SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 1
Baixar para ler offline
Aguiar, Vitor & Correia, Carolina & Gomes, Michelle


              • É um vírus cujo genoma é constituído por DNA circular de cadeia dupla;
              • Existem mais de 200 tipos de HPV dos quais cerca de 40 infetam o trato anogenital:
                 vulva, vagina, colo do útero, pénis e áreas perianais;
              • Os HPV podem ser classificados como vírus de “baixo risco” ou de “alto risco” (Gráfico 1);
              • Dos cerca de 15 HPV de alto risco que podem infetar o trato anogenital, dois deles são
                 responsáveis por mais de 70% dos casos de cancro do colo de útero, estando também
                 associados a alguns casos de cancro vulvar, vaginal peniano e anal;
              • Os HPV de baixo risco estão associados ao desenvolvimento de verrugas genitais.

                                                                                  Desenvolvimento do cancro do útero


                                                                               • Aproximadamente 100% dos casos de
                                                                                  cancro do colo do útero (segundo tipo
                                                                                  de     cancro    mais    frequente     nas
                                                                                  mulheres) está associado à infeção por
                                 Gráfico 1                                        HPV;
                                                                               • A integração do genoma de HPV no
                                                                                  DNA da célula hospedeira promove
                                                                                  instabilidade genética e aparecimento
                                                                                  de displasias.




                                   Incidência

                                                                                                                                                                   Conclusão
          Há um período de latência prolongado (de 20 anos ou                                          Portugal e HPV
          mais). O cancro do colo do útero desenvolve-se lenta e                                                                            É um facto que o cancro do colo do útero continua a ser
          progressivamente e a idade de maior incidência da doença              • Dezembro 2006                                             um grave problema de saúde em Portugal. Sendo uma
          é entre os 45 e os 55 anos.                                              Vacina Tetrovalente – desenvolvida contra os HPV 16 e    neoplasia provocada por um vírus, é possível agora fazer o
          A incidência anual desta neoplasia diverge consoante a                18 e HPV 6 e 11.                                            seu rastreio e a sua prevenção através da vacinação e da
          localização geográfica das populações estudadas. Em                                                                               informação/formação acerca dos vários factores de risco
          Portugal, estima-se em 1000 o número de novos casos                   • Outubro 2007                                              conhecidos.
          todos os anos, apresentando a incidência mais elevada da                Vacina Bivalente – desenvolvida contra os HPV 16 e 18.    Contudo, nenhuma das vacinas existentes confere proteção
          Europa Ocidental.                                                                                                                 contra todos os HPV oncogénicos e o seu efeito só se
                                    Causas                                      As vacinas são recomendadas para raparigas e mulheres       verificará a médio/longo prazo. A continuidade e o
                                                                                jovens, 3 doses por via intramuscular. Deverão ser          desenvolvimento do rastreio do cancro do colo do útero é
                                                                                efetuadas a jovens adolescentes antes do início de uma      fundamental.
                                                                                vida sexual ativa. Em Portugal foi decidido administrar a
                                                                                vacina HPV por rotina no Programa Nacional de Vacinação
                                                                                às raparigas com 13 anos de idade.




                                  Gráfico 2

Fontes:
• http://www.sbac.org.br/pt/pdfs/rbac/rbac_39_04/rbac_39_04_06.pdf
• http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=27984&op=all
• MATIAS, Osório; MARTINS, Pedro; VIEIRA, Maria da Natividade; Biologia 12 parte 1, Porto, Areal editores, 2010, p.155 e 156

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Como fazer uma apresentação oral?
Como fazer uma apresentação oral?Como fazer uma apresentação oral?
Como fazer uma apresentação oral?becastanheiradepera
 
Elaborar biografia
Elaborar biografiaElaborar biografia
Elaborar biografiaamelasa
 
Grelha de Observação dos Alunos na Atividade
Grelha de Observação dos Alunos na AtividadeGrelha de Observação dos Alunos na Atividade
Grelha de Observação dos Alunos na AtividadeLuisa Lamas
 
Resumo e Síntese
Resumo e SínteseResumo e Síntese
Resumo e SínteseVanda Sousa
 
Leandro, Rei da Helíria
Leandro, Rei da HelíriaLeandro, Rei da Helíria
Leandro, Rei da HelíriaAntónio Pires
 
Memorial- Análise por Capítulos
Memorial- Análise por CapítulosMemorial- Análise por Capítulos
Memorial- Análise por CapítulosRui Matos
 
Ficha de trabalho sobre os maias
Ficha de trabalho sobre os maiasFicha de trabalho sobre os maias
Ficha de trabalho sobre os maiasBelmira Lourenço
 
Aquela triste e leda madrugada
Aquela triste e leda madrugadaAquela triste e leda madrugada
Aquela triste e leda madrugadaHelena Coutinho
 
Resumos de Português: Cesário verde
Resumos de Português: Cesário verdeResumos de Português: Cesário verde
Resumos de Português: Cesário verdeRaffaella Ergün
 
Mulher renascimento
Mulher renascimentoMulher renascimento
Mulher renascimentoana salema
 
Determinantes e pronomes
Determinantes e pronomesDeterminantes e pronomes
Determinantes e pronomesCelina Medeiros
 
Apresentação do Simbolismo N`Os Maias
Apresentação do Simbolismo N`Os MaiasApresentação do Simbolismo N`Os Maias
Apresentação do Simbolismo N`Os MaiasNeizy Mandinga
 

Mais procurados (20)

Como fazer uma apresentação oral?
Como fazer uma apresentação oral?Como fazer uma apresentação oral?
Como fazer uma apresentação oral?
 
Recursos expressivos
Recursos expressivosRecursos expressivos
Recursos expressivos
 
Elaborar biografia
Elaborar biografiaElaborar biografia
Elaborar biografia
 
Leucemias
LeucemiasLeucemias
Leucemias
 
Grelha de Observação dos Alunos na Atividade
Grelha de Observação dos Alunos na AtividadeGrelha de Observação dos Alunos na Atividade
Grelha de Observação dos Alunos na Atividade
 
Resumo e Síntese
Resumo e SínteseResumo e Síntese
Resumo e Síntese
 
Leandro, Rei da Helíria
Leandro, Rei da HelíriaLeandro, Rei da Helíria
Leandro, Rei da Helíria
 
Memorial- Análise por Capítulos
Memorial- Análise por CapítulosMemorial- Análise por Capítulos
Memorial- Análise por Capítulos
 
Ficha de trabalho sobre os maias
Ficha de trabalho sobre os maiasFicha de trabalho sobre os maias
Ficha de trabalho sobre os maias
 
Classe dos determinantes
Classe dos determinantesClasse dos determinantes
Classe dos determinantes
 
Aquela triste e leda madrugada
Aquela triste e leda madrugadaAquela triste e leda madrugada
Aquela triste e leda madrugada
 
Resumos de Português: Cesário verde
Resumos de Português: Cesário verdeResumos de Português: Cesário verde
Resumos de Português: Cesário verde
 
Análise de poemas
Análise de poemasAnálise de poemas
Análise de poemas
 
Mulher renascimento
Mulher renascimentoMulher renascimento
Mulher renascimento
 
Categorias da narrativa
Categorias da narrativaCategorias da narrativa
Categorias da narrativa
 
Determinantes e pronomes
Determinantes e pronomesDeterminantes e pronomes
Determinantes e pronomes
 
Apresentação do Simbolismo N`Os Maias
Apresentação do Simbolismo N`Os MaiasApresentação do Simbolismo N`Os Maias
Apresentação do Simbolismo N`Os Maias
 
D. Afonso Henriques
D. Afonso HenriquesD. Afonso Henriques
D. Afonso Henriques
 
Categorias da narrativa
Categorias da narrativaCategorias da narrativa
Categorias da narrativa
 
Contos
ContosContos
Contos
 

Semelhante a Poster cientifico

Apresentaohpv 090413110804-phpapp01
Apresentaohpv 090413110804-phpapp01Apresentaohpv 090413110804-phpapp01
Apresentaohpv 090413110804-phpapp01Gardênia Souza
 
Dimensão da participação do papilomavírus humano
Dimensão da participação do papilomavírus humanoDimensão da participação do papilomavírus humano
Dimensão da participação do papilomavírus humanoSafia Naser
 
Recomendações nacionais sobre a vacinação hpv
Recomendações nacionais sobre a vacinação hpvRecomendações nacionais sobre a vacinação hpv
Recomendações nacionais sobre a vacinação hpvJoão Pedro Batista Tomaz
 
Hpv seminário de microbiologia
Hpv  seminário de microbiologiaHpv  seminário de microbiologia
Hpv seminário de microbiologiaLaíz Coutinho
 
Prevençao em saude item 11
Prevençao em saude  item 11Prevençao em saude  item 11
Prevençao em saude item 11' Paan
 
Doenças Sexualmente Transmissíveis
Doenças Sexualmente TransmissíveisDoenças Sexualmente Transmissíveis
Doenças Sexualmente TransmissíveisTomás Pinto
 
IST INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
IST INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEISIST INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
IST INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEISRamon Loreno
 
Microscopia Citopatologia Clínica
Microscopia Citopatologia ClínicaMicroscopia Citopatologia Clínica
Microscopia Citopatologia ClínicaPatrícia Prates
 
PALESTRA VACINAÇÃO HPV ESCOLAS DE 11 A 12 ANOS.pptx
PALESTRA VACINAÇÃO HPV ESCOLAS DE 11 A 12 ANOS.pptxPALESTRA VACINAÇÃO HPV ESCOLAS DE 11 A 12 ANOS.pptx
PALESTRA VACINAÇÃO HPV ESCOLAS DE 11 A 12 ANOS.pptxedutravain
 
Prevenção Cancro Colo Útero
Prevenção Cancro Colo ÚteroPrevenção Cancro Colo Útero
Prevenção Cancro Colo ÚteroNuno Mateus
 
Tudo sobre Câncer do Colo do Útero
Tudo sobre Câncer do Colo do ÚteroTudo sobre Câncer do Colo do Útero
Tudo sobre Câncer do Colo do ÚteroOncoguia
 

Semelhante a Poster cientifico (20)

HPV
HPVHPV
HPV
 
Ist hpv
Ist hpvIst hpv
Ist hpv
 
Apresentaohpv 090413110804-phpapp01
Apresentaohpv 090413110804-phpapp01Apresentaohpv 090413110804-phpapp01
Apresentaohpv 090413110804-phpapp01
 
Dimensão da participação do papilomavírus humano
Dimensão da participação do papilomavírus humanoDimensão da participação do papilomavírus humano
Dimensão da participação do papilomavírus humano
 
Recomendações nacionais sobre a vacinação hpv
Recomendações nacionais sobre a vacinação hpvRecomendações nacionais sobre a vacinação hpv
Recomendações nacionais sobre a vacinação hpv
 
Hpv tira15
Hpv tira15Hpv tira15
Hpv tira15
 
Hpv seminário de microbiologia
Hpv  seminário de microbiologiaHpv  seminário de microbiologia
Hpv seminário de microbiologia
 
Prevençao em saude item 11
Prevençao em saude  item 11Prevençao em saude  item 11
Prevençao em saude item 11
 
Doenças Sexualmente Transmissíveis
Doenças Sexualmente TransmissíveisDoenças Sexualmente Transmissíveis
Doenças Sexualmente Transmissíveis
 
IST INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
IST INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEISIST INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
IST INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
 
Artigo hpv dra gloria
Artigo hpv dra gloriaArtigo hpv dra gloria
Artigo hpv dra gloria
 
Microscopia Citopatologia Clínica
Microscopia Citopatologia ClínicaMicroscopia Citopatologia Clínica
Microscopia Citopatologia Clínica
 
Hpv
HpvHpv
Hpv
 
Hpv
HpvHpv
Hpv
 
PALESTRA VACINAÇÃO HPV ESCOLAS DE 11 A 12 ANOS.pptx
PALESTRA VACINAÇÃO HPV ESCOLAS DE 11 A 12 ANOS.pptxPALESTRA VACINAÇÃO HPV ESCOLAS DE 11 A 12 ANOS.pptx
PALESTRA VACINAÇÃO HPV ESCOLAS DE 11 A 12 ANOS.pptx
 
Prevenção Cancro Colo Útero
Prevenção Cancro Colo ÚteroPrevenção Cancro Colo Útero
Prevenção Cancro Colo Útero
 
Tratamento contra papiloma hpv genital feminino
Tratamento contra  papiloma hpv genital femininoTratamento contra  papiloma hpv genital feminino
Tratamento contra papiloma hpv genital feminino
 
Slid hpv
Slid hpvSlid hpv
Slid hpv
 
Câncer de colo
Câncer de coloCâncer de colo
Câncer de colo
 
Tudo sobre Câncer do Colo do Útero
Tudo sobre Câncer do Colo do ÚteroTudo sobre Câncer do Colo do Útero
Tudo sobre Câncer do Colo do Útero
 

Mais de Carolina Correia

Mais de Carolina Correia (7)

Mutações e síndrome de turner
Mutações e síndrome de turnerMutações e síndrome de turner
Mutações e síndrome de turner
 
Jogo
JogoJogo
Jogo
 
Métodos contraceptivos
Métodos contraceptivosMétodos contraceptivos
Métodos contraceptivos
 
Poster
PosterPoster
Poster
 
Certificado
CertificadoCertificado
Certificado
 
Folha de presença
Folha de presençaFolha de presença
Folha de presença
 
Doenças cardiovasculares - Carolina, Maria e Michelle
Doenças cardiovasculares  - Carolina, Maria e MichelleDoenças cardiovasculares  - Carolina, Maria e Michelle
Doenças cardiovasculares - Carolina, Maria e Michelle
 

Poster cientifico

  • 1. Aguiar, Vitor & Correia, Carolina & Gomes, Michelle • É um vírus cujo genoma é constituído por DNA circular de cadeia dupla; • Existem mais de 200 tipos de HPV dos quais cerca de 40 infetam o trato anogenital: vulva, vagina, colo do útero, pénis e áreas perianais; • Os HPV podem ser classificados como vírus de “baixo risco” ou de “alto risco” (Gráfico 1); • Dos cerca de 15 HPV de alto risco que podem infetar o trato anogenital, dois deles são responsáveis por mais de 70% dos casos de cancro do colo de útero, estando também associados a alguns casos de cancro vulvar, vaginal peniano e anal; • Os HPV de baixo risco estão associados ao desenvolvimento de verrugas genitais. Desenvolvimento do cancro do útero • Aproximadamente 100% dos casos de cancro do colo do útero (segundo tipo de cancro mais frequente nas mulheres) está associado à infeção por Gráfico 1 HPV; • A integração do genoma de HPV no DNA da célula hospedeira promove instabilidade genética e aparecimento de displasias. Incidência Conclusão Há um período de latência prolongado (de 20 anos ou Portugal e HPV mais). O cancro do colo do útero desenvolve-se lenta e É um facto que o cancro do colo do útero continua a ser progressivamente e a idade de maior incidência da doença • Dezembro 2006 um grave problema de saúde em Portugal. Sendo uma é entre os 45 e os 55 anos. Vacina Tetrovalente – desenvolvida contra os HPV 16 e neoplasia provocada por um vírus, é possível agora fazer o A incidência anual desta neoplasia diverge consoante a 18 e HPV 6 e 11. seu rastreio e a sua prevenção através da vacinação e da localização geográfica das populações estudadas. Em informação/formação acerca dos vários factores de risco Portugal, estima-se em 1000 o número de novos casos • Outubro 2007 conhecidos. todos os anos, apresentando a incidência mais elevada da Vacina Bivalente – desenvolvida contra os HPV 16 e 18. Contudo, nenhuma das vacinas existentes confere proteção Europa Ocidental. contra todos os HPV oncogénicos e o seu efeito só se Causas As vacinas são recomendadas para raparigas e mulheres verificará a médio/longo prazo. A continuidade e o jovens, 3 doses por via intramuscular. Deverão ser desenvolvimento do rastreio do cancro do colo do útero é efetuadas a jovens adolescentes antes do início de uma fundamental. vida sexual ativa. Em Portugal foi decidido administrar a vacina HPV por rotina no Programa Nacional de Vacinação às raparigas com 13 anos de idade. Gráfico 2 Fontes: • http://www.sbac.org.br/pt/pdfs/rbac/rbac_39_04/rbac_39_04_06.pdf • http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=27984&op=all • MATIAS, Osório; MARTINS, Pedro; VIEIRA, Maria da Natividade; Biologia 12 parte 1, Porto, Areal editores, 2010, p.155 e 156