Este documento apresenta uma aula sobre metodologia de estudos e pesquisas científicas. Ele discute os conceitos de ciência, conhecimento científico e métodos científicos, incluindo tipos de conhecimento, classificações de ciências, características do conhecimento científico, espírito científico, ciência pura e aplicada. Também aborda conceitos de método, história do método científico e diferentes métodos como indutivo, dedutivo e hipotético-dedutivo.
1. Florianópolis, novembro de 2013.
Prof. Clóvis Antônio Petry.
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina
Departamento Acadêmico de Eletrônica
Metodologia de Estudos e Pesquisas
Ciência, Conhecimento Científico
Métodos Científicos, Pesquisa
3. Nesta aula
Ciência e Conhecimento Científico:
1. Tipos de conhecimentos;
2. Conceito de ciência;
3. Classificação das ciências;
4. Características das ciências factuais;
5. Espírito científico;
6. Ciência pura e ciência aplicada.
Métodos Científicos:
1. Conceito de método;
2. História do método;
3. Diferentes métodos científicos.
Pesquisa:
1. Pesquisa;
2. Classificação de uma pesquisa;
3. Pesquisa teórica e pesquisa aplicada;
4. Pesquisa experimental.
4. Ciência e Conhecimento Científico
Os quatro tipos de conhecimento:
1. Conhecimento popular;
2. Conhecimento científico;
3. Conhecimento filosófico;
4. Conhecimento religioso (teológico).
Conhecimento
Popular
Conhecimento
Científico
Conhecimento
Filosófico
Conhecimento
Religioso
• Valorativo;
• Reflexivo;
• Assistemático;
• Verificável;
• Falível;
• Inexato.
• Real (factual);
• Contingente;
• Sistemático;
• Verificável;
• Falível;
• Aproximadamente
exato.
• Valorativo;
• Racional;
• Sistemático;
• Não
verificável;
• Infalível;
• Exato.
• Valorativo;
• Inspiracional;
• Sistemático;
• Não
verificável;
• Infalível;
• Exato.
5. Ciência e Conhecimento Científico
Conhecimento científico:
• Real (factual) – lida com ocorrências e fatos;
• Contingente – utiliza-se da experimentação e não apenas
da razão;
• Sistemático – ordenado logicamente;
• Verificável – hipóteses precisam ser comprovadas;
• Falível – não é definitivo ou final;
• Aproximadamente exato – pode sofrer reformulações de
seu acervo de conhecimentos.
6. Ciência e Conhecimento Científico
Conceitos de ciência (alguns deles):
q Acumulação de conhecimentos sistemáticos.
q Atividade que se propõe a demonstrar a verdade dos fatos
experimentais e suas aplicações práticas;
q Caracteriza-se pelo conhecimento racional, sistemático, exato,
verificável e, por conseguinte, falível.
q Conhecimento certo do real pelas suas causas.
q Conhecimento sistemático dos fenômenos da natureza e das leis que o
regem, obtido pela investigação, pelo raciocínio e pela experimentação
intensiva.
q Conjunto de enunciados lógica e dedutivamente justificados por outros
enunciados.
q Conjunto orgânico de conclusões certas e gerais, metodicamente
demonstradas e relacionadas com objeto determinado.
q Corpo de conhecimentos consistindo em percepções, experiências,
fatos certos e seguros.
q Estudo de problemas solúveis, mediante método científico.
q Forma sistematicamente organizada de pensamento objetivo.
7. Ciência e Conhecimento Científico
Conceito de ciência de Ander-Egg (1978) apud Marconi e Lakatos:
q A ciência é um conjunto de conhecimentos racionais, certos ou
prováveis, obtidos metodicamente sistematizados e verificáveis,
que fazem referência a objetos de uma mesma natureza.
Conceito de ciência de Trujillo (1974) apud Marconi e Lakatos:
q Assim, entendemos por ciência uma sistematização de
conhecimentos, um conjunto de preposições logicamente
correlacionadas sobre o comportamento de certos fenômenos
que se deseja estudar. “A ciência é todo um conjunto de atitudes
e atividades racionais, dirigidas ao sistemático conhecimento
com objetivo limitado, capaz de ser submetido à verificação”.
8. Ciência e Conhecimento Científico
Classificações da ciência:
q Classificação de Comte:
Ø Matemática, astronomia, física, química, biologia, sociologia
e moral.
q Classificação de Bunge:
Ø Formal: Lógica e matemática;
Ø Factual:
² Natural:
• Física, química, biologia, psicologia individual.
² Cultural:
• Psicologia social, sociologia, economia, ciência
política, história material, história das idéias.
q Classificação de Marconi e Lakatos:
Ø Formais: Lógica e matemática.
Ø Factuais:
² Naturais: Física, química, biologia e outras.
² Sociais: Antropologia cultural, direito, economia, política,
psicologia social, sociologia.
9. Ciência e Conhecimento Científico
Características das ciências factuais e do conhecimento científico:
ü Racionalidade – utiliza a razão, raciocínios, conceitos;
ü Objetividade – concorda com o objeto, é reproduzível;
ü Factual – parte de fatos e volta a eles;
ü Transcendente aos fatos – leva o conhecimento além dos fatos estudados;
ü Analiticidade – o todo é decomposto nas partes;
ü Clareza e precisão – é claro e preciso;
ü Comunicabilidade – é transmitido a toda a humanidade;
ü Verificável – é aceito e válido se passar pela prova da experiência;
ü Sistematizável – pode ser logicamente organizado;
ü Carente de investigação metódica – é planejado, segue do conhecido;
ü Acumulativo – é consequência da seleção de conhecimentos anteriores;
ü Falibilidade – não é definitivo, absoluto ou final;
ü Generabilidade – parte do específico para o geral, procura uniformidade;
ü Explicabilidade – sua finalidade é explicar os fatos em termos de leis;
ü Preditivo – é previsível;
ü Aberto – não tem barreiras, limites, dogmas ou imposições;
ü Utilidade – a experimentação confere conhecimento adequado das coisas.
10. Ciência e Conhecimento Científico
Espírito científico:
1. Espírito crítico – análise, questionamento, exame, julgamento;
2. Espírito de confiança – entusiasmo, equilíbrio entre ceticismo
e docilidade ingênua;
3. Busca de evidências – procura da verdade pelas provas;
4. Espírito de análise – filosofia = síntese; ciência = análise;
5. Espírito positivo – apego à objetividade;
6. Espírito criativo – elaboração de hipóteses, busca de
soluções;
7. Espírito indagador – ciência como um caminho, evolução.
11. Ciência Pura e Ciência Aplicada
Definições conforme Iarozinski, 2012:
q Ciência Básica é a que trata dos aspectos gerais ou
fundamentais da realidade, produzida sem preocupação com
suas aplicações a curto prazo. A designação de Ciência Pura é
muitas vezes utilizada como seu sinônimo, no sentido de que é
a investigação feita sem qualquer preocupação com a
aplicação. Alguns autores e cientistas não apreciam essas
designações por entenderem que a aplicação dos
conhecimentos gerados pode ser apenas uma questão de
tempo ou de oportunidade, como demonstrado à exaustão pela
história da Ciência. Estas pessoas preferem chamá-la Ciência
Fundamental, no sentido de que se dedica à procura dos
fundamentos ou causas dos fenômenos observados.
q Ciência Aplicada é a produzida com a intenção de aplicar seus
resultados à objetivos práticos, ou seja, na técnica. Para fazer
isso, a ciência aplicada utiliza os conhecimentos gerados pela
ciência básica.
12. Método Científico
Conceito de método (alguns deles):
q Método é o “caminho pelo qual se chega a determinado
resultado, ainda que esse caminho não tenha sido fixado de
antemão de modo refletido e deliberado” (Hegenberg, 1976, apud
Marconi e Lakatos).
q “Método é uma forma de selecionar técnicas, forma de avaliar
alternativas para ação científica... Assim, enquanto as técnicas
utilizadas por um cientista são fruto de suas decisões, o modo
pelo qual tais decisões são tomadas depende de suas regras de
decisão. Métodos são regras de escolha; técnicas são as
próprias escolhas” (Ackoff in Hegenberg, 1976, apud Marconi e
Lakatos).
q “Método é uma forma de proceder ao longo do caminho. Na
ciência os métodos constituem os instrumentos básicos que
ordenam de início o pensamento em sistemas, traçam de modo
ordenado a forma de proceder do cientista ao longo de um
percurso para alcançar um objetivo” (Trujillo, 1975, apud Marconi
e Lakatos).
13. Método Científico
Conceito de método (alguns deles):
q “Método é a ordem que se deve impor aos diferentes processos
necessários para atingir um fim dado (...) é o caminho a seguir
para chegar à verdade nas ciências” (Jolivet, 1979, apud Marconi
e Lakatos).
q “Método é o conjunto coerente de procedimentos racionais ou
prático-racionais que orienta o pensamento para serem
alcançados conhecimentos válidos” (Nérici, 1978, apud Marconi e
Lakatos).
q “Método é um procedimento regular, explícito e passível de ser
repetido para conseguir-se alguma coisa, seja material ou
conceitual” (Bunge, 1980, apud Marconi e Lakatos).
q Método científico é “um conjunto de procedimentos por
intermédio dos quais (a) se propõe os problemas científicos e (b)
colocam-se à prova as hipóteses científicas” (Bunge, 1974, apud
Marconi e Lakatos).
14. Método Científico
História do método:
§ Galileu Galilei (Itália, entre 1500 e 1600):
1. Observação;
2. Análise;
3. Indução;
4. Verificação;
5. Generalização;
6. Confirmação.
§ Francis Bacon (Inglaterra, entre 1500 e 1600):
1. Experimentação;
2. Formulação de hipóteses;
3. Repetição;
4. Testagem das hipóteses;
5. Formulação de generalizações e leis.
§ Descartes (França, entre 1500 e 1600):
1. Evidência;
2. Análise;
3. Síntese;
4. Enumeração.
15. Método Científico
História do método:
§ Conceito atual:
1. Identificação do problema;
2. Formulação do problema;
3. Procura de conhecimentos sobre o problema;
4. Tentativa de solução;
5. Invenção de novas idéias;
6. Obtenção de uma solução;
7. Investigação da solução proposta;
8. Prova da solução;
9. Correção das hipóteses, teorias, procedimentos ou dados.
16. Método Científico
Método indutivo:
§ Indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo
de dados particulares, suficientemente constados, infere-se
uma verdade geral ou universal, não contida nas partes
examinadas (Marconi e Lakatos, 2008).
Exemplo 1:
• O corvo 1 é negro. Premissa 1
• O corvo 2 é negro. Premissa 2
• O corvo 3 é negro. Premissa 3
Ø Logo, todo corvo é negro. Conclusão
Exemplo 2:
• Cobre conduz eletricidade. Premissa 1
• Zinco conduz eletricidade. Premissa 2
• Cobalto conduz eletricidade. Premissa 3
Ø Logo, todo metal conduz eletricidade. Conclusão
17. Método Científico
Método dedutivo:
§ O pensamento é dedutivo quando, a partir de enunciados mais
gerais dispostos ordenadamente como premissas de um
raciocínio, chega a uma conclusão particular ou menos geral.
(Ruiz, 2008).
Exemplo 1:
• Todo homem é mortal. Premissa geral
• Pedro é homem. Premissa específica
Ø Logo, Pedro é mortal. Conclusão particular
Exemplo 2:
• Todo mamífero é vertebrado. Premissa mais geral
• Todo homem é mamífero. Premissa específica
Ø Logo, todo homem é vertebrado. Conclusão menos geral
18. Método Científico
Outros métodos:
1. Método hipotético-dedutivo:
• Apresentado por Popper (Austro-Britânico – 1902 a
1994);
• Sofreu alterações propostas por outros pensadores;
• Segue as etapas:
Ø Expectativas ou conhecimento prévio;
Ø Problema;
Ø Conjecturas (soluções propostas);
Ø Falseamento.
2. Método dialético:
• Surgiu na Grécia, ainda antes de Cristo;
• Diálogo;
• Contraposição de ideias;
• Argumentação;
• Muito utilizado pelo filosofo Hegel.
19. Pesquisa
Pesquisa (algumas definições):
§ Pesquisa é o procedimento racional e sistemático que tem
como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são
propostos. (Gil, 2008).
§ Pesquisa científica é a realização concreta de uma
investigação planejada, desenvolvida e redigida de acordo com
as normas da metodologia consagradas pela ciência. É o
método de abordagem de um problema em estudo que
caracteriza o aspecto científico de uma pesquisa (Ruiz, 2008).
20. As qualidades de um pesquisador
Algumas qualidades de um pesquisador (Gil, 2008):
§ Curiosidade do assunto a ser pesquisado;
§ Curiosidade;
§ Criatividade;
§ Integridade intelectual (ética);
§ Atitude autocorretiva;
§ Sensibilidade social;
§ Imaginação disciplinada;
§ Perseverança e paciência;
§ Confiança na experiência.
Prof. Prata (UFSC) César Lattes Einstein Steve Jobs
21. Classificação geral de uma pesquisa
Segundo Demo, 2000 apud Baffi, 2002:
q Pesquisa teórica - Trata-se da pesquisa que é dedicada a
reconstruir teoria, conceitos, idéias, ideologias, polêmicas, tendo em
vista, em termos imediatos, aprimorar fundamentos teóricos. A
pesquisa teórica não implica imediata intervenção na realidade, mas
nem por isso deixa de ser importante, pois seu papel é decisivo na
criação de condições para a intervenção.
q Pesquisa metodológica - Refere-se ao tipo de pesquisa voltada
para a inquirição de métodos e procedimentos adotados como
científicos. Faz parte da pesquisa metodológica o estudo dos
paradigmas, as crises da ciência, os métodos e as técnicas
dominantes da produção científica.
q Pesquisa empírica - É a pesquisa dedicada ao tratamento da face
empírica e fatual da realidade; produz e analisa dados, procedendo
sempre pela via do controle empírico e fatual.
q Pesquisa prática - Trata-se da pesquisa ligada à práxis, ou seja, à
prática histórica em termos de conhecimento científico para fins
explícitos de intervenção; não esconde a ideologia, mas sem perder
ó rigor metodológico.
22. Classificação de uma pesquisa
As pesquisas podem ser classificadas, com base nos
procedimentos técnicos utilizados, como (Gil, 2008):
§ Pesquisa bibliográfica – é desenvolvida com base em material
já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos
científicos.
§ Pesquisa documental – é semelhante à pesquisa bibliográfica,
com a diferença essencial na natureza das fontes, pois, a
pesquisa bibliográfica se utilizada fundamentalmente das
contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto,
a pesquisa documental vale-se de materiais que não
receberam ainda um tratamento analítico.
§ Pesquisa experimental – essencialmente consiste em
determinar um objeto de estudo, selecionar variáveis que
seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e
de observação dos efeitos que a variável produz no objeto.
§ Pesquisa ex-post facto (a partir do fato passado ) – o estudo é
realizado após a ocorrência de variações na variável
dependente do curso natural dos acontecimentos.
23. Classificação de uma pesquisa
As pesquisas podem ser classificadas, com base nos
procedimentos técnicos utilizados, como (Gil, 2008):
§ Estudo de corte – refere-se a um grupo de indivíduos que tem
alguma característica em comum, constituindo uma amostra a
ser acompanhada por certo período de tempo, para observar e
analisar o que acontece com elas.
§ Levantamento – caracterizam-se pela interrogação direta das
pessoas cujo comportamento se deseja conhecer.
§ Estudo de campo – semelhante ao levantamento, distingue-se
em alguns aspectos, quais sejam: o levantamento tem maior
alcance, enquanto o estudo de campo tem maior profundidade;
procura o aprofundamento das questões propostas ao invés da
distribuição das características da população segundo
determinadas variáveis; estuda-se um único grupo ou
comunidade em termos de sua estrutura social, ou seja,
ressaltando-se a interação entre seus componentes.
§ Estudo de caso – consiste no estudo profundo e exaustivo de
um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e
detalhado conhecimento.
24. Classificação de uma pesquisa
As pesquisas podem ser classificadas, com base nos
procedimentos técnicos utilizados, como (Gil, 2008):
§ Pesquisa-ação – é um tipo de pesquisa com base empírica que
é concebida e realizada em estreita associação com uma ação
ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os
pesquisadores e participantes representativos da situação ou
do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou
participativo.
§ Pesquisa participante – caracteriza-se pela interação entre
pesquisadores e membros das situações investigadas; envolve
a distinção entre ciência popular e ciência dominante.
25. Pesquisa Experimental e Não-Experimental
As pesquisas podem ser experimentais ou não experimentais
(Ruiz, 2008):
§ Pesquisa não-experimental – são as pesquisas bibliográficas e
de campo, por exemplo. São de simples observação
controlada, pois o pesquisador não manipula as variáveis, não
as isola, não provoca eventos, mas observa-os e registra-os.
§ Pesquisa experimental – são as pesquisas de laboratório, que
permitem ao pesquisador reiterar, provocar e produzir
fenômenos em condições controladas.
26. Pesquisa Experimental e Não-Experimental
Pesquisa experimental (Ruiz, 2008):
§ Experimentar, ou realizar experimentos, significa exercer
positivo controle sobre as condições presumivelmente
relevantes, relativamente a determinado evento; significa
reproduzir, repetir fenômenos dentro de um plano de
modificações sistemáticas das variáveis independentes,
relativamente a determinado evento, com o objetivo de
descobrir as condições antecedentes responsáveis pelo evento
subsequente, ou efeito, ou variável dependente assumida
como objeto da pesquisa.
Variáveis (Ruiz, 2008):
§ Variáveis independentes – são as diversas condições
antecedentes tomadas como relevantes para a ocorrência de
determinado evento.
§ Variáveis dependentes – são os fatos, os efeitos, os eventos
produzidos suspensos ou afetados pela presença, ausência ou
variações das variáveis independentes.
27. Pesquisa Experimental
O delineamento de uma pesquisa experimental (Gil, 2008):
§ Formulação do problema;
§ Construção das hipóteses;
§ Operacionalização das variáveis;
§ Definição do plano experimental;
§ Determinação dos sujeitos (objetos);
§ Determinação do ambiente;
§ Coleta de dados;
§ Análise e interpretação dos dados;
§ Apresentação de conclusões.
28. Formulação
do problema
Construção
de hipóteses
Determinação
do plano
Operacionalização
das variáveis
Elaboração dos
instrumentos de
coleta de dados
Pré-teste dos
instrumentos
Seleção
da amostra
Coleta
de dados
Análise e
interpretação dos
dados
Redação do relatório
da pesquisa
Fonte: Gil, 2008.
Pesquisa Experimental
29. Pesquisa Experimental
O delineamento de uma pesquisa experimental (Ruiz, 2008):
§ Determinação do assunto;
§ Pesquisa bibliográfica prévia;
§ Formulação de problemas;
§ Formulação de hipótese ou hipóteses pela determinação das
variáveis independentes que se pretendem manipular em
condições de controle;
§ Prever, conhecer e testar a precisão dos instrumentos que
serão utilizados na manipulação e nas mensurações das
variáveis independentes;
§ Selecionar as técnicas convenientes para o caso;
§ Provocar o fenômeno e controlar a relação entre as variáveis
independentes e os eventos, com o objetivo de testar a
hipótese preestabelecida;
§ Generalizar ou ampliar os resultados;
§ Fazer as predições baseadas na hipótese confirmada;
§ Reiterar experimentos para confirmar predições.
30. Delineamento da Pesquisa Experimental
Formulação do problema (Gil, 2008):
§ A pesquisa deve iniciar com algum tipo de problema ou
indagação. De acordo com Gil, a pesquisa experimental, mais
que qualquer outra, exige que o problema seja colocado de
maneira clara, precisa e objetiva.
Construção de hipóteses (Gil, 2008):
§ As hipóteses representam relações casuais entre variáveis. Na
pesquisa experimental se busca clareza, precisão e
parcimônia, então frequentemente se tem apenas uma única
hipótese e que é normalmente confundida com o problema. O
que as diferencia é a forma interrogativa da hipótese (?).
?
Problema
31. Delineamento da Pesquisa Experimental
Operacionalização das variáveis (Gil, 2008):
§ De acordo com Gil, vale a pena ressaltar que as variáveis
contidas nas hipóteses de uma pesquisa experimental devem
possibilitar o esclarecimento do que se pretende investigar,
bem como sua comunicação de forma não ambígua.
Operacionalizar as variáveis significa definir as próprias
variáveis e a possibilidade de se mensurar as mesmas. Na
pesquisa experimental, não tem sentido se ter variáveis que
não podem ser medidas.
Definição do plano experimental (Gil, 2008):
§ O plano experimental é o roteiro para a execução do
experimento visando determinar as variáveis anteriormente
definidas. Uma pesquisa pode ter mais que um plano
experimental.
32. Delineamento da Pesquisa Experimental
Determinação dos sujeitos ou objetos:
§ Em uma pesquisa experimental em eletroeletrônica, definir os
sujeitos deve ser interpretado como a definição dos objetos de
estudo. Por exemplo, ao estudar a variação paramétrica entre
diferentes tipos de transistores, precisa-se definir o tamanho da
amostra, que constitui a determinação dos objetos da pesquisa.
Determinação do ambiente:
§ Em uma pesquisa com pessoas deve-se definir o ambiente no
qual as ações destas pessoas transcorrem. Já em
eletroeletrônica, precisa-se definir os ambientes físicos
(laboratórios) onde os experimentos e demais etapas devem
ser desenvolvidos.
Coleta de dados:
§ Para Gil, a coleta de dados na pesquisa experimental é feita
mediante a manipulação de certas condições e a observação
dos efeitos produzidos. Em outras palavras, significa que se
deve alterar as variáveis independentes e observar o que
ocorre com as variáveis dependentes.
33. Delineamento da Pesquisa Experimental
Análise e interpretação dos dados:
§ Aqui pode ser necessário o uso de ferramentas estatísticas
para a comprovação analítica dos fenômenos observados. Esta
é uma das fases mais importantes, pois aqui é que se
determina o encerramento da fase experimental, sua
continuidade ou alteração de seus alcances.
Apresentação das conclusões:
§ Esta é a fase final da pesquisa, na qual deve-se abordar e
correlacionar os resultados obtidos com as hipóteses iniciais.
Sinteticamente significa responder a pergunta feita no início do
trabalho (problema), com base na análise dos dados realizada.
34. Finalizando
q “Método é uma forma de selecionar técnicas, forma de
avaliar alternativas para ação científica... Assim, enquanto
as técnicas utilizadas por um cientista são fruto de suas
decisões, o modo pelo qual tais decisões são tomadas
depende de suas regras de decisão. Métodos são regras de
escolha; técnicas são as próprias escolhas” (Ackoff in
Hegenberg, 1976, apud Marconi e Lakatos).