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computadores
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Manutenção de
Computadores
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Robson Braga de Andrade
Presidente
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor de Educação e Tecnologia
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI
Conselho Nacional
Robson Braga de Andrade
Presidente
SENAI – Departamento Nacional
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor-Geral
Gustavo Leal Sales Filho
Diretor de Operações
Série telecomunicações
Manutenção de
Computadores
SENAI
Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial
Departamento Nacional
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Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto
Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317-
9001 Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
© 2012. SENAI – Departamento Nacional
© 2012. SENAI – Departamento Regional de Santa Catarina
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecâ-
nico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por
escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI de
Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por
todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
SENAI Departamento Nacional
Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP
SENAI Departamento Regional de Santa Catarina
Núcleo de Educação – NED
FICHA CATALOGRÁFICA
_________________________________________________________________________
S491m
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional.
Manutenção de computadores / Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional, Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina.
Brasília : SENAI/DN, 2012.
117 p. : il. (Série Telecomunicações).
ISBN 978-85-7519-627-4
1. Computadores – Manutenção e reparos. 2. Arquitetura de
computadores. 3. Montagem (Computadores). I. Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina.
II. Título. III. Série.
CDU: 004.3
_____________________________________________________________________________
Lista de ilustrações
Figura 1 -  Microcomputador.........................................................................................................................................16
Figura 2 -  Máquina pascalina........................................................................................................................................16
Figura 3 -  Máquina diferencial .....................................................................................................................................17
Figura 4 -  MARK I...............................................................................................................................................................17
Figura 5 -  MARK I e ENIAC .............................................................................................................................................18
Figura 6 -  Representação de uma CPU......................................................................................................................24
Figura 7 -  Barramento......................................................................................................................................................26
Figura 8 -  Barramentos do computador 1................................................................................................................27
Figura 9 -  Barramentos do computador 2................................................................................................................28
Figura 10 -  Processadores..............................................................................................................................................29
Figura 11 -  Memória cache L2 dentro do processador........................................................................................30
Figura 12 -  Processador com dois núcleos...............................................................................................................31
Figura 13 -  Placa-mãe......................................................................................................................................................36
Figura 14 -  Portas da placa-mãe..................................................................................................................................37
Figura 15 -  Soquete do processador..........................................................................................................................37
Figura 16 -  Soquete LGA: Soquete 1366 (para processadores atuais da Intel)...........................................38
Figura 17 -  Soquete ZIF: Soquete AM3 (para processadores atuais da AMD).............................................38
Figura 18 -  Slots de memória DIMM1.........................................................................................................................39
Figura 19 -  Placa-mãe e seus chipsets (norte – northbridge e sul – southbridge)........................................40
Figura 20 - Slots PCI-e e PCI...........................................................................................................................................40
Figura 21 -  Teste de inicialização (POST) 1...............................................................................................................41
Figura 22 -  Bateria da BIOS e jumper para reset......................................................................................................42
Figura 23 -  Conector ATX de 24 pinos.......................................................................................................................43
Figura 24 -  Conector auxiliar de 4 pinos...................................................................................................................43
Figura 25 -  Interface IDE/PATA......................................................................................................................................44
Figura 26 -  Interface SATA..............................................................................................................................................44
Figura 27 -  Interface do drive de disquetes FDD (floppy disk drive).................................................................45
Figura 28 -  Barramentos.................................................................................................................................................48
Figura 29 -  Slot PCI............................................................................................................................................................49
Figura 30 -  Slot AGP..........................................................................................................................................................49
Figura 31 -  Slots PCI-e 16X (superior) e 1X (inferior).............................................................................................50
Figura 32 -  Conectores USB encontrados no mercado ......................................................................................52
Figura 33 -  Placa-mãe ATX.............................................................................................................................................53
Figura 34 -  Conector da fonte ATX e reforço de corrente...................................................................................54
Figura 35 -  Ligação direta e tensões da fonte ATX................................................................................................54
Figura 36 -  Gabinete ATX................................................................................................................................................55
Figura 37 -  Memória SIMM 30 vias..............................................................................................................................57
Figura 38 -  Memória SIMM 72 vias..............................................................................................................................57
Figura 39 -  Memórias DIMM 168 vias.........................................................................................................................58
Figura 40 -  Tipos de memória SODIMM....................................................................................................................59
Figura 41 -  Memória ROM..............................................................................................................................................60
Figura 42 -  Posição dos chanfros.................................................................................................................................65
Figura 43 -  HD.....................................................................................................................................................................67
Figura 44 -  HD 80 Seagate.............................................................................................................................................68
Figura 45 -  Cabo IDE de 80 vias e cabo SATA...........................................................................................................69
Figura 46 -  Conectores SATA e IDE..............................................................................................................................70
Figura 47 -  Conector SATA.............................................................................................................................................70
Figura 48 -  CD-ROM..........................................................................................................................................................72
Figura 49 -  DVD..................................................................................................................................................................73
Figura 50 -  Mídia Blu-Ray de 200 GB...........................................................................................................................75
Figura 51 -  Placa de vídeo do início dos anos 2000..............................................................................................76
Figura 52 -  Conexões S-Vídeo, DVI e VGA.................................................................................................................76
Figura 53 -  Duas placas ATI X1950 em modo Crossfire........................................................................................77
Figura 54 -  Placa de som.................................................................................................................................................78
Figura 55 -  Pulseira antiestática...................................................................................................................................84
Figura 56 -  Manuseio correto de placas....................................................................................................................85
Figura 57 -  Manuseio incorreto de placas................................................................................................................85
Figura 58 -  Manuseio incorreto....................................................................................................................................86
Figura 59 -  Placa-mãe......................................................................................................................................................87
Figura 60 -  Abrindo a trava e a tampa do soquete...............................................................................................87
Figura 61 -  Instalação do processador no soquete 775......................................................................................88
Figura 62 -  Travando a tampa do soquete 775.......................................................................................................89
Figura 63 -  Processador com pasta térmica.............................................................................................................89
Figura 64 -  Inserindo o cooler.....................................................................................................................................90
Figura 65 -  Conector do cooler do processador.....................................................................................................90
Figura 66 -  Conectando coolers de 3 ou 4 pinos a placa-mãe..........................................................................91
Figura 67 -  Instalando módulo de memória...........................................................................................................91
Figura 68 -  Instalação da fonte de alimentação.....................................................................................................92
Figura 69 -  Parafuso de rosca grossa..........................................................................................................................93
Figura 70 -  Parafuso rosca fina......................................................................................................................................93
Figura 71 -  Furação placa-mãe.....................................................................................................................................94
Figura 72 -  Fixando a placa-mãe dentro do gabinete..........................................................................................94
Figura 73 -  Pinos de conexão da placa-mãe no painel frontal do gabinete................................................95
Figura 74 -  Esquema de botões e leds do gabinete.............................................................................................95
Figura 75 -  Fios que fazem ligação do painel frontal à placa-mãe..................................................................96
Figura 76 -  Painel frontal conectado à placa-mãe.................................................................................................97
Figura 77 -  Instalando o disco rígido..........................................................................................................................97
Figura 78 -  Cabo SATA de 7 pinos................................................................................................................................98
Figura 79 -  Instalando o drive de DVD.......................................................................................................................98
Figura 80 -  Instalando a placa de vídeo....................................................................................................................99
Figura 81 -  Conector auxiliar de 4 pinos................................................................................................................100
Figura 82 -  Conector de ATX de 24 pinos..............................................................................................................100
Figura 83 -  Placa-mãe alimentada com os dois conectores de energia.....................................................100
Figura 84 -  Conector de energia SATA 15 pinos..................................................................................................101
Figura 85 -  Micro inicializando POST.......................................................................................................................102
Figura 86 -  Tela Boot do BIOS.....................................................................................................................................105
Figura 87 -  Mudando a sequência de boot (Boot Device Priority).................................................................106
Figura 88 -  Configurações de segurança do BIOS..............................................................................................107
Figura 89 -  Aba Exit do BIOS.......................................................................................................................................107
Figura 90 -  Resetando o BIOS....................................................................................................................................110
Quadro 1 - Matriz curricular............................................................................................................................................13
Tabela 1 - Sufixos................................................................................................................................................................20
Tabela 2 - Processadores Intel........................................................................................................................................31
Tabela 3 - Taxas de velocidades dos barramentos.................................................................................................50
Tabela 4 - Taxas de transferência USB.........................................................................................................................52
Tabela 5 - Potência dos dispositivos............................................................................................................................56
Tabela 6 - Taxa de transferência....................................................................................................................................63
Tabela 7 - Nomenclatura e taxa de transferência...................................................................................................64
Tabela 8 - Taxa de transferência das memórias.......................................................................................................66
Sumário
1 Introdução.........................................................................................................................................................................13
2 História do Computador..............................................................................................................................................15
2.1 Evolução dos computadores....................................................................................................................16
2.2 Sistema de numeração...............................................................................................................................19
2.2.1 Unidades de grandeza na informática...............................................................................19
3 Arquitetura de Computadores...................................................................................................................................23
3.1 Processadores................................................................................................................................................24
3.1.1 Arquitetura dos processadores e barramentos...............................................................25
3.1.2 Frequência do processador....................................................................................................28
3.1.3 Memória cache............................................................................................................................29
3.1.4 Tecnologia de múltiplos núcleos..........................................................................................30
3.1.5 Instalação de processadores..................................................................................................31
3.2 Placa-mãe........................................................................................................................................................35
3.2.1 Portas de entrada e saída........................................................................................................36
3.2.2 Soquete para processador......................................................................................................37
3.2.3 Slots de memória........................................................................................................................38
3.2.4 Chipset............................................................................................................................................39
3.2.5 Slots PCI e PCI Express...............................................................................................................40
3.2.6 ROM BIOS......................................................................................................................................41
3.2.7 Conector de energia.................................................................................................................42
3.2.8 Interface IDE/PATA.....................................................................................................................43
3.2.9 Interface SATA.............................................................................................................................44
3.2.10 Conector floppy disk...............................................................................................................45
3.2.11 Placas-mãe com dispositivos on-board e off-board....................................................45
3.3 Barramentos...................................................................................................................................................47
3.3.2 Barramento PCI...........................................................................................................................49
3.3.3 Barramento AGP.........................................................................................................................49
3.3.4 Barramento PCI Express............................................................................................................50
3.3.5 Barramento USB.........................................................................................................................51
3.4 Padrão ATX de gabinetes e fontes..........................................................................................................53
3.4.1 Placa-mãe ATX ...........................................................................................................................53
3.4.2 Fonte ATX......................................................................................................................................54
3.4.3 Gabinete ATX...............................................................................................................................55
3.5 Memórias.........................................................................................................................................................56
3.5.1 Tipos de encapsulamentos.....................................................................................................56
3.5.2 Memória ROM.............................................................................................................................59
3.5.3 Memória RAM..............................................................................................................................60
3.5.4 Memória SDRAM SDR...............................................................................................................61
3.5.5 Memória SDRAM DDR..............................................................................................................61
3.5.6 Memória DDR2............................................................................................................................63
3.5.7 Memória DDR3............................................................................................................................64
3.6 Unidades de disco magnético.................................................................................................................66
3.6.1 A história do HD.........................................................................................................................66
3.6.2 As partes principais de um HD..............................................................................................67
3.6.3 Padrão IDE....................................................................................................................................68
3.6.4 Padrão SATA.................................................................................................................................69
3.6.5 Tecnologia RAID.........................................................................................................................71
3.7 Unidades de discos ópticos......................................................................................................................71
3.7.1 Unidades de CD..........................................................................................................................71
3.7.2 Unidades de DVD.......................................................................................................................73
3.7.3 HD-DVD.........................................................................................................................................74
3.7.4 Blu-Ray...........................................................................................................................................74
3.8 Placas de expansão......................................................................................................................................75
3.8.1 Placas de vídeo...........................................................................................................................75
3.8.2 Placa de som................................................................................................................................77
4 Procedimento de Montagem de Computadores................................................................................................81
4.1 Cuidados com componentes internos.................................................................................................82
4.1.1 Eletricidade estática..................................................................................................................82
4.2 Manuseando as peças................................................................................................................................84
4.2.1 Manuseio dos componentes de hardware.......................................................................84
4.3 Montando o primeiro computador.......................................................................................................86
4.4 Configurando o BIOS...............................................................................................................................102
4.4.1 Como configurar ....................................................................................................................103
4.4.2 Procedimento para reset do BIOS......................................................................................108
Referências.........................................................................................................................................................................113
Minicurrículo dos Autores............................................................................................................................................115
Índice...................................................................................................................................................................................117
1
Olá, caro aluno!
Seja bem-vindo à unidade curricular Manutenção de Computadores! A partir de agora, você
é convidado a conhecer a história da computação, os componentes do computador, os concei-
tos de sistemas operacionais, e saberá como instalar um sistema operacional, montar e reparar
microcomputadores, além de ver conceitos de redes de computadores.
Esperamos que o conteúdo desta unidade curricular atenda a suas expectativas e que você
adquira conhecimentos que possa utilizar em sua vida profissional. Para o profissional, é im-
portante estar preparado tanto nas competências técnicas como nas relacionais, para poder
atuar pró-ativamente, conduzindo as pessoas com as quais trabalha a excelentes resultados e
à satisfação profissional.
A seguir, são descritos na matriz curricular os módulos e as unidades curriculares previstos
e as respectivas cargas horárias.
Instalador e reparador de redes de computadores
Módulos
Denomi-
nação
Unidades Curriculares
Carga
Horária
Carga
Horária
Módulo
Específico
Único
Único
•	Eletroeletrônica 30 h
220 h
•	Cabeamento Estruturado 40 h
•	Instalação de Redes Locais 30 h
•	Manutenção de Computadores 60 h
•	Instalação de Sistemas Operacionais Desktop e Aplicativos 60 h
Quadro 1 - Matriz curricular
Fonte: SENAI DN
Agora, você é convidado a trilhar os caminhos do conhecimento. Faça deste processo um
momento de construção de novos saberes, onde teoria e prática devem estar alinhadas para o
seu desenvolvimento profissional.
Bons estudos!
Introdução
2
História do Computador
Já houve um tempo em que os computadores eram enormes. Com o passar dos anos, fo-
ram diminuindo e se tornando cada vez mais fáceis de manusear. Não só por fora! A melhoria
também avançou pela área interna dos computadores. Desde sistemas como o MS-DOS até os
famosos Windows, utilizados atualmente, a evolução das máquinas alcançaram o mundo todo.
Hoje, dificilmente encontra-se um local sem computador. Ele está nas empresas, lares, escolas,
universidades e por todos os lugares. Neste capítulo você vai estudar a história do computador.
Vamos ver agora alguns objetivos de aprendizagem desta seção. Acompanhe:
a) estudar a evolução dos computadores;
b) conhecer fatos e personagens marcantes da história dos computadores;
c) verificar os sistemas de numeração da informática.
A partir de agora, dedique-se ao estudo, lembrando que motivação e comprometimento
são fundamentais para uma aprendizagem significativa e prazerosa. Pronto para conhecer a
história do computador? Vamos lá!
Manutenção de Computadores
16
2.1 Evolução dos computadores
O computador é uma máquina constituída por componentes e circuitos ele-
trônicos, capaz de receber, armazenar, processar e transmitir dados e informa-
ções. De modo geral, ele tem como função receber dados, processá-los e, por
fim, fornecer uma saída, que pode ser um resultado na tela ou uma página na
impressora.
Dreamstime
(2012)
Figura 1 -  Microcomputador
Os computadores passaram por um processo evolutivo muito extenso até
chegarem aos modelos que se conhecem hoje em dia. Para iniciar o estudo, é
importante que você saiba que, ao francês Blaise Pascal, é creditada uma das
maiores contribuições para a evolução da computação. Foi por volta de 1642 que
ele inventou a primeira calculadora mecânica de que se tem notícia, a chamada
máquina pascalina, que você pode observar a seguir.
David
Monniaux
(2005)
Figura 2 -  Máquina pascalina
Mais adiante, em 1822, o cientista inglês Charles Babbage construiu um mode-
lo do que viria a ser a máquina diferencial, composta de rodas movidas por meio
de uma manivela. Prosseguindo com seus trabalhos, Babbage projetou a máqui-
na analítica, composta por uma unidade central de processamento, dispositivos
de entrada e saída e, ainda, dotada de uma capacidade de armazenar números.
Essa máquina possuía um mecanismo tão complexo que não pôde ser construída
pelo próprio cientista.
2 História do Computador
17
VOCÊ
SABIA?
Blaise Pascal inventou a calculadora mecânica em 1642.
Ele concebeu a ideia ao tentar ajudar seu pai, a quem
tinha sido atribuída a tarefa de reorganizar as receitas
fiscais da província francesa de Haute-Normandie. Sua
primeira calculadora foi chamada de calculadora de
Pascal e, posteriormente, pascaline, que poderia somar
e subtrair dois números diretamente e multiplicar e divi-
dir pela repetição.
SENAI
(2012)
Figura 3 -  Máquina diferencial
Durante a Segunda Guerra Mundial, a IBM (International Business Machines),
em parceria com a Marinha norte-americana, patrocinou o projeto de um estu-
dante de Harvard. Desse projeto, nasceu o computador eletromecânico (consti-
tuído por relés), denominado MARK I. A primeira máquina totalmente eletrônica,
no entanto, foi lançada em 1943. Ela foi projetada pelo matemático Allan Turing
e foi batizada de Colossus.
SENAI
(2012)
Figura 4 -  MARK I
Manutenção de Computadores
18
Anos mais tarde, surgiu o ENIAC (Electronic Numerical Interpreter and Calculator),
desenvolvido na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos. Tratava-se do pri-
meiro computador digital de grande porte, composto por 17 mil válvulas, medindo
5,5 metros de altura por 25 metros de comprimento e pesando 30 toneladas.
Dreamstime
(2012)
Figura 5 -  MARK I e ENIAC
Nas quatro décadas seguintes, o processo evolutivo continuou, mas não mais
com o uso de mecanismos complexos ou por meio de dispositivos eletromecâ-
nicos. Nesse período, houve um grande progresso na área de eletrônica, o que
possibilitou o aposento da válvula e a utilização de transistores e, posteriormente,
de circuitos integrados ou chips. Como símbolos dessa época, podem-se citar os
lançamentos do TX-0, pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), em
1946; do IBM 1401 e do IBM 360, na década de 1960; do PDP 11, em 1970; do Altair
8800, já baseado em um processador Intel, e o 8080, em 1975. Mais adiante, em
1979, o Atari 800 tornava-se popular.
Mas foi em 1981 que a história do computador começou a mudar. Nesse ano, a
IBM lançou o IBM-PC, um computador dotado de um processador Intel (8088) de
8 bits, voltado ao uso pessoal. Mais tarde, esses equipamentos passaram a adotar
o sistema operacional da recém-criada Microsoft, o MS-DOS. Visando o mercado
em expansão, em 1984 a Apple Computers lançou o Macintosh, um computador
com arquitetura interna distinta daquela do IBM-PC, e com um grande diferencial:
o sistema operacional, desenvolvido com interface gráfica, possibilitava o uso do
mouse para acionar ícones na tela, o que representou uma revolução para a época.
A partir de então, a história já fica muito mais próxima dos usuários domés-
ticos. Depois do IBM-PC, a Intel passou a dominar o mercado de processadores,
2 História do Computador
19
fornecendo CPUs para os maiores fabricantes de computadores. Foi assim com
o Intel 80286, 80386, 80486, Pentium, Pentium II, Pentium III, Pentium IV, Core 2
Duo, Core 2 Quad e Intel I7.
FIQUE
ALERTA
O mercado da computação se atualiza muito rápido e
constantemente. Por isso, é importante que você procure
se manter a par das novidades e, de preferência, busque
aprimorar os conhecimentos em relação aos avanços. Fi-
que atento aos lançamentos dos fabricantes de hardware e
software para não ficar parado no tempo.
2.2 Sistema de numeração
Você sabia que o sistema de numeração mais difundido na matemática é o
decimal? É verdade! Por esse motivo, fica fácil compreender que ele é composto
por dez símbolos (de 0 a 9). Como ele é utilizado frequentemente, também se
presume que você saiba que com dois dígitos decimais é possível fazer cem com-
binações distintas, de 00 a 99. Quando se trata de informática, no entanto, é um
pouco diferente.
Os sistemas de numeração utilizados na informática são o binário (composto
por dois símbolos: 0 e 1) e o hexadecimal (composto por 16 símbolos: de 0 a 9 e
de A a F). Como os equipamentos eletrônicos normalmente trabalham com os es-
tados “ligado” ou “desligado”, adotou-se o sistema binário para representar esses
estados, onde “0” equivale ao estado desligado e “1” equivale ao estado ligado.
Os números binários também são usados para representar caracteres. Para cada
caractere digitado em um editor de texto, por exemplo, existe uma sequência de
oito dígitos binários que o representa. Com relação aos números hexadecimais,
diz-se que são usados para representar endereços ou posições na memória do
computador.
Preparado para seguir o estudo? Pois saiba que este assunto não para por aqui.
A seguir, você verá as unidades de grandeza na informática.
2.2.1 Unidades de grandeza na informática
Cada sistema de numeração permite um determinado número de combina-
ções a cada grupo de dígitos. Com quatro dígitos binários, por exemplo, é pos-
sível formar 16 combinações. Já com 5 dígitos, você poderia formar 32 combina-
ções. Esse cálculo é obtido elevando-se a base 2 ao número de dígitos. Observe a
fórmula a seguir:
Manutenção de Computadores
20
24 = 16, 25 = 32, 210 = 1.024
Para representar essas grandezas, existem os sufixos. O sufixo K (quilo), que em
decimal representa mil vezes (como em quilo, quilômetro), em binário representa
210 vezes (1.024). Logo, um quilobyte (1 KB) representa 1.024 bytes, conforme a
tabela a seguir.
Tabela 1 - Sufixos
Sufixo Potência Quantidade
Quilo (K) 210
1.024
Mega (M) 220
1.048.576
Giga (G) 230
1.073.741.824
Tera (T) 240
1.099.511.627.776
Peta (P) 250
1.125.899.906.843.620
Exa (E) 260
1.152.921.504.607.870.000
Zetta (Z) 270
1.180.591.620.718.450.000.000
Yotta (Y) 280
1.208.925.819.615.700.000.000.000
Com a popularização das memórias e dos discos rígidos com valores na casa
dos gigabytes, é comum que você ouça pessoas falando em algo como 2 “gigas”
de memória, 500 “gigas” de HD etc. A pergunta é: está correto usar o plural nesses
casos ou o certo é usar o singular, como 2 giga ou 500 giga? O que você acha?
É importante destacar que “giga” é apenas a grandeza, o fator multiplicador.
A unidade de medida de espaço em memória é o byte; este, sim, vai para o plural
(2 bytes, por exemplo). Assim, se você quer usar o plural, use a grandeza e as uni-
dades juntas, ou seja, 2 gigabytes. Ao usar apenas a grandeza, esta não vai para o
plural, sendo obrigatório o uso do singular, ou seja, 2 giga ou 500 giga.
2 História do Computador
21
RECAPITULANDO
Neste capítulo você estudou a evolução dos computadores. No trajeto de
sua aprendizagem, você viu importantes fatos que marcaram a história
da computação e personagens que influenciaram a evolução dos compu-
tadores até os dias atuais. Outro assunto importante que você conheceu
foram os sistemas de numeração utilizados na informática, bem como as
unidades de grandeza empregadas nessa área. No próximo capítulo você
vai absorver ainda mais conhecimento, pois trataremos da arquitetura dos
computadores. Siga em frente!
3
Arquitetura de Computadores
Certamente você já utilizou ou utiliza com frequência um computador, certo? E já parou
para pensar sobre o funcionamento e os componentes dos computadores? Pois esse será o
assunto que você estudará a partir de agora. Neste item, você vai:
a) identificar as peças que fazem parte da estrutura de um computador;
b) conhecer e entender a função das peças que integram a máquina.
Manutenção de Computadores
24
3.1 Processadores
Toda a atividade de um computador pode ser definida por um modelo bastan-
te simples, conhecido como ENTRADA - PROCESSAMENTO - SAÍDA. Nesse univer-
so, é fácil identificar a atividade central – o processamento, que, como você viu
anteriormente, será o tema central deste capítulo. Na etapa de processamento,
são executadas todas as operações da máquina, como acesso a discos rígidos e
memórias, cálculos etc. Pois saiba que quem realiza essa atividade é o processa-
dor, o componente principal de um computador, popularmente conhecido como
o “cérebro da máquina”.
VOCÊ
SABIA?
Todas as tarefas de um computador têm a participação
do processador como, por exemplo, a execução de jo-
gos, músicas, acesso à internet e aos mais variados pro-
gramas. Enfim, tudo passa por ele.
Em outra classificação, o processador também recebe o nome de CPU (Central
ProcessingUnit – Unidade Central de Processamento). Trata-se de um chip respon-
sável por buscar e executar instruções presentes na memória do computador. Es-
sas instruções (processos) consistem em operações matemáticas e lógicas, além
de operações de busca, leitura e gravação de dados. Para reforçar esses conceitos,
vale conhecer o que Brain (2000) apresenta como uma representação de uma
CPU. Veja:
Beatriz
Cascaes
(2012)
Figura 6 -  Representação de uma CPU
O primeiro microprocessador utilizado em um computador pessoal foi o Intel
8080, lançado em 1974, capaz de executar instruções de 8 bits. Mesmo sendo o
3 Arquitetura de Computadores
25
primeiro, o 8080 não foi muito popular na época, fator reservado ao Intel 8088,
lançado em 1979 e incorporado a um PC IBM – comercializado a partir de 1981.
A partir do lançamento do IBM-PC, o computador pessoal ficou bastante conhe-
cido e desejado por muitos consumidores. A Intel, de olho nesse mercado, não
parou de pesquisar e evoluir, lançando (em espaços de tempo cada vez menores)
processadores mais modernos e velozes. Com isso, surgiram o 80286, depois o
80386, 80486, Pentium, Pentium II, Pentium III e Pentium IV, Celeron, Xeon, Ita-
nium, Core, Core Duo, Core 2 Duo, Core Quad, Core 2 Quad, i3, i5 e i7. Todos foram
produzidos pela Intel e são melhorias do design básico do 8088. Isso tratando
apenas de Intel. Seu principal concorrente, a AMD, evoluiu paralelamente, com os
286, 386, 486, 586, K5, K6, K6-2, K6-3, Athlon, Duron, Athlon XP, Sempron, Athlon
64, Athlon 64 x2, Phenom, Phenom x3, Phenom x4, Phenom II x2, Phenom II x3,
Phenom II x4, Phenom II x6 e Turion.
A evolução dos processadores foi prevista por Gordon Moore, fundador da In-
tel, que em abril de 1965 publicou um artigo científico na Electronic Magazine,
dizendo que o poder de processamento dos chips teria um aumento de 100% a
cada período de 18 meses. Essa previsão ficou conhecida como Lei de Moore.
Mas não existe uma maneira absoluta para determinar a capacidade de um
processador. É necessário avaliar uma série de fatores, como sua arquitetura in-
terna, o número de núcleos, a velocidade de operação (clock interno e externo), a
capacidade de armazenamento da sua memória cache, o número de bits internos
e externos, o tamanho dos barramentos de dados e endereços. Enfim, é preciso
conhecer completamente as suas especificações técnicas. Para tornar essa tarefa
mais fácil, a partir de agora você estudará alguns dos fatores capazes de mensurar
a capacidade (e o preço) de um processador.
3.1.1 Arquitetura dos processadores e barramentos
Na atualidade, é muito comum encontrar computadores na maioria das ca-
sas. Com essa popularização, é natural que pessoas que não conhecem a fundo a
tecnologia cometam alguns erros. Por exemplo: é comum chamar de CPU a parte
que fica embaixo do monitor, onde você conecta todos os periféricos.
E, então, essa nomenclatura é certa ou errada? O que você acha? É errada. Ape-
sar de ser bastante popular, essa nomenclatura não é a correta, visto que CPU é a
abreviatura em inglês para Unidade Central de Processamento – ou seja, o “pro-
cessador”, conforme você estudou anteriormente. Nesse caso, você deve chamar
a referida parte de gabinete. Sim, esse é o nome correto!
Entre outras partes, a CPU é composta internamente por duas subunidades
principais: a ALU (Arithmetic Logic Unit – Unidade Lógica e Aritmética), respon-
sável pela execução das operações lógicas e aritméticas e tomadas de decisão; e
Manutenção de Computadores
26
pela CU (Control Unit – Unidade de Controle), responsável pelos sinais de controle
do computador. Além das duas unidades básicas, a CPU é composta também por
barramento interno, registradores, unidade de decodificação e pelas caches de
instruções e de dados. Para compor essas unidades, os processadores são pro-
duzidos sobre uma pastilha de silício. Essa pastilha é composta por várias “micro-
chaves”, chamadas de transistores. Você já ouviu falar neles? Pois saiba que são os
responsáveis por permitir a lógica de execução das instruções.
FIQUE
ALERTA
Quanto mais transistores houver na pastilha, maior será a
capacidade de processamento da CPU.
Além da CPU, existem outros componentes necessários ao funcionamento
pleno do computador, que são os periféricos de entrada e saída (em inglês, uti-
liza-se a sigla I/O, de input/output). Como exemplos de dispositivos de entrada,
podem-se citar: teclado, mouse, scanner etc. Já os dispositivos de saída podem
ser: placa de vídeo, de som, monitor etc.
Esses dispositivos utilizam barramentos para se comunicar com a CPU. Assim,
quando for necessário gravar um arquivo no disco rígido ou ler as informações
vindas do teclado, é por meio dos barramentos que os dados chegarão ao proces-
sador para serem tratados.
SENAI
(2012)
Figura 7 -  Barramento
Todas essas informações trafegam por um barramento rápido e eficiente, liga-
do diretamente ao processador, chamado de barramento local. Este barramento
também é chamado de Front Side Bus (FSB) que, em uma tradução literal, significa
barramento frontal, por situar-se diretamente à frente do processador. O FSB é o
barramento que faz a ligação entre processador e memórias RAM. Um diagrama
3 Arquitetura de Computadores
27
em blocos da arquitetura de um PC é mostrado na figura a seguir. O barramento
local, por sua vez, é dividido em três partes distintas. Acompanhe, a seguir, os
barramentos e as suas funções específicas.
CPU RAM
Dispositivo E/S
externos
RAM
Cache
Barramento E/S
Interface
Barramento local
Thiago
Rocha
(2012)
Figura 8 -  Barramentos do computador 1
a) Barramento de dados: o barramento de dados é o mais importante dos três,
pois é por ele que as informações propriamente ditas trafegam, em forma de
sinais digitais, lidos pelo software como bits. Os processadores atuais traba-
lham com 64 bits. Fazendo uma analogia, é como se houvesse uma rodovia
com várias pistas. O número de pistas é o número de bits do barramento e a
velocidade com a qual eles trafegam é chamada de frequência do FSB. Como
exemplo, pode-se citar um processador Pentium IV de 3 GHz – FSB 400 MHz,
que tem 64 vias no barramento externo por onde os dados trafegam a 400
MHz (na verdade, a frequência real não é esta, mas isso você estudará mais
adiante). Processadores mais modernos podem ter a velocidade do FSB mais
alta, como 1.066 MHz, 1.333 MHz, 1.600 MHz e superiores.
b) Barramento de endereços: as informações que trafegam no barramento de
dados provêm de algum lugar e devem ser depositadas em algum destino.
Pois bem, o local na memória onde o processador vai buscar a informação
ou onde ele vai gravá-la é fornecido pelo barramento de endereços.
c) Barramento de controle: você já sabe que as informações trafegam pelo bar-
ramento de dados e serão buscadas ou escritas na memória, no local indica-
do pelo barramento de endereços. Mas como saber se a operação é de lei-
tura ou de escrita? Bem, essa função é reservada ao barramento de controle.
Manutenção de Computadores
28
A seguir você pode observar uma figura que ilustra os três barramentos e seu
acesso à memória RAM, assunto que vamos ver mais adiante. Note que os barra-
mentos de controle e de endereços apenas saem da CPU em direção à memória.
Local de memória 0
Local de memória 1
Local de memória 2
Registro 1
Registro 2
Registro 3
Linhas de controle
R/W
(ler/escrever)
Local de memória 14
Local de memória 15
Memória
.
.
.
.
.
.
CPU
Dados
Endereços
Thiago
Rocha
(2012)
Figura 9 -  Barramentos do computador 2
3.1.2 Frequência do processador
Quando se fala sobre barramento de dados, vale lembrar, como exemplo, do
Pentium IV, 3 GHz – FSB 400 MHz. Nele aparecem dois valores, ambos utilizando
o Hertz (Hz), que é a unidade de medida de frequência. Sendo que 1 Hz significa
uma oscilação de 1 ciclo por segundo, 1 KHz seriam 1.000 ciclos por segundo, e
assim por diante. Mas por que na especificação aparecem dois valores? É o que
você verá nos tópicos a seguir.
a) Clock interno: indica a velocidade de execução das operações. No exemplo,
constata-se que o processador é capaz de executar 3 bilhões de ciclos em
um segundo.
b) Clock externo: trata da velocidade ou frequência com que os dados trafe-
gam no barramento local. É também chamado de frequência do Front Side
Bus (FSB) e indica a velocidade na troca de dados entre memória, chipset e
processador. No exemplo, o FSB 400 MHz indica o clock externo, ou seja, a
frequência do barramento externo, que é dada de acordo com cada modelo
de processador.
3 Arquitetura de Computadores
29
AMD
e
Intel
(2012)
Figura 10 -  Processadores
Ainda a esse respeito, vale citar que ao longo da evolução dos processadores,
algumas tecnologias foram e continuam sendo desenvolvidas, a fim de melhorar
o desempenho das CPUs. Assim como o Hyper-Transport da AMD (que usa dois
barramentos para comunicação externa: um para acesso à memória e outro para
acesso ao chipset), em que o controle da memória é feito pelo processador, não
mais pelo chipset. A Intel desenvolveu o Hyper-Threading e, recentemente, fabrica
processadores com a tecnologia Dual Core, Quad Core e mais recentemente Six
Core. Outras tecnologias desenvolvidas por esses fabricantes permanecem até
hoje embutidas nos núcleos de seus processadores, tais como o MMX e o 3DNOW.
3.1.3 Memória cache
Um dos fatores de maior relevância no desempenho final dos processadores
é, sem dúvida, o tamanho da memória cache. Você sabe o que é? Trata-se de uma
memória estática, constituída por circuitos eletrônicos muito rápidos chamados
flip-flops. A memória principal do computador é constituída por circuitos capaciti-
vos, que demoram certo tempo para fazer a carga e descarga, o chamado tempo
de refresh. No caso da cache, esse tempo não existe, conferindo a ela um desem-
penho muito superior.
Como você pôde perceber, quanto maior a quantidade de memória cache,
mais instruções e dados serão trazidos para ela, diminuindo o número de vezes
que o processador terá de buscar informações na lenta memória principal (me-
mória RAM). Assim, quanto mais memória cache, maior será o desempenho.
Atualmente, um processador pode ter até 16 megabytes de memória cache.
Acredite! Mesmo parecendo pouco, em se tratando de memória cache, é uma
quantidade bem elevada. Veja a imagem a seguir:
Manutenção de Computadores
30
Beatriz
Cascaes
(2012)
Figura 11 -  Memória cache L2 dentro do processador
Percebeu a importância da memória cache para o desempenho da sua máqui-
na? Conheça agora a tecnologia de múltiplos núcleos!
3.1.4 Tecnologia de múltiplos núcleos
Além do clock, do número de bits e do tamanho da cache, outro fator determi-
na o desempenho de um processador. Trata-se do número de cores ou núcleos.
Quando os processadores ultrapassaram a marca dos 3 GHz, eles começaram a
consumir muita energia e passaram a esquentar muito. Percebeu-se, então, que
para atingir os 4 GHz, os recursos de hardware seriam comprometidos, e seriam
exigidos dispositivos de refrigeração mais caros. Assim, cogitou-se a hipótese de
não aumentar o clock, mas sim o número de núcleos, que trabalhariam em con-
junto, dividindo as tarefas.
A primeira tentativa foi o lançamento da tecnologia Hyper-Threading. Você se
lembra desse termo? Esse tema já foi estudado anteriormente. Caso o processa-
dor tenha esse recurso, um processador de um núcleo passa a ser “visto” pelo
sistema operacional como se fossem dois, o que aumenta o desempenho final em
cerca de 10% a 20%.
Em 2008, a Intel resolveu criar um processador realmente com dois núcleos.
Trata-se do Pentium D, que na verdade era um encapsulamento composto in-
ternamente por dois Pentium IV normais. Os processadores top de linha atuais
podem ter até oito núcleos.
3 Arquitetura de Computadores
31
Beatriz
Cascaes
(2012)
Figura 12 -  Processador com dois núcleos
3.1.5 Instalação de processadores
Na instalação dos processadores, devemos usar pasta térmica entre o proces-
sador e o cooler, a fim de aumentar a área de contato entre os dois dispositivos,
melhorando, consequentemente, a transferência de calor do processador para o
cooler. Mas lembre-se de que não é recomendado que sejam colocados adesivos
(como o de garantia) em cima do processador, pois pode atrapalhar a transferên-
cia de calor entre os dispositivos, causando travamento do computador, resets
aleatórios ou, até mesmo, queima do processador.
E que tal ver o que você estudou a respeito dos processadores por meio de
uma tabela? A seguir, você poderá observar os processadores Intel, desde o pri-
meiro (de 4 bits), até os chips comercializados atualmente. Observe:
Tabela 2 - Processadores Intel
Nome Frequência
Bits
internos
Bits
externos
Detalhes
4004 740 KHz 4 4
Datado do ano de 1971, foi o
primeiro processador criado
pela Intel.Trabalhava a 740 KHz
e possuía 2.000 transistores.
Manutenção de Computadores
32
8008 1 MHz 8 8
Primeiro processador de 8 bits,
lançado em 1972.
8080 2 MHz 8 8
Lançado em 1974, com 6.000
transistores.
8086 5 MHz 16 16 Primeiro processador de 16 bits.
8088
4,77 MHz
a
8 MHz
16 8
1ª Geração: processador
utilizado no 1º PC, o IBM-PC/XT,
em 1981, com 8 bits externos
para baratear o custo e 29.000
transistores.
80286
16 MHz
a
25 MHz
16 16
2ª Geração: PC operando a 16
bits externa e internamente.
Inaugurou a arquitetura PC-AT,
com 134.000 transistores.
80386 SX 25 MHz 32 16
3ª Geração: primeiro processa-
dor a trabalhar com instruções
de 32 bits, embora usasse um
barramento externo de 16 bits.
80386 DX 33 MHz 32 32
1985 – Processador de 32 bits.
Podia trabalhar em con-
junto com um coprocessador
matemático, o 80387. Possi-
bilitava a utilização de memória
cache externa (na placa-mãe),
sendo constituído por 275.000
transistores.
3 Arquitetura de Computadores
33
80486 SX 33 MHz 32 32
4ª Geração: 32 bits, interna e
externamente, porém sem
coproces­sador interno. Cache
interna de 8 KB.
80486 DX
66, 75 e
100 MHz
32 32
32 bits, interna e externamente,
com coprocessador interno.
Cache interna de 16 KB com
1.200.000 transistores.
Pentium
75 MHz
100 MHz
133 MHz
166 MHz
200 MHz
MMX 233
32 64
5ª Geração: a Intel passou a pat-
entear os nomes dos processa-
dores.Trabalhava internamente
com instruções de 32 bits, mas
acessava a memória com blocos
de 64 bits. Operava com cache L1
de 16 KB (8 KB para dados e 8 KB
para instruções), possibilitando o
uso de cache externa. O Pentium
200 MMX tinha 32 KB de cache,
utilizando soquete 7 e 3.100.000
transistores.
Pentium II
233 MHz a 450
MHz
32 64
6ª Geração: arquitetura Risc/Cisc,
Cache L2 interna. soquete slot 1
(cartucho). Era constituído por
7.500.000 transistores.
Pentium III
233MHz a
1.130 MHz
32 64
Alguns processadores saíram
com soquete slot 1 e outros com
um novo, chamado PGA 370.
Eram comuns clocks de 700 MHz
e 800 MHz. Era constituído por
7.500.000 transistores.
Manutenção de Computadores
34
Pentium
IV
1,4 GHz a
3,4 GHz
32 64
7ª Geração: capaz de processar 4
dados por pulso de clock (QDR),
Pipeline de 20 etapas. Soquetes
PGA 423 e 478 e LGA775, com
42 a 125 milhões de transistores.
Pentium
IV
HT
3,73 GHz 32/64 64
Os processadores HT usam a
tecnologia Hyper-Threading, que
con­
siste em aproveitar partes
ociosas do processador para ex-
ecutar outras tarefas. Ele é visto
pelo sistema operacional como
um processador de dois núcleos,
embora não o seja. Na verdade,
o desempenho final é de 10% a
20% maior que um processador
sem essa tecnologia. Clocks de
2,66 GHz a 3,6 GHz e tecnologia
de 90 nm e 65 nm.
Pentium D 3,73 GHz 32/64 64
Processador com dois núcleos
de Pentium IV. Primeiro proces-
sador de dois núcleos da Intel. A
partir deste, todos os proces-
sadores da Intel usam o soquete
LGA-775. Clocks de 2,66 GHz a
3,6 GHz constituídos por 230
milhões de transistores.
Core 2
Duo
2,4 GHz 64 64
Projeto genuinamente Dual.
A pastilha já tem dois núcleos.
Clocks de 1,8 GHz a 2,66 GHz.
Tecnologia de 45 nm com 820
milhões de transistores. Usa
soquete LGA-775.
Core 2
Quad
2,4 GHz a
3,2 GHz
64 64
Duas pastilhas de Core 2 Duo
integradas no mesmo processa-
dor. Usa soquete LGA-775.
3 Arquitetura de Computadores
35
I3 1,2 GHz a 3,3 GHz 64 64
Processador com dois núcleos e
com a tecnologia Hyper-Thread-
ing habilitada, aumentando o
desempenho do processador. A
arquitetura de comunicação FSB
foi substituída pela arquitetura
DMI. Usa soquete 1156.Tecnolo-
gias de 32 nm.
I5 2,6 GhH a 3,4 GHz 64 64
Processador com quatro núcleos
e com a tecnologia Turboboost,
que faz overclock no proces-
sador em momentos nos quais é
necessário maior desempenho.
Usa soquete 1156 e tecnologia
de 45 e 32nm.
I7 2,6G Hz a 3,3 GHz 64 64
Processador com quatro núcleos
e tecnologias Hyper-Threading e
Turboboost. Usa soquete 1156
e 1366. Usa tecnologia de 45 nm.
Como esses dados são modificados à medida que novos processadores en-
tram no mercado, recomenda-se refazer a pesquisa periodicamente, consultando
os sites oficiais dos fabricantes de processadores.
3.2 Placa-mãe
A partir de agora, você passa a estudar a placa-mãe e suas características. A
placa-mãe é um dos principais componentes dos nossos computadores. Como
o próprio nome diz, é a principal placa existente no computador. É nela que são
conectadas todas as demais, as chamadas placas de expansão, como a de vídeo, a
de rede etc. Também são conectados todos os periféricos que devem ser ligados
ao PC, tais como teclado, mouse, monitor, impressora etc.
Além das placas de expansão e dos periféricos externos, a placa-mãe é ainda
responsável por fornecer os conectores e os slots para a colocação de unidades
de disco, memória e processador. Enfim, a placa-mãe também é conhecida como
motherboard ou mainboard. Acompanhe, na imagem a seguir, a identificação de
cada um dos itens que a compõem.
Manutenção de Computadores
36
Dreamstime
(2012)
Figura 13 -  Placa-mãe
Antes de comprar uma placa-mãe, dê uma olhada no site do fabricante. Lá é
possível verificar suas características, como: com quais modelos de processadores
são compatíveis; quais slots de expansão ela possui; as ferramentas para manu-
tenção e detecção de falhas (diagnóstico); a ferramenta para atualização de BIOS;
as versões mais novas do BIOS; os drivers dos dispositivos on-board; os manuais;
entre outras coisas.
SAIBA
MAIS
Que tal verificar alguns sites agora? Comece por estes e
sinta-se à vontade para pesquisar mais em outros sites sobre
placas-mãe.
<http://www.asus.com>;
<http://www.gigabyte.com.tw>;
<http://www.foxconnchannel.com>.
3.2.1 Portas de entrada e saída
É por meio delas que o computador se comunica com os periféricos externos.
Na figura a seguir, você poderá visualizar a interface paralela (na cor lilás), o co-
nector do teclado (na cor roxa), o conector do mouse (na cor verde), as portas USB
e RJ45 (de rede) e as entradas e saídas de áudio. Note que a utilização de cores
distintas facilita a identificação das portas. Essa facilidade foi trazida pela especifi-
cação PC97 e é utilizada até hoje.
3 Arquitetura de Computadores
37
Dreamstime
(2012)
Figura 14 -  Portas da placa-mãe
3.2.2 Soquete para processador
É nesse encaixe que o processador será colocado. Existem diversos modelos
de processadores no mercado, cada um com um soquete específico. Sendo as-
sim, a placa-mãe deve ser compatível com o processador a ser usado.
Dreamstime
(2012)
Figura 15 -  Soquete do processador
Os primeiros modelos de processador Pentium utilizavam o soquete 7. Mais
adiante, os processadores Pentium II surgiram com uma nova proposta, o slot 1
(semelhante ao cartucho de videogame Super Nintendo).
Os dois padrões de soquete para processador mais utilizados atualmente são
o ZIF (Zero Insert/input Force – Força de Inserção Zero) e o LGA (Landing Grid Ar-
ray). Veja nas figuras:
Manutenção de Computadores
38
Dreamstime
(2012)
Figura 16 -  Soquete LGA: Soquete 1366 (para processadores atuais da Intel)
Dreamstime
(2012)
Figura 17 -  Soquete ZIF: Soquete AM3 (para processadores atuais da AMD)
3.2.3 Slots de memória
Na placa em questão, você pôde ver quatro slots de memória: dois azuis e dois
pretos. Trata-se de memórias DDR2 ou DDR3, dependendo da placa-mãe.
É possível, ainda, encontrar placas que possuem slots para memórias DDR ou,
até mesmo, placas mais antigas, com slots para memórias SDRAM DIMM. Slots
3 Arquitetura de Computadores
39
para memórias SIMM 30 e SIMM 72 vias só serão encontrados em placas muito
antigas, que já não são mais usadas.
Dreamstime
(2012)
Figura 18 -  Slots de memória DIMM1
3.2.4 Chipset
É um conjunto de circuitos integrados, ou chip, responsável pela comunicação
entre o processador e os diversos elementos da placa-mãe. Dada a complexidade
dessa atividade, ele é dividido em duas partes: ponte norte e ponte sul.
a) Ponte norte (northbridge) – é a parte do chipset responsável pelo contro-
le do FSB (Front Side Bus), controle da frequência de operação da memória,
do barramento AGP, PCI Express etc. Em virtude desse trabalho todo, a pon-
te norte geralmente é coberta por um dissipador de calor, visto que o chip
aquece muito e, sem o arrefecimento adequado, poderia ser danificado.
b) Ponte sul (southbridge) – é responsável pelo controle de elementos que
não exigem muito processamento e por dispositivos de entrada e saída,
como interfaces IDE (SATA e PATA) e USB. A memória CMOS (que armazena
os parâmetros do Setup) também fica localizada na ponte sul.
Normalmente, os chipsets são desenvolvidos por empresas como VIA Techno-
logies, SiS, AMD/ATI e Intel. É, portanto, comum encontrar um mesmo chipset em
modelos concorrentes de placa-mãe. Na ilustração a seguir, você pode observar
uma figura que ilustra o chipset.
Manutenção de Computadores
40
Northbridge
Southbridge
Beatriz
Cascaes
(2012)
Figura 19 -  Placa-mãe e seus chipsets (norte – northbridge e sul – southbridge)
3.2.5 Slots PCI e PCI Express
Os slots PCI são as terminações dos barramentos. Neles, serão colocadas as
placas de expansão que não exigem muito desempenho ou velocidade, como
placas de fax modem e placas de som. Já slots PCI Express são reservados para
placas com maior poder de processamento e que, normalmente, exigem mais do
computador como, por exemplo, as placas de vídeo (slot PCI Express 16X) e as de
rede de 1 Gbps ou 10 Gbps (slot PCI Express 1X).
Dreamstime
(2012)
Figura 20 -  Slots PCI-e e PCI
Para apagar as configurações e senha do Setup, basta mudar um determina-
do jumper (jumper da CMOS) de posição, por alguns segundos, e depois voltar
3 Arquitetura de Computadores
41
o jumper à posição original. Esse ato faz que a memória CMOS (responsável por
armazenar as configurações do Setup) seja “apagada” e as configurações originais
de fábrica, do Setup, sejam carregadas novamente.
3.2.6 ROM BIOS
ROM é abreviatura de Read Only Memory. Trata-se de uma memória só de lei-
tura, não volátil, que armazena o Sistema Básico de Entrada e Saída. Na verdade,
dentro da ROM existe um firmware composto por três microprogramas, conheci-
dos por BIOS, POST e.. A função de cada um desses programas você conhecerá a
partir de agora:
a) BIOS é o acrônimo de Basic Input Output System (ou Sistema Básico de Entra-
da e Saída). Ele é responsável por controlar o uso e dar suporte ao hardware
do computador. É o software/sistema que inicializa o computador.
b) POST é o acrônimo de Power On Self Test, uma espécie de autoteste que é
executado durante a inicialização do computador. Nesse caso, se houver al-
guma falha, como ausência do teclado, erro nas memórias ou placa de vídeo,
alguma sinalização é emitida. No caso do teclado, uma mensagem será exi-
bida na tela dando conta da sua ausência. Se houver falha de memória, uma
sequência de bipes será emitida (normalmente bipes longos e contínuos).
Se houver falha na placa de vídeo, a resposta do POST será a emissão de um
bipe longo e três curtos. Esses códigos de erros podem variar de acordo com
o fabricante da BIOS ou da placa-mãe.
Dreamstime
(2012)
Figura 21 -  Teste de inicialização (POST) 1
Manutenção de Computadores
42
c) Setup é o programa de configuração da placa-mãe. É nele que: se configura
a data, a hora e a presença ou não de floppy disks; habilita-se ou não deter-
minados dispositivos; configura-se a frequência das memórias e do proces-
sador; enfim, toda a configuração de hardware é feita aqui. Após essa confi-
guração, uma espécie de “arquivo de parâmetros” é gerada e enviada para
a CMOS (Complementary Metal-Oxide-Semiconductor), onde uma pequena
porção de memória presente no chipset (ponte sul) é responsável por guar-
dar essa informação.
d) Bateria da CMOS como você já viu, a CMOS tem a função de guardar as in-
formações de configuração do computador. É importante saber que ela é
volátil, ou seja, necessita de alimentação para que não perca as informações.
Nesse caso, existe uma bateria de 3 V, cujo modelo é conhecido como CR
2032 e que tem a função de não permitir que esses dados sejam perdidos
quando o computador for desligado.
Dreamstime
(2012)
Figura 22 -  Bateria da BIOS e jumper para reset
3.2.7 Conector de energia
O conector de alimentação, que você poderá verificar na figura seguinte, é
um ATX 24, que recebe o cabo vindo da fonte. É possível encontrar conectores
com apenas 20 pinos, dependendo da placa-mãe. Os processadores modernos
exigem um pouco mais de corrente da fonte. Para suprir essa necessidade, existe
o conector de reforço de corrente (auxiliar). Os conectores de reforço de corrente
costumam ser de 4 pinos. Em placas-mãe que aceitam processadores top de linha,
ou são destinadas ao público de entusiastas, pode ser encontrado um conector
de 8 pinos na placa-mãe.
3 Arquitetura de Computadores
43
Dreamstime
(2012)
Figura 23 -  Conector ATX de 24 pinos1
Dreamstime
(2012)
Figura 24 -  Conector auxiliar de 4 pinos
3.2.8 Interface IDE/PATA
Esse conector possui 40 pinos e é responsável por receber o cabo que vem
do disco rígido, unidade de CD ou DVD, de padrão IDE. Trata-se de um cabo de
80 vias, muito embora, no passado, ele tivesse apenas 40. Essa porta é capaz de
trocar dados com o HD a uma taxa de transferência que pode chegar a 133 MB/s
e, por isso, é chamada de ATA 133. O conector IDE/PATA pode ser visto na figura
a seguir; observe que eles são numerados como IDE1 e IDE2.
Manutenção de Computadores
44
Dreamstime
(2012)
Figura 25 -  Interface IDE/PATA
3.2.9 Interface SATA
Esse conector recebe o cabo que vem do disco rígido, ou da unidade de DVD, de
padrão SATA. Trata-se de uma evolução do IDE PATA, pois, diferentemente do ante-
rior, no qual a comunicação é paralela, nesse os dados trafegam de maneira serial,
razão pela qual a taxa de transferência começa em 150 MB/s. Entretanto, ele pode
atingir até 6 GB/s com a nova versão das interfaces SATA 3.0. Atualmente, a maioria
dos dispositivos de armazenamento (como discos rígidos e drives ópticos) está usan-
do esse tipo de interface. Confira, a seguir, as versões do Serial Ata:
a) SATA 1.0 – Velocidade de 1,5 GB/s ou 150 MB/s.
b) SATA 2.0 – Velocidade de 3,0 GB/s ou 300 MB/s.
c) SATA 3.0 – Velocidade de 6,0 GB/s ou 600 MB/s.
Dreamstime
(2012)
Figura 26 -  Interface SATA
3 Arquitetura de Computadores
45
3.2.10 Conector floppy disk
Esse conector possui 34 pinos e recebe o cabo que vem do floppy disk ou uni-
dade de disquete. Com a popularização das Flash Memory (ou pendrives), é cada
vez mais raro encontrar placas que disponibilizem esse tipo de porta, isso porque
um pendrive de apenas 1 GB é capaz de armazenar o conteúdo de aproximada-
mente 711 disquetes.
Dreamstime
(2012)
Figura 27 -  Interface do drive de disquetes FDD (floppy disk drive)
3.2.11 Placas-mãe com dispositivos on-board e off-board
Você já deve ter ouvido falar do termo on-board, certo? Ele é utilizado para
identificar uma placa-mãe que traz consigo uma série de itens integrados. Entre
eles, podem-se citar placas de vídeo, som, rede.
O que vai definir qual placa comprar é a utilização que se quer dar ao equipa-
mento. Por exemplo, se você quer utilizar o PC para jogos 3D ou para atividades
profissionais que exigem alto desempenho no tratamento de gráficos, como apli-
cativos CAD/CAM (AutoCad, CorelDraw, PhotoShop), será preciso uma placa de
vídeo robusta, que certamente não virá integrada à placa-mãe.
Por outro lado, se a utilização não requer maiores recursos, é possível comprar
uma placa bem barata e que já traga todos os recursos integrados, permitindo o
acesso à internet, a utilização de “suítes” de escritório e a visualização de vídeos e
imagens de maneira confortável.
Existe ainda um meio-termo: é possível comprar uma placa-mãe que já tenha
interfaces on-board e, em caso de necessidade, incluir os interfaces off-board que
necessitar. Assim, mesmo que você possua uma placa de rede 100 Mbps on-board,
é possível adquirir uma de 1 Gbps com fibra óptica e integrá-la ao equipamento
sem problema nenhum; o mesmo vale para placas de som e vídeo.
Manutenção de Computadores
46
Dentro desse contexto, conheça agora um caso importante sobre as placas de
vídeo off-board, no Casos e Relatos.
CASOS E RELATOS
Placas de vídeo off-board
Lucas resolveu fazer um upgrade em seu computador e, para isso, neces-
sitava de uma nova placa-mãe. Procurou uma loja de informática que um
amigo lhe indicara e que possuía atendentes com bastante conhecimento
técnico e o ajudariam a fazer a melhor escolha da sua placa-mãe. Chegan-
do à loja, Lucas foi atendido por Marcos, que lhe perguntou em que podia
ajudá-lo. Lucas disse a Marcos que precisava de uma nova placa-mãe que
suportasse seu processador Intel Core 2 Quad e seus dois módulos de me-
mória DDR2. Marcos mostrou a Lucas as opções disponíveis de placas-mãe
que eram divididas em três segmentos: uso doméstico, que tinha como ca-
racterística recursos mais simples; uso empresarial, que era mais estável; e,
por último, as placas-mãe utilizadas por gamers ou entusiastas por jogos,
sendo estes os clientes que procuram por alto desempenho e estabilida-
de. Lucas pediu para conhecer as opções para uso doméstico, pois não
precisava de uma máquina top de linha e, sim, uma máquina com preço
mais acessível e que executasse bem seus projetos básicos em AutoCad
e, eventualmente, jogasse um jogo. Marcos informou que a placa-mãe de
que dispunha possuía os recursos on-board (instalados na placa-mãe e não
poderiam ser retirados da placa), placas de som, placa de vídeo e placa de
rede. E disse ainda que possuía um barramento PCIe de 16X que possibilita-
ria a Lucas uma futura expansão de uma placa de vídeo off-board, caso ele
julgasse necessário.
Lucas fechou negócio com a placa-mãe sugerida por Marcos, e ainda com-
prou uma placa de vídeo off-board PCIe 16X. Entretanto, Marcos lhe in-
formou que a placa não estava disponível e chegaria em três dias. Lucas
concordou em receber depois a placa de vídeo, levou sua nova placa-mãe
para casa, fez a montagem do micro e tudo funcionou corretamente. Após
a montagem, Lucas instalou novamente o sistema operacional, para o mes-
mo detectar todos os hardwares e os demais programas. No terceiro dia,
Lucas estava ansioso pela chegada da placa de vídeo, havia testado seu
novo computador com o AutoCad, o qual estava estudando na faculdade,
e o desempenho em projetos 2D foi bom. Porém, os projetos em 3D trava-
vam um pouco a imagem em projetos grandes.
3 Arquitetura de Computadores
47
No dia seguinte, Marcos ligou para Lucas e lhe informou que sua placa es-
tava disponível. Lucas foi à loja, pegou sua placa e foi para casa fazer a sua
instalação.
Chegando em casa, Lucas inseriu a placa no barramento PCIe, ligou o micro
e o monitor não deu sinal de vídeo, mesmo o computador, aparentemente,
ter iniciado corretamente. Lucas teve a ideia de devolver o cabo de vídeo
para a placa on-board e a imagem apareceu no monitor. Ele não entendeu
o que estava acontecendo; possuía uma placa de vídeo, mas a mesma não
estava ligando. Pesquisou na internet o que poderia estar ocorrendo, pois
a loja de informática já estava fechada e ele não poderia ir até lá pedir aju-
da, somente no dia seguinte. Achou uma informação interessante em um
fórum, que descrevia que ao colocarmos uma placa de vídeo off-board, al-
gumas placas-mãe identificam a nova placa e desabilitam a placa on-board
automaticamente, mas outras não, pois o vídeo on-board permaneceria em
funcionamento, e o off-board, não. Lucas viu o procedimento para entrar
no BIOS e mudar a prioridade da placa de vídeo; escolheu inicializar a placa-
-mãe com a placa de vídeo off-board no barramento PCIe. Após salvar as
configurações de vídeo e retornar o cabo para a placa de vídeo off-board,
o vídeo funcionou corretamente e, logo após, ele fez a instalação do driver
de vídeo e o teste com o AutoCad. O desempenho ficou muito bom e ele
sentiu-se contente com a aquisição de seu novo hardware.
Como você viu no relato, em alguns casos, para instalar uma placa de vídeo
off-board é necessário configurar no BIOS a preferência pelo vídeo off-board. Em
alguns casos, é possível somente inserir a placa de vídeo no slot e, automatica-
mente, o BIOS reconhece a placa de vídeo off-board.
Existem diversos fabricantes no mercado disponibilizando bons produtos,
mas há também aqueles que fabricam produtos de baixa qualidade. No caso das
placas-mãe, é importante que você fique atento a algumas marcas, tais como:
Asus, Gigabyte, Foxconn, PC Chips, MSI, EVGA, Tyan, Intel e ECS. É necessário pes-
quisar o histórico dos produtos, conhecer a fundo a tecnologia e, sobretudo, usar
a experiência adquirida ao longo dos anos. Assim, você poderá escolher uma pla-
ca de acordo com conceitos técnicos que norteiam a profissão.
3.3 Barramentos
A partir de agora, você estudará os barramentos dos computadores. Você sabe
sua utilidade? Eles são componentes muito importantes para o computador, pois
Manutenção de Computadores
48
têm a finalidade de transferir dados de um dispositivo a outro. Os conceitos que
você estudará agora estão bastante difundidos, e já aparecem no Novo Dicio-
nário Aurélio (1999). Veja a definição de barramentos: “[...] é o conjunto de vias
internas que interligam componentes e periféricos. (Corresponde, nesta acepção,
ao inglês bus, abreviatura de busbar)”. Apesar de não se tratar de uma literatura
técnica, o conceito é tão simples quanto exato. Os barramentos são mesmo vias
ou condutores elétricos por onde os sinais digitais trafegam, interligando todos
os componentes e periféricos de um computador. Existem dois tipos de barra-
mentos. Conheça cada um deles!
a) Barramentos internos: as placas de expansão conectam-se aos barramentos
internos por meio dos slots. Cada barramento possui um tamanho de pala-
vra de dados com que pode trabalhar, bem como uma frequência máxima
suportada. Todos esses fatores vão indicar com qual desempenho cada dis-
positivo vai se comunicar. Como exemplo desses barramentos, podem-se
citar: barramento local, barramento IDE, ISA, VLB, PCI, AGP, PCI Express etc.
b) Barramentos externos: são utilizados para conectar periféricos que ficam
fora do gabinete, como teclado, mouse, pendrives, impressoras etc. Para co-
nectar-se aos barramentos externos, esses periféricos se utilizam de portas,
tais como: porta serial, paralela, USB, porta PS2, Firewire, IrDA etc.
CPU
AGP
Slot
AGP
ATA
Drives
10/100
Ethernet
USB Sound
PCI Slots
Southbridge
PCI
Express
PC Chipset
Northbridge
Dual channel
memory slots
Beatriz
Cascaes
(2012)
Figura 28 -  Barramentos
Agora que você já sabe o que são os barramentos e já conhece o barramento
interno e o externo, saiba mais sobre o barramento ISA.
3 Arquitetura de Computadores
49
3.3.1 Barramento ISA
O barramento ISA (Industry Standard Architecture) era utilizado nos primeiros
computadores pessoais, os IBM PC–XT, que trabalhavam com palavras de dados
de 8 bits. Mais adiante, com o lançamento da arquitetura AT, o ISA passou a ope-
rar com 16 bits. O barramento ISA é antigo e não mais utilizado atualmente.
3.3.2 Barramento PCI
Criado pela Intel na época do desenvolvimento do processador Pentium, o
barramento PCI (Peripheral Component Interconnect) é utilizado até hoje, dada
a sua capacidade de trabalhar a 32 bits ou 64 bits, o que oferece altas taxas de
transferência de dados. Operando com palavras de 32 bits e uma frequência de
33 MHz, ele atinge uma taxa de 132 MB por segundo. Trata-se de um barramento
plug and play (PnP) – traduzido como Conecte e Use, ou seja, que permite que
uma placa seja a ele conectada e, automaticamente, reconhecida pelo sistema
operacional.
Dreamstime
(2012)
Figura 29 -  Slot PCI
3.3.3 Barramento AGP
O barramento AGP (Accelerated Graphics Port) foi desenvolvido pela Intel com
o intuito de obter maiores taxas de transferência entre a placa-mãe e as placas
de vídeo. Criado exclusivamente para placas de vídeo, atingia desempenho bem
superior ao PCI.
Bruno
Lorenzzoni
(2012)
Figura 30 -  Slot AGP
Manutenção de Computadores
50
3.3.4 Barramento PCI Express
A evolução natural da interface dos jogos de computador, bem como o au-
mento de carga gráfica nos aplicativos de engenharia e desenho, fizeram que o
padrão AGP se tornasse obsoleto e incapaz de fornecer taxas de transferência
suficientes para suprir a demanda dos softwares aplicativos e de entretenimento.
Para resolver tal problema, uma das medidas da indústria foi a criação do barra-
mento PCI Express, o substituto dos barramentos Peripheral Component Intercon-
nect (PCI) e Accelerated Graphics Port (AGP). Essa nova tecnologia trouxe maiores
taxas de transferência e a capacidade de operar com placas de vídeo mais mo-
dernas e capazes de atender às demandas do mercado. Observe, na tabela que
segue, comparações entre as taxas dos diversos padrões de barramentos.
Tabela 3 - Taxas de velocidades dos barramentos
barramento clock número de bits
dados por
pulso
taxa de
transf.
PCI 33 MHz 32 1 133 MB/s
PCI 66 MHz 32 1 266 MB/s
PCI 33 MHz 64 1 266 MB/s
PCI 66 MHz 64 1 533 MB/s
AGPX1 66 MHz 32 1 266 MB/s
AGPX2 66 MHz 32 2 532 MB/s
AGPX4 66 MHz 32 4 1.064 MB/s
AGPX8 66 MHz 32 8 2.128 MB/s
PCI-X 1X 66 MHz 64 1 533 MB/s
PCI-X 4X 133 MHz 64 1 1.066
PCI-X 8X 133 MHz 64 2 2.132 MB/s
PCI-X 16X 133 MHz 64 4 4.266 MB/s
Fonte: Adaptado de Clube do Hardware (2009)
Bruno
Lorenzzoni
(2012)
Figura 31 -  Slots PCI-e 16X (superior) e 1X (inferior)
3 Arquitetura de Computadores
51
Além dos barramentos que você conheceu, ainda existiram outros. Esse será o
assunto que você verá na próxima etapa!
Podemos seguir? Vamos aos barramentos USB. Acompanhe!
3.3.5 Barramento USB
Atualmente, os técnicos que necessitam instalar uma impressora ou qualquer
outro dispositivo USB, muitas vezes, não sabem que até certo tempo atrás essa
tarefa era encarada com uma dificuldade razoável, reservada apenas a técnicos
ou pessoas com mais experiência. E você sabe por quê? Essa dificuldade se devia
ao fato de que cada periférico tinha sua porta ou conector específico.
Assim, uma impressora ou um scanner deveriam utilizar a porta paralela (co-
nector DB 25) ou, em alguns casos, a porta SCSI. No caso do mouse, usava- se a
porta serial (conector DB 9), isso sem contar o teclado, que usava a porta DIN ou
PS-2 (conector Mini-DIN). Enfim, tudo funcionava sem uma padronização. Para re-
solver esse problema, em 1995 foi criado o USB Implementers Fórum, uma aliança
promovida por várias empresas (como NEC, Intel e Microsoft) com o intuito de
desenvolver uma tecnologia que permitisse o uso de um tipo de conexão comum
entre computador e periféricos.
Desse fórum surgiu o padrão Universal Serial Bus (USB) que, em português,
significa Barramento Serial Universal, ou seja, uma tecnologia que tornou mais
simples e fácil a conexão de diversos tipos de dispositivos, como câmeras digi-
tais, pendrives, modems, mouse, teclado etc. Essa facilidade se deve ao fato de que
o USB é um barramento totalmente plug and play, que reconhece qualquer dis-
positivo conectado à sua interface. Além disso, trata-se de um barramento hot
plugging, ou seja, que permite conectar e desconectar qualquer dispositivo com
o computador ligado, sem que este sofra danos. Além disso, não é necessário
reiniciar o computador para que o aparelho instalado possa ser usado. Basta co-
nectá-lo devidamente e ele estará pronto para o uso. O barramento USB permite
a conexão de até 127 dispositivos. Ocorre que, normalmente, o computador dis-
ponibiliza um número pequeno de conectores (quatro atrás e dois na frente). É
preciso utilizar hubs USB, que são aparelhos que usam uma porta USB do compu-
tador e disponibilizam mais quatro ou oito outras portas. É preciso, contudo, usar
esse dispositivo com critério, pois conectar vários periféricos em uma única porta
certamente vai gerar um ”gargalo” que comprometerá a velocidade de comuni-
cação dos equipamentos em questão.
Conectores USB
Dependendo do fabricante e da utilidade de um dispositivo USB, podem ser
adotados quatro tipos criados para interfaces USB. Vamos saber quais são.
Manutenção de Computadores
52
4 3 2 1
Type A
4 3
Type B
1 2
5 4 3 2 1
Mini-A
54321
Micro-A
54321
Micro-B
5 4 3 2 1
Mini-B
Denis
Pacher
(2012)
Figura 32 -  Conectores USB encontrados no mercado
a) Conector tipo A: conector mais comum USB, normalmente usado nos pen-
drives.
b) Conector tipo B: normalmente usado para conectar um dispositivo, como
uma impressora ou scanner, a um computador. Na extremidade do cabo co-
nectado ao computador, usa-se o conector tipo A; e o tipo B é utilizado na
outra extremidade, ligado à impressora ou ao scanner.
c) Conectores tipo mini-A e mini-B: normalmente usados em dispositivos pe-
quenos como câmeras digitais, filmadoras ou dispositivos de áudio portátil.
Na extremidade do cabo conectado ao computador usa-se o conector tipo
A; e o tipo mini-A ou mini-B é conectado ao dispositivo portátil.
É indispensável que você conheça outra importante característica do USB: o
cabo de comunicação leva consigo, além dos dados, a alimentação para o dis-
positivo conectado à porta. Com isso, é possível alimentar equipamentos que
consomem pouca energia, como: mouse, teclado, pendrive etc. No caso de equi-
pamentos maiores, como impressoras, por exemplo, é preciso usar fonte própria.
Acompanhe na tabela a seguir, as versões e taxas de transferência de dados
do USB.
Tabela 4 - Taxas de transferência USB
Taxas de transferência do barramento USB
Versão do USB 1.0 1.1 2.0 3.0
Taxa de transferência 1,5 Mbps 12 Mbps 480 Mbps 4,8 Gbps
Ano de lançamento 1996 1998 2000 2009
Fonte: Adaptado de Clube do Hardware (2009)
3 Arquitetura de Computadores
53
3.4 Padrão ATX de gabinetes e fontes
Mesmo tendo existido outros padrões para gabinete, fonte e placa-mãe, o
“sobrevivente” e que domina quase 100% do mercado é o padrão ATX. Outros
padrões já saíram de linha, como o XT e o AT. Existe também o padrão BTX, que
acabou não “vingando”, ao menos por enquanto.
Com o surgimento da arquitetura Pentium II e o consequente aumento de
clock dos processadores, houve um aumento da temperatura no interior do ga-
binete. As características do antigo padrão AT prejudicavam a ventilação interna,
o que dificultava o arrefecimento. Para resolver problemas dessa natureza, foi
criado, em 1997, o padrão Advanced Tecnology Extended (ATX), que proporcionou
uma redistribuição interna dos itens de um PC, melhorando a ventilação.
3.4.1 Placa-mãe ATX
A placa-mãe desse padrão passou a trazer as portas “serial” e “paralela” embu-
tidas. Isso dispensou a utilização dos espelhos com flat cables, o que melhorou o
aspecto interno, bem como a ventilação. Foi possível, também, incluir uma série
de placas de expansão on-board, como placas de som e rede. Outra mudança foi
a utilização dos conectores PS2 para teclado e mouse. Enfim, uma série de mudan-
ças que fizeram que o padrão fosse rapidamente adotado e utilizado até hoje. A
seguir, visualize a figura com uma placa-mãe ATX.
Dreamstime
(2012)
Figura 33 -  Placa-mãe ATX
Manutenção de Computadores
54
3.4.2 Fonte ATX
A fonte do modelo ATX possui apenas um conector para alimentar a placa-
-mãe, que pode ser de 20 ou 24 pinos. Mais tarde, com o passar dos anos, o lança-
mento de processadores mais poderosos passou a exigir mais corrente da fonte,
havendo necessidade de mais um conector de quatro pinos. Outra característica
importante da fonte ATX é que ela pode operar em modo standby, fornecendo
tensão à placa-mãe mesmo quando o PC está efetivamente desligado. Isso gera
a possibilidade de utilizar o recurso WOL, sigla de Wakeup on Lan ou Wakeup on
Modem, que permite ligar o PC por meio de um comando oriundo da rede ou da
placa de fax modem. As figuras a seguir ilustram bem esse modelo. Observe!
Dreamstime
(2012)
Figura 34 -  Conector da fonte ATX e reforço de corrente
1 13
+3.3VDC
+3.3VDC
COM
+5VDC
+5VDC
+5VSB
+12V1 DC
+12V1 DC
+3.3VDC
COM
COM
PWR_OK
+3.3VDC
-12VDC
COM
PS_ON#
COM
+5VDC
+5VDC
+5VDC
COM
COM
COM
N/C
12 24
Verde
Preto
Karina
Silveira
(2012)
Figura 35 -  Ligação direta e tensões da fonte ATX
3 Arquitetura de Computadores
55
Como a fonte ATX é ligada diretamente pela placa-mãe, é possível que o técni-
co encontre dificuldades para saber onde está o defeito, caso o micro não esteja
ligando. Pode ser que a fonte esteja sem problemas e a causa do “não ligamento”
seja a própria placa-mãe. Nesse caso, é preciso garantir que a fonte esteja ligando
e funcionando corretamente. Para isso, você deve usar um procedimento bem
simples: faça um curto-circuito entre os fios do conector (o verde e um dos pre-
tos). Pronto, a fonte deverá ligar! Então basta medir a tensão nos pinos do co-
nector para constatar seu correto funcionamento. O referido curto-circuito e os
valores de tensão encontrados no conector da fonte podem ser visualizados nas
figuras anteriores.
3.4.3 Gabinete ATX
Além de permitir uma melhor ventilação, o gabinete ATX passou a explorar o
design como característica principal. Assim como na linha automotiva é comum
vermos carros “tunados”, ou seja, com personalizações – as mais diferentes possí-
veis –, é comum encontrarmos gabinetes ATX com formatos e cores variadas, o que
é o diferencial desse padrão. Para entender melhor, observe as próximas figuras.
Thiago
Rocha
(2012)
Figura 36 -  Gabinete ATX
No exemplo a seguir, note que, ao calcular a potência da fonte, considerando
os dispositivos instalados e a existência de dois discos rígidos, chega-se à con-
clusão de que ela deverá ter, no mínimo, 305 W para suprir a demanda. É reco-
mendável usar uma fonte com potência sempre superior ao calculado, para obter
certa folga. Ou seja, o ideal seria utilizar uma fonte de 500 W.
Manutenção de Computadores
56
Tabela 5 - Potência dos dispositivos
athlon 64 fx 100 w (valor estimado)
HD (cada) 25 + 25W (valor estimado)
Drive de CD 25W (valor estimado)
Drive de DVD 25W (valor estimado)
Placa de vídeo 3D 80W (valor estimado)
Mouse óptico 25W (valor estimado)
Total 305W
Fonte: Adaptado de Infowester (2009)
Uma das principais dúvidas dos técnicos é sobre qual potência a fonte deve ter
para cada tipo de microcomputador. Bem, a resposta é simples: vai depender do
tipo das placas, do processador e da quantidade de dispositivos que se conectam
ao computador.
Agora você já sabe quais foram as mudanças trazidas pelo padrão ATX, não é
mesmo? Mas o aprendizado não para por aqui. Ainda tem muita coisa importante
aguardando por você!
3.5 Memórias
A partir de agora, o objetivo será estudar as memórias e seus detalhes técnicos.
As memórias são as responsáveis pelo armazenamento de dados nos computa-
dores. Para que o processador possa executar suas tarefas, ele busca na memória
todas as informações necessárias ao processamento. Existem dois tipos básicos
de memória: ROM e RAM, com diversos tipos de encapsulamentos, como vere-
mos neste item.
E então, ficou curioso para conhecer as diferenças das memórias? Siga moti-
vado para conhecer mais sobre esses componentes que estão presentes no seu
dia a dia!
3.5.1 Tipos de encapsulamentos
O encapsulamento está ligado à parte física, ou seja, ao modo como o chip é
“embalado”. De acordo com essa característica, ele recebe um nome – geralmen-
te um acrônimo em inglês – relacionado à sua característica. Que tal agora conhe-
cer os tipos de encapsulamentos de memórias mais usados nos PCs? Acompanhe!
3 Arquitetura de Computadores
57
a) Single In-line Memory Module (SIMM): o encapsulamento SIMM foi o primei-
ro a utilizar um conector de encaixe, conhecido por slot, para sua conexão
à placa-mãe, abandonando de vez os pinos. Nesse caso, não se justificava
mais o apelido popular de “pente de memória”, passando a ser chamado de
módulo de memória.
Saiba que havia dois tipos de módulos, o SIMM 30 e SIMM 72, em que o 30 e o
72 se referem à quantidade de “vias” ou “pinos” – ou, ainda, “contatos” – que cada
módulo de memória possuía.
Thiago
Rocha
(2012)
Figura 37 -  Memória SIMM 30 vias
Thiago
Rocha
(2012)
Figura 38 -  Memória SIMM 72 vias
É importante lembrar que, na contagem dos pinos (ou contatos), deve-se con-
siderar apenas um lado da memória, por isso o encapsulamento tem o termo sin-
gle no nome.
O padrão SIMM já não é utilizado há muitos anos. Vamos passar aos modelos
mais atuais?
b) DualIn-lineMemoryModule (DIMM): este é o padrão de encapsulamento que
surgiu para substituir o tipo SIMM. Ao contrário do que você pode pensar,
ele não está ligado unicamente aos módulos de memória SDRAM, utilizados
em placas-mãe equipadas com processadores Pentium II, Pentium III e em
alguns modelos de Pentium IV.
Mas qual é a origem do nome DIMM? Na verdade, DIMM vem do fato de que
são módulos destinados a desktops, sendo considerados os dois lados da memó-
Manutenção de Computadores
58
ria na contagem dos pinos, por isso a palavra dual no nome. Assim, um módulo
DIMM de 168 pinos tem, na verdade, 84 pinos/vias de cada lado.
Existem três variedades desse encapsulamento: o DIMM 168, usado em memó-
rias SDRAM SDR PC100, por exemplo; o DIMM 184, usado em memórias SDRAM
DDR; e o DIMM 240, usado em memórias SDRAM DDR2 e DDR3. Observe que os
módulos DIMM 168 possuem dois chanfros, justamente para que não sejam en-
caixados nos slots destinados aos módulos DIMM 184 e DIMM 240. A figura a se-
guir ilustram um exemplo de cada módulo DIMM. Confira!
Thiago
Rocha
(2012)
Figura 39 -  Memórias DIMM 168 vias
c) SmallOutlineDualIn-LineMemoryModule (SODIMM): ainda sobre encapsula-
mentos, é importante que você saiba que existem os módulos SODIMM, des-
tinados a notebooks. Para Morimoto (2009), eles são basicamente versões
miniaturizadas dos módulos destinados a desktops. Existem dois modelos
desse tipo de memória: os módulos SODIMM SDR (que possuem 144 pinos)
e os SODIMM DDR, DDR2 e DDR3. A variação entre os pinos não permite que
o encaixe seja feito incorretamente, já que os dois tipos são incompatíveis.
3 Arquitetura de Computadores
59
SO-DIMM DDR
SO-DIMM DDR 2
SO-DIMM DDR 3
80 pin
26 pin
0 1 2 3 4 5 6
6.76
2.40
1.6
1.5
66 pin
20 pin
20 pin
80 pin
Thiago
Rocha
(2012)
Figura 40 -  Tipos de memória SODIMM
Agora que você já conhece alguns tipos de encapsulamento, saiba mais sobre
a memória ROM.
3.5.2 Memória ROM
ROM é a sigla para Read Only Memory (memória somente de leitura). Como o
próprio nome diz, trata-se de uma memória que só permite leitura, ou seja, suas
informações são gravadas pelo fabricante uma única vez e, depois, não podem
ser alteradas ou apagadas, somente acessadas, tendo seu conteúdo gravado per-
manentemente. Essas memórias são chamadas de “não voláteis”, pois não ne-
cessitam de alimentação elétrica para manter seus dados. Sua função principal é
armazenar o firmware chamado BIOS, responsável pela inicialização do computa-
dor, cujas características já estudamos anteriormente.
Manutenção de Computadores
60
SENAC
SC
(2012)
Figura 41 -  Memória ROM
Afinal, o que é firmware? Trata-se do conjunto de instruções operacionais pro-
gramadas diretamente no hardware de um equipamento eletrônico. É armaze-
nado permanentemente num circuito integrado (chip) de memória de hardware,
como uma ROM, no momento da fabricação do componente. A programação de
um firmware em princípio é não volátil (não perde seu conteúdo com o desliga-
mento da eletricidade).
Agora ficou mais fácil entender, certo? E nosso próximo assunto será a memó-
ria RAM. Bons estudos!
3.5.3 Memória RAM
RAM é a sigla para Random Access Memory (memória de acesso aleatório).
Trata-se de uma memória “volátil”, ou seja, um tipo de chip que permite tanto a
leitura quanto a gravação dos dados, mas que exige uma alimentação constante,
sob pena de perder os dados armazenados. Em outras palavras, as memórias do
tipo RAM perdem seus dados quando o computador é desligado. Existem dois
tipos básicos de memória RAM. Vamos conhecer cada um deles? Confira a seguir,
alguns conceitos.
a) Dynamic Random Access Memory (DRAM): são as memórias do tipo dinâmi-
co e geralmente são armazenadas em cápsulas Complementary Metal-Oxide-
-Semiconductor (CMOS). Memórias desse tipo possuem alta capacidade, isto
é, podem comportar grandes quantidades de dados. No entanto, o acesso a
essas informações costuma ser mais lento que o acesso a memórias estáti-
cas. As memórias do tipo DRAM costumam ter preços bem menores que as
memórias do tipo estático, pois sua estruturação é menos complexa, ou seja,
utiliza tecnologia mais simples, porém viável.
3 Arquitetura de Computadores
61
b) Static Random Access Memory (SRAM): são memórias do tipo estático. São
muito mais rápidas que as memórias DRAM, porém, de capacidade bem in-
ferior (de 1 MB a 16 MB, em média), armazenam menos dados e possuem
preço elevado se for comparado o custo por megabyte. As memórias SRAM
costumam ser usadas em chips de cache, atualmente localizados dentro do
processador (denominamos cache interna, por estar dentro do processador).
A memória SRAM ou cache faz grande diferença no custo e no desempenho
de um processador.
Sempre que necessitarmos saber qual a quantidade de memória RAM neces-
sária para executar um programa de forma satisfatória, devemos verificar a espe-
cificação do produto que usamos. Os fabricantes de software sempre informam os
requisitos mínimos e recomendáveis de hardware necessários para executar seus
programas. Portanto, sempre tome como referência o recomendado!
3.5.4 Memória SDRAM SDR
Visando uma maior integração entre os componentes, foram criados módulos
de memória que atuam com 64 bits simultaneamente, ideais para barramentos
de processadores Pentium ou superiores. Os primeiros módulos de 64 bits eram
chamados de DIMM 168 (Dual In-line Module Memory com 168 pinos, sendo 84
de cada lado do módulo). E por ser mais rápida, ela passou a ser chamada de
Synchronous Dynamic Random Access Memory (SDRAM). É uma memória síncrona
que opera em frequências de 66 MHz, 100 MHz e 133 MHz. Essa memória utiliza
o encapsulamento DIMM e é conhecida como PC66, PC100 e PC133. Costuma ser
chamada apenas de memória SDRAM ou, ainda, de memória DIMM, mas o correto
é SDRAM SDR.
3.5.5 Memória SDRAM DDR
A memória Double Data Rate (DDR) é um tipo baseado na tecnologia SDRAM,
natural substituta das memórias DIMM de 168 pinos. Também chamada de
SDRAM–II, atinge altas taxas de transferência de dados, podendo chegar a 3,2 GB
por segundo.
Na época em que os PCs operavam com processadores Pentium III era comum
(e suficiente) que se trabalhasse com memórias com frequência de 133 MHz, pois
esse era o valor do FSB dos processadores. Caso você não lembre, a frequência
do FSB é a “velocidade” na qual o processador troca dados com a memória (na
verdade, atualmente essa troca se dá entre o chipset e o processador). Nesse caso,
não havia problema, pois as frequências da memória e do FSB eram iguais. Com
Manutenção de Computadores
62
o lançamento do Pentium IV, esse equilíbrio se desfez, gerando a necessidade de
se procurar memórias mais eficientes.
A primeira tentativa foi com a utilização de memórias RAMBUS, do fabricante
de mesmo nome. O problema é que essa era uma memória proprietária, que não
se tornou padrão de mercado, isso porque esquentava demais, era muito cara e,
além de tudo, só funcionava com processadores Intel. A AMD, que foi preterida
nessa história, procurou o seu caminho investindo nas memórias DDR. Era um
modelo novo, também SDRAM, pois era uma memória síncrona, dinâmica e, so-
bretudo, RAM. Ela também é considerada uma memória DIMM, pois usa esse tipo
de encapsulamento (no caso, uma DIMM 184, com 92 pinos de cada lado). A AMD
levou a melhor, pois esse tipo de memória acabou se tornando padrão, desban-
cando as RAMBUS em pouco tempo.
Mas o que diferencia a memória Double Data Rate da memória SDR? É a possi-
bilidade de realizar duas operações por pulso de clock (daí o nome – Doube Data
Rate). Outra característica é a tensão de alimentação que caiu dos 3,3 V das SDR
para 2,5 V (o que diminuiu a temperatura). Esses fatores mostraram uma vanta-
gem e tanto para a época, visto que uma memória trabalhando a 133 MHz podia
ser compatível com um processador com 266 MHz de FSB. Vale destacar que a
frequência REAL da memória continua sendo 133 MHz, mas devido à taxa dupla
de operações por ciclo de clock, ela se comporta como se trabalhasse a 266 MHz.
Também é importante frisar que as memórias DIMM 168 usavam uma nomen-
clatura baseada na sua frequência de operação. Nas memórias DDR (ou DIMM
184) isso não ocorre. Observe o exemplo: numa memória SDRAM PC133, o nú-
mero “133” significa que a memória trabalha a 133 MHz. Mas quando se encontra
uma memória DDR266 PC2100, não significa que ela trabalhe a 2.100 MHz. Nesse
caso, é possível calcular a taxa de transferência de dados (em MB/s – megabytes
por segundo) utilizando a seguinte fórmula:
Para fazer o cálculo, observe que a frequência de operação é 266 MHz, pois
é uma DDR266, e que a memória trabalha com palavras de dados de 64 bits. A
memória que você estudou é conhecida como PC2100, pois atinge uma taxa de
transferência de 2.100 MB/s. Assim, o número que vem depois do “PC” refere-se à
taxa de transferência, diferentemente do que ocorria nas memórias SDRAM SDR.
Dessa forma, é possível concluir por que as memórias DDR200, DDR333 e DDR400
são chamadas, respectivamente, de PC1600, PC2700 e PC3200.
Taxa de Transferência = Frequência Nominal x Palavra de Dados
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Manutenção computadores

  • 2.
  • 4. CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI Robson Braga de Andrade Presidente DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti Diretor de Educação e Tecnologia SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI Conselho Nacional Robson Braga de Andrade Presidente SENAI – Departamento Nacional Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti Diretor-Geral Gustavo Leal Sales Filho Diretor de Operações
  • 6. SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Nacional Sede Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317- 9001 Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br © 2012. SENAI – Departamento Nacional © 2012. SENAI – Departamento Regional de Santa Catarina A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecâ- nico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por escrito, do SENAI. Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI de Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância. SENAI Departamento Nacional Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP SENAI Departamento Regional de Santa Catarina Núcleo de Educação – NED FICHA CATALOGRÁFICA _________________________________________________________________________ S491m Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional. Manutenção de computadores / Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina. Brasília : SENAI/DN, 2012. 117 p. : il. (Série Telecomunicações). ISBN 978-85-7519-627-4 1. Computadores – Manutenção e reparos. 2. Arquitetura de computadores. 3. Montagem (Computadores). I. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina. II. Título. III. Série. CDU: 004.3 _____________________________________________________________________________
  • 7. Lista de ilustrações Figura 1 -  Microcomputador.........................................................................................................................................16 Figura 2 -  Máquina pascalina........................................................................................................................................16 Figura 3 -  Máquina diferencial .....................................................................................................................................17 Figura 4 -  MARK I...............................................................................................................................................................17 Figura 5 -  MARK I e ENIAC .............................................................................................................................................18 Figura 6 -  Representação de uma CPU......................................................................................................................24 Figura 7 -  Barramento......................................................................................................................................................26 Figura 8 -  Barramentos do computador 1................................................................................................................27 Figura 9 -  Barramentos do computador 2................................................................................................................28 Figura 10 -  Processadores..............................................................................................................................................29 Figura 11 -  Memória cache L2 dentro do processador........................................................................................30 Figura 12 -  Processador com dois núcleos...............................................................................................................31 Figura 13 -  Placa-mãe......................................................................................................................................................36 Figura 14 -  Portas da placa-mãe..................................................................................................................................37 Figura 15 -  Soquete do processador..........................................................................................................................37 Figura 16 -  Soquete LGA: Soquete 1366 (para processadores atuais da Intel)...........................................38 Figura 17 -  Soquete ZIF: Soquete AM3 (para processadores atuais da AMD).............................................38 Figura 18 -  Slots de memória DIMM1.........................................................................................................................39 Figura 19 -  Placa-mãe e seus chipsets (norte – northbridge e sul – southbridge)........................................40 Figura 20 - Slots PCI-e e PCI...........................................................................................................................................40 Figura 21 -  Teste de inicialização (POST) 1...............................................................................................................41 Figura 22 -  Bateria da BIOS e jumper para reset......................................................................................................42 Figura 23 -  Conector ATX de 24 pinos.......................................................................................................................43 Figura 24 -  Conector auxiliar de 4 pinos...................................................................................................................43 Figura 25 -  Interface IDE/PATA......................................................................................................................................44 Figura 26 -  Interface SATA..............................................................................................................................................44 Figura 27 -  Interface do drive de disquetes FDD (floppy disk drive).................................................................45 Figura 28 -  Barramentos.................................................................................................................................................48 Figura 29 -  Slot PCI............................................................................................................................................................49 Figura 30 -  Slot AGP..........................................................................................................................................................49 Figura 31 -  Slots PCI-e 16X (superior) e 1X (inferior).............................................................................................50 Figura 32 -  Conectores USB encontrados no mercado ......................................................................................52 Figura 33 -  Placa-mãe ATX.............................................................................................................................................53 Figura 34 -  Conector da fonte ATX e reforço de corrente...................................................................................54 Figura 35 -  Ligação direta e tensões da fonte ATX................................................................................................54 Figura 36 -  Gabinete ATX................................................................................................................................................55 Figura 37 -  Memória SIMM 30 vias..............................................................................................................................57 Figura 38 -  Memória SIMM 72 vias..............................................................................................................................57 Figura 39 -  Memórias DIMM 168 vias.........................................................................................................................58
  • 8. Figura 40 -  Tipos de memória SODIMM....................................................................................................................59 Figura 41 -  Memória ROM..............................................................................................................................................60 Figura 42 -  Posição dos chanfros.................................................................................................................................65 Figura 43 -  HD.....................................................................................................................................................................67 Figura 44 -  HD 80 Seagate.............................................................................................................................................68 Figura 45 -  Cabo IDE de 80 vias e cabo SATA...........................................................................................................69 Figura 46 -  Conectores SATA e IDE..............................................................................................................................70 Figura 47 -  Conector SATA.............................................................................................................................................70 Figura 48 -  CD-ROM..........................................................................................................................................................72 Figura 49 -  DVD..................................................................................................................................................................73 Figura 50 -  Mídia Blu-Ray de 200 GB...........................................................................................................................75 Figura 51 -  Placa de vídeo do início dos anos 2000..............................................................................................76 Figura 52 -  Conexões S-Vídeo, DVI e VGA.................................................................................................................76 Figura 53 -  Duas placas ATI X1950 em modo Crossfire........................................................................................77 Figura 54 -  Placa de som.................................................................................................................................................78 Figura 55 -  Pulseira antiestática...................................................................................................................................84 Figura 56 -  Manuseio correto de placas....................................................................................................................85 Figura 57 -  Manuseio incorreto de placas................................................................................................................85 Figura 58 -  Manuseio incorreto....................................................................................................................................86 Figura 59 -  Placa-mãe......................................................................................................................................................87 Figura 60 -  Abrindo a trava e a tampa do soquete...............................................................................................87 Figura 61 -  Instalação do processador no soquete 775......................................................................................88 Figura 62 -  Travando a tampa do soquete 775.......................................................................................................89 Figura 63 -  Processador com pasta térmica.............................................................................................................89 Figura 64 -  Inserindo o cooler.....................................................................................................................................90 Figura 65 -  Conector do cooler do processador.....................................................................................................90 Figura 66 -  Conectando coolers de 3 ou 4 pinos a placa-mãe..........................................................................91 Figura 67 -  Instalando módulo de memória...........................................................................................................91 Figura 68 -  Instalação da fonte de alimentação.....................................................................................................92 Figura 69 -  Parafuso de rosca grossa..........................................................................................................................93 Figura 70 -  Parafuso rosca fina......................................................................................................................................93 Figura 71 -  Furação placa-mãe.....................................................................................................................................94 Figura 72 -  Fixando a placa-mãe dentro do gabinete..........................................................................................94 Figura 73 -  Pinos de conexão da placa-mãe no painel frontal do gabinete................................................95 Figura 74 -  Esquema de botões e leds do gabinete.............................................................................................95 Figura 75 -  Fios que fazem ligação do painel frontal à placa-mãe..................................................................96 Figura 76 -  Painel frontal conectado à placa-mãe.................................................................................................97 Figura 77 -  Instalando o disco rígido..........................................................................................................................97 Figura 78 -  Cabo SATA de 7 pinos................................................................................................................................98 Figura 79 -  Instalando o drive de DVD.......................................................................................................................98 Figura 80 -  Instalando a placa de vídeo....................................................................................................................99 Figura 81 -  Conector auxiliar de 4 pinos................................................................................................................100
  • 9. Figura 82 -  Conector de ATX de 24 pinos..............................................................................................................100 Figura 83 -  Placa-mãe alimentada com os dois conectores de energia.....................................................100 Figura 84 -  Conector de energia SATA 15 pinos..................................................................................................101 Figura 85 -  Micro inicializando POST.......................................................................................................................102 Figura 86 -  Tela Boot do BIOS.....................................................................................................................................105 Figura 87 -  Mudando a sequência de boot (Boot Device Priority).................................................................106 Figura 88 -  Configurações de segurança do BIOS..............................................................................................107 Figura 89 -  Aba Exit do BIOS.......................................................................................................................................107 Figura 90 -  Resetando o BIOS....................................................................................................................................110 Quadro 1 - Matriz curricular............................................................................................................................................13 Tabela 1 - Sufixos................................................................................................................................................................20 Tabela 2 - Processadores Intel........................................................................................................................................31 Tabela 3 - Taxas de velocidades dos barramentos.................................................................................................50 Tabela 4 - Taxas de transferência USB.........................................................................................................................52 Tabela 5 - Potência dos dispositivos............................................................................................................................56 Tabela 6 - Taxa de transferência....................................................................................................................................63 Tabela 7 - Nomenclatura e taxa de transferência...................................................................................................64 Tabela 8 - Taxa de transferência das memórias.......................................................................................................66
  • 10.
  • 11. Sumário 1 Introdução.........................................................................................................................................................................13 2 História do Computador..............................................................................................................................................15 2.1 Evolução dos computadores....................................................................................................................16 2.2 Sistema de numeração...............................................................................................................................19 2.2.1 Unidades de grandeza na informática...............................................................................19 3 Arquitetura de Computadores...................................................................................................................................23 3.1 Processadores................................................................................................................................................24 3.1.1 Arquitetura dos processadores e barramentos...............................................................25 3.1.2 Frequência do processador....................................................................................................28 3.1.3 Memória cache............................................................................................................................29 3.1.4 Tecnologia de múltiplos núcleos..........................................................................................30 3.1.5 Instalação de processadores..................................................................................................31 3.2 Placa-mãe........................................................................................................................................................35 3.2.1 Portas de entrada e saída........................................................................................................36 3.2.2 Soquete para processador......................................................................................................37 3.2.3 Slots de memória........................................................................................................................38 3.2.4 Chipset............................................................................................................................................39 3.2.5 Slots PCI e PCI Express...............................................................................................................40 3.2.6 ROM BIOS......................................................................................................................................41 3.2.7 Conector de energia.................................................................................................................42 3.2.8 Interface IDE/PATA.....................................................................................................................43 3.2.9 Interface SATA.............................................................................................................................44 3.2.10 Conector floppy disk...............................................................................................................45 3.2.11 Placas-mãe com dispositivos on-board e off-board....................................................45 3.3 Barramentos...................................................................................................................................................47 3.3.2 Barramento PCI...........................................................................................................................49 3.3.3 Barramento AGP.........................................................................................................................49 3.3.4 Barramento PCI Express............................................................................................................50 3.3.5 Barramento USB.........................................................................................................................51 3.4 Padrão ATX de gabinetes e fontes..........................................................................................................53 3.4.1 Placa-mãe ATX ...........................................................................................................................53 3.4.2 Fonte ATX......................................................................................................................................54 3.4.3 Gabinete ATX...............................................................................................................................55 3.5 Memórias.........................................................................................................................................................56 3.5.1 Tipos de encapsulamentos.....................................................................................................56 3.5.2 Memória ROM.............................................................................................................................59 3.5.3 Memória RAM..............................................................................................................................60 3.5.4 Memória SDRAM SDR...............................................................................................................61
  • 12. 3.5.5 Memória SDRAM DDR..............................................................................................................61 3.5.6 Memória DDR2............................................................................................................................63 3.5.7 Memória DDR3............................................................................................................................64 3.6 Unidades de disco magnético.................................................................................................................66 3.6.1 A história do HD.........................................................................................................................66 3.6.2 As partes principais de um HD..............................................................................................67 3.6.3 Padrão IDE....................................................................................................................................68 3.6.4 Padrão SATA.................................................................................................................................69 3.6.5 Tecnologia RAID.........................................................................................................................71 3.7 Unidades de discos ópticos......................................................................................................................71 3.7.1 Unidades de CD..........................................................................................................................71 3.7.2 Unidades de DVD.......................................................................................................................73 3.7.3 HD-DVD.........................................................................................................................................74 3.7.4 Blu-Ray...........................................................................................................................................74 3.8 Placas de expansão......................................................................................................................................75 3.8.1 Placas de vídeo...........................................................................................................................75 3.8.2 Placa de som................................................................................................................................77 4 Procedimento de Montagem de Computadores................................................................................................81 4.1 Cuidados com componentes internos.................................................................................................82 4.1.1 Eletricidade estática..................................................................................................................82 4.2 Manuseando as peças................................................................................................................................84 4.2.1 Manuseio dos componentes de hardware.......................................................................84 4.3 Montando o primeiro computador.......................................................................................................86 4.4 Configurando o BIOS...............................................................................................................................102 4.4.1 Como configurar ....................................................................................................................103 4.4.2 Procedimento para reset do BIOS......................................................................................108 Referências.........................................................................................................................................................................113 Minicurrículo dos Autores............................................................................................................................................115 Índice...................................................................................................................................................................................117
  • 13.
  • 14.
  • 15. 1 Olá, caro aluno! Seja bem-vindo à unidade curricular Manutenção de Computadores! A partir de agora, você é convidado a conhecer a história da computação, os componentes do computador, os concei- tos de sistemas operacionais, e saberá como instalar um sistema operacional, montar e reparar microcomputadores, além de ver conceitos de redes de computadores. Esperamos que o conteúdo desta unidade curricular atenda a suas expectativas e que você adquira conhecimentos que possa utilizar em sua vida profissional. Para o profissional, é im- portante estar preparado tanto nas competências técnicas como nas relacionais, para poder atuar pró-ativamente, conduzindo as pessoas com as quais trabalha a excelentes resultados e à satisfação profissional. A seguir, são descritos na matriz curricular os módulos e as unidades curriculares previstos e as respectivas cargas horárias. Instalador e reparador de redes de computadores Módulos Denomi- nação Unidades Curriculares Carga Horária Carga Horária Módulo Específico Único Único • Eletroeletrônica 30 h 220 h • Cabeamento Estruturado 40 h • Instalação de Redes Locais 30 h • Manutenção de Computadores 60 h • Instalação de Sistemas Operacionais Desktop e Aplicativos 60 h Quadro 1 - Matriz curricular Fonte: SENAI DN Agora, você é convidado a trilhar os caminhos do conhecimento. Faça deste processo um momento de construção de novos saberes, onde teoria e prática devem estar alinhadas para o seu desenvolvimento profissional. Bons estudos! Introdução
  • 16.
  • 17. 2 História do Computador Já houve um tempo em que os computadores eram enormes. Com o passar dos anos, fo- ram diminuindo e se tornando cada vez mais fáceis de manusear. Não só por fora! A melhoria também avançou pela área interna dos computadores. Desde sistemas como o MS-DOS até os famosos Windows, utilizados atualmente, a evolução das máquinas alcançaram o mundo todo. Hoje, dificilmente encontra-se um local sem computador. Ele está nas empresas, lares, escolas, universidades e por todos os lugares. Neste capítulo você vai estudar a história do computador. Vamos ver agora alguns objetivos de aprendizagem desta seção. Acompanhe: a) estudar a evolução dos computadores; b) conhecer fatos e personagens marcantes da história dos computadores; c) verificar os sistemas de numeração da informática. A partir de agora, dedique-se ao estudo, lembrando que motivação e comprometimento são fundamentais para uma aprendizagem significativa e prazerosa. Pronto para conhecer a história do computador? Vamos lá!
  • 18. Manutenção de Computadores 16 2.1 Evolução dos computadores O computador é uma máquina constituída por componentes e circuitos ele- trônicos, capaz de receber, armazenar, processar e transmitir dados e informa- ções. De modo geral, ele tem como função receber dados, processá-los e, por fim, fornecer uma saída, que pode ser um resultado na tela ou uma página na impressora. Dreamstime (2012) Figura 1 -  Microcomputador Os computadores passaram por um processo evolutivo muito extenso até chegarem aos modelos que se conhecem hoje em dia. Para iniciar o estudo, é importante que você saiba que, ao francês Blaise Pascal, é creditada uma das maiores contribuições para a evolução da computação. Foi por volta de 1642 que ele inventou a primeira calculadora mecânica de que se tem notícia, a chamada máquina pascalina, que você pode observar a seguir. David Monniaux (2005) Figura 2 -  Máquina pascalina Mais adiante, em 1822, o cientista inglês Charles Babbage construiu um mode- lo do que viria a ser a máquina diferencial, composta de rodas movidas por meio de uma manivela. Prosseguindo com seus trabalhos, Babbage projetou a máqui- na analítica, composta por uma unidade central de processamento, dispositivos de entrada e saída e, ainda, dotada de uma capacidade de armazenar números. Essa máquina possuía um mecanismo tão complexo que não pôde ser construída pelo próprio cientista.
  • 19. 2 História do Computador 17 VOCÊ SABIA? Blaise Pascal inventou a calculadora mecânica em 1642. Ele concebeu a ideia ao tentar ajudar seu pai, a quem tinha sido atribuída a tarefa de reorganizar as receitas fiscais da província francesa de Haute-Normandie. Sua primeira calculadora foi chamada de calculadora de Pascal e, posteriormente, pascaline, que poderia somar e subtrair dois números diretamente e multiplicar e divi- dir pela repetição. SENAI (2012) Figura 3 -  Máquina diferencial Durante a Segunda Guerra Mundial, a IBM (International Business Machines), em parceria com a Marinha norte-americana, patrocinou o projeto de um estu- dante de Harvard. Desse projeto, nasceu o computador eletromecânico (consti- tuído por relés), denominado MARK I. A primeira máquina totalmente eletrônica, no entanto, foi lançada em 1943. Ela foi projetada pelo matemático Allan Turing e foi batizada de Colossus. SENAI (2012) Figura 4 -  MARK I
  • 20. Manutenção de Computadores 18 Anos mais tarde, surgiu o ENIAC (Electronic Numerical Interpreter and Calculator), desenvolvido na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos. Tratava-se do pri- meiro computador digital de grande porte, composto por 17 mil válvulas, medindo 5,5 metros de altura por 25 metros de comprimento e pesando 30 toneladas. Dreamstime (2012) Figura 5 -  MARK I e ENIAC Nas quatro décadas seguintes, o processo evolutivo continuou, mas não mais com o uso de mecanismos complexos ou por meio de dispositivos eletromecâ- nicos. Nesse período, houve um grande progresso na área de eletrônica, o que possibilitou o aposento da válvula e a utilização de transistores e, posteriormente, de circuitos integrados ou chips. Como símbolos dessa época, podem-se citar os lançamentos do TX-0, pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), em 1946; do IBM 1401 e do IBM 360, na década de 1960; do PDP 11, em 1970; do Altair 8800, já baseado em um processador Intel, e o 8080, em 1975. Mais adiante, em 1979, o Atari 800 tornava-se popular. Mas foi em 1981 que a história do computador começou a mudar. Nesse ano, a IBM lançou o IBM-PC, um computador dotado de um processador Intel (8088) de 8 bits, voltado ao uso pessoal. Mais tarde, esses equipamentos passaram a adotar o sistema operacional da recém-criada Microsoft, o MS-DOS. Visando o mercado em expansão, em 1984 a Apple Computers lançou o Macintosh, um computador com arquitetura interna distinta daquela do IBM-PC, e com um grande diferencial: o sistema operacional, desenvolvido com interface gráfica, possibilitava o uso do mouse para acionar ícones na tela, o que representou uma revolução para a época. A partir de então, a história já fica muito mais próxima dos usuários domés- ticos. Depois do IBM-PC, a Intel passou a dominar o mercado de processadores,
  • 21. 2 História do Computador 19 fornecendo CPUs para os maiores fabricantes de computadores. Foi assim com o Intel 80286, 80386, 80486, Pentium, Pentium II, Pentium III, Pentium IV, Core 2 Duo, Core 2 Quad e Intel I7. FIQUE ALERTA O mercado da computação se atualiza muito rápido e constantemente. Por isso, é importante que você procure se manter a par das novidades e, de preferência, busque aprimorar os conhecimentos em relação aos avanços. Fi- que atento aos lançamentos dos fabricantes de hardware e software para não ficar parado no tempo. 2.2 Sistema de numeração Você sabia que o sistema de numeração mais difundido na matemática é o decimal? É verdade! Por esse motivo, fica fácil compreender que ele é composto por dez símbolos (de 0 a 9). Como ele é utilizado frequentemente, também se presume que você saiba que com dois dígitos decimais é possível fazer cem com- binações distintas, de 00 a 99. Quando se trata de informática, no entanto, é um pouco diferente. Os sistemas de numeração utilizados na informática são o binário (composto por dois símbolos: 0 e 1) e o hexadecimal (composto por 16 símbolos: de 0 a 9 e de A a F). Como os equipamentos eletrônicos normalmente trabalham com os es- tados “ligado” ou “desligado”, adotou-se o sistema binário para representar esses estados, onde “0” equivale ao estado desligado e “1” equivale ao estado ligado. Os números binários também são usados para representar caracteres. Para cada caractere digitado em um editor de texto, por exemplo, existe uma sequência de oito dígitos binários que o representa. Com relação aos números hexadecimais, diz-se que são usados para representar endereços ou posições na memória do computador. Preparado para seguir o estudo? Pois saiba que este assunto não para por aqui. A seguir, você verá as unidades de grandeza na informática. 2.2.1 Unidades de grandeza na informática Cada sistema de numeração permite um determinado número de combina- ções a cada grupo de dígitos. Com quatro dígitos binários, por exemplo, é pos- sível formar 16 combinações. Já com 5 dígitos, você poderia formar 32 combina- ções. Esse cálculo é obtido elevando-se a base 2 ao número de dígitos. Observe a fórmula a seguir:
  • 22. Manutenção de Computadores 20 24 = 16, 25 = 32, 210 = 1.024 Para representar essas grandezas, existem os sufixos. O sufixo K (quilo), que em decimal representa mil vezes (como em quilo, quilômetro), em binário representa 210 vezes (1.024). Logo, um quilobyte (1 KB) representa 1.024 bytes, conforme a tabela a seguir. Tabela 1 - Sufixos Sufixo Potência Quantidade Quilo (K) 210 1.024 Mega (M) 220 1.048.576 Giga (G) 230 1.073.741.824 Tera (T) 240 1.099.511.627.776 Peta (P) 250 1.125.899.906.843.620 Exa (E) 260 1.152.921.504.607.870.000 Zetta (Z) 270 1.180.591.620.718.450.000.000 Yotta (Y) 280 1.208.925.819.615.700.000.000.000 Com a popularização das memórias e dos discos rígidos com valores na casa dos gigabytes, é comum que você ouça pessoas falando em algo como 2 “gigas” de memória, 500 “gigas” de HD etc. A pergunta é: está correto usar o plural nesses casos ou o certo é usar o singular, como 2 giga ou 500 giga? O que você acha? É importante destacar que “giga” é apenas a grandeza, o fator multiplicador. A unidade de medida de espaço em memória é o byte; este, sim, vai para o plural (2 bytes, por exemplo). Assim, se você quer usar o plural, use a grandeza e as uni- dades juntas, ou seja, 2 gigabytes. Ao usar apenas a grandeza, esta não vai para o plural, sendo obrigatório o uso do singular, ou seja, 2 giga ou 500 giga.
  • 23. 2 História do Computador 21 RECAPITULANDO Neste capítulo você estudou a evolução dos computadores. No trajeto de sua aprendizagem, você viu importantes fatos que marcaram a história da computação e personagens que influenciaram a evolução dos compu- tadores até os dias atuais. Outro assunto importante que você conheceu foram os sistemas de numeração utilizados na informática, bem como as unidades de grandeza empregadas nessa área. No próximo capítulo você vai absorver ainda mais conhecimento, pois trataremos da arquitetura dos computadores. Siga em frente!
  • 24.
  • 25. 3 Arquitetura de Computadores Certamente você já utilizou ou utiliza com frequência um computador, certo? E já parou para pensar sobre o funcionamento e os componentes dos computadores? Pois esse será o assunto que você estudará a partir de agora. Neste item, você vai: a) identificar as peças que fazem parte da estrutura de um computador; b) conhecer e entender a função das peças que integram a máquina.
  • 26. Manutenção de Computadores 24 3.1 Processadores Toda a atividade de um computador pode ser definida por um modelo bastan- te simples, conhecido como ENTRADA - PROCESSAMENTO - SAÍDA. Nesse univer- so, é fácil identificar a atividade central – o processamento, que, como você viu anteriormente, será o tema central deste capítulo. Na etapa de processamento, são executadas todas as operações da máquina, como acesso a discos rígidos e memórias, cálculos etc. Pois saiba que quem realiza essa atividade é o processa- dor, o componente principal de um computador, popularmente conhecido como o “cérebro da máquina”. VOCÊ SABIA? Todas as tarefas de um computador têm a participação do processador como, por exemplo, a execução de jo- gos, músicas, acesso à internet e aos mais variados pro- gramas. Enfim, tudo passa por ele. Em outra classificação, o processador também recebe o nome de CPU (Central ProcessingUnit – Unidade Central de Processamento). Trata-se de um chip respon- sável por buscar e executar instruções presentes na memória do computador. Es- sas instruções (processos) consistem em operações matemáticas e lógicas, além de operações de busca, leitura e gravação de dados. Para reforçar esses conceitos, vale conhecer o que Brain (2000) apresenta como uma representação de uma CPU. Veja: Beatriz Cascaes (2012) Figura 6 -  Representação de uma CPU O primeiro microprocessador utilizado em um computador pessoal foi o Intel 8080, lançado em 1974, capaz de executar instruções de 8 bits. Mesmo sendo o
  • 27. 3 Arquitetura de Computadores 25 primeiro, o 8080 não foi muito popular na época, fator reservado ao Intel 8088, lançado em 1979 e incorporado a um PC IBM – comercializado a partir de 1981. A partir do lançamento do IBM-PC, o computador pessoal ficou bastante conhe- cido e desejado por muitos consumidores. A Intel, de olho nesse mercado, não parou de pesquisar e evoluir, lançando (em espaços de tempo cada vez menores) processadores mais modernos e velozes. Com isso, surgiram o 80286, depois o 80386, 80486, Pentium, Pentium II, Pentium III e Pentium IV, Celeron, Xeon, Ita- nium, Core, Core Duo, Core 2 Duo, Core Quad, Core 2 Quad, i3, i5 e i7. Todos foram produzidos pela Intel e são melhorias do design básico do 8088. Isso tratando apenas de Intel. Seu principal concorrente, a AMD, evoluiu paralelamente, com os 286, 386, 486, 586, K5, K6, K6-2, K6-3, Athlon, Duron, Athlon XP, Sempron, Athlon 64, Athlon 64 x2, Phenom, Phenom x3, Phenom x4, Phenom II x2, Phenom II x3, Phenom II x4, Phenom II x6 e Turion. A evolução dos processadores foi prevista por Gordon Moore, fundador da In- tel, que em abril de 1965 publicou um artigo científico na Electronic Magazine, dizendo que o poder de processamento dos chips teria um aumento de 100% a cada período de 18 meses. Essa previsão ficou conhecida como Lei de Moore. Mas não existe uma maneira absoluta para determinar a capacidade de um processador. É necessário avaliar uma série de fatores, como sua arquitetura in- terna, o número de núcleos, a velocidade de operação (clock interno e externo), a capacidade de armazenamento da sua memória cache, o número de bits internos e externos, o tamanho dos barramentos de dados e endereços. Enfim, é preciso conhecer completamente as suas especificações técnicas. Para tornar essa tarefa mais fácil, a partir de agora você estudará alguns dos fatores capazes de mensurar a capacidade (e o preço) de um processador. 3.1.1 Arquitetura dos processadores e barramentos Na atualidade, é muito comum encontrar computadores na maioria das ca- sas. Com essa popularização, é natural que pessoas que não conhecem a fundo a tecnologia cometam alguns erros. Por exemplo: é comum chamar de CPU a parte que fica embaixo do monitor, onde você conecta todos os periféricos. E, então, essa nomenclatura é certa ou errada? O que você acha? É errada. Ape- sar de ser bastante popular, essa nomenclatura não é a correta, visto que CPU é a abreviatura em inglês para Unidade Central de Processamento – ou seja, o “pro- cessador”, conforme você estudou anteriormente. Nesse caso, você deve chamar a referida parte de gabinete. Sim, esse é o nome correto! Entre outras partes, a CPU é composta internamente por duas subunidades principais: a ALU (Arithmetic Logic Unit – Unidade Lógica e Aritmética), respon- sável pela execução das operações lógicas e aritméticas e tomadas de decisão; e
  • 28. Manutenção de Computadores 26 pela CU (Control Unit – Unidade de Controle), responsável pelos sinais de controle do computador. Além das duas unidades básicas, a CPU é composta também por barramento interno, registradores, unidade de decodificação e pelas caches de instruções e de dados. Para compor essas unidades, os processadores são pro- duzidos sobre uma pastilha de silício. Essa pastilha é composta por várias “micro- chaves”, chamadas de transistores. Você já ouviu falar neles? Pois saiba que são os responsáveis por permitir a lógica de execução das instruções. FIQUE ALERTA Quanto mais transistores houver na pastilha, maior será a capacidade de processamento da CPU. Além da CPU, existem outros componentes necessários ao funcionamento pleno do computador, que são os periféricos de entrada e saída (em inglês, uti- liza-se a sigla I/O, de input/output). Como exemplos de dispositivos de entrada, podem-se citar: teclado, mouse, scanner etc. Já os dispositivos de saída podem ser: placa de vídeo, de som, monitor etc. Esses dispositivos utilizam barramentos para se comunicar com a CPU. Assim, quando for necessário gravar um arquivo no disco rígido ou ler as informações vindas do teclado, é por meio dos barramentos que os dados chegarão ao proces- sador para serem tratados. SENAI (2012) Figura 7 -  Barramento Todas essas informações trafegam por um barramento rápido e eficiente, liga- do diretamente ao processador, chamado de barramento local. Este barramento também é chamado de Front Side Bus (FSB) que, em uma tradução literal, significa barramento frontal, por situar-se diretamente à frente do processador. O FSB é o barramento que faz a ligação entre processador e memórias RAM. Um diagrama
  • 29. 3 Arquitetura de Computadores 27 em blocos da arquitetura de um PC é mostrado na figura a seguir. O barramento local, por sua vez, é dividido em três partes distintas. Acompanhe, a seguir, os barramentos e as suas funções específicas. CPU RAM Dispositivo E/S externos RAM Cache Barramento E/S Interface Barramento local Thiago Rocha (2012) Figura 8 -  Barramentos do computador 1 a) Barramento de dados: o barramento de dados é o mais importante dos três, pois é por ele que as informações propriamente ditas trafegam, em forma de sinais digitais, lidos pelo software como bits. Os processadores atuais traba- lham com 64 bits. Fazendo uma analogia, é como se houvesse uma rodovia com várias pistas. O número de pistas é o número de bits do barramento e a velocidade com a qual eles trafegam é chamada de frequência do FSB. Como exemplo, pode-se citar um processador Pentium IV de 3 GHz – FSB 400 MHz, que tem 64 vias no barramento externo por onde os dados trafegam a 400 MHz (na verdade, a frequência real não é esta, mas isso você estudará mais adiante). Processadores mais modernos podem ter a velocidade do FSB mais alta, como 1.066 MHz, 1.333 MHz, 1.600 MHz e superiores. b) Barramento de endereços: as informações que trafegam no barramento de dados provêm de algum lugar e devem ser depositadas em algum destino. Pois bem, o local na memória onde o processador vai buscar a informação ou onde ele vai gravá-la é fornecido pelo barramento de endereços. c) Barramento de controle: você já sabe que as informações trafegam pelo bar- ramento de dados e serão buscadas ou escritas na memória, no local indica- do pelo barramento de endereços. Mas como saber se a operação é de lei- tura ou de escrita? Bem, essa função é reservada ao barramento de controle.
  • 30. Manutenção de Computadores 28 A seguir você pode observar uma figura que ilustra os três barramentos e seu acesso à memória RAM, assunto que vamos ver mais adiante. Note que os barra- mentos de controle e de endereços apenas saem da CPU em direção à memória. Local de memória 0 Local de memória 1 Local de memória 2 Registro 1 Registro 2 Registro 3 Linhas de controle R/W (ler/escrever) Local de memória 14 Local de memória 15 Memória . . . . . . CPU Dados Endereços Thiago Rocha (2012) Figura 9 -  Barramentos do computador 2 3.1.2 Frequência do processador Quando se fala sobre barramento de dados, vale lembrar, como exemplo, do Pentium IV, 3 GHz – FSB 400 MHz. Nele aparecem dois valores, ambos utilizando o Hertz (Hz), que é a unidade de medida de frequência. Sendo que 1 Hz significa uma oscilação de 1 ciclo por segundo, 1 KHz seriam 1.000 ciclos por segundo, e assim por diante. Mas por que na especificação aparecem dois valores? É o que você verá nos tópicos a seguir. a) Clock interno: indica a velocidade de execução das operações. No exemplo, constata-se que o processador é capaz de executar 3 bilhões de ciclos em um segundo. b) Clock externo: trata da velocidade ou frequência com que os dados trafe- gam no barramento local. É também chamado de frequência do Front Side Bus (FSB) e indica a velocidade na troca de dados entre memória, chipset e processador. No exemplo, o FSB 400 MHz indica o clock externo, ou seja, a frequência do barramento externo, que é dada de acordo com cada modelo de processador.
  • 31. 3 Arquitetura de Computadores 29 AMD e Intel (2012) Figura 10 -  Processadores Ainda a esse respeito, vale citar que ao longo da evolução dos processadores, algumas tecnologias foram e continuam sendo desenvolvidas, a fim de melhorar o desempenho das CPUs. Assim como o Hyper-Transport da AMD (que usa dois barramentos para comunicação externa: um para acesso à memória e outro para acesso ao chipset), em que o controle da memória é feito pelo processador, não mais pelo chipset. A Intel desenvolveu o Hyper-Threading e, recentemente, fabrica processadores com a tecnologia Dual Core, Quad Core e mais recentemente Six Core. Outras tecnologias desenvolvidas por esses fabricantes permanecem até hoje embutidas nos núcleos de seus processadores, tais como o MMX e o 3DNOW. 3.1.3 Memória cache Um dos fatores de maior relevância no desempenho final dos processadores é, sem dúvida, o tamanho da memória cache. Você sabe o que é? Trata-se de uma memória estática, constituída por circuitos eletrônicos muito rápidos chamados flip-flops. A memória principal do computador é constituída por circuitos capaciti- vos, que demoram certo tempo para fazer a carga e descarga, o chamado tempo de refresh. No caso da cache, esse tempo não existe, conferindo a ela um desem- penho muito superior. Como você pôde perceber, quanto maior a quantidade de memória cache, mais instruções e dados serão trazidos para ela, diminuindo o número de vezes que o processador terá de buscar informações na lenta memória principal (me- mória RAM). Assim, quanto mais memória cache, maior será o desempenho. Atualmente, um processador pode ter até 16 megabytes de memória cache. Acredite! Mesmo parecendo pouco, em se tratando de memória cache, é uma quantidade bem elevada. Veja a imagem a seguir:
  • 32. Manutenção de Computadores 30 Beatriz Cascaes (2012) Figura 11 -  Memória cache L2 dentro do processador Percebeu a importância da memória cache para o desempenho da sua máqui- na? Conheça agora a tecnologia de múltiplos núcleos! 3.1.4 Tecnologia de múltiplos núcleos Além do clock, do número de bits e do tamanho da cache, outro fator determi- na o desempenho de um processador. Trata-se do número de cores ou núcleos. Quando os processadores ultrapassaram a marca dos 3 GHz, eles começaram a consumir muita energia e passaram a esquentar muito. Percebeu-se, então, que para atingir os 4 GHz, os recursos de hardware seriam comprometidos, e seriam exigidos dispositivos de refrigeração mais caros. Assim, cogitou-se a hipótese de não aumentar o clock, mas sim o número de núcleos, que trabalhariam em con- junto, dividindo as tarefas. A primeira tentativa foi o lançamento da tecnologia Hyper-Threading. Você se lembra desse termo? Esse tema já foi estudado anteriormente. Caso o processa- dor tenha esse recurso, um processador de um núcleo passa a ser “visto” pelo sistema operacional como se fossem dois, o que aumenta o desempenho final em cerca de 10% a 20%. Em 2008, a Intel resolveu criar um processador realmente com dois núcleos. Trata-se do Pentium D, que na verdade era um encapsulamento composto in- ternamente por dois Pentium IV normais. Os processadores top de linha atuais podem ter até oito núcleos.
  • 33. 3 Arquitetura de Computadores 31 Beatriz Cascaes (2012) Figura 12 -  Processador com dois núcleos 3.1.5 Instalação de processadores Na instalação dos processadores, devemos usar pasta térmica entre o proces- sador e o cooler, a fim de aumentar a área de contato entre os dois dispositivos, melhorando, consequentemente, a transferência de calor do processador para o cooler. Mas lembre-se de que não é recomendado que sejam colocados adesivos (como o de garantia) em cima do processador, pois pode atrapalhar a transferên- cia de calor entre os dispositivos, causando travamento do computador, resets aleatórios ou, até mesmo, queima do processador. E que tal ver o que você estudou a respeito dos processadores por meio de uma tabela? A seguir, você poderá observar os processadores Intel, desde o pri- meiro (de 4 bits), até os chips comercializados atualmente. Observe: Tabela 2 - Processadores Intel Nome Frequência Bits internos Bits externos Detalhes 4004 740 KHz 4 4 Datado do ano de 1971, foi o primeiro processador criado pela Intel.Trabalhava a 740 KHz e possuía 2.000 transistores.
  • 34. Manutenção de Computadores 32 8008 1 MHz 8 8 Primeiro processador de 8 bits, lançado em 1972. 8080 2 MHz 8 8 Lançado em 1974, com 6.000 transistores. 8086 5 MHz 16 16 Primeiro processador de 16 bits. 8088 4,77 MHz a 8 MHz 16 8 1ª Geração: processador utilizado no 1º PC, o IBM-PC/XT, em 1981, com 8 bits externos para baratear o custo e 29.000 transistores. 80286 16 MHz a 25 MHz 16 16 2ª Geração: PC operando a 16 bits externa e internamente. Inaugurou a arquitetura PC-AT, com 134.000 transistores. 80386 SX 25 MHz 32 16 3ª Geração: primeiro processa- dor a trabalhar com instruções de 32 bits, embora usasse um barramento externo de 16 bits. 80386 DX 33 MHz 32 32 1985 – Processador de 32 bits. Podia trabalhar em con- junto com um coprocessador matemático, o 80387. Possi- bilitava a utilização de memória cache externa (na placa-mãe), sendo constituído por 275.000 transistores.
  • 35. 3 Arquitetura de Computadores 33 80486 SX 33 MHz 32 32 4ª Geração: 32 bits, interna e externamente, porém sem coproces­sador interno. Cache interna de 8 KB. 80486 DX 66, 75 e 100 MHz 32 32 32 bits, interna e externamente, com coprocessador interno. Cache interna de 16 KB com 1.200.000 transistores. Pentium 75 MHz 100 MHz 133 MHz 166 MHz 200 MHz MMX 233 32 64 5ª Geração: a Intel passou a pat- entear os nomes dos processa- dores.Trabalhava internamente com instruções de 32 bits, mas acessava a memória com blocos de 64 bits. Operava com cache L1 de 16 KB (8 KB para dados e 8 KB para instruções), possibilitando o uso de cache externa. O Pentium 200 MMX tinha 32 KB de cache, utilizando soquete 7 e 3.100.000 transistores. Pentium II 233 MHz a 450 MHz 32 64 6ª Geração: arquitetura Risc/Cisc, Cache L2 interna. soquete slot 1 (cartucho). Era constituído por 7.500.000 transistores. Pentium III 233MHz a 1.130 MHz 32 64 Alguns processadores saíram com soquete slot 1 e outros com um novo, chamado PGA 370. Eram comuns clocks de 700 MHz e 800 MHz. Era constituído por 7.500.000 transistores.
  • 36. Manutenção de Computadores 34 Pentium IV 1,4 GHz a 3,4 GHz 32 64 7ª Geração: capaz de processar 4 dados por pulso de clock (QDR), Pipeline de 20 etapas. Soquetes PGA 423 e 478 e LGA775, com 42 a 125 milhões de transistores. Pentium IV HT 3,73 GHz 32/64 64 Os processadores HT usam a tecnologia Hyper-Threading, que con­ siste em aproveitar partes ociosas do processador para ex- ecutar outras tarefas. Ele é visto pelo sistema operacional como um processador de dois núcleos, embora não o seja. Na verdade, o desempenho final é de 10% a 20% maior que um processador sem essa tecnologia. Clocks de 2,66 GHz a 3,6 GHz e tecnologia de 90 nm e 65 nm. Pentium D 3,73 GHz 32/64 64 Processador com dois núcleos de Pentium IV. Primeiro proces- sador de dois núcleos da Intel. A partir deste, todos os proces- sadores da Intel usam o soquete LGA-775. Clocks de 2,66 GHz a 3,6 GHz constituídos por 230 milhões de transistores. Core 2 Duo 2,4 GHz 64 64 Projeto genuinamente Dual. A pastilha já tem dois núcleos. Clocks de 1,8 GHz a 2,66 GHz. Tecnologia de 45 nm com 820 milhões de transistores. Usa soquete LGA-775. Core 2 Quad 2,4 GHz a 3,2 GHz 64 64 Duas pastilhas de Core 2 Duo integradas no mesmo processa- dor. Usa soquete LGA-775.
  • 37. 3 Arquitetura de Computadores 35 I3 1,2 GHz a 3,3 GHz 64 64 Processador com dois núcleos e com a tecnologia Hyper-Thread- ing habilitada, aumentando o desempenho do processador. A arquitetura de comunicação FSB foi substituída pela arquitetura DMI. Usa soquete 1156.Tecnolo- gias de 32 nm. I5 2,6 GhH a 3,4 GHz 64 64 Processador com quatro núcleos e com a tecnologia Turboboost, que faz overclock no proces- sador em momentos nos quais é necessário maior desempenho. Usa soquete 1156 e tecnologia de 45 e 32nm. I7 2,6G Hz a 3,3 GHz 64 64 Processador com quatro núcleos e tecnologias Hyper-Threading e Turboboost. Usa soquete 1156 e 1366. Usa tecnologia de 45 nm. Como esses dados são modificados à medida que novos processadores en- tram no mercado, recomenda-se refazer a pesquisa periodicamente, consultando os sites oficiais dos fabricantes de processadores. 3.2 Placa-mãe A partir de agora, você passa a estudar a placa-mãe e suas características. A placa-mãe é um dos principais componentes dos nossos computadores. Como o próprio nome diz, é a principal placa existente no computador. É nela que são conectadas todas as demais, as chamadas placas de expansão, como a de vídeo, a de rede etc. Também são conectados todos os periféricos que devem ser ligados ao PC, tais como teclado, mouse, monitor, impressora etc. Além das placas de expansão e dos periféricos externos, a placa-mãe é ainda responsável por fornecer os conectores e os slots para a colocação de unidades de disco, memória e processador. Enfim, a placa-mãe também é conhecida como motherboard ou mainboard. Acompanhe, na imagem a seguir, a identificação de cada um dos itens que a compõem.
  • 38. Manutenção de Computadores 36 Dreamstime (2012) Figura 13 -  Placa-mãe Antes de comprar uma placa-mãe, dê uma olhada no site do fabricante. Lá é possível verificar suas características, como: com quais modelos de processadores são compatíveis; quais slots de expansão ela possui; as ferramentas para manu- tenção e detecção de falhas (diagnóstico); a ferramenta para atualização de BIOS; as versões mais novas do BIOS; os drivers dos dispositivos on-board; os manuais; entre outras coisas. SAIBA MAIS Que tal verificar alguns sites agora? Comece por estes e sinta-se à vontade para pesquisar mais em outros sites sobre placas-mãe. <http://www.asus.com>; <http://www.gigabyte.com.tw>; <http://www.foxconnchannel.com>. 3.2.1 Portas de entrada e saída É por meio delas que o computador se comunica com os periféricos externos. Na figura a seguir, você poderá visualizar a interface paralela (na cor lilás), o co- nector do teclado (na cor roxa), o conector do mouse (na cor verde), as portas USB e RJ45 (de rede) e as entradas e saídas de áudio. Note que a utilização de cores distintas facilita a identificação das portas. Essa facilidade foi trazida pela especifi- cação PC97 e é utilizada até hoje.
  • 39. 3 Arquitetura de Computadores 37 Dreamstime (2012) Figura 14 -  Portas da placa-mãe 3.2.2 Soquete para processador É nesse encaixe que o processador será colocado. Existem diversos modelos de processadores no mercado, cada um com um soquete específico. Sendo as- sim, a placa-mãe deve ser compatível com o processador a ser usado. Dreamstime (2012) Figura 15 -  Soquete do processador Os primeiros modelos de processador Pentium utilizavam o soquete 7. Mais adiante, os processadores Pentium II surgiram com uma nova proposta, o slot 1 (semelhante ao cartucho de videogame Super Nintendo). Os dois padrões de soquete para processador mais utilizados atualmente são o ZIF (Zero Insert/input Force – Força de Inserção Zero) e o LGA (Landing Grid Ar- ray). Veja nas figuras:
  • 40. Manutenção de Computadores 38 Dreamstime (2012) Figura 16 -  Soquete LGA: Soquete 1366 (para processadores atuais da Intel) Dreamstime (2012) Figura 17 -  Soquete ZIF: Soquete AM3 (para processadores atuais da AMD) 3.2.3 Slots de memória Na placa em questão, você pôde ver quatro slots de memória: dois azuis e dois pretos. Trata-se de memórias DDR2 ou DDR3, dependendo da placa-mãe. É possível, ainda, encontrar placas que possuem slots para memórias DDR ou, até mesmo, placas mais antigas, com slots para memórias SDRAM DIMM. Slots
  • 41. 3 Arquitetura de Computadores 39 para memórias SIMM 30 e SIMM 72 vias só serão encontrados em placas muito antigas, que já não são mais usadas. Dreamstime (2012) Figura 18 -  Slots de memória DIMM1 3.2.4 Chipset É um conjunto de circuitos integrados, ou chip, responsável pela comunicação entre o processador e os diversos elementos da placa-mãe. Dada a complexidade dessa atividade, ele é dividido em duas partes: ponte norte e ponte sul. a) Ponte norte (northbridge) – é a parte do chipset responsável pelo contro- le do FSB (Front Side Bus), controle da frequência de operação da memória, do barramento AGP, PCI Express etc. Em virtude desse trabalho todo, a pon- te norte geralmente é coberta por um dissipador de calor, visto que o chip aquece muito e, sem o arrefecimento adequado, poderia ser danificado. b) Ponte sul (southbridge) – é responsável pelo controle de elementos que não exigem muito processamento e por dispositivos de entrada e saída, como interfaces IDE (SATA e PATA) e USB. A memória CMOS (que armazena os parâmetros do Setup) também fica localizada na ponte sul. Normalmente, os chipsets são desenvolvidos por empresas como VIA Techno- logies, SiS, AMD/ATI e Intel. É, portanto, comum encontrar um mesmo chipset em modelos concorrentes de placa-mãe. Na ilustração a seguir, você pode observar uma figura que ilustra o chipset.
  • 42. Manutenção de Computadores 40 Northbridge Southbridge Beatriz Cascaes (2012) Figura 19 -  Placa-mãe e seus chipsets (norte – northbridge e sul – southbridge) 3.2.5 Slots PCI e PCI Express Os slots PCI são as terminações dos barramentos. Neles, serão colocadas as placas de expansão que não exigem muito desempenho ou velocidade, como placas de fax modem e placas de som. Já slots PCI Express são reservados para placas com maior poder de processamento e que, normalmente, exigem mais do computador como, por exemplo, as placas de vídeo (slot PCI Express 16X) e as de rede de 1 Gbps ou 10 Gbps (slot PCI Express 1X). Dreamstime (2012) Figura 20 -  Slots PCI-e e PCI Para apagar as configurações e senha do Setup, basta mudar um determina- do jumper (jumper da CMOS) de posição, por alguns segundos, e depois voltar
  • 43. 3 Arquitetura de Computadores 41 o jumper à posição original. Esse ato faz que a memória CMOS (responsável por armazenar as configurações do Setup) seja “apagada” e as configurações originais de fábrica, do Setup, sejam carregadas novamente. 3.2.6 ROM BIOS ROM é abreviatura de Read Only Memory. Trata-se de uma memória só de lei- tura, não volátil, que armazena o Sistema Básico de Entrada e Saída. Na verdade, dentro da ROM existe um firmware composto por três microprogramas, conheci- dos por BIOS, POST e.. A função de cada um desses programas você conhecerá a partir de agora: a) BIOS é o acrônimo de Basic Input Output System (ou Sistema Básico de Entra- da e Saída). Ele é responsável por controlar o uso e dar suporte ao hardware do computador. É o software/sistema que inicializa o computador. b) POST é o acrônimo de Power On Self Test, uma espécie de autoteste que é executado durante a inicialização do computador. Nesse caso, se houver al- guma falha, como ausência do teclado, erro nas memórias ou placa de vídeo, alguma sinalização é emitida. No caso do teclado, uma mensagem será exi- bida na tela dando conta da sua ausência. Se houver falha de memória, uma sequência de bipes será emitida (normalmente bipes longos e contínuos). Se houver falha na placa de vídeo, a resposta do POST será a emissão de um bipe longo e três curtos. Esses códigos de erros podem variar de acordo com o fabricante da BIOS ou da placa-mãe. Dreamstime (2012) Figura 21 -  Teste de inicialização (POST) 1
  • 44. Manutenção de Computadores 42 c) Setup é o programa de configuração da placa-mãe. É nele que: se configura a data, a hora e a presença ou não de floppy disks; habilita-se ou não deter- minados dispositivos; configura-se a frequência das memórias e do proces- sador; enfim, toda a configuração de hardware é feita aqui. Após essa confi- guração, uma espécie de “arquivo de parâmetros” é gerada e enviada para a CMOS (Complementary Metal-Oxide-Semiconductor), onde uma pequena porção de memória presente no chipset (ponte sul) é responsável por guar- dar essa informação. d) Bateria da CMOS como você já viu, a CMOS tem a função de guardar as in- formações de configuração do computador. É importante saber que ela é volátil, ou seja, necessita de alimentação para que não perca as informações. Nesse caso, existe uma bateria de 3 V, cujo modelo é conhecido como CR 2032 e que tem a função de não permitir que esses dados sejam perdidos quando o computador for desligado. Dreamstime (2012) Figura 22 -  Bateria da BIOS e jumper para reset 3.2.7 Conector de energia O conector de alimentação, que você poderá verificar na figura seguinte, é um ATX 24, que recebe o cabo vindo da fonte. É possível encontrar conectores com apenas 20 pinos, dependendo da placa-mãe. Os processadores modernos exigem um pouco mais de corrente da fonte. Para suprir essa necessidade, existe o conector de reforço de corrente (auxiliar). Os conectores de reforço de corrente costumam ser de 4 pinos. Em placas-mãe que aceitam processadores top de linha, ou são destinadas ao público de entusiastas, pode ser encontrado um conector de 8 pinos na placa-mãe.
  • 45. 3 Arquitetura de Computadores 43 Dreamstime (2012) Figura 23 -  Conector ATX de 24 pinos1 Dreamstime (2012) Figura 24 -  Conector auxiliar de 4 pinos 3.2.8 Interface IDE/PATA Esse conector possui 40 pinos e é responsável por receber o cabo que vem do disco rígido, unidade de CD ou DVD, de padrão IDE. Trata-se de um cabo de 80 vias, muito embora, no passado, ele tivesse apenas 40. Essa porta é capaz de trocar dados com o HD a uma taxa de transferência que pode chegar a 133 MB/s e, por isso, é chamada de ATA 133. O conector IDE/PATA pode ser visto na figura a seguir; observe que eles são numerados como IDE1 e IDE2.
  • 46. Manutenção de Computadores 44 Dreamstime (2012) Figura 25 -  Interface IDE/PATA 3.2.9 Interface SATA Esse conector recebe o cabo que vem do disco rígido, ou da unidade de DVD, de padrão SATA. Trata-se de uma evolução do IDE PATA, pois, diferentemente do ante- rior, no qual a comunicação é paralela, nesse os dados trafegam de maneira serial, razão pela qual a taxa de transferência começa em 150 MB/s. Entretanto, ele pode atingir até 6 GB/s com a nova versão das interfaces SATA 3.0. Atualmente, a maioria dos dispositivos de armazenamento (como discos rígidos e drives ópticos) está usan- do esse tipo de interface. Confira, a seguir, as versões do Serial Ata: a) SATA 1.0 – Velocidade de 1,5 GB/s ou 150 MB/s. b) SATA 2.0 – Velocidade de 3,0 GB/s ou 300 MB/s. c) SATA 3.0 – Velocidade de 6,0 GB/s ou 600 MB/s. Dreamstime (2012) Figura 26 -  Interface SATA
  • 47. 3 Arquitetura de Computadores 45 3.2.10 Conector floppy disk Esse conector possui 34 pinos e recebe o cabo que vem do floppy disk ou uni- dade de disquete. Com a popularização das Flash Memory (ou pendrives), é cada vez mais raro encontrar placas que disponibilizem esse tipo de porta, isso porque um pendrive de apenas 1 GB é capaz de armazenar o conteúdo de aproximada- mente 711 disquetes. Dreamstime (2012) Figura 27 -  Interface do drive de disquetes FDD (floppy disk drive) 3.2.11 Placas-mãe com dispositivos on-board e off-board Você já deve ter ouvido falar do termo on-board, certo? Ele é utilizado para identificar uma placa-mãe que traz consigo uma série de itens integrados. Entre eles, podem-se citar placas de vídeo, som, rede. O que vai definir qual placa comprar é a utilização que se quer dar ao equipa- mento. Por exemplo, se você quer utilizar o PC para jogos 3D ou para atividades profissionais que exigem alto desempenho no tratamento de gráficos, como apli- cativos CAD/CAM (AutoCad, CorelDraw, PhotoShop), será preciso uma placa de vídeo robusta, que certamente não virá integrada à placa-mãe. Por outro lado, se a utilização não requer maiores recursos, é possível comprar uma placa bem barata e que já traga todos os recursos integrados, permitindo o acesso à internet, a utilização de “suítes” de escritório e a visualização de vídeos e imagens de maneira confortável. Existe ainda um meio-termo: é possível comprar uma placa-mãe que já tenha interfaces on-board e, em caso de necessidade, incluir os interfaces off-board que necessitar. Assim, mesmo que você possua uma placa de rede 100 Mbps on-board, é possível adquirir uma de 1 Gbps com fibra óptica e integrá-la ao equipamento sem problema nenhum; o mesmo vale para placas de som e vídeo.
  • 48. Manutenção de Computadores 46 Dentro desse contexto, conheça agora um caso importante sobre as placas de vídeo off-board, no Casos e Relatos. CASOS E RELATOS Placas de vídeo off-board Lucas resolveu fazer um upgrade em seu computador e, para isso, neces- sitava de uma nova placa-mãe. Procurou uma loja de informática que um amigo lhe indicara e que possuía atendentes com bastante conhecimento técnico e o ajudariam a fazer a melhor escolha da sua placa-mãe. Chegan- do à loja, Lucas foi atendido por Marcos, que lhe perguntou em que podia ajudá-lo. Lucas disse a Marcos que precisava de uma nova placa-mãe que suportasse seu processador Intel Core 2 Quad e seus dois módulos de me- mória DDR2. Marcos mostrou a Lucas as opções disponíveis de placas-mãe que eram divididas em três segmentos: uso doméstico, que tinha como ca- racterística recursos mais simples; uso empresarial, que era mais estável; e, por último, as placas-mãe utilizadas por gamers ou entusiastas por jogos, sendo estes os clientes que procuram por alto desempenho e estabilida- de. Lucas pediu para conhecer as opções para uso doméstico, pois não precisava de uma máquina top de linha e, sim, uma máquina com preço mais acessível e que executasse bem seus projetos básicos em AutoCad e, eventualmente, jogasse um jogo. Marcos informou que a placa-mãe de que dispunha possuía os recursos on-board (instalados na placa-mãe e não poderiam ser retirados da placa), placas de som, placa de vídeo e placa de rede. E disse ainda que possuía um barramento PCIe de 16X que possibilita- ria a Lucas uma futura expansão de uma placa de vídeo off-board, caso ele julgasse necessário. Lucas fechou negócio com a placa-mãe sugerida por Marcos, e ainda com- prou uma placa de vídeo off-board PCIe 16X. Entretanto, Marcos lhe in- formou que a placa não estava disponível e chegaria em três dias. Lucas concordou em receber depois a placa de vídeo, levou sua nova placa-mãe para casa, fez a montagem do micro e tudo funcionou corretamente. Após a montagem, Lucas instalou novamente o sistema operacional, para o mes- mo detectar todos os hardwares e os demais programas. No terceiro dia, Lucas estava ansioso pela chegada da placa de vídeo, havia testado seu novo computador com o AutoCad, o qual estava estudando na faculdade, e o desempenho em projetos 2D foi bom. Porém, os projetos em 3D trava- vam um pouco a imagem em projetos grandes.
  • 49. 3 Arquitetura de Computadores 47 No dia seguinte, Marcos ligou para Lucas e lhe informou que sua placa es- tava disponível. Lucas foi à loja, pegou sua placa e foi para casa fazer a sua instalação. Chegando em casa, Lucas inseriu a placa no barramento PCIe, ligou o micro e o monitor não deu sinal de vídeo, mesmo o computador, aparentemente, ter iniciado corretamente. Lucas teve a ideia de devolver o cabo de vídeo para a placa on-board e a imagem apareceu no monitor. Ele não entendeu o que estava acontecendo; possuía uma placa de vídeo, mas a mesma não estava ligando. Pesquisou na internet o que poderia estar ocorrendo, pois a loja de informática já estava fechada e ele não poderia ir até lá pedir aju- da, somente no dia seguinte. Achou uma informação interessante em um fórum, que descrevia que ao colocarmos uma placa de vídeo off-board, al- gumas placas-mãe identificam a nova placa e desabilitam a placa on-board automaticamente, mas outras não, pois o vídeo on-board permaneceria em funcionamento, e o off-board, não. Lucas viu o procedimento para entrar no BIOS e mudar a prioridade da placa de vídeo; escolheu inicializar a placa- -mãe com a placa de vídeo off-board no barramento PCIe. Após salvar as configurações de vídeo e retornar o cabo para a placa de vídeo off-board, o vídeo funcionou corretamente e, logo após, ele fez a instalação do driver de vídeo e o teste com o AutoCad. O desempenho ficou muito bom e ele sentiu-se contente com a aquisição de seu novo hardware. Como você viu no relato, em alguns casos, para instalar uma placa de vídeo off-board é necessário configurar no BIOS a preferência pelo vídeo off-board. Em alguns casos, é possível somente inserir a placa de vídeo no slot e, automatica- mente, o BIOS reconhece a placa de vídeo off-board. Existem diversos fabricantes no mercado disponibilizando bons produtos, mas há também aqueles que fabricam produtos de baixa qualidade. No caso das placas-mãe, é importante que você fique atento a algumas marcas, tais como: Asus, Gigabyte, Foxconn, PC Chips, MSI, EVGA, Tyan, Intel e ECS. É necessário pes- quisar o histórico dos produtos, conhecer a fundo a tecnologia e, sobretudo, usar a experiência adquirida ao longo dos anos. Assim, você poderá escolher uma pla- ca de acordo com conceitos técnicos que norteiam a profissão. 3.3 Barramentos A partir de agora, você estudará os barramentos dos computadores. Você sabe sua utilidade? Eles são componentes muito importantes para o computador, pois
  • 50. Manutenção de Computadores 48 têm a finalidade de transferir dados de um dispositivo a outro. Os conceitos que você estudará agora estão bastante difundidos, e já aparecem no Novo Dicio- nário Aurélio (1999). Veja a definição de barramentos: “[...] é o conjunto de vias internas que interligam componentes e periféricos. (Corresponde, nesta acepção, ao inglês bus, abreviatura de busbar)”. Apesar de não se tratar de uma literatura técnica, o conceito é tão simples quanto exato. Os barramentos são mesmo vias ou condutores elétricos por onde os sinais digitais trafegam, interligando todos os componentes e periféricos de um computador. Existem dois tipos de barra- mentos. Conheça cada um deles! a) Barramentos internos: as placas de expansão conectam-se aos barramentos internos por meio dos slots. Cada barramento possui um tamanho de pala- vra de dados com que pode trabalhar, bem como uma frequência máxima suportada. Todos esses fatores vão indicar com qual desempenho cada dis- positivo vai se comunicar. Como exemplo desses barramentos, podem-se citar: barramento local, barramento IDE, ISA, VLB, PCI, AGP, PCI Express etc. b) Barramentos externos: são utilizados para conectar periféricos que ficam fora do gabinete, como teclado, mouse, pendrives, impressoras etc. Para co- nectar-se aos barramentos externos, esses periféricos se utilizam de portas, tais como: porta serial, paralela, USB, porta PS2, Firewire, IrDA etc. CPU AGP Slot AGP ATA Drives 10/100 Ethernet USB Sound PCI Slots Southbridge PCI Express PC Chipset Northbridge Dual channel memory slots Beatriz Cascaes (2012) Figura 28 -  Barramentos Agora que você já sabe o que são os barramentos e já conhece o barramento interno e o externo, saiba mais sobre o barramento ISA.
  • 51. 3 Arquitetura de Computadores 49 3.3.1 Barramento ISA O barramento ISA (Industry Standard Architecture) era utilizado nos primeiros computadores pessoais, os IBM PC–XT, que trabalhavam com palavras de dados de 8 bits. Mais adiante, com o lançamento da arquitetura AT, o ISA passou a ope- rar com 16 bits. O barramento ISA é antigo e não mais utilizado atualmente. 3.3.2 Barramento PCI Criado pela Intel na época do desenvolvimento do processador Pentium, o barramento PCI (Peripheral Component Interconnect) é utilizado até hoje, dada a sua capacidade de trabalhar a 32 bits ou 64 bits, o que oferece altas taxas de transferência de dados. Operando com palavras de 32 bits e uma frequência de 33 MHz, ele atinge uma taxa de 132 MB por segundo. Trata-se de um barramento plug and play (PnP) – traduzido como Conecte e Use, ou seja, que permite que uma placa seja a ele conectada e, automaticamente, reconhecida pelo sistema operacional. Dreamstime (2012) Figura 29 -  Slot PCI 3.3.3 Barramento AGP O barramento AGP (Accelerated Graphics Port) foi desenvolvido pela Intel com o intuito de obter maiores taxas de transferência entre a placa-mãe e as placas de vídeo. Criado exclusivamente para placas de vídeo, atingia desempenho bem superior ao PCI. Bruno Lorenzzoni (2012) Figura 30 -  Slot AGP
  • 52. Manutenção de Computadores 50 3.3.4 Barramento PCI Express A evolução natural da interface dos jogos de computador, bem como o au- mento de carga gráfica nos aplicativos de engenharia e desenho, fizeram que o padrão AGP se tornasse obsoleto e incapaz de fornecer taxas de transferência suficientes para suprir a demanda dos softwares aplicativos e de entretenimento. Para resolver tal problema, uma das medidas da indústria foi a criação do barra- mento PCI Express, o substituto dos barramentos Peripheral Component Intercon- nect (PCI) e Accelerated Graphics Port (AGP). Essa nova tecnologia trouxe maiores taxas de transferência e a capacidade de operar com placas de vídeo mais mo- dernas e capazes de atender às demandas do mercado. Observe, na tabela que segue, comparações entre as taxas dos diversos padrões de barramentos. Tabela 3 - Taxas de velocidades dos barramentos barramento clock número de bits dados por pulso taxa de transf. PCI 33 MHz 32 1 133 MB/s PCI 66 MHz 32 1 266 MB/s PCI 33 MHz 64 1 266 MB/s PCI 66 MHz 64 1 533 MB/s AGPX1 66 MHz 32 1 266 MB/s AGPX2 66 MHz 32 2 532 MB/s AGPX4 66 MHz 32 4 1.064 MB/s AGPX8 66 MHz 32 8 2.128 MB/s PCI-X 1X 66 MHz 64 1 533 MB/s PCI-X 4X 133 MHz 64 1 1.066 PCI-X 8X 133 MHz 64 2 2.132 MB/s PCI-X 16X 133 MHz 64 4 4.266 MB/s Fonte: Adaptado de Clube do Hardware (2009) Bruno Lorenzzoni (2012) Figura 31 -  Slots PCI-e 16X (superior) e 1X (inferior)
  • 53. 3 Arquitetura de Computadores 51 Além dos barramentos que você conheceu, ainda existiram outros. Esse será o assunto que você verá na próxima etapa! Podemos seguir? Vamos aos barramentos USB. Acompanhe! 3.3.5 Barramento USB Atualmente, os técnicos que necessitam instalar uma impressora ou qualquer outro dispositivo USB, muitas vezes, não sabem que até certo tempo atrás essa tarefa era encarada com uma dificuldade razoável, reservada apenas a técnicos ou pessoas com mais experiência. E você sabe por quê? Essa dificuldade se devia ao fato de que cada periférico tinha sua porta ou conector específico. Assim, uma impressora ou um scanner deveriam utilizar a porta paralela (co- nector DB 25) ou, em alguns casos, a porta SCSI. No caso do mouse, usava- se a porta serial (conector DB 9), isso sem contar o teclado, que usava a porta DIN ou PS-2 (conector Mini-DIN). Enfim, tudo funcionava sem uma padronização. Para re- solver esse problema, em 1995 foi criado o USB Implementers Fórum, uma aliança promovida por várias empresas (como NEC, Intel e Microsoft) com o intuito de desenvolver uma tecnologia que permitisse o uso de um tipo de conexão comum entre computador e periféricos. Desse fórum surgiu o padrão Universal Serial Bus (USB) que, em português, significa Barramento Serial Universal, ou seja, uma tecnologia que tornou mais simples e fácil a conexão de diversos tipos de dispositivos, como câmeras digi- tais, pendrives, modems, mouse, teclado etc. Essa facilidade se deve ao fato de que o USB é um barramento totalmente plug and play, que reconhece qualquer dis- positivo conectado à sua interface. Além disso, trata-se de um barramento hot plugging, ou seja, que permite conectar e desconectar qualquer dispositivo com o computador ligado, sem que este sofra danos. Além disso, não é necessário reiniciar o computador para que o aparelho instalado possa ser usado. Basta co- nectá-lo devidamente e ele estará pronto para o uso. O barramento USB permite a conexão de até 127 dispositivos. Ocorre que, normalmente, o computador dis- ponibiliza um número pequeno de conectores (quatro atrás e dois na frente). É preciso utilizar hubs USB, que são aparelhos que usam uma porta USB do compu- tador e disponibilizam mais quatro ou oito outras portas. É preciso, contudo, usar esse dispositivo com critério, pois conectar vários periféricos em uma única porta certamente vai gerar um ”gargalo” que comprometerá a velocidade de comuni- cação dos equipamentos em questão. Conectores USB Dependendo do fabricante e da utilidade de um dispositivo USB, podem ser adotados quatro tipos criados para interfaces USB. Vamos saber quais são.
  • 54. Manutenção de Computadores 52 4 3 2 1 Type A 4 3 Type B 1 2 5 4 3 2 1 Mini-A 54321 Micro-A 54321 Micro-B 5 4 3 2 1 Mini-B Denis Pacher (2012) Figura 32 -  Conectores USB encontrados no mercado a) Conector tipo A: conector mais comum USB, normalmente usado nos pen- drives. b) Conector tipo B: normalmente usado para conectar um dispositivo, como uma impressora ou scanner, a um computador. Na extremidade do cabo co- nectado ao computador, usa-se o conector tipo A; e o tipo B é utilizado na outra extremidade, ligado à impressora ou ao scanner. c) Conectores tipo mini-A e mini-B: normalmente usados em dispositivos pe- quenos como câmeras digitais, filmadoras ou dispositivos de áudio portátil. Na extremidade do cabo conectado ao computador usa-se o conector tipo A; e o tipo mini-A ou mini-B é conectado ao dispositivo portátil. É indispensável que você conheça outra importante característica do USB: o cabo de comunicação leva consigo, além dos dados, a alimentação para o dis- positivo conectado à porta. Com isso, é possível alimentar equipamentos que consomem pouca energia, como: mouse, teclado, pendrive etc. No caso de equi- pamentos maiores, como impressoras, por exemplo, é preciso usar fonte própria. Acompanhe na tabela a seguir, as versões e taxas de transferência de dados do USB. Tabela 4 - Taxas de transferência USB Taxas de transferência do barramento USB Versão do USB 1.0 1.1 2.0 3.0 Taxa de transferência 1,5 Mbps 12 Mbps 480 Mbps 4,8 Gbps Ano de lançamento 1996 1998 2000 2009 Fonte: Adaptado de Clube do Hardware (2009)
  • 55. 3 Arquitetura de Computadores 53 3.4 Padrão ATX de gabinetes e fontes Mesmo tendo existido outros padrões para gabinete, fonte e placa-mãe, o “sobrevivente” e que domina quase 100% do mercado é o padrão ATX. Outros padrões já saíram de linha, como o XT e o AT. Existe também o padrão BTX, que acabou não “vingando”, ao menos por enquanto. Com o surgimento da arquitetura Pentium II e o consequente aumento de clock dos processadores, houve um aumento da temperatura no interior do ga- binete. As características do antigo padrão AT prejudicavam a ventilação interna, o que dificultava o arrefecimento. Para resolver problemas dessa natureza, foi criado, em 1997, o padrão Advanced Tecnology Extended (ATX), que proporcionou uma redistribuição interna dos itens de um PC, melhorando a ventilação. 3.4.1 Placa-mãe ATX A placa-mãe desse padrão passou a trazer as portas “serial” e “paralela” embu- tidas. Isso dispensou a utilização dos espelhos com flat cables, o que melhorou o aspecto interno, bem como a ventilação. Foi possível, também, incluir uma série de placas de expansão on-board, como placas de som e rede. Outra mudança foi a utilização dos conectores PS2 para teclado e mouse. Enfim, uma série de mudan- ças que fizeram que o padrão fosse rapidamente adotado e utilizado até hoje. A seguir, visualize a figura com uma placa-mãe ATX. Dreamstime (2012) Figura 33 -  Placa-mãe ATX
  • 56. Manutenção de Computadores 54 3.4.2 Fonte ATX A fonte do modelo ATX possui apenas um conector para alimentar a placa- -mãe, que pode ser de 20 ou 24 pinos. Mais tarde, com o passar dos anos, o lança- mento de processadores mais poderosos passou a exigir mais corrente da fonte, havendo necessidade de mais um conector de quatro pinos. Outra característica importante da fonte ATX é que ela pode operar em modo standby, fornecendo tensão à placa-mãe mesmo quando o PC está efetivamente desligado. Isso gera a possibilidade de utilizar o recurso WOL, sigla de Wakeup on Lan ou Wakeup on Modem, que permite ligar o PC por meio de um comando oriundo da rede ou da placa de fax modem. As figuras a seguir ilustram bem esse modelo. Observe! Dreamstime (2012) Figura 34 -  Conector da fonte ATX e reforço de corrente 1 13 +3.3VDC +3.3VDC COM +5VDC +5VDC +5VSB +12V1 DC +12V1 DC +3.3VDC COM COM PWR_OK +3.3VDC -12VDC COM PS_ON# COM +5VDC +5VDC +5VDC COM COM COM N/C 12 24 Verde Preto Karina Silveira (2012) Figura 35 -  Ligação direta e tensões da fonte ATX
  • 57. 3 Arquitetura de Computadores 55 Como a fonte ATX é ligada diretamente pela placa-mãe, é possível que o técni- co encontre dificuldades para saber onde está o defeito, caso o micro não esteja ligando. Pode ser que a fonte esteja sem problemas e a causa do “não ligamento” seja a própria placa-mãe. Nesse caso, é preciso garantir que a fonte esteja ligando e funcionando corretamente. Para isso, você deve usar um procedimento bem simples: faça um curto-circuito entre os fios do conector (o verde e um dos pre- tos). Pronto, a fonte deverá ligar! Então basta medir a tensão nos pinos do co- nector para constatar seu correto funcionamento. O referido curto-circuito e os valores de tensão encontrados no conector da fonte podem ser visualizados nas figuras anteriores. 3.4.3 Gabinete ATX Além de permitir uma melhor ventilação, o gabinete ATX passou a explorar o design como característica principal. Assim como na linha automotiva é comum vermos carros “tunados”, ou seja, com personalizações – as mais diferentes possí- veis –, é comum encontrarmos gabinetes ATX com formatos e cores variadas, o que é o diferencial desse padrão. Para entender melhor, observe as próximas figuras. Thiago Rocha (2012) Figura 36 -  Gabinete ATX No exemplo a seguir, note que, ao calcular a potência da fonte, considerando os dispositivos instalados e a existência de dois discos rígidos, chega-se à con- clusão de que ela deverá ter, no mínimo, 305 W para suprir a demanda. É reco- mendável usar uma fonte com potência sempre superior ao calculado, para obter certa folga. Ou seja, o ideal seria utilizar uma fonte de 500 W.
  • 58. Manutenção de Computadores 56 Tabela 5 - Potência dos dispositivos athlon 64 fx 100 w (valor estimado) HD (cada) 25 + 25W (valor estimado) Drive de CD 25W (valor estimado) Drive de DVD 25W (valor estimado) Placa de vídeo 3D 80W (valor estimado) Mouse óptico 25W (valor estimado) Total 305W Fonte: Adaptado de Infowester (2009) Uma das principais dúvidas dos técnicos é sobre qual potência a fonte deve ter para cada tipo de microcomputador. Bem, a resposta é simples: vai depender do tipo das placas, do processador e da quantidade de dispositivos que se conectam ao computador. Agora você já sabe quais foram as mudanças trazidas pelo padrão ATX, não é mesmo? Mas o aprendizado não para por aqui. Ainda tem muita coisa importante aguardando por você! 3.5 Memórias A partir de agora, o objetivo será estudar as memórias e seus detalhes técnicos. As memórias são as responsáveis pelo armazenamento de dados nos computa- dores. Para que o processador possa executar suas tarefas, ele busca na memória todas as informações necessárias ao processamento. Existem dois tipos básicos de memória: ROM e RAM, com diversos tipos de encapsulamentos, como vere- mos neste item. E então, ficou curioso para conhecer as diferenças das memórias? Siga moti- vado para conhecer mais sobre esses componentes que estão presentes no seu dia a dia! 3.5.1 Tipos de encapsulamentos O encapsulamento está ligado à parte física, ou seja, ao modo como o chip é “embalado”. De acordo com essa característica, ele recebe um nome – geralmen- te um acrônimo em inglês – relacionado à sua característica. Que tal agora conhe- cer os tipos de encapsulamentos de memórias mais usados nos PCs? Acompanhe!
  • 59. 3 Arquitetura de Computadores 57 a) Single In-line Memory Module (SIMM): o encapsulamento SIMM foi o primei- ro a utilizar um conector de encaixe, conhecido por slot, para sua conexão à placa-mãe, abandonando de vez os pinos. Nesse caso, não se justificava mais o apelido popular de “pente de memória”, passando a ser chamado de módulo de memória. Saiba que havia dois tipos de módulos, o SIMM 30 e SIMM 72, em que o 30 e o 72 se referem à quantidade de “vias” ou “pinos” – ou, ainda, “contatos” – que cada módulo de memória possuía. Thiago Rocha (2012) Figura 37 -  Memória SIMM 30 vias Thiago Rocha (2012) Figura 38 -  Memória SIMM 72 vias É importante lembrar que, na contagem dos pinos (ou contatos), deve-se con- siderar apenas um lado da memória, por isso o encapsulamento tem o termo sin- gle no nome. O padrão SIMM já não é utilizado há muitos anos. Vamos passar aos modelos mais atuais? b) DualIn-lineMemoryModule (DIMM): este é o padrão de encapsulamento que surgiu para substituir o tipo SIMM. Ao contrário do que você pode pensar, ele não está ligado unicamente aos módulos de memória SDRAM, utilizados em placas-mãe equipadas com processadores Pentium II, Pentium III e em alguns modelos de Pentium IV. Mas qual é a origem do nome DIMM? Na verdade, DIMM vem do fato de que são módulos destinados a desktops, sendo considerados os dois lados da memó-
  • 60. Manutenção de Computadores 58 ria na contagem dos pinos, por isso a palavra dual no nome. Assim, um módulo DIMM de 168 pinos tem, na verdade, 84 pinos/vias de cada lado. Existem três variedades desse encapsulamento: o DIMM 168, usado em memó- rias SDRAM SDR PC100, por exemplo; o DIMM 184, usado em memórias SDRAM DDR; e o DIMM 240, usado em memórias SDRAM DDR2 e DDR3. Observe que os módulos DIMM 168 possuem dois chanfros, justamente para que não sejam en- caixados nos slots destinados aos módulos DIMM 184 e DIMM 240. A figura a se- guir ilustram um exemplo de cada módulo DIMM. Confira! Thiago Rocha (2012) Figura 39 -  Memórias DIMM 168 vias c) SmallOutlineDualIn-LineMemoryModule (SODIMM): ainda sobre encapsula- mentos, é importante que você saiba que existem os módulos SODIMM, des- tinados a notebooks. Para Morimoto (2009), eles são basicamente versões miniaturizadas dos módulos destinados a desktops. Existem dois modelos desse tipo de memória: os módulos SODIMM SDR (que possuem 144 pinos) e os SODIMM DDR, DDR2 e DDR3. A variação entre os pinos não permite que o encaixe seja feito incorretamente, já que os dois tipos são incompatíveis.
  • 61. 3 Arquitetura de Computadores 59 SO-DIMM DDR SO-DIMM DDR 2 SO-DIMM DDR 3 80 pin 26 pin 0 1 2 3 4 5 6 6.76 2.40 1.6 1.5 66 pin 20 pin 20 pin 80 pin Thiago Rocha (2012) Figura 40 -  Tipos de memória SODIMM Agora que você já conhece alguns tipos de encapsulamento, saiba mais sobre a memória ROM. 3.5.2 Memória ROM ROM é a sigla para Read Only Memory (memória somente de leitura). Como o próprio nome diz, trata-se de uma memória que só permite leitura, ou seja, suas informações são gravadas pelo fabricante uma única vez e, depois, não podem ser alteradas ou apagadas, somente acessadas, tendo seu conteúdo gravado per- manentemente. Essas memórias são chamadas de “não voláteis”, pois não ne- cessitam de alimentação elétrica para manter seus dados. Sua função principal é armazenar o firmware chamado BIOS, responsável pela inicialização do computa- dor, cujas características já estudamos anteriormente.
  • 62. Manutenção de Computadores 60 SENAC SC (2012) Figura 41 -  Memória ROM Afinal, o que é firmware? Trata-se do conjunto de instruções operacionais pro- gramadas diretamente no hardware de um equipamento eletrônico. É armaze- nado permanentemente num circuito integrado (chip) de memória de hardware, como uma ROM, no momento da fabricação do componente. A programação de um firmware em princípio é não volátil (não perde seu conteúdo com o desliga- mento da eletricidade). Agora ficou mais fácil entender, certo? E nosso próximo assunto será a memó- ria RAM. Bons estudos! 3.5.3 Memória RAM RAM é a sigla para Random Access Memory (memória de acesso aleatório). Trata-se de uma memória “volátil”, ou seja, um tipo de chip que permite tanto a leitura quanto a gravação dos dados, mas que exige uma alimentação constante, sob pena de perder os dados armazenados. Em outras palavras, as memórias do tipo RAM perdem seus dados quando o computador é desligado. Existem dois tipos básicos de memória RAM. Vamos conhecer cada um deles? Confira a seguir, alguns conceitos. a) Dynamic Random Access Memory (DRAM): são as memórias do tipo dinâmi- co e geralmente são armazenadas em cápsulas Complementary Metal-Oxide- -Semiconductor (CMOS). Memórias desse tipo possuem alta capacidade, isto é, podem comportar grandes quantidades de dados. No entanto, o acesso a essas informações costuma ser mais lento que o acesso a memórias estáti- cas. As memórias do tipo DRAM costumam ter preços bem menores que as memórias do tipo estático, pois sua estruturação é menos complexa, ou seja, utiliza tecnologia mais simples, porém viável.
  • 63. 3 Arquitetura de Computadores 61 b) Static Random Access Memory (SRAM): são memórias do tipo estático. São muito mais rápidas que as memórias DRAM, porém, de capacidade bem in- ferior (de 1 MB a 16 MB, em média), armazenam menos dados e possuem preço elevado se for comparado o custo por megabyte. As memórias SRAM costumam ser usadas em chips de cache, atualmente localizados dentro do processador (denominamos cache interna, por estar dentro do processador). A memória SRAM ou cache faz grande diferença no custo e no desempenho de um processador. Sempre que necessitarmos saber qual a quantidade de memória RAM neces- sária para executar um programa de forma satisfatória, devemos verificar a espe- cificação do produto que usamos. Os fabricantes de software sempre informam os requisitos mínimos e recomendáveis de hardware necessários para executar seus programas. Portanto, sempre tome como referência o recomendado! 3.5.4 Memória SDRAM SDR Visando uma maior integração entre os componentes, foram criados módulos de memória que atuam com 64 bits simultaneamente, ideais para barramentos de processadores Pentium ou superiores. Os primeiros módulos de 64 bits eram chamados de DIMM 168 (Dual In-line Module Memory com 168 pinos, sendo 84 de cada lado do módulo). E por ser mais rápida, ela passou a ser chamada de Synchronous Dynamic Random Access Memory (SDRAM). É uma memória síncrona que opera em frequências de 66 MHz, 100 MHz e 133 MHz. Essa memória utiliza o encapsulamento DIMM e é conhecida como PC66, PC100 e PC133. Costuma ser chamada apenas de memória SDRAM ou, ainda, de memória DIMM, mas o correto é SDRAM SDR. 3.5.5 Memória SDRAM DDR A memória Double Data Rate (DDR) é um tipo baseado na tecnologia SDRAM, natural substituta das memórias DIMM de 168 pinos. Também chamada de SDRAM–II, atinge altas taxas de transferência de dados, podendo chegar a 3,2 GB por segundo. Na época em que os PCs operavam com processadores Pentium III era comum (e suficiente) que se trabalhasse com memórias com frequência de 133 MHz, pois esse era o valor do FSB dos processadores. Caso você não lembre, a frequência do FSB é a “velocidade” na qual o processador troca dados com a memória (na verdade, atualmente essa troca se dá entre o chipset e o processador). Nesse caso, não havia problema, pois as frequências da memória e do FSB eram iguais. Com
  • 64. Manutenção de Computadores 62 o lançamento do Pentium IV, esse equilíbrio se desfez, gerando a necessidade de se procurar memórias mais eficientes. A primeira tentativa foi com a utilização de memórias RAMBUS, do fabricante de mesmo nome. O problema é que essa era uma memória proprietária, que não se tornou padrão de mercado, isso porque esquentava demais, era muito cara e, além de tudo, só funcionava com processadores Intel. A AMD, que foi preterida nessa história, procurou o seu caminho investindo nas memórias DDR. Era um modelo novo, também SDRAM, pois era uma memória síncrona, dinâmica e, so- bretudo, RAM. Ela também é considerada uma memória DIMM, pois usa esse tipo de encapsulamento (no caso, uma DIMM 184, com 92 pinos de cada lado). A AMD levou a melhor, pois esse tipo de memória acabou se tornando padrão, desban- cando as RAMBUS em pouco tempo. Mas o que diferencia a memória Double Data Rate da memória SDR? É a possi- bilidade de realizar duas operações por pulso de clock (daí o nome – Doube Data Rate). Outra característica é a tensão de alimentação que caiu dos 3,3 V das SDR para 2,5 V (o que diminuiu a temperatura). Esses fatores mostraram uma vanta- gem e tanto para a época, visto que uma memória trabalhando a 133 MHz podia ser compatível com um processador com 266 MHz de FSB. Vale destacar que a frequência REAL da memória continua sendo 133 MHz, mas devido à taxa dupla de operações por ciclo de clock, ela se comporta como se trabalhasse a 266 MHz. Também é importante frisar que as memórias DIMM 168 usavam uma nomen- clatura baseada na sua frequência de operação. Nas memórias DDR (ou DIMM 184) isso não ocorre. Observe o exemplo: numa memória SDRAM PC133, o nú- mero “133” significa que a memória trabalha a 133 MHz. Mas quando se encontra uma memória DDR266 PC2100, não significa que ela trabalhe a 2.100 MHz. Nesse caso, é possível calcular a taxa de transferência de dados (em MB/s – megabytes por segundo) utilizando a seguinte fórmula: Para fazer o cálculo, observe que a frequência de operação é 266 MHz, pois é uma DDR266, e que a memória trabalha com palavras de dados de 64 bits. A memória que você estudou é conhecida como PC2100, pois atinge uma taxa de transferência de 2.100 MB/s. Assim, o número que vem depois do “PC” refere-se à taxa de transferência, diferentemente do que ocorria nas memórias SDRAM SDR. Dessa forma, é possível concluir por que as memórias DDR200, DDR333 e DDR400 são chamadas, respectivamente, de PC1600, PC2700 e PC3200. Taxa de Transferência = Frequência Nominal x Palavra de Dados