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Germana Barata
Universidade Estadual de Campinas
Ronaldo Ferreira de Araújo
Univesidade Federal de Alagoas
Juan Pablo Alperin
Simon Fraser University
Críspulo Travieso-Rodríguez
Universidade de Salamanca
O USO DE MÍDIAS SOCIAIS
POR ACADÊMICOS BRASILEIROS
Illustration: Dusan Petricic for The Scientist
A compreensão do cenário da adoção de mídias sociais por
cientistas e pesquisadores e suas práticas nesses ambientes
contribui para a disseminação de informações científicas
para não especialistas, podendo motivar o engajamento
público com a ciência.
Algumas pesquisas internacionais evidenciam o uso que
cientistas fazem das mídias sociais para comunicar aspectos
gerais e específicos de sua pesquisa, como meio de
divulgação científica ou trocas de conhecimento dentro e
entre as comunidades científicas (Darling et al., 2013;
Parsons et al., 2013; Thaler et al., 2012; Priem; Costello,
2010).
INTRODUÇÃO
Imagem: http://pt.coolclips.com/
A literatura nacional ainda não tem dado cobertura a
essa discussão e as poucas pesquisas sobre o assunto
quando feitas analisam “rastros” da presença online de
pesquisadores em redes sociais e acadêmicas (Araújo,
2016; 2017; Barros, 2015)
Buscas e consultas pelo nome dos pesquisadores com
compreensão de perfil de uso e motivações ainda limitada.
Objetivo: fornecer informações sobre
como acadêmicos brasileiros estão
usando as mídias sociais para criar
conexões acadêmicas, compartilhar
e discutir pesquisas e se comunicar
com o público.
Pesquisa exploratória - abordagem quantitativa
descritivaque que analisa as percepções de uso que
professores e pesquisadores universitários fazem das mídias
sociais;
Universo empírico: . O trabalho faz parte de uma análise
maior que envolveu uma população de 7.356 acadêmicos de
4 universidades de 3 países: Brasil, Canadá e Espanha.
(Recorte): 411 pesquisadores (9.9% da população) das duas
universidades brasileiras participantes: Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade Federal de
Alagoas (UFAL)
MATERIAL E MÉTODO
Coleta de dados: FluidSurvey, software gratuito online,
aprovado pelo Comitê de Ética (CEP) da Unicamp
(número: 67819317.4.0000.5404) e cujo link para o
questionário foi enviado por email para os participantes.
O período de disponibilização e recepção de resposta foi
de 10/10/2017 a 31/11/2017.
O questionário foi composto por 30 perguntas que
versavam sobre o perfil dos respondentes, as razões de
uso e a relação com as redes sociais.
Análise: descrição do perfil dos respondentes, área de
conhecimento em que atuam, apropriação e uso das
mídias sociais.
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
71,8% se dedica ao ensino e
pesquisa, 17,3% somente à
pesquisa e 10,9% ao ensino
• Este dado pode ser resultado da política do CNPq de integrar
o ORCID ao Currículo Lattes desde 2016, e da Fapesp exigir
dos pesquisadores identidade no ORCID, em 2016, e no
ResearcherID e Google Acadêmico desde 2012 (FAPESP,
2012).
• Abaixo da média de menções aparecem os perfis
institucionais (12,4%) e o Scopus AuthorID (8,9%)
Três principais razões para usar redes sociais os pesquisadores
mencionaram:
“compartilhar conteúdos acadêmicos” (61,7%);
“atualizações de notícias em geral” (50,6%);
“fazer divulgação da minha pesquisa, grupo área para o
público em geral” (29,7%), o que indica haver compreensão da
divulgação para a sociedade como parte do trabalho
acadêmico.
Mas também foram importantes as menções sobre:
“compartilhar resultados, dados de pesquisa” (27,8%) e;
“fazer divulgação da minha pesquisa/área para pares”
(24,2%).
Mídias sociais usadas profissionalmente com maior frequência
Principais razões de uso
profissional do Facebook:
• divulgar eventos
científicos (37,7%);
• aproximar-se do público
em (33,7%);
• dialogar com alunos da universidade (30%);
• compartilhar notícias sobre C&T (28,9%).
Embora a minoria tenha indicado razões mais acadêmicas como:
• estabelecer rede de colaboração (18,7%);
• compartilhar artigos de interesse da área (15,4%) e
• divulgar artigos e publicações científicas próprios (10,3%).
O português é o idioma mais usado nas postagens (97,8%),
seguido do inglês (10.9%) e espanhol (5,1%).
Apenas 19.5% afirma ser usuário
do Twitter. As três principais
razões para o uso são:
• “compartilhar notícias sobre
C&T” (40,6%);
• “aproximar-me do público em geral” (26,6%);
• “compartilhar meus artigos e/ou artigos da minha área
de interesse” (26,6%).
Embora o português seja o idioma mais usado (86,5%), há
uma maior proporção do inglês (32,4%) e espanhol, em
menor proporção (4,1%).
Quando a análise se volta para as áreas do conhecimento,
três exemplos indicam diferenças no uso de redes sociais:
1) Ciências Exatas e da Terra: homens (70,3%) que trabalham
há mais de 20 anos (38,5%). As redes sociais mais usadas:
ResearchGate (70,7%); Whatsapp (52,4%), Facebook (48,8%),
LinkedIn (35,4%) e Google + (35,4%). O Twitter (4,9%)
(2) Ciências Humanas: maioria feminina (53,1%), com quadro
mais jovem - trabalham há 5 anos ou menos (32,3%). As redes
sociais mais usadas: Whatsapp (67,4%) e Facebook (59%),
Academia.edu (52,5%) é preferida em relação ao ResearchGate
(29,5%); e Youtube (50,8%). O Twitter (8,2%)
(3) Saúde: maioria feminina (68,4%), faixa etária entre 31-40
anos formada, que trabalham há 5 anos ou menos na
universidade (37,9%). Redes sociais mais usadas: Whatsapp
(75,9%), ResearchGate (61,1%) Facebook (48,1%); Google +
(38,9%) e LinkedIn (31,5%). O Twitter (5,6%).
Importância de uso do Facebook dentre as redes usadas
com maior frequência e com baixo uso ou com pequena
rede de relacionamento para o Twitter, normalmente
apontado nas pesquisas de altmetria como a rede social
preferida dos acadêmicos (Van Noorden, 2014)
Há diferenças de uso entre gerações, áreas do
conhecimento e gênero que precisam ser melhor
detalhadas para entendermos as motivações de utilização
das mídias sociais que são identificadas como relevantes
para o contato com o público em geral, pares e estudantes
das instituições.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tais diferenças devem ser consideradas nos estudos de
altmetria pois podem influenciar o desempenho dos
indicadores de atenção online das publicações que estes
usuários compartilham.
As redes sociais precisam ser mais valorizadas enquanto
canal de comunicação entre acadêmicos, sobretudo em
relação ao Facebook que frequentemente é apontado
como rede social não profissional.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Germana Barata
Universidade Estadual de Campinas
Ronaldo Ferreira de Araújo
Univesidade Federal de Alagoas
Juan Pablo Alperin
Simon Fraser University
Críspulo Travieso-Rodríguez
Universidade de Salamanca
Agradecemos à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado
de São Paulo (Fapesp) pelo financiamento da pesquisa no
Canadá (Processo 2016/14173-2). Os autores agradecem
aos participantes das quatro universidades envolvidas nesta
pesquisa
OBRIGADO!!!

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O USO DE MÍDIAS SOCIAIS POR ACADÊMICOS BRASILEIROS

  • 1. Germana Barata Universidade Estadual de Campinas Ronaldo Ferreira de Araújo Univesidade Federal de Alagoas Juan Pablo Alperin Simon Fraser University Críspulo Travieso-Rodríguez Universidade de Salamanca O USO DE MÍDIAS SOCIAIS POR ACADÊMICOS BRASILEIROS Illustration: Dusan Petricic for The Scientist
  • 2. A compreensão do cenário da adoção de mídias sociais por cientistas e pesquisadores e suas práticas nesses ambientes contribui para a disseminação de informações científicas para não especialistas, podendo motivar o engajamento público com a ciência. Algumas pesquisas internacionais evidenciam o uso que cientistas fazem das mídias sociais para comunicar aspectos gerais e específicos de sua pesquisa, como meio de divulgação científica ou trocas de conhecimento dentro e entre as comunidades científicas (Darling et al., 2013; Parsons et al., 2013; Thaler et al., 2012; Priem; Costello, 2010). INTRODUÇÃO Imagem: http://pt.coolclips.com/
  • 3. A literatura nacional ainda não tem dado cobertura a essa discussão e as poucas pesquisas sobre o assunto quando feitas analisam “rastros” da presença online de pesquisadores em redes sociais e acadêmicas (Araújo, 2016; 2017; Barros, 2015) Buscas e consultas pelo nome dos pesquisadores com compreensão de perfil de uso e motivações ainda limitada.
  • 4. Objetivo: fornecer informações sobre como acadêmicos brasileiros estão usando as mídias sociais para criar conexões acadêmicas, compartilhar e discutir pesquisas e se comunicar com o público.
  • 5. Pesquisa exploratória - abordagem quantitativa descritivaque que analisa as percepções de uso que professores e pesquisadores universitários fazem das mídias sociais; Universo empírico: . O trabalho faz parte de uma análise maior que envolveu uma população de 7.356 acadêmicos de 4 universidades de 3 países: Brasil, Canadá e Espanha. (Recorte): 411 pesquisadores (9.9% da população) das duas universidades brasileiras participantes: Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade Federal de Alagoas (UFAL) MATERIAL E MÉTODO
  • 6. Coleta de dados: FluidSurvey, software gratuito online, aprovado pelo Comitê de Ética (CEP) da Unicamp (número: 67819317.4.0000.5404) e cujo link para o questionário foi enviado por email para os participantes. O período de disponibilização e recepção de resposta foi de 10/10/2017 a 31/11/2017. O questionário foi composto por 30 perguntas que versavam sobre o perfil dos respondentes, as razões de uso e a relação com as redes sociais. Análise: descrição do perfil dos respondentes, área de conhecimento em que atuam, apropriação e uso das mídias sociais.
  • 7. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 71,8% se dedica ao ensino e pesquisa, 17,3% somente à pesquisa e 10,9% ao ensino
  • 8. • Este dado pode ser resultado da política do CNPq de integrar o ORCID ao Currículo Lattes desde 2016, e da Fapesp exigir dos pesquisadores identidade no ORCID, em 2016, e no ResearcherID e Google Acadêmico desde 2012 (FAPESP, 2012). • Abaixo da média de menções aparecem os perfis institucionais (12,4%) e o Scopus AuthorID (8,9%)
  • 9. Três principais razões para usar redes sociais os pesquisadores mencionaram: “compartilhar conteúdos acadêmicos” (61,7%); “atualizações de notícias em geral” (50,6%); “fazer divulgação da minha pesquisa, grupo área para o público em geral” (29,7%), o que indica haver compreensão da divulgação para a sociedade como parte do trabalho acadêmico. Mas também foram importantes as menções sobre: “compartilhar resultados, dados de pesquisa” (27,8%) e; “fazer divulgação da minha pesquisa/área para pares” (24,2%).
  • 10. Mídias sociais usadas profissionalmente com maior frequência
  • 11. Principais razões de uso profissional do Facebook: • divulgar eventos científicos (37,7%); • aproximar-se do público em (33,7%); • dialogar com alunos da universidade (30%); • compartilhar notícias sobre C&T (28,9%). Embora a minoria tenha indicado razões mais acadêmicas como: • estabelecer rede de colaboração (18,7%); • compartilhar artigos de interesse da área (15,4%) e • divulgar artigos e publicações científicas próprios (10,3%). O português é o idioma mais usado nas postagens (97,8%), seguido do inglês (10.9%) e espanhol (5,1%).
  • 12. Apenas 19.5% afirma ser usuário do Twitter. As três principais razões para o uso são: • “compartilhar notícias sobre C&T” (40,6%); • “aproximar-me do público em geral” (26,6%); • “compartilhar meus artigos e/ou artigos da minha área de interesse” (26,6%). Embora o português seja o idioma mais usado (86,5%), há uma maior proporção do inglês (32,4%) e espanhol, em menor proporção (4,1%). Quando a análise se volta para as áreas do conhecimento, três exemplos indicam diferenças no uso de redes sociais:
  • 13. 1) Ciências Exatas e da Terra: homens (70,3%) que trabalham há mais de 20 anos (38,5%). As redes sociais mais usadas: ResearchGate (70,7%); Whatsapp (52,4%), Facebook (48,8%), LinkedIn (35,4%) e Google + (35,4%). O Twitter (4,9%) (2) Ciências Humanas: maioria feminina (53,1%), com quadro mais jovem - trabalham há 5 anos ou menos (32,3%). As redes sociais mais usadas: Whatsapp (67,4%) e Facebook (59%), Academia.edu (52,5%) é preferida em relação ao ResearchGate (29,5%); e Youtube (50,8%). O Twitter (8,2%) (3) Saúde: maioria feminina (68,4%), faixa etária entre 31-40 anos formada, que trabalham há 5 anos ou menos na universidade (37,9%). Redes sociais mais usadas: Whatsapp (75,9%), ResearchGate (61,1%) Facebook (48,1%); Google + (38,9%) e LinkedIn (31,5%). O Twitter (5,6%).
  • 14. Importância de uso do Facebook dentre as redes usadas com maior frequência e com baixo uso ou com pequena rede de relacionamento para o Twitter, normalmente apontado nas pesquisas de altmetria como a rede social preferida dos acadêmicos (Van Noorden, 2014) Há diferenças de uso entre gerações, áreas do conhecimento e gênero que precisam ser melhor detalhadas para entendermos as motivações de utilização das mídias sociais que são identificadas como relevantes para o contato com o público em geral, pares e estudantes das instituições. CONSIDERAÇÕES FINAIS
  • 15. Tais diferenças devem ser consideradas nos estudos de altmetria pois podem influenciar o desempenho dos indicadores de atenção online das publicações que estes usuários compartilham. As redes sociais precisam ser mais valorizadas enquanto canal de comunicação entre acadêmicos, sobretudo em relação ao Facebook que frequentemente é apontado como rede social não profissional. CONSIDERAÇÕES FINAIS
  • 16. Germana Barata Universidade Estadual de Campinas Ronaldo Ferreira de Araújo Univesidade Federal de Alagoas Juan Pablo Alperin Simon Fraser University Críspulo Travieso-Rodríguez Universidade de Salamanca Agradecemos à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) pelo financiamento da pesquisa no Canadá (Processo 2016/14173-2). Os autores agradecem aos participantes das quatro universidades envolvidas nesta pesquisa OBRIGADO!!!