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Sector Vitivinícola
JOÃO LAMPREIA
NOTA PRÉVIA
O presente documento é privado e confidencial, tendo sido preparado pelo Banco de Investimento Global,
SA (“BIG”) para uso exclusivo do seu receptor.
A informação contida neste documento foi compilada a partir de fontes julgadas credíveis e embora todo o
cuidado tenha sido tomado para que a informação nele contida fosse, à data da sua publicação, verdadeira
e não pudesse induzir em erro, o Banco de Investimento Global, S.A. (“BiG”) não pode assumir qualquer
responsabilidade pela sua veracidade.
Resultados passados não são garantias de rendibilidades futuras. O Banco de Investimento Global
procurará salvaguardar os interesses do Investidor na execução de investimentos, não sendo, no entanto,
responsável por quaisquer danos sofridos pelo Investidor em virtude da evolução das condições de
mercado, nomeadamente por variações negativas nos activos seleccionados. O presente documento não
pode ser considerado uma oferta ou recomendação de investimento, e o Investidor deverá procurar
aconselhamento independente relativamente a decisões de investimento que pretenda implementar.
O Investidor deve ter consciência de que a realização das operações de investimento comportam riscos,
designadamente riscos de mercado, de liquidez e de crédito, podendo levar à ocorrência de perdas de
capital.
A informação apresentada não foi elaborada de acordo com os requisitos legais destinados a prevenir
conflitos de interesses e a fomentar a independência das recomendações de investimento, não lhes sendo
aplicável qualquer proibição de negociação antes da sua divulgação.
BiG. O Banco que entende os seus valores.
2.
Sector Vitivinícola
Enquadramento Macroeconómico
2.1. Global
2.2. Angola
2.3. Brasil
2.4. China
2.5. Europa
2.6. EUA
Mercado Accionista / Cambial / Obrigacionista
1.
3.
Sector Vitivinícola|
1.1 Produção
4
Fonte: Instituto da Vinha e do Vinho IP
 Portugal apresenta um ligeiro declínio da produção de vinho consistente com a trajectória observada a nível mundial;
 Actual produção de Vinho Portuguesa representa entre 2%-2,5% da quota de produção mundial.
Sector Vitivinícola|
1.1 Produção 5
Fonte: Instituto da Vinha e do Vinho IP
 Portugal mantém-se estável em 11º lugar na quota de produção mundial de vinhos;
 Mercado Interno mostra-se relevante – consumo de Vinho em Portugal (2,9 MN Hl) representa cerca de 40% do total
da produção (6,2 MN Hl);
 Europa regista uma trajectória declinante ao nível da produção mundial desde 2000, ainda que França registe um
ligeiro pick-up da produção nos últimos anos;
 Mercados extra-europeu adquirem importância crescente - Chile, Argentina, África do Sul, Austrália;
Sector Vitivinícola|
1.2 Exportações 6
Fonte: Instituto da Vinha e do Vinho IP
 Peso dos produtos vínicos no total das exportações Portuguesas mostra-se consistente em torno de 1%;
 Considerando estritamente as exportações de vinho (Branco & Tinto), o peso das exportações de vinho Portuguesas (%
total) continua abaixo dos peers mediterrânicos;
 Estágio de desenvolvimento da indústria, recursos (factores de produção) e diferença entre áreas cultiváveis pode
justificar diferenças;
Fonte: USDA Foreign Agricultural Service ; World Bank
Sector Vitivinícola|
1.2 Exportações 7
Fonte: Instituto da Vinha e do Vinho IP
 Europa comunitária persiste como o principal mercado das exportações de Vinho Portuguesas – quase 50% em
Volume;
 Peso de África é substancial (quase 30% em Volume), com destaque para o peso de Angola que é já o principal destino
das exportações de vinho;
 Americas registaram uma evolução favorável nos últimos anos e completam o pódio, realce para o crescimento dos
EUA vs Brasil que tem enfrentado constrangimentos estruturais significativos;
 Ásia regista um crescimento residual nos últimos 5Y (3,4% das exportações), denotando (não obstante o contexto
actual) uma janela de oportunidade interessante
Sector Vitivinícola|
1.2 Exportações 8
Fonte: Instituto da Vinha e do Vinho IP
 Exportações em valor para Europa Comunitária ficam acima dos 55% (apesar de ligeira quebra) – evidenciando-se uma
tendência de exportações para este bloco de produtos premium.
 Já as exportações em valor para o bloco Africano denota uma quebra substancial face ao volume das exportações
(quase 30%), pelo que se regista uma tendência para produtos de menor qualidade.
 O Bloco Americano denota uma maior incidência de produtos premium e o Asiático relativamente indiferenciado.
Sector Vitivinícola|
1.2 Exportações 9
Fonte: Instituto da Vinha e do Vinho IP
 Angola ultrapassou a França como principal destino das exportações (22%) em Volume;
 O mercado Europeu comunitário registou uma quebra generalizada das exportações em Volume, com excepção da
Alemanha e Polónia (extra-comunitária);
 Brasil & China, apesar do contexto difícil actual, denotaram uma evolução favorável (residual) das exportações em
Volume;
Sector Vitivinícola|
1.2 Exportações 10
Fonte: Instituto da Vinha e do Vinho IP
 França persiste como o mercado em valor mais significativo das exportações de vinho (apesar da quebra recente de
18% para 15%);
 Angola, apesar de tudo, registou uma evolução favorável das exportações em valor (apesar do foco lower end);
 Destaque para a evolução do valor das exportações da China em Valor que subiram mais de meio ponto percentual (%
total), mas que representa quase o dobro em termos de valor (gráfico seguinte).
Sector Vitivinícola|
1.2 Exportações 11
Fonte: Instituto da Vinha e do Vinho IP
 Alemanha contrariou a tendência de declínio das exportações para mercados Europeus (EUR 38 mil mn p/ EUR 45 mil
mn ou +30%) nos últimos 5Y;
 No mercado Europeu, a Polónia registou o incremento mais significativo (+120%) não obstante os constrangimentos
estruturais (Fx Zloty, riscos políticos e regulatórios, outflows de capital);
 O incremento das exportações para China regista um ligeiro incremento em volume e valor face ao total das
exportações (cerca de 0,5%), ainda que seja um mercado que registou um crescimento substancial numa base nominal
monetária (de EUR 5 mil mn para EUR 9 mil mn).
Enquadramento Macroeconómico|
2.1 Perspectivas Globais 12
Fonte: FMI
 Incremento do ritmo de recuperação da economia Europeia (QE, compressão de spreads, recuperação Investimento e
queda crude) poderá inverter trajectória declinante das exportações de Vinho para os parceiros Europeus;
 Abrandamento da economia Angolana poderá condicionar o momentum das exportações de vinho do nosso principal
parceiro a nível de volumes.
 Brasil (Recessão) e Angola representam 27% do total das exportações de vinho Portuguesas.
 O momento da China, apesar de menos favorável, continua propício a uma janela de oportunidade crescente no futuro.
2015E 2016E 2015E 2016E 2015E 2016E
Portugal 1,6 1,5 0,6 1,3 1,4 1,0
Alemanha 1,6 1,7 0,2 1,3 8,4 7,9
Espanha 2,5 2,0 -0,7 0,7 0,3 0,4
Polónia 3,5 3,5 -0,8 1,2 -1,8 -2,4
Zona Euro 1,5 1,7 0,1 1,0 3,3 3,1
Angola 4,5 3,9 8,4 8,5 -6,3 -4,2
China 6,8 6,3 1,2 1,5 3,2 3,2
Brazil -1,0 1,0 7,8 5,9 -3,7 -3,4
EUA 3,1 3,1 0,1 1,5 -2,3 -2,4
Balança Corrente (%PIB)Tx. Cresc. InflaçãoTx. Crescimento PIB
Enquadramento macroeconómico|
2.2 – ANGOLA 13
Fonte: INE
 A evolução favorável das exportações de vinho para Angola (principal mercado em valor) enfrenta riscos significativos
face ao contexto de quebra do preço do petróleo e da instabilidade nos emergentes;
 O total das exportações (Bens e Serviços) para Angola situa-se a mínimos de 2011;
 Instabilidade nos Emergentes decorre do incremento da volatilidade dos mercados – sobretudo Fx, mas também
Acções e Obrigações) mostra-se particularmente penalizador para a sustentabilidade das importações (face à
depreciação da moeda e os receios quanto ao cumprimento da dívida emitida por estes países em USD);
 Quebra do Investimento, outflows de capital são características comuns no actual contexto de instabilidade nos
emergentes.
Enquadramento macroeconómico|
2.3 - Brasil 14
Fonte: INE
 A trajectória das exportações para o Brasil tem evidenciado uma quebra consistente desde meados de 2012.
 Debilidades estruturais, falta de competitividade, fraca qualidade infra-estrutural e educacional, excesso de crédito
privado e até a queda de preços do petróleo têm contribuído para a “tempestade perfeita sobre o Brasil”.
 Dívida já foi cortada para junk (gíria) vs dívida em moeda estrangeira, com o Governo a responder com políticas de
agravamento de impostos e corte de despesa, o que compromete o potencial de crescimento das exportações para o
Brasil.
 Caso específico do Brasil mostra-se paradigmático no que respeita o cocktail explosivo que enfrentam as economias
emergentes - volatilidade dos mercados (Acções, obrigações, Fx), quebra do investimento e outflows de capital.
Enquadramento macroeconómico|
2.4 - China 15
Fonte: Bloomberg
 Com excepção do período de crise mundial em 2008, a correlação entre o mercado accionista na China vs respectivo
desempenho económico mostra-se relativamente débil.
 Debilidades estruturais no que respeita a transição de um modelo de exportações de baixo valor acrescentado para um
reforço da economia interna será sempre complexo, ainda para mais num contexto de shadow banking e
sobreaquecimento do mercado imobiliário.
 Enfoque no reforço da dinâmica do mercado interno – representa quase 50% PIB – Households + Governo.
Enquadramento macroeconómico|
2.4 - China 16
Fonte: FMI
 China já se assume como o 3º maior bloco mundial, responsável por 13% do PIB Mundial em 2014 vs 4% em 2000.
 A materialização do arrefecimento da China em 2015 confirma os sinais do início relativo de maior maturidade da
economia Chinesa, ainda que denote um impacto amplamente mais positivo na procura mundial em 2014 vs 2000.
Fonte: FMI
 China poderá crescer ainda assim a 7% ano em 2015 (vs 10% em 2000), ainda que o impacto no PIB mundial se revele
substancialmente diferente (USD 700 mn 2015 vs USD 100 mn 2000).
Enquadramento Macroeconómico |
2.5 - Europa 17
 A evolução trimestral do PIB confirma os sinais de moderada aceleração da actividade económica no bloco Europeu.
 Os indicadores de sentimento – perfil essencialmente lagging – cristalizam igualmente o sentimento mais favorável da
actividade na Europa.
 O mercado de crédito reverteu parcialmente o sentimento negativo e apresenta quebras anuais inferiores a 1%, com a
recuperação mais acentuada a verificar-se de uma forma mais expressiva no segmento de dívida empresarial.
 As famílias continuam o seu processo de desalavancagem a um ritmo moderado e estável.
Fonte: BloombergFonte: Bloomberg
Enquadramento Macroeconómico |
2.5 - Europa 18
 Após o anuncio do programa de QE (EUR 60 mil mn/mês até Setembro de 2016), os índices accionistas europeus
protagonizaram um rally assinalável, posteriormente arrefecido pelo incremento dos custos de financiamento e pela
instabilidade vigente na Grécia.
 Última Reunião do BCE foi admitida a flexibilização do programa de QE (eventual reforço dos EUR 60 mil mn), após se
ter concretizado a revisão em alta do limite de compras por linha de Obrigações.
 A queda nos preços da energia acentuou a espiral deflacionista na Zona Euro, ainda que no período recente já se
observe uma recuperação do nível de preços - apesar dos aumentos serem mais notórios nos serviços e bens não
energéticos.
 Não obstante o recente movimento da expectativa sobre o índice de preços na Zona Euro, o mesmo ainda se encontra
longe do target de inflação de longo prazo do BCE (2%) – o que assegura a continuidade das políticas de QE.
Fonte: BloombergFonte: Bloomberg
Enquadramento Macroeconómico |
2.6 - EUA 19
 O efeito sazonal que tipicamente restringe o desempenho da economia americana no 1Q não deverá penalizar o
output da actividade – perspectivando-se um crescimento do PIB até 3%.
 As pressões desinflacionistas associadas à quebra do preço do crude poderão limitar um crescimento nominal do PIB
superior.
 O mercado de trabalho tem apresentado melhorias significativas com a taxa de desemprego já próximo do nível target
do FED. A taxa de participação mantém-se muito inferior à apresentada no período pré-crise, o que sustenta um
racional de queda de desemprego, em parte, pelo ‘abandono’ do mercado laboral e não através apenas da criação de
emprego.
 O crescimento salarial encontra-se igualmente estagnado, transparecendo o sentimento deflacionário na economia
Fonte: Bloomberg Fonte: Bloomberg
Enquadramento Macroeconómico |
2.6 - EUA 20
Dovish Hawkish
Inflação muito longe de objectivo: 0,2% vs. 2%
A taxa de desemprego de 5,1%: Abaixo das
previsões de 5,2-5,3%
- Ainda que o desemprego seja reduzido, existe
um fraco crescimento dos salários nominais e
mantêm-se os problemas de subemprego.
- Apesar do fraco crescimento do PIB no 2T, no
1T o PIB cresceu a 2,7%
- Instabilidade nos mercados devido à China. - Riscos de eclosão de bolhas especulativas com
a manutenção de taxas de juro historicamente
baixas.
- Incremento da volatilidade com o adensar das
nuvens sobre o bloco emergente – fomentando
o contexto de eventuais “Guerras Cambiais”.
- O início da normalização monetária revela-se
favorável, de modo a que o FED retenha
instrumentos caso algum outro choque ocorra.
- Banco de Mundial e FMI “pediram” para adiar
subida.
- Risco de spike inflacionista caso se prolongue a
indefinição do FED.
- A manutenção de taxas de juro baixas durante
um longo perído mostra-se contraproducente –
acentua desconfiança e nível de Investimento
encontra-se a mínimos históricos.
Mercado Accionista/Cambial / Obrigacionista|
3.1 Mercado Accionista 21
Fonte: Bloomberg Fonte: Bloomberg
 A generalidade dos índices accionistas desenvolvidos mantêm-se em terreno positivo, o que contrasta com as perdas
acumuladas (ex FX) dos índices Emergentes.
 O newsflow particularmente negativo que eclodiu em Agosto sobre o arrefecimento na China e outras economias
emergentes espoletou quebras generalizadas dos mercados accionistas – com destaque para o mercado Asiático.
 As quebras recentes encontram-se ainda assim muito distantes do observado no peak to through no auge da crise
observada em 2008.
Mercado Accionista/Cambial / Obrigacionista|
3.1 Mercado Cambial 22
Fonte: Bloomberg Fonte: Bloomberg
-50%
-40%
-30%
-20%
-10%
0%
10%
20%
BRLUSD
Curncy
RUBUSD
Curncy
CNYUSD
Curncy IDRUSD CurncyINRUSD Curncy
Crise 2008 vs. Mínimos Actuais
Peak-to-Trough (Crise 2008) Valor Actual vs. Mínimos 2008
 A instabilidade decorrente dos receios de arrefecimento da China e a desvalorização do Yuan motivou réplicas por
parte de outros países emergentes geraram instabilidade adicional no mercado cambial.
 A apreciação do CNY face ao USD nos últimos 5 anos ultrapassa os 30%, pelo que esta decisão acaba até por ser
favorável no sentido de uma maior normalização do funcionamento de mercado. O CNY valoriza YTD vs Euro.
 Impacto da desvalorização das divisas emergentes reflecte-se essencialmente na quebra das importações, outflows
de capital, redução de investimento, receio de reembolso da dívida emergente denominada em moeda estrangeira.
 A variação YTD da desvalorização das divisas emergentes mostra-se idêntica ao período de crise 2008, mas os níveis
actuais encontram-se a níveis muito abaixo de então, comprometendo o driver de crescimento de exportações para
emergentes.
Mercado Accionista/Cambial / Obrigacionista|
3.1 Mercado Obrigacionista 23
Fonte: Bloomberg Fonte: Bloomberg
 Registou-se obviamente um pick-up das yields de dívida no bloco emergente (Ásia e Brasil).
 Incremento da volatilidade mostra-se muito significativo (VIX – registou uma leitura de 40 pontos), ainda que longe do
nível dos 80 verificados no auge da crise de 2008).
 Curva de dívida (Bunds e US Treasuries) mostra-se relativamente flat num contexto histórico.
Conferência BiG | Sector Vitivinícola

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  • 2. NOTA PRÉVIA O presente documento é privado e confidencial, tendo sido preparado pelo Banco de Investimento Global, SA (“BIG”) para uso exclusivo do seu receptor. A informação contida neste documento foi compilada a partir de fontes julgadas credíveis e embora todo o cuidado tenha sido tomado para que a informação nele contida fosse, à data da sua publicação, verdadeira e não pudesse induzir em erro, o Banco de Investimento Global, S.A. (“BiG”) não pode assumir qualquer responsabilidade pela sua veracidade. Resultados passados não são garantias de rendibilidades futuras. O Banco de Investimento Global procurará salvaguardar os interesses do Investidor na execução de investimentos, não sendo, no entanto, responsável por quaisquer danos sofridos pelo Investidor em virtude da evolução das condições de mercado, nomeadamente por variações negativas nos activos seleccionados. O presente documento não pode ser considerado uma oferta ou recomendação de investimento, e o Investidor deverá procurar aconselhamento independente relativamente a decisões de investimento que pretenda implementar. O Investidor deve ter consciência de que a realização das operações de investimento comportam riscos, designadamente riscos de mercado, de liquidez e de crédito, podendo levar à ocorrência de perdas de capital. A informação apresentada não foi elaborada de acordo com os requisitos legais destinados a prevenir conflitos de interesses e a fomentar a independência das recomendações de investimento, não lhes sendo aplicável qualquer proibição de negociação antes da sua divulgação. BiG. O Banco que entende os seus valores.
  • 3. 2. Sector Vitivinícola Enquadramento Macroeconómico 2.1. Global 2.2. Angola 2.3. Brasil 2.4. China 2.5. Europa 2.6. EUA Mercado Accionista / Cambial / Obrigacionista 1. 3.
  • 4. Sector Vitivinícola| 1.1 Produção 4 Fonte: Instituto da Vinha e do Vinho IP  Portugal apresenta um ligeiro declínio da produção de vinho consistente com a trajectória observada a nível mundial;  Actual produção de Vinho Portuguesa representa entre 2%-2,5% da quota de produção mundial.
  • 5. Sector Vitivinícola| 1.1 Produção 5 Fonte: Instituto da Vinha e do Vinho IP  Portugal mantém-se estável em 11º lugar na quota de produção mundial de vinhos;  Mercado Interno mostra-se relevante – consumo de Vinho em Portugal (2,9 MN Hl) representa cerca de 40% do total da produção (6,2 MN Hl);  Europa regista uma trajectória declinante ao nível da produção mundial desde 2000, ainda que França registe um ligeiro pick-up da produção nos últimos anos;  Mercados extra-europeu adquirem importância crescente - Chile, Argentina, África do Sul, Austrália;
  • 6. Sector Vitivinícola| 1.2 Exportações 6 Fonte: Instituto da Vinha e do Vinho IP  Peso dos produtos vínicos no total das exportações Portuguesas mostra-se consistente em torno de 1%;  Considerando estritamente as exportações de vinho (Branco & Tinto), o peso das exportações de vinho Portuguesas (% total) continua abaixo dos peers mediterrânicos;  Estágio de desenvolvimento da indústria, recursos (factores de produção) e diferença entre áreas cultiváveis pode justificar diferenças; Fonte: USDA Foreign Agricultural Service ; World Bank
  • 7. Sector Vitivinícola| 1.2 Exportações 7 Fonte: Instituto da Vinha e do Vinho IP  Europa comunitária persiste como o principal mercado das exportações de Vinho Portuguesas – quase 50% em Volume;  Peso de África é substancial (quase 30% em Volume), com destaque para o peso de Angola que é já o principal destino das exportações de vinho;  Americas registaram uma evolução favorável nos últimos anos e completam o pódio, realce para o crescimento dos EUA vs Brasil que tem enfrentado constrangimentos estruturais significativos;  Ásia regista um crescimento residual nos últimos 5Y (3,4% das exportações), denotando (não obstante o contexto actual) uma janela de oportunidade interessante
  • 8. Sector Vitivinícola| 1.2 Exportações 8 Fonte: Instituto da Vinha e do Vinho IP  Exportações em valor para Europa Comunitária ficam acima dos 55% (apesar de ligeira quebra) – evidenciando-se uma tendência de exportações para este bloco de produtos premium.  Já as exportações em valor para o bloco Africano denota uma quebra substancial face ao volume das exportações (quase 30%), pelo que se regista uma tendência para produtos de menor qualidade.  O Bloco Americano denota uma maior incidência de produtos premium e o Asiático relativamente indiferenciado.
  • 9. Sector Vitivinícola| 1.2 Exportações 9 Fonte: Instituto da Vinha e do Vinho IP  Angola ultrapassou a França como principal destino das exportações (22%) em Volume;  O mercado Europeu comunitário registou uma quebra generalizada das exportações em Volume, com excepção da Alemanha e Polónia (extra-comunitária);  Brasil & China, apesar do contexto difícil actual, denotaram uma evolução favorável (residual) das exportações em Volume;
  • 10. Sector Vitivinícola| 1.2 Exportações 10 Fonte: Instituto da Vinha e do Vinho IP  França persiste como o mercado em valor mais significativo das exportações de vinho (apesar da quebra recente de 18% para 15%);  Angola, apesar de tudo, registou uma evolução favorável das exportações em valor (apesar do foco lower end);  Destaque para a evolução do valor das exportações da China em Valor que subiram mais de meio ponto percentual (% total), mas que representa quase o dobro em termos de valor (gráfico seguinte).
  • 11. Sector Vitivinícola| 1.2 Exportações 11 Fonte: Instituto da Vinha e do Vinho IP  Alemanha contrariou a tendência de declínio das exportações para mercados Europeus (EUR 38 mil mn p/ EUR 45 mil mn ou +30%) nos últimos 5Y;  No mercado Europeu, a Polónia registou o incremento mais significativo (+120%) não obstante os constrangimentos estruturais (Fx Zloty, riscos políticos e regulatórios, outflows de capital);  O incremento das exportações para China regista um ligeiro incremento em volume e valor face ao total das exportações (cerca de 0,5%), ainda que seja um mercado que registou um crescimento substancial numa base nominal monetária (de EUR 5 mil mn para EUR 9 mil mn).
  • 12. Enquadramento Macroeconómico| 2.1 Perspectivas Globais 12 Fonte: FMI  Incremento do ritmo de recuperação da economia Europeia (QE, compressão de spreads, recuperação Investimento e queda crude) poderá inverter trajectória declinante das exportações de Vinho para os parceiros Europeus;  Abrandamento da economia Angolana poderá condicionar o momentum das exportações de vinho do nosso principal parceiro a nível de volumes.  Brasil (Recessão) e Angola representam 27% do total das exportações de vinho Portuguesas.  O momento da China, apesar de menos favorável, continua propício a uma janela de oportunidade crescente no futuro. 2015E 2016E 2015E 2016E 2015E 2016E Portugal 1,6 1,5 0,6 1,3 1,4 1,0 Alemanha 1,6 1,7 0,2 1,3 8,4 7,9 Espanha 2,5 2,0 -0,7 0,7 0,3 0,4 Polónia 3,5 3,5 -0,8 1,2 -1,8 -2,4 Zona Euro 1,5 1,7 0,1 1,0 3,3 3,1 Angola 4,5 3,9 8,4 8,5 -6,3 -4,2 China 6,8 6,3 1,2 1,5 3,2 3,2 Brazil -1,0 1,0 7,8 5,9 -3,7 -3,4 EUA 3,1 3,1 0,1 1,5 -2,3 -2,4 Balança Corrente (%PIB)Tx. Cresc. InflaçãoTx. Crescimento PIB
  • 13. Enquadramento macroeconómico| 2.2 – ANGOLA 13 Fonte: INE  A evolução favorável das exportações de vinho para Angola (principal mercado em valor) enfrenta riscos significativos face ao contexto de quebra do preço do petróleo e da instabilidade nos emergentes;  O total das exportações (Bens e Serviços) para Angola situa-se a mínimos de 2011;  Instabilidade nos Emergentes decorre do incremento da volatilidade dos mercados – sobretudo Fx, mas também Acções e Obrigações) mostra-se particularmente penalizador para a sustentabilidade das importações (face à depreciação da moeda e os receios quanto ao cumprimento da dívida emitida por estes países em USD);  Quebra do Investimento, outflows de capital são características comuns no actual contexto de instabilidade nos emergentes.
  • 14. Enquadramento macroeconómico| 2.3 - Brasil 14 Fonte: INE  A trajectória das exportações para o Brasil tem evidenciado uma quebra consistente desde meados de 2012.  Debilidades estruturais, falta de competitividade, fraca qualidade infra-estrutural e educacional, excesso de crédito privado e até a queda de preços do petróleo têm contribuído para a “tempestade perfeita sobre o Brasil”.  Dívida já foi cortada para junk (gíria) vs dívida em moeda estrangeira, com o Governo a responder com políticas de agravamento de impostos e corte de despesa, o que compromete o potencial de crescimento das exportações para o Brasil.  Caso específico do Brasil mostra-se paradigmático no que respeita o cocktail explosivo que enfrentam as economias emergentes - volatilidade dos mercados (Acções, obrigações, Fx), quebra do investimento e outflows de capital.
  • 15. Enquadramento macroeconómico| 2.4 - China 15 Fonte: Bloomberg  Com excepção do período de crise mundial em 2008, a correlação entre o mercado accionista na China vs respectivo desempenho económico mostra-se relativamente débil.  Debilidades estruturais no que respeita a transição de um modelo de exportações de baixo valor acrescentado para um reforço da economia interna será sempre complexo, ainda para mais num contexto de shadow banking e sobreaquecimento do mercado imobiliário.  Enfoque no reforço da dinâmica do mercado interno – representa quase 50% PIB – Households + Governo.
  • 16. Enquadramento macroeconómico| 2.4 - China 16 Fonte: FMI  China já se assume como o 3º maior bloco mundial, responsável por 13% do PIB Mundial em 2014 vs 4% em 2000.  A materialização do arrefecimento da China em 2015 confirma os sinais do início relativo de maior maturidade da economia Chinesa, ainda que denote um impacto amplamente mais positivo na procura mundial em 2014 vs 2000. Fonte: FMI  China poderá crescer ainda assim a 7% ano em 2015 (vs 10% em 2000), ainda que o impacto no PIB mundial se revele substancialmente diferente (USD 700 mn 2015 vs USD 100 mn 2000).
  • 17. Enquadramento Macroeconómico | 2.5 - Europa 17  A evolução trimestral do PIB confirma os sinais de moderada aceleração da actividade económica no bloco Europeu.  Os indicadores de sentimento – perfil essencialmente lagging – cristalizam igualmente o sentimento mais favorável da actividade na Europa.  O mercado de crédito reverteu parcialmente o sentimento negativo e apresenta quebras anuais inferiores a 1%, com a recuperação mais acentuada a verificar-se de uma forma mais expressiva no segmento de dívida empresarial.  As famílias continuam o seu processo de desalavancagem a um ritmo moderado e estável. Fonte: BloombergFonte: Bloomberg
  • 18. Enquadramento Macroeconómico | 2.5 - Europa 18  Após o anuncio do programa de QE (EUR 60 mil mn/mês até Setembro de 2016), os índices accionistas europeus protagonizaram um rally assinalável, posteriormente arrefecido pelo incremento dos custos de financiamento e pela instabilidade vigente na Grécia.  Última Reunião do BCE foi admitida a flexibilização do programa de QE (eventual reforço dos EUR 60 mil mn), após se ter concretizado a revisão em alta do limite de compras por linha de Obrigações.  A queda nos preços da energia acentuou a espiral deflacionista na Zona Euro, ainda que no período recente já se observe uma recuperação do nível de preços - apesar dos aumentos serem mais notórios nos serviços e bens não energéticos.  Não obstante o recente movimento da expectativa sobre o índice de preços na Zona Euro, o mesmo ainda se encontra longe do target de inflação de longo prazo do BCE (2%) – o que assegura a continuidade das políticas de QE. Fonte: BloombergFonte: Bloomberg
  • 19. Enquadramento Macroeconómico | 2.6 - EUA 19  O efeito sazonal que tipicamente restringe o desempenho da economia americana no 1Q não deverá penalizar o output da actividade – perspectivando-se um crescimento do PIB até 3%.  As pressões desinflacionistas associadas à quebra do preço do crude poderão limitar um crescimento nominal do PIB superior.  O mercado de trabalho tem apresentado melhorias significativas com a taxa de desemprego já próximo do nível target do FED. A taxa de participação mantém-se muito inferior à apresentada no período pré-crise, o que sustenta um racional de queda de desemprego, em parte, pelo ‘abandono’ do mercado laboral e não através apenas da criação de emprego.  O crescimento salarial encontra-se igualmente estagnado, transparecendo o sentimento deflacionário na economia Fonte: Bloomberg Fonte: Bloomberg
  • 20. Enquadramento Macroeconómico | 2.6 - EUA 20 Dovish Hawkish Inflação muito longe de objectivo: 0,2% vs. 2% A taxa de desemprego de 5,1%: Abaixo das previsões de 5,2-5,3% - Ainda que o desemprego seja reduzido, existe um fraco crescimento dos salários nominais e mantêm-se os problemas de subemprego. - Apesar do fraco crescimento do PIB no 2T, no 1T o PIB cresceu a 2,7% - Instabilidade nos mercados devido à China. - Riscos de eclosão de bolhas especulativas com a manutenção de taxas de juro historicamente baixas. - Incremento da volatilidade com o adensar das nuvens sobre o bloco emergente – fomentando o contexto de eventuais “Guerras Cambiais”. - O início da normalização monetária revela-se favorável, de modo a que o FED retenha instrumentos caso algum outro choque ocorra. - Banco de Mundial e FMI “pediram” para adiar subida. - Risco de spike inflacionista caso se prolongue a indefinição do FED. - A manutenção de taxas de juro baixas durante um longo perído mostra-se contraproducente – acentua desconfiança e nível de Investimento encontra-se a mínimos históricos.
  • 21. Mercado Accionista/Cambial / Obrigacionista| 3.1 Mercado Accionista 21 Fonte: Bloomberg Fonte: Bloomberg  A generalidade dos índices accionistas desenvolvidos mantêm-se em terreno positivo, o que contrasta com as perdas acumuladas (ex FX) dos índices Emergentes.  O newsflow particularmente negativo que eclodiu em Agosto sobre o arrefecimento na China e outras economias emergentes espoletou quebras generalizadas dos mercados accionistas – com destaque para o mercado Asiático.  As quebras recentes encontram-se ainda assim muito distantes do observado no peak to through no auge da crise observada em 2008.
  • 22. Mercado Accionista/Cambial / Obrigacionista| 3.1 Mercado Cambial 22 Fonte: Bloomberg Fonte: Bloomberg -50% -40% -30% -20% -10% 0% 10% 20% BRLUSD Curncy RUBUSD Curncy CNYUSD Curncy IDRUSD CurncyINRUSD Curncy Crise 2008 vs. Mínimos Actuais Peak-to-Trough (Crise 2008) Valor Actual vs. Mínimos 2008  A instabilidade decorrente dos receios de arrefecimento da China e a desvalorização do Yuan motivou réplicas por parte de outros países emergentes geraram instabilidade adicional no mercado cambial.  A apreciação do CNY face ao USD nos últimos 5 anos ultrapassa os 30%, pelo que esta decisão acaba até por ser favorável no sentido de uma maior normalização do funcionamento de mercado. O CNY valoriza YTD vs Euro.  Impacto da desvalorização das divisas emergentes reflecte-se essencialmente na quebra das importações, outflows de capital, redução de investimento, receio de reembolso da dívida emergente denominada em moeda estrangeira.  A variação YTD da desvalorização das divisas emergentes mostra-se idêntica ao período de crise 2008, mas os níveis actuais encontram-se a níveis muito abaixo de então, comprometendo o driver de crescimento de exportações para emergentes.
  • 23. Mercado Accionista/Cambial / Obrigacionista| 3.1 Mercado Obrigacionista 23 Fonte: Bloomberg Fonte: Bloomberg  Registou-se obviamente um pick-up das yields de dívida no bloco emergente (Ásia e Brasil).  Incremento da volatilidade mostra-se muito significativo (VIX – registou uma leitura de 40 pontos), ainda que longe do nível dos 80 verificados no auge da crise de 2008).  Curva de dívida (Bunds e US Treasuries) mostra-se relativamente flat num contexto histórico.