Cartilha desenvolvida pelos alunos da Turma 0105 do curso: Assistente Administrativo do SENAC da cidade de Varginha/MG.
Arte desenvolvida por: @DSPersonalizaveis
Cartilha de Excelência em Atendimento para Pessoas com Deficiência - CEAPEDE
1.
2. Caro leitor (a),
Você está recebendo a “Cartilha de Excelência
em Atendimento para Pessoas com
Deficiência” – CEAPEDE, que têm como
objetivo orientar e informar sobre o
atendimento para as pessoas com deficiência.
Como as ações de inclusão têm se
intensificado a cada dia e as pessoas com
deficiência estão em todos os espaços,
inclusive buscando serem atendidas de forma
unificada, é muito importante conhecer
cuidados e pontos de atenção necessários
para o seu atendimento.
Nesse material você encontrará desde
curiosidades, depoimentos, dúvidas referentes
as pessoas com deficiência que
frequentemente aparecem quando
abordamos esse assunto, de uma forma
simples e clara.
Esperamos que essas informações e
orientações possam contribuir para o seu
conhecimento, de modo que o atendimento
para pessoas com deficiência seja realizado
com excelência.
Turma 0105 do curso Assistente Administrativo – SENAC/MG.
3. 1
“Você não faz ideia da importância de um
triciclo para deficientes. Já larguei a compra
pela metade porque não tinha triciclo. Se
dessem mais acesso para o deficiente, com
certeza ele permaneceria mais tempo na
loja e compraria mais”. – T.O (Usuária de
órtese e bengala, 49 anos).
“Todo mundo possui limitações, afinal,
somos humanos e, mesmo aqueles que
pensam que podem tudo, acabam
esbarrando em alguma. Achar soluções
para problemas diários, sejam quais forem,
é algo que se torna natural quando a
independência está nos guiando´´. – S.C.B
(Pessoa com esclerose múltipla, 32 anos).
4. 2
“Em lojas, tenho dificuldade para enxergar os
preços e também os avisos, em
supermercados, se eu for comprar itens
pequenos, não os enxergo nas prateleiras e
quando preciso de ônibus, não consigo
enxergar o letreiro.” – S.E.D (Pessoa com
baixa visão, 18 anos).
“Muitas vezes, compro a roupa sem
experimentar e ela acaba não me servindo.
Isso é um transtorno, pois eu ou minha
mulher temos que voltar na loja e trocar” –
G.P (Cadeirante, 48 anos).
“Sofro preconceito em transportes coletivos,
órgãos públicos, nas ruas, em lojas. As
pessoas olham pra gente de forma diferente
e também ignoram os avisos e placas de
exclusividade para deficientes”. – P.S.R
(Pessoa amputada do fêmur direito, 46 anos).
5. 3
SEGUNDO O CENSO DO IBGE DE 2010:
NO BRASIL EXISTEM 190.755.799 PESSOAS
COM DEFICIÊNCIA FÍSICA.
NO ESTADO DE MG EXISTEM 116.343 PESSOAS
COM DEFICIÊNCIA FÍSICA.
OS CENSOS DEMOGRÁFICOS NO BRASIL
SÃO EXECUTADOS NOS ANOS DE FINAIS
ZERO. DESTA FORMA O ÚLTIMO CENSO FOI
REALIZADO NO ANO DE 2010 SENDO
PREVISTO PARA O ANO DE 2020.
6. 4
Está prevista por lei a substituição e
adaptação dos espaços públicos para os
portadores de necessidades especiais;
Os sinais de trânsito por sinais sonoros;
O acesso através de rampas ou elevadores e
escadas;
Assim como espaços para cadeiras de rodas
e para pessoas obesas em teatros, estádios,
cinemas, transportes públicos;
Os pontos de ônibus devem ter cobertura,
assentos e espaços que permitam a
locomoção de uma pessoa em uma cadeira
de rodas.
7. 5
Há cerca de 15 anos existe o CENTRO DE
REABILITAÇÃO DE VARGINHA, com o objetivo de
reabilitar pessoas com deficiências físicas.
Atendem cerca de 2500 a 3000 pacientes ao
mês;
Atendem Varginha e mais de 71 cidades;
É financiado pelo SUS;
Fazem trabalho de arrecadação com eventos
beneficentes;
Doações podem ser feitas via Hospital Regional
de Varginha.
(Foto: Asscom)
8. 6
Vocêsabia?
Deficiência Física é toda
Alteração completa ou parcial de um
ou mais segmentos do corpo humano,
acarretando o comprometimento da
função física, apresentando-se sob a
forma de: monoparesia, paraplegia,
tetraplegia entre outros.
A partir de 2012, os indivíduos
autistas passaram a ter assegurados os
mesmos benefícios que as pessoas
com deficiência em todas as áreas.
As vagas no estacionamento para
pessoas portadoras de deficiência
devem ser sinalizadas com placas de
identificação vertical e horizontal.
9. 7
Vocêsabia?
Segundo código civil LEI Nº11.126,
DE 27 DE JUNHO DE 2005:
Art. 1o É assegurado à pessoa com
deficiência visual acompanhada de cão-
guia o direito de ingressar e de
permanecer com o animal em todos os
meios de transporte e em
estabelecimentos abertos ao público.
A partir da Lei de Cotas 8.213/91
as empresas com cem ou mais
empregados precisam preencher uma
parcela de seus cargos com pessoas com
deficiência. A legislação prevê ainda que
os estabelecimentos precisam passar
antes por reformulações em suas
estruturas a fim de que a mobilidade
seja facilitada, além da própria cultura e
valores coletivos.
10. 8
Ser surdo não significa ser mudo;
A mudez é uma outra deficiência, sem
conexão com a surdez;
É possível um surdo falar através de terapia
da fala, aos quais chamamos de surdos
oralizados;
É possível um surdo nunca ter falado, sem
que seja mudo, mas apenas por falta de
exercício;
O surdo só será mudo se, for constatada
clinicamente deficiência na sua oralização,
impedindo-o de emitir sons.
11. 9
O que é braile?
E para que serve?
Sistema de leitura e de escrita
para cegos, em que as letras,
os algarismos e os sinais
gráficos são representados
por uma combinação de seis
pontos em relevo, que são
lidos da esquerda ou direita,
com uma ou ambas as mãos.
Você
sabia?
As portas e portões
de comércios e
empresas devem
estar uma largura de
no mínimo 0,80 cm
para garantir o
acesso dos
cadeirantes. Os
elevadores também
devem possuir acesso
de no mínimo 0,80
cm de largura.
As áreas de
circulação em
empresas e
comércios devem
estar sinalizadas
com o Símbolo
internacional de
Acesso.
12. 10
Dicas para atender pessoas
com deficiências:
Capacitar os colaboradores para atender todo e
qualquer tipo de deficiente com cordialidade e de
preferência, entender questões específicas de cada
tipo de deficiência, obtendo conhecimento técnico por
exemplo para serem praticados em casos de
emergência e conseguirem auxiliá-los de forma correta.
Consultar as pessoas com deficiência sobre a melhor
maneira de serem atendidas, assim, evita-se possíveis
constrangimentos com clientes.
Não tratar pessoas com deficiência como criança ou
incapaz.
Você não deve ter pena, mas sim boa vontade em
ajudar sempre.
Sempre pedir permissão para movimentar a cadeira de
rodas.
Quando estiver empurrando alguém em uma cadeira
de rodas e parar para conversar com outra pessoa vire
a cadeira de frente para que o cadeirante também
possa participar da conversa.
13. 11
Para os banheiros, inserir barras laterais de apoio, a
altura da pia ter 0,80 cm do piso e respeitar uma altura
livre, além da torneira ser do tipo pressão.
Na construção de ambientes com piscina, dispor uma
plataforma elevatória para acessibilidade de pessoas com
deficiência, além de poltronas flutuantes.
Deixar os trajetos para as diversas áreas da empresa livres
de obstáculos (escadas) para o acesso de pessoas que
usam cadeira de rodas. Você não deve ter pena, mas sim
boa vontade em ajudar sempre.
Os balcões de atendimento serem fixados possibilitando
uma aproximação frontal de pelo menos uma cadeira de
rodas e apresentarem largura de no mínimo 0,80 cm com
altura livre.
Dispor os relógios de ponto a uma altura de 0,80 cm do
piso.
Em hotéis e pousadas, por exemplo, os quartos serem
adaptados para turistas com deficiência, desde os
banheiros com portas largas e apoios, até altura dos
cabideiros para atender cadeirantes.
Um canil para cães guias também é o ideal, já que os
mesmos precisam de um cantinho para ficarem e
propiciar tranquilidade aos donos.
Disponibilizar distância entre os mobiliários para garantir
uma área útil para circulação plena de cadeirantes.
Inverter a posição da cadeira e descer cadeirantes de
costas ao transitar por uma rampa.
14. 12
Fale pausadamente com pessoas com paralisia cerebral,
estas devem ter seu ritmo respeitado, pois normalmente
são vagarosas no que fazem, no andar, no falar e em
outras situações.
Em caso de pessoas com deficiência visual, o cão-guia
têm a responsabilidade de guiar seu dono, então, nunca
os distraia.
Ofereça-se para ler e preencher formulários.
Forneça o máximo possível de orientações verbais
quando for atender deficientes visuais, evite lidar com
imagens ou dados escritos.
Quando estiver próximo de um deficiente visual,
caminhe do lado oposto do cão-guia.
Não ofereça alimentos ao cão-guia.
Quando se dirigir a uma pessoa com deficiência visual,
fale diretamente com ela e não olhando para o cão-guia
por exemplo.
Caso seu negócio tenha site, disponibilize para
atendimento de internautas com baixa visão ou para
quem não tem nenhuma visão, uma ferramenta de voz
para a navegação.
Pessoas com deficiência auditiva e pessoas com
deficiência visual devem ser informadas ao soar o alarme
de emergência, nesse caso sempre o ideal é o mesmo ser
de forma sonora e luminosa.
Se um intérprete estiver ajudando no atendimento a
deficientes auditivos, fale com o cliente e não com o
intérprete.
15. 13
Em casos de restaurantes, coloque o copo de um lado e a
garrafa de outro. As refeições devem ser colocadas no
prato em forma de relógio; forneça e por exemplo
cardápio com a linguagem em braile.
Use expressões ao se comunicar com pessoas surdas. Isso
facilita a compreensão.
16. 14
O uso do Símbolo
Internacional de Acesso
Como a NBR 9050 define, acessibilidade é a
possibilidade e condição de alcance, percepção e
entendimento para a utilização com segurança e
autonomia de edificações, espaços, mobiliários,
equipamentos urbanos e elementos.
Para a indicação de acessibilidade em edificações,
mobiliários, espaços e equipamentos urbanos, utiliza-se
o Símbolo Internacional de Acessibilidade, que pode ser
representado de acordo com as figuras abaixo, sempre
voltado para o lado direito, não sendo permitido
qualquer tipo de modificação, estilização ou adição:
Fonte: ABNT NBR 9050, segunda edição, 31/05/2004.
17. 15
Afinal, qual é a finalidade deste símbolo? Segundo a NBR
9050, esta representação indica que serviços, espaços,
edificações, mobiliário e equipamentos urbanos são acessíveis a
pessoas com deficiência (deficientes auditivos, visuais e
cadeirantes, por exemplo) ou com mobilidade reduzida (idosos,
gestantes e obesos, por exemplo). Assim, podemos desmistificar
a ideia de que o símbolo de acessibilidade representa apenas os
cadeirantes.
Existem também as representações internacionais da
deficiência visual e auditiva, que indicam a existência de
equipamentos, mobiliários e serviços para pessoas com estas
deficiências. Abaixo são ilustrados estes símbolos:
Símbolo internacional de pessoas com deficiência
visual
Fonte: ABNT NBR 9050, segunda edição, 31/05/2004.
18. 16
Fonte: ABNT NBR 9050, segunda edição, 31/05/2004.
Símbolo internacional de pessoas com deficiência auditiva
(surdez).
Além dos símbolos mencionados acima, podemos
também encontrar os símbolos complementares, que
devem ser utilizados para indicar as facilidades existentes
nas edificações, nos mobiliários, nos espaços,
equipamentos urbanos e serviços oferecidos. Como por
exemplo, o símbolo de sanitário feminino acessível:
Estas representações são importantes para localizar e
atender às necessidades específicas de cada um.
19. 17
O que éCID?Classificação Internacional de Doenças
CID é a sigla para a classificação internacional de doenças
e problemas relacionados a saúde publicada pela OMS
(Organização Mundial da Saúde), a CID fornece códigos
relativos a classificação de todos as doenças oficialmente
reconhecidas e de uma das grandes variedades sintomas,
sinais, aspectos anormais queixas, circunstâncias sociais
e causas externas para ferimentos ou doenças.
Oficialmente conhecida. A CiD-10, está em vigor desde
1992
Pra que serve a CID?
O objetivo da CID e padronizar a classificação das
enfermidades, facilitando a comunicação entre profissional
da saúde e órgãos interessados. Como por exemplo a
previdência social, através da CID é possível comparar
informações entre diferentes hospitais das regiões e até
mesmo países sem correr o risco de interpretações
equivocadas. Além disso, é usada para facilitar a busca de
informações de diagnóstico.
20. 18
Métodos e Tecnologias que
auxiliam na Inclusão Social
de Deficientes Visuais
Teatro Vivo: Localizado em São Paulo e pioneiro no
Brasil, o projeto que existiu de 2005 e 2006 consistiu
em adaptar o teatro aos deficientes visuais,
disponibilizando recursos de audiodescrição.
Hoy Toca el Prado: Mostra disponibilizada no
Museu do Prado em Madri, no qual foram
oferecidas seis réplicas de obras de arte com
texturas e volumes impressos com tinta especial.
Relógio The Bradley: Desenvolvido pela empresa
norte-americana Eone, relógio projetado para que
se consiga saber quantas horas através do toque.
21. 19
BlindTool: Criado pelo cientista da computação
Joseph Cohen, pesquisador da Universidade de
Massachusetts, o aplicativo reconhece objetos.
O BlindTool é gratuito e está disponível para o
sistema Android Google Play.
Be My Eyes: Esse aplicativo é especialmente
interessante, pois permite pessoas que
enxergam ajudem cegos a resolver problemas
pontuais, como ler uma etiqueta, um rótulo,
uma conta etc. Pode ser baixado gratuitamente
para iPhone no iTunes.
Twitter: A rede social conta com um recurso
que lê os tuítes em voz alta, permitindo que
pessoas com deficiência visual tenham acesso à
informação contida no texto.
Handtalk: Seu Tradutor de Sites traz
acessibilidade digital em Libras para a
comunidade surda e seu Aplicativo quebra a
barreira de comunicação que há entre ela e os
ouvintes.