Este documento discute como os cristãos podem "derrubar gigantes espirituais" através da sobriedade, justiça e piedade. Apresenta premissas sobre a natureza dos gigantes espirituais e como eles são derrotados pela verdade. Explora o significado bíblico de sobriedade e fornece exemplos de como os cristãos podem cultivar a sobriedade através da decisão, luta e achando prazer nas coisas espirituais.
Vivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide Silva
Estudo Bíblico - Derrubando Gigantes Espirituais- parte 1.pdf
1. Estudo Bíblico sob o Tema: “Derrubando Gigantes
Espirituais” (Tito 2:11-13)
Prelector: Ir. Artur Quicassa
IMUBRED, 30 de Outubro de 2023
Igreja Metodista Unida
Conferência Anual do Oeste de Angola
Districto Eclesiástico de Luanda
Intendência de Talatona, Belas e Kilamba
Kiaxi
Cargo Pastoral Bispo Ralph Edward Dodge
2. • No Novo Testamento Deus é adorado como "o Pai
de nosso Senhor Jesus” e como o "Deus da paz",
nomes nos quais se gloria para sempre.
• Quando a religião veste a armadura, e Deus não é
reconhecido pelos seus títulos do Novo Testamento,
a religião actuará sob o poder da espada, mas não o
poder da piedade, contrariamente ao que nos
ensinou nosso Senhor Jesus Cristo em Mateus
26:52.
NOTAS INTRODUTÓRIAS
3. Sabendo que as correntes da igreja trataram o ensino de Jesus Cristo na
formação de sua teologia e prática de maneiras diferentes, neste estudo,
tomamos como premissas as seguintes:
⚬ Consideramos gigantes, as entidades espirituais destrutivas designadas na
Bíblia como "espíritos maus" que tornam homens e mulheres incapazes de
apreender a verdade, principalmente cometendo erros teológicos por causa da
influência do pai da mentira. (2ª Coríntios 4:2-4; 2ª Timóteo 3:7)
⚬ Os gigantes espirituais são confrontados na forma de incredulidade inspirada
pelo pai da mentira e são derrubados no encontro do poder da verdade com a
mentira, resultando na libertação espiritual e moral ou intelectual autoaplicada
da pessoa, envolvendo exercícios comportamentais e cognitivos de fé e
arrependimento. Portanto, a verdade é a grande ao dispor dos crentes para
derrubar os gigantes espirituais. (João 8:32)
PREMISSAS
4. • A cruz de Cristo funciona como o foco da derrota completa do
governante maligno deste mundo (João 12:31; 14:30; 16:11). Esta
derrota torna-se existencial à medida que Jesus atrai todos os homens
para si (João 12, 32).
• O derrube dos gigantes espirituais é uma demonstração de que o Reino
de Deus realmente veio (Lucas 11:20). Assim como Moisés julgou Faraó
com o «dedo de Deus», enviando pragas para libertar os hebreus
(Êxodo 8, 19), também Jesus veio com o «dedo de Deus» para apontar e
julgar as obras do diabo e libertar o seu povo do pecado e da morte.
PREMISSAS (CONT.)
5. • A Igreja é chamada a não ignorar a existência de agentes
demoníacos, mas sim concentrar a atenção em Jesus, que os
derruba. A preocupação e o envolvimento indevidos com o
demoníaco têm sido muitas vezes vistos como uma abertura à
sua influência.
• Como metodistas temos o exemplo de John Wesley, que
consistentemente fazia distinção entre a obra ordinária
(soteriológica) e extraordinária (carismática) do Espírito Santo,
com precedência dada à primeira. Ele priorizou o fruto sobre os
dons, a santidade sobre o poder carismático, e também utilizou
o fruto da santidade como um guia para determinar a origem
(divina ou não) e o propósito dos chamados dons
extraordinários.
PREMISSAS (CONT.)
6. • No entanto, através de práticas cristãs comuns, como
pregação da Palavra, arrependimento, oração e
adoração a Deus, Wesley e os primeiros metodistas
ministravam libertação aos que estavam em cativeiro
espiritual.
• A partir da grande comissão (Marcos 16:15), percebemos
que na batalha espiritual, é missão da Igreja provocar o
confronto entre Jesus e os agentes demoníacos que são
derrotados pela pressão da graça divina.
PREMISSAS (CONT.)
7. Porque a graça salvadora de Deus se há manifestado a todos os homens,
Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências
mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente,
Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do
grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo (Tito 2:11-13)
• A sobriedade abarca todo o comportamento do crente em suas
capacidades pessoais e privadas, o tratamento justo de nossos
corpos e nossos espíritos. A justiça amplia o dever do crente em
todas as relações com o próximo. A piedade contém os ofícios da
religião directa e das relações com Deus.
PREMISSAS (CONT.)
8. SOBRIEDADE
• Do latim sobriĕtas, é a qualidade de sóbrio, parcimónia. Este
adjetivo refere-se ao carácter temperado, discreto e tranquilo com
que se comporta uma pessoa, sem alaridos, excentricidades nem
escândalos.
• Os excessos são prejudiciais não só à saúde física, mas também a
saúde psicológica, social e espiritual, pelo que a sobriedade é uma
severa negação e frustração do nosso apetite, quando se torna
irracional; é a parte moral da religião cristã que se preocupa com a
questão da comida, da bebida, dos prazeres e dos pensamentos; e
tem em si os deveres de temperança, castidade, humildade,
modéstia, contentamento e cuidado do tempo.
9. • Temperança: É uma das nuances do fruto do Espírito Santo, que
se exercita sobre o comer e o beber, para que ministrem aos fins
lícitos.
• Castidade: Denota o corte de toda a superfluidade da
libertinagem ou devassidão e a supressão de todos os desejos
irregulares em matéria de prazer sensual ou carnal, isto é, todos
os desejos que não são santificados pelo matrimônio (adultério
e todas as poluições voluntárias de ambos os sexos); que não
estejam dentro da ordem da natureza (todas as luxúrias
antinaturais e misturas incestuosas) e que não sejam
moderados. (Iª Tessalonicenses 4:3-5)
SOBRIEDADE (CONT.)
10. • Humildade: É o grande ornamento e joia da religião cristã;
aquela pela qual se distingue de toda a sabedoria do mundo, e
nosso Senhor Jesus Cristo, se propunha imitável pelos seus
discípulos nas irmãs-gémeas da mansidão e da humildade
(Mateus 11:29).
• Modéstia: É uma faculdade da graça de Deus que modera o
excesso de actividade e curiosidade da mente, e ordena as
paixões do corpo, e as ações externas, e se opõe diretamente à
curiosidade, à ousadia, à indecência.
SOBRIEDADE (CONT.)
12. • Contentamento: Deus designou um remédio para todos os males do
mundo, que é um espírito contentado, porque só isso faz o homem passar
pelo fogo, e não ser queimado; através dos mares, e não se afogar; através
da fome e da nudez, e não se corromper. “Sejam vossos costumes sem
avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele disse: Não te deixarei,
nem te desampararei. E assim com confiança ousemos dizer: O Senhor é o meu
ajudador, e não temerei O que me possa fazer o homem (Hebreus 13:5-6).
• Cuidado do Tempo: Deus deu ao homem um curto período de tempo aqui
na terra (Salmo 90:10), no entanto deste curto tempo depende a eternidade;
pelo que para cada hora da nossa vida, depois de sermos pessoas capazes
de conhecer o bem e o mal, devemos prestar contas ao grande Juiz dos
homens e dos anjos. E foi isto que nosso Senhor Jesus Cristo nos disse em
Mateus 12:36-37, que deveremos prestar contas por cada palavra ociosa.
SOBRIEDADE (CONT.)
13. SOBRIEDADE (CONT.)
• Para derrubar a falta de sobriedade, aconselha-se que o crente
primeiro DECIDA lutar contra todo o entretenimento das instâncias e
tentações da falta de sobriedade, ou seja, consiste nas faculdades
internas da vontade e do entendimento, decretando e declarando
contra eles, bem como desaprovando, mediante boa razão e forte
resolução.
• A autoridade que o pecado e o diabo têm na vida de uma pessoa é
proporcional à sua submissão ao pecado e ao inimigo. O mesmo
acontece com a autoridade manifesta de Cristo em nossa vida. É
proporcional à nossa submissão ao seu senhorio. Pela graça
preveniente de Deus, uma medida de liberdade foi restaurada para
que possamos responder à vontade de Deus obedecendo ou
desobedecendo. (João 8:34; Romanos 6:16–18; 2 Pedro 2:19).
14. SOBRIEDADE (CONT.)
• Seguidamente, na busca pela sobriedade, o crente deve
empreender uma luta e verdadeira guerra contra todas as
tentações e ofertas da falta de sobriedade usando todos os
meios ensinados na Bíblia para fortalecer o espírito, e torná-lo
severo, corajoso e cristão, tais como a oração, jejum e evitar
ocasiões que propiciam a queda.
• Por fim, na busca por sobriedade o crente deve encontrar prazer
nas coisas espirituais, isto é, deliciar-se do maná escondido na
devoção, nas alegrias da acção de graças, nos confortos da
esperança, na delícia da caridade, na boa ciência, na paz da
mansidão e na felicidade de um espírito contentado.