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Florianópolis, novembro de 2013.
Prof. Clóvis Antônio Petry.
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina
Departamento Acadêmico de Eletrônica
Metodologia de Estudos e Pesquisas
Ciência, Conhecimento Científico
Métodos Científicos, Pesquisa
Bibliografia para esta aula 
www.ProfessorPetry.com.br
Nesta aula
Ciência e Conhecimento Científico:
1.  Tipos de conhecimentos;
2.  Conceito de ciência;
3.  Classificação das ciências;
4.  Características das ciências factuais;
5.  Espírito científico;
6.  Ciência pura e ciência aplicada.
Métodos Científicos:
1.  Conceito de método;
2.  História do método;
3.  Diferentes métodos científicos.
Pesquisa:
1.  Pesquisa;
2.  Classificação de uma pesquisa;
3.  Pesquisa teórica e pesquisa aplicada;
4.  Pesquisa experimental.
Ciência e Conhecimento Científico
Os quatro tipos de conhecimento:
1.  Conhecimento popular;
2.  Conhecimento científico;
3.  Conhecimento filosófico;
4.  Conhecimento religioso (teológico).
Conhecimento
Popular
Conhecimento
Científico
Conhecimento
Filosófico
Conhecimento
Religioso
•  Valorativo;
•  Reflexivo;
•  Assistemático;
•  Verificável;
•  Falível;
•  Inexato.
•  Real (factual);
•  Contingente;
•  Sistemático;
•  Verificável;
•  Falível;
•  Aproximadamente
exato.
•  Valorativo;
•  Racional;
•  Sistemático;
•  Não
verificável;
•  Infalível;
•  Exato.
•  Valorativo;
•  Inspiracional;
•  Sistemático;
•  Não
verificável;
•  Infalível;
•  Exato.
Ciência e Conhecimento Científico
Conhecimento científico:
•  Real (factual) – lida com ocorrências e fatos;
•  Contingente – utiliza-se da experimentação e não apenas
da razão;
•  Sistemático – ordenado logicamente;
•  Verificável – hipóteses precisam ser comprovadas;
•  Falível – não é definitivo ou final;
•  Aproximadamente exato – pode sofrer reformulações de
seu acervo de conhecimentos.
Ciência e Conhecimento Científico
Conceitos de ciência (alguns deles):
q  Acumulação de conhecimentos sistemáticos.
q  Atividade que se propõe a demonstrar a verdade dos fatos
experimentais e suas aplicações práticas;
q  Caracteriza-se pelo conhecimento racional, sistemático, exato,
verificável e, por conseguinte, falível.
q  Conhecimento certo do real pelas suas causas.
q  Conhecimento sistemático dos fenômenos da natureza e das leis que o
regem, obtido pela investigação, pelo raciocínio e pela experimentação
intensiva.
q  Conjunto de enunciados lógica e dedutivamente justificados por outros
enunciados.
q  Conjunto orgânico de conclusões certas e gerais, metodicamente
demonstradas e relacionadas com objeto determinado.
q  Corpo de conhecimentos consistindo em percepções, experiências,
fatos certos e seguros.
q  Estudo de problemas solúveis, mediante método científico.
q  Forma sistematicamente organizada de pensamento objetivo.
Ciência e Conhecimento Científico
Conceito de ciência de Ander-Egg (1978) apud Marconi e Lakatos:
q  A ciência é um conjunto de conhecimentos racionais, certos ou
prováveis, obtidos metodicamente sistematizados e verificáveis,
que fazem referência a objetos de uma mesma natureza.
Conceito de ciência de Trujillo (1974) apud Marconi e Lakatos:
q  Assim, entendemos por ciência uma sistematização de
conhecimentos, um conjunto de preposições logicamente
correlacionadas sobre o comportamento de certos fenômenos
que se deseja estudar. “A ciência é todo um conjunto de atitudes
e atividades racionais, dirigidas ao sistemático conhecimento
com objetivo limitado, capaz de ser submetido à verificação”.
Ciência e Conhecimento Científico
Classificações da ciência:
q  Classificação de Comte:
Ø  Matemática, astronomia, física, química, biologia, sociologia
e moral.
q  Classificação de Bunge:
Ø  Formal: Lógica e matemática;
Ø  Factual:
²  Natural:
•  Física, química, biologia, psicologia individual.
²  Cultural:
•  Psicologia social, sociologia, economia, ciência
política, história material, história das idéias.
q  Classificação de Marconi e Lakatos:
Ø  Formais: Lógica e matemática.
Ø  Factuais:
²  Naturais: Física, química, biologia e outras.
²  Sociais: Antropologia cultural, direito, economia, política,
psicologia social, sociologia.
Ciência e Conhecimento Científico
Características das ciências factuais e do conhecimento científico:
ü  Racionalidade – utiliza a razão, raciocínios, conceitos;
ü  Objetividade – concorda com o objeto, é reproduzível;
ü  Factual – parte de fatos e volta a eles;
ü  Transcendente aos fatos – leva o conhecimento além dos fatos estudados;
ü  Analiticidade – o todo é decomposto nas partes;
ü  Clareza e precisão – é claro e preciso;
ü  Comunicabilidade – é transmitido a toda a humanidade;
ü  Verificável – é aceito e válido se passar pela prova da experiência;
ü  Sistematizável – pode ser logicamente organizado;
ü  Carente de investigação metódica – é planejado, segue do conhecido;
ü  Acumulativo – é consequência da seleção de conhecimentos anteriores;
ü  Falibilidade – não é definitivo, absoluto ou final;
ü  Generabilidade – parte do específico para o geral, procura uniformidade;
ü  Explicabilidade – sua finalidade é explicar os fatos em termos de leis;
ü  Preditivo – é previsível;
ü  Aberto – não tem barreiras, limites, dogmas ou imposições;
ü  Utilidade – a experimentação confere conhecimento adequado das coisas.
Ciência e Conhecimento Científico
Espírito científico:
1.  Espírito crítico – análise, questionamento, exame, julgamento;
2.  Espírito de confiança – entusiasmo, equilíbrio entre ceticismo
e docilidade ingênua;
3.  Busca de evidências – procura da verdade pelas provas;
4.  Espírito de análise – filosofia = síntese; ciência = análise;
5.  Espírito positivo – apego à objetividade;
6.  Espírito criativo – elaboração de hipóteses, busca de
soluções;
7.  Espírito indagador – ciência como um caminho, evolução.
Ciência Pura e Ciência Aplicada
Definições conforme Iarozinski, 2012:
q  Ciência Básica é a que trata dos aspectos gerais ou
fundamentais da realidade, produzida sem preocupação com
suas aplicações a curto prazo. A designação de Ciência Pura é
muitas vezes utilizada como seu sinônimo, no sentido de que é
a investigação feita sem qualquer preocupação com a
aplicação. Alguns autores e cientistas não apreciam essas
designações por entenderem que a aplicação dos
conhecimentos gerados pode ser apenas uma questão de
tempo ou de oportunidade, como demonstrado à exaustão pela
história da Ciência. Estas pessoas preferem chamá-la Ciência
Fundamental, no sentido de que se dedica à procura dos
fundamentos ou causas dos fenômenos observados.
q  Ciência Aplicada é a produzida com a intenção de aplicar seus
resultados à objetivos práticos, ou seja, na técnica. Para fazer
isso, a ciência aplicada utiliza os conhecimentos gerados pela
ciência básica.
Método Científico
Conceito de método (alguns deles):
q  Método é o “caminho pelo qual se chega a determinado
resultado, ainda que esse caminho não tenha sido fixado de
antemão de modo refletido e deliberado” (Hegenberg, 1976, apud
Marconi e Lakatos).
q  “Método é uma forma de selecionar técnicas, forma de avaliar
alternativas para ação científica... Assim, enquanto as técnicas
utilizadas por um cientista são fruto de suas decisões, o modo
pelo qual tais decisões são tomadas depende de suas regras de
decisão. Métodos são regras de escolha; técnicas são as
próprias escolhas” (Ackoff in Hegenberg, 1976, apud Marconi e
Lakatos).
q  “Método é uma forma de proceder ao longo do caminho. Na
ciência os métodos constituem os instrumentos básicos que
ordenam de início o pensamento em sistemas, traçam de modo
ordenado a forma de proceder do cientista ao longo de um
percurso para alcançar um objetivo” (Trujillo, 1975, apud Marconi
e Lakatos).
Método Científico
Conceito de método (alguns deles):
q  “Método é a ordem que se deve impor aos diferentes processos
necessários para atingir um fim dado (...) é o caminho a seguir
para chegar à verdade nas ciências” (Jolivet, 1979, apud Marconi
e Lakatos).
q  “Método é o conjunto coerente de procedimentos racionais ou
prático-racionais que orienta o pensamento para serem
alcançados conhecimentos válidos” (Nérici, 1978, apud Marconi e
Lakatos).
q  “Método é um procedimento regular, explícito e passível de ser
repetido para conseguir-se alguma coisa, seja material ou
conceitual” (Bunge, 1980, apud Marconi e Lakatos).
q  Método científico é “um conjunto de procedimentos por
intermédio dos quais (a) se propõe os problemas científicos e (b)
colocam-se à prova as hipóteses científicas” (Bunge, 1974, apud
Marconi e Lakatos).
Método Científico
História do método:
§  Galileu Galilei (Itália, entre 1500 e 1600):
1.  Observação;
2.  Análise;
3.  Indução;
4.  Verificação;
5.  Generalização;
6.  Confirmação.
§  Francis Bacon (Inglaterra, entre 1500 e 1600):
1.  Experimentação;
2.  Formulação de hipóteses;
3.  Repetição;
4.  Testagem das hipóteses;
5.  Formulação de generalizações e leis.
§  Descartes (França, entre 1500 e 1600):
1.  Evidência;
2.  Análise;
3.  Síntese;
4.  Enumeração.
Método Científico
História do método:
§  Conceito atual:
1.  Identificação do problema;
2.  Formulação do problema;
3.  Procura de conhecimentos sobre o problema;
4.  Tentativa de solução;
5.  Invenção de novas idéias;
6.  Obtenção de uma solução;
7.  Investigação da solução proposta;
8.  Prova da solução;
9.  Correção das hipóteses, teorias, procedimentos ou dados.
Método Científico
Método indutivo:
§  Indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo
de dados particulares, suficientemente constados, infere-se
uma verdade geral ou universal, não contida nas partes
examinadas (Marconi e Lakatos, 2008).
Exemplo 1:
•  O corvo 1 é negro. Premissa 1
•  O corvo 2 é negro. Premissa 2
•  O corvo 3 é negro. Premissa 3
Ø  Logo, todo corvo é negro. Conclusão
Exemplo 2:
•  Cobre conduz eletricidade. Premissa 1
•  Zinco conduz eletricidade. Premissa 2
•  Cobalto conduz eletricidade. Premissa 3
Ø  Logo, todo metal conduz eletricidade. Conclusão
Método Científico
Método dedutivo:
§  O pensamento é dedutivo quando, a partir de enunciados mais
gerais dispostos ordenadamente como premissas de um
raciocínio, chega a uma conclusão particular ou menos geral.
(Ruiz, 2008).
Exemplo 1:
•  Todo homem é mortal. Premissa geral
•  Pedro é homem. Premissa específica
Ø  Logo, Pedro é mortal. Conclusão particular
Exemplo 2:
•  Todo mamífero é vertebrado. Premissa mais geral
•  Todo homem é mamífero. Premissa específica
Ø  Logo, todo homem é vertebrado. Conclusão menos geral
Método Científico
Outros métodos:
1.  Método hipotético-dedutivo:
•  Apresentado por Popper (Austro-Britânico – 1902 a
1994);
•  Sofreu alterações propostas por outros pensadores;
•  Segue as etapas:
Ø  Expectativas ou conhecimento prévio;
Ø  Problema;
Ø  Conjecturas (soluções propostas);
Ø  Falseamento.
2.  Método dialético:
•  Surgiu na Grécia, ainda antes de Cristo;
•  Diálogo;
•  Contraposição de ideias;
•  Argumentação;
•  Muito utilizado pelo filosofo Hegel.
Pesquisa
Pesquisa (algumas definições):
§  Pesquisa é o procedimento racional e sistemático que tem
como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são
propostos. (Gil, 2008).
§  Pesquisa científica é a realização concreta de uma
investigação planejada, desenvolvida e redigida de acordo com
as normas da metodologia consagradas pela ciência. É o
método de abordagem de um problema em estudo que
caracteriza o aspecto científico de uma pesquisa (Ruiz, 2008).
As qualidades de um pesquisador
Algumas qualidades de um pesquisador (Gil, 2008):
§  Curiosidade do assunto a ser pesquisado;
§  Curiosidade;
§  Criatividade;
§  Integridade intelectual (ética);
§  Atitude autocorretiva;
§  Sensibilidade social;
§  Imaginação disciplinada;
§  Perseverança e paciência;
§  Confiança na experiência.
Prof. Prata (UFSC) César Lattes Einstein Steve Jobs
Classificação geral de uma pesquisa
Segundo Demo, 2000 apud Baffi, 2002:
q Pesquisa teórica - Trata-se da pesquisa que é dedicada a
reconstruir teoria, conceitos, idéias, ideologias, polêmicas, tendo em
vista, em termos imediatos, aprimorar fundamentos teóricos. A
pesquisa teórica não implica imediata intervenção na realidade, mas
nem por isso deixa de ser importante, pois seu papel é decisivo na
criação de condições para a intervenção.
q Pesquisa metodológica - Refere-se ao tipo de pesquisa voltada
para a inquirição de métodos e procedimentos adotados como
científicos. Faz parte da pesquisa metodológica o estudo dos
paradigmas, as crises da ciência, os métodos e as técnicas
dominantes da produção científica.
q Pesquisa empírica - É a pesquisa dedicada ao tratamento da face
empírica e fatual da realidade; produz e analisa dados, procedendo
sempre pela via do controle empírico e fatual.
q Pesquisa prática - Trata-se da pesquisa ligada à práxis, ou seja, à
prática histórica em termos de conhecimento científico para fins
explícitos de intervenção; não esconde a ideologia, mas sem perder
ó rigor metodológico.
Classificação de uma pesquisa
As pesquisas podem ser classificadas, com base nos
procedimentos técnicos utilizados, como (Gil, 2008):
§  Pesquisa bibliográfica – é desenvolvida com base em material
já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos
científicos.
§  Pesquisa documental – é semelhante à pesquisa bibliográfica,
com a diferença essencial na natureza das fontes, pois, a
pesquisa bibliográfica se utilizada fundamentalmente das
contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto,
a pesquisa documental vale-se de materiais que não
receberam ainda um tratamento analítico.
§  Pesquisa experimental – essencialmente consiste em
determinar um objeto de estudo, selecionar variáveis que
seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e
de observação dos efeitos que a variável produz no objeto.
§  Pesquisa ex-post facto (a partir do fato passado ) – o estudo é
realizado após a ocorrência de variações na variável
dependente do curso natural dos acontecimentos.
Classificação de uma pesquisa
As pesquisas podem ser classificadas, com base nos
procedimentos técnicos utilizados, como (Gil, 2008):
§  Estudo de corte – refere-se a um grupo de indivíduos que tem
alguma característica em comum, constituindo uma amostra a
ser acompanhada por certo período de tempo, para observar e
analisar o que acontece com elas.
§  Levantamento – caracterizam-se pela interrogação direta das
pessoas cujo comportamento se deseja conhecer.
§  Estudo de campo – semelhante ao levantamento, distingue-se
em alguns aspectos, quais sejam: o levantamento tem maior
alcance, enquanto o estudo de campo tem maior profundidade;
procura o aprofundamento das questões propostas ao invés da
distribuição das características da população segundo
determinadas variáveis; estuda-se um único grupo ou
comunidade em termos de sua estrutura social, ou seja,
ressaltando-se a interação entre seus componentes.
§  Estudo de caso – consiste no estudo profundo e exaustivo de
um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e
detalhado conhecimento.
Classificação de uma pesquisa
As pesquisas podem ser classificadas, com base nos
procedimentos técnicos utilizados, como (Gil, 2008):
§  Pesquisa-ação – é um tipo de pesquisa com base empírica que
é concebida e realizada em estreita associação com uma ação
ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os
pesquisadores e participantes representativos da situação ou
do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou
participativo.
§  Pesquisa participante – caracteriza-se pela interação entre
pesquisadores e membros das situações investigadas; envolve
a distinção entre ciência popular e ciência dominante.
Pesquisa Experimental e Não-Experimental
As pesquisas podem ser experimentais ou não experimentais
(Ruiz, 2008):
§  Pesquisa não-experimental – são as pesquisas bibliográficas e
de campo, por exemplo. São de simples observação
controlada, pois o pesquisador não manipula as variáveis, não
as isola, não provoca eventos, mas observa-os e registra-os.
§  Pesquisa experimental – são as pesquisas de laboratório, que
permitem ao pesquisador reiterar, provocar e produzir
fenômenos em condições controladas.
Pesquisa Experimental e Não-Experimental
Pesquisa experimental (Ruiz, 2008):
§  Experimentar, ou realizar experimentos, significa exercer
positivo controle sobre as condições presumivelmente
relevantes, relativamente a determinado evento; significa
reproduzir, repetir fenômenos dentro de um plano de
modificações sistemáticas das variáveis independentes,
relativamente a determinado evento, com o objetivo de
descobrir as condições antecedentes responsáveis pelo evento
subsequente, ou efeito, ou variável dependente assumida
como objeto da pesquisa.
Variáveis (Ruiz, 2008):
§  Variáveis independentes – são as diversas condições
antecedentes tomadas como relevantes para a ocorrência de
determinado evento.
§  Variáveis dependentes – são os fatos, os efeitos, os eventos
produzidos suspensos ou afetados pela presença, ausência ou
variações das variáveis independentes.
Pesquisa Experimental
O delineamento de uma pesquisa experimental (Gil, 2008):
§  Formulação do problema;
§  Construção das hipóteses;
§  Operacionalização das variáveis;
§  Definição do plano experimental;
§  Determinação dos sujeitos (objetos);
§  Determinação do ambiente;
§  Coleta de dados;
§  Análise e interpretação dos dados;
§  Apresentação de conclusões.
Formulação
do problema
Construção
de hipóteses
Determinação
do plano
Operacionalização
das variáveis
Elaboração dos
instrumentos de
coleta de dados
Pré-teste dos
instrumentos
Seleção
da amostra
Coleta
de dados
Análise e
interpretação dos
dados
Redação do relatório
da pesquisa
Fonte: Gil, 2008.
Pesquisa Experimental
Pesquisa Experimental
O delineamento de uma pesquisa experimental (Ruiz, 2008):
§  Determinação do assunto;
§  Pesquisa bibliográfica prévia;
§  Formulação de problemas;
§  Formulação de hipótese ou hipóteses pela determinação das
variáveis independentes que se pretendem manipular em
condições de controle;
§  Prever, conhecer e testar a precisão dos instrumentos que
serão utilizados na manipulação e nas mensurações das
variáveis independentes;
§  Selecionar as técnicas convenientes para o caso;
§  Provocar o fenômeno e controlar a relação entre as variáveis
independentes e os eventos, com o objetivo de testar a
hipótese preestabelecida;
§  Generalizar ou ampliar os resultados;
§  Fazer as predições baseadas na hipótese confirmada;
§  Reiterar experimentos para confirmar predições.
Delineamento da Pesquisa Experimental
Formulação do problema (Gil, 2008):
§  A pesquisa deve iniciar com algum tipo de problema ou
indagação. De acordo com Gil, a pesquisa experimental, mais
que qualquer outra, exige que o problema seja colocado de
maneira clara, precisa e objetiva.
Construção de hipóteses (Gil, 2008):
§  As hipóteses representam relações casuais entre variáveis. Na
pesquisa experimental se busca clareza, precisão e
parcimônia, então frequentemente se tem apenas uma única
hipótese e que é normalmente confundida com o problema. O
que as diferencia é a forma interrogativa da hipótese (?).
?
Problema
Delineamento da Pesquisa Experimental
Operacionalização das variáveis (Gil, 2008):
§  De acordo com Gil, vale a pena ressaltar que as variáveis
contidas nas hipóteses de uma pesquisa experimental devem
possibilitar o esclarecimento do que se pretende investigar,
bem como sua comunicação de forma não ambígua.
Operacionalizar as variáveis significa definir as próprias
variáveis e a possibilidade de se mensurar as mesmas. Na
pesquisa experimental, não tem sentido se ter variáveis que
não podem ser medidas.
Definição do plano experimental (Gil, 2008):
§  O plano experimental é o roteiro para a execução do
experimento visando determinar as variáveis anteriormente
definidas. Uma pesquisa pode ter mais que um plano
experimental.
Delineamento da Pesquisa Experimental
Determinação dos sujeitos ou objetos:
§  Em uma pesquisa experimental em eletroeletrônica, definir os
sujeitos deve ser interpretado como a definição dos objetos de
estudo. Por exemplo, ao estudar a variação paramétrica entre
diferentes tipos de transistores, precisa-se definir o tamanho da
amostra, que constitui a determinação dos objetos da pesquisa.
Determinação do ambiente:
§  Em uma pesquisa com pessoas deve-se definir o ambiente no
qual as ações destas pessoas transcorrem. Já em
eletroeletrônica, precisa-se definir os ambientes físicos
(laboratórios) onde os experimentos e demais etapas devem
ser desenvolvidos.
Coleta de dados:
§  Para Gil, a coleta de dados na pesquisa experimental é feita
mediante a manipulação de certas condições e a observação
dos efeitos produzidos. Em outras palavras, significa que se
deve alterar as variáveis independentes e observar o que
ocorre com as variáveis dependentes.
Delineamento da Pesquisa Experimental
Análise e interpretação dos dados:
§  Aqui pode ser necessário o uso de ferramentas estatísticas
para a comprovação analítica dos fenômenos observados. Esta
é uma das fases mais importantes, pois aqui é que se
determina o encerramento da fase experimental, sua
continuidade ou alteração de seus alcances.
Apresentação das conclusões:
§  Esta é a fase final da pesquisa, na qual deve-se abordar e
correlacionar os resultados obtidos com as hipóteses iniciais.
Sinteticamente significa responder a pergunta feita no início do
trabalho (problema), com base na análise dos dados realizada.
Finalizando
q  “Método é uma forma de selecionar técnicas, forma de
avaliar alternativas para ação científica... Assim, enquanto
as técnicas utilizadas por um cientista são fruto de suas
decisões, o modo pelo qual tais decisões são tomadas
depende de suas regras de decisão. Métodos são regras de
escolha; técnicas são as próprias escolhas” (Ackoff in
Hegenberg, 1976, apud Marconi e Lakatos).
Próxima aula 
Metodologia da Pesquisa.
www.ProfessorPetry.com.br

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  • 1. Florianópolis, novembro de 2013. Prof. Clóvis Antônio Petry. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina Departamento Acadêmico de Eletrônica Metodologia de Estudos e Pesquisas Ciência, Conhecimento Científico Métodos Científicos, Pesquisa
  • 2. Bibliografia para esta aula www.ProfessorPetry.com.br
  • 3. Nesta aula Ciência e Conhecimento Científico: 1.  Tipos de conhecimentos; 2.  Conceito de ciência; 3.  Classificação das ciências; 4.  Características das ciências factuais; 5.  Espírito científico; 6.  Ciência pura e ciência aplicada. Métodos Científicos: 1.  Conceito de método; 2.  História do método; 3.  Diferentes métodos científicos. Pesquisa: 1.  Pesquisa; 2.  Classificação de uma pesquisa; 3.  Pesquisa teórica e pesquisa aplicada; 4.  Pesquisa experimental.
  • 4. Ciência e Conhecimento Científico Os quatro tipos de conhecimento: 1.  Conhecimento popular; 2.  Conhecimento científico; 3.  Conhecimento filosófico; 4.  Conhecimento religioso (teológico). Conhecimento Popular Conhecimento Científico Conhecimento Filosófico Conhecimento Religioso •  Valorativo; •  Reflexivo; •  Assistemático; •  Verificável; •  Falível; •  Inexato. •  Real (factual); •  Contingente; •  Sistemático; •  Verificável; •  Falível; •  Aproximadamente exato. •  Valorativo; •  Racional; •  Sistemático; •  Não verificável; •  Infalível; •  Exato. •  Valorativo; •  Inspiracional; •  Sistemático; •  Não verificável; •  Infalível; •  Exato.
  • 5. Ciência e Conhecimento Científico Conhecimento científico: •  Real (factual) – lida com ocorrências e fatos; •  Contingente – utiliza-se da experimentação e não apenas da razão; •  Sistemático – ordenado logicamente; •  Verificável – hipóteses precisam ser comprovadas; •  Falível – não é definitivo ou final; •  Aproximadamente exato – pode sofrer reformulações de seu acervo de conhecimentos.
  • 6. Ciência e Conhecimento Científico Conceitos de ciência (alguns deles): q  Acumulação de conhecimentos sistemáticos. q  Atividade que se propõe a demonstrar a verdade dos fatos experimentais e suas aplicações práticas; q  Caracteriza-se pelo conhecimento racional, sistemático, exato, verificável e, por conseguinte, falível. q  Conhecimento certo do real pelas suas causas. q  Conhecimento sistemático dos fenômenos da natureza e das leis que o regem, obtido pela investigação, pelo raciocínio e pela experimentação intensiva. q  Conjunto de enunciados lógica e dedutivamente justificados por outros enunciados. q  Conjunto orgânico de conclusões certas e gerais, metodicamente demonstradas e relacionadas com objeto determinado. q  Corpo de conhecimentos consistindo em percepções, experiências, fatos certos e seguros. q  Estudo de problemas solúveis, mediante método científico. q  Forma sistematicamente organizada de pensamento objetivo.
  • 7. Ciência e Conhecimento Científico Conceito de ciência de Ander-Egg (1978) apud Marconi e Lakatos: q  A ciência é um conjunto de conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obtidos metodicamente sistematizados e verificáveis, que fazem referência a objetos de uma mesma natureza. Conceito de ciência de Trujillo (1974) apud Marconi e Lakatos: q  Assim, entendemos por ciência uma sistematização de conhecimentos, um conjunto de preposições logicamente correlacionadas sobre o comportamento de certos fenômenos que se deseja estudar. “A ciência é todo um conjunto de atitudes e atividades racionais, dirigidas ao sistemático conhecimento com objetivo limitado, capaz de ser submetido à verificação”.
  • 8. Ciência e Conhecimento Científico Classificações da ciência: q  Classificação de Comte: Ø  Matemática, astronomia, física, química, biologia, sociologia e moral. q  Classificação de Bunge: Ø  Formal: Lógica e matemática; Ø  Factual: ²  Natural: •  Física, química, biologia, psicologia individual. ²  Cultural: •  Psicologia social, sociologia, economia, ciência política, história material, história das idéias. q  Classificação de Marconi e Lakatos: Ø  Formais: Lógica e matemática. Ø  Factuais: ²  Naturais: Física, química, biologia e outras. ²  Sociais: Antropologia cultural, direito, economia, política, psicologia social, sociologia.
  • 9. Ciência e Conhecimento Científico Características das ciências factuais e do conhecimento científico: ü  Racionalidade – utiliza a razão, raciocínios, conceitos; ü  Objetividade – concorda com o objeto, é reproduzível; ü  Factual – parte de fatos e volta a eles; ü  Transcendente aos fatos – leva o conhecimento além dos fatos estudados; ü  Analiticidade – o todo é decomposto nas partes; ü  Clareza e precisão – é claro e preciso; ü  Comunicabilidade – é transmitido a toda a humanidade; ü  Verificável – é aceito e válido se passar pela prova da experiência; ü  Sistematizável – pode ser logicamente organizado; ü  Carente de investigação metódica – é planejado, segue do conhecido; ü  Acumulativo – é consequência da seleção de conhecimentos anteriores; ü  Falibilidade – não é definitivo, absoluto ou final; ü  Generabilidade – parte do específico para o geral, procura uniformidade; ü  Explicabilidade – sua finalidade é explicar os fatos em termos de leis; ü  Preditivo – é previsível; ü  Aberto – não tem barreiras, limites, dogmas ou imposições; ü  Utilidade – a experimentação confere conhecimento adequado das coisas.
  • 10. Ciência e Conhecimento Científico Espírito científico: 1.  Espírito crítico – análise, questionamento, exame, julgamento; 2.  Espírito de confiança – entusiasmo, equilíbrio entre ceticismo e docilidade ingênua; 3.  Busca de evidências – procura da verdade pelas provas; 4.  Espírito de análise – filosofia = síntese; ciência = análise; 5.  Espírito positivo – apego à objetividade; 6.  Espírito criativo – elaboração de hipóteses, busca de soluções; 7.  Espírito indagador – ciência como um caminho, evolução.
  • 11. Ciência Pura e Ciência Aplicada Definições conforme Iarozinski, 2012: q  Ciência Básica é a que trata dos aspectos gerais ou fundamentais da realidade, produzida sem preocupação com suas aplicações a curto prazo. A designação de Ciência Pura é muitas vezes utilizada como seu sinônimo, no sentido de que é a investigação feita sem qualquer preocupação com a aplicação. Alguns autores e cientistas não apreciam essas designações por entenderem que a aplicação dos conhecimentos gerados pode ser apenas uma questão de tempo ou de oportunidade, como demonstrado à exaustão pela história da Ciência. Estas pessoas preferem chamá-la Ciência Fundamental, no sentido de que se dedica à procura dos fundamentos ou causas dos fenômenos observados. q  Ciência Aplicada é a produzida com a intenção de aplicar seus resultados à objetivos práticos, ou seja, na técnica. Para fazer isso, a ciência aplicada utiliza os conhecimentos gerados pela ciência básica.
  • 12. Método Científico Conceito de método (alguns deles): q  Método é o “caminho pelo qual se chega a determinado resultado, ainda que esse caminho não tenha sido fixado de antemão de modo refletido e deliberado” (Hegenberg, 1976, apud Marconi e Lakatos). q  “Método é uma forma de selecionar técnicas, forma de avaliar alternativas para ação científica... Assim, enquanto as técnicas utilizadas por um cientista são fruto de suas decisões, o modo pelo qual tais decisões são tomadas depende de suas regras de decisão. Métodos são regras de escolha; técnicas são as próprias escolhas” (Ackoff in Hegenberg, 1976, apud Marconi e Lakatos). q  “Método é uma forma de proceder ao longo do caminho. Na ciência os métodos constituem os instrumentos básicos que ordenam de início o pensamento em sistemas, traçam de modo ordenado a forma de proceder do cientista ao longo de um percurso para alcançar um objetivo” (Trujillo, 1975, apud Marconi e Lakatos).
  • 13. Método Científico Conceito de método (alguns deles): q  “Método é a ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários para atingir um fim dado (...) é o caminho a seguir para chegar à verdade nas ciências” (Jolivet, 1979, apud Marconi e Lakatos). q  “Método é o conjunto coerente de procedimentos racionais ou prático-racionais que orienta o pensamento para serem alcançados conhecimentos válidos” (Nérici, 1978, apud Marconi e Lakatos). q  “Método é um procedimento regular, explícito e passível de ser repetido para conseguir-se alguma coisa, seja material ou conceitual” (Bunge, 1980, apud Marconi e Lakatos). q  Método científico é “um conjunto de procedimentos por intermédio dos quais (a) se propõe os problemas científicos e (b) colocam-se à prova as hipóteses científicas” (Bunge, 1974, apud Marconi e Lakatos).
  • 14. Método Científico História do método: §  Galileu Galilei (Itália, entre 1500 e 1600): 1.  Observação; 2.  Análise; 3.  Indução; 4.  Verificação; 5.  Generalização; 6.  Confirmação. §  Francis Bacon (Inglaterra, entre 1500 e 1600): 1.  Experimentação; 2.  Formulação de hipóteses; 3.  Repetição; 4.  Testagem das hipóteses; 5.  Formulação de generalizações e leis. §  Descartes (França, entre 1500 e 1600): 1.  Evidência; 2.  Análise; 3.  Síntese; 4.  Enumeração.
  • 15. Método Científico História do método: §  Conceito atual: 1.  Identificação do problema; 2.  Formulação do problema; 3.  Procura de conhecimentos sobre o problema; 4.  Tentativa de solução; 5.  Invenção de novas idéias; 6.  Obtenção de uma solução; 7.  Investigação da solução proposta; 8.  Prova da solução; 9.  Correção das hipóteses, teorias, procedimentos ou dados.
  • 16. Método Científico Método indutivo: §  Indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas (Marconi e Lakatos, 2008). Exemplo 1: •  O corvo 1 é negro. Premissa 1 •  O corvo 2 é negro. Premissa 2 •  O corvo 3 é negro. Premissa 3 Ø  Logo, todo corvo é negro. Conclusão Exemplo 2: •  Cobre conduz eletricidade. Premissa 1 •  Zinco conduz eletricidade. Premissa 2 •  Cobalto conduz eletricidade. Premissa 3 Ø  Logo, todo metal conduz eletricidade. Conclusão
  • 17. Método Científico Método dedutivo: §  O pensamento é dedutivo quando, a partir de enunciados mais gerais dispostos ordenadamente como premissas de um raciocínio, chega a uma conclusão particular ou menos geral. (Ruiz, 2008). Exemplo 1: •  Todo homem é mortal. Premissa geral •  Pedro é homem. Premissa específica Ø  Logo, Pedro é mortal. Conclusão particular Exemplo 2: •  Todo mamífero é vertebrado. Premissa mais geral •  Todo homem é mamífero. Premissa específica Ø  Logo, todo homem é vertebrado. Conclusão menos geral
  • 18. Método Científico Outros métodos: 1.  Método hipotético-dedutivo: •  Apresentado por Popper (Austro-Britânico – 1902 a 1994); •  Sofreu alterações propostas por outros pensadores; •  Segue as etapas: Ø  Expectativas ou conhecimento prévio; Ø  Problema; Ø  Conjecturas (soluções propostas); Ø  Falseamento. 2.  Método dialético: •  Surgiu na Grécia, ainda antes de Cristo; •  Diálogo; •  Contraposição de ideias; •  Argumentação; •  Muito utilizado pelo filosofo Hegel.
  • 19. Pesquisa Pesquisa (algumas definições): §  Pesquisa é o procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. (Gil, 2008). §  Pesquisa científica é a realização concreta de uma investigação planejada, desenvolvida e redigida de acordo com as normas da metodologia consagradas pela ciência. É o método de abordagem de um problema em estudo que caracteriza o aspecto científico de uma pesquisa (Ruiz, 2008).
  • 20. As qualidades de um pesquisador Algumas qualidades de um pesquisador (Gil, 2008): §  Curiosidade do assunto a ser pesquisado; §  Curiosidade; §  Criatividade; §  Integridade intelectual (ética); §  Atitude autocorretiva; §  Sensibilidade social; §  Imaginação disciplinada; §  Perseverança e paciência; §  Confiança na experiência. Prof. Prata (UFSC) César Lattes Einstein Steve Jobs
  • 21. Classificação geral de uma pesquisa Segundo Demo, 2000 apud Baffi, 2002: q Pesquisa teórica - Trata-se da pesquisa que é dedicada a reconstruir teoria, conceitos, idéias, ideologias, polêmicas, tendo em vista, em termos imediatos, aprimorar fundamentos teóricos. A pesquisa teórica não implica imediata intervenção na realidade, mas nem por isso deixa de ser importante, pois seu papel é decisivo na criação de condições para a intervenção. q Pesquisa metodológica - Refere-se ao tipo de pesquisa voltada para a inquirição de métodos e procedimentos adotados como científicos. Faz parte da pesquisa metodológica o estudo dos paradigmas, as crises da ciência, os métodos e as técnicas dominantes da produção científica. q Pesquisa empírica - É a pesquisa dedicada ao tratamento da face empírica e fatual da realidade; produz e analisa dados, procedendo sempre pela via do controle empírico e fatual. q Pesquisa prática - Trata-se da pesquisa ligada à práxis, ou seja, à prática histórica em termos de conhecimento científico para fins explícitos de intervenção; não esconde a ideologia, mas sem perder ó rigor metodológico.
  • 22. Classificação de uma pesquisa As pesquisas podem ser classificadas, com base nos procedimentos técnicos utilizados, como (Gil, 2008): §  Pesquisa bibliográfica – é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. §  Pesquisa documental – é semelhante à pesquisa bibliográfica, com a diferença essencial na natureza das fontes, pois, a pesquisa bibliográfica se utilizada fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico. §  Pesquisa experimental – essencialmente consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto. §  Pesquisa ex-post facto (a partir do fato passado ) – o estudo é realizado após a ocorrência de variações na variável dependente do curso natural dos acontecimentos.
  • 23. Classificação de uma pesquisa As pesquisas podem ser classificadas, com base nos procedimentos técnicos utilizados, como (Gil, 2008): §  Estudo de corte – refere-se a um grupo de indivíduos que tem alguma característica em comum, constituindo uma amostra a ser acompanhada por certo período de tempo, para observar e analisar o que acontece com elas. §  Levantamento – caracterizam-se pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. §  Estudo de campo – semelhante ao levantamento, distingue-se em alguns aspectos, quais sejam: o levantamento tem maior alcance, enquanto o estudo de campo tem maior profundidade; procura o aprofundamento das questões propostas ao invés da distribuição das características da população segundo determinadas variáveis; estuda-se um único grupo ou comunidade em termos de sua estrutura social, ou seja, ressaltando-se a interação entre seus componentes. §  Estudo de caso – consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento.
  • 24. Classificação de uma pesquisa As pesquisas podem ser classificadas, com base nos procedimentos técnicos utilizados, como (Gil, 2008): §  Pesquisa-ação – é um tipo de pesquisa com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. §  Pesquisa participante – caracteriza-se pela interação entre pesquisadores e membros das situações investigadas; envolve a distinção entre ciência popular e ciência dominante.
  • 25. Pesquisa Experimental e Não-Experimental As pesquisas podem ser experimentais ou não experimentais (Ruiz, 2008): §  Pesquisa não-experimental – são as pesquisas bibliográficas e de campo, por exemplo. São de simples observação controlada, pois o pesquisador não manipula as variáveis, não as isola, não provoca eventos, mas observa-os e registra-os. §  Pesquisa experimental – são as pesquisas de laboratório, que permitem ao pesquisador reiterar, provocar e produzir fenômenos em condições controladas.
  • 26. Pesquisa Experimental e Não-Experimental Pesquisa experimental (Ruiz, 2008): §  Experimentar, ou realizar experimentos, significa exercer positivo controle sobre as condições presumivelmente relevantes, relativamente a determinado evento; significa reproduzir, repetir fenômenos dentro de um plano de modificações sistemáticas das variáveis independentes, relativamente a determinado evento, com o objetivo de descobrir as condições antecedentes responsáveis pelo evento subsequente, ou efeito, ou variável dependente assumida como objeto da pesquisa. Variáveis (Ruiz, 2008): §  Variáveis independentes – são as diversas condições antecedentes tomadas como relevantes para a ocorrência de determinado evento. §  Variáveis dependentes – são os fatos, os efeitos, os eventos produzidos suspensos ou afetados pela presença, ausência ou variações das variáveis independentes.
  • 27. Pesquisa Experimental O delineamento de uma pesquisa experimental (Gil, 2008): §  Formulação do problema; §  Construção das hipóteses; §  Operacionalização das variáveis; §  Definição do plano experimental; §  Determinação dos sujeitos (objetos); §  Determinação do ambiente; §  Coleta de dados; §  Análise e interpretação dos dados; §  Apresentação de conclusões.
  • 28. Formulação do problema Construção de hipóteses Determinação do plano Operacionalização das variáveis Elaboração dos instrumentos de coleta de dados Pré-teste dos instrumentos Seleção da amostra Coleta de dados Análise e interpretação dos dados Redação do relatório da pesquisa Fonte: Gil, 2008. Pesquisa Experimental
  • 29. Pesquisa Experimental O delineamento de uma pesquisa experimental (Ruiz, 2008): §  Determinação do assunto; §  Pesquisa bibliográfica prévia; §  Formulação de problemas; §  Formulação de hipótese ou hipóteses pela determinação das variáveis independentes que se pretendem manipular em condições de controle; §  Prever, conhecer e testar a precisão dos instrumentos que serão utilizados na manipulação e nas mensurações das variáveis independentes; §  Selecionar as técnicas convenientes para o caso; §  Provocar o fenômeno e controlar a relação entre as variáveis independentes e os eventos, com o objetivo de testar a hipótese preestabelecida; §  Generalizar ou ampliar os resultados; §  Fazer as predições baseadas na hipótese confirmada; §  Reiterar experimentos para confirmar predições.
  • 30. Delineamento da Pesquisa Experimental Formulação do problema (Gil, 2008): §  A pesquisa deve iniciar com algum tipo de problema ou indagação. De acordo com Gil, a pesquisa experimental, mais que qualquer outra, exige que o problema seja colocado de maneira clara, precisa e objetiva. Construção de hipóteses (Gil, 2008): §  As hipóteses representam relações casuais entre variáveis. Na pesquisa experimental se busca clareza, precisão e parcimônia, então frequentemente se tem apenas uma única hipótese e que é normalmente confundida com o problema. O que as diferencia é a forma interrogativa da hipótese (?). ? Problema
  • 31. Delineamento da Pesquisa Experimental Operacionalização das variáveis (Gil, 2008): §  De acordo com Gil, vale a pena ressaltar que as variáveis contidas nas hipóteses de uma pesquisa experimental devem possibilitar o esclarecimento do que se pretende investigar, bem como sua comunicação de forma não ambígua. Operacionalizar as variáveis significa definir as próprias variáveis e a possibilidade de se mensurar as mesmas. Na pesquisa experimental, não tem sentido se ter variáveis que não podem ser medidas. Definição do plano experimental (Gil, 2008): §  O plano experimental é o roteiro para a execução do experimento visando determinar as variáveis anteriormente definidas. Uma pesquisa pode ter mais que um plano experimental.
  • 32. Delineamento da Pesquisa Experimental Determinação dos sujeitos ou objetos: §  Em uma pesquisa experimental em eletroeletrônica, definir os sujeitos deve ser interpretado como a definição dos objetos de estudo. Por exemplo, ao estudar a variação paramétrica entre diferentes tipos de transistores, precisa-se definir o tamanho da amostra, que constitui a determinação dos objetos da pesquisa. Determinação do ambiente: §  Em uma pesquisa com pessoas deve-se definir o ambiente no qual as ações destas pessoas transcorrem. Já em eletroeletrônica, precisa-se definir os ambientes físicos (laboratórios) onde os experimentos e demais etapas devem ser desenvolvidos. Coleta de dados: §  Para Gil, a coleta de dados na pesquisa experimental é feita mediante a manipulação de certas condições e a observação dos efeitos produzidos. Em outras palavras, significa que se deve alterar as variáveis independentes e observar o que ocorre com as variáveis dependentes.
  • 33. Delineamento da Pesquisa Experimental Análise e interpretação dos dados: §  Aqui pode ser necessário o uso de ferramentas estatísticas para a comprovação analítica dos fenômenos observados. Esta é uma das fases mais importantes, pois aqui é que se determina o encerramento da fase experimental, sua continuidade ou alteração de seus alcances. Apresentação das conclusões: §  Esta é a fase final da pesquisa, na qual deve-se abordar e correlacionar os resultados obtidos com as hipóteses iniciais. Sinteticamente significa responder a pergunta feita no início do trabalho (problema), com base na análise dos dados realizada.
  • 34. Finalizando q  “Método é uma forma de selecionar técnicas, forma de avaliar alternativas para ação científica... Assim, enquanto as técnicas utilizadas por um cientista são fruto de suas decisões, o modo pelo qual tais decisões são tomadas depende de suas regras de decisão. Métodos são regras de escolha; técnicas são as próprias escolhas” (Ackoff in Hegenberg, 1976, apud Marconi e Lakatos).
  • 35. Próxima aula Metodologia da Pesquisa. www.ProfessorPetry.com.br