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“Não vês, Nise,
este vento
desabrido”
Cláudio Manuel
da Costa
Introdutor do Arcadismo no Brasil
•Advogado, jurista e participou da Inconfidência
Mineira
•Fundou uma arcádia chamada “Colônia Ultramarina”
na cidade de Vila Rica (hoje, Ouro Preto)
•Foi amigo de Aleijadinho, Tomás Antônio Gonzaga e
Tiradentes
•Chegou a denunciar os amigos e se suicidou aos 60
anos
Principais características
•Linguagem simples
•Culto à natureza e uso dela para expressão
de sentimentos
•Pastoralismo
•Uso de metáfora (por conta do Barroco)
•Pseudônimo: Glauceste Satúrnio
Obras de Cláudio Manuel da Costa
•Culto métrico
•Munúsculo métrico
•Labirinto de amor
•Epicédio
•Obras poéticas
•Vila Rica
•Poesias manuscritas
Soneto XXVI
Não vês, Nise, este vento desabrido,
Que arranca os duros troncos? Não vês esta,
Que vem cobrindo o céu, sombra funesta,
Entre o horror de um relâmpago incendido?
Não vês a cada instante o ar partido
Dessas linhas de fogo? Tudo cresta,
Tudo consome, tudo arrasa, e infesta,
O raio a cada instante despedido.
Ah! não temas o estrago, que ameaça
A tormenta fatal; que o Céu destina
Vejas mais feia, mais cruel desgraça:
Rasga o meu peito, já que és tão ferina;
Verás a tempestade, que em mim passa;
Conhecerás então, o que é ruína.
Desabrido: violento
Funesta: sinistra
Despedido: lançado
Ferina: cruel
UFSM-RS
Letra E
UEL-PR
Letra D

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  • 1. “Não vês, Nise, este vento desabrido” Cláudio Manuel da Costa
  • 2. Introdutor do Arcadismo no Brasil •Advogado, jurista e participou da Inconfidência Mineira •Fundou uma arcádia chamada “Colônia Ultramarina” na cidade de Vila Rica (hoje, Ouro Preto) •Foi amigo de Aleijadinho, Tomás Antônio Gonzaga e Tiradentes •Chegou a denunciar os amigos e se suicidou aos 60 anos
  • 3. Principais características •Linguagem simples •Culto à natureza e uso dela para expressão de sentimentos •Pastoralismo •Uso de metáfora (por conta do Barroco) •Pseudônimo: Glauceste Satúrnio
  • 4. Obras de Cláudio Manuel da Costa •Culto métrico •Munúsculo métrico •Labirinto de amor •Epicédio •Obras poéticas •Vila Rica •Poesias manuscritas
  • 5. Soneto XXVI Não vês, Nise, este vento desabrido, Que arranca os duros troncos? Não vês esta, Que vem cobrindo o céu, sombra funesta, Entre o horror de um relâmpago incendido? Não vês a cada instante o ar partido Dessas linhas de fogo? Tudo cresta, Tudo consome, tudo arrasa, e infesta, O raio a cada instante despedido. Ah! não temas o estrago, que ameaça A tormenta fatal; que o Céu destina Vejas mais feia, mais cruel desgraça: Rasga o meu peito, já que és tão ferina; Verás a tempestade, que em mim passa; Conhecerás então, o que é ruína. Desabrido: violento Funesta: sinistra Despedido: lançado Ferina: cruel