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Brasil-Império (1808-1889): o jogo das
          temporalidades.


  Continuidades e rupturas nas políticas de urbanização e
                       urbanismo.
REIS,N. G. Quadro da Arquitetura no Brasil. 1970.
REIS FILHO, N. G. “Urbanização e modernidade: entre o passado e o futuro (1808-
  1945)”. In: MOTA, Carlos Guilherme (org). Viagem incompleta. A experiência
  brasileira (1500-2000). A grande transação. 2000.

CAVALCANTI, N. O RJ setecentista: a vida e a construção da cidade da invasão
  francesa até a chegada da Corte. 2004. (Décimas Urbanas)



SALGADO, Ivone. Condições sanitárias nas cidades brasileiras de fins do período
  colonial (1777-1822): teorias e práticas em debate. 2001.



SCHULTZ, Kirsten. Versalhes tropical. Império, monarquia e a corte real
  portuguesa no RJ, 1808-1821, 2008.
BELUZZO, Ana Maria. O Brasil dos Viajantes. 3 vols.
Estrutura da aula



1. O processo de urbanização no Brasil-Império

2. A escala do espaço intra-urbano: o Rio de Janeiro como capital de
   um Império escravista
3. As cidades do Vale do Paraíba
2. O processo de urbanização no Brasil Império
1. O processo de urbanização no Brasil Império


•1823 - Criação das Províncias e Presidentes de Província (indicado pelo poder central).
• 1824 – Constituição do Império.
• 1828 - Lei de Organização Municipal (reduz poder Câmaras).
• 1834 - Ato Adicional - Assembléias Provinciais (Repartições de Obras Públicas)
• Lei 12/05/1840 - retirada dos instrumentos políticos do poder local (juízes/ delegados nomeados)
             Câmara: “restrição a atribuições administrativas, especialmente viárias, de higiene e saúde”
                                    Câmaras Municipais x Assembléias Provinciais

                                       Brasil-Império: agrário-exportador e escravista
                 Investimento em infra-estrutura de articulação territorial: estradas, pontes, portos e ferrovias
                         Rede urbana = sistema pé-de-galinha (Redefinição das capitais regionais)

                                              Engenheiros Civis e Arquitetos
                Cidades: partido urbanístico = traçado ortogonal (arruador), “Códigos de Posturas” (Câmaras)
Estradas coloniais: viagens no lombo de mulas
              Serra da Estrela
O transporte de cargas até meados séc. XIX:
              tropas de muares
Instalação de infra-
 estrutura de transporte
 Estradas para serviço de
        diligências
  (engenheiros militares/
            civis)
1846 – Estrada Normal da Serra da
   Estrela (Porto da Estrela –
   Petrópolis)
1856-1861-Estrada União e Indústria
   (Petrópolis-Juiz de Fora)
1852 – Estrada do Caxangá (PE –
   Vauthier)

1840-1844 – Estrada da Maioridade
   (SP-Santos)
1862-1863 – Estrada do Vergueiro
   (SP-Santos)
Os portos como polos
  de convergência

   Programa de
 Modernização dos
 portos marítimos
Infra-estrutura ferroviária

     (iniciativa privada)
1852-1856 – 1a. ferrovia (Mauá) –
   Porto da Estrela à raiz da Serra +
   Diligências até Petrópolis
1855-1858 – Estrada de Ferro do Cabo
   (PE)
1855-1864 – D. Pedro II
1859-1887 – E. F. de Ferro Cantagalo
   (Porto de Caxias a Cantagalo)
1867- São Paulo Railway (Santos-
   Jundiaí)
1872 – Cia Paulista
1875 – E. F. Mogiana e Sorocabana
1904 – E. F. Noroeste
Carta Régia 1810
Criação da Academia
Real Militar - RJ

    “... Curso regular das
     ciências exatas e de
 Observações /..../ se formem
 hábeis oficiais de artilharia,
 engenharia, e ainda mesmo
     oficiais da classe de
   engenheiros geógrafos e
   topógrafos, que possam
também ter o útil emprego de
         dirigir objetos
administrativos de minas, de
  caminhos, portos, canais,
 pontes, fontes e calçadas...”
Sistema pé-de-galinha
Comunicação regional e nacional:
     via marítima e fluvial
2. A escala do intra-urbano:



RJ capital de um Império escravista
Periodização: continuidades e rupturas
        1822         1840                                         1889

1808                          1850                         1888 (Abolição)
Vinda Família Real              Proibição tráfico negreiro ($$)
                                 Infra-estrutura urbana/território
RJ Capital do Império Luso        Leis de Terras (1850)
12.000 reinóis...
Abertura Portos
 Importação + Exportação/ Estrangeiros/Expedições Científicas

Intendência Geral de Polícia (Décimas Urbanas/ Códigos de Posturas)

Quadros técnicos:
Faculdade de Medicina: Relatórios médicos/ Política Higienista
Academia e Arquivo Real Militar (Engenheiro Militar/Civil) (1808/1810)
Escola de Ciências, Artes e Ofícios (1816)
Família Real no Brasil
Família Real no Brasil (1808-1821)
     Impacto e conseqüências sociais
Rio de Janeiro (1808)


Índices demográficos

  60.000 habitantes
   12.000 reinóis
Abertura dos Portos
      (1808)




Visconde de Cairu e José Bonfácio
O livre comércio entre as nações amigas e o Império luso
                   Europa      Brasil
O comércio fino:
                  Rua Direita e Rua do Ouvidor
                                                                     Rua Direita
                                                          “verdadeira rua Saint Honoré, de
                                                              Paris, ocupada pelas lojas dos
                                                              ricos comerciantes (...) e que
                                                             em sua maioria pertenciam às
                                                             firmas inglesas e portuguesas”
                                                                        (Debret)

                                                                   Rua do Ouvidor
                                                           “casas eram guarnecidas com
                                                             elegância que um estrangeiro
                                                            não espera encontrar, e muitas
                                                                têm janelas formadas de
                                                                grandes painéis de vidro,
                                                            semelhantes aos que são agora
                                                                 tão comuns nas grandes
                                                             cidades da Grã-Bretanha. É a
                                                              Regent Street do Rio e aí se
                                                               encontram quase todos os
Richard Bate, 1845 (a partir de esboço de c. 1820/1822)        objetos de luxo europeus”
                                                               (1836 – George Gardner)
Estrangeiros no Brasil:
uma documentação preciosa
Uma cidade entre morros
Uma cidade concentrada




William J. Burchell (1825-1829), Expedição Inglesa
A criação da “Intendência
 Geral de Polícia” (1809)

         O que revela a
         “Décima Urbana”?
1o. Imposto Predial: define o perímetro
 urbano, nomeia as ruas e estabelece a
       numeração dos imóveis
DÉCIMA URBANA:
71 ruas, 25 becos, 9 travessas,
      2 praças, 9 largos
            e 1 cais
Uma cidade térrea e residencial
  4.750 imóveis térreos, 2.169 sobrados
 e 50 imóveis exclusivamente comerciais
As tipologias
predominantes
A implantação edifício-lote predominante
“Nova Lisboa ou
pequena África?”




         Rua Direita - J. M. Rugendas (1822-1829), Expedição Lansdorff
Rio de Janeiro: de capital da colônia a capital do Império luso

 Estrutura e imagem não condizentes ao novo
                papel político
   “Nova Lisboa” ou “Pequena África”?

“ A grandeza desta cidade de pouca extensão é mui
   semelhante aí ao Sítio de Alfama, ou fazendo-
   lhe muito favor, ao Bairro Alto nos seus
   distritos mais porcos e imundos. Ora, quem vem
   de Lisboa aqui desmaia e esmorece...”
                    Luiz Joaquim Santos Marrocos
O Rio de Janeiro de Eduard Hildebrandt
                 (1844)
Ausência de infra-
     estrutura de
abastecimento de água

Aqueduto e Chafariz
    da Carioca
   Thomas Ender (1817)
O Rio de Janeiro de Eduard Hildebrandt
                 (1844)
Ausência de infra-
estrutura de coleta
     de esgoto

“Os escravos tigres”
O Rio de Janeiro de
Adolphe D'Hastrel
    Comércio de gêneros
alimentícios no início do séc.
            XIX
O Rio de Janeiro de Thomas Ender (1816)
        Comércio de gêneros alimentícios
Rua do Ouvidor (1844)
 O Rio de Janeiro de
 Eduard Hildebrandt
O Rio de Janeiro de Eduard Hildebrandt
                 (1844)
O mau cheiro constante
“As ruas são retas e estreitas, não existem
    passeios mais altos ou separados e, em
  geral, pelo meio da rua, corre um canal de
               águas servidas”.
“Se acontece desabar um súbito aguaceiro,
  logo surgem em geral essas tinas, despeja-
  se-lhe o conteúdo em plena rua, deixando-
          se que a enxurrada a leve”.

              John Luccock
Epidemias
CÓDIGOS DE POSTURAS POLICIAIS
        Os relatórios médicos
        e a teoria miasmática
Dr. Manoel Vieira da Silva, “Reflexões sobre alguns dos meios
   propostos por mais conducentes para melhorar o clima da
   cidade do Rio de Janeiro”. RJ: Imprensa Régia, 1808.

Causas da insalubridade:
• Estagnação das águas;
• direção e largura das ruas;
• inumações junto às igrejas;
• trânsito de boiadas na cidade em direção aos matadouros e
  currais;
• transporte de carne nas cidades;
• falta de asseio nos matadouros.
Os relatórios dos engenheiros militares/civis



José Joaquim de Santa Anna, Capitão do Real Corpo de
   Engenheiros e Architectos do Rio de Janeiro. “Memória
   sobre o enxugo geral da cidade do Rio de Janeiro”. RJ:
   Imprensa Régia, 1811/5.
O debate contra as inumações intra-muros

1773 – Hugues Maret (Montpellier)
1774 – Scipião Piatolli
1778 – Vicq d'Azir (Académie des Sciences)
1800 – Vicente Coelho de Seabra (MG/ lente na Univ. Coimbra).

1812 – José Correia Picanço. “Ensaio sobre os perigos das sepulturas
   dentro das cidades, e nos seus contornos”. (PE/Univ. Montpellier/
   Lente Univ. Coimbra/Faculdade de Medicina Bahia)

1831 - Manuel Maurício Rebouças. “Dissertation sur les inhumations
   em géneral, leur résultats fâcheux lors qu'on les pratique dans les
   églises et dans l'enceinte des villes, et les moyens d'y rémedier par les
   cimitières extra-muros”. Tese defendida na Escola de Medicina de
   Paris.
POLÍTICA HIGIENISTA
 O 1o. Código de Posturas
Policiais do Império (1832)
      Zoneamento de funções

Cemitérios fora do perímetro urbano
O 1o. Código de Posturas Policiais (1832)
         Contra as boiadas nas cidades
O 1o. Código de Posturas Policiais (1832)
            Zoneamento de funções
     Matadouros e curtumes fora das cidades
O 1o. Código de Posturas Policiais (1832)
 Açougues deslocados para as extremidades da cidade
O 1o. Código de Posturas Policiais
       Contra as águas estagnadas
O 1o. Código de Posturas Policiais (1832)
          Calçamento de ruas e praças




                    Debret.
Clamor por vegetação nas cidades
                        Plantar é sanear



“Onde achar fresco, a
  brisa, a sombra? Não há
  árvores, não há galerias
  nas grandes praças. O
  LARGO DO PAÇO /.../
  não passa de um lugar
  árido, calcinante, sem
  arbusto, sem uma
  simples cobertura” /.../

Charles Rybeirolles, 1858
“No LARGO DO ROCIO, nome que se dá à Praça da Constituição,
  vegetam num chão de areia algumas plantas enfezadas que não
  recordam muito a terra das palmeiras.” /.../
                                           Charles Rybeirolles, 1858
“E quanto ao CAMPO DA ACLAMAÇÃO, vasto quadrilátero que comportaria
dois squares de Londres, é tão desnudo como um deserto da África. Porque esse
ódio às árvores, esse desdém da folhagem tão ridente nas paisagens quentes?
Ignora-se porventura que a vegetação arborescente, radicada no solo, absorve as
águas, os detritos orgânicos alteráveis, os sais, e alivia, purifica os terrenos por
suas transudações capilares? /.../ A vegetação faz, pois, o serviço da idilidade
pública. PLANTAR É SANEAR”

Charles Rybeirolles,
1858




      Thomas Ender.
POLÍTICA HIGIENISTA
 Os Códigos de Posturas
  Policiais do Império
         Normas edilícias:
a luta contra as rótulas e muxarabis
           luz e ventilação
Intendência Geral de Polícia (1809):
   eliminação dos traços coloniais (rótulas)




      Thomas Ender (1817), Expedição Austríaca.
O Rio de Janeiro de William J. Burchell
               (1825-1829)
Códigos de Posturas Policiais do Império
     Normas edilícias: luz, ventilação e umidade
   (porões, pé-direito, bandeiras, vidraças, tijolo)
Códigos de Posturas Policiais no Império
           Normas edilícias
Vidraças
Platibanda, calha e
 condutor de água
Segregação de fluxos de pedestres e veículos e
      calçamento das principais ruas
 com paralelepípedos vindos da Inglaterra:
      Ruas S. José, Assembléia, Ouvidor, São Pedro,
               Direita, Quitanda e Ourives




             Pieter Bertichem, meados do séc. XIX.
Segregação de fluxos
pedestres/veículos e
    calçamento
Infra-estrutura urbana:
     iluminação a gás
 The Rio de Janeiro Gás Co. Ltd.
           (1854-1886)
Manuel Antônio Galvão, João Jorge
 Young, Barão de Mauá, William
          Gilbert Ginty
“Tílburi”
Gregor Tilbury (1818) – RJ
       (1830/1846)
    Serviço de tilburis




         Debret.             Augusto Stahl.
Linhas de bondes de tração animal
 Companhia Carris de Ferro da Tijuca (1859)
       Centro – Alto da Boa Vista
           Thomas Cochrane




              Augusto Malta, 1906.
Sistema de esgotos
  The Rio de Janeiro City Improvements Co. Ltda. (1853)- John
                        Frederick Russel




Hamburgo;
Londres – 1832;
Nova York; Rio de
Janeiro; Paris –
1853;
São Paulo (Cia
Cantareira) –
1877/1881

                             Debret.
A Quinta da Boa Vista - São
          Cristovão

Chácara doada por Elias Antônio
            Lopes


                                  Taunay.
As elites preferem morar nos “subúrbios”




           AlmanachLaemmert & Cia, 1890
As chácaras típicas do período colonial
         Chácara do Conde da Barca
                 Catumbi
Casa do Cônsul Henry Chamberlain
           Botafogo (1820)
Chácaras de I. E.
Wright, do Russell,
  Mr. Fox, Mr.
   Derbyshire,
Residência de Sir Sidney Smith (1827)
                      Praia de Bragança
“atravessando o Porto, em
direção ao Nordeste, a partir
da Praça do Palácio, está a
propriedade doada pelo Rei
de Portugal a Sir Sidney
Smith, logo após a sua
chegada da Europa em 1808,
e batizada de Bragança, em
homenagem à Família Real.
A casa é pequena mas
cômoda e a vista da espaçosa
varanda é particularmente
interessante e charmosa...”

Henry Chamberlain

                 William Havell, Cena de jardim na Praia de Bragança, 1827.
Residência do Embaixador Austríaco




             Thomas Ender.
Residência de Conde von Elz




      Thomas Ender, 1817-1818.
Casa vitoriana de José Tavares Guerra Petrópolis
Cosme Velho
Vale das
      Laranjeiras




Residência de Domingos Francisco de
    Araújo Rozo - Proprietário de 31
    imóveis urbanos. Thomas Ender
Botafogo




C. J. Martin, 1848/50.
Novos modos de morar
                  (novos bairros residenciais)
                                     Glória




Raymond Auguste Quinsac Monvoisin,            Raymond Auguste Quinsac Monvoisin, c.
            1847/1848.                                        1850.
Residências em Botafogo
Bairros Novos: nova implantação no lote
          Recuos frontais e laterais




            George Leuzinger, c. 1865
Catete




Thomas Ender
Arquiteto Régio José da Costa e Silva, a
Missão Artística Francesa e a Escola de
Ciências, Artes e Ofícios (Grandjean de
              Montigny):
 a introdução do Neoclássico no Brasil
    Programa de obras públicas monumentais
                  1816-Academia Real de Ciências, Artes e
                     Ofícios (futura Academia Imperial de
                     Belas Artes - 1826)
                  1819/20 -Bolsa do Rio de Janeiro, depois
                     Alfândega
                  1825 – Plano urbano e Palácio Imperial
                     no Largo do Paço
                  1827 – Praça monumental no Campo da
                     Aclamação (Biblioteca Imperial,
                     Catedral de S. Pedro de Alcântara)
                  1834 - Mercado
                  1836 – Praça semi-circular defronte a
                     Academia
                  1848 - Paço do Senado – Largo do Rocio
José da Costa e Silva – Arquitetoi Régio
Autor do projeto do Teatro São João no LARGO DO ROCIO e Teatro São Carlos de
                                       Lisboa.
Grandjean de Montigny projeto uma praça monumental para o CAMPO DA
ACLAMAÇÃO , com Biblioteca Régia e a Catedral de São Pedro de Alcântara.




     Thomas Ender.
As cidades do Vale do Paraíba
Economias regionais
 (açúcar, algodão, cacau, tabaco, café)
CAFÉ: Vale do Paraíba e o Oeste Paulista
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  • 1. Brasil-Império (1808-1889): o jogo das temporalidades. Continuidades e rupturas nas políticas de urbanização e urbanismo.
  • 2. REIS,N. G. Quadro da Arquitetura no Brasil. 1970. REIS FILHO, N. G. “Urbanização e modernidade: entre o passado e o futuro (1808- 1945)”. In: MOTA, Carlos Guilherme (org). Viagem incompleta. A experiência brasileira (1500-2000). A grande transação. 2000. CAVALCANTI, N. O RJ setecentista: a vida e a construção da cidade da invasão francesa até a chegada da Corte. 2004. (Décimas Urbanas) SALGADO, Ivone. Condições sanitárias nas cidades brasileiras de fins do período colonial (1777-1822): teorias e práticas em debate. 2001. SCHULTZ, Kirsten. Versalhes tropical. Império, monarquia e a corte real portuguesa no RJ, 1808-1821, 2008. BELUZZO, Ana Maria. O Brasil dos Viajantes. 3 vols.
  • 3. Estrutura da aula 1. O processo de urbanização no Brasil-Império 2. A escala do espaço intra-urbano: o Rio de Janeiro como capital de um Império escravista 3. As cidades do Vale do Paraíba
  • 4. 2. O processo de urbanização no Brasil Império
  • 5. 1. O processo de urbanização no Brasil Império •1823 - Criação das Províncias e Presidentes de Província (indicado pelo poder central). • 1824 – Constituição do Império. • 1828 - Lei de Organização Municipal (reduz poder Câmaras). • 1834 - Ato Adicional - Assembléias Provinciais (Repartições de Obras Públicas) • Lei 12/05/1840 - retirada dos instrumentos políticos do poder local (juízes/ delegados nomeados) Câmara: “restrição a atribuições administrativas, especialmente viárias, de higiene e saúde” Câmaras Municipais x Assembléias Provinciais Brasil-Império: agrário-exportador e escravista Investimento em infra-estrutura de articulação territorial: estradas, pontes, portos e ferrovias Rede urbana = sistema pé-de-galinha (Redefinição das capitais regionais) Engenheiros Civis e Arquitetos Cidades: partido urbanístico = traçado ortogonal (arruador), “Códigos de Posturas” (Câmaras)
  • 6.
  • 7. Estradas coloniais: viagens no lombo de mulas Serra da Estrela
  • 8.
  • 9.
  • 10. O transporte de cargas até meados séc. XIX: tropas de muares
  • 11.
  • 12.
  • 13. Instalação de infra- estrutura de transporte Estradas para serviço de diligências (engenheiros militares/ civis) 1846 – Estrada Normal da Serra da Estrela (Porto da Estrela – Petrópolis) 1856-1861-Estrada União e Indústria (Petrópolis-Juiz de Fora) 1852 – Estrada do Caxangá (PE – Vauthier) 1840-1844 – Estrada da Maioridade (SP-Santos) 1862-1863 – Estrada do Vergueiro (SP-Santos)
  • 14.
  • 15. Os portos como polos de convergência Programa de Modernização dos portos marítimos
  • 16. Infra-estrutura ferroviária (iniciativa privada) 1852-1856 – 1a. ferrovia (Mauá) – Porto da Estrela à raiz da Serra + Diligências até Petrópolis 1855-1858 – Estrada de Ferro do Cabo (PE) 1855-1864 – D. Pedro II 1859-1887 – E. F. de Ferro Cantagalo (Porto de Caxias a Cantagalo) 1867- São Paulo Railway (Santos- Jundiaí) 1872 – Cia Paulista 1875 – E. F. Mogiana e Sorocabana 1904 – E. F. Noroeste
  • 17. Carta Régia 1810 Criação da Academia Real Militar - RJ “... Curso regular das ciências exatas e de Observações /..../ se formem hábeis oficiais de artilharia, engenharia, e ainda mesmo oficiais da classe de engenheiros geógrafos e topógrafos, que possam também ter o útil emprego de dirigir objetos administrativos de minas, de caminhos, portos, canais, pontes, fontes e calçadas...”
  • 18.
  • 19.
  • 20. Sistema pé-de-galinha Comunicação regional e nacional: via marítima e fluvial
  • 21.
  • 22.
  • 23.
  • 24.
  • 25. 2. A escala do intra-urbano: RJ capital de um Império escravista
  • 26. Periodização: continuidades e rupturas 1822 1840 1889 1808 1850 1888 (Abolição) Vinda Família Real Proibição tráfico negreiro ($$) Infra-estrutura urbana/território RJ Capital do Império Luso Leis de Terras (1850) 12.000 reinóis... Abertura Portos Importação + Exportação/ Estrangeiros/Expedições Científicas Intendência Geral de Polícia (Décimas Urbanas/ Códigos de Posturas) Quadros técnicos: Faculdade de Medicina: Relatórios médicos/ Política Higienista Academia e Arquivo Real Militar (Engenheiro Militar/Civil) (1808/1810) Escola de Ciências, Artes e Ofícios (1816)
  • 28. Família Real no Brasil (1808-1821) Impacto e conseqüências sociais
  • 29. Rio de Janeiro (1808) Índices demográficos 60.000 habitantes 12.000 reinóis
  • 30. Abertura dos Portos (1808) Visconde de Cairu e José Bonfácio
  • 31. O livre comércio entre as nações amigas e o Império luso Europa Brasil
  • 32. O comércio fino: Rua Direita e Rua do Ouvidor Rua Direita “verdadeira rua Saint Honoré, de Paris, ocupada pelas lojas dos ricos comerciantes (...) e que em sua maioria pertenciam às firmas inglesas e portuguesas” (Debret) Rua do Ouvidor “casas eram guarnecidas com elegância que um estrangeiro não espera encontrar, e muitas têm janelas formadas de grandes painéis de vidro, semelhantes aos que são agora tão comuns nas grandes cidades da Grã-Bretanha. É a Regent Street do Rio e aí se encontram quase todos os Richard Bate, 1845 (a partir de esboço de c. 1820/1822) objetos de luxo europeus” (1836 – George Gardner)
  • 33. Estrangeiros no Brasil: uma documentação preciosa
  • 35. Uma cidade concentrada William J. Burchell (1825-1829), Expedição Inglesa
  • 36. A criação da “Intendência Geral de Polícia” (1809) O que revela a “Décima Urbana”? 1o. Imposto Predial: define o perímetro urbano, nomeia as ruas e estabelece a numeração dos imóveis
  • 37. DÉCIMA URBANA: 71 ruas, 25 becos, 9 travessas, 2 praças, 9 largos e 1 cais
  • 38. Uma cidade térrea e residencial 4.750 imóveis térreos, 2.169 sobrados e 50 imóveis exclusivamente comerciais
  • 41. “Nova Lisboa ou pequena África?” Rua Direita - J. M. Rugendas (1822-1829), Expedição Lansdorff
  • 42. Rio de Janeiro: de capital da colônia a capital do Império luso Estrutura e imagem não condizentes ao novo papel político “Nova Lisboa” ou “Pequena África”? “ A grandeza desta cidade de pouca extensão é mui semelhante aí ao Sítio de Alfama, ou fazendo- lhe muito favor, ao Bairro Alto nos seus distritos mais porcos e imundos. Ora, quem vem de Lisboa aqui desmaia e esmorece...” Luiz Joaquim Santos Marrocos
  • 43. O Rio de Janeiro de Eduard Hildebrandt (1844)
  • 44. Ausência de infra- estrutura de abastecimento de água Aqueduto e Chafariz da Carioca Thomas Ender (1817)
  • 45. O Rio de Janeiro de Eduard Hildebrandt (1844)
  • 46. Ausência de infra- estrutura de coleta de esgoto “Os escravos tigres”
  • 47. O Rio de Janeiro de Adolphe D'Hastrel Comércio de gêneros alimentícios no início do séc. XIX
  • 48. O Rio de Janeiro de Thomas Ender (1816) Comércio de gêneros alimentícios
  • 49. Rua do Ouvidor (1844) O Rio de Janeiro de Eduard Hildebrandt
  • 50. O Rio de Janeiro de Eduard Hildebrandt (1844)
  • 51. O mau cheiro constante
  • 52. “As ruas são retas e estreitas, não existem passeios mais altos ou separados e, em geral, pelo meio da rua, corre um canal de águas servidas”. “Se acontece desabar um súbito aguaceiro, logo surgem em geral essas tinas, despeja- se-lhe o conteúdo em plena rua, deixando- se que a enxurrada a leve”. John Luccock
  • 54. CÓDIGOS DE POSTURAS POLICIAIS Os relatórios médicos e a teoria miasmática Dr. Manoel Vieira da Silva, “Reflexões sobre alguns dos meios propostos por mais conducentes para melhorar o clima da cidade do Rio de Janeiro”. RJ: Imprensa Régia, 1808. Causas da insalubridade: • Estagnação das águas; • direção e largura das ruas; • inumações junto às igrejas; • trânsito de boiadas na cidade em direção aos matadouros e currais; • transporte de carne nas cidades; • falta de asseio nos matadouros.
  • 55. Os relatórios dos engenheiros militares/civis José Joaquim de Santa Anna, Capitão do Real Corpo de Engenheiros e Architectos do Rio de Janeiro. “Memória sobre o enxugo geral da cidade do Rio de Janeiro”. RJ: Imprensa Régia, 1811/5.
  • 56. O debate contra as inumações intra-muros 1773 – Hugues Maret (Montpellier) 1774 – Scipião Piatolli 1778 – Vicq d'Azir (Académie des Sciences) 1800 – Vicente Coelho de Seabra (MG/ lente na Univ. Coimbra). 1812 – José Correia Picanço. “Ensaio sobre os perigos das sepulturas dentro das cidades, e nos seus contornos”. (PE/Univ. Montpellier/ Lente Univ. Coimbra/Faculdade de Medicina Bahia) 1831 - Manuel Maurício Rebouças. “Dissertation sur les inhumations em géneral, leur résultats fâcheux lors qu'on les pratique dans les églises et dans l'enceinte des villes, et les moyens d'y rémedier par les cimitières extra-muros”. Tese defendida na Escola de Medicina de Paris.
  • 57. POLÍTICA HIGIENISTA O 1o. Código de Posturas Policiais do Império (1832) Zoneamento de funções Cemitérios fora do perímetro urbano
  • 58. O 1o. Código de Posturas Policiais (1832) Contra as boiadas nas cidades
  • 59. O 1o. Código de Posturas Policiais (1832) Zoneamento de funções Matadouros e curtumes fora das cidades
  • 60. O 1o. Código de Posturas Policiais (1832) Açougues deslocados para as extremidades da cidade
  • 61. O 1o. Código de Posturas Policiais Contra as águas estagnadas
  • 62. O 1o. Código de Posturas Policiais (1832) Calçamento de ruas e praças Debret.
  • 63. Clamor por vegetação nas cidades Plantar é sanear “Onde achar fresco, a brisa, a sombra? Não há árvores, não há galerias nas grandes praças. O LARGO DO PAÇO /.../ não passa de um lugar árido, calcinante, sem arbusto, sem uma simples cobertura” /.../ Charles Rybeirolles, 1858
  • 64. “No LARGO DO ROCIO, nome que se dá à Praça da Constituição, vegetam num chão de areia algumas plantas enfezadas que não recordam muito a terra das palmeiras.” /.../ Charles Rybeirolles, 1858
  • 65. “E quanto ao CAMPO DA ACLAMAÇÃO, vasto quadrilátero que comportaria dois squares de Londres, é tão desnudo como um deserto da África. Porque esse ódio às árvores, esse desdém da folhagem tão ridente nas paisagens quentes? Ignora-se porventura que a vegetação arborescente, radicada no solo, absorve as águas, os detritos orgânicos alteráveis, os sais, e alivia, purifica os terrenos por suas transudações capilares? /.../ A vegetação faz, pois, o serviço da idilidade pública. PLANTAR É SANEAR” Charles Rybeirolles, 1858 Thomas Ender.
  • 66. POLÍTICA HIGIENISTA Os Códigos de Posturas Policiais do Império Normas edilícias: a luta contra as rótulas e muxarabis luz e ventilação
  • 67. Intendência Geral de Polícia (1809): eliminação dos traços coloniais (rótulas) Thomas Ender (1817), Expedição Austríaca.
  • 68. O Rio de Janeiro de William J. Burchell (1825-1829)
  • 69. Códigos de Posturas Policiais do Império Normas edilícias: luz, ventilação e umidade (porões, pé-direito, bandeiras, vidraças, tijolo)
  • 70. Códigos de Posturas Policiais no Império Normas edilícias
  • 72. Platibanda, calha e condutor de água
  • 73. Segregação de fluxos de pedestres e veículos e calçamento das principais ruas com paralelepípedos vindos da Inglaterra: Ruas S. José, Assembléia, Ouvidor, São Pedro, Direita, Quitanda e Ourives Pieter Bertichem, meados do séc. XIX.
  • 75.
  • 76.
  • 77. Infra-estrutura urbana: iluminação a gás The Rio de Janeiro Gás Co. Ltd. (1854-1886) Manuel Antônio Galvão, João Jorge Young, Barão de Mauá, William Gilbert Ginty
  • 78. “Tílburi” Gregor Tilbury (1818) – RJ (1830/1846) Serviço de tilburis Debret. Augusto Stahl.
  • 79. Linhas de bondes de tração animal Companhia Carris de Ferro da Tijuca (1859) Centro – Alto da Boa Vista Thomas Cochrane Augusto Malta, 1906.
  • 80. Sistema de esgotos The Rio de Janeiro City Improvements Co. Ltda. (1853)- John Frederick Russel Hamburgo; Londres – 1832; Nova York; Rio de Janeiro; Paris – 1853; São Paulo (Cia Cantareira) – 1877/1881 Debret.
  • 81.
  • 82. A Quinta da Boa Vista - São Cristovão Chácara doada por Elias Antônio Lopes Taunay.
  • 83. As elites preferem morar nos “subúrbios” AlmanachLaemmert & Cia, 1890
  • 84. As chácaras típicas do período colonial Chácara do Conde da Barca Catumbi
  • 85. Casa do Cônsul Henry Chamberlain Botafogo (1820)
  • 86. Chácaras de I. E. Wright, do Russell, Mr. Fox, Mr. Derbyshire,
  • 87. Residência de Sir Sidney Smith (1827) Praia de Bragança “atravessando o Porto, em direção ao Nordeste, a partir da Praça do Palácio, está a propriedade doada pelo Rei de Portugal a Sir Sidney Smith, logo após a sua chegada da Europa em 1808, e batizada de Bragança, em homenagem à Família Real. A casa é pequena mas cômoda e a vista da espaçosa varanda é particularmente interessante e charmosa...” Henry Chamberlain William Havell, Cena de jardim na Praia de Bragança, 1827.
  • 88. Residência do Embaixador Austríaco Thomas Ender.
  • 89. Residência de Conde von Elz Thomas Ender, 1817-1818.
  • 90. Casa vitoriana de José Tavares Guerra Petrópolis
  • 92. Vale das Laranjeiras Residência de Domingos Francisco de Araújo Rozo - Proprietário de 31 imóveis urbanos. Thomas Ender
  • 94. Novos modos de morar (novos bairros residenciais) Glória Raymond Auguste Quinsac Monvoisin, Raymond Auguste Quinsac Monvoisin, c. 1847/1848. 1850.
  • 95. Residências em Botafogo Bairros Novos: nova implantação no lote Recuos frontais e laterais George Leuzinger, c. 1865
  • 97.
  • 98.
  • 99. Arquiteto Régio José da Costa e Silva, a Missão Artística Francesa e a Escola de Ciências, Artes e Ofícios (Grandjean de Montigny): a introdução do Neoclássico no Brasil Programa de obras públicas monumentais 1816-Academia Real de Ciências, Artes e Ofícios (futura Academia Imperial de Belas Artes - 1826) 1819/20 -Bolsa do Rio de Janeiro, depois Alfândega 1825 – Plano urbano e Palácio Imperial no Largo do Paço 1827 – Praça monumental no Campo da Aclamação (Biblioteca Imperial, Catedral de S. Pedro de Alcântara) 1834 - Mercado 1836 – Praça semi-circular defronte a Academia 1848 - Paço do Senado – Largo do Rocio
  • 100. José da Costa e Silva – Arquitetoi Régio Autor do projeto do Teatro São João no LARGO DO ROCIO e Teatro São Carlos de Lisboa.
  • 101.
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  • 105. Grandjean de Montigny projeto uma praça monumental para o CAMPO DA ACLAMAÇÃO , com Biblioteca Régia e a Catedral de São Pedro de Alcântara. Thomas Ender.
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  • 112.
  • 113.
  • 114. As cidades do Vale do Paraíba
  • 115. Economias regionais (açúcar, algodão, cacau, tabaco, café) CAFÉ: Vale do Paraíba e o Oeste Paulista