SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 29
Baixar para ler offline
GOVERNO DO ESTADO DE RORAIMA
SECRETARIA DE ESTADO DE SAUDE – SESAU
COORDENAÇÃO GERAL DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE - CGVS
COORDENAÇÃO DE ENDEMIAS DE RORAINÓPOLIS, RORAIMA
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL
MUNICÍPIO DE RORAINÓPOLIS-RR
RORAINÓPOLIS – RR
2016
COORDENAÇÃO DE ENDEMIAS DE RORAINÓPOLIS- RR
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL
MUNICÍPIO DE RORAINÓPOLIS-RR
Elaboração:
DANIEL TESTA MOTA
APOIADOR MUNICIPAL PARA O CONTROLE DA MALÁRIA
FIOTEC / PNCM / MS
RORAINÓPOLIS– RR
2016
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................................4
2. ESTRUTURA DA REDE MUNICIPAL DE SAÚDE.....................................................................6
3. CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DA MALÁRIA NO MUNICÍPIO.....................6
4. A MISSÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DA MALÁRIA.........................7
5. A MISSÃO DO APOIADOR MUNICIPAL....................................................................................7
6. PROGRAMA DE CONTROLE DA MALÁRIA MUNICIPAL....................................................8
7. PLANEJAMENTO ESTRATEGICO SITUACIONAL.................................................................8
8. DESCRIÇÃO DO PLANO OPERATIVO.....................................................................................10
9. METODOLOGIA.............................................................................................................................10
9.1 MOMENTO EXPLICATIVO.......................................................................................................10
9.2 MOMENTO NORMATIVO..........................................................................................................16
9.3 MOMENTO ESTRATÉGICO......................................................................................................17
9.4 MOMENTO TÁTICO – OPERACIONAL .................................................................................22
10. RESULTADOS ESPERADOS......................................................................................................27
11. CONCLUSÃO.................................................................................................................................28
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................29
4
1- INTRODUÇÃO
 Análise situacional do território
O município de Rorainópolis está localizado no sul do estado de Roraima (Figura 1) e
possui uma população de 24.279 habitantes e sua área é de 33.594 km² o que resulta numa
densidade demográfica de 0,72 km². A sede está localizada a 294 km da capital Boa Vista e a
487 km de Manaus. Seu acesso é através da BR 174, que corta o estado, desde Manaus até a
fronteira do Brasil com a Venezuela. O município é originário de uma vila de assentamento
do INCRA (Instituto de Colonização e Reforma Agrária) e foi transformado em município
pela Lei nº100 em 17 de outubro de 1995, em consequência das terras desmembradas do
Município de São Luiz do Anauá. O município limita-se ao norte e a oeste com Caracaraí; ao
sul com o Estado do Amazonas; a leste com São Luiz do Anauá e São João da Baliza. O clima
é tropical quente, a temperatura média anual é de 26ºC.
FIGURA 1- Localização do município de Rorainópolis- RR
5
Localidades principais:
Principais localidades não-índigenas do município e suas respectivas populações segundo o
Censo de 2010.
 10.673 habitantes - Rorainópolis (sede)
 749 habitantes - Vila Martins Pereira
 1510 habitantes - Vila Nova Colina
 721 habitantes - Vila do Equador
 527 habitantes - Vila do Jundiá
 224 habitantes - Vila Santa Maria do Boiaçu
Principais localidades com importância epidemiológica para transmissão ativa de
malária (Área rural).
 Boa esperança (Vicinal 16)
 Dona Elena ( Vicinal 2)
 Vila do Equador
 Vila Martins Pereira
 Nova Colina
Principais localidades com importância epidemiológica para transmissão ativa de
malária (Área Urbana).
 Conjunto Gentil Carneiro (Bairro)
 Novo Horizonte ( Bairro)
 Parque das orquídeas ( Bairro)
 Rorainópolis ( Sede)
Principais Rios
 Juaperi, Alalaú, Anauá
Atividade Econômica:
 Agricultura, Agropecuária, indústria e comércio.
Transporte
 O sistema de transporte é terrestre ou aéreo por meio do aeroporto de Boa Vista
6
2.0 ESTRUTURA DA REDE MUNICIPAL DE SAÚDE
UNIDADES DE SAÚDE QUANTIDADE
Unidade Mista (Hospital) 01
Unidades Básicas de Saúde ESF 07
Posto de Saúde 09
Laboratório de diagnóstico para Malaria 07
REDE PRIVADA ATUANTE NO MUNICÍPIO
UNIDADES DE SAÚDE QUANTIDADE
Laboratório de Análises Clínica 03
Clinica médica 02
FIGURA 2- Unidades de saúde disponíveis no município
3- CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DA MALÁRIA
A malária é considerada atualmente a doença parasitária mais incidente do mundo.
Segundo a organização mundial de saúde (OMS, 2009), estima-se que o número de casos
novos a cada ano chegue a 250 milhões, com 880 mil mortes. Aproximadamente metade da
população mundial está exposta à infecção, especialmente pessoas que vivem em países
subdesenvolvidos.
Na Amazônia os casos de malária ocorrem em estados que compõem a Amazônia
Legal (Amazonas, Acre, Amapá, Rondônia, Roraima, Pará, Tocantins, Mato Grosso e
Maranhão), contribuindo desta forma com 99,7% de todos os casos notificados no Brasil.
Sabe-se também que doença não ocorre de forma homogênea, sendo influenciada por vários
fatores ambientais e diferentes determinantes epidemiológicos, que variam fundamentalmente
em função das formas de ocupação do solo e das modalidades de exploração econômica dos
recursos naturais e circulação humana (Atanaka, 2006; Cordeiro, 2008, Oliveira, 2001 ). Esses
fatores que produzem grandes mudanças ambientais proporcionam não só apenas a
manutenção da endemia, mas também a sua dispersão.
7
No Estado de Roraima, a região sul concentra o maior número de casos de malária,
sendo os municípios mais acometidos os de Rorainópolis, Amajarí, São João do Baliza (5).
No município de Rorainópolis a incidência parasitária anual (IPA) em 2015 chegou a
40,2/1000 habitantes, caracterizando essa área como Médio risco de transmissão.
Provavelmente as principais causas para ocorrência da transmissão nas localidades com maior
número de casos (Vila do equador, Vicinal Dona Helena, Campo verde, Conjunto Gentil
Carneiro) estão associadas a atividade de ocupação recente em ambientes de floresta e
exploração de madeiras (principal atividade econômica na região). Acredita-se também que
ajam outras possibilidades de que, entre outros fatores, o grande fluxo de pessoas em trânsitos
de áreas com alta transmissão e região de garimpo da Venezuela e Guiana Inglesa para áreas
consideradas estáveis, assim como a atividades de caça e pesca como meio de subsistência em
consonância as condições de infra-estrutura sanitária, ambientais e socioeconômicas da
população também favorecem para a proliferação do mosquito transmissor da malária,
mantendo a população exposta ao risco de contrair essa doença na região.
Desta forma, o presente documento tem como objetivo apresentar o Planejamento
Estratégico da Malária no Município de Rorainópolis- RR, para o ano vigente de 2016.
4- MISSÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DA MALÁRIA- PNCM:
Reduzir a morbimortalidade por malária na população por meio da elaboração e
promoção de políticas públicas, articulação interfederativa, Incorporação de inovações
tecnológicas, construção de parcerias inter e intrasetoriais com iniciativa privada e a
sociedade em consonância com os princípios do SUS.
5- MISSÃO DO APOIADOR MUNICIPAL NO CONTROLE DA MALÁRIA
Apoiar a equipe municipal na elaboração de estratégias e direcionamento das ações de
prevenção e controle da malária por meio de um planejamento estratégico de enfretamento
das situações identificadas, contemplando as atividades a serem executadas com o
monitoramento e avaliação dos resultados.
8
6- PROGRAMA DE CONTROLE DA MALÁRIA MUNICIPAL
O programa municipal de controle da malaria tem como principal objetivo evitar a
mortalidade por malária, assim como reduzir a morbidade e as perdas sociais e econômicas
devidas à doença entre a população no município. Desta forma, varias medidas devem ser
tomadas através de ações de controle e prevenção da doença que tem como finalidade
alcançar os resultados satisfatórios por meio dos objetivos específicos abaixo elencados.
 Prevenir e controlar a malária no Município;
 Evitar os casos graves de malária;
 Reduzir a incidência de Plasmodium falciparum;
 Manter livre da transmissão a área urbana do município;
 Interromper a transmissão da Malária nas áreas, Peri-urbana e núcleos rurais
considerados estáveis, onde a Malária foi reintroduzida;
 Manter vigilância constante nas áreas de baixo, médio e alto risco e áreas de
transmissão;
 Reduzir a utilização de inseticida nas ações de controle;
 Intensificar a busca ativa e diagnóstico de casos;
 Realizar palestras de educação em saúde;
 Reduzir o espaço de tempo entre o diagnóstico e tratamento ao paciente;
 Analisar informações do Sivep semanalmente;
7- PLANEJAMENTO ESTRATEGICO SITUACIONAL
O Planejamento Estratégico Situacional é um método de planejamento voltado a
investigação de problemas complexos e multissetoriais, para os quais não há solução
previamente definida ou normatizada. De acordo com Matus (1994a), a abordagem do
problema abrange as múltiplas dimensões (política, econômica, social, cultural, etc) que o
mesmo possui e sua multissetorialidade, trazendo à luz suas causas e a facilitando a
proposição de soluções.
9
Definição do Escopo - Mapeamento dos atores-chaves
Para definição do escopo, é necessário, em primeiro lugar, realizar um mapeamento
dos Atores relevantes a serem incluídos no processo de Análise da situação de Saúde, bem
como situação atual da localidade, devendo-se considerar a possibilidade de identificar e
incluir no processo Atores governamentais e não Governamentais, ou seja, tanto
representantes de instituições e órgãos direta e indiretamente envolvidos com a condução
política das ações de saúde nas diversas esferas de governo, quanto representantes de
organizações da sociedade civil e/ou organizações não governamentais.
Governamentais
• Gestão estadual – SESAU
• Gestor municipal – Secretária Municipal de Saúde
• Coordenação de Vigilância em saúde de Rorainópolis
• Vigilância Epidemiológica Rorainópolis
• Gerência de Endemias de Rorainópolis
• Coordenação Atenção Básica-ESF
• Conselho Municipal de Saúde – presidente
• Secretaria de Educação – representante
• Secretaria de Meio Ambiente
• Secretaria de Obras e planejamento urbano
Não – Governamentais
• Imprensa (rádio e televisão )
• Representantes das associações de bairros
• Igrejas, ONGS
• Empresas, indústrias e comércio
10
8- DESCRIÇÃO DO PLANO OPERATIVO
Para a elaboração do plano, estabeleceu-se uma sequência dos quatro momentos
propostos por Matus (1994): Explicativo, Normativo, Estratégico e Tático-Operacional.
9- METODOLOGIA
Figura 3- Os quatro momentos do PES
9.1- Momento Explicativo
No momento explicativo busca-se entender e explicar como se apresenta a realidade
do jogo na situação inicial do planejamento. Trata-se, pois, do momento em que o problema
declarado é explicado e descrito em suas manifestações imediatas através da identificação das
causas ou nós-criticos.
11
Lista de Problemas identificados na coordenação de endemias do município
NÚMERO PROBLEMA
Problema 1
Falta de infra-estrutura adequada para garantir as ações de Vigilância
epidemiológica, diagnóstico e tratamento da malária e controle vetorial em tempo
oportuno nas localidades com importância epidemiológica.
Problema 2
Recursos humanos insuficiente para realizar atividade de busca ativa de casos nas
áreas prioritárias.
Problema 3
Rede de diagnóstico insuficiente para atender a demanda de pacientes do
município.
Problema 4
Alto índice de casos de malária por recidivas devido à falta de monitoramento e
acompanhamento dos pacientes no período do tratamento e pós tratamento.
Problema 5
Falta de parcerias entre atenção básica e vigilância em saúde nas atividades de
prevenção e controle da malaria conforme estabelece a portaria N 44/2002.
Problema 6 Descaso da população para com os sintomas da malária
Problema 7
Ausência de um núcleo de entomologia para o acompanhamento e
direcionamento técnico das atividades entomológicas e manejo de criadouros nas
áreas de importância epidemiológica
Problema 8
Inexistência de um núcleo de educação em saúde para trabalhar a prevenção dos
casos de malária nas localidades prioritárias.
Problema 9
Carência de funcionário comprometido com o trabalho
Problema 10
Deficiência na frota de carros e motos para o deslocamento da equipe de agentes
de endemias.
Problema 11 Localidades com registro geográfico (RG) desatualizado
Problema 12 Dificuldade em atingir as metas de controle vetorial
FIGURA 4- Problemática identificada na coordenação municipal de controle da malaria
Após a identificação do problema foi necessário priorizá-lo. Neste sentido optou-se
pela Matriz G.U.T. (matriz de priorização de problemas). No qual foi atribuído uma nota de
1 a 5 para cada problema analisado, conforme as características: gravidade, urgência e
tendência.
12
MATRIZ GUT
Nota Gravidade Urgência Tendência
5 Extremamente grave Extremamente urgente Se não for resolvido, piora imediatamente
4 Muito grave Muito urgente Vai piorar em curto prazo
3 Grave Urgente Vai piorar em médio prazo
2 Pouco grave Pouco urgente Vai piorar em longo prazo
1 Sem gravidade Sem urgência Sem tendência de piorar
FIGURA 5- Matriz utilizada na priorização dos problemas elencados no município
Participaram da matriz de priorização, Gerente de endemias, supervisores e
Coordenador de Vigilância em saúde de Rorainópolis. Os problemas foram priorizados de
acordo com a maior importância, conforme descrito na tabela abaixo.
Matriz de priorização de problemas identificados no programa municipal de controle da
malária
Problema
Gravidade Urgência Tendência
Total Priorização
(G) (U) (T)
Alto índice de casos de
malária por recidivas
devido à falta de
monitoramento e
acompanhamento dos
pacientes no período do
tratamento e pós
tratamento.
5 5 5 125 1
Falta de infra-estrutura
adequada para garantir
as ações de Vigilância
epidemiológica,
Diagnóstico e
Tratamento e controle
vetorial em tempo
oportuno nas localidades
4 4 4 64 2
Recursos humanos
insuficiente para realizar
atividade de busca ativa
de casos de malária nas
áreas prioritárias.
4 4 4 64 3
Descaso da população
para com os sintomas da
4 4 4 64 4
13
malária
Rede de diagnóstico
insuficiente para atender
a demanda de pacientes
do município.
3 3 3 27 5
Falta de parcerias entre
atenção básica e
vigilância em saúde nas
atividades de prevenção
e controle da malaria
conforme estabelece a
portaria N 44/2002.
3 3 3 27 6
Ausência de um núcleo
de entomologia para o
acompanhamento e
direcionamento técnico
das atividades
entomológicas e manejo
de criadouros nas áreas
de importância
epidemiológica
3 3 3 27 7
Inexistência de um
núcleo de educação em
saúde para trabalhar a
prevenção dos casos de
malária nas localidades
prioritárias.
3 3 3 27 8
Carência de funcionário
comprometido com o
trabalho
3 3 3 27 9
Deficiência na frota de
carros e motos para o
deslocamento da equipe
de agentes de endemias.
3 3 3 27 10
Dificuldade em atingir
as metas de controle
vetorial
3 3 3 27 11
Localidades com
registro geográfico (RG)
desatualizado
2 2 2 8 12
FIGURA 6- Problemas priorizados por meio da matriz GUT
PROBLEMA PRIORIZADO: Alto índice de casos de malária por recidivas devido à falta de
monitoramento e acompanhamento dos pacientes no período do tratamento e pós tratamento.
14
DESCRITORES
PROBLEMAS DESCRITORES DO PROBLEMA
Alto índice de casos de malária por recidivas
após o tratamento.
D1 – No período de janeiro a março de 2016 houve
registro de 120 (48%) casos de malária por
recidivas.
Descontinuidade das ações por falta de
recursos humano e logística adequada.
D2– Falha na vigilância e no monitoramento das
áreas de risco.
Atraso no envio das notificações para digitação
dos dados no sistema sivep_malaria.
D3–Microscopistas descomprometidos com o
serviço e fechamento da produção em tempo hábil
Deficiência na rotina de acompanhamento dos
pacientes para coleta das LVC e identificação
de novos casos.
D4–Quadro deficiente de recursos humanos (
guardas de EP) para realizar busca ativa e reativa
dos casos de malária e acompanhamento dos
pacientes.
Falta de interesse dos profissionais da saúde
com a investigação detalhada do local provável
de infecção.
D5–Dificuldade no processo de investigação dos
casos de malária durante o preenchimento da
notificação
Deficiência na logística e material para realizar
controle vetorial no município.
D6 – Existem apenas 3 bombas de BRI, 2 FOG,
sucateadas e falta EPI.
FIGURA 7 - Descritores obtidos no momento explicativo do PES
Nesta etapa são selecionados na rede explicativa os nós críticos, ou seja, os
empecilhos a serem superados para um bom funcionamento desses setores. O processo de
seleção daqueles empecilhos que, uma vez enfrentados gerencialmente, devem levar à
resolução do problema. Alguns critérios são fundamentais nesse processo, ou seja, as causas
devem produzir forte impacto sobre o problema, resolvendo-o ou minimizando-o.
Desta forma, optou-se por criar um diagrama de explicação do problema priorizado
(diagrama de Ishikawa) desenvolvido durante o plano operativo o qual demonstra na parte
central do diagrama os descritores do problema, na parte superior as causas do problema e na
parte inferior as principais consequências do problema.
A causa convergente priorizada foi a “Desorganização e falhas no planejamento das
ações por parte da secretaria municipal de saúde e Coord. de Vigilância em saúde ”. E
como consequência convergente “Falhas e descontinuidade das ações de controle da
malária ”. A imagem-objetivo, ou seja, onde se deseja chegar, foi “Melhoria da qualidade
dos serviços e redução dos casos de malária no Município de Rorainópolis”.
15
DIAGRAMA DE ISHIKAUA (OU ESPINHA DE PEIXE)
Figura 8 - Diagrama de Ishikawa obtido no momento explicativo
Fonte: Guardini, 2013; Pereira, 2015
16
9.2- Momento Normativo
Define-se como deve ser a situação ideal e o plano de intervenção para alcançar essa
situação. É aqui que são definidas as operações que irão conduzir a mudança da situação
inicial. Para cada objetivo específico foram traçados operações e ações para intervirem na
realidade da coordenação de vigilância em saúde considerando os recursos disponíveis para as
ações de controle da malária pela secretaria de saúde e os resultados almejados.
Figura 9 – Plano de intervenção obtido no momento normativo do PES.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS OPERAÇÕES AÇÕES
Assegurar a responsabilidade do
gestor municipal com relação a
promoção das ações de vigilância
em saúde no município
Enfatizar a importância da presença
do secretário de saúde frente às
articulações e estratégias das ações
de vigilância epidemiológica
Secretário de saúde deve disponibilizar recursos
e condições adequadas para executar as ações de
controle e prevenção da malária nas localidades
consideradas prioritárias
Adequar a infra-estrutura para
garantir as ações de Vigilância
epidemiológica, Diagnóstico e
Tratamento oportuno da malária e
controle vetorial
Definir junto à secretaria municipal
de saúde sua participação para
garantir a infra-estrutura e logística
adequada para realização das ações
de vigilância, monitoramento da
rede de diagnóstico e controle
vetorial nas áreas prioritárias
Promover reuniões entre conselho municipal de
saúde, secretaria de saúde e coordenação de
vigilância em saúde para planejamento prévio
das ações e recursos disponíveis e compra de
materiais (aquisição de transportes, insumos)
necessários para a execução das atividades em
tempo oportuno nas localidades com maior
transmissão para malária
Elaborar um plano de ação de
controle da malaria no município
que atenda a demanda da população
para o ano de 2016
Agendar reuniões com secretário de
saúde, conselho municipal de saúde,
coordenador de vigilância em saúde
e coordenador de atenção básica
Apresentar o plano e explicar detalhadamente as
ações e localidades prioritárias para a execução
das atividades propostas pelo programa
municipal de controle da malaria
Planejar ações na zona rural
mensalmente conforme
estratificação das localidades
prioritárias
Elaborar planos de ação para cada
localidade, em conjunto com a
equipe de ACE, ACS e Secretaria
de Saúde
Executar as ações de controle vetorial e
Detecção Ativa e reativas nas áreas com
importância epidemiológica
Realizar atividades de educação em
saúde nas escolas e associações
comunitárias em localidades com
maior transmissão da malaria
Articular junto à gestão municipal a
viabilidade de elaborar um projeto
para a implantação do Núcleo de
educação em saúde- NES municipal
Realizar levantamentos do espaço físico,
recursos didáticos e multimídias, recursos
humanos disponíveis e treinamentos disponíveis
Implantar o NES- Municipal
Definir cronograma das atividades e conteúdos
das palestras a serem realizadas nas respectivas
localidades prioritárias
Implantar o núcleo de entomologia
com recursos humanos disponíveis e
realizar treinamentos através de
cursos de entomologia oferecidos
pelo estado
Definir por meio de planejamento a
logística necessária para
desenvolver as atividades de
entomologia no município
Implementar atividades de monitoramento
entomológico nas localidades com maior índice
de transmissão de malária
Promover a integração efetiva entre
as ações de vigilância
epidemiológica e Atenção básica
Promover oficinas e reuniões entre
gestor, coordenadores, ACS e ACE
para pactuar as ações de controle da
malária no município
Realizar atividades de controle e prevenção da
malária em parceria com os ACS e
posteriormente promover reuniões entre ambas
as coordenações para avaliar os impactos das
ações
Ampliar a rede de diagnóstico para
malária do município
Articular junto a secretaria
municipal de saúde a viabilidade de
expandir a rede de postos
notificantes em pontos estratégicos
Identificar a infra-estrutura para implantação de
novos PNs e disponibilizar treinamento para
microscopistas atuarem nessas áreas.
17
9.3- Momento Estratégico
Analisa e constrói a viabilidade do plano nas dimensões política, econômica, cognitiva
e organizativa, bem como define estratégias quando são identificadas interferências negativas
que inviabilizam o processo.
OBJETIVO
ESPECÍFICO
1 :
Assegurar a responsabilidade do gestor municipal com relação à promoção das ações de vigilância
em saúde no município
OPERAÇÕES AÇÕES
ANÁLISE DE VIABILIDADE
(Poder)
ANÁLISE DE
FACTIBILIDADE
Déficit Atividade
EstratégicaDecidir Executar Manter
Recursos
existentes
Recursos
necessários
Enfatizar a
importância da
presença do
secretário de
saúde frente às
articulações e
estratégias das
ações de
vigilância
epidemiológica
Secretário de
saúde deve
disponibilizar
recursos e
condições
adequadas para
executar as
ações de
controle e
prevenção da
malaria nas
localidades
consideradas
prioritárias
Sim
Sim Sim
Plano de
ação de
controle da
malaria
elaborado
Plano de
ação de
controle da
malaria
elaborado
Não
Sensibilizar o
Secretário de
Saúde da
importância das
ações de controle
da doença e as
causas e
consequências
geradas a
população quando
não executadas
corretamente
OBJETIVO
ESPECÍFICO
2 :
Adequar a infra-estrutura para garantir as ações de Vigilância epidemiológica, Diagnóstico e
Tratamento de malária e controle vetorial
OPERAÇÕES AÇÕES
ANÁLISE DE VIABILIDADE
(Poder)
ANÁLISE DE
FACTIBILIDADE
Déficit Atividade
EstratégicaDecidir Executar Manter
Recursos
existentes
Recursos
necessários
Definir junto à
secretaria
municipal de
saúde a sua
participação
para garantir a
infra-estrutura
e logística
adequada para
realização das
ações de
vigilância,
monitoramento
da rede de
diagnóstico e
controle
vetorial nas
áreas
prioritárias
Promover
reuniões para
planejamento
prévio das
ações e recursos
disponíveis
necessários para
a execução das
atividades nas
localidades com
maior
transmissão de
malária
Sim Sim Sim
Teto
financeiro
de
Vigilância
em saúde
Elaboração de
projetos com
respectivo
delineamento
das atividades
e custeio dos
produtos e
serviços
necessários
para execução
destas ações
Sim
Elaborar o
planejamento
apresentá-lo
em sessão
durante as
reuniões do
conselho
municipal de
saúde e obter
aprovação na
destinação
adequada do
recurso
financeiro para
cada atividade
18
OBJETIVO
ESPECÍFICO 3 :
Elaborar um plano de ação de controle da malaria no município que atenda a demanda da
população para o ano de 2016
OPERAÇÕES AÇÕES
ANÁLISE DE
VIABILIDADE (Poder)
ANÁLISE DE
FACTIBILIDADE
Déficit Atividade
EstratégicaDecidir Executar Manter
Recursos
existentes
Recursos
necessários
Agendar
reuniões com
secretário de
saúde, conselho
municipal de
saúde,
coordenador de
vigilância em
saúde e
coordenador de
atenção básica
Apresentar o plano
e explicar
detalhadamente as
ações e
localidades
prioritárias para a
execução das
atividades
propostas pelo
programa
municipal de
controle da
malaria
Sim Sim Sim
Plano
elaborado e
recursos
multimídia
para a
apresentação
Plano
elaborado e
recursos
multimídia
para a
apresentação
Não
Solicitar para
o Diretor de
Vigilância em
saúde o
agendamento
da reunião
OBJETIVO
ESPECÍFICO
4 :
Planejar ações na zona rural mensalmente conforme estratificação das localidades
prioritárias
OPERAÇÕES AÇÕES
ANÁLISE DE
VIABILIDADE (Poder)
ANÁLISE DE
FACTIBILIDADE
Déficit Atividade
Estratégica
Decidir Executar Manter
Recursos
existentes
Recursos
necessários
Elaborar planos de
ação para cada
localidade, em
conjunto com a
equipe de ACE, ACS
e Secretaria de Saúde
Executar as
ações de
controle
vetorial,
Detecção
Ativa e reativa
nas áreas com
maior
importância
epidemiológica
Sim Sim Sim
Profissionais
com perfil e
conhecimento
técnico para
desenvolver
as atividades
Transportes
adequados
e
alimentação
para manter
as equipes
nas
localidades
Sim
Sensibilizar
o
Secretário
de Saúde
no sentido
de oferecer
condições
para as
equipes
executar as
ações
19
OBJETIVO
ESPECÍFICO
5 :
Realizar atividades de educação em saúde nas escolas e associações comunitárias em
localidades com maior transmissão da malária
OPERAÇÕES AÇÕES
ANÁLISE DE
VIABILIDADE (Poder)
ANÁLISE DE
FACTIBILIDADE
Déficit Atividade
EstratégicaDecidir Executar Manter
Recursos
existentes
Recursos
necessários
Articular
junto à gestão
municipal a
viabilidade
de elaborar
um projeto
para a
implantação
do Núcleo de
educação em
saúde- NES
municipal
Realizar
levantamentos
do espaço
físico,
recursos
didáticos e
multimídias,
recursos
humanos e
treinamentos
disponíveis
Sim Sim Sim
Espaço
físico e
Profissional
disponivel
para
desempenhar
as atividades
de educação
em saúde
Projeto de
implantação
do NES,
aprovação
do conselho
municipal
de saúde e
autorização
da secretária
de saúde
para
implantação
e
desempenho
das
atividades
Não
Sensibilizar
a secretária
de saúde e
coordenador
da Atenção
básica para
elaboração
do projeto e
os
benefícios
para
população
com as
atividades
de
prevenção
das
principais
doenças e
agravos
Implantar o
NES-
Municipal
Definir
cronograma
das atividades
e conteúdos
das palestras a
serem
realizadas nas
localidades
prioritárias
20
OBJETIVO
ESPECÍFICO
6 :
Estruturar o núcleo de entomologia com recursos humanos disponíveis e realizar treinamentos
através de cursos de
OPERAÇÕES AÇÕES
ANÁLISE DE
VIABILIDADE (Poder)
ANÁLISE DE FACTIBILIDADE
Déficit Atividade
EstratégicaDecidir Executar Manter
Recursos
existentes
Recursos
necessários
Definir por
meio de
planejamento
a logística
necessária
para
desenvolver
as atividades
de
entomologia
no município
Implementar
atividades de
monitoramento
entomológico
nas localidades
com maior
transmissão de
malária
Sim Sim Sim
Espaço físico
adequado,
Equipamentos
e profissional
a ser treinado
Ampliar
recursos
humanos com
treinamento
através de
cursos de
entomologia e
disponibilidade
de transporte
para realizar as
atividades nas
áreas de
transmissão
Sim
Sensibilizar a
secretária de
saúde sobre a
importância do
monitoramento
entomológico
e viabilizar
transportes e
treinamentos
em parceria
com a coord.
estadual de
malaria
OBJETIVO
ESPECÍFICO
7 :
Promover a integração efetiva entre as ações de vigilância epidemiológica e Atenção básica
OPERAÇÕES AÇÕES
ANÁLISE DE
VIABILIDADE (Poder)
ANÁLISE DE
FACTIBILIDADE
Déficit Atividade
EstratégicaDecidir Executar Manter
Recursos
existentes
Recursos
necessários
Proporcionar
oficinas,
mesas
redondas e
reuniões entre
gestor,
coordenadores,
ACS e ACE
para pactuar as
ações de
controle da
malária no
município
Realizar
atividades de
controle e
prevenção da
malária em
parceria com
os ACS e
posteriormente
promover
reuniões entre
ambas as
coordenações
para avaliar os
impactos das
ações
Não Sim Sim
Equipes de
ESF, ACS E
ACE
E as portarias
que
regulamentam
as atividades
dos ACS E
ACE
Port. nº
44/GM, de
2002
Port. nº
3.252/GM, de
22/12/ 2009
Planejamento
anual das
ações de
vigilância em
parceria com
a Atenção
Básica
Não
Sensibilizar
os gestores
de ambas as
coordenações
sobre a
importância
da integração
das ações no
município e
o beneficio
para a
população
21
OBJETIVO
ESPECÍFICO
8 :
Ampliar a rede de diagnóstico para malária do município
OPERAÇÕES AÇÕES
ANÁLISE DE
VIABILIDADE (Poder)
ANÁLISE DE
FACTIBILIDADE
Déficit Atividade
EstratégicaDecidir Executar Manter
Recursos
existentes
Recursos
necessários
Articular
junto a
secretaria
municipal de
saúde a
viabilidade de
expandir a
rede de
postos
notificantes
em pontos
estratégicos
Identificar a
infra-estrutura
para
implantação
de novos PNs
e
disponibilizar
treinamento
para
microscopistas
atuarem
nessas áreas.
Não Sim Sim
Profissional
disponivel
para
desempenhar
as atividades
e aparelho
microscópio
disponivel
Espaço
físico
adequado e
treinamento
para o
profissional
que irá
exercer a
função
conforme
aprovação e
certificação
pelo
LACEN
Não
Sensibilizar a
secretária de
saúde e
coordenador
de vigilância
por meio de
análise
epidemiológica
da malária do
municio sobre
a necessidade
de ampliação
da oferta de
diagnóstico e
tratamento nas
localidades
com
transmissão
ativa da
malária
22
9.4- Momento Tático Operacional
Os momentos anteriores transformam-se em ações concretas e ocorre o monitoramento
das ações e seus ajustes. É o ponto central na mediação entre o conhecimento e a ação
(MIGLIATO, 2004). Esse momento tem a finalidade de criar um processo contínuo entre os
momentos anteriores e a ação diária.
Objetivos Específicos Operações Ações
Recurso
Financeiro
(necessário
/estimado)
Responsabilidade e
Centralidade
Prazo
para
as
Ações
Indicador
de avaliação
(operação)
Ator
Principal
(Órgão ou
/Setor ou
/Técnico)
Outros
Parceiros
(Órgão ou
/Setor ou
/Técnico)
OBJ-1
Assegurar a
responsabilidade do
gestor municipal com
relação a promoção
das ações de
vigilância em saúde
no município
Enfatizar a
importância da
presença do
secretário de
saúde frente às
articulações e
estratégias das
ações de
vigilância
epidemiológica
Secretário de
saúde deve
disponibilizar
recursos e
condições
adequadas para
executar as
ações de
controle e
prevenção da
malária nas
localidades
consideradas
prioritárias
Não é
necessário
recurso
financeiro
Coordenação
de vigilância
em saúde
Secretaria
municipal de
saúde e
Coordenação
da atenção
básica
1 mês
Maior
desempenho
e
sensibilização
do secretário
de saúde no
sentido de
oferecer
condições
para realizar
as ações
OBJ-2
Adequar a infra-
estrutura para garantir
as ações de Vigilância
epidemiológica,
Diagnóstico e
Tratamento oportuno
da malária e controle
vetorial
Definir junto à
secretaria
municipal de
saúde sua
participação
para garantir a
infra-estrutura
e logística
adequada para
realização das
ações de
vigilância,
monitoramento
da rede de
diagnóstico e
controle
vetorial nas
áreas
prioritárias
Promover
reuniões entre a
gestão
municipal para
o planejamento
prévio das
ações e
recursos
disponíveis
para compra de
materiais
(aquisição de
transportes,
insumos)
necessários
para a
execução das
atividades em
tempo oportuno
nas localidades
com maior
transmissão
para malária
Recurso a
definir com
base no teto
financeiro
da
vigilância
após o
detalhament
o dos
materiais
necessários
para
executar as
ações
pactuadas
no plano de
ação de
controle da
malária
Coordenação
de vigilância
em saúde
Conselho
municipal de
saúde /
Secretaria de
saúde
2 mês
Ações de
controle e
prevenção da
malária
garantida por
meio dos
recursos
repassados
aos município
pelo
TFVS/ou
garantidas
pelo PQAVS
23
OBJ-3
Elaborar um plano de
ação de controle da
malaria no município
que atenda a demanda
da população para o
ano de 2016
Agendar
reuniões com
secretário de
saúde, conselho
municipal de
saúde,
coordenador de
vigilância em
saúde e
coordenador de
atenção básica
Apresentar o
plano e
explicar
detalhadamente
as ações e
localidades
prioritárias para
a execução das
atividades
propostas pelo
programa
municipal de
controle da
malaria
Não é
necessário
recurso
financeiro
Coordenação
de vigilância
em saúde
Secretaria
municipal de
saúde e
Coordenação
da atenção
básica
1 mês
Plano já
elaborado e
aprovado
pelo
Conselho
municipal de
saúde
OBJ-3
Adequar a infra-
estrutura para garantir
as ações de Vigilância
epidemiológica,
Diagnóstico e
Tratamento de
malária e controle
vetorial
Definir junto à
secretaria
municipal de
saúde sua
participação
para garantir a
infra-estrutura
e logística
adequada para
realização das
ações de
vigilância,
monitoramento
da rede de
diagnóstico e
controle
vetorial nas
áreas
prioritárias
Promover
reuniões entre
conselho
municipal de
saúde,
secretaria de
saúde e
coordenação de
vigilância em
saúde para
planejamento
prévio das
ações e
recursos
disponíveis e
compra de
materiais
(aquisição de
transportes,
insumos)
necessários
para a
execução das
atividades em
tempo oportuno
nas localidades
com maior
transmissão
para malária
Recurso a
definir com
base no teto
financeiro
da
vigilância
após o
detalhament
o dos
materiais
necessários
para
executar as
ações
pactuadas
no plano de
ação de
controle da
malária
Coordenação
de vigilância
em saúde
Conselho
municipal de
saúde /
Secretaria de
saúde
4 mês
Ações de
controle e
prevenção da
malária
garantida por
meio dos
recursos
repassados ao
município
pelo
TFVS/ou
garantidas
pelo PQAVS
24
OBJ- 4
Planejar ações na
zona rural
mensalmente
conforme
estratificação das
localidades
prioritárias
Elaborar planos
de ação para
cada
localidade, em
conjunto com a
equipe de
ACE, ACS e
Secretaria de
Saúde
Executar as
ações de
controle
vetorial,
Detecção Ativa
e reativa nas
áreas com
maior
importância
epidemiológica
Não é
necessário
recurso
financeiro
Coordenação
de vigilância
e Gerência
de endemias
Secretaria
municipal de
saúde
1 mês
Agendar a
reunião com
ambas as
coordenações
e definir
estratégias
adequadas
para a
execução das
ações de
controle da
malária
OBJ-5
Realizar atividades de
educação em saúde
nas escolas e
associações
comunitárias em
localidades com
maior transmissão da
malaria
Articular junto
à gestão
municipal a
viabilidade de
elaborar um
projeto para a
implantação do
Núcleo de
educação em
saúde- NES
municipal
Realizar
levantamentos
do espaço
físico, recursos
didáticos e
multimídias,
recursos
humanos
disponíveis e
treinamentos
disponíveis
Recursos
financeiros
necessários
apenas para
impressão
de folders e
outros
recursos
gráficos (à
definir)
Coordenação
de vigilância
em saúde e
Atenção
Básica
Secretaria
municipal de
saúde/
Secretaria
municipal de
educação
/Associações
comunitárias
03
meses
Equipe e
Coordenador
responsável
pelo NES já
definida para
iniciar as
atividades
Implantar o
NES-
Municipal
Definir
cronograma das
atividades e
conteúdos das
palestras a
serem
realizadas nas
respectivas
localidades
prioritárias
25
OBJ-6
Estruturar o núcleo de
entomologia com
recursos humanos
disponíveis e realizar
treinamentos através
de cursos de
entomologia
oferecidos pelo estado
Definir por
meio de
planejamento a
logística
necessária para
desenvolver as
atividades de
entomologia no
município
Implementar
atividades de
monitoramento
entomológico
nas localidades
com maior
transmissão de
malária
Recurso a
definir
Coordenador
de vigilância
em saúde
Secretaria
municipal de
saúde e
Coordenação
estadual do
programa de
malaria e
Núcleo de
entomologia
estadual
04
meses
Projeto de
implantação
em
andamento
com data de
inicio das
atividades
estabelecidas
no segundo
trimestre de
2016
OBJ-7
Promover a
integração efetiva
entre as ações de
vigilância
epidemiológica e
Atenção básica
Promover
oficinas e
reuniões entre
gestor,
coordenadores,
ACS e ACE
para pactuar as
ações de
controle da
malária no
município
Realizar
atividades de
controle e
prevenção da
malária em
parceria com os
ACS e
posteriormente
promover
reuniões entre
ambas as
coordenações
para avaliar os
impactos das
ações
Não é
necessário
recurso
financeiro
Coord. De
Vigilância
em saúde
Atenção
Básica e
Secretaria
Municipal de
saúde
2
meses
Gestão em
saúde cada
vez mais
fortalecida e
melhor
desempenho
das atividades
pactuadas
entre
coordenação
de vigilância
em saúde e
Atenção
básica
26
OBJ-8
Ampliar a rede de
diagnóstico para
malária do município
Articular junto
a secretaria
municipal de
saúde a
viabilidade de
expandir a rede
de postos
notificantes em
pontos
estratégicos
Identificar a
infra-estrutura
para
implantação de
novos PNs e
disponibilizar
treinamento
para
microscopistas
atuarem nessas
áreas.
Recursos
financeiros
a definir e
será
necessário
para
estruturar o
espaço onde
funcionará
o PN.
Coord. De
Vigilância
em saúde
Atenção
Básica e
Secretaria
Municipal de
saúde
6
meses
Maior
assistência e
cobertura da
oferta de
diagnóstico e
tratamento da
malária para
a população
27
10- RESULTADOS ESPERADOS
 A redução dos casos de malária e percentual de recidivas;
 Melhor direcionamento das atividades de controle e prevenção da malária;
 Sensibilização dos gestores municipais frente às diretrizes do programa municipal de
controle da malária.
 Fortalecimento da integração entre vigilância em saúde e atenção básica
 Ampliação da rede de diagnóstico e oferta de tratamento para malária
 Maior agilidade no processo de manutenção de carros e motos para locomover as equipes
paras as áreas prioritárias
 Implantação do núcleo de entomologia para o monitoramento, direcionamento e avaliação
das ações de controle vetorial.
 Implantação do núcleo de educação e mobilização social.
28
11- CONCLUSÃO
O PES possibilitou a identificação da problemática existente, assim como nos
proporcionou organizar e melhor direcionar as ações da forma como tem que ser o plano de
intervenção para alcançar a situação ideal através de uma série de estratégias primordiais para o
alcance das metas e objetivos propostos.
Portanto, espera-se que a aplicação das ferramentas estabelecidas no PES, possa intervir
positivamente e significamente nos resultados inerentes ao controle e comportamento da malaria
no município de Rorainópolis no ano vigente de 2016.
29
12- REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Atanaka-Santos M, Czeresnia D, Souza-Santos R, Oliveira RM. Comportamento
epidemiológico da malária no Estado de Mato Grosso, 1980-2003. Revista da Sociedade Brasileira
de Medicina Tropical 39:187-192, 2006.
2. Artmann E. O planejamento estratégico situacional no nível local: um instrumento a favor da
visão multissetorial.Cadernos da Oficina Social 3: Série Desenvolvimento Local. Rio de Janeiro:
Coppe/UFRJ; 2000
3. Cordeiro CES, Filomeno CRM, Costa CMA, Couto AARA. Perfil epidemiológico da malária
no Estado do Pará, em 1999, com base numa série histórica de dez anos (1980-1999). Informe
Epidemiológico do Sistema Único de Saúde 11:69-77, 2002.
4. FREITAS, Aimberê. Estudos Sociais - RORAIMA: Geografia e História. 1 ed. São
Paulo: Corprint Gráfica e Editora Ltda., 1998. 83 p. ISBN 34523432
5. Ministério da Saúde (BR). Serviço de Vigilância Epidemiológica da Malária. Sistema de
Informação de Vigilância Epidemiológica – SIVEP- Malária; 2015. Disponível em: http://portal
web04.saude.gov.br/sivep_malaria/. Acesso em 08 de abril de 2016.
6. Oliveira Junior JG. Análise da distribuição da malária na Amazônia brasileira, enfoque
municipal. Dissertação de Mestrado. Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2001.
7. World Health Organization. World Malaria Report 2009. Disponível em:
http://whqlibdoc.who.int/publications/2009/9789241563901_eng.pdf. Acessado 05 de Novembro
de 2015.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

Aula 8 e 9 SUS
Aula 8 e 9   SUSAula 8 e 9   SUS
Aula 8 e 9 SUS
 
Aula depressao cícero mais médicos
Aula depressao cícero mais médicosAula depressao cícero mais médicos
Aula depressao cícero mais médicos
 
O LIMITE DA TOLERÂNCIA
O LIMITE DA TOLERÂNCIAO LIMITE DA TOLERÂNCIA
O LIMITE DA TOLERÂNCIA
 
Ser mae
Ser maeSer mae
Ser mae
 
Avaliação do estado mental
Avaliação  do estado mentalAvaliação  do estado mental
Avaliação do estado mental
 
Amizade
AmizadeAmizade
Amizade
 
POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE
POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE  POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE
POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE
 
O Luto
O LutoO Luto
O Luto
 
Depressão - Marcelly e Marcilene
Depressão -  Marcelly e MarcileneDepressão -  Marcelly e Marcilene
Depressão - Marcelly e Marcilene
 
Depressão
DepressãoDepressão
Depressão
 
Perdão restaurador
Perdão restauradorPerdão restaurador
Perdão restaurador
 
Aula humanizacao botucatu_2009
Aula humanizacao botucatu_2009Aula humanizacao botucatu_2009
Aula humanizacao botucatu_2009
 
A dinãmica do perdão
A dinãmica do perdão A dinãmica do perdão
A dinãmica do perdão
 
4shared
4shared4shared
4shared
 
A crise dos valores na sociedade atual (Palestra Espírita)
A crise dos valores na sociedade atual (Palestra Espírita)A crise dos valores na sociedade atual (Palestra Espírita)
A crise dos valores na sociedade atual (Palestra Espírita)
 
Terceira Idade
Terceira IdadeTerceira Idade
Terceira Idade
 
Atenção ao suicídio setembro 2016
Atenção ao suicídio setembro 2016 Atenção ao suicídio setembro 2016
Atenção ao suicídio setembro 2016
 
Aula Perdão
Aula PerdãoAula Perdão
Aula Perdão
 
Suicídio e saúde mental
Suicídio e saúde mentalSuicídio e saúde mental
Suicídio e saúde mental
 
A família do idoso dependente
A família do idoso dependenteA família do idoso dependente
A família do idoso dependente
 

Semelhante a Planejamento Estratégico Malária Rorainópolis 2016

Situação Epidemiológica Atual da Dengue - Março 2010
Situação Epidemiológica Atual da Dengue - Março 2010Situação Epidemiológica Atual da Dengue - Março 2010
Situação Epidemiológica Atual da Dengue - Março 2010Governo de Sergipe
 
Acoes de controle de endemias malaria
Acoes de controle de endemias malariaAcoes de controle de endemias malaria
Acoes de controle de endemias malariaConceicao Santos
 
Matriz risco govrs_comite_dados_23abr
Matriz risco govrs_comite_dados_23abrMatriz risco govrs_comite_dados_23abr
Matriz risco govrs_comite_dados_23abrAna Possamai
 
Plano municipal da dengue 2014 2015
Plano municipal da dengue 2014 2015Plano municipal da dengue 2014 2015
Plano municipal da dengue 2014 2015Rogerio Catanese
 
O Dia Digital - PANDEMIA NÃO PASSOU!
O Dia Digital - PANDEMIA NÃO PASSOU!O Dia Digital - PANDEMIA NÃO PASSOU!
O Dia Digital - PANDEMIA NÃO PASSOU!ODiaMais
 
CARTEIRA DE SERVIÇOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DE PARACATU - MG
CARTEIRA DE SERVIÇOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DE PARACATU - MGCARTEIRA DE SERVIÇOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DE PARACATU - MG
CARTEIRA DE SERVIÇOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DE PARACATU - MGCínthia Lima
 
Plano municipal de saude 2018 - 2021
Plano municipal de saude 2018 - 2021Plano municipal de saude 2018 - 2021
Plano municipal de saude 2018 - 2021Cínthia Lima
 
PAIM- BOCA - Diretrizes fundamentais
PAIM- BOCA - Diretrizes fundamentaisPAIM- BOCA - Diretrizes fundamentais
PAIM- BOCA - Diretrizes fundamentaisRodrigo Calado
 
Manual-do-PNCEBT-Original.pdf
Manual-do-PNCEBT-Original.pdfManual-do-PNCEBT-Original.pdf
Manual-do-PNCEBT-Original.pdfAlexandrefelau1
 
Seminário Hanseníase - A Situação da Hanseníase em MT - palestrante Cícero
Seminário Hanseníase - A Situação da Hanseníase em MT - palestrante CíceroSeminário Hanseníase - A Situação da Hanseníase em MT - palestrante Cícero
Seminário Hanseníase - A Situação da Hanseníase em MT - palestrante Cícerolascounic
 
2009 brasil vigilancia saude zoonoses
2009 brasil vigilancia saude   zoonoses2009 brasil vigilancia saude   zoonoses
2009 brasil vigilancia saude zoonosesJhoy Alves Leite
 
ESTAGIO ENFERMAGEM II.pdf
ESTAGIO ENFERMAGEM II.pdfESTAGIO ENFERMAGEM II.pdf
ESTAGIO ENFERMAGEM II.pdfArlenoFavacho2
 

Semelhante a Planejamento Estratégico Malária Rorainópolis 2016 (20)

2003 malária em santa catarina
2003 malária em santa catarina2003 malária em santa catarina
2003 malária em santa catarina
 
Situação Epidemiológica Atual da Dengue - Março 2010
Situação Epidemiológica Atual da Dengue - Março 2010Situação Epidemiológica Atual da Dengue - Março 2010
Situação Epidemiológica Atual da Dengue - Março 2010
 
Acoes de controle de endemias malaria
Acoes de controle de endemias malariaAcoes de controle de endemias malaria
Acoes de controle de endemias malaria
 
Doença de chagas no brasil
Doença de chagas no brasilDoença de chagas no brasil
Doença de chagas no brasil
 
Matriz risco govrs_comite_dados_23abr
Matriz risco govrs_comite_dados_23abrMatriz risco govrs_comite_dados_23abr
Matriz risco govrs_comite_dados_23abr
 
Plano municipal da dengue 2014 2015
Plano municipal da dengue 2014 2015Plano municipal da dengue 2014 2015
Plano municipal da dengue 2014 2015
 
O Dia Digital - PANDEMIA NÃO PASSOU!
O Dia Digital - PANDEMIA NÃO PASSOU!O Dia Digital - PANDEMIA NÃO PASSOU!
O Dia Digital - PANDEMIA NÃO PASSOU!
 
CARTEIRA DE SERVIÇOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DE PARACATU - MG
CARTEIRA DE SERVIÇOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DE PARACATU - MGCARTEIRA DE SERVIÇOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DE PARACATU - MG
CARTEIRA DE SERVIÇOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DE PARACATU - MG
 
Amanda
AmandaAmanda
Amanda
 
Malária: educação em saúde, um plano de ação na subprefeitura de Parelheiros
Malária: educação em saúde, um plano de ação na subprefeitura de ParelheirosMalária: educação em saúde, um plano de ação na subprefeitura de Parelheiros
Malária: educação em saúde, um plano de ação na subprefeitura de Parelheiros
 
Caso clinico hanseníase
Caso clinico hanseníaseCaso clinico hanseníase
Caso clinico hanseníase
 
Caso clinico hanseníase
Caso clinico hanseníaseCaso clinico hanseníase
Caso clinico hanseníase
 
Plano municipal de saude 2018 - 2021
Plano municipal de saude 2018 - 2021Plano municipal de saude 2018 - 2021
Plano municipal de saude 2018 - 2021
 
PAIM- BOCA - Diretrizes fundamentais
PAIM- BOCA - Diretrizes fundamentaisPAIM- BOCA - Diretrizes fundamentais
PAIM- BOCA - Diretrizes fundamentais
 
Linha guiahivaids
Linha guiahivaidsLinha guiahivaids
Linha guiahivaids
 
Urgências e emergências da questão ambiental
Urgências e emergências da questão ambientalUrgências e emergências da questão ambiental
Urgências e emergências da questão ambiental
 
Manual-do-PNCEBT-Original.pdf
Manual-do-PNCEBT-Original.pdfManual-do-PNCEBT-Original.pdf
Manual-do-PNCEBT-Original.pdf
 
Seminário Hanseníase - A Situação da Hanseníase em MT - palestrante Cícero
Seminário Hanseníase - A Situação da Hanseníase em MT - palestrante CíceroSeminário Hanseníase - A Situação da Hanseníase em MT - palestrante Cícero
Seminário Hanseníase - A Situação da Hanseníase em MT - palestrante Cícero
 
2009 brasil vigilancia saude zoonoses
2009 brasil vigilancia saude   zoonoses2009 brasil vigilancia saude   zoonoses
2009 brasil vigilancia saude zoonoses
 
ESTAGIO ENFERMAGEM II.pdf
ESTAGIO ENFERMAGEM II.pdfESTAGIO ENFERMAGEM II.pdf
ESTAGIO ENFERMAGEM II.pdf
 

Planejamento Estratégico Malária Rorainópolis 2016

  • 1. GOVERNO DO ESTADO DE RORAIMA SECRETARIA DE ESTADO DE SAUDE – SESAU COORDENAÇÃO GERAL DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE - CGVS COORDENAÇÃO DE ENDEMIAS DE RORAINÓPOLIS, RORAIMA PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL MUNICÍPIO DE RORAINÓPOLIS-RR RORAINÓPOLIS – RR 2016
  • 2. COORDENAÇÃO DE ENDEMIAS DE RORAINÓPOLIS- RR PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL MUNICÍPIO DE RORAINÓPOLIS-RR Elaboração: DANIEL TESTA MOTA APOIADOR MUNICIPAL PARA O CONTROLE DA MALÁRIA FIOTEC / PNCM / MS RORAINÓPOLIS– RR 2016
  • 3. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................................4 2. ESTRUTURA DA REDE MUNICIPAL DE SAÚDE.....................................................................6 3. CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DA MALÁRIA NO MUNICÍPIO.....................6 4. A MISSÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DA MALÁRIA.........................7 5. A MISSÃO DO APOIADOR MUNICIPAL....................................................................................7 6. PROGRAMA DE CONTROLE DA MALÁRIA MUNICIPAL....................................................8 7. PLANEJAMENTO ESTRATEGICO SITUACIONAL.................................................................8 8. DESCRIÇÃO DO PLANO OPERATIVO.....................................................................................10 9. METODOLOGIA.............................................................................................................................10 9.1 MOMENTO EXPLICATIVO.......................................................................................................10 9.2 MOMENTO NORMATIVO..........................................................................................................16 9.3 MOMENTO ESTRATÉGICO......................................................................................................17 9.4 MOMENTO TÁTICO – OPERACIONAL .................................................................................22 10. RESULTADOS ESPERADOS......................................................................................................27 11. CONCLUSÃO.................................................................................................................................28 12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................29
  • 4. 4 1- INTRODUÇÃO  Análise situacional do território O município de Rorainópolis está localizado no sul do estado de Roraima (Figura 1) e possui uma população de 24.279 habitantes e sua área é de 33.594 km² o que resulta numa densidade demográfica de 0,72 km². A sede está localizada a 294 km da capital Boa Vista e a 487 km de Manaus. Seu acesso é através da BR 174, que corta o estado, desde Manaus até a fronteira do Brasil com a Venezuela. O município é originário de uma vila de assentamento do INCRA (Instituto de Colonização e Reforma Agrária) e foi transformado em município pela Lei nº100 em 17 de outubro de 1995, em consequência das terras desmembradas do Município de São Luiz do Anauá. O município limita-se ao norte e a oeste com Caracaraí; ao sul com o Estado do Amazonas; a leste com São Luiz do Anauá e São João da Baliza. O clima é tropical quente, a temperatura média anual é de 26ºC. FIGURA 1- Localização do município de Rorainópolis- RR
  • 5. 5 Localidades principais: Principais localidades não-índigenas do município e suas respectivas populações segundo o Censo de 2010.  10.673 habitantes - Rorainópolis (sede)  749 habitantes - Vila Martins Pereira  1510 habitantes - Vila Nova Colina  721 habitantes - Vila do Equador  527 habitantes - Vila do Jundiá  224 habitantes - Vila Santa Maria do Boiaçu Principais localidades com importância epidemiológica para transmissão ativa de malária (Área rural).  Boa esperança (Vicinal 16)  Dona Elena ( Vicinal 2)  Vila do Equador  Vila Martins Pereira  Nova Colina Principais localidades com importância epidemiológica para transmissão ativa de malária (Área Urbana).  Conjunto Gentil Carneiro (Bairro)  Novo Horizonte ( Bairro)  Parque das orquídeas ( Bairro)  Rorainópolis ( Sede) Principais Rios  Juaperi, Alalaú, Anauá Atividade Econômica:  Agricultura, Agropecuária, indústria e comércio. Transporte  O sistema de transporte é terrestre ou aéreo por meio do aeroporto de Boa Vista
  • 6. 6 2.0 ESTRUTURA DA REDE MUNICIPAL DE SAÚDE UNIDADES DE SAÚDE QUANTIDADE Unidade Mista (Hospital) 01 Unidades Básicas de Saúde ESF 07 Posto de Saúde 09 Laboratório de diagnóstico para Malaria 07 REDE PRIVADA ATUANTE NO MUNICÍPIO UNIDADES DE SAÚDE QUANTIDADE Laboratório de Análises Clínica 03 Clinica médica 02 FIGURA 2- Unidades de saúde disponíveis no município 3- CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DA MALÁRIA A malária é considerada atualmente a doença parasitária mais incidente do mundo. Segundo a organização mundial de saúde (OMS, 2009), estima-se que o número de casos novos a cada ano chegue a 250 milhões, com 880 mil mortes. Aproximadamente metade da população mundial está exposta à infecção, especialmente pessoas que vivem em países subdesenvolvidos. Na Amazônia os casos de malária ocorrem em estados que compõem a Amazônia Legal (Amazonas, Acre, Amapá, Rondônia, Roraima, Pará, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão), contribuindo desta forma com 99,7% de todos os casos notificados no Brasil. Sabe-se também que doença não ocorre de forma homogênea, sendo influenciada por vários fatores ambientais e diferentes determinantes epidemiológicos, que variam fundamentalmente em função das formas de ocupação do solo e das modalidades de exploração econômica dos recursos naturais e circulação humana (Atanaka, 2006; Cordeiro, 2008, Oliveira, 2001 ). Esses fatores que produzem grandes mudanças ambientais proporcionam não só apenas a manutenção da endemia, mas também a sua dispersão.
  • 7. 7 No Estado de Roraima, a região sul concentra o maior número de casos de malária, sendo os municípios mais acometidos os de Rorainópolis, Amajarí, São João do Baliza (5). No município de Rorainópolis a incidência parasitária anual (IPA) em 2015 chegou a 40,2/1000 habitantes, caracterizando essa área como Médio risco de transmissão. Provavelmente as principais causas para ocorrência da transmissão nas localidades com maior número de casos (Vila do equador, Vicinal Dona Helena, Campo verde, Conjunto Gentil Carneiro) estão associadas a atividade de ocupação recente em ambientes de floresta e exploração de madeiras (principal atividade econômica na região). Acredita-se também que ajam outras possibilidades de que, entre outros fatores, o grande fluxo de pessoas em trânsitos de áreas com alta transmissão e região de garimpo da Venezuela e Guiana Inglesa para áreas consideradas estáveis, assim como a atividades de caça e pesca como meio de subsistência em consonância as condições de infra-estrutura sanitária, ambientais e socioeconômicas da população também favorecem para a proliferação do mosquito transmissor da malária, mantendo a população exposta ao risco de contrair essa doença na região. Desta forma, o presente documento tem como objetivo apresentar o Planejamento Estratégico da Malária no Município de Rorainópolis- RR, para o ano vigente de 2016. 4- MISSÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DA MALÁRIA- PNCM: Reduzir a morbimortalidade por malária na população por meio da elaboração e promoção de políticas públicas, articulação interfederativa, Incorporação de inovações tecnológicas, construção de parcerias inter e intrasetoriais com iniciativa privada e a sociedade em consonância com os princípios do SUS. 5- MISSÃO DO APOIADOR MUNICIPAL NO CONTROLE DA MALÁRIA Apoiar a equipe municipal na elaboração de estratégias e direcionamento das ações de prevenção e controle da malária por meio de um planejamento estratégico de enfretamento das situações identificadas, contemplando as atividades a serem executadas com o monitoramento e avaliação dos resultados.
  • 8. 8 6- PROGRAMA DE CONTROLE DA MALÁRIA MUNICIPAL O programa municipal de controle da malaria tem como principal objetivo evitar a mortalidade por malária, assim como reduzir a morbidade e as perdas sociais e econômicas devidas à doença entre a população no município. Desta forma, varias medidas devem ser tomadas através de ações de controle e prevenção da doença que tem como finalidade alcançar os resultados satisfatórios por meio dos objetivos específicos abaixo elencados.  Prevenir e controlar a malária no Município;  Evitar os casos graves de malária;  Reduzir a incidência de Plasmodium falciparum;  Manter livre da transmissão a área urbana do município;  Interromper a transmissão da Malária nas áreas, Peri-urbana e núcleos rurais considerados estáveis, onde a Malária foi reintroduzida;  Manter vigilância constante nas áreas de baixo, médio e alto risco e áreas de transmissão;  Reduzir a utilização de inseticida nas ações de controle;  Intensificar a busca ativa e diagnóstico de casos;  Realizar palestras de educação em saúde;  Reduzir o espaço de tempo entre o diagnóstico e tratamento ao paciente;  Analisar informações do Sivep semanalmente; 7- PLANEJAMENTO ESTRATEGICO SITUACIONAL O Planejamento Estratégico Situacional é um método de planejamento voltado a investigação de problemas complexos e multissetoriais, para os quais não há solução previamente definida ou normatizada. De acordo com Matus (1994a), a abordagem do problema abrange as múltiplas dimensões (política, econômica, social, cultural, etc) que o mesmo possui e sua multissetorialidade, trazendo à luz suas causas e a facilitando a proposição de soluções.
  • 9. 9 Definição do Escopo - Mapeamento dos atores-chaves Para definição do escopo, é necessário, em primeiro lugar, realizar um mapeamento dos Atores relevantes a serem incluídos no processo de Análise da situação de Saúde, bem como situação atual da localidade, devendo-se considerar a possibilidade de identificar e incluir no processo Atores governamentais e não Governamentais, ou seja, tanto representantes de instituições e órgãos direta e indiretamente envolvidos com a condução política das ações de saúde nas diversas esferas de governo, quanto representantes de organizações da sociedade civil e/ou organizações não governamentais. Governamentais • Gestão estadual – SESAU • Gestor municipal – Secretária Municipal de Saúde • Coordenação de Vigilância em saúde de Rorainópolis • Vigilância Epidemiológica Rorainópolis • Gerência de Endemias de Rorainópolis • Coordenação Atenção Básica-ESF • Conselho Municipal de Saúde – presidente • Secretaria de Educação – representante • Secretaria de Meio Ambiente • Secretaria de Obras e planejamento urbano Não – Governamentais • Imprensa (rádio e televisão ) • Representantes das associações de bairros • Igrejas, ONGS • Empresas, indústrias e comércio
  • 10. 10 8- DESCRIÇÃO DO PLANO OPERATIVO Para a elaboração do plano, estabeleceu-se uma sequência dos quatro momentos propostos por Matus (1994): Explicativo, Normativo, Estratégico e Tático-Operacional. 9- METODOLOGIA Figura 3- Os quatro momentos do PES 9.1- Momento Explicativo No momento explicativo busca-se entender e explicar como se apresenta a realidade do jogo na situação inicial do planejamento. Trata-se, pois, do momento em que o problema declarado é explicado e descrito em suas manifestações imediatas através da identificação das causas ou nós-criticos.
  • 11. 11 Lista de Problemas identificados na coordenação de endemias do município NÚMERO PROBLEMA Problema 1 Falta de infra-estrutura adequada para garantir as ações de Vigilância epidemiológica, diagnóstico e tratamento da malária e controle vetorial em tempo oportuno nas localidades com importância epidemiológica. Problema 2 Recursos humanos insuficiente para realizar atividade de busca ativa de casos nas áreas prioritárias. Problema 3 Rede de diagnóstico insuficiente para atender a demanda de pacientes do município. Problema 4 Alto índice de casos de malária por recidivas devido à falta de monitoramento e acompanhamento dos pacientes no período do tratamento e pós tratamento. Problema 5 Falta de parcerias entre atenção básica e vigilância em saúde nas atividades de prevenção e controle da malaria conforme estabelece a portaria N 44/2002. Problema 6 Descaso da população para com os sintomas da malária Problema 7 Ausência de um núcleo de entomologia para o acompanhamento e direcionamento técnico das atividades entomológicas e manejo de criadouros nas áreas de importância epidemiológica Problema 8 Inexistência de um núcleo de educação em saúde para trabalhar a prevenção dos casos de malária nas localidades prioritárias. Problema 9 Carência de funcionário comprometido com o trabalho Problema 10 Deficiência na frota de carros e motos para o deslocamento da equipe de agentes de endemias. Problema 11 Localidades com registro geográfico (RG) desatualizado Problema 12 Dificuldade em atingir as metas de controle vetorial FIGURA 4- Problemática identificada na coordenação municipal de controle da malaria Após a identificação do problema foi necessário priorizá-lo. Neste sentido optou-se pela Matriz G.U.T. (matriz de priorização de problemas). No qual foi atribuído uma nota de 1 a 5 para cada problema analisado, conforme as características: gravidade, urgência e tendência.
  • 12. 12 MATRIZ GUT Nota Gravidade Urgência Tendência 5 Extremamente grave Extremamente urgente Se não for resolvido, piora imediatamente 4 Muito grave Muito urgente Vai piorar em curto prazo 3 Grave Urgente Vai piorar em médio prazo 2 Pouco grave Pouco urgente Vai piorar em longo prazo 1 Sem gravidade Sem urgência Sem tendência de piorar FIGURA 5- Matriz utilizada na priorização dos problemas elencados no município Participaram da matriz de priorização, Gerente de endemias, supervisores e Coordenador de Vigilância em saúde de Rorainópolis. Os problemas foram priorizados de acordo com a maior importância, conforme descrito na tabela abaixo. Matriz de priorização de problemas identificados no programa municipal de controle da malária Problema Gravidade Urgência Tendência Total Priorização (G) (U) (T) Alto índice de casos de malária por recidivas devido à falta de monitoramento e acompanhamento dos pacientes no período do tratamento e pós tratamento. 5 5 5 125 1 Falta de infra-estrutura adequada para garantir as ações de Vigilância epidemiológica, Diagnóstico e Tratamento e controle vetorial em tempo oportuno nas localidades 4 4 4 64 2 Recursos humanos insuficiente para realizar atividade de busca ativa de casos de malária nas áreas prioritárias. 4 4 4 64 3 Descaso da população para com os sintomas da 4 4 4 64 4
  • 13. 13 malária Rede de diagnóstico insuficiente para atender a demanda de pacientes do município. 3 3 3 27 5 Falta de parcerias entre atenção básica e vigilância em saúde nas atividades de prevenção e controle da malaria conforme estabelece a portaria N 44/2002. 3 3 3 27 6 Ausência de um núcleo de entomologia para o acompanhamento e direcionamento técnico das atividades entomológicas e manejo de criadouros nas áreas de importância epidemiológica 3 3 3 27 7 Inexistência de um núcleo de educação em saúde para trabalhar a prevenção dos casos de malária nas localidades prioritárias. 3 3 3 27 8 Carência de funcionário comprometido com o trabalho 3 3 3 27 9 Deficiência na frota de carros e motos para o deslocamento da equipe de agentes de endemias. 3 3 3 27 10 Dificuldade em atingir as metas de controle vetorial 3 3 3 27 11 Localidades com registro geográfico (RG) desatualizado 2 2 2 8 12 FIGURA 6- Problemas priorizados por meio da matriz GUT PROBLEMA PRIORIZADO: Alto índice de casos de malária por recidivas devido à falta de monitoramento e acompanhamento dos pacientes no período do tratamento e pós tratamento.
  • 14. 14 DESCRITORES PROBLEMAS DESCRITORES DO PROBLEMA Alto índice de casos de malária por recidivas após o tratamento. D1 – No período de janeiro a março de 2016 houve registro de 120 (48%) casos de malária por recidivas. Descontinuidade das ações por falta de recursos humano e logística adequada. D2– Falha na vigilância e no monitoramento das áreas de risco. Atraso no envio das notificações para digitação dos dados no sistema sivep_malaria. D3–Microscopistas descomprometidos com o serviço e fechamento da produção em tempo hábil Deficiência na rotina de acompanhamento dos pacientes para coleta das LVC e identificação de novos casos. D4–Quadro deficiente de recursos humanos ( guardas de EP) para realizar busca ativa e reativa dos casos de malária e acompanhamento dos pacientes. Falta de interesse dos profissionais da saúde com a investigação detalhada do local provável de infecção. D5–Dificuldade no processo de investigação dos casos de malária durante o preenchimento da notificação Deficiência na logística e material para realizar controle vetorial no município. D6 – Existem apenas 3 bombas de BRI, 2 FOG, sucateadas e falta EPI. FIGURA 7 - Descritores obtidos no momento explicativo do PES Nesta etapa são selecionados na rede explicativa os nós críticos, ou seja, os empecilhos a serem superados para um bom funcionamento desses setores. O processo de seleção daqueles empecilhos que, uma vez enfrentados gerencialmente, devem levar à resolução do problema. Alguns critérios são fundamentais nesse processo, ou seja, as causas devem produzir forte impacto sobre o problema, resolvendo-o ou minimizando-o. Desta forma, optou-se por criar um diagrama de explicação do problema priorizado (diagrama de Ishikawa) desenvolvido durante o plano operativo o qual demonstra na parte central do diagrama os descritores do problema, na parte superior as causas do problema e na parte inferior as principais consequências do problema. A causa convergente priorizada foi a “Desorganização e falhas no planejamento das ações por parte da secretaria municipal de saúde e Coord. de Vigilância em saúde ”. E como consequência convergente “Falhas e descontinuidade das ações de controle da malária ”. A imagem-objetivo, ou seja, onde se deseja chegar, foi “Melhoria da qualidade dos serviços e redução dos casos de malária no Município de Rorainópolis”.
  • 15. 15 DIAGRAMA DE ISHIKAUA (OU ESPINHA DE PEIXE) Figura 8 - Diagrama de Ishikawa obtido no momento explicativo Fonte: Guardini, 2013; Pereira, 2015
  • 16. 16 9.2- Momento Normativo Define-se como deve ser a situação ideal e o plano de intervenção para alcançar essa situação. É aqui que são definidas as operações que irão conduzir a mudança da situação inicial. Para cada objetivo específico foram traçados operações e ações para intervirem na realidade da coordenação de vigilância em saúde considerando os recursos disponíveis para as ações de controle da malária pela secretaria de saúde e os resultados almejados. Figura 9 – Plano de intervenção obtido no momento normativo do PES. OBJETIVOS ESPECÍFICOS OPERAÇÕES AÇÕES Assegurar a responsabilidade do gestor municipal com relação a promoção das ações de vigilância em saúde no município Enfatizar a importância da presença do secretário de saúde frente às articulações e estratégias das ações de vigilância epidemiológica Secretário de saúde deve disponibilizar recursos e condições adequadas para executar as ações de controle e prevenção da malária nas localidades consideradas prioritárias Adequar a infra-estrutura para garantir as ações de Vigilância epidemiológica, Diagnóstico e Tratamento oportuno da malária e controle vetorial Definir junto à secretaria municipal de saúde sua participação para garantir a infra-estrutura e logística adequada para realização das ações de vigilância, monitoramento da rede de diagnóstico e controle vetorial nas áreas prioritárias Promover reuniões entre conselho municipal de saúde, secretaria de saúde e coordenação de vigilância em saúde para planejamento prévio das ações e recursos disponíveis e compra de materiais (aquisição de transportes, insumos) necessários para a execução das atividades em tempo oportuno nas localidades com maior transmissão para malária Elaborar um plano de ação de controle da malaria no município que atenda a demanda da população para o ano de 2016 Agendar reuniões com secretário de saúde, conselho municipal de saúde, coordenador de vigilância em saúde e coordenador de atenção básica Apresentar o plano e explicar detalhadamente as ações e localidades prioritárias para a execução das atividades propostas pelo programa municipal de controle da malaria Planejar ações na zona rural mensalmente conforme estratificação das localidades prioritárias Elaborar planos de ação para cada localidade, em conjunto com a equipe de ACE, ACS e Secretaria de Saúde Executar as ações de controle vetorial e Detecção Ativa e reativas nas áreas com importância epidemiológica Realizar atividades de educação em saúde nas escolas e associações comunitárias em localidades com maior transmissão da malaria Articular junto à gestão municipal a viabilidade de elaborar um projeto para a implantação do Núcleo de educação em saúde- NES municipal Realizar levantamentos do espaço físico, recursos didáticos e multimídias, recursos humanos disponíveis e treinamentos disponíveis Implantar o NES- Municipal Definir cronograma das atividades e conteúdos das palestras a serem realizadas nas respectivas localidades prioritárias Implantar o núcleo de entomologia com recursos humanos disponíveis e realizar treinamentos através de cursos de entomologia oferecidos pelo estado Definir por meio de planejamento a logística necessária para desenvolver as atividades de entomologia no município Implementar atividades de monitoramento entomológico nas localidades com maior índice de transmissão de malária Promover a integração efetiva entre as ações de vigilância epidemiológica e Atenção básica Promover oficinas e reuniões entre gestor, coordenadores, ACS e ACE para pactuar as ações de controle da malária no município Realizar atividades de controle e prevenção da malária em parceria com os ACS e posteriormente promover reuniões entre ambas as coordenações para avaliar os impactos das ações Ampliar a rede de diagnóstico para malária do município Articular junto a secretaria municipal de saúde a viabilidade de expandir a rede de postos notificantes em pontos estratégicos Identificar a infra-estrutura para implantação de novos PNs e disponibilizar treinamento para microscopistas atuarem nessas áreas.
  • 17. 17 9.3- Momento Estratégico Analisa e constrói a viabilidade do plano nas dimensões política, econômica, cognitiva e organizativa, bem como define estratégias quando são identificadas interferências negativas que inviabilizam o processo. OBJETIVO ESPECÍFICO 1 : Assegurar a responsabilidade do gestor municipal com relação à promoção das ações de vigilância em saúde no município OPERAÇÕES AÇÕES ANÁLISE DE VIABILIDADE (Poder) ANÁLISE DE FACTIBILIDADE Déficit Atividade EstratégicaDecidir Executar Manter Recursos existentes Recursos necessários Enfatizar a importância da presença do secretário de saúde frente às articulações e estratégias das ações de vigilância epidemiológica Secretário de saúde deve disponibilizar recursos e condições adequadas para executar as ações de controle e prevenção da malaria nas localidades consideradas prioritárias Sim Sim Sim Plano de ação de controle da malaria elaborado Plano de ação de controle da malaria elaborado Não Sensibilizar o Secretário de Saúde da importância das ações de controle da doença e as causas e consequências geradas a população quando não executadas corretamente OBJETIVO ESPECÍFICO 2 : Adequar a infra-estrutura para garantir as ações de Vigilância epidemiológica, Diagnóstico e Tratamento de malária e controle vetorial OPERAÇÕES AÇÕES ANÁLISE DE VIABILIDADE (Poder) ANÁLISE DE FACTIBILIDADE Déficit Atividade EstratégicaDecidir Executar Manter Recursos existentes Recursos necessários Definir junto à secretaria municipal de saúde a sua participação para garantir a infra-estrutura e logística adequada para realização das ações de vigilância, monitoramento da rede de diagnóstico e controle vetorial nas áreas prioritárias Promover reuniões para planejamento prévio das ações e recursos disponíveis necessários para a execução das atividades nas localidades com maior transmissão de malária Sim Sim Sim Teto financeiro de Vigilância em saúde Elaboração de projetos com respectivo delineamento das atividades e custeio dos produtos e serviços necessários para execução destas ações Sim Elaborar o planejamento apresentá-lo em sessão durante as reuniões do conselho municipal de saúde e obter aprovação na destinação adequada do recurso financeiro para cada atividade
  • 18. 18 OBJETIVO ESPECÍFICO 3 : Elaborar um plano de ação de controle da malaria no município que atenda a demanda da população para o ano de 2016 OPERAÇÕES AÇÕES ANÁLISE DE VIABILIDADE (Poder) ANÁLISE DE FACTIBILIDADE Déficit Atividade EstratégicaDecidir Executar Manter Recursos existentes Recursos necessários Agendar reuniões com secretário de saúde, conselho municipal de saúde, coordenador de vigilância em saúde e coordenador de atenção básica Apresentar o plano e explicar detalhadamente as ações e localidades prioritárias para a execução das atividades propostas pelo programa municipal de controle da malaria Sim Sim Sim Plano elaborado e recursos multimídia para a apresentação Plano elaborado e recursos multimídia para a apresentação Não Solicitar para o Diretor de Vigilância em saúde o agendamento da reunião OBJETIVO ESPECÍFICO 4 : Planejar ações na zona rural mensalmente conforme estratificação das localidades prioritárias OPERAÇÕES AÇÕES ANÁLISE DE VIABILIDADE (Poder) ANÁLISE DE FACTIBILIDADE Déficit Atividade Estratégica Decidir Executar Manter Recursos existentes Recursos necessários Elaborar planos de ação para cada localidade, em conjunto com a equipe de ACE, ACS e Secretaria de Saúde Executar as ações de controle vetorial, Detecção Ativa e reativa nas áreas com maior importância epidemiológica Sim Sim Sim Profissionais com perfil e conhecimento técnico para desenvolver as atividades Transportes adequados e alimentação para manter as equipes nas localidades Sim Sensibilizar o Secretário de Saúde no sentido de oferecer condições para as equipes executar as ações
  • 19. 19 OBJETIVO ESPECÍFICO 5 : Realizar atividades de educação em saúde nas escolas e associações comunitárias em localidades com maior transmissão da malária OPERAÇÕES AÇÕES ANÁLISE DE VIABILIDADE (Poder) ANÁLISE DE FACTIBILIDADE Déficit Atividade EstratégicaDecidir Executar Manter Recursos existentes Recursos necessários Articular junto à gestão municipal a viabilidade de elaborar um projeto para a implantação do Núcleo de educação em saúde- NES municipal Realizar levantamentos do espaço físico, recursos didáticos e multimídias, recursos humanos e treinamentos disponíveis Sim Sim Sim Espaço físico e Profissional disponivel para desempenhar as atividades de educação em saúde Projeto de implantação do NES, aprovação do conselho municipal de saúde e autorização da secretária de saúde para implantação e desempenho das atividades Não Sensibilizar a secretária de saúde e coordenador da Atenção básica para elaboração do projeto e os benefícios para população com as atividades de prevenção das principais doenças e agravos Implantar o NES- Municipal Definir cronograma das atividades e conteúdos das palestras a serem realizadas nas localidades prioritárias
  • 20. 20 OBJETIVO ESPECÍFICO 6 : Estruturar o núcleo de entomologia com recursos humanos disponíveis e realizar treinamentos através de cursos de OPERAÇÕES AÇÕES ANÁLISE DE VIABILIDADE (Poder) ANÁLISE DE FACTIBILIDADE Déficit Atividade EstratégicaDecidir Executar Manter Recursos existentes Recursos necessários Definir por meio de planejamento a logística necessária para desenvolver as atividades de entomologia no município Implementar atividades de monitoramento entomológico nas localidades com maior transmissão de malária Sim Sim Sim Espaço físico adequado, Equipamentos e profissional a ser treinado Ampliar recursos humanos com treinamento através de cursos de entomologia e disponibilidade de transporte para realizar as atividades nas áreas de transmissão Sim Sensibilizar a secretária de saúde sobre a importância do monitoramento entomológico e viabilizar transportes e treinamentos em parceria com a coord. estadual de malaria OBJETIVO ESPECÍFICO 7 : Promover a integração efetiva entre as ações de vigilância epidemiológica e Atenção básica OPERAÇÕES AÇÕES ANÁLISE DE VIABILIDADE (Poder) ANÁLISE DE FACTIBILIDADE Déficit Atividade EstratégicaDecidir Executar Manter Recursos existentes Recursos necessários Proporcionar oficinas, mesas redondas e reuniões entre gestor, coordenadores, ACS e ACE para pactuar as ações de controle da malária no município Realizar atividades de controle e prevenção da malária em parceria com os ACS e posteriormente promover reuniões entre ambas as coordenações para avaliar os impactos das ações Não Sim Sim Equipes de ESF, ACS E ACE E as portarias que regulamentam as atividades dos ACS E ACE Port. nº 44/GM, de 2002 Port. nº 3.252/GM, de 22/12/ 2009 Planejamento anual das ações de vigilância em parceria com a Atenção Básica Não Sensibilizar os gestores de ambas as coordenações sobre a importância da integração das ações no município e o beneficio para a população
  • 21. 21 OBJETIVO ESPECÍFICO 8 : Ampliar a rede de diagnóstico para malária do município OPERAÇÕES AÇÕES ANÁLISE DE VIABILIDADE (Poder) ANÁLISE DE FACTIBILIDADE Déficit Atividade EstratégicaDecidir Executar Manter Recursos existentes Recursos necessários Articular junto a secretaria municipal de saúde a viabilidade de expandir a rede de postos notificantes em pontos estratégicos Identificar a infra-estrutura para implantação de novos PNs e disponibilizar treinamento para microscopistas atuarem nessas áreas. Não Sim Sim Profissional disponivel para desempenhar as atividades e aparelho microscópio disponivel Espaço físico adequado e treinamento para o profissional que irá exercer a função conforme aprovação e certificação pelo LACEN Não Sensibilizar a secretária de saúde e coordenador de vigilância por meio de análise epidemiológica da malária do municio sobre a necessidade de ampliação da oferta de diagnóstico e tratamento nas localidades com transmissão ativa da malária
  • 22. 22 9.4- Momento Tático Operacional Os momentos anteriores transformam-se em ações concretas e ocorre o monitoramento das ações e seus ajustes. É o ponto central na mediação entre o conhecimento e a ação (MIGLIATO, 2004). Esse momento tem a finalidade de criar um processo contínuo entre os momentos anteriores e a ação diária. Objetivos Específicos Operações Ações Recurso Financeiro (necessário /estimado) Responsabilidade e Centralidade Prazo para as Ações Indicador de avaliação (operação) Ator Principal (Órgão ou /Setor ou /Técnico) Outros Parceiros (Órgão ou /Setor ou /Técnico) OBJ-1 Assegurar a responsabilidade do gestor municipal com relação a promoção das ações de vigilância em saúde no município Enfatizar a importância da presença do secretário de saúde frente às articulações e estratégias das ações de vigilância epidemiológica Secretário de saúde deve disponibilizar recursos e condições adequadas para executar as ações de controle e prevenção da malária nas localidades consideradas prioritárias Não é necessário recurso financeiro Coordenação de vigilância em saúde Secretaria municipal de saúde e Coordenação da atenção básica 1 mês Maior desempenho e sensibilização do secretário de saúde no sentido de oferecer condições para realizar as ações OBJ-2 Adequar a infra- estrutura para garantir as ações de Vigilância epidemiológica, Diagnóstico e Tratamento oportuno da malária e controle vetorial Definir junto à secretaria municipal de saúde sua participação para garantir a infra-estrutura e logística adequada para realização das ações de vigilância, monitoramento da rede de diagnóstico e controle vetorial nas áreas prioritárias Promover reuniões entre a gestão municipal para o planejamento prévio das ações e recursos disponíveis para compra de materiais (aquisição de transportes, insumos) necessários para a execução das atividades em tempo oportuno nas localidades com maior transmissão para malária Recurso a definir com base no teto financeiro da vigilância após o detalhament o dos materiais necessários para executar as ações pactuadas no plano de ação de controle da malária Coordenação de vigilância em saúde Conselho municipal de saúde / Secretaria de saúde 2 mês Ações de controle e prevenção da malária garantida por meio dos recursos repassados aos município pelo TFVS/ou garantidas pelo PQAVS
  • 23. 23 OBJ-3 Elaborar um plano de ação de controle da malaria no município que atenda a demanda da população para o ano de 2016 Agendar reuniões com secretário de saúde, conselho municipal de saúde, coordenador de vigilância em saúde e coordenador de atenção básica Apresentar o plano e explicar detalhadamente as ações e localidades prioritárias para a execução das atividades propostas pelo programa municipal de controle da malaria Não é necessário recurso financeiro Coordenação de vigilância em saúde Secretaria municipal de saúde e Coordenação da atenção básica 1 mês Plano já elaborado e aprovado pelo Conselho municipal de saúde OBJ-3 Adequar a infra- estrutura para garantir as ações de Vigilância epidemiológica, Diagnóstico e Tratamento de malária e controle vetorial Definir junto à secretaria municipal de saúde sua participação para garantir a infra-estrutura e logística adequada para realização das ações de vigilância, monitoramento da rede de diagnóstico e controle vetorial nas áreas prioritárias Promover reuniões entre conselho municipal de saúde, secretaria de saúde e coordenação de vigilância em saúde para planejamento prévio das ações e recursos disponíveis e compra de materiais (aquisição de transportes, insumos) necessários para a execução das atividades em tempo oportuno nas localidades com maior transmissão para malária Recurso a definir com base no teto financeiro da vigilância após o detalhament o dos materiais necessários para executar as ações pactuadas no plano de ação de controle da malária Coordenação de vigilância em saúde Conselho municipal de saúde / Secretaria de saúde 4 mês Ações de controle e prevenção da malária garantida por meio dos recursos repassados ao município pelo TFVS/ou garantidas pelo PQAVS
  • 24. 24 OBJ- 4 Planejar ações na zona rural mensalmente conforme estratificação das localidades prioritárias Elaborar planos de ação para cada localidade, em conjunto com a equipe de ACE, ACS e Secretaria de Saúde Executar as ações de controle vetorial, Detecção Ativa e reativa nas áreas com maior importância epidemiológica Não é necessário recurso financeiro Coordenação de vigilância e Gerência de endemias Secretaria municipal de saúde 1 mês Agendar a reunião com ambas as coordenações e definir estratégias adequadas para a execução das ações de controle da malária OBJ-5 Realizar atividades de educação em saúde nas escolas e associações comunitárias em localidades com maior transmissão da malaria Articular junto à gestão municipal a viabilidade de elaborar um projeto para a implantação do Núcleo de educação em saúde- NES municipal Realizar levantamentos do espaço físico, recursos didáticos e multimídias, recursos humanos disponíveis e treinamentos disponíveis Recursos financeiros necessários apenas para impressão de folders e outros recursos gráficos (à definir) Coordenação de vigilância em saúde e Atenção Básica Secretaria municipal de saúde/ Secretaria municipal de educação /Associações comunitárias 03 meses Equipe e Coordenador responsável pelo NES já definida para iniciar as atividades Implantar o NES- Municipal Definir cronograma das atividades e conteúdos das palestras a serem realizadas nas respectivas localidades prioritárias
  • 25. 25 OBJ-6 Estruturar o núcleo de entomologia com recursos humanos disponíveis e realizar treinamentos através de cursos de entomologia oferecidos pelo estado Definir por meio de planejamento a logística necessária para desenvolver as atividades de entomologia no município Implementar atividades de monitoramento entomológico nas localidades com maior transmissão de malária Recurso a definir Coordenador de vigilância em saúde Secretaria municipal de saúde e Coordenação estadual do programa de malaria e Núcleo de entomologia estadual 04 meses Projeto de implantação em andamento com data de inicio das atividades estabelecidas no segundo trimestre de 2016 OBJ-7 Promover a integração efetiva entre as ações de vigilância epidemiológica e Atenção básica Promover oficinas e reuniões entre gestor, coordenadores, ACS e ACE para pactuar as ações de controle da malária no município Realizar atividades de controle e prevenção da malária em parceria com os ACS e posteriormente promover reuniões entre ambas as coordenações para avaliar os impactos das ações Não é necessário recurso financeiro Coord. De Vigilância em saúde Atenção Básica e Secretaria Municipal de saúde 2 meses Gestão em saúde cada vez mais fortalecida e melhor desempenho das atividades pactuadas entre coordenação de vigilância em saúde e Atenção básica
  • 26. 26 OBJ-8 Ampliar a rede de diagnóstico para malária do município Articular junto a secretaria municipal de saúde a viabilidade de expandir a rede de postos notificantes em pontos estratégicos Identificar a infra-estrutura para implantação de novos PNs e disponibilizar treinamento para microscopistas atuarem nessas áreas. Recursos financeiros a definir e será necessário para estruturar o espaço onde funcionará o PN. Coord. De Vigilância em saúde Atenção Básica e Secretaria Municipal de saúde 6 meses Maior assistência e cobertura da oferta de diagnóstico e tratamento da malária para a população
  • 27. 27 10- RESULTADOS ESPERADOS  A redução dos casos de malária e percentual de recidivas;  Melhor direcionamento das atividades de controle e prevenção da malária;  Sensibilização dos gestores municipais frente às diretrizes do programa municipal de controle da malária.  Fortalecimento da integração entre vigilância em saúde e atenção básica  Ampliação da rede de diagnóstico e oferta de tratamento para malária  Maior agilidade no processo de manutenção de carros e motos para locomover as equipes paras as áreas prioritárias  Implantação do núcleo de entomologia para o monitoramento, direcionamento e avaliação das ações de controle vetorial.  Implantação do núcleo de educação e mobilização social.
  • 28. 28 11- CONCLUSÃO O PES possibilitou a identificação da problemática existente, assim como nos proporcionou organizar e melhor direcionar as ações da forma como tem que ser o plano de intervenção para alcançar a situação ideal através de uma série de estratégias primordiais para o alcance das metas e objetivos propostos. Portanto, espera-se que a aplicação das ferramentas estabelecidas no PES, possa intervir positivamente e significamente nos resultados inerentes ao controle e comportamento da malaria no município de Rorainópolis no ano vigente de 2016.
  • 29. 29 12- REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Atanaka-Santos M, Czeresnia D, Souza-Santos R, Oliveira RM. Comportamento epidemiológico da malária no Estado de Mato Grosso, 1980-2003. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 39:187-192, 2006. 2. Artmann E. O planejamento estratégico situacional no nível local: um instrumento a favor da visão multissetorial.Cadernos da Oficina Social 3: Série Desenvolvimento Local. Rio de Janeiro: Coppe/UFRJ; 2000 3. Cordeiro CES, Filomeno CRM, Costa CMA, Couto AARA. Perfil epidemiológico da malária no Estado do Pará, em 1999, com base numa série histórica de dez anos (1980-1999). Informe Epidemiológico do Sistema Único de Saúde 11:69-77, 2002. 4. FREITAS, Aimberê. Estudos Sociais - RORAIMA: Geografia e História. 1 ed. São Paulo: Corprint Gráfica e Editora Ltda., 1998. 83 p. ISBN 34523432 5. Ministério da Saúde (BR). Serviço de Vigilância Epidemiológica da Malária. Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica – SIVEP- Malária; 2015. Disponível em: http://portal web04.saude.gov.br/sivep_malaria/. Acesso em 08 de abril de 2016. 6. Oliveira Junior JG. Análise da distribuição da malária na Amazônia brasileira, enfoque municipal. Dissertação de Mestrado. Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2001. 7. World Health Organization. World Malaria Report 2009. Disponível em: http://whqlibdoc.who.int/publications/2009/9789241563901_eng.pdf. Acessado 05 de Novembro de 2015.