliança com Deus. Já para as meninas, é marcado um dia de leitura da Torá e na cerimônia os pais escolhem um nome para o bebê, enquanto a criança está com as mãos sobre a Torá. !%DWLVPRQD,JUHMDDWyOLFD !%DWLVPRHP,JUHMD(YDQJpOLFD !%ULW0LODKLQLFLDomRjFRPXQLGDGHMXGDLFD NO JUDAÍSMO, TEMOS UMA INICIAÇÃO À COMUNIDADE JUDAICA! ©Shutterstock/Angelo Giampiccolo ©Shutterstock/Schistra ©Wikimedia Commons/Vatsnews Dayane Raven. 2016. Digital. 14 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
  • 17. Se você foi batizado ou apresentado a um espaço religioso, peça a seus familiares que o ajudem a trazer objetos, fotos e informações dessa cerimônia. Se não participou de uma cerimônia desse tipo, escolha uma religião e pesquise imagens e informações a respeito dos ritos de iniciação religiosa pre- vistos para os seguidores dela. Que tal organizar uma exposição sobre os ritos de iniciação religiosa de bebês e crianças? Para isso, utilize o material reunido na atividade anterior e siga estes passos, com a orientação do professor: a) Organize um convite com o nome da exposição, o local e o horário. b) Distribua os convites para as pessoas que você e os colegas gostariam de convidar. c) Classifique os objetos a serem expostos por meio de um critério. Por exemplo, a ordem crescen- te de datas das cerimônias ou os tipos de material expostos. Nesse caso, pode haver uma sessão de fotos, uma de lembranças e outra de roupas utilizadas no dia da cerimônia. d) Definam o local da exposição e uma forma segura de apresentar os objetos sem que corram o risco de serem danificados. e) Em um cartaz, indique o nome, o motivo da exposição e a turma. f) Durante a organização e a duração do evento, você e sua turma devem estar presentes para cuidar dos objetos e contar aos visitantes o que aprenderam sobre os ritos de iniciação religiosa. Converse com os colegas e relembrem a exposição. a) O que aprenderam na separação ou na pesquisa de materiais? b) Como foi a experiência de conversar com as pessoas que vieram visitar a exposição? c) Os convidados compartilharam lembranças de ritos de iniciação? Se a resposta for sim, qual história mais chamou a sua atenção? Por quê? Escreva algo que você aprendeu na exposição. 1. 2. 3. 4. Orientações para a realização das atividades. 10 15 CAPÍTULO 1 | RITOS PARA CADA MOMENTO
  • 18. Escolha as letras e resolva as questões. 1. a) Religião em que, no batismo, há a proteção dos orixás. b) Religião em que a criança é batizada em uma pia batismal. c) Religiões que mergulham o adulto ou o adolescente em rio ou piscina. d) Religião na qual a menina, ao ser apresentada à comunidade, coloca as mãos na Torá. e) Religião em que, quando a criança nasce, o pai fala na orelha direita dela as palavras do Adhan. Construa um parágrafo com as palavras a seguir. 2. A E É I Í O Ó U B C D G J L M N S T V U M B A N D A C A T Ó L I C A J U D A Í S M O E V A N G É L I C A S I S L A M I S M O RITO – IGREJA – BATISMO – CATÓLICA – EVANGÉLICA – ALEGRIA – PAIS Pessoal. Observe a coerência das relações estabelecidas em cada frase de acordo com o que foi estudado. Orientações para a realização das atividades. 11 16 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
  • 19. ressoa: produz som. presunçoso: vaidoso. triunfa: vence. CASAMENTO: DOIS QUE SE TORNAM UM O amor faz parte da vida. Esse sentimento está presente nas relações entre as pessoas, nos textos sagrados das religiões e em outras expressões de diferentes culturas. Observe, a seguir, um trecho da Bíblia, o livro sagrado dos cristãos, e de uma música inspirada nele. Ambos falam sobre o amor, sentimento que pode levar as pessoas à decisão de viverem juntas. Se eu tivesse o dom de falar em outras línguas sem tê-las aprendido, e se pudesse falar em qualquer idioma dos homens ou dos anjos, e, no entanto, não tivesse amor, eu seria como o sino que ressoa ou como o prato que estaria só fazendo barulho. [...] O amor é paciente e bondoso, nunca é invejoso ou ciumento, nunca é presunçoso nem orgulhoso, nunca é grosseiro, nem egoísta. [...]. O amor nunca está satisfeito com a injustiça, mas se alegra quando a verdade triunfa [...]. 1 CORÍNTIOS. In: NOVA Bíblia Viva. São Paulo: Mundo Cristão, 2010. p. 950-951. Cap. 13, vers. 1, 4-6. Monte Castelo Ainda que eu falasse a língua Dos homens E falasse a língua dos anjos Sem amor eu nada seria RUSSO, Renato. Monte Castelo. Intérprete: Legião Urbana. In: LEGIÃO URBANA. As quatro estações. Rio de Janeiro: EMI, 1989. 1 LP, analógico, estéreo. Faixa 7. 17 CAPÍTULO 1 | RITOS PARA CADA MOMENTO
  • 20. Normalmente, depois de algum tempo de namoro ou de noivado, as pessoas decidem viver juntas. Quando estão enamoradas, dizem palavras que firmam uma aliança ou um acordo na frente de um juiz ou de um líder religioso. No Brasil, chamamos essa união de casamento ou de união estável e ela pode incluir ou não um rito religioso. A celebração de um casamento pode variar de uma cultura para outra, dependendo de cada povo e do lugar em que as pessoas vivem. Orientações para a abordagem do tema. 12 AS ROUPAS USADAS PARA OS CASAMENTOS PODEM SER DIFERENTES EM CADA CULTURA. ©Shutterstock/Anton_Ivanov ©S hu tte rst oc k/I VA SH stu dio ©iSto ckph oto.c om/v uk86 91 ©Wikimedia Commons/Jean-Pierre Dalbéra ©W ikim edi a Co mm on s/N ahi dSu ltan © G e t t y I m a g e s / M a r i l i a F e r r a z !Convite de casamento Dayane Raven. 2016. Digital. 18
  • 21. Converse com os colegas sobre as perguntas a seguir. a) A sua família já recebeu um convite de casamento? b) O casamento seria realizado em alguma instituição religiosa? c) Você já assistiu a um casamento? O que mais chamou a sua atenção? Orientações para a realização da atividade. 13 ©Shut terstoc k/MNS tudio ©F oto are na /A lbu m ©iS toc kp ho to. co m/ Pili n_ Pe tun yia ©iS toc kph oto .co m/ IPG Gu ten ber gU KLt d ©Fotoarena/ Alamy 19 CAPÍTULO 1 | RITOS PARA CADA MOMENTO
  • 22. UMA NOVA FAMÍLIA Iniciar uma nova etapa da vida significa assumir novos compromissos, adquirir outros conhe- cimentos e também ter mais responsabilidades. Mas o que significa o casamento? Casar-se com alguém representa uma nova etapa da vida e, para começá-la, as pessoas con- tam com o apoio e a presença da própria família e de outras pessoas que também as amam. Vamos saber como acontece, em algumas religiões, o rito do casamento. Encaminhamento metodológico. 14 No Hinduísmo, a cerimônia de casamento é realizada em frente ao fogo sagrado, no qual se invoca a força dos deuses para que o casal tenha um bom início de vida juntos. Na Índia, o casa- mento hinduísta é realizado depois de os pais do noivo consultarem os mais velhos da família e os astrólogos. O casamento é considerado uma união sagrada, feita para durar para sempre. A celebração de um casamento judaico não precisa ser realizada em uma sinagoga, mas é obrigatório que seja debaixo da chupá, um tipo de tenda que fica rodeada pelos familiares e pelos amigos do casal. A chupá simboliza a casa na qual o casal vai construir a própria família. No Islamismo, a celebração varia de acordo com a cultura do local em que é feita. A família do noivo é que procura uma noiva adequada para ele. O casamento é um contrato entre o noivo e o pai da noiva. Geralmente, esse contrato inclui o pagamento de um valor ao pai dela, o dote. ©Wikimedia Commons/Karthikeyan.pandian ©Wikimedia Commons/Gryffindor ©Shutterstock/ZouZou 20 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
  • 23. Combasenomodeloaolado,crieumconvitedecasamen- to para noivos fictícios (inventados). Escolha uma das religiões apresentadas nas páginas 20 e 21 e inclua no convite alguma informação relacionada ao rito de casa- mento da religião escolhida. Lembre-se: você pode inserir outras informações no convite, como um pensamento sobre o amor e a união. Orientações para a realização da atividade. 15 No Cristianismo, as celebrações de casa- mento variam de acordo com a igreja cristã a que os noivos pertencem. Geralmente, a noiva usa vestido branco e véu. Espera-se que a união celebrada com o casamento dure a vida toda. No casamento cristão ortodoxo, são usa- das coroas para representar a realeza, ou seja, os noivos são como “reis”. O casamento significa a união deles com Jesus e costuma ser celebrado com muita festa e alegria pelos familiares e pe- los convidados dos noivos. No Xintoísmo, o casamento é realizado na presença de um sacerdote em uma cerimônia solene. São feitas oferendas, orações e promessas aos deuses, chamados de Kami. Na sequência, há um banquete para os convidados. O noivo veste um quimono, parecido com o dos antigos samurais; a noiva usa um quimono branco de seda. O quimono simboliza a união com os an- tepassados e o início de uma nova vida a dois. ©Shutte rstock/M NStudio ©Shutterstock/alexey anashkin ©Shut terstoc k/Chan clos ©Shutterstock/Piopio 21 CAPÍTULO 1 | RITOS PARA CADA MOMENTO
  • 24. Tunísia A religião com mais seguidores na Tunísia é o Islamismo. Para se casar, a noiva usa dourado no traje, que simboliza a fertilidade, e argolas, que representam a riqueza de sua família. Algumas noivas podem ter as mãos pintadas para a ocasião. Nigéria As religiões mais seguidas na Nigéria são o Islamismo, no Norte, e o Cristianismo, no Sul. Em ambas as religiões, a noiva geralmente veste iro (blusa) e buba (pano sobre o corpo), vestimentas tradicionais em eventos sociais no país. O pano no cabelo e o xale colorido simbolizam saúde e beleza. Índia A religião com mais seguidores na Índia é o Hinduísmo. A noiva hinduísta usa um saree para a cerimônia. Esse traje típico deve ser feito de seda e ter cores fortes. As noivas, em geral, são foco de grande atenção em uma cerimônia de união ou casamento. O vestido branco é um traje muito conhecido e utilizado por elas em boa parte do mundo. Entretanto, você sabia que, em algumas religiões, as noivas usam outros tipos e cores de roupa nessa data especial? Você sabia? Coreias Tanto na Coreia do Norte quanto na Coreia do Sul, há muitos praticantes do Budismo. Nessa religião, as noivas escolhem a cor do vestido que será usado na cerimônia religiosa. ©Shutterstock/Gina Smith ©Fotoarena/Alamy ©Wikimedia Commons/Neverdie225 ©Dreamstime.com/Vishakha Shah 22 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
  • 25. Encontre, no caça-palavras, oito palavras relacionadas com os assuntos que estudamos até aqui. Q A E I N I C I A Ç A O Q W E P M I R O L E N U I W M P I I L O J T R I T O F T L G L S J N R V Y L Ç S I K L C B N L V C D E J I Ç S V B Ç A V C A E W S X R P Y A O J K T Y W M X Z A C A S A M E N T O L Z I Q O I U S H B P T I S L O O S U T G B K Ç J Ç L H T I K T M B R F V C A S A M E N C O R O V M N B A T I S M O D A Ç M O B Escolha palavras do caça-palavras para formar quatro frases que mostrem o que você aprendeu de acordo com o que estudou até aqui. O desafio é não repetir as palavras. 1. 2. Orientações para a realização das atividades. 16 APRENDEMOS QUE RITO É UM CONJUNTO DE RITUAIS (GESTOS SIMBÓLICOS QUE SE REPETEM) E PODE SER RELIGIOSO OU NÃO. NAS RELIGIÕES, HÁ DIVERSOS RITOS. ESTUDAMOS O RITO DO BATISMO E O DA INICIAÇÃO DA CRIANÇA NA COMUNIDADE RELIGIOSA. ESTUDAMOS TAMBÉM O RITO DE CASAMENTO NAS RELIGIÕES, QUE PODE SER REALIZADO DE DIFERENTES MANEIRAS, DEPENDENDO DA CULTURA. Dayane Raven. 2016. Digital. 23 CAPÍTULO 1 | RITOS PARA CADA MOMENTO
  • 27. Orientações para a abordagem do capítulo. 1 Neste capítulo, você e os personagens vão conhecer uma nova amiga. Juntos, poderão refletir sobre a beleza e o sentido da vida. Cada personagem vai falar também dos ritos fúnebres e das crenças da religião dele sobre o que acontece após a morte. Além disso, vocês aprenderão sobre ritos e crenças de outros grupos, religiosos ou não, a respeito do assunto. Dayane Raven. 2016. Digital. 25
  • 28. Leia o diálogo entre Sikulume, Potira e Abner. Depois, converse com os colegas a respeito do que eles estão dizendo. 1. Orientações para a realização das atividades. 2 Registre uma lembrança de alguém de quem você sente saudades. O registro pode ser feito em forma de desenho, poema ou relato. 2. PENA QUE A LEZA NÃO ESTÁ AQUI PARA VER ESTAS FOTOS. MAS ELA TEVE QUE VIAJAR COM OS PAIS PARA VISITAR A AVÓ QUE ESTÁ DOENTE... ESTOU COM MUITA SAUDADE DA LELÊ! CALMA, POTIRA. ASSIM QUE A AVÓ DELA MELHORAR, ELA VOLTA PARA BRINCAR COM A GENTE. Dayane Raven. 2016. Digital. 26 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
  • 29. ETAPAS DA VIDA Algum tempo depois do diálogo que você leu na página anterior, aconteceu algo que deixou nossos amigos muito tristes... Orientações para a abordagem do tema. 3 ESTOU TRISTE COM O FALECIMENTO DA AVÓ DA LELÊ. ELA DIZIA QUE A AVÓ ERA MUITO QUERIDA E CONTAVA MUITAS HISTÓRIAS. ÀS VEZES, A LELÊ TRAZIA BISCOITOS QUE A AVÓ FAZIA E EU ADORAVA! A LELÊ DEVE ESTAR BEM TRISTE COM TUDO ISSO. NÃO É FÁCIL TER QUE SE DESPEDIR DE UMA PESSOA QUERIDA, MESMO ACREDITANDO QUE A MORTE NÃO É O FIM. AGORA, NOSSA AMIGA VAI MORAR COM O AVÔ EM OUTRA CIDADE. JÁ ESTOU COM SAUDADES DELA! VAMOS DAR UM ABRAÇO NELA QUANDO ELA VIER PARA A MUDANÇA? A L TRIST FÁCIL UMA P ACR É VERDADE! VAMOS SENTIR MUITA FALTA DA LELÊ. MAS SEI QUE ELA VAI FAZER MUITOS AMIGOS NA NOVA ESCOLA, E NÓS AINDA PODEREMOS CONVERSAR COM ELA PELAS REDES SOCIAIS. VAMOS, SIM! ELA PRECISA SABER QUE, MESMO LONGE, SERÁ SEMPRE NOSSA AMIGA. Dayane Raven. 2016. Digital. Nascer, viver e morrer são etapas pelas quais os seres vivos precisam passar. Você já pensou nas etapas da sua vida? Elas são compreendidas de maneiras diferentes, de acordo com a crença de cada um. Além disso, aquilo em que acreditam influencia as pessoas a tomar decisões e a fazer escolhas. Quando alguém pratica o bem, pode estar motivado pela sua religião. Por exemplo, quan- do faz o bem, porque isso agrada a Deus. Portanto, a religião, assim como a sociedade e a cultura, influencia o modo de vida das pessoas. 27 CAPÍTULO 2 | RITOS PARA ALÉM DA VIDA
  • 30. Algumas pessoas evitam falar sobre a morte. Po- rém, ela faz parte da vida e conversar a respeito dos sentimentos que ela traz pode ajudar as pessoas a lidar melhor com eles. Além disso, quando refletimos sobre a morte, também pensamos na nossa vida e nas ações que dão sentido a ela, como fazer o bem. Com as orientações do professor, converse com os colegas sobre os sentimentos de vocês em relação à morte. Lembrem-se de respeitar as falas de todos e os sentimentos de cada um. Você receberá do professor um papel com o nome de um colega e deverá ouvir com atenção especial o que ele disser. Escreva a seguir o que você sentiu ao ouvir a fala dos colegas. Escreva um parágrafo sobre o que você e os colegas aprenderam com as atividades anteriores. Na atividade 1, você recebeu o nome de um colega a fim de ouvi-lo com maior atenção. Agora, escreva a ele uma mensagem de carinho e conforto. Depois, leia a mensagem para o colega e ouça a que foi escrita para você. 1. 2. 3. 4. Orientações para a realização das atividades e sugestão de atividades. 4 ©G etty Ima ges /Ka li Nin e LLC 28 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
  • 31. Pensando nas etapas da vida, que tal construir um caminho simbólico e colocar diferentes placas marcando os principais acontecimentos de sua vida? Ilustre o caminho com desenhos e sinalize situações e ações importantes que demonstrem o que você viveu até aqui. Por exemplo: Onde e quando você nasceu. Como foi celebrada a sua chegada quando você nasceu. As comemorações, festas ou celebrações de sua família ou religião. Quando você entrou na escola. Se fez alguma viagem, festa ou algo que seja importante para você. Se você mudou de endereço. Datas que lembrem perdas de algo ou alguém de que(m) você gostava muito (podem ser pes- soas, animais de estimação ou outro tipo de perda). 1. Orientações para a realização das atividades e sugestão de atividades. 5 Que gesto de respeito podemos fazer para homenagear nossas histórias de vida? 2. AO OBSERVAR UM CAMINHO SIMBÓLICO, É POSSÍVEL CONHECER UM POUCO MELHOR AS PESSOAS. NÃO É, YUREM? É VERDADE! AO CONHECER AS SITUAÇÕES PELAS QUAIS AS PESSOAS PASSARAM, TAMBÉM É POSSÍVEL AUMENTAR O RESPEITO POR ELAS. CADA HISTÓRIA DE VIDA É ÚNICA, VALIOSA E MERECE CONSIDERAÇÃO. Dayane Raven. 2016. Digital. 29 CAPÍTULO 2 | RITOS PARA ALÉM DA VIDA
  • 32. CERIMÔNIA FINAL Respeitar a vida é também se lembrar das pessoas que já morreram. Muitas vezes, tal lem- brança se expressa por meio de gestos e ritos de homenagem a essas pessoas. As religiões oferecem explicações e sentidos para a vida e ainda para o que acontece depois da morte. Além disso, apresentam diferentes interpretações e respostas às perguntas: Para onde iremos? De que maneira iremos para lá? Como será nosso cotidiano? Orientações para a abordagem do tema. 6 Além de explicações distintas, as pessoas e os grupos têm diferentes formas de agir com relação ao fim da vida. Em algumas culturas, participar de cerimônias fúnebres (aquelas que acontecem por conta do falecimento de alguém) é uma maneira de transformar a saudade e a dor da separação em rito ou gesto de despedida. Algumas pessoas fazem celebrações na presença do corpo do falecido com orações, louvores e rituais próprios de sua cultura. Os seguidores de algumas religiões realizam cortejos fúnebres, outros optam pela cremação, e outros, por depositar o corpo em locais sagrados, como templos, rios, entre outros. Quando o corpo é cremado, ele é transformado em cinzas, que são guardadas em uma urna funerária, um recipien- te próprio para isso. Um exemplo de rito fúnebre é o rito católico da missa de sétimo dia, que acontece uma semana após o faleci- mento. No calendário brasileiro, que regula a vida das pes- soas e o funcionamento do comércio e das escolas, o dia 2 de novembro é o Dia de Finados, uma data para se lembrar daquelas pessoas que já morreram. © Sh u tt er st o ck /K ze n o n 30
  • 33. !Cortejo/cerimônia fúnebre do Judaísmo !Cortejo/cerimônia fúnebre de religião africana !Cortejo/cerimônia fúnebre do Budismo !Cortejo/cerimônia fúnebre do Islamismo !Cortejo/cerimônia fúnebre do Hinduísmo !Cortejo/cerimônia fúnebre do Cristianismo cortejos fúnebres: procissões que seguem uma pessoa ou um grupo para prestar- -lhe homenagem. O cortejo fúnebre é a procissão que segue o corpo da pessoa falecida. urna funerária: urna é um recipiente que pode armazenar diversos conteúdos. A urna funerária é uma espécie de vaso em que são depositadas as cinzas de pessoas falecidas, após o rito de cremação. ©Wikimedia Commons/ Marie-Lan Nguye !Urna funerária indígena ©iStockphoto.com/EdStock ©Shutterstock/Dennis van de Water ©iStockphoto.com/sadikgulec ©iStockphoto.com/David_Bokuchava ©Shutterstock/Thitisan ©Futura Press/Jose Lucena !!!!C f Cortejo/cerimônia fúnebre do Islamismo mo c q u - f s f u u a A e d p d ©Fotoarena/Album !Urna funerária africana 31 CAPÍTULO 2 | RITOS PARA ALÉM DA VIDA
  • 34. ✧ ✦ ▼ ✜ È✪ ✚ Ï×| Converse com os colegas sobre estas questões: Você conhece cerimônias para relembrar alguém que já faleceu? Já participou de alguma delas? Será que as cerimônias são iguais em todas as religiões? A mensagem secreta a seguir apresenta uma informação importante sobre a morte e as religiões. 1. 2. Orientações para a realização das atividades. 7 a) Use esta legenda para decifrar a mensagem secreta. O QUE EXPLICAM ACONTECE DIFERENTES MORTE FORMAS DA DEPOIS AS RELIGIÕES DE b) Anote a mensagem decifrada. MENSAGEM SECRETA As religiões explicam o que acontece depois da morte de formas diferentes. 32 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
  • 35. AGORA, VOU FALAR SOBRE O RITO FÚNEBRE DO POVO BORORO E VOCÊ VAI FAZER UM DESENHO DELE. VAMOS LÁ! Os indígenas Bororo acreditam que a alma da pessoa que morre passa a habitar o corpo de certos animais, como a onça-pintada, a onça-parda ou a jaguatirica. O enterro é realizado no pátio central da aldeia e o local é regado diariamente, como uma planta, por dois ou três meses. Durante esse tempo, realizam-se cantos, danças, caçadas e pescarias com a participação de todos. Assim, os mais novos da aldeia aprendem as principais tradições de seu povo. Ou seja, o momento de perda, com a morte de uma pessoa, é aproveitado para promover um aprendizado sobre o sentido da vida. CERIMÔNIA INDÍGENA Para o povo indígena Bororo, que vive no estado do Mato Grosso, o ritual após a mor- te de alguém é também um momento para transmitir as tradições do povo aos mais jovens. Encaminhamento metodológico. 8 Dayane Raven. 2016. Digital. 33 CAPÍTULO 2 | RITOS PARA ALÉM DA VIDA
  • 36. CERIMÔNIA BUDISTA De acordo com o Budismo, Buda Shakyamuni, também conhecido como Sidarta Gautama, tinha alcançado a libertação (ou iluminação) aos 35 anos de idade. Faleceu muito tempo depois, aos 80 anos. Conta-se que sua morte ocorreu assim: Buda estava deitado tranquilamente, entre duas árvores, com a mão direita sob a cabeça, como um travesseiro. No momento de sua partida, pétalas de flores brancas caíram sobre ele. Sidarta foi cremado e suas cinzas foram guardadas em várias urnas. O falecimento de Buda é lembrado pelos budistas com uma cerimônia. O rito dela não é triste, pois a morte significa que a vida não acabou, isto é, ainda continua. Antes de falecer, é importante que a pessoa se arrependa do que tenha feito de errado. Depois do falecimento, a família carinhosamente troca a roupa do morto, iniciando o ritual de despedida. O rito fúnebre dura cerca de 49 dias, mas as orações ao ancestral continuarão na família, em sinal de respeito. Você sabia? !Rito fúnebre no Budismo A FLOR DE LÓTUS PODE SER UTILIZADA NO BUDISMO COMO SINAL DE PERFEIÇÃO. ELA NASCE NO LODO, MAS É BELA E PERFUMADA. Dayane Raven. 2016. Digital. ©Fotoarena/Alamy Você sab A FLOR DE LÓTU UTILIZADA NO BUD SINAL DE PERF NASCE NO LODO, PERFUM ©Wikimedia Commons/MurielBendel 34
  • 37. Escolha cinco palavras que se destacam em relação à cerimônia fúnebre do Budismo. Escreva cada palavra em uma das pétalas da flor de lótus a seguir. 1. Orientações para a realização das atividades e sugestão de atividades. 9 Organize as palavras escolhidas e as utilize para criar um diálogo entre você e Manjari. Sublinhe as cinco palavras no diálogo. Depois, leia-o para os colegas. 2. © S h u t t e r s t o c k / L v N L ©Wikimedia Commons/MurielBendel Sugestão de respostas: Buda, iluminação, cremação, orações, ancestrais, respeito, rito fúnebre. 35 CAPÍTULO 2 | RITOS PARA ALÉM DA VIDA
  • 38. Dayane Raven. 2016. Digital. CERIMÔNIAS CRISTÃS Os cristãos realizam os ritos fúnebres de maneira parecida, mas cada Igreja tem suas particularidades. N+a Igreja Católica e em algumas Igrejas Evangélicas, depois do falecimento, é feito o velório, um momento em que familiares e amigos se encontram para se despedirem da pessoa querida. Cerca de 24 horas depois, o falecido é levado para o cemi- tério, onde será enterrado. Algumas famílias escolhem realizar a cremação. O velório e o enterro são acompanhados de orações e canções conduzidas pelo padre, pastor ou líder religioso. CERIMÔNIA JUDAICA No rito fúnebre judaico, a pessoa falecida é lavada com água, para purificação, e vestida com uma roupa branca especial. Essa roupa representa a pureza e a simplicidade, evitando que ricos e pobres usem trajes diferentes nesse momento. Depois, são feitas orações pedindo a Deus que perdoe a pessoa falecida se ela tiver algum pecado. O período de despedida do corpo é breve. Antes de enter- rar essa pessoa, um familiar faz um discurso em homenagem a ela. Alguns membros da família podem rasgar um pedaço de suas roupas em sinal de dor. A cremação é proibida para os judeus. CERIMÔNIA MUÇULMANA No Islamismo, a pessoa falecida é lavada para purificação. O período de despedida é muito breve. O líder religioso ou um fa- miliar faz uma leitura do Alcorão e conduz orações. Estas louvam Allah, pedem a benção do profeta Mohammad e depois pedem por todos os mortos e pela pessoa falecida, em especial. Em seguida, a pessoa falecida é levada a um cemitério is- lâmico para ser enterrada. A cremação não é permitida para os muçulmanos. 36 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
  • 39. Descreva um rito fúnebre de que você tenha participado ou que tenha estudado. Pessoal. Assinale X nas alternativas que correspondem a algo que poderia ser feito para ajudar alguém que está passando por uma situação de perda e luto. ( ) Conversar e dar risadas durante o velório ou o enterro. ( X ) Oferecer um abraço para que a pessoa possa chorar e se sentir acolhida. ( X ) Dizer palavras de ânimo e gentileza para quem está sofrendo. ( X ) Oferecer ajuda financeira ou material para esse momento difícil. ( ) Oferecer ajuda aos familiares e aos amigos do falecido apenas durante o rito fúnebre, pois, ao final dele, a ajuda não é mais necessária. ( X ) Permanecer com a pessoa que está sofrendo, mesmo que em silêncio, em sinal de solidariedade. ( X ) Participar de atos religiosos, como cerimônias e orações, em homenagem ao falecido, indepen- dentemente de ser de outra religião. Em sua opinião, quais outras ações poderiam ser realizadas para auxiliar alguém que está enfrentando a morte de uma pessoa querida? Pessoal. Espera-se que os alunos identifiquem outras maneiras de auxiliar uma pessoa enlutada, como estando presente na vida dela, não apenas no dia do ritual fúnebre; disponibilidade para escutá-la falar sobre os sentimentos dela, etc. Verifique também se os alunos percebem a diferença entre ações que podem ser realizadas por eles e aquelas que precisam da ajuda de um adulto, como a ajuda financeira, por exemplo. 1. 2. 3. Orientações para a realização das atividades. 10 37 CAPÍTULO 2 | RITOS PARA ALÉM DA VIDA
  • 40. A VIDA CONTINUA A turma ainda sente muito a falta da Leza e lembra dela a todo momento, mas há sempre espaço para uma nova amizade. Vamos dar as boas-vindas à Estela! Orientações para a abordagem do tema e da chegada da nova personagem. 11 OLÁ! EU SOU A ESTELA. VIM DE OUTRA CIDADE. EU QUERIA PERGUNTAR POR QUE VOCÊ ESTÁ EM UMA CADEIRA DE RODAS. MAS SE FALAR NISSO LHE DEIXA TRISTE, NÃO PRECISA RESPONDER, TÁ? A CADEIRA DE RODAS ME AJUDA A ME MOVIMENTAR DESDE PEQUENA, PORQUE MINHAS PERNAS NÃO TÊM FORÇA. OLÁ, SEJA BEM- -VINDA! QUEREMOS QUE VOCÊ SE SINTA MUITO BEM EM SUA NOVA ESCOLA. OBRIGADA! VOCÊS ESTUDAM AQUI HÁ MUITO TEMPO? ACHO QUE VOCÊ VAI GOSTAR DAQUI! SIM. MEUS PAIS SE SEPARARAM. ENTÃO, MINHA MÃE E EU VIEMOS MORAR AQUI. SIM! VOCÊ SE MUDOU PARA NOSSA CIDADE HÁ POUCO TEMPO? Dayane Raven. 2016. Digital. 38 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
  • 41. SIM. HAVIA MAIS UMA ALUNA, A LELÊ, MAS ELA FOI MORAR COM O AVÔ. A AVÓ DELA FALECEU HÁ POUCO TEMPO. NÓS ATÉ CONVERSAMOS UM POUCO SOBRE ISSO E ENTENDEMOS QUE A MORTE FAZ PARTE DA VIDA. MAS A LELÊ FAZ FALTA. SENTIMOS SAUDADES DELA. PARA OS ESPÍRITAS, A MORTE NÃO É O FIM. ACREDITAMOS NA REENCARNAÇÃO, OU SEJA, QUE NASCEMOS, VIVEMOS, MORREMOS E, DEPOIS DE UM TEMPO DE PREPARAÇÃO, NASCEMOS NOVAMENTE PARA APRENDERMOS A SER PESSOAS MELHORES. AS RELIGIÕES INDÍGENAS LEMBRAM QUE A VIDA TEM VÁRIAS FASES. FESTAS E RITOS MARCAM A PASSAGEM PARA UMA NOVA FASE: QUANDO NASCEMOS, CRESCEMOS, CASAMOS. O MOMENTO DA MORTE É UMA PASSAGEM MARCADA POR RITOS FÚNEBRES. Estela explicou que, nas reuniões do Centro Espírita, ela e sua família estudam o Espiritismo, além de receber passes, que são como bênçãos, pelas mãos de um médium, uma pessoa que se comunica com os espíritos. Quando a aula começou, Estela já se sentia parte do grupo. NÓS, CRISTÃOS, ACREDITAMOS NA RESSURREIÇÃO, NO DIA DO JUÍZO FINAL. TODOS RESSUSCITARÃO E OS QUE FORAM BONS VIVERÃO ETERNAMENTE COM DEUS. PARA AS RELIGIÕES AFRO- -BRASILEIRAS, A VIDA E A MORTE SÃO GUIADAS POR FORÇAS DIVINAS. MORRER É PASSAR PARA OUTRA DIMENSÃO NA QUAL ESTÃO OUTROS ESPÍRITOS, OS ORIXÁS E OS GUIAS. TODOS OS ALUNOS DA CLASSE VIERAM HOJE? 39 CAPÍTULO 2 | RITOS PARA ALÉM DA VIDA
  • 42. Desenhe o que você imagina que acontece depois da morte. 1. Orientações para a realização das atividades. 12 Em pequenos grupos, exponha aos colegas o que você desenhou e converse sobre o assunto. Cada grupo deve apresentar para a turma o que foi discutido na atividade anterior. 2. 3. 40 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
  • 43. E DEPOIS? DIFERENTES RESPOSTAS PARA O PÓS-MORTE Em algum momento, as pessoas percebem que um dia a vida acabará, que a morte chega para todos os seres vivos e não pode ser evitada. O relacionamento das pessoas com o sagrado pode levá-las a diferentes interpretações sobre a morte e o que acontece depois dela, o pós-morte. Por exemplo: o fim de tudo, uma passagem, um recomeço, uma mudança, etc. Que respostas a humanidade conseguiu dar até hoje para o que acontece após a morte? As religiões apresentam pelo menos quatro formas diferentes de explicar o que acontece depois da morte: a ressurreição, a reencarnação, a ancestralidade e o nada. Nas próximas páginas, você vai conhecer cada uma dessas explicações e o significado delas. Orientações para a abordagem do tema. 13 Dayane Raven. 2016. Digital. NÓS, OS BUDISTAS, E OS ESPÍRITAS CREMOS QUE EXISTE A REENCARNAÇÃO. EU SOUBE QUE, PARA QUEM É ATEU, NÃO HÁ NADA ALÉM DESSA VIDA. PARA MIM, PARA O FELIPE, O YUREM E O ABNER, A MORTE NÃO É O FIM. HÁ OUTRA VIDA. OS CATÓLICOS A CHAMAM DE VIDA ETERNA. 41
  • 44. RESSURREIÇÃO A palavra ressurreição traz a ideia de ressurgimento de uma pessoa. As religiões que creem na ressurreição, como o Cristianismo, o Islamismo e o Judaísmo, compreendem que a morte é uma limitação humana, mas não é o fim de tudo. Ressuscitar significa reviver, mantendo a mesma identi- dade que se tinha antes da morte. Os adeptos dessas religiões acreditam que o destino da alma, após a morte, é temporário. O destino final ocorre apenas depois do Juízo Final, quando terá início a vida eterna, de acordo com as obras que a pessoa realizou enquanto vivia. REENCARNAÇÃO O Espiritismo, o Budismo e algumas religiões afro-brasi- leiras respondem à pergunta sobre o que acontece após a morte com a palavra reen- carnação. Ela traz a ideia de um novo nascimento, em um novo corpo. As religiões que acredi- tam na reencarnação enten- dem que, depois da morte, a pessoa volta a nascer, inúme- ras vezes, sempre em um novo corpo, para uma nova vida. Dayane Raven. 2016. Digital. 42 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
  • 45. Cada uma dessas exis- tências é uma oportunidade para a pessoa superar falhas e defeitos, modificando-se e corrigindo os erros cometidos nas existências anteriores. Por- tanto, a reencarnação é vista como uma forma de alcançar a perfeição, por meio do esforço pessoal. ANCESTRALIDADE A palavra ancestralidade vem de ancestral, termo que se refere a um antepassado, ou seja, a um familiar do qual se é descendente. De acordo com as crenças de grande parte dos povos indígenas e de alguns povos da África, mesmo após a morte, as almas das pessoas permanecem presentes na comunidade em que viviam. Esses povos valorizam muito a ancestralidade e realizam celebrações para os mortos, a fim de homenageá-los e fazer com que a presença deles no grupo seja sentida. O culto aos ancestrais é celebrado com orações e oferendas; é uma prática que se baseia na crença de que a pessoa falecida continua existindo após a morte e tem a capacidade de influenciar os vivos, especialmente aqueles com quem tem relações familiares ou comunitárias. Ou seja, os vivos devem manter a memória dessa pessoa para serem auxiliados por ela. NADA Há indivíduos e grupos que não adotam uma explicação religiosa para o que ocorre com as pessoas após a morte. Entre eles, alguns consideram que não temos como responder a essa questão. Outros entendem que não existe nada além da vida atual. Essas pessoas acreditam que nascemos e morremos na Terra, que tudo começa e acaba aqui. Para elas, após a morte, há “o nada”, ou seja, não existe outra realidade, outro mundo, nem alma, espíritos, divindades ou seres sobrenaturais. Quando alguém morre, o corpo se transforma em matéria, que a natureza aproveita para nutrir a terra e, assim, alimentar outras formas de vida. Dayane Raven. 2016. Digital. 43 CAPÍTULO 2 | RITOS PARA ALÉM DA VIDA
  • 46. Agora é sua vez de expressar suas ideias. a) Quais são as diferentes crenças apresentadas a respeito do que acontece após a morte? São apresentadas três formas de crer: ancestralidade, reencarnação e ressurreição. Quem não acredita na vida pós-morte crê que a morte é o fim de tudo. b) Quais são as religiões dos personagens e suas crenças a respeito do pós-morte? Dulce (Catolicismo), Felipe (Religião Evangélica/Protestante), Abner (Judaísmo) e Yurem (Islamismo) acreditam na ressurreição. Manjari (Budismo), Estela (Espiritismo) e Sikulume (Umbanda) acreditam na reencarnação. Potira (Religião Indígena) acredita na ancestralidade. c) Qual é a sua crença ou a de sua religião a respeito do que acontece após a morte? Pessoal. O objetivo da resposta é que cada aluno consiga ser coerente com a explicação da vida pós-morte de acordo com a sua crença ou a da religião que pratica. 1. 44 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
  • 47. 4XDQGÏĤODPRßGDPRãWHHGDVFUHQmDVVR¾HÏ Sw߯PRãWHĤODPRßWDPePGDæGDHGHFRáÏDVSHVVRlV OLGDPFRáRßDFRàWHFLPHQWRßTHĤ]HPSDUWHGHOD KHJRÚDKRãDGH’LQFDU6LJDDVRãLHQWDm{ÞVHMRƒXHFRá RßFRäHJDVDWULOKDGDæGD (VFRäKDXPFRäHJDSDUD’LQFDU 5HFRãWHÏWDvOHLUÏDVFDUWDVHÏGDGÏGDVSgJLQDVGH DGRPDWHULDOGHDSRÜÏ 0RàWHÏWDvOHLUÏHÏGDGÏ(VFRäKDXPSHTHQÏ ŖHWÏSDUDPDUFDUÏVHXOXJDUQDWULOKD ÃãUDFKDDSRàWDGRãFOLSH -RƒXHSDURÚrPSDUSDUDVD“UTHPLQLFLDÏMRƒÏ )DmDÏTHVHSHGHQDFDVDHPTHÈŸpSDURÚ6HWLçU XPSRàWÏGHLQWHUURƒDmkÏUHVSRàGDhSHUJXQWDGD FDUWDFRãUHVSRàGHQWHVHDFHUWDUDêQFHXPDFDVD VHHUUDURÚDFDVDHVWLçUê]LDSDVVHDç]SDUDÏ SUwťLPÏFRäHJD 4XHPçQFHUÏSDURÚrPSDUGHçUgMRƒDUÏGDGÏ þQ|PHUÏ LGRLQGLFDUgTDQWDVFDVDVÏ MRƒDGRãêLDêQmDU *DQKDÏMRƒÏTHPFKHJDUSULPHLUÏDÏĦQDO 9DPRß’LQFDU $VVLQDGÏ'XOFH Leia a carta que o Teco trouxe para você! 1. Orientações para a realização da atividade. 14 ¾HÏ Neste capítulo, você estudou sobre cerimônias e ritos fúnebres das religiões dos personagens. Viu que algumas religiões têm diferenças em relação à forma do sepultamento, que pode ser o enterro ou a cremação. Mas todas têm uma crença a respeito da vida após a morte, que pode ser a vida eterna ou a possibilidade de reviver em novos corpos. Além disso, os ritos têm em comum as orações e o cuidado com a pessoa falecida. Este estudo é importante para conhecer e respeitar as crenças de outras pessoas e também para reafirmar em que você e sua família acreditam. Dayane Raven. 2016. Digital. 45 CAPÍTULO 2 | RITOS PARA ALÉM DA VIDA
  • 49. Orientações para a abordagem do capítulo. 1 Neste capítulo, você vai conhecer diferentes expres- sões artísticas, como pintura, escultura e dança, que repre- sentam e manifestam o sagrado nas religiões. Você vai per- ceber que essas expressões da arte são diferentes em cada cultura e também que fazem parte das religiões. D ay an e Ra ve n. 20 16 . D ig ita l. ©Shutterstock/Ksenia Ragozina 47
  • 50. Ao longo do tempo, indivíduos e culturas criaram diversas maneiras de expressar sentimen- tos relacionados à perda e ao luto. Uma das formas é por meio da arte. As crenças a respeito da vida após a morte e os ritos fúnebres foram representados artisticamente por diversas culturas. Observe algumas obras de arte cujo tema é a morte. 1. Orientações para a realização das atividades e sugestão de atividades. 2 !PietáGH0LFKHODQJHORVLJQL¿FD³SLHGDGH´ UMA OBRA DE ARTE FAMOSA COM ESSE TEMA É PIETÁ, DO ESCULTOR ITALIANO MICHELANGELO. ELA REPRESENTA A MÃE DE JESUS COM O CORPO DO FILHO NOS BRAÇOS, DEPOIS DE SER RETIRADO DA CRUZ. Ilustrações: Dayane Raven. 2016. Digital. Ilus raç raç traç rações: Day ne ane n Raven. 2016. Digital ta . YOSHIYUKI. Retrato da morte (shini-e) para Kataoka Gadô II. 1863. 1 xilogravura, color., 26 cm × 37,5 cm. Universidade Ritsumeikan, Quioto. !Atores de teatro kabuki que faleciam eram retratados em gravuras chamadas de shini-e NESTA OBRA, O ARTISTA FEZ UMA HOMENAGEM A UM ATOR DE TEATRO QUE HAVIA FALECIDO. ©Shutterstock/Bryan Busovicki ©Ritsumeikan University, Quioto BUONARROTI, Michelangelo. Pietá. 1499. 1 escultura em mármore, 174 cm × 195 cm. Basílica de São Pedro, Vaticano. 48 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
  • 51. Converse com o professor e os colegas sobre estes assuntos: a) Que sentimentos você teve ao observar as obras de arte desta página e da anterior? b) Em sua opinião, por que as pessoas fazem obras de arte cujo tema é a morte? c) Você já viu outras obras de arte cujo tema é a morte? Em caso afirmativo, onde foi: em um mu- seu, na internet ou outro lugar? 2. !1DREUDRFRQGHGH2UJD]pFDUUHJDGRSRU sacerdotes e, acima, estão Jesus, Maria e outros seres divinos A PINTURA O ENTERRO DO CONDE DE ORGAZ É CONSIDERADA UMA OBRA- -PRIMA DO PINTOR EL GRECO, QUE NASCEU NA GRÉCIA E DESENVOLVEU GRANDE PARTE DE SUA CARREIRA ARTÍSTICA NA ESPANHA. Dayane Raven. 2016. Digital. NA ESPANHA. Dayane Raven. 2016. 16 16 16 16 16 Digital. EL GRECO. O enterro do conde de Orgaz. 1587. 1 óleo sobre tela, color., 480 cm × 360 cm. Igreja de São Tomé, Toledo. © I g r e j a d e S ã oTom é,Toledo/Fotógrafo desconhecido 49 CAPÍTULO 3 | ENCONTRANDO O SAGRADO NA ARTE
  • 52. OS MISTÉRIOS DA VIDA E DA MORTE NAS CULTURAS A vida renova-se constantemente, e as pessoas que por aqui passam deixam sua contribui- ção para a humanidade, que continua sua caminhada no mundo. É importante entender a morte como parte do ciclo de existência de cada um. A vida é feita de muitos mistérios e temos as curiosidades: De onde viemos? Por que estamos aqui? Para onde vamos? O ser humano sempre buscou respostas a essas perguntas para auxiliá-lo a enfrentar os mistérios da existência: o nascimento, a vida e a morte. Assim, os diferentes modos de viver levam a diversas interpretações a respeito da vida e do que acontece depois da morte. De qualquer forma, desde os povos ancestrais, a morte sempre foi vista como algo enigmático, misterioso. enigmático: difícil de compreender e de interpretar. misterioso: que contém algum mistério, um sentido que está oculto. É VERDADE! ALGUMAS CULTURAS MANTÊM A MEMÓRIA DE QUEM JÁ MORREU. O QUE SE ENTENDE SOBRE O PÓS- -MORTE É UMA EXPRESSÃO DAS CRENÇAS RELIGIOSAS. DEPOIS QUE COMECEI A APRENDER SOBRE RITOS, ENTENDI QUE A VIDA É CHEIA DE CERIMÔNIAS QUE CELEBRAM O NASCER, O VIVER E ATÉ O MORRER. QUANDO O ASSUNTO É O QUE ACONTECE DEPOIS DA MORTE, CADA PESSOA CRÊ DE UM MODO DIFERENTE. As tradições culturais e religiosas têm interpretações dife- rentes para tais mistérios. Isso também ocorre em relação à mor- te. Como vimos, existem ao menos quatro respostas para o que acontece após a morte: a ressurreição, a reencarnação, a ances- tralidade e o nada. Dayane Raven. 2016. Digital. Dayane Raven. 2016. Digital. 50 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
  • 53. A figura de Jesus Cristo ressuscitado é o maior símbolo das religiões cristãs, compreendida como sinal de um novo começo. Que tal montar um quebra-cabeça de uma pintura que represen- ta a ressurreição? A obra é do alemão Matthias Grünewald, que viveu de 1470 a 1528. Recorte as peças do quebra-cabeça da página 7 do material de apoio. Monte-as e cole-as a seguir. 1. Orientações para a realização das atividades. 3 De que maneira você compreende essa pintura? Pessoal. Espera-se que os alunos percebam a ressurreição, superando os dois momentos da morte de Jesus na pintura: a crucificação e o túmulo (Santo Sepulcro). Para os cristãos, a essência da fé está na ressurreição, vista como uma transformação. De que outras maneiras uma pessoa pode se transformar? Pessoal. O objetivo é que os alunos pensem nas possibilidades de mudança de atitudes, como passar a dividir o lanche com os colegas, passar a ajudar nas tarefas da casa, decidir-se por agir com mais paciência, etc. 2. 3. onte-as e cole-as a s s s s s s s s seg e uir. 51 CAPÍTULO 3 | ENCONTRANDO O SAGRADO NA ARTE
  • 54. Orientações para a abordagem do tema. 4 ANI.O livro dos mortos. [1300 a.C.]. 1 papiro. Museu Britânico, Londres. ESTA OBRA SE CHAMA O LIVRO DOS MORTOS. ELA FOI PRODUZIDA MAIS DE 1300 ANOS ANTES DO NASCIMENTO DE CRISTO E REPRESENTA COMO OS ANTIGOS EGÍPCIOS ENTENDIAM A MORTE E O QUE ACREDITAVAM QUE ACONTECIA DEPOIS DELA. Dayane Raven. 2016. Digital. A MORTE E AS ARTES ESTA É UMA RÉPLICA DO MAUSOLÉU DE HALICARNASSO, O LUXUOSO TÚMULO DO GOVERNANTE PERSA MAUSOLO, CONSTRUÍDO 353 ANOS ANTES DO NASCIMENTO DE CRISTO. SEU NOME DEU ORIGEM AO TERMO “MAUSOLÉU”, QUE HOJE SIGNIFICA TÚMULO GRANDIOSO. !5pSOLFDGRW~PXORGH0DXVRORJRYHUQDQWHGR ,PSpULR3HUVDQDDQWLJDFLGDGHGH+DOLFDUQDVVR atual Bodrum, na Turquia ©Museu Britânico, Londres ©Wikimedia Commons/Nevit Dilmen 52 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
  • 55. ESTA É A ORIXÁ OYÁ OU IANSÃ. NA TRADIÇÃO DOS POVOS AFRICANOS IORUBÁ, ELA GUIA OS ESPÍRITOS DOS QUE MORREM PARA O MUNDO DOS MORTOS. !Escultura de Iansã !O Dia dos Mortos, celebração que mistura tradições indígenas com as católicas, realizada no México VEJA UMA FOTO DA COMEMORAÇÃO DO DIA DOS MORTOS, REALIZADA NO MÉXICO PARA CELEBRAR A VIDA DOS ANCESTRAIS. ESSA É UMA DAS FESTAS MEXICANAS MAIS ANIMADAS E FOI DECLARADA PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDADE PELA UNESCO. !!!! PELA UNESCO. EST IA DO IO E MO ©Wikimedia Commons/Eurico Zimbres ©Shutterstock/Kobby Dagan MORENO, Tatti. Iansã. 1979. 1 escultura em metal. Parque da Catacumba, Rio de Janeiro. 53 CAPÍTULO 3 | ENCONTRANDO O SAGRADO NA ARTE
  • 56. Faça uma pesquisa sobre o Papiro de Ani, a versão mais conhecida de O Livro dos Mortos, feito mais de 1300 anos antes do nascimento de Cristo. Anote, a seguir, qual era a crença egípcia acerca do pós- -morte, especialmente em relação ao chamado Tribunal de Osíris. O Livro dos Mortos continha orações e fórmulas que cada alma deveria recitar a Osíris no Julgamento, para que ela fosse aceita no Paraíso. Os egípcios acreditavam que, após o falecimento, as almas seriam conduzidas pelo deus Anúbis (representado como um homem com cabeça de chacal) até o Tribunal de Osíris, onde suas ações em vida seriam julgadas para decidir seu destino. O coração do falecido era posto em uma balança, equiparado com uma pena (que representava a deusa Maat e a verdade). Se o coração fosse mais leve do que a pena, a alma seguia para ser interrogada pelo deus Osíris e teria a oportunidade de seguir para o Paraíso ou para o Inferno; se o coração fosse mais pesado, a alma era devorada por uma criatura misto de hipopótamo, leão e crocodilo, chamada Ammit. Entre as obras de arte apresentadas neste capítulo, de qual você mais gostou? Por quê? Pessoal. Incentive os alunos a compartilhar suas opiniões sobre as obras de arte apresentadas e sua possível relação com as crenças deles. Sobre as obras de arte que tratam da morte como tema, assinale as afirmativas corretas. ( ) São obras que, geralmente, têm o objetivo de alertar as pessoas sobre os perigos da vida. ( X ) São maneiras de retratar as crenças do pós-morte. ( X ) Essas obras de arte podem ser feitas para expressar sentimentos de perda e de luto. ( ) Representam momentos felizes de alguém que já faleceu. ( X ) Os ritos fúnebres podem ser representados nessas obras. ( ) Não existem obras de arte que tratem da morte como tema. 1. 2. 3. Orientações para a realização das atividades. 5 54 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
  • 57. Nesta página, crie uma obra de arte com desenho, pintura ou colagem. Sua obra deve representar algo que você considera sagrado. 4. p g 55 CAPÍTULO 3 | ENCONTRANDO O SAGRADO NA ARTE
  • 58. ARTE PARA OS ANCESTRAIS Os ancestrais são pessoas que viveram no passado e já faleceram, mas que deixaram ensina- mentos e memórias importantes para seus descendentes. Esses ensinamentos e essas memórias são transmitidos de geração em geração. As religiões têm diferentes formas de expressar a importância dos ancestrais para as pessoas e para as culturas. Por exemplo, a transmissão de mitos, a realização de ritos e celebrações em ho- menagem aos que já se foram e a representação por meio de obras de arte. !Algumas cerimônias do budismo honram a vida dos ancestrais; podem ser realizadas em casa ou em templos, em cultos e ritos ligados aos ciclos da natureza. !Celebração em homenagem aos antepassados durante o Festival de Qingming, relacionado ao taoismo !O afoxé Ylê de Egbá, fundado em 1986, no Recife, tem por objetivos tratar da ancestralidade africana e mostrar a riqueza de seus heróis, príncipes, reis e orixás. !Entre os Iorubás, os antepassados são os aliados mais poderosos para ajudar as pessoas a evoluir. Simbolizam a passagem do tempo e a rapidez da existência física. !Máscara do Reino de Benin (atual Nigéria): homenagem à ancestralidade !Na Umbanda, os pretos- -velhos representam ancestralidade e sabedoria ©iStockphoto.com/thongseedary ©Wikimedia Commons/Museu Metropolitano de Arte, Nova York/Steve ©Shutterstock/Anirut Thailand ©Flickr/Micheline Canal ©José Zumba ©Selene Rezende ZUMBA, José. Preto velho IV. 1993. 1 pintura. Acervo Walter Ferrari Filho. PINGENTE representando a máscara da rainha-mãe. Século XVI. 1 escultura em marfim, ferro e cobre, 23,8 cm × 12,7 cm × 8,3 cm. Museu Metropolitano de Arte, Nova Iorque. 56 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
  • 59. Procure uma imagem de arte religiosa e cole-a no espaço a seguir. Pesquise e escreva o significado dessa obra e o nome da religião que ela representa. Orientações para a realização da atividade. 6 A cruz, quando é representada vazia, simboliza a ressurrei- ção de Jesus. Vamos fazer uma obra de arte simbolizando atos bons e transformadores que realizamos no nosso dia a dia? Realize dez ações que possam ajudar a vida de outras pessoas. A cada atitude praticada, desenhe uma flor na cruz e, ao lado de cada flor, escreva o que você realizou. 1. 2. Orientações para a realização das atividades. 7 se e escreva o significado ©Shu tterst ock/V ladisC hern 57 CAPÍTULO 3 | ENCONTRANDO O SAGRADO NA ARTE
  • 60. Mosaicos são montagens coloridas feitas com pequenos pedaços de vidro, pedra ou outros materiais, colados muito próximos uns dos outros, formando desenhos. Podem retratar seres e objetos ou, como na arte islâmica, figuras e formas geométricas. A ARTE E AS RELIGIÕES A arte toca as pessoas por meio de linguagens e formas, como: arquitetura, pintura, escultura, desenho, música, dança e outras. Essas demonstrações artísticas transmitem aspectos de diferentes culturas. Por isso, espaços e construções especiais, religiosos ou não, usam a arte para revelar a be- leza, provocando nossa sensibilidade, e também para manter vivos certos conhecimentos. Do mes- mo modo, os livros religiosos podem ser produzidos, decorados e ilustrados de maneira artística. Os templos e outros locais sagrados consideram a fé das pessoas que se reúnem ali, mas também são construídos e decorados de acordo com a cultura da região em que se encontram e com o estilo seguido pelo artista que os projetou. Algumas expressões de arte encontradas nesses espaços são: as pinturas, os entalhes, os mosaicos, os ícones, os vitrais. Além de serem decorativas, essas obras podem relembrar pessoas e entidades importantes para um grupo religioso (divinda- des, santos, etc.) e ensinar ou ilustrar cenas significativas e trechos de narrativas sagradas. Alguns templos são decorados ainda com formas geométricas e livres, ou com figuras significativas, como as mandalas. Orientações para a abordagem do tema. 8 !Mosaico islâmico em São Paulo ©Wikimedia Commons/Fulvio Spada 58 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
  • 61. A PALAVRA “MANDALA” VEM DO SÂNSCRITO E SIGNIFICA “CÍRCULO”. !Ícone de Cristo Pantocrator do Sinai Ícones são representações de personagens sagrados ou cenas por meio de pintura ou gravura. São essenciais nos cultos da Igreja Ortodoxa. AS MANDALAS FAZEM PARTE DE VÁRIAS RELIGIÕES, MAS TAMBÉM PODEM SER UTILIZADAS COMO OBRAS DE ARTE, SEM SE ASSOCIAREM A UMA RELIGIÃO. A PA DO AS M D MA UTIL ARTE Os vitrais são obras feitas com pedaços de vidro colorido, frequentes nas igrejas do Catolicismo. As mandalas são figuras circulares que contêm muitos detalhes. Representam a relação do ser humano com o Universo e estão presentes em diversas culturas. ©Mosteiro de Santa Catarina, Monte Sinai, Egito ©Wikimedia Commons/Andreas Praefcke O BOM PASTOR. 1920. 1 vitral. Catedral Católica Romana de Nossa Senhora dos Anjos, Los Angeles. CRISTO Pantocrator do Sinai. Século VI. 1 pintura encáustica, color., 84 cm × 45,5 cm. Mosteiro de Santa Catarina, Monte Sinai, Egito. ©Shutterstock/ViSnezh Dayane Raven. 2016. Digital. 59
  • 62. A imagem a seguir é um exemplo de mandala. Pinte-a com as cores que preferir. 1. Orientações para a realização das atividades e sugestão de atividades. 9 Agora, crie uma imagem artística utilizando formas geométricas e livres para expressar como você entende a relação do ser humano com o Universo. 2. ©Shutterstock/Ira Mukti 60 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
  • 63. A DANÇA E O SAGRADO A dança é uma manifestação artística praticada de forma individual ou coletiva. Em alguns contextos, ela está associada a ritos religiosos, sendo considerada um ato sagrado. Trata-se de uma manifestação humana muito antiga, presente nas mais diversas culturas. Em diferentes épocas e lugares, a dança foi, e ainda é, realizada para celebrar momentos importantes da vida, como o nascimento, a maturidade, o casamento, a morte, a guerra, o traba- lho e os ciclos da natureza (tempo de plantar ou de colher, chegada de uma estação, etc.). Além de ser uma forma de arte, a dança proporciona alegria e o encontro entre as pessoas, reforçando seus laços comunitários. Também faz parte de ritos e celebrações de diferentes grupos religiosos, como meio de se aproximar do sagrado para agradecer ou para pedir o au- xílio divino. Em cada situação cultural, comemo- ração ou rito religioso, a dança é formada por um conjunto próprio de passos e ges- tos. Muitas vezes, é realizada por um grupo de pessoas reunidas em uma roda. Nesses casos, é conhecida como dança circular. Orientações para a abordagem do tema. 10 ©Sh utte rstoc k/Kz enon ©Shutterstock/Marcel Jancovic ©Shutterstock/Rajesh Narayanan ©Shutterstock/Master1305 ©S hu tte rst oc k/C ris tia n Za m fir 61 CAPÍTULO 3 | ENCONTRANDO O SAGRADO NA ARTE
  • 64. Formem quatro grupos e sigam as orientações do professor para realizar uma pesquisa sobre algumas danças existentes no Brasil. 1. Orientações para a realização das atividades. 12 Cada grupo deve produzir um texto coletivo com o resultado das pesquisas e ler seu conteúdo para compartilhar o aprendizado com os demais colegas. 2. Vimos que as danças circulares, ou dan- ças de roda, são praticadas em diferentes lo- cais e culturas. Podem ser danças tradicionais, comemorativas, folclóricas e até religiosas. São coletivas e acontecem na forma de uma roda, proporcionando aos participantes sen- timentos de união e de pertencimento a um grupo. Além do contato físico, por estarem de mãos dadas, os participantes cantam juntos a mesma melodia e realizam passos iguais. Orientações para a realização da atividade e sugestão de atividades. 11 Vamos fazer uma brincadeira em forma de dança de roda. a) Escolham uma música e, juntos, realizem uma dança de roda. De mãos dadas, todos devem fazer gestos e passos iguais. b) Depois de dançar, diga: Como você se sentiu durante a prática? Por quê? Neste capítulo, vimos que o ser humano se expressa por meio da arte. Ela pode dar origem a manifestações individuais ou coletivas com influência da cultura em que se vive e pode ter significados religiosos. Por meio da escultura, da pintura, da música e da dança, por exemplo, a arte pode ser um meio de expressar a fé e os sentimentos mais profundos das crenças religiosas. ©Shutterstock/Ayelet-keshet 62 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
  • 65. Leia com atenção o texto a seguir. 1. Encaminhamento metodológico e sugestão de atividades. 13 Criança cadeirante dança balé com amiga de escola de 6 anos Uma história linda surgiu da amizade das crianças Antônio – que é cadeirante – e Alícia, ambas de 6 anos de idade. [...] convidados assistiram a uma coreografia feita pelas duas crianças, que são melhores amigos na escola. [...] A professora Cleide Fernando explicou por que escolheu os dois para representar a turma na apresentação do Dia das Mães. “Notei a amizade e cumplicidade deles na aula de dança. E a dança é isso: superação, não tem limites. Por meio da dança, eles estão aqui. Antônio é o primeiro cadeirante que coreografei, e eles conseguiram absorver a dança muito bem”, contou. [...] As crianças falaram da amizade entre eles (sic) e encantaram a todos. [...] Converse com os colegas sobre o texto e responda às perguntas: a) Você considera que a dança pode ser um meio de inclusão social? Explique. Pessoal. Espera-se que os alunos percebam que a dança pode incluir pessoas de diversas classes sociais e com deficiências e habilidades diferentes. No caso da reportagem, o menino cadeirante foi o primeiro a ser coreografado pela professora, o que representa a novidade dessa forma de inclusão. b) Em sua opinião, por que as pessoas gostam de dançar? Pessoal. Espera-se que os alunos percebam que a dança pode ser apreciada por diversos motivos, entre eles, o religioso. c) O que a dança pode fazer pelas pessoas? Pessoal. Espera-se que os alunos percebam que a dança pode fazer bem para a saúde física, emocional e espiritual, além de contribuir para a sociabilização e a superação de desafios. 2. CRIANÇA cadeirante dança balé com amiga de escola de 6 anos. Disponível em: http://gshow.globo.com/programas/ encontro-com-fatima-bernardes/O-Programa/noticia/2015/06/emocao-crianca-cadeirante-danca-bale-com-amiga-de-escola- de-6-anos.html. Acesso em: 16 jun. 2019. 63 CAPÍTULO 3 | ENCONTRANDO O SAGRADO NA ARTE
  • 67. Orientações para a abordagem do capítulo. 1 Neste capítulo, você vai aprender que a divindade, ou o transcendente, pode ser representada de diferentes formas, de acordo com as crenças religiosas. Porém, há re- ligiões que acreditam no mesmo Deus, como ocorre com o Cristianismo, o Judaísmo e o Islamismo. Dayane Raven. 2016. Digital. 65
  • 68. Se você acredita em uma divindade, desenhe em uma folha como a imagina. No verso da folha, escre- va o nome e as características da divindade que você desenhou. Em uma roda de conversa, apresente seu desenho aos colegas e observe a produção deles. Leia o texto a seguir. 1. 2. 3. Orientações para a realização das atividades. 2 O poder de um sorriso Havia um pequeno menino que queria se encontrar com Deus. [...] Quando ele andou umas três quadras, encontrou um velhinho sentado em um banco da praça olhando os pássaros. O menino sentou-se junto dele, abriu sua mochila, e ia tomar um gole de guaraná, quando olhou o velhinho e viu que ele estava com fome, então ofereceu-lhe um pastel. O velhinho muito agradecido aceitou e sorriu ao menino. Seu sorriso era tão incrível que o menino quis ver de novo, então ele ofereceu-lhe seu guaraná. Mais uma vez o velhinho sorriu ao menino. O menino estava muito feliz. Ficaram sentados ali sorrindo, comendo pastel e bebendo guaraná pelo resto da tarde sem falarem um ao outro. Quando começou a escurecer o menino estava cansado e resolveu voltar para casa, mas antes de sair ele se voltou e deu um grande abraço no velhinho. [...] Quando o menino entrou em casa, sua mãe surpresa perguntou ao ver a felicidade estampada em sua face: “O que você fez hoje que te deixou tão feliz?”. Ele respondeu: “Passei a tarde com Deus.” E acrescentou: “Você sabe, ele tem o mais lindo sorriso que eu jamais vi.” O PODER de um sorriso. Disponível em: https://www.acidigital.com/Historias/sorriso.htm. Acesso em: 11 abr. 2019. Retome com os colegas os desenhos observados na atividade 2 e responda: a) Alguém desenhou uma divindade como um senhor idoso? E como uma criança? b) Na opinião de vocês, por que algumas pessoas imaginam Deus como um senhor idoso? 4. Dayane Raven. 2016. Digital. Enquanto isso, o velhinho chegou em casa radiante, e seu filho perguntou: “Por onde você esteve que te deixou tão feliz?” Ele respondeu: “Comi pastéis e tomei guaraná no parque com Deus”. Antes que seu filho pudesse dizer algo, ele falou: “Você sabe que ele é bem mais jovem do que eu pensava?” [...] 66 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
  • 69. O QUE É TRANSCENDÊNCIA? Transcender significa ultrapassar um limite. No caso das religiões, as palavras transcendên- cia e transcendente referem-se àquilo que está além da realidade concreta e visível deste mundo, por exemplo, o sagrado e os poderes (sobrenaturais ou milagrosos) que estão acima das capa- cidades comuns do ser humano. O transcendente pode ser compreendido como Deus ou uma divindade suprema. Dessa forma, transcendente é aquilo que transcende, ou seja, que está além do ser humano, e pode ser representado de variadas formas, em diferentes períodos e lugares. Diversas religiões acreditam que essas representações ajudam na comunicação com o transcendente. Assim, as di- vindades eram cultuadas desde tempos remotos, e ainda o são, recebendo pedidos, orações e oferendas. NÃO CONSIGO PASSAR DESSA FASE, ABNER! É QUE VOCÊ NÃO CONHECE OS PODERES DESSES DEUSES DO JOGO! Dayane Raven. 2016. Digital. 67 CAPÍTULO 4 | DESCOBRINDO A DIVINDADE
  • 70. Reflita e discuta com os colegas e o professor este assunto: O que significam os termos Deus, divino e divindade, na sua opinião? Agora, pesquise os significados dessas palavras no dicionário e os anote a seguir. Deus Se necessário, auxilie os alunos a perceber a definição mais adequada ao contexto. O sentido mais próximo da compreensão nessa faixa etária, segundo o Dicionário Aurélio (2010), é o de“ser infinito, perfeito, criador do Universo”. Outras definições podem ser encontradas, caso sejam consultados outros dicionários, ou mesmo um de termos religiosos. Por exemplo: ser supremo, espírito infinito e eterno, criador e preservador do Universo, etc. Divino Se necessário, auxilie os alunos a perceber a definição mais adequada ao contexto. Segundo o Dicionário Aurélio (2010): Respeitante ou pertencente a Deus. [...] Proveniente de Deus; concedido por Deus. [...] Sobrena- tural, sublime. Perfeito [...]”. Divindade Se necessário, auxilie os alunos a perceber a definição mais adequada ao contexto. Segundo o Dicionário Aurélio (2010):“Qualidade de divino. Natureza divina. Deus. Coisa ou pessoa que se adora. Deidade [...]”. Compartilhe com os colegas os significados que você encontrou e considere os que foram encontra- dos por eles. Com base nos significados obtidos, escreva como você entende o que é Deus, divino, divindade e transcendência. Pessoal. Incentive os alunos a comparar suas respostas na atividade 1 com as definições encontradas nos dicionários. 1. 2. 3. 4. Orientações para a realização das atividades e sugestão de atividades. 3 68 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
  • 71. Você sabia? Antes da invenção da escrita, muitos registros humanos foram deixados em forma de pinturas rupestres. Algumas delas representam animais e cenas do cotidiano. Acredita-se que os seres humanos pré-históricos atribuíam poderes mágicos a essas pinturas, ou seja, imaginavam que aquilo que retratassem aconteceria na vida real. Assim, cenas de caçada teriam sido desenhadas para que os caçadores reais obtivessem sucesso em suas tentativas. Orientações para a abordagem do tema e sugestão de atividades. 4 Acredita-se ainda que as pinturas rupestres não represen- tavam apenas os animais, mas o espírito deles, invocado pelo xamã. Este é um personagem tribal que exerce diversas funções, como as de sacerdote, curandeiro e estudioso do poder de cura das plantas. Pode também atuar como músico e narrador das tradições e dos fatos importantes de um povo. Por isso, ele é con- siderado guardião dos mitos e das histórias do seu povo. Durante os ritos religiosos, ele recorre a espíritos dos falecidos, de animais, de elementos da natureza e de divindades. pinturas rupestres: pinturas encontradas em cavernas e rochas, feitas com tintas naturais (produzidas com plantas, frutas, sangue de animais, carvão e outros elementos da natureza). ©Wikimedia Commons/Augusto Pessoa 69 CAPÍTULO 4 | DESCOBRINDO A DIVINDADE
  • 72. Orientações para a realização das atividades. 5 Islamismo Indígena Oxalá Guaraci Sem divindade Javé Allah Deus Espiritismo Budismo Religiões Protestantes/ Evangélicas Catolicismo Umbanda Judaísmo Você conhece os nomes do transcendente nas religiões? Observe os itens a seguir e associe cada personagem à sua religião e ao nome da divindade em que acredita. 1. Dayane Raven. 2016. Digital. 70 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
  • 73. No espaço a seguir, apresente de forma artística em que você crê. Pode ser o transcendente ou algo que não seja religioso. O importante é que você demonstre qual é a sua convicção. 2. Descreva seu desenho e explique o porquê da sua crença. 3. nvicção. 71 CAPÍTULO 4 | DESCOBRINDO A DIVINDADE
  • 74. DEUS QUE É UM Algumas das grandes religiões do mundo, como o Cristianismo, o Judaísmo e o Islamismo, creem que há um único Deus. Encaminhamento metodológico. 6 Realize um acróstico com a palavra Deus. Para isso, utilize as palavras dos livros sagrados acima para definir Deus nessas religiões. Dayane Raven. 2016. Digital. SURATA. In: O ALCORÃO Sagrado. Tradução de Samir El Hayek. LCC Publicações Eletrônicas. 59, 22-24. “Ele é Deus; não há mais divindade além d'Ele, Soberano, Augusto, Pacífico [...]. Tudo quanto existe nos céus e na terra glorifica-O, porque é o Poderoso, o Prudentíssimo.” ISAÍAS. In: BÍBLIA Hebraica Stuttgartensia. Cap. 44, vers. 6. v. 3. [s.p.]. E-book. “Assim diz Iahweh, o rei de Israel, Iahweh dos Exércitos, o seu redentor: Eu sou o primeiro e o último, fora de mim não há Deus”. “Eu sou o Senhor, e não há nenhum outro; não há outro Deus além de mim. [...]”. D E U S ISAÍAS. In: NOVA Bíblia Viva. São Paulo: Mundo Cristão, 2010. p. 606. Cap. 45, vers. 5. 72 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
  • 75. OS MISTÉRIOS DIVINOS Encaminhamento metodológico. 7 Leia o texto a seguir e depois responda. A HISTÓRIA do “Grande Espírito”. Revista Mundo e Missão, São Paulo, ano 22, n. 197, nov. 2015. De que maneira os animais acharam que encontrariam o Grande Espírito? Na história, como isso ocorreu? Os animais esperavam que o Grande Espírito se manifestasse como uma entidade, que aparecesse diante de seus olhos. Entretanto, os animais sentiram a presença da sua divindade ao compartilhar alimentos, unidos e alegres. Nesse sentido, o Grande Espírito representa a paz e a união. Orientações para a realização da atividade. 9 O QUE VOCÊ ENTENDE PELA PALAVRA “MISTÉRIO”? VOCÊ JÁ ASSISTIU A UM FILME OU LEU UMA HISTÓRIA QUE TINHA ALGUM MISTÉRIO A SER DESVENDADO? A ME E SER A história do “Grande Espírito” Era uma vez uma grande assembleia de bichos. Vieram de toda parte para conhecer e falar com o Grande Espírito, criador e mantenedor da vida que ia se manifestar. Pensando que poderia demorar vários dias, cada um trouxe comida dentro de um pote de barro. Tinha pote de todo tipo: pintado, com alças, com tampa, sem tampa, redondo, oval, com desenhos, simples. Um espetáculo! Puseram-se a rezar e a refletir, mas nada de o Grande Espírito aparecer. Passou tempo. Ficaram com fome. Cada um foi para seu lado comer. A onça tinha trazido só piracuí (farinha de peixe), a cutia só pimenta, o jacaré só tucupi (sumo da mandioca brava), o macaco só farinha de mandioca, o veado só trouxe água, e assim por diante. Cada um se satisfez e voltaram a rezar e a refletir. Continuaram assim durante três dias. Estavam cansados de esperar, cansados de sempre comer a mesma coisa; começaram a ficar irritados uns com os outros. Até duvidaram do Grande Espírito, pois este não aparecia mesmo. Aí, neste terceiro dia, o filhote da onça foi brincar com o filhote da cutia e lhe disse: “Vamos misturar pimenta de vocês com nosso piracuí e ver no que dá!”. Dito e feito. Ficou gostoso! Eles ficaram alegres e os outros filhotes os imitaram: se aproximaram com farinha, tucupi, água. As mães, vendo aquilo, em dois tempos arrumaram uma mesa grande onde todos os potes de comida foram colocados em comum. Todo mundo veio e fizeram o maior banquete, bonito e alegre. Neste dia, neste banquete, conheceram o Grande Espírito. Encaminhamento metodológico. 8 Dayane Raven. 2016. Digital. 73 CAPÍTULO 4 | DESCOBRINDO A DIVINDADE
  • 76. Nahistória,osfilhotestiveramaideiadejuntarosalimentosparaquetodospudessemaproveitara contribuição de cada um. Agiram assim por pensar no bem de todos e não apenas no próprio interesse. Organize com os colegas e o professor uma campanha de arrecadação de alimentos, roupas, brinque- dos ou outros itens. Para isso, escolham uma instituição que esteja precisando de doações e façam outras pessoas felizes! Descreva no caderno como foi a preparação da atividade e a entrega da doação. Depois, escreva como você se sentiu após essa ação. DEUS UNO-TRINO 1. 2. Orientações para a realização das atividades. 10 Pesquise no dicionário e registre os significados das palavras a seguir. a) Uno: Único. b) Trino: Composto de três elementos. PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO Orientações para a realização da atividade. 11 Para o Cristianismo, Deus é uno e, ao mesmo tempo, trino. Esse conceito é conhecido como “trindade” e significa que Deus é entendido como a unidade entre Pai, Filho e Espírito Santo. Essa é a compreensão da maioria dos cristãos católicos, evangélicos e ortodoxos que reconhecem Jesus Cristo como o filho de Deus. RINO SERÁ QUE NOSSOS AMIGOS SABEM O QUE SIGNIFICAM ESSES TERMOS? PARA O CRISTIANISMO, DEUS É UNO E TRINO AO MESMO TEMPO! EUS AO O! M a r c e l o B i t t e n c o u r t . 2 0 1 6 . D i g i t a l . Dayane Raven. 2016. Digital. 74 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
  • 77. Para entender melhor como“três”podem ser“um”, você vai precisar de três cores diferentes de massa de modelar. Agora, siga as orientações a seguir. a) Faça três rolinhos de massinha, cada rolinho de uma cor diferente. b) Faça uma trança com eles. c) Desenhe neste espaço o que você fez com a massa de modelar. 1. d) Os rolinhos estão juntos; mas é possível distinguir cada cor? Pessoal. Espera-se que seja possível distinguir cada cor. Relacione a trança de massa de modelar com a frase: No Cristianismo, Deus é entendido como uma trindade, ou seja, como a unidade entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. O que é possível compreender dessa frase por meio da experiência de confeccionar a trança? Pessoal. Espera-se que os alunos compreendam que as unidades Pai, Filho e Espírito Santo podem ser vistas em sua representação individual (como os rolinhos), mas que juntas se tornam uma nova unidade, a trindade (como a trança). 2. Orientações para a realização das atividades. 12 75 CAPÍTULO 4 | DESCOBRINDO A DIVINDADE
  • 78. As diferentes crenças do ser humano influenciam o comportamento que ele tem com o pró- ximo e com a natureza. Reconhecer que existem diferentes entendimentos do sagrado é uma forma de respeitar o outro. Assim, respeitar a relação que cada pessoa tem com Deus ou com os deuses em que acredita é uma maneira de conviver bem, fazendo valer os direitos humanos e a liberdade. !Omolu !Ogum !Iemanjá Danilo Dourado Santos. 2019. Digital. DEUS NO PLURAL No passado, as religiões praticadas na Grécia Antiga, em Roma, no Egito e em outras regiões do mundo se baseavam na existência de diferentes deuses relacionados às forças da natureza. Cada divindade tinha uma personalidade própria e era responsável por algum elemento da natureza ou da vida humana. Algumas dessas divindades eram representadas como figuras humanas e outras, como figuras compostas de partes humanas e partes de animais. Os deuses gregos, por exemplo, eram semelhantes aos seres humanos e, portanto, tinham qualidades e defeitos. Além disso, os gregos acreditavam que, em diversas situações, os deuses deixavam o Monte Olimpo, onde viviam, para interagir com os mortais. Atualmente, ainda há religiões, de diferentes lugares do mundo, que acreditam em vários deuses; por exemplo, o Hinduísmo, o Xintoísmo, a Wicca e religiões africanas e afro-brasileiras, como o Candomblé. As divindades africanas, conhecidas como Orixás e presentes nas religiões afro-brasileiras, reúnem características humanas com as de elementos e forças da natureza, como as águas, o fogo e outros. q 76 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
  • 79. DIVINDADES NO HINDUÍSMO Vimos que o Hinduísmo é um exemplo de religião que acredita em várias divindades. Observe, a seguir, as representações artísticas de algumas divindades dessa religião. s des e sa religião. ©Wikimedia Commons/AngMoKio Orientações para a abordagem do tema e sugestão de atividades. 13 ©Wi kime dia Com mon s/UB C Mus eum of Anth ropo logy ue es ©Wikimedia Commons/AngMoKio ©Wikimedia Commons/Victoria and Albert Museum, Londres ©Wikimedia Commons/Honolulu Museum of Art/Hiart ©Wikimedia Commons/WL ©W ikim ed ia Co mm on s/C lem en sm ara bu ©W ikim edi a Co mm on s/P ete r Blo hm ©Shutterstock/Dipak Shelare © W i k i m e d i a C o m m o n s / A u g u s t u s B i n u !Divindade Shiva !Divindade Krishna !Divindade Muruga !Divindade Matsya !Divindades Brahma, Vishnu e Shiva !Divindade Shiva !Divindades Gorabhairava, Bahuchara e Kalabhairav !Divindade Vessavana !Divindade Lakshmi 77
  • 80. ©Wikimedia Commons/Tris T7 Entre as diversas divindades do Hinduísmo, há três deuses principais: Brahma, o criador do Universo: pode ser representado com quatro cabeças, que simbolizam os quatro Vedas (textos sagrados hinduístas). Vishnu, o preservador do Universo: é associado ao Sol e representa aspectos como o amor, a verdade, a lei e a piedade. Shiva, o deus da destruição, mas também do renascimento e da transformação. Esses três deuses, Shiva, Vishnu e Brahma, em equilíbrio, formam o Brahman, um deus só: trino e uno. !Brahma !Vishnu ©Shutterstock/AdalyanSona ©Wikimedia Commons/Ramanarayanadatta astri !Shiva 78 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4
  • 81. Em cada região da Índia, as pessoas se aproximam mais de uma ou de algumas das diversas divindades do Hinduísmo. Entre as mais populares, podem ser citadas Ganesha e Krishna. Ganesha supera todos os obstáculos e é o deus dos novos empreendimentos. Krishna, por sua vez, repre- senta a verdade absoluta. !Ganesha !Krishna Você sabia? Orientações para a abordagem do tema. 14 As vacas são sagradas para os hinduístas. Segundo a crença desse grupo religioso, elas são a montaria do deus Shiva. Em sinal de respeito, os hinduístas não se alimentam da carne desses animais. Em algumas regiões da Índia, o rato e o búfalo também são considerados animais sagrados e, portanto, não podem ser maltratados ou mortos. !Vacas, animais sagrados para os hinduístas ©Wikimedia Commons/Adityamadhav83 ©Fotoarena/Alamy ©Shutterstock/LenaVolkova 79 CAPÍTULO 4 | DESCOBRINDO A DIVINDADE
  • 82. Vamos brincar com o Jogo da memória? a) Recorte as peças das páginas 9 e 11 do material de apoio. b) Convide um colega para jogar com você. c) Misturem as cartas dos dois jogos e deixe-as viradas para baixo. d) Decidam quem iniciará o jogo. e) Encontrem a carta com uma imagem e a carta com o seu significado na mesma rodada. f) Quem acertar poderá jogar mais uma vez. Depois de jogar, cole as peças do jogo no caderno, mantendo a correspondência entre as imagens e seus significados. Crie um jogo de memória para relembrar os assuntos que você estudou ao longo do ano. Para isso, use os moldes de cartas das páginas 13 e 15 do material de apoio. 1. 2. 3. Orientações para a realização das atividades. 15 Encaminhamento didático. 16 Neste volume, foi possível pensar em diferentes etapas da vida e nas crenças que envolvem esses ciclos! Você aprendeu sobre os ritos de batismo das religiões cristãs e afro-brasileiras e a apresentação da criança nas comunidades religiosas do Judaísmo, do Islamismo e dos povos indígenas. Aprendeu também como as religiões celebram o casamento e as particularidades de cada crença nos ritos fúnebres. Compreendeu que cada religião tem ideias diferentes sobre o pós-morte, como a reencarnação, a ressurreição e a ancestralidade, e que existem crenças não religiosas a respeito, como a ideia do nada. Você conheceu ainda exemplos de como as noções de morte e de sagrado podem ser representadas por meio de pinturas, esculturas, vitrais e ícones. Além disso, aprendeu que as religiões podem crer em uma ou mais divindades e que há religiões sem divindades, como o Budismo. Refletir sobre as etapas da vida e seus ritos em diferentes religiões reaviva o planejamento de vida baseado na religião e nas crenças de cada um. Perceber que existem outras religiões que abordam temas semelhantes nos auxilia a perceber que não estamos sozinhos e que muitas pessoas se baseiam em uma religião para traçar suas vidas. aç açar ar sua u s s vi vida d s. Dica: Procurem deixar as peças nos mesmos lugares ao virá-las no jogo. Dayane Raven. 2016. Digital. 80
  • 83. JOGO TRILHA DA VIDA – TABULEIRO Página 45 O pneu do carro dos noivos furou. Volte 1 casa. Flor de lótus. Avance 3 casas. O noivo fugiu. Retorne para o início do jogo. Dayane Raven. 2019. Digital. 1 MATERIAL DE APOIO
  • 84.
  • 85. JOGO TRILHA DA VIDA – TABULEIRO Página 45 Cole aqui a continuação do seu tabuleiro Que alegria, um nascimento! Avance 2 casas. Fim do jogo Cerimônia religiosa da morte da avó de Leza. Deixe de jogar 1 vez. ? 3 MATERIAL DE APOIO
  • 86.
  • 87. Casa 3 – Pergunta: Qual é o personagem que, quando nasceu, foi apresentado à comunidade judaica, assim recebendo o seu nome? Se acertar a resposta, avance 2 casas. Casa 5 – Pergunta: Qual é o nome do personagem cuja religião geralmente realiza o batizado na adolescência ou quando a pessoa é adulta? Se acertar a resposta, avance 2 casas. Casa 9 – Pergunta: Qual é o nome do personagem em cuja religião, na cerimônia de casamento, a noiva tradicionalmente escolhe a cor do vestido? Se acertar a resposta, avance 2 casas. Casa 13 – Pergunta: Qual é o nome do personagem cujo batismo acontece no terreiro, ou em um rio, sob a proteção de orixás? Se acertar a resposta, avance 2 casas. Casa 16 – Pergunta: Qual é o nome do personagem em cuja religião o falecido é lavado com água e depois vestido com vestes brancas? Se acertar a resposta, avance 2 casas. Casa 20 – Pergunta: Qual o nome do personagem da comunidade religiosa que acredita que, quando uma pessoa morre, pode habitar o corpo de um animal? Se acertar a resposta, avance 2 casas. Casa 22 – Pergunta: Quais os nomes dos personagens pertencentes a religiões que acreditam na ressurreição, isto é, na vida eterna? Se acertar a resposta, avance 2 casas. Resposta: Abner. Resposta: Sikulume. Resposta: Dulce e Felipe. Resposta: Felipe. Resposta: Yurem. Resposta: Manjari. Resposta: Potira. cole aqui cole aqui cole aqui cole aqui cole aqui cole aqui cole aqui dobra JOGO TRILHA DA VIDA – CARTAS E DADO Página 45 5 MATERIAL DE APOIO
  • 88. ? ? ? ? ? ? ?
  • 90.
  • 91. JOGO DA MEMÓRIA Página 80 Marcelo Bit t e n c o u r t . 2 0 1 6 . D i g i t a l . ©Glow Images/Deposit Photos/Malgorzata_Kistryn ©Shutterstock/AdalyanSona ©Wikimedia Commons/Ramanarayanadatta astri ©Wikimedia Commons/Tris T7 ©Wikimedia Commons/Adityamadhav83 Danilo Dourado Santos. 2019. Digital. Danilo Dourado Santos. 2019. Digital. Danilo Dourado Santos. 2019. Digital. 9 MATERIAL DE APOIO
  • 92.
  • 93. OGUM ORIXÁ GUERREIRO, DE ACORDO COM AS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS. GANESHA SUPERA TODOS OS OBSTÁCULOS. É DEUS DOS NOVOS EMPREENDIMENTOS. OMOLU ORIXÁ CONSIDERADO SENHOR DAS DOENÇAS NAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS. IEMANJÁ ORIXÁ DAS ÁGUAS SALGADAS, RAINHA DO MAR, SEGUNDO AS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS. VISHNU É ASSOCIADO AO SOL, PRESERVA O UNIVERSO E REPRESENTA O AMOR, A VERDADE, A LEI E A PIEDADE. KRISHNA NO HINDUÍSMO, REPRESENTA A VERDADE ABSOLUTA. SHIVA É O DEUS DA DESTRUIÇÃO, MAS TAMBÉM DO RENASCIMENTO SEM FIM. TRINDADE NO CRISTIANISMO, DEUS É UNO E TRINO, OU SEJA, É ENTENDIDO COMO UNIDADE ENTRE PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO. BRAHMA CRIADOR DO UNIVERSO, É REPRESENTADO POR QUATRO CABEÇAS QUE SIMBOLIZAM AS UNIDADES DOS VEDAS. JOGO DA MEMÓRIA Página 80 11 MATERIAL DE APOIO
  • 94.
  • 95. JOGO DA MEMÓRIA ASSUNTOS ESTUDADOS AO LONGO DO ANO Página 80 13 MATERIAL DE APOIO
  • 96.
  • 97. JOGO DA MEMÓRIA ASSUNTOS ESTUDADOS AO LONGO DO ANO Página 80 15 MATERIAL DE APOIO
  • 98.
  • 99. LIVRO DO PROFESSOR VOLUME4 1. a edição Curitiba - 2019 CLAUDIA REGINA KLUCK GISELE MAZZAROLLO SONIA DE ITOZ
  • 100. Presidente Ruben Formighieri Diretor-Geral Emerson Walter dos Santos Diretor Editorial Joseph Razouk Junior Gerente Editorial Júlio Röcker Neto Gerente de Produção Editorial Cláudio Espósito Godoy Coordenação Editorial Jeferson Freitas Coordenação de Arte Elvira Fogaça Cilka Coordenação de Iconografia Janine Perucci Autoria Gisele Mazzarollo Reformulação dos originais de Claudia Regina Kluck e Sonia de Itoz Edição de conteúdo LysvaniaVillela Cordeiro (Coord.) e Michele Czaikoski Silva Edição de texto Giorgio Calixto de Andrade e Mariana Bordignon Strachulski de Souza Revisão João Rodrigues Consultoria Sérgio Rogerio Azevedo Junqueira Capa Doma.ag Imagens: ©Shutterstock Projeto Gráfico Evandro Pissaia Imagens: ©Shutterstock/ KanokpolTokumhnerd/Zaie Ícones: PatríciaTiyemi Edição de Arte e Editoração Debora Scarante e Evandro Pissaia Pesquisa iconográfica Junior Guilherme Madalosso Ilustrações Dayane Raven e Danilo Dourado Santos Engenharia de Produto Solange Szabelski Druszcz Todos os direitos reservados à Editora Piá Ltda. Rua Senador Accioly Filho, 431 81310-000 – Curitiba – PR Site: www.editorapia.com.br Fale com a gente: 0800 41 3435 Impressão e acabamento Gráfica e Editora Posigraf Ltda. Rua Senador Accioly Filho, 500 81310-000 – Curitiba – PR E-mail: posigraf@positivo.com.br Impresso no Brasil 2020 Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP) (Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil) © 2019 Editora Piá Ltda. K66 Kluck, Claudia Regina. Ensino Religioso : passado, presente e fé / Claudia Regina Kluck, Gisele Mazzarollo, Sonia de Itoz ilustrações Dayane Raven, Danilo Dourado Santos. – Curitiba : Piá, 2019. v. 4 : il. ISBN 978-85-64474-88-8 (Livro do aluno) ISBN 978-85-64474-89-5 (Livro do professor) 1. Educação. 2. Estudo religioso – Estudo e ensino. 3. Ensino fundamental. I. Mazzarollo, Gisele. II. Itoz, Sonia de. III. Raven, Dayane. IV. Santos, Danilo Dourado. V. Título. CDD 370
  • 101. SUMÁRIO 1 Proposta pedagógica ______________ 4 Concepção de ensino _______________________ 4 Objetivos__________________________________ 8 Avaliação__________________________________ 8 Organização didática _______________________ 9 Referências ________________________________ 12 2 Orientações metodológicas ________ 13 Ritos para cada momento___________________ 13 Ritos para além da vida _____________________ 20 Encontrando o sagrado na arte ______________ 29 Descobrindo a divindade____________________ 36 Dayane Raven. 2016. Digital.
  • 102. PROPOSTA PEDAGÓGICA ENSINO RELIGIOSO CONCEPÇÃO DE ENSINO A coleção Passado, presente e fé para o Ensino Religioso tem por princípios a valorização e o respeito à diversidade cultural, com vistas à promoção dos direitos humanos e da cultura da paz. De acordo com a Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural (UNESCO, 2002), a cultura adquire formas diversificadas no tempo e no espaço, o que se manifesta na originalidade e na pluralidade dos grupos humanos, atuando como fonte de intercâmbios, de inovação e de criativi- dade. Assim, a diversidade cultural constitui patrimônio comum da humanidade e deve, portanto, ser reconhecida e respeitada em benefício das gerações presentes e futuras. A pluralidade religiosa é um aspecto da diversidade cultural presente no mundo e também no Brasil. Sua abordagem nos nove anos do Ensino Fundamental pode favorecer o aprimoramento da pessoa humana e da convivência social. Nesse intuito, a escola mostra-se um espaço privilegiado para a construção do conhecimento religioso e da tolerância por meio do diálogo, da reflexão e do respeito mútuo. Historicamente, o conhecimento religioso tem sido objeto de estudo de teologias e ciências, como História, Sociologia, Psicologia, Antropologia, Geografia e, mais recentemente, Ciência da Religião. O Ensino Religioso, por sua vez, permeia o espaço escolar desde o momento em que o Estado passou a ocupar-se da educação dos cidadãos. Assim, na Europa do século XVIII, organizou-se um sistema educacional em que o ensino da religião era visto como meio de educar os cidadãos para valores como humildade, generosidade, paciência, equilíbrio e piedade. O instrumento básico para tanto era o catecismo católico, por meio do qual se realizavam a instrução religiosa e também a alfabetização. No Brasil, a introdução oficial do Ensino Religioso no currículo escolar ocorreu em 1827, sendo, então, conferida à escola a função de ensinar leitura, escrita, as quatro operações, os números decimais, proporção, introdução à geometria, gramática da língua portuguesa, princípios da moral, doutrina católica e História do Brasil, além de favorecer a leitura da Constituição do Império. Com a Proclamação da República, em 1889, o Ensino Religioso foi retirado do currículo das escolas públicas brasileiras e retornou apenas em 1931. Nas Constituições posteriores, permaneceu como componente obrigatório para as escolas e optativo para os estudantes, condição confirmada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/96) e, mais recentemente, pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que lhe concede o status de área do conhecimento, juntamente com Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas. Além disso, a BNCC afirma que o fenômeno religioso constitui “um dos bens simbólicos resultantes da busca humana por respostas aos enigmas do mundo, da vida e da morte” (BRASIL, 2017, p. 434). 4 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 4