2. Conversão interna
É um processo de decaimento radioativo em que
um núcleo atómico excitado interage
eletromagneticamente com um dos elétrons que orbitam o
átomo, o que faz com que o elétrons seja emitido, ou
ejetado, do átomo.
Núcleo excitado (devido a emissão beta) gama; Em
alguns estados de excitação, a emissão de gama é inibida; a
energia é transferida para um elétron orbital que é ejetado.
Ee = Eex − Eb
3. Ee = energia do elétron
Eex = energia de excitação
Eb = energia de ligação
Em diversas situações, os momentos de multipolo
nucleares (elétrico e magnético) assumem valores
significativos. Sendo assim, os campos de multipolo podem
interagir diretamente com os elétrons que compõem a coroa
eletrônica do átomo, transferindo a eles energia suficiente
para que sejam arrancados de suas órbitas.
4. Este processo é chamado conversão interna, que compete
com a transição, oferecendo uma alternativa a decaimentos
que sejam proibidos pelas regras de seleção.
Cabe ressaltar que a conversão interna difere
fundamentalmente do decaimento, pois aqui tratamos da
ejeção de um elétron atômico (da coroa eletrônica). Da
mesma maneira, não devemos confundir esse processo com o
efeito fotoelétrico pois isto implicaria na absorção de um
fóton emitido pelo núcleo, que não é o caso.
5. Emissão pósitron
As emissões denominadas de pósitrons são
partículas que têm a mesma massa do elétron,
porém, possuem carga positiva. Elas são simbolizadas
da seguinte forma: +1
0e, β+ ou +1
0β.
Os pósitrons são partículas expulsas do núcleo de radioisótopos com
elevado número de prótons
6. Sua descoberta se deu no ano de 1934, quando o casal Irene
Curie (filha de Marie e Pierre Curie) e Frederic Joliot realizaram
experimentos envolvendo o bombardeamento de uma lâmina de
alumínio com partículas alfa. Eles observaram que eram
produzidos um isótopo do fósforo (15
30P) e um nêutron.
Todavia, posteriormente, esse fósforo, que também era
radioativo, passou a produzir um isótopo do silício (14
30Si) e, o
mais interessante, uma partícula de massa igual a dos elétrons,
mas com carga positiva, que recebeu o nome de pósitron.
13
27Al + 2
4α → 15
30P + 0
1n
15
30P → +1
0e + 14
30Si
.
7. Portanto, os pósitrons foram descobertos durante a
produção do primeiro núcleo radioativo artificial (15
30P),
que não está presente na natureza.
O pósitron também pode ser denominado de partícula
beta positiva, pois, na verdade, ele é uma antipartícula
beta negativa (-1
0β).
8. Os pósitrons são emitidos por núcleos de
radioisótopos que possuem uma grande quantidade de
prótons. Eles são resultado da desintegração de prótons
(1
1p) instáveis que se converteram em nêutrons (0
1n). O
nêutron permanece no núcleo e a partícula de pósitron
(+1
0β) é expulsa juntamente à radiação gama (0
0γ) e um
neutrino (0
0ν):
1
1p → 0
1n → +1
0β + 0
0γ + 0
0ν
Dessa forma, quando um radioisótopo emite um
pósitron, seu número de massa (A) não se altera, pois o
nêutron formado permanece no núcleo no lugar do
próton que se converteu. Porém, o número atômico (Z -
que é o número de prótons) se altera, diminuindo em
uma unidade.
9. Emissão de Nêutrons
A radiação por emissão de nêutrons, normalmente
ocorre como resultado da quebra de um núcleo atômico,
natural ou induzida. Um nêutron emitido de um núcleo
instável pode viajar pelo ar, centenas ou milhares de
metros.
No entanto, substâncias ricas em hidrogênio são
conhecidas como grandes absorvedoras de nêutrons, ou
seja, concreto ou até mesmo água pode frear uma
emissão de nêutrons.
10. Os nêutrons embora possuam carga neutra (igual à
zero) eles são capazes de provocar ionização de outros
de átomos, de maneira indireta, ou seja, os nêutrons são
absorvidos por um núcleo atômico que ficará instável e
poderá emitir uma radiação ionizante, tal como radiação
alfa, beta ou gama.
A emissão de nêutron é conhecida como a única
radiação capaz de fazer uma substância se
tornar radioativa.