"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
Atividade teoricos
1. ATIVIDADE 1
Você em seu cotidiano ou na sua vida escolar, encontra ou encontrou alguma situação, ou até mesmos
outras frases que nos remetam a essa teoria (INATISMO)? Você pode descrevê-las.
ATIVIDADE 2
Ao descrever o seu trabalho, uma professora diz:
– As crianças são como uma tela em branco. Nós, professores(as), temos as tintas e os pincéis, e depende
de nós o quadro que será pintado nessa tela.
Que relações podemos fazer entre este exemplo e a Teoria Ambientalista?
ATIVIDADE 3
Que relações podemos fazer entre a história “Pedro e Tina” e o que estudamos sobre a Teoria
Interacionista? Vamos conhecer a história de Pedro e Tina escrita por Stephen Michael King:
Cada vez que Pedro tentava desenhar uma linha
reta...
Ela saía toda torta.
Quando todos à sua volta olhavam para cima...
Pedro olhava para baixo.
Se ele achava que ia fazer um dia lindo e
ensolarado...
Chovia, splish, splesh, splush.
Um dia, de manhã bem cedo,
quando estava andando de costas contra o vento,
Pedro deu um encontrão em Tina.
Tina fazia tudo certinho.
Ela nunca amarrava errado os cordões de seus
sapatos
nem virava o pão com manteiga para baixo.
Ela sempre se lembrava do guarda-chuva
e sabia muito bem escrever seu nome.
Pedro ficava encantado com tudo que Tina fazia.
Então, Tina mostrou-lhe a diferença entre direito e
esquerdo,
entre a frente a as costas,
e que o céu era em cima e o chão embaixo.
Um dia, eles resolveram construir uma casa na
árvore.
Tina fez um desenho
para que a casa ficasse bem firme em cima da árvore.
Pedro juntou uma porção de coisas para enfeitar a
casa. Eles acharam
muito engraçado.
Bem no fundo, Tina gostaria que tudo que ela fizesse
não fosse tão
perfeito.
Então Pedro lhe arranjou um casaco e um chapéu que
não combinavam.
Depois, ensinou Tina a andar de costas e a dar
cambalhotas.
Eles rolaram morro abaixo...e juntos aprenderam a
voar.
Pedro e Tina são amigos inseparáveis....
Até debaixo d’água, e para sempre.
ATIVIDADE 4
Você seria capaz de identificar, em sua prática, um erro construtivo? Tente descrevê-lo e explicar por que
você o considera um “erro construtivo”.
ATIVIDADE 5
Analise essahistóriatomando como referencial adiscussãofeitapor Vygotskysobre as relações
entre o desenvolvimentobiológico e histórico-cultural.
Meninas lobo
Numa floresta da Índia, foram encontradas, em 1920,
duas crianças de 8 e 1 ano e meio, respectivamente.
Essas meninas foram abandonadas numa tenra idade
nessa floresta e criadas por lobos que ali viviam. Ao
serem encontradas, foram levadas a uma instituiçã o
que passou a se responsabilizar pelos cuidados de
ambas. Não sorriam, não choravam, não falavam. Seus
corpos desenvolveram habilidades para a
sobrevivência na selva e seus membros
assemelhavam-se aos dos lobos: tinham pernas e
braços finos e longos, mãos curvas e fechadas. Não
conseguiam andar apenas com os dois pés. Para
pequenas caminhadas, utilizavam-se dos joelhos e
cotovelos. Para trajetos longos usavam mãos e pés.
2. Comiam e bebiam como animais: apreciavam apenas
carne crua ou podre.
Tinham hábitos noturnos. Dormiam todo o dia e
uivavam à noite. Ao serem recolhidas, foram nomeadas
de Amala e Camala. Amala, a menor delas, morreu um
ano após a entrada na instituição. Camala viveu durante
nove anos, onde foi humanizando-se progressivamente.
Demorou 6 anos para aprender a andar sobre dois pés.
Suas atitudes afetivas foram se desenvolvendo
lentamente. Chorou pela primeira vez quando Amala
morreu e, aos poucos aprendeu a sorrir. Sua
inteligência permitia-lhe comunicar-se por gestos e,
perto de sua morte, já podia se expressar através da
linguagem. Adquiriu um vocabulário de 50 palavras,
aproximadamente. Camala pode construir alguns
significados sobre a cultura humana, mas, sob stress ou
depressão, voltava a ter comportamentos mais
elementares, uivando e isolando-se. Ainda segundo o
autor, muitas crianças são abandonadas nas florestas da
Índia. A sobrevivência dessas crianças depende, em
muito, da boa vontade das “mamães lobas”.
Adaptação do livro
Filosofando: introdução à filosofia.São Paulo:Moderna, 1993.
Maria Lúcia de Arruda Aranha e Maria Helena P. Martins
ATIVIDADE 6
Na leitura do texto “Menino a bico de pena” de Clarice Lispector, que relações podemos fazer com o que
Wallon fala sobre o processo de diferenciação da criança? Nestas cenas do conto, como o bebê vai
reconhecendo a si mesmo e o mundo em volta?
“(...) ei-lo sentado no chão , imerso num vazio
profundo.
Da cozinha, a mãe se certifica: você está quietinho
aí? Chamado ao trabalho, o menino ergue-se com
dificuldade. Cambaleia sobre as pernas, com atenção
inteira para dentro: todo seu equilíbrio é interno.
Conseguido isso, agora a inteira atenção para fora:
ele observa o que o ato de se erguer provocou. (...)
E na parede o retrato de “O menino”. É difícil olhar
para o retrato alto sem apoiar-se num móvel, isso
ele ainda não treinou (...).
Ele pensa bem alto: menino.
– Quem é que você está chamando? – pergunta a
mãe lá da cozinha.
Com esforço e gentileza ele olha pela sala, procura
quem a mãe diz que ele está chamando, vira-se e cai
para trás. Enquanto chora, vê a sala entortada e
refratada pelas lágrimas, o volume branco cresce até
ele – mãe! absorve-o com braços fortes, e eis que o
menino está bem no alto do ar, bem no quente e no
bom. O teto está mais perto, agora; a mesa, embaixo.
E, como ele não pode mais de cansaço, começa a
revirar as pupilas até que estas vão mergulhando na
linha de horizonte dos olhos. Fecha-os sobre a última
imagem, as grades da cama. Adormece esgotado e
sereno. A água secou na boca. A mosca bate no
vidro. O sono do menino é raiado de claridade e
calor, o sono vibra no ar. Até que, em pesadelo
súbito, uma das palavras que ele aprendeu lhe ocorre:
ele estremece violentamente, abre os olhos. E para o
seu terror vê apenas isto: o vazio quente e claro do
ar, sem mãe.
O que ele pensa estoura em choro pela casa toda.
Enquanto chora, vai se reconhecendo,
transformando-se naquele que a mãe reconhecerá.
Quase desfalece em soluços, com urgência ele tem
que se transformar numa coisa que pode ser vista e
ouvida senão ele ficará só, tem que se transformar em
compreensível senão ninguém o compreenderá,
senão ninguém irá para o seu silêncio, ninguém o
conhece se ele não disser e contar, farei tudo o que
for necessário para que eu seja dos outros e os outros
sejam meus, pularei por cima de minha felicidade
real que só me traria abandono, e serei popular, faço
a barganha de ser amado, é inteiramente mágico
chorar para ter em troca: mãe. (...)
Mãe, sim é mãe com fralda na mão. A partir de ver
a fralda, ele recomeça a chorar. – Pois se você está
todo molhado! A notícia o espanta, sua curiosidade
recomeça, mas agora uma curiosidade confortável e
garantida. Olha com cegueira o próprio molhado, em
nova etapa olha a mãe. Mas de repente se retesa e
escuta com o corpo todo, o coração batendo pesado
na barriga: fonfom!, reconhece ele de repente num
grito de vitória e terror – o menino acaba de
reconhecer!
– Isso mesmo!, diz a mãe com orgulho, isso mesmo,
meu amor, é fonfom que passou agora pela rua. Vou
contar para o papai que você já aprendeu.”