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Encontro Internacional Participação, Democracia e Políticas Públicas:
aproximando agendas e agentes
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
Carolina de Fátima Almeida Matos (UFRN)
Maria Lianeide Souto Araújo (IFCE)
Maria do Socorro Gondim Teixeira (UFRN)
ARARAQUARA, SP
ABRIL/2013
I N T R O D U Ç Ã O
• A atividade turística interfere na organização
dos territórios, pressupondo interações e
novas relações sociais.
• Transformações através da produção e do
consumo.
• Fomento com vistas ao processo de
globalização.
I N T R O D U Ç Ã O
• Nordeste brasileiro: Turismo alinhado aos
espaços globais.
• Expropriação e descaracterização de espaços
e costumes tradicionais.
• Ceará: resistência das populações
tradicionais. Turismo de Base Comunitária –
TBC.
I N T R O D U Ç Ã O
• Contexto do surgimento da Rede Tucum no
Ceará.
• Transformações e desafios emergentes no
processo de desenvolvimento da atividade
turística.
I N T R O D U Ç Ã O
• Pesquisa explicativa de abordagem
qualitativa.
• Métodos de procedimento e de raciocínio:
histórico e dialético.
• Pesquisa bibliográfica e documental.
ESTRUTURA DA PESQUISA
Introdução
1. O espaço e a atividade turística
2. O turismo globalizado no Nordeste
brasileiro
3. Contrapondo o turismo globalizado: a
organização do Turismo de Base Comunitária
Considerações finais
1. O ESPAÇO E A ATIVIDADE TURÍSTICA
Criação de lugares turísticos  “Turistificação”(KNAFOU,
Remy apud RODRIGUES, Adyr, 1996).
1. O ESPAÇO E A ATIVIDADE TURÍSTICA
Relações entre território e o turismo.
2. O TURISMO GLOBALIZADO NO
NORDESTE BRASILEIRO
Quatro processos ou forças existentes na dimensão espacial
do desenvolvimento capitalista (BRANDÃO, 2007).
CONSIDERAÇÕES SOBRE O PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO
INTEGRAÇÃOPOLARIZAÇÃO
HEGEMONIA
Espaço unificado e desobstruído - interferência em todos os
âmbitos possíveis de sociabilidade.
Processos da dimensão espacial do capitalismo criam e recriam
estruturas heterogêneas e desiguais.
HOMOGENEIZAÇÃO
2. O TURISMO GLOBALIZADO NO
NORDESTE BRASILEIRO
Dinâmica do processo de globalização.
Produção realiza-se em escala mundial a serviço dos
atores hegemônicos.
Desigualdades entre países e intensificação das
contradições.
“Fábrica de perversidades” (SANTOS, 2000).
Papel do Estado e as consequências nas políticas
governamentais.
CONSIDERAÇÕES SOBRE O PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO
Crescimento da atividade turística. Fortalecimento do modelo
de turismo hegemônico.
Importância de grandes empreendimentos turísticos, dos
empregos gerados por estes, da criação de ambientes de
negócios e do financiamento de projetos empresariais no
setor.
POLÍTICAS QUE IMPUSIONARAM O DESENVOLVIMENTO DO
TURISMO NO BRASIL
2. O TURISMO GLOBALIZADO NO
NORDESTE BRASILEIRO
Década de 1970: os atores hegemônicos do turismo
“descobriram” as comunidades litorâneas cearenses.
Três fases da gestão governamental do turismo (CORIOLANO,
1998):
POLÍTICAS QUE IMPUSIONARAM O DESENVOLVIMENTO DO
TURISMO NO BRASIL
Ações dos governos priorizam o fomento do turismo
convencional.
2. O TURISMO GLOBALIZADO NO
NORDESTE BRASILEIRO
Estudos revelam mudanças nos espaços e costumes em
localidades receptoras do turismo globalizado.
- Prainha do Canto Verde – Cruz (2009)
- Praia das Fontes – Saraiva (2002)
- Aquiraz – Sousa (2005)
- Jericoacoara – Molina (2007)
- Canoa Quebrada – Dantas (2003)
- Tatajuba – Mendes (2006)
Relações de dominação e poder na produção dos espaços.
ESPAÇOS LOCAIS ALINHADOS AOS GLOBAIS: AS
TRANFORMAÇÕES NO LITORAL CEARENSE
2. O TURISMO GLOBALIZADO NO
NORDESTE BRASILEIRO
Atitudes dos moradores das comunidades receptoras:
abandono de suas terras; adequação aos equipamentos
turísticos instalados; resistência.
Intenção: impedir a destruição de atividades produtivas e
garantir a posse da terra.
- Prainha do Canto Verde
- Batoque
- Tatajuba
Organização dos moradores.
3. CONTRAPONDO O TURISMO
GLOBALIZADO: A ORGANIZAÇÃO DO
TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA
Ações voltadas para a produção turística adaptadas aos
pequenos rendimentos que as economias locais permitem,
respeitando as microeconomias, e amenizando a situação de
pobreza nas localidades.
Alternativa: Turismo de Base Comunitária.
Sustentados na propriedade e na autogestão dos recursos
comunitários, baseados em práticas de cooperação e
equidade no trabalho e na distribuição de benefícios. Pacto
interno.
3. CONTRAPONDO O TURISMO
GLOBALIZADO: A ORGANIZAÇÃO DO
TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA
Potencial em promover qualidade de vida, a inclusão,
valorização da cultura local e o fomento ao sentimento de
pertencimento e ao laço social.
Interpretação „local‟ do turismo, sem as imposições da
globalização (IRVING, 2009).
3. CONTRAPONDO O TURISMO
GLOBALIZADO: A ORGANIZAÇÃO DO
TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA
Pressões dos agentes hegemônicos do turismo. Atenção
insuficiente às iniciativas comunitárias.
Desafios: acumular condições materiais e exercer posição
política mais expressiva.
Articulação em rede  transferência de conhecimento,
estratégia para dotar capacidades, fortalecer bandeiras
comuns.
Experiências: Rede de Turismo Solidário e Comunitário da
América Latina – REDTURS e Rede Brasileira de Turismo
Solidário e Comunitário - Rede Turisol.
3. CONTRAPONDO O TURISMO
GLOBALIZADO: A ORGANIZAÇÃO DO
TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA
Rede Cearense de Turismo Comunitário – Rede Tucum.
2008 - II Seminário Internacional de Turismo Sustentável.
Apoio: Instituto Terramar (Brasil), Associação Tremembé
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Primeiras ações: capacitação de sujeitos das comunidades
locais para o desenvolvimento e o aperfeiçoamento de
produtos e serviços turísticos.
Prainha do Canto Verde: experiência em gestão de territórios.
3. CONTRAPONDO O TURISMO
GLOBALIZADO: A ORGANIZAÇÃO DO
TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA
Edital de Chamada Pública de Projetos de Turismo de Base
Comunitária: financiamento de R$ 100 mil a R$150 mil por
projeto.
Os sinais de reconhecimento não materializam esforços
mais substanciais ao fortalecimento do turismo
comunitário.
3. CONTRAPONDO O TURISMO
GLOBALIZADO: A ORGANIZAÇÃO DO
TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA
Globalização: o capital migra entre territórios e atividades
econômicas. Regras técnicas uniformizadas.
Acirramento das contradições no desenvolvimento do
turismo  Organização de uma alternativa.
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hegemônico, o TBC proporciona benefícios sociais
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capacidades. Potencial da articulação em rede.
C O N S I D E R A Ç Õ E S F I N A I S
Carolina Matos
Mestranda em Economia – UFRN
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Encontro Internacional sobre Participação, Democracia e Políticas Públicas

  • 1. Encontro Internacional Participação, Democracia e Políticas Públicas: aproximando agendas e agentes Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Carolina de Fátima Almeida Matos (UFRN) Maria Lianeide Souto Araújo (IFCE) Maria do Socorro Gondim Teixeira (UFRN) ARARAQUARA, SP ABRIL/2013
  • 2. I N T R O D U Ç Ã O • A atividade turística interfere na organização dos territórios, pressupondo interações e novas relações sociais. • Transformações através da produção e do consumo. • Fomento com vistas ao processo de globalização.
  • 3. I N T R O D U Ç Ã O • Nordeste brasileiro: Turismo alinhado aos espaços globais. • Expropriação e descaracterização de espaços e costumes tradicionais. • Ceará: resistência das populações tradicionais. Turismo de Base Comunitária – TBC.
  • 4. I N T R O D U Ç Ã O • Contexto do surgimento da Rede Tucum no Ceará. • Transformações e desafios emergentes no processo de desenvolvimento da atividade turística.
  • 5. I N T R O D U Ç Ã O • Pesquisa explicativa de abordagem qualitativa. • Métodos de procedimento e de raciocínio: histórico e dialético. • Pesquisa bibliográfica e documental.
  • 6.
  • 7. ESTRUTURA DA PESQUISA Introdução 1. O espaço e a atividade turística 2. O turismo globalizado no Nordeste brasileiro 3. Contrapondo o turismo globalizado: a organização do Turismo de Base Comunitária Considerações finais
  • 8.
  • 9. 1. O ESPAÇO E A ATIVIDADE TURÍSTICA Criação de lugares turísticos  “Turistificação”(KNAFOU, Remy apud RODRIGUES, Adyr, 1996).
  • 10. 1. O ESPAÇO E A ATIVIDADE TURÍSTICA Relações entre território e o turismo.
  • 11.
  • 12. 2. O TURISMO GLOBALIZADO NO NORDESTE BRASILEIRO Quatro processos ou forças existentes na dimensão espacial do desenvolvimento capitalista (BRANDÃO, 2007). CONSIDERAÇÕES SOBRE O PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO INTEGRAÇÃOPOLARIZAÇÃO HEGEMONIA Espaço unificado e desobstruído - interferência em todos os âmbitos possíveis de sociabilidade. Processos da dimensão espacial do capitalismo criam e recriam estruturas heterogêneas e desiguais. HOMOGENEIZAÇÃO
  • 13. 2. O TURISMO GLOBALIZADO NO NORDESTE BRASILEIRO Dinâmica do processo de globalização. Produção realiza-se em escala mundial a serviço dos atores hegemônicos. Desigualdades entre países e intensificação das contradições. “Fábrica de perversidades” (SANTOS, 2000). Papel do Estado e as consequências nas políticas governamentais. CONSIDERAÇÕES SOBRE O PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO
  • 14. Crescimento da atividade turística. Fortalecimento do modelo de turismo hegemônico. Importância de grandes empreendimentos turísticos, dos empregos gerados por estes, da criação de ambientes de negócios e do financiamento de projetos empresariais no setor. POLÍTICAS QUE IMPUSIONARAM O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO NO BRASIL 2. O TURISMO GLOBALIZADO NO NORDESTE BRASILEIRO
  • 15. Década de 1970: os atores hegemônicos do turismo “descobriram” as comunidades litorâneas cearenses. Três fases da gestão governamental do turismo (CORIOLANO, 1998): POLÍTICAS QUE IMPUSIONARAM O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO NO BRASIL Ações dos governos priorizam o fomento do turismo convencional. 2. O TURISMO GLOBALIZADO NO NORDESTE BRASILEIRO
  • 16. Estudos revelam mudanças nos espaços e costumes em localidades receptoras do turismo globalizado. - Prainha do Canto Verde – Cruz (2009) - Praia das Fontes – Saraiva (2002) - Aquiraz – Sousa (2005) - Jericoacoara – Molina (2007) - Canoa Quebrada – Dantas (2003) - Tatajuba – Mendes (2006) Relações de dominação e poder na produção dos espaços. ESPAÇOS LOCAIS ALINHADOS AOS GLOBAIS: AS TRANFORMAÇÕES NO LITORAL CEARENSE 2. O TURISMO GLOBALIZADO NO NORDESTE BRASILEIRO
  • 17.
  • 18. Atitudes dos moradores das comunidades receptoras: abandono de suas terras; adequação aos equipamentos turísticos instalados; resistência. Intenção: impedir a destruição de atividades produtivas e garantir a posse da terra. - Prainha do Canto Verde - Batoque - Tatajuba Organização dos moradores. 3. CONTRAPONDO O TURISMO GLOBALIZADO: A ORGANIZAÇÃO DO TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA
  • 19. Ações voltadas para a produção turística adaptadas aos pequenos rendimentos que as economias locais permitem, respeitando as microeconomias, e amenizando a situação de pobreza nas localidades. Alternativa: Turismo de Base Comunitária. Sustentados na propriedade e na autogestão dos recursos comunitários, baseados em práticas de cooperação e equidade no trabalho e na distribuição de benefícios. Pacto interno. 3. CONTRAPONDO O TURISMO GLOBALIZADO: A ORGANIZAÇÃO DO TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA
  • 20. Potencial em promover qualidade de vida, a inclusão, valorização da cultura local e o fomento ao sentimento de pertencimento e ao laço social. Interpretação „local‟ do turismo, sem as imposições da globalização (IRVING, 2009). 3. CONTRAPONDO O TURISMO GLOBALIZADO: A ORGANIZAÇÃO DO TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA
  • 21. Pressões dos agentes hegemônicos do turismo. Atenção insuficiente às iniciativas comunitárias. Desafios: acumular condições materiais e exercer posição política mais expressiva. Articulação em rede  transferência de conhecimento, estratégia para dotar capacidades, fortalecer bandeiras comuns. Experiências: Rede de Turismo Solidário e Comunitário da América Latina – REDTURS e Rede Brasileira de Turismo Solidário e Comunitário - Rede Turisol. 3. CONTRAPONDO O TURISMO GLOBALIZADO: A ORGANIZAÇÃO DO TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA
  • 22. Rede Cearense de Turismo Comunitário – Rede Tucum. 2008 - II Seminário Internacional de Turismo Sustentável. Apoio: Instituto Terramar (Brasil), Associação Tremembé (Itália) e Fundação Amigos da Prainha do Canto Verde (Suíça). Primeiras ações: capacitação de sujeitos das comunidades locais para o desenvolvimento e o aperfeiçoamento de produtos e serviços turísticos. Prainha do Canto Verde: experiência em gestão de territórios. 3. CONTRAPONDO O TURISMO GLOBALIZADO: A ORGANIZAÇÃO DO TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA
  • 23. Edital de Chamada Pública de Projetos de Turismo de Base Comunitária: financiamento de R$ 100 mil a R$150 mil por projeto. Os sinais de reconhecimento não materializam esforços mais substanciais ao fortalecimento do turismo comunitário. 3. CONTRAPONDO O TURISMO GLOBALIZADO: A ORGANIZAÇÃO DO TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA
  • 24.
  • 25. Globalização: o capital migra entre territórios e atividades econômicas. Regras técnicas uniformizadas. Acirramento das contradições no desenvolvimento do turismo  Organização de uma alternativa. Mesmo sem o capital dos agentes empresariais do turismo hegemônico, o TBC proporciona benefícios sociais expressivos. Busca por espaço nas instâncias de decisão e em aprimorar capacidades. Potencial da articulação em rede. C O N S I D E R A Ç Õ E S F I N A I S
  • 26. Carolina Matos Mestranda em Economia – UFRN carolinafam@gmail.com