Subordinação adverbial ou hipotaxe circunstancial - SLIDE APRESENTAÇÃO.pptx
1. SUBORDINAÇÃO ADVERBIAL OU HIPOTAXE
CIRCUNSTANCIAL
VIOLETA VIRGÍNIA RODRIGUES
Articulação de orações: pesquisa e ensino
2ª edição
Violeta Virgínia Rodrigues (org.)
2. OBJETIVOS DA AUTORA
• “Partindo-se do pressuposto de que as orações adverbiais podem ser agrupadas
segundo diferentes critérios, este artigo, com base em gramáticas de linha
tradicional (Bechara, 1992; Cunha e Cintra, 1985; Kury, 2002; Luft, 2002; Rocha
Lima, 1998, Sai Ali, 1996), pretende mostrar alguns desses subgrupos, utilizando-
se ora dos exemplos das próprias gramáticas, ora de exemplos retirados de
jornal”...
• “Objetiva, ainda, questionar a nomenclatura subordinação aplicada às adverbiais,
à luz dos pressupostos teóricos do Funcionalismo, que tem como uma de suas
mais importantes preocupações a análise da língua em situações reais de uso”.(p.
61).
3. APONTAMENTO
• “Com tal procedimento, pode-se justificar a afirmação de que essas orações não
podem ser descritas todas da mesma maneira, já que têm comportamentos
distintos, dependendo da característica adotada para analisá-la.
4. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS: CONCEITO
NA PERPECTIVA TRADICIONAL
• “No âmbito da Gramática Tradicional, as chamadas orações subordinadas
adverbiais caracterizam-se normalmente por equivalerem a um advérbio,
funcionarem como adjunto adverbial de sua oração principal, poderem
apresentar-se desenvolvidas, quando começarem por conjunção subordinativa,
ou reduzidas, quando apresentarem seus verbos em uma das formas nominais -
infinitivo, gerúndio e particípio -, além de exprimirem circunstâncias”. (p. 59).
5. UM OLHAR SOBRE OUTROS ASPECTOS: KURY (2002)
• “As orações subordinadas adverbiais, que funcionam sempre como adjunto ou
complemento adverbial da oração principal de que dependem, podem
apresentar-se desenvolvidas (conexas ou justapostas) e reduzidas (de infinitivo,
de gerúndio e de particípio)”. Kury (2002).
• KURY, Adriano da Gama. Novas lições de análise sintática. São Paulo: Ática, 2002.
6. “A JUSTAPOSIÇÃO NÃO É CONCEITO USADO NA
TRADIÇÃO DE FORMA UNÂNIME”
• Na maioria das gramáticas é geralmente associado a coordenação assindética. Para
ilustrar, um exemplo: “Eu me sento, eu fumo, eu como, eu não aguento” (Caetano Veloso)
• Em outros casos é usado para justificar a ideia de que orações que tenham um
elemento de ligação diferente do prototípico, como a conjunção integrante para as
substantivas, por exemplo, sejam mesmo assim chamadas de orações substantivas, ou
é usado para explicar estruturas que não se inserem nem no grupo das desenvolvidas,
por não utilizarem conjunções, nem nas reduzidas, já que não apresentam o verbo em
uma das formas nominais.
• Não mais nas palavras da autora, temos o exemplo dado pelo professor Tiago Lyra,
em seu vídeo “Orações justapostas”, disponível em plataformas de vídeo: Ex: Amor é
quando um mora dentro do outro”.
A oração tem função de predicativo do sujeito, que está dentro da classificação das substantivas, mas não se tem uma
conjunção integrante e nem está reduzida em forma nominal. Assim, classifica-se pela tradição, como justaposta.
(Oração subordinada substantiva predicativa justaposta)
7. PONTOS QUE PERMITEM REFLEXÃO SOBRE AS
DIFINIÇÕES DAS ADVERBIAIS APRESENTADAS PELA GT.
1. A existência de orações cuja natureza adverbial é contestada
2. A existência de orações adverbiais não contempladas pela NGB. (Modal, agente da passiva e
locativa)
3. A existência de orações adverbiais que podem ser construídas por séries correlativas.
(Comparativas, consecutivas e proporcionais; E na visão de Luft até as conformativas, em alguns usos
(Conforme é o pássaro, assim é o ninho)
4. A existência de orações adverbiais que podem ser construídas com todas as formas nominais do
verbo
5. A existência de orações adverbiais que só se constroem com verbo na forma reduzida
6. A existência de orações adverbiais que, quando reduzidas, só se constroem com verbos no infinitivo
7. A possibilidade de alteração de posição no período em que se encontram (pospostas ou
antepostas)
8. SEGUNDO A NGB, HÁ NOVE TIPOS DE ORAÇÕES
SUBORDINADAS ADVERBIAIS
As causais
As
condicionais
As finais
As
comparativas
As
conformativas
As
proporcionais
As concessivas
As
consecutivas
As temporais
10. OBSERVAÇÃO
• Nos exemplos, retirados de gramáticas, a autora apresenta usos das orações
adverbiais, exemplificando cada uma da classificações e chama a atenção para a
utilização da preposição PARA como introdutor de uma oração subordinada
adverbial consecutiva.
• (6) O partido é importante demais [PARA se omitir sobre essas questões]
• Essa oração poderia ser reescrita da seguinte forma:
• O partido é tão importante que não pode se omitir sobre essas questões.
• “Causa um estranhamento a utilização de para, introdutor prototípico de finais
reduzidas de infinitivo, nesse caso, iniciando uma consecutiva.
11. CLASSIFICAÇÕES DE ORAÇÕES QUE NÃO SÃO
CONTEMPLADAS PELA MAIORIA DAS GRAMÁTICAS
Orações agentes da passiva
Locativas
Modais
12. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL AGENTE DA
PASSIVA
• Fomos enganados [por quem parecia honesto] Luft (2002).
Oração subordinada adverbial agente da
passiva
A NBG não faz referência a essa classificação
Existem divergências entre os autores que a utilizam:
a) Uns classificam essa oração como subordinada substantiva agenda da passiva
b) Outros, como subordinada adverbial agente da passiva
13. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL LOCATIVA
• [Onde me espetam], fico. Kury (2002)
Oração subordinada adverbial locativa
Segundo Kury (2002), as locativas equivalem a um complemento adverbial de lugar,
apresentam-se sempre desenvolvidas e sem conjunção, porque são introduzidas pelo
advérbio de lugar onde regido ou não de preposição.
14. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL MODAL
• Saiu [sem que notassem].
Oração subordinada adverbial modal
Para Kury (2002) as modais equivalem a um adjunto adverbial de modo e exprimem a
maneira, o meio pelo qual se realiza o enunciado na oração principal.
15. ORAÇÕES QUE ADMITIREM ESTRUTURAS
CORRELATAS
• Comparativas:
• Consecutivas:
• Proporcionais:
• Admitem tal configuração, constituindo-se em um dos aspectos de divergência entre os
gramáticos. Apenas Kury e Lutf, dos gramáticos verificados pela autora, assumem que essas
orações podem vir em forma correlata. E alguns gramáticos admitem que as adverbiais podem
ocorrer de forma justaposta.
• Isso se justifica pelo fato de a tradição não considerar a correlação como um mecanismo de
constituição do período composto tal como a coordenação e a subordinação.
16. A AUTORA APRESENTA UM QUADRO RESUMITIVO QUE APRESENTA AS
DIVERGÊNCIAS DOS AUTORES NESTA CLASSIFICAÇÃO DAS ADVERBIAIS
Este, apresenta as diferentes visões dos autores na classificação das orações
subordinadas adverbiais, quantos aos aspectos da forma: Uso de conectivos, forma
correlata e forma justaposta, ou usos das formas nominais do verbo.
Por exemplo, a partir do quadro apresenta-se que quanto a forma justaposta, apenas
Kury e Bechara contempla esta classificação, colocando esta possibilidade para as
orações: causais, condicionais, consecutiva, Temporal, proporcional, locativa e agente da
passiva, divergindo entre as orações que elegem.